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ORDENS

ORDEM NATURAL ORDEM SOCIAL

ORDEM DE ORDENS ÉTICAS


MERO FACTO NORMATIVAS

JURÍDICA

RELIGIOSA

MORAL

DE TRATO SOCIAL

Ordem jurídica:
- heterónima (depende da vontade de terceiros, do Estado, não sou eu que imponho)
- bilateral (relações entre 2 entidades, eu e o Estado)
- coercível (existe coação/pena se não cumprir)
As outras ordens éticas normativas são:
- autónomas (eu é que me imponho estas ordens, por minha vontade)
- unilaterais (relação só entre mim e mais ninguém/nada)
- incoercíveis (não existe coação/pena se não cumprir)

RELAÇÕES ENTRE O DIREITO E A MORAL


1. Teoria dos círculos secantes
2. Teoria dos círculos concêntricos
3. Teoria do mínimo ético
NOÇÃO DE DIREITO:
Conjunto sistemático de normas (de caráter jurídico) adotadas por órgãos próprios, de
acordo com processos formalmente aptos a emiti-las e que serve para regular a vida
do Homem em sociedade.
“Ubi homo ibi societas” – Se há homem há sociedade
“Ubi societas ibi ius” – Se há sociedade há direito
“Ubi homo ibi ius” – Logo, se há homem há direito

ACEÇÕES/SENTIDOS
SENTIDOS DIFERENTES:
Normativo: corresponde à norma, conjunto de normas jurídicas (Direito
português, Direito Internacional, Direito da Saúde, Direito do Trabalho…)
Objetivo: conteúdo ou âmbito do direito em sentido normativo (Direito à
propriedade privada, Direito à educação, Direito à vida…)
Subjetivo: poder ou faculdade reconhecida a um determinado sujeito,
faculdade de agir ao abrigo de uma norma jurídica relativamente a uma certa coisa ou
pessoa (Ex: A Maria tem direito à vida; Eu tenho direito ao trabalho)
Saber jurídico: no sentido da jurisprudência, enquanto ciência do direito ou a
“arte do justo”

TRIPLA DIMENSÃO DO DIREITO


FACTO -> efetividade social e história do direito
NORMA -> direito como ordenamento ou conjunto de normas
VALOR -> direito cuida de um valor: a justiça
- O direito elege factos sociais relevantes que são possíveis de regulação jurídica
- O direito regula os factos que considera juridicamente relevantes através da norma
jurídica
- Valoração da norma, as normas são objeto de uma certa orientação em função de
valores, padrões axiológicos
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO
NAICE
N – Necessidade: exigência da ordem jurídica para a sobrevivência da sociedade
A – Alteridade: a intersubjetividade/bilateralidade
I – Imperatividade: a ordenação e regulação de comportamentos sociais
C – Coercibilidade: a aplicação coativa de sanções
E – Exterioridade: a relevância dos comportamentos exteriorizados e impostos
externamente através de órgãos próprios

2 CORRENTES DE PENSAMENTO

Direito positivo ou positivismo jurídico, jus positivismo


Direito natural ou naturalismo jurídico, jus naturalismo

Direito positivo:
Só é direito o que está regulado pelo Estado, em norma jurídica, o que está positivado,
está escrito em lei.
Moral e justiça são alheios ao direito, uma vez que são relativas, mutáveis no tempo e
sem força política para se imporem à vontade do Estado

John Austin (1790):


Teoria sobre autorização do governo de usar a lei como instrumento de poder
- direito consiste em comandos
- comandos são a vontade do soberano
- soberano é habitualmente obedecido
Hans Kelsen (1881):
- pirâmide de Kelsen -> hierarquia do ordenamento jurídico
Normas infraconstitucionais:
- Leis, decretos-leis, decretos legislativos regionais
Normas infralegais:
- despachos, portarias

Herbert Hart (1907):


Influente filósofo do direito : Obra “O Conceito de Direito”, 1961 -> aprofundar
conhecimento do direito, da coerção e da moral como fenómenos sociais distintos
embora estivessem relacionados, transformou o modo de estudo da Teoria Geral do
Direito
- positivista da corrente inclusivista, não exclui totalmente a moral

Direito natural
Conteúdo é estabelecido pela Natureza, válido para qualquer lugar e tempo, universal,
imutável.
Um direito da Natureza, um direito que antecede e subordina o direito positivo.
Jus naturalismo:
Uma norma não é válida se não é justa
Jus positivismo:
Uma norma é justa se é válida, ou seja, se existe ou não como regra jurídica dentro de
um determinado sistema jurídico -> se está em lei é valido e como tal é justo
A norma deve:
- ser emanada de uma autoridade competente ou autorizada
- estar em vigor
- ser compatível com outra

VALORES PROSEGUIDOS PELO DIREITO

- Justiça
- Princípio da Segurança Jurídica
Certeza jurídica, estabilidade, previsibilidade
Obrigação de informação:
- obrigatoriedade de publicação da lei
- vacatio legis (tempo entre publicação da lei e entrada em vigor)
- aplicação da lei no tempo (só vale para futuro)
- Princípio da Proteção da Confiança Legítima
Confiança na convivência social
Confiança, expectativa jurídica de comportamento
Boa fé, expectativa que os demais cumpram a Lei
Boa fé registal

SISTEMAS ANTIGOS DE DIREITO


Primeira compilação de leis civis egípcias (12 livros) -> 3000 A.C
Código de Ur-Nammu -> 2100 A.C
Código de Hammurabi -> 1760 A.C
Código de Manu -> sécs II A.C a II D.C

Leis egípcias: conceito de Maat -> tradição, igualdade social, imparcialidade


Ur-Nammu: direito sumério, mais antigo código, costumes antigos passam a leis, penas
pecuniárias (se roubaste 10 pães devolves o valor dos 10 pães)
Hammurabi: direito babilónico, lei de talião, castigos corporais “olho por olho, dente
por dente”
Manu: 12 livros bramânicos, sistemas de castas na sociedade hindu, forte motivação
religiosa e política
Maior compilação jurídica | Direito Romano 534 D.C:
1º Grande código civil (Body of Civil Law): Imperador Justiniano I -> Corpus Juris Civilis
Romanii
SISTEMAS MODERNOS DE DIREITO

Sistema romano-germânico: o nosso é este


Fonte de direito é a lei principalmente
Primado da lei, preferência dos sistemas codificados
Elevado grau de apuramento técnico
Sistema anglo-saxónico (Common law): o inglês é deste tipo
A lei (statute law) é fonte de direito, mas não é a principal.
As principais fontes de direito são a jurisprudência e o costume.
Assenta na regra do “stare decisis”, a regra do precedente (“the rule of
precedent”)
“stare decisis” – let the decision stand
Precedent – a previous action to be used as a guide or example
Direito casuístico, caso a caso
Jurisprudência – conjunto de decisões uniformes tomadas por tribunais em casos
anteriores semelhantes

RAMOS DO DIREITO
Direito público/privado
Direito substantivo/processual
Direito interno/europeu,internacional

EX:
Direito penal é direito público e direito substantivo
Direito do trabalho é direito privado e direito substantivo
Direito processual civil é direito privado e direito processual
Para distinguir direito público de privado serve o critério dos sujeitos, corrigido pelo
critério do interesse preponderante -> Ex: se for entre sujeitos público aplica-se o
direito público, se for entre privados aplica-se o direito privado, mas se houver um
litígio entre entidade pública e privada, prevalece o interesse preponderante, ou seja,
se o interesse preponderante for o do privado prevalece o direito privado e vice-versa
Estado - Soberania plena
Ius tractum (capacidade de celebrar tratados internacionais)
Ius legationis (capacidade de legação, enviar delegações, embaixadas, diplomatas, ter
representação)
Ius belii (capacidade de declarar guerra/paz)
reconhecimento internacional

Estados sem território: Palestina


Nações sem território: etnia cigana
Estados com territórios não soberanos:
- Estados federados (Brasil -> São Paulo, EUA -> Nova Iorque)
- Estados dependentes, exíguos ou vassalos (Mónaco, Liechtenstein, Andorra)
- Estados semissoberanos (Antiga confederação helvética)

Superfície terrestre – continente e arquipélagos


Águas interiores (lagos, rios, águas de arquipélagos no interior das ilhas…)
Águas territoriais/mar territorial (12 milhas a partir do litoral)
Zona contígua 12 milhas a partir do mar territorial
Zona económica exclusiva(ZEE) 200 milhas a partir do fim do mar territorial(12 milhas)
Espaço aéreo 100 km de altitude

Soberania para além do território


- Princípio do pavilhão ou da bandeira (extensão do território do Estado)
- Atividade diplomática (extraterritorialidade do Estado)
Direito UE
Direito originário/primário: tratados
Direito derivado/secundário: atos das instituições -> regulamentos, diretivas, decisões
Direito Internacional
Direito internacional público – relações entre Estados e/ou Organizações
Internacionais
Direito internacional privado – conflitos de estrangeiros ou de leis no espaço
(português vende casa a italiano em Espanha, que lei usamos? Isso é resolvido por
uniformidade nas leis civis de cada país nestes casos de forma a ser a mesma
decisão/interpretação)

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