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Hora da Verdade

Delegado PCBA e PCES


Direito Penal
Prof Michael Procopio
Lei Penal no Tempo

▪Tempo do Crime: o Código Penal adotou a teoria da atividade:

CP: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da


ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.

Introdução ao Direito Penal


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Leis de vigência temporária (intermitentes)

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora


decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência.

Introdução ao Direito Penal


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Lei Penal no Espaço

▪Lugar do Crime: o Código Penal adotou a teoria da


ubiquidade:

CP: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que


ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Introdução ao Direito Penal


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Lei Penal no Tempo e no Espaço

L ugar do crime:

U biquidade;

T empo do crime:

A tividade.

Introdução ao Direito Penal


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Lei Penal no Tempo

A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao


crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
continuidade ou da permanência.

Súmula 711 do STF

Introdução ao Direito Penal


Prof. Michael Procopio
Finalismo: Reforma da Parte Geral (1984)

Dolo/Culpa

Fato Típico Antijurídico Culpável

Teoria Geral do Crime: Noções Gerais e Fato Típico


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Dolo

O agente quis o resultado Teoria da vontade

O agente assumiu o risco de


Teoria do consentimento
produzi-lo

Teoria Geral do Crime: Noções Gerais e Fato Típico


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Teoria Geral do Crime: Noções Gerais e Fato Típico
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Finalismo: e o tratamento do erro

Erro de tipo Erro de proibição

Fato Típico Antijurídico Culpável

Teoria Geral do Crime: Noções Gerais e Fato Típico


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Coação

Antijurídico
Fato Típico Culpável
ou Ilícito

Coação física irresistível Coação moral irresistível

Teoria do Crime: Culpabilidade


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Consumação e tentativa

▪ Regra:

Art. 14 - Diz-se o crime:

Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal;
Iter Criminis e Concurso de Pessoas
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Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.

Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-
se a tentativa com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois terços.
Iter Criminis e Concurso de Pessoas
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Arrependimento Posterior

Atos Atos
Cogitação Consumação
preparatórios executórios

Desistência Arrependimento
voluntária posterior
Iter Criminis e Concurso de Pessoas
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Tentativa qualificada (Ponte de Ouro)

▪ Desistência voluntária e arrependimento eficaz:

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de


prosseguir na execução ou impede que o resultado se
produza, só responde pelos atos já praticados.

Iter Criminis e Concurso de Pessoas


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Arrependimento Posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou


grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou
da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será
reduzida de um a dois terços.

Iter Criminis e Concurso de Pessoas


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Crime impossível

Sistema de vigilância realizado por monitoramento


eletrônico ou por existência de segurança no interior
de estabelecimento comercial, por si só, não torna
impossível a configuração do crime de furto.

Súmula 567 do STJ

Iter Criminis e Concurso de Pessoas


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Crime impossível

Não há crime, quando a preparação do flagrante pela


polícia torna impossível a sua consumação.

Súmula 145 do STJ

Iter Criminis e Concurso de Pessoas


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Nexo causal

▪ CP, Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do


crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido.

Teoria da equivalência das condições

Teoria Geral do Crime: Fato Típico e Ilicitude


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Nexo causal

▪CP, Art. 13, § 1º - A superveniência de causa relativamente


independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os
praticou.

Causa relativamente independente superveniente que por si só


causa o resultado

Teoria Geral do Crime: Fato Típico e Ilicitude


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Fato Típico Antijurídico Culpável

Excludentes:
 Conduta 
• Legítima defesa 
 Resultado • Estado de necessidade
 Nexo causal • Estrito cumprimento do
 Tipicidade dever legal 
• Exercício regular de um
direito

Teoria Geral do Crime: Noções Gerais e Fato Típico


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Prescrição
Conceito, fundamentos e espécies

Punibilidade
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Propriamente dita
Prescrição da Superveniente
pretensão
punitiva (PPP) Retroativa
Prescrição Virtual (STJ e STF não aceitam)

Prescrição da Só a PPE tem aumento


pretensão de um terço no prazo
executória (PPE) se o réu for reincidente

Punibilidade
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Prescrição da Não há formação de condenação
pretensão regularmente transita em julgado
punitiva (PPP) (sem efeitos da condenação)

Prescrição da Extingue a pena/medida de


pretensão segurança. Subsistem os demais
executória (PPE) efeitos da condenação (penais ou não)

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Propriamente dita ou em abstrato: termo inicial

Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença


final, começa a correr:
I - do dia em que o crime se consumou;
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade
criminosa;

Punibilidade
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III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a
permanência;
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de
assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou
conhecido.
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e
adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial,
da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a
esse tempo já houver sido proposta a ação penal.

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Causas suspensivas

Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a


prescrição não corre:

I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que


dependa o reconhecimento da existência do crime;

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Causas suspensivas

II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Causas suspensivas

III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos


Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; (Lei 13.964/2019).

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Causas suspensivas

IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não


persecução penal; (Lei 13.964/2019).

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Causas suspensivas

II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;

Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença


condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o
condenado está preso por outro motivo.

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva
Causas suspensivas

“O período de suspensão do prazo prescricional é regulado


pelo máximo da pena cominada”

Súmula 415, STJ

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Causas interruptivas

Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:


I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis;
Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva
Causas suspensivas

V - pelo início ou continuação do cumprimento da


pena; (PPE)
VI - pela reincidência. (PPE)

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva
Causas interruptivas

“Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão


que provê o recurso contra a rejeição da denúncia vale,
desde logo, pelo recebimento dela.”

Súmula 709, STF


Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva
Causas interruptivas

“A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda


que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime.”

Súmula 191, STJ

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva
Causas interruptivas

"Nos termos do inciso IV do artigo 117 do Código Penal, o acórdão


condenatório sempre interrompe a prescrição, inclusive quando
confirmatório da sentença de 1º grau, seja mantendo, reduzindo ou
aumentando a pena anteriormente imposta", nos termos do voto do
Relator, vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes
e Celso de Mello. Plenário, Sessão Virtual de 17.4.2020 a 24.4.2020.
(STF, HC 176473, Tribunal Pleno).
Punibilidade
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“A reincidência não influi no prazo da prescrição da
pretensão punitiva.”

Súmula 220, STJ

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva

Superveniente ou intercorrente

▪ “A prescrição da ação penal regula-se pela pena


concretizada na sentença, quando não há recurso da
acusação.” Súmula 146, STJ

Punibilidade
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Prescrição da Pretensão Punitiva
Virtual, em perspectiva, projetada ou por prognose
“É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição
da pretensão punitiva com fundamento em pena
hipotética, independentemente da existência ou sorte do
processo penal.”

Súmula 438, STJ


Punibilidade
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Teoria da pena

Crimes contra a vida


Prof. Michael Procopio
Aplicação da Pena: 1ª Fase

Maus antecedentes:

▪Súmula 444 STJ: “É vedada a utilização de inquéritos


policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”.

Teoria Geral da Pena


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Aplicação da Pena
1ª Fase
Maus antecedentes:
Condenação Cumprimento
Decurso de 5
Data do fato transitada em ou extinção da
anos
julgado pena

Período em que a prática de


Teoria Geral da Pena
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novo crime gera reincidência
"Não se aplica para o reconhecimento dos maus
antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da
reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal"

STF, Sessão Virtual de 7.8.2020 a 17.8.2020.

Crimes contra a Administração Pública


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Aplicação da Pena: 2ª Fase

Reincidência:

▪ “É possível, na segunda fase da dosimetria da pena, a


compensação da atenuante da confissão espontânea com a
agravante da reincidência.”

(STJ, REsp 1341370/MT, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 3ª


Seção, DJe 17/04/2013)
Teoria Geral da Pena
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Aplicação da Pena: 2ª Fase

Reincidência:

▪ “Tratando-se de réu multirreincidente, deve ser procedida


à compensação parcial entre a confissão espontânea e a
reincidência.”

(STJ, HC 423221/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma,


DJe 26/06/2020).
Teoria Geral da Pena
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Aplicação da Pena: 3ª Fase

Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art.


59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias
atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e
de aumento. (sistema trifásico de dosimetria)
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de
diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um
só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a
causa que mais aumente ou diminua.
Teoria Geral da Pena
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Aplicação da Pena: 3ª Fase
Pedido de reconhecimento da impossibilidade de aplicação
concomitante entre o § 2°, inciso II (concurso de agentes), e o § 2°-A,
inciso I (emprego de arma de fogo), ambos do art. 157 do Código Penal.
A correta interpretação do art. 68 do Código Penal não é a que a
combativa defesa pugna nesta impetração. A norma penal apontada
permite a aplicação cumulativa de causas de aumento de pena
previstas na parte especial, desde que o magistrado sentenciante
fundamente a necessidade do emprego cumulativo à reprimenda.

(STJ, HC 620.677/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,


julgado em 02/02/2021, DJe 08/02/2021)
Teoria Geral da Pena
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Aplicação da Pena: 3ª Fase

"O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de


roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo
suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de
majorantes.“

Súmula 443 do STJ

Teoria Geral da Pena


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Fixação do regime de cumprimento de pena

A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a


pena aplicada permitir exige motivação idônea.

Súmula 719 do STF

Teoria Geral da Pena


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Fixação do regime de cumprimento de pena

É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos


reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se
favoráveis as circunstâncias judiciais.

Súmula 269 do STJ

Teoria Geral da Pena


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Fixação do regime de cumprimento de pena

Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento


de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da
sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do
delito.

Súmula 440 do STJ

Teoria Geral da Pena


Prof. Michael Procopio
Parte Especial:
Crimes importantes

Crimes contra a vida


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Homicídio Privilegiado
“(...) 3. O reconhecimento da figura privilegiada constante no
§ 1º do art. 121 do CP, de que o réu agiu sob violenta emoção,
após injusta provocação da vítima, por ser de natureza
subjetiva, é compatível com as qualificadoras de ordem
objetiva, como na hipótese, do emprego de recurso que
impossibilitou a defesa do ofendido. Precedentes.(...)”
(STJ, AgRg no REsp 950404/RS, Rel. Min. Antonio Saldanha
Palheiro, Sexta Turma, DJe 21/03/2019).
Crimes contra a vida
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Homicídio Privilegiado

“(...) I - Por incompatibilidade axiológica e por falta de


previsão legal, o homicídio qualificado-privilegiado
não integra o rol dos denominados crimes
hediondos (Precedentes).(...)”
(STJ, HC 153728/SP, Rel. Min. Félix Fischer, 5ª Turma,
DJe 31/05/2010).
Crimes contra a vida
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Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa


alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Dos crimes contra o patrimônio I


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“A decisão ora questionada está em perfeita
consonância com a jurisprudência desta Corte no
sentido de que a consumação do furto ocorre no
momento da subtração, com a inversão da posse da
res, independentemente, portanto, de ser pacífica e
desvigiada da coisa pelo agente. Precedentes.”
(STF, HC 135674/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, Julgamento: 27/09/2016).

Dos crimes contra o patrimônio I


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Furto

Tese jurídica: A causa de aumento prevista no § 1° do


art. 155 do Código Penal (prática do crime de furto no
período noturno) não incide no crime de furto na sua
forma qualificada (§ 4°).

(STJ, REsp 1.888.756/SP, Rel. Min. João Otávio de


Noronha, Terceira Seção, julgado em 25/5/2022)

Dos crimes contra o patrimônio I


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Furto: parâmetros do STJ

10% salário Habitualidade


Insignificante
mínimo pode afastar

1 salário O réu deve ser


Privilegiado
mínimo primário

Dos crimes contra o patrimônio I


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Furto
Privilégio
Fraude no Comércio
Estelionato
Receptação dolosa
Apropriação (Capítulo V: os crimes de apropriação).

Dos crimes contra o patrimônio I


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Disposições Gerais para os Crimes Contra o
Patrimônio
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer
dos crimes previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco
legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

Dos crimes contra o patrimônio II


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Disposições Gerais

Art. 182 - Somente se procede mediante


representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

Dos crimes contra o patrimônio II


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Disposições Gerais
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos
anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos.

Dos crimes contra o patrimônio II


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Roubo

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para


outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

Dos crimes contra o patrimônio I


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§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa
ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade
do crime ou a detenção da coisa para si ou para
terceiro.

Dos crimes contra o patrimônio I


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Roubo

Violência, grave ameaça ou


Próprio redução da vítima à Para a subtração
impossibilidade de resistência

Violência ou grave
Impróprio Subtração da coisa ameaça para detenção
da coisa ou impunidade

Dos crimes contra o patrimônio I


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Roubo com arma branca: pacote Anticrime

Antes de
Roubo simples
23/01/2020

Após Roubo majorado


23/01/2020 de 1/3 a 1/2

Dos crimes contra o patrimônio I


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Roubo com arma de fogo

Antes de Roubo majorado


24/04/2018 de 1/3 a 1/2

Após Roubo majorado


24/04/2018 de 2/3

A partir de Se for de uso


Pena duplicada
23/01/2020 restrito/proibido
Dos crimes contra o patrimônio I
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Roubo qualificado

▪ Se resulta lesão corporal grave.


▪ Se resulta morte: latrocínio. Crime contra o patrimônio.

Dos crimes contra o patrimônio I


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Latrocínio: pluralidade de vítimas

Dos crimes contra o patrimônio I


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Roubo qualificado

“Na espécie, não prospera o incremento sancionatório,


eis que incabível a utilização das causas de aumento de
pena constantes do § 2º do artigo 157 do Código Penal
para majorar a reprimenda aplicada pela prática do crime
de roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave,
porquanto as referidas majorantes somente podem
incidir sobre os delitos de roubo próprio e impróprio.”
(STJ, HC 330831/RO, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, Sexta Turma, DJe 22/09/2015).
Dos crimes contra o patrimônio I
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Latrocínio

A competência para o processo e julgamento de


latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri.

Súmula 603 do STF

Dos crimes contra o patrimônio I


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Latrocínio

“Há crime de latrocínio, quando o homicídio se


consuma, ainda que não realize o agente a subtração
de bens da vítima”

Súmula 610 do STF

Dos crimes contra o patrimônio I


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Crimes contra a honra
Bem jurídico Exceção da
Crime Tipo Penal
tutelado verdade
Imputar a alguém,
Calúnia falsamente, fato Honra objetiva. Cabe em regra
definido como crime
Imputar a alguém fato
Cabe
ofensivo a sua
Difamação Honra objetiva. excepcionalmente
reputação (inclusive
.
contravenção penal)
Emitir conceito de
desrespeito e
Injúria menosprezo, uma Honra subjetiva. Não cabível.
qualidade negativa
sobre alguém.
Dos crimes contra as pessoas
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Disposições Comuns aos Crimes Contra a Honra

É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante


queixa, e do ministério público, condicionada à
representação do ofendido, para a ação penal por crime
contra a honra de servidor público em razão do exercício
de suas funções.
Súmula 714, STF

Dos crimes contra as pessoas


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Estupro e Estupro de vulnerável
I - O ato libidinoso, atualmente descrito nos arts. 213 e 217-A do
Código Penal, não é só o coito anal ou o sexo oral, mas podem ser
caracterizados mediante toques, beijo lascivo, contatos
voluptuosos, contemplação lasciva, dentre outros. Isto porque, o
legislador, com a alteração trazida pela Lei n. 12.015/2009, optou
por consagrar que no delito de estupro a pratica de conjunção
carnal ou outro ato libidinoso, não havendo rol taxativo ou
exemplificativo acerca de quais atos seria considerados libidinosos.
(STJ, AgRg no REsp n. 1.995.795/SC, Rel. Des. Conv. Jesuíno
Rissato, Quinta Turma, julgado em 23/8/2022, DJe de 26/8/2022)
Dos Crimes contra a Dignidade Sexual
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Importunação Sexual x Estupro de vulnerável

“2. O Superior Tribunal de Justiça já decidiu pela


impossibilidade de aplicação do art. 215-A do Código
Penal na hipótese de estupro de vulnerável, porquanto a
prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso
configura o crime previsto no art. 217-A do Código Penal,
independentemente de violência ou grave ameaça, bem
como de eventual consentimento da vítima.”
(STJ, HC 553234/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta
Turma, DJe 09/03/2020).

Dos Crimes contra a Dignidade Sexual


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Falsidade ideológica Falsidade material

Omitir, em documento público ou


particular, declaração que dele
devia constar, ou nele inserir ou
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em
fazer inserir declaração falsa ou
parte, documento público, ou alterar
diversa da que devia ser escrita,
documento público verdadeiro
com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade
sobre fato juridicamente relevante:

Dos Crimes Contra a Paz Pública e contra a Fé Pública


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“1. Alegação de atipicidade da conduta imputada
ao Paciente. Uso de documento falso com a
finalidade de ocultar situação irregular no país,
que não caracteriza o exercício da autodefesa.(...)”

HC 111706/SP, Rel. Min. Carmen Lúcia, 2ª Turma,


Julgamento: 04/02/2012

Dos Crimes Contra a Paz Pública e contra a Fé Pública


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Conduta Tipificação

O agente se passa por outra pessoa sem


Falsa identidade
apresentação de documento.

O agente se passa por outra pessoa com


Uso de documento falso
apresentação de documento falso.

O agente se passa por outra pessoa usando Artigo 308 (uso de documento de
o documento de identificação alheio. identidade alheio)

Dos Crimes Contra a Paz Pública e contra a Fé Pública


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Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para
Tráfico de outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
influência pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função

Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra


Exploração utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado,
de prestígio órgão do Ministério Público, funcionário de justiça,
perito, tradutor, intérprete ou testemunha

Dos Crimes Contra a Administração Pública


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Concussão Exigir vantagem

Corrupção Solicitar/receber vantagem


passiva Aceitar promessa de vantagem

Corrupção
Ceder a pedido ou influência de outrem
passiva privileg.

Satisfazer interesse ou sentimento


Prevaricação pessoal

Dos Crimes Contra a Administração Pública


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@professor.procopio Michael Procopio Avelar

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Obrigado
@professor.procopio

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