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CURSO PRÁTICA NO JUIZADO

DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Thaísa Mayra de Paula Botelho
Promotora de Justiça do MPDFT
Especialista em Gestão da Polícia Civil
Pós-graduanda em Neurociência e Comportamento humano
Professora de Direito Processual Penal
@thaisadepaulabotelho
AULA 2
Como obter uma Medida
Protetiva de Urgência
1. Medidas Protetivas de Urgência

1.1 Objetivo - física


Proteção contra a reiteração dos atos de violência - psicológica
- sexual
Caso concreto: Quais são as medidas mais eficazes? - moral
- patrimonial
Caso hipotético.

1.2 Medida cautelar


Importância prática: elementos de provas.
Fumus bonis iuris (aparência do bom direito);
Periculum in mora (perigo na demora).

Começo de prova + Situação de urgência (amparada pelo direito).


1.3 (Im)prescindibilidade de advogado

- Requerimento de medidas protetivas: urgência da situação.

- Relevância: vítima acompanhada por advogado.

Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o
previsto no art. 19 desta Lei.

- Assistência qualificada da vítima no juízo de violência doméstica

1.4 Quem pode se beneficiar de uma medida protetiva?

- Medida protetiva só pode beneficiar mulher (CPP, art. 313, inc. III )?

Lei 12.403/2011
Antes X Depois
1.5 Depende da prática de crime?

- Adultério?

- Se comportamento do agressor
formas de violência Psicológica
Física
Moral
Patrimonial
Honra
1.6 Ação de natureza cível (?)

Caso hipotético: processo ajuizado em uma vara cível Extinção

Argumento: a ação deveria ser manejada perante a justiça criminal.

A decisão está
correta?

‘Franquear a via das ações de natureza cível, com aplicação de medidas protetivas da LMP, pode evitar um mal maior, sem
necessidade de posterior intervenção penal nas relações intrafamililiares”.

Enunciado 37 do FONAVID: “A concessão da medida protetiva de urgência não está condicionada à existência de fato que configure, em tese,
ilícito penal”.
1.7 Procedimento na esfera policial

 Registro do Boletim de Ocorrência/ Termo de declarações.


Fato pode ou não ser crime.

 Preenchimento de formulário (opções de medidas protetivas)


Aplicação isolada ou cumulativa (pode marcar mais de uma opção).

 Formulário de Avaliação de Risco (Res. Nº 05/2020, CNJ e CNMP).


Tornou-se obrigatório.
Aplicação à vítima.
Objetivo: auxiliar a identificação do risco do cometimento de um ato de violência.
Perguntas para mapear a situação da vítima, do agressor e o histórico de violência na relação.
1.8 Hipóteses comuns de indeferimento

Pai x Filha
Filho x mãe
Irmão x Irmã
Tio x Sobrinha

- Desavenças familiares X motivação de gênero.

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