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1. Dano
2. Proporcionalidade
18/2 CRP - sempre tem que ser citado!!!!!! Estão todos estes princípios
referidos
O que se retira deste acórdão são os princípios regras que poderão ser
utilizados para próximos acórdãos.
Bem jurídico penal = dano fundamental À sociedade
Incesto
- liberdade individual
- desenvolvimento pessoal
- autodeterminação sexual
Tem que se ver se o crime que foi cometido no país de origem, também
esta presente na jurisdição no país de acolhimento
Argumentos Contra
Dignidade Penal
1. CRP - só tem dignidade penal quando o interesse que foi lesado for
constitucional
2. Bens Jurídico penal - só há crime a existência de um bem jurídico
penal
3. Lesão de Direitos Subjectivos - onde estão direito subjetivos, e esses
sejam lesados, poderá haver crime.
4. Problema sociológico - há d.p sempre que seja posto em perigo ou
lesado um interesse que a sociedade protege
5. Moral/ético sociais - objeto do direito penal é uma ofensa a um direito
moral na comunidade.
6. Conceito puramente positivo - aquilo que o legislador considera que é
crime
Quando estamos a analisar a dignidade penal temos que aplicar a teoria
Tribunal o crime que está não é objeto do direito penal, não afeta um
direito penal. 1º, 26º,66º CRP.
Tem DG porque protege um BJP
TC defende que o DP não é para proteger sentimentos. Não cabe ao DP
proteger uma relação de solidariedade que ainda por cima não está
prevista na CRP.
Para haver DP (Dignidade Penal) esse bem e esse interesse tem que estar
na própria CRP. Relação entre o DP e CRP não é uma relação de
dependência. Figueiredo Dias e FP - sim há. Mesmo que um determinado
bem não esteja na CRP, poderá ser na mesma considerado com DP.
Perguntas clássicas: 1. Qual o objeto da DP? 2. Esse conceito pode ir
além da Constituição? 3. Relação entre bem jurídico penal e moral?
3 perspectivas:
Dignidade Penal:
A. Liberdade Económica
B. Autodeterminação Sexual - a pessoa fica limitada a poder escolher
querer trabalhar para o Sr. X e fica limitada a poder trabalhar.
Direito Penal pode intervir perante o perigo para meios jurídicos. Não
tem que existir ofensa, apenas a prática de atos que cheguem a tal caso.
Prof. Fernanda Palma defende que não obstante haver o risco deste
crime punir crimes em que não há dano,ainda assim é legítimo punir o
lenocínio porque a conduta é muito perigosa na mesma. É perigosa
porque os estudos demonstram que a relação entre a pessoa que tem o
negócio e a prostituto degenera numa situação de abuso. Não é
consensual. TC 2020
1. Crime de mera atividade - basta que o agente tenha aquela conduta que
está descrita, independentemente do resultado comete um crime. 190 CP.
Não tem que existir um resultado. Art. 203, Art.170º crime de
importunação sexual
1.1 Crimes de dano - existe um dano ao bem jurídico. Art.190º
violação de domicílio
1.2 Crimes de Perigo - não existe ainda um dano, mas existe o perigo
de existir um dano. Art.154º
1.2.1 Crimes de perigo concreto - aqui o perigo tem que ser
comprovado, i.e, tem que por em causa um perigo real para um bem
jurídico. Ex:291º, no crime do 291º alem do comportamento tem que se
criar perigo para bens patrimoniais ou para vida. Crimes de Resultado
1.2.2 Crimes de perigo abstracto - o próprio perigo resulta no crime.
Existe probabilidade do dano. Pune-se o agente independentemente de
existir um dano a BJ concretos. Ex: condução sob o efeito de álcool 292º,
independentemente de a pessoa conduzir melhor enquanto está
embriagada, está na mesma a cometer um crime. Há comportamentos que
são intrinsecamente perigosos. Outro exemplo: lenocínio, BJ relacionados
com a pessoa que se prostitui. Quando se pune o dono do negócio,
independentemente de atingir o bem jurídico, como cria perigo então é
punido. - Crime de Mera atividade
1.2.3 Crimes de perigo abstracto-concreto - Art.154-A, são crimes de
aptidão. O comportamento tem que ser apto a causar esse tipo de
perturbação. Não se exige nem o dano, nem um perigo real. Exige-se a
aptidão a causar o dano ao meio jurídico, potencialidade real. A pessoa
que está a ser perseguida pelo seu segurança, não basta estar a perseguir
alguém. Depois a pessoa, não é necessário sentir medo ou inquietação.
Apenas tem que ser um comportamento apto a sentir medo. Ex: Um ninja
persegue-me, mas eu nunca o vejo. Eu estou a ser perseguido, nunca
senti medo, mas o comportamento dele continua a ser apto. Aqui quem
perseguem teria que demonstrar que o comportamento não era apto. O
que caracteriza estes crimes é o meio caminho. “De forma adequada”, é
uma expressão frequente.
Como num caso concreto qual é que vale mais? Interpretar o Art.40
Figueiredo Dias - proteger bens jurídicos é o grande objetivo. A pena vai
ter como limite mínimo e máximo que restaure a confiança das pessoas
na protecção daquele bem jurídico. No máximo, trata como limite
também essa restauração. Não se deve ir além disso. A culpa é sempre
necessária. Culpa é um limite inultrapassável: pondero as prevenções e
faço um juízo de culpa e acima desse não poderei ir. A moldura concreta
é dada pela prevenção geral. O juizo de prevenção especial é aplica-se na
moldura concreta.
Fernanda Palma - Critica esta lógica do professor Figueiredo Dias. O
pressuposto é a culpa. Vamos instrumentalizar a pessoa ao interesse da
outras pessoas. Tem que ser segundo a sua culpa, com censura daquilo
que fez.
Lei Penal
“Nullum crimen, nulla poena sine lege” - sem lei, não pode haver crime
nem pena
4) Estrita - a lei tem que valer estritamente nos limites daquilo que
enuncia. Art.1/3 do CP. Se a Lei Penal quer aplicar a um determinado
cidadão tem que ser previsível naquilo que quer punir
Se a lei está mal escrita, não há crime
2. Finalidade da Interpretação
Teses subjectivistas - determinar o pensamento do legislador, i.e, a
vontade da pessoa concreta que fez a lei
Tese objectivista - determinar o sentido intrínseco da lei, desligado da
vontade de quem a fez
3. Resultado da interpretação
Proibição da Analogia
Nullum crimen , nulla poena sine lege stricta
Se a lei penal poder ser aplicada para lá daquilo que não está evidente na
lei penal, então temos uma potencial situação que põe em causa do
princípio da culpa, segurança jurídica e controlo democrático.
1. Qual é a lei aplicável, para isso temos que encontrar o MPF. Porque
aplicamos este critério? Porque é o que está no Art.3 CP. 2 razões:
princípio da culpa e segurança jurídica.
2. Existência de uma nova lei (L2)
3. Analisar se a lei nova materializa uma sucessão de leis. Ver se a lei se
aplica àquele caso
4. Mais ou menos favorável? Temos que explicar o que isto significa : 1)
Proibição da retroatividade 2) Aplicação de lei mais favorável
retroativamente
Art.2/4/2a parte - não regula as situações em que o agente ainda não tenha
cumprido o limite da pena
Para haver sucessão, o mesmo facto tem que continuar a ser punido da
mesma maneira. Se a LN criar um novo facto é algo que o agente não foi
confrontado e não poderia assim realizar um juízo de facto sobre algo que
não conhecia.
Lei no Espaço
Art.4 e 5 - aplicar o Art.7
Princípios gerais estão nestes artigos.
1. Como e que se identifica o Local da Prática do Facto - Art.7 critério da
ubiquidade, onde ocorreu a conduta, ou onde o crime se consumou. Ex: A
atira a B que está em Espanha e este arrasta-se até à fronteira, aplica-se a
lei portuguesa e o contrario também. - DETERMINAR O LOCAL
2º SEMESTRE
Aula nº1
Teoria da infracção penal - é o metodo argumentativo e cientifico de
descoberta do crime.
1. A acção
O que é uma acção relevante ao direito penal?
Para que serve identificar uma acção? Têm 3 funções: 1. Função de
Classificação, tentativa de um significado lógico que abranja todas as
formas possíveis de aparecimento do comportamento punível. 2. Função
de Definição e Ligação Sistemática. 3. Função Delimitação
Diferença entre dois comportamentos : atos reflexos vs atomatismo
Qual dos dois podem ser relevantes penalmente?
Problema de não haver acção?
Pode haver omissão? Se sim, como e quais?
Omissões: Art.10 CP