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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH


Licenciatura em História - EAD
UNIRIO/CEDERJ

ATIVIDADE A DISTÂNCIA (AD) 2 (2021.2)


DISCIPLINA: HISTÓRIA E DOCUMENTO
COORDENAÇÃO: REBECA GONTIJO
Nome: Nelson Eduardo Almeida da Rocha
Matrícula: 21216060154
Polo: Miguel Pereira

Faça uma redação sobre o tema História e Documento. Use as


leituras feitas até aqui como base para a redação. Comente os textos
lidos.

Observações:

 A resenha deve ter, no mínimo, uma lauda, com margens 2 cm,


letra tamanho 12, espaço entre linhas 1,5.
 Ao citar um texto, indique a referência completa, incluído o
número da página de onde extraiu a citação. E se a citação for
literal, use aspas.
 Inclua a bibliografia citada no final do texto.
 Você poderá usar outros textos sobre o tema além daqueles
indicados no curso.

Prazo para entrega: 31/10/2021, 23:55


O que é história? Com esta pergunta inicia-se o questionamento que
sempre indagou a humanidade. De origem grega, história significa investigação ou
conhecimento por meio de investigação. Com a desbravação de Heródoto, considerado
pai da história, este iniciou o que ao longo dos anos iria se tonar um marco para o
conhecimento aprofundado da humanidade.
Ao analisarmos o texto “Notas sobre os historiadores”, de Tânia
Regina de Luca, pág. 01, in verbis:
“Abordar a questão das fontes históricas é tocar no cerne da identidade da
disciplina, que se constitui como tal no decorrer do século XIX.”
Com base em documentos físicos e imateriais, os fatos ocorridos
devidamente registardos e catalogados, sejam através de fontes materiais ou imateriais,
em tempos passados poderiam se tornar presente para as gerações futuras.
Com o início da caracterização da história como ciência natural, onde
esta poderia ser comprovada, surge então a escola metódica, que resultaria na
investigação especifica, com trabalho de crítica das fontes e de pesquisa crítica, devendo
ser objetivada no fato em si, meramente catalogado e descrito, sem mais explicações por
parte do historiador.
Para esta escola não existia dependência entre fato e o historiador,
estes são imparciais, não estando vinculados a fatos sociais, devendo ser mantido uma
neutralidade.
Citando o texto da aula dois, “Arquivos, Documentos e Poder: A
Construção Da Memória Moderna”, de Joan M. Schwartz e Terry Cook, pág. 01, in
verbis:
“Arquivos, documentos, poder: três palavras que agora ecoam por
meio de uma gama de disciplinas acadêmicas e atividades
profissionais. Individualmente, estes termos são freqüentemente
desencadeadores de debates acalorados sobre valores sociais,
identidades culturais, e responsabilidade institucional.”
Com o advento da revolução francesa, tendo como base o homem no
centro dos acontecimentos históricos surge a escola dos anales. Para esta escola, a
história deveria oferecer uma resposta para os problemas, determinados pela pesquisa.
As fontes poderiam incluir várias origens, materiais e imateriais,
escritas ou não. Estas poderiam dialogar com diversas fontes, para construção da
narrativa fática, não se preocupando com a verdade, buscando a história integral e não
específica.

O desenvolvimento do estudo da história não se focava apenas na


história recente, mas sim na história de longa duração. Para ela tudo era considerado
história, seja para o ser humano comum como para a sociedade. O objetivo da história
tratava-se de um trabalho investigativo, chegando na verdade real, não podendo ignorar
os fatos cotidianos da humanidade, desde o menor ao mais relevante socialmente.
Neste sentido a fonte histórica pode ser descrita como todo e qualquer
material, em sentido amplo, seja este de cunho material ou imaterial, escrito ou falado,
visual ou sonoro, de cunho oficial ou informal que possa descrever um determinado fato
relativo a um tempo e lugar no passado, presente e futuro, possuindo o condão de
concretizar os fatos no tempo.
Assim, a subjetividade do historiador deverá ser um ponto para a
criação de uma fonte histórica eis que nem sempre de fato teremos documentos físicos
apropriados para a percepção de determinado acontecimento.
Urge extrair tal entendimento do texto, “Vênus em dois atos” de
Saidiya Hartman, pág. 03 in verbis:
“O que mais há para saber? Seu destino é o mesmo de qualquer
outra Vênus Negra: ninguém lembrou do seu nome ou registrou as
coisas que ela disse, ou observou que ela se recusou totalmente a
dizer alguma coisa. A sua história, contada por uma testemunha
falha, é extemporânea. Seriam necessários séculos para que lhe fosse
permitido “provar sua língua”.”
Nesta mesma linha a citação do texto “Os documentos textuais e as
fontes do conhecimento histórico” de Silvia Hunold Lara, pág. 02, in verbis:
“O processo de transformação dos textos em fontes depende do que
os historiadores querem saber sobre o passado”
em toda fonte história possui um glossário definido que venha a
auxiliar o historiador a identificar os fatos de cada caso.
Devido à falta de fontes o historiador terá de trabalhar como um
detetive, analisando os resquícios de fontes existentes para que este possa realizar
comparações, análises e interpretações para extrair o máximo de informações que tais
fontes exibem.

Neste ínterim, como aduz o texto: “Fontes Históricas - uma introdução


aos seus usos historiográficos” de José D’Assunção Barros, pág. 01, in verbis:
“Fonte Histórica é tudo aquilo que, por ter sido produzido pelos seres
humanos ou por trazer vestígios de suas ações e interferência, pode
nos proporcionar um acesso significativo à compreensão do passado
humano e de seus desdobramentos no Presente”
Assim, a invenção trata-se de um sinônimo para a investigação e
descoberta com afinco do respectivo documento, onde o historiador deve analisar com
detalhes, extrair o máximo de informações do tempo, espaço e dos protagonistas que
perfazem a respectiva fonte histórica.
Nesta monta, história e documento se intrelaçam a fim de
esquematizar a origem das informações históricas no sentido amplo, para trazer ao
historiador manerias de econtrar, produzir e desmistificar as fontes, para uma melhor
compreensão da história.

Bibliografia:
Texto: Notas sobre os historiadores e suas fontes, Tânia Regina de Luca.
Texto: Arquivos, Documentos e Poder: A Construção Da Memória Moderna, Joan M.
Schwartz e Terry Cook.
Texto: Vênus em dois atos, Saidiya Hartman.
Texto: Os documentos textuais e as fontes do conhecimento histórico, Silvia Hunold
Lara.
Texto: Fontes Históricas - uma introdução aos seus usos historiográficos, José
D’Assunção Barros

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