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Direito Penal
Prof. Nidal Ahmad
Prof. Arnaldo Quaresma
Arts. 29, 30 e 31 do CP
Requisitos Punibilidade
Conceito: ocorre quando duas ou mais
Pluralidade de pessoas, em conjugação de esforços e
condutas;
comunhão de vontades, reúnem-se para Participação de menor
a prática de um ou mais delitos. importância
Relevância causal
das condutas; Art. 29, §1º, do CP

Cooperação dolosamente

Concurso de Pessoas
Liame subjetivo; distinta

Identidade de Art. 29, §2º, do CP


infrações.

Comunicabilidade dos elementares e


circunstâncias do crime
Comunicabilidade
Comunicabilidade Elementares
Circunstâncias objetivas sempre
se comunicam, desde que Integram o
Circunstâncias tipo penal.
estejam dentro do alcance de
previsibilidade do agente.
Pessoais Objetivas
As circunstâncias e as condições
de caráter pessoal não se
comunicam, salvo quando
Próprio agente Fato elementares do crime.
Absolutamente Concausa
independente
São aquelas que não têm origem
na conduta do agente.
Há uma quebra do nexo causal. Aliada à conduta do agente, outra Relativamente
São três as espécies de causas causa contribui para o resultado. É
absolutamente independentes: a chamada concausa. independente
São aquelas que tiveram origem
na conduta do agente.
1. Preexistentes Não há uma quebra do nexo causal.
Trata-se de causa que existia antes da São três as espécies de causas
relativamente independentes:
conduta do agente e produz o Art. 13 do CP
resultado independentemente da sua 1. Preexistentes
atuação.
A causa que efetivamente gerou o
Ex: O agente desfere um disparo de arma de resultado já existia ao tempo da
fogo contra a vítima, que, contudo, falece conduta do agente, que concorreu
pouco depois, não em consequência dos para a sua produção.
ferimentos recebidos, mas porque antes
ingerira veneno com a intenção de suicidar.
Relação de Ex: “A”, com a intenção de matar, desfere um golpe
de faca na vítima, que é hemofílica e vem a morrer
em face da conduta, somada à contribuição de seu
2. Concomitantes
São as causas que não têm nenhuma
Causalidade ou peculiar estado fisiológico.

Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido.


relação com a conduta e produzem o
resultado independentemente desta, no
entanto, por coincidência, atuam
exatamente no instante em que a ação é
Nexo Causal No caso, homicídio consumado.
Cuidado: se o agente não sabia do estado de saúde
da vítima ou não lhe era previsível, responderia
por tentativa de homicídio (se agiu com a intenção de
realizada. matar).

Ex: “A” desfere golpe de faca contra “B” no 2. Concomitantes


exato momento em que este vem a falecer
exclusivamente por força de um ataque Conceito A causa que efetivamente produziu o resultado
cardíaco. surge no exato momento da conduta do agente.

Ex: ataque à vítima, por meio de faca, que, no exato


momento da agressão, sofre ataque cardíaco, vindo
3. Superveniente a falecer, apurando-se que a soma desses fatores
(causas) produziu a morte.
São causas que atuam após a conduta. Ou seja, que Relação de causa (conduta) e
surgem depois da conduta desenvolvida pelo agente. efeito (resultado) = nexo de Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido. No
causalidade. caso, homicídio consumado.
Ex: “A” ministra veneno na comida de “B”. Antes do veneno
produzir efeitos, há um incêndio na casa da vítima, que 3. Superveniente
morre exclusivamente queimada pelo fogo.
A causa que efetivamente produziu o resultado ocorre
depois da conduta praticada pelo agente.
Efeitos: Quando a causa é absolutamente independente, Ex. O agente desfere um golpe de faca contra a vítima,
há exclusão da causalidade decorrente da conduta. Ou seja, com a intenção de matá-la. Ferida, a vítima é levada ao
o agente responde somente por aquilo que deu causa. Nos hospital e sofre acidente no trajeto, vindo, por esse
exemplos citados, se o dolo era de matar, o agente motivo, a falecer.
responderia por tentativa de homicídio.
Efeitos: o agente responde pelos atos até então
praticados. No caso, tentativa de homicídio.
Art. 155 do CP

Furto
Roubo
Conceito Roubo Roubo
Art. 157 do CP próprio impróprio
Retirar de outrem bem móvel,
sem a sua permissão. Meios violentos
Conceito
Furto noturno Art. 155, § 1° do CP
Retirar de outrem bem móvel, sem a Após a
Furto privilegiado Art. 155, § 2° do CP sua permissão, com o emprego de Antes ou subtração da
grave ameaça ou violência contra a durante a coisa a fim de
Furto qualificado Art. 155, § 4° do CP
execução da
pessoa. assegurar a
subtração. impunidade.

Crimes contra o Aumento de pena

patrimônio Roubo majorado


Art. 157, § 2° do CP

Art. 158 do CP Extorsão


Extorsão qualificada
Dano
A diferença em relação ao roubo
concentra-se no fato de a extorsão exigir
a participação ativa da vítima fazendo
alguma coisa, tolerando que se faça ou Art. 158, §§ 2° e 3°
deixando de fazer algo em virtude da
ameaça ou da violência sofrida. Art. 163 do CP

Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa


Extorsão mediante alheia.
sequestro
Consistente na finalidade de
obtenção, para si ou para outrem, Art. 159 do CP
É o dolo. Não há a forma culposa.
de qualquer vantagem como
condição ou preço de resgate. São formas qualificadas conforme o
art. 159, § 1° do CP:

a) sequestro por mais de 24 horas;


b) sequestro de menor de 18 ou maior de 60 anos;
c) sequestro praticado por bando ou quadrilha.
Apropriação indébita Estelionato

Art. 168 do CP Art. 171 do CP

A apropriação indébita propriamente dita ocorre Consiste em induzir ou manter alguém em erro,
quando o sujeito realiza ato demonstrativo de que mediante o emprego de artifício, ardil, ou qualquer
inverteu o título da posse, como a venda, doação, meio fraudulento, a fim de obter, para si ou para
consumo, penhor, ocultação etc. Na negativa de outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio.
restituição, o sujeito afirma claramente ao ofendido
que não devolverá o objeto material.

Crimes contra o
Aumento de
pena: patrimônio
a) em depósito necessário;
b) na qualidade de tutor, curador, síndico,
liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
c) em razão de ofício, emprego ou profissão.
Receptação
Escusas absolutórias
Art. 181 a 183 do CP Art. 180 do CP

Imunidade A receptação é o fato de adquirir,


abosluta receber, transportar, conduzir ou
Hipóteses: ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto
de crime, ou influir para que terceiro,
a) Cônjuge, na constância da sociedade conjugal; de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte.
b) Ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou
ilegítimo, seja civil ou natural.
Conceito Concurso Material Concurso Formal
Art. 69 do Código Penal; Conceito
Pluralidade de crimes; Art. 70 do Código Penal;
Pluralidade de condutas. Pluralidade de crimes;
Aplicação da pena Unidade de conduta.
Cúmulo material - as penas são Concurso formal perfeito
somadas. Art. 70, 1ª parte, do Código Penal.
Resulta de um único desígnio.
Concurso formal imperfeito

Concurso de crimes Art. 70, 2ª parte, do Código Penal.


Resulta de desígnios autônomos.
Aplicação da pena
Crime continuado Concurso formal perfeito
Aplica-se a pena do crime mais grave
ou, se iguais, somente uma delas, mas
Conceito Espécies e aplicação da pena aumentada, em qualquer caso, de um
Art. 71 do Código Penal; sexto até metade.
Crime continuado comum
Pluralidade de crimes da Art. 71, caput, do CP; Número de crimes Aumento da pena
mesma espécie; 2 crimes 1/6
Aplica-se a pena do crime mais 3 crimes 1/5
Pluralidade de condutas; grave, aumentada de 1/6 até 2/3. 4 crimes 1/4
Conexão: temporal, modal e Número de crimes 5 crimes 1/3
espacial; 2 crimes 5 crimes ou mais 1/2
Unidade de desígnios. 3 crimes
4 crimes
5 crimes
Concurso formal imperfeito
Natureza jurídica
Teoria da ficção jurídica;
6 crimes Se da aplicação da regra da exasperação
7 crimes ou mais da pena, no concurso formal, a pena tornar-se
Há uma pluralidade de delitos, superior à que resultaria se somadas, deve-se
mas o legislador, por uma ficção, Crime continuado específico
Art. 71, par. único, do CP; adotar o critério do cúmulo material, porque,
presume que eles constituem um nesse caso, será mais benéfico.
só crime, apenas para efeito de Aplica-se a pena do crime mais
sanção penal. grave aumentada até o triplo.
Morte do agente
Sendo personalíssima a responsabilidade penal, a Perdão judicial
morte do agente faz com que o Estado perca o
direito de punir, não se transmitindo a seus herdeiros
qualquer obrigação de natureza penal. O juiz, não obstante comprovada a
prática da infração penal pelo sujeito
culpado, deixa de aplicar a pena em
Anistia, graça ou indulto face de justificadas circunstâncias.
Anistia: é direcionada a fatos e não pessoas e
a competência é do Congresso Nacional (ex: Ex: art. 121, §5º, do CP e art. 180, §5º, do CP
Lei 6.683/79) - apaga todos os efeitos penais. É uma decisão declaratória - não gera
Graça: de iniciativa do Presidente da reincidência (Art. 120 do CP e Súmula 18
República e é individual - não apaga os do STJ).
efeitos penais secundários - continua sendo
reincidente se cometer novo crime.
Indulto: de iniciativa do Presidente da
Extinção da Renúncia ou perdão
República e é coletivo - não apaga os
efeitos penais secundários - continua
sendo reincidente se cometer novo
Punibilidade do ofendido
crime (Súmula 631 do STJ). Queixa-crime
Perdão do
Cuidado: crimes hediondos ou Renúncia ofendido
equiparados não possuem direito Decadência, perempção e
a anistia, graça ou indulto.
prescrição Renúncia: É a
abdicação do
Abolitio criminis Decadência: é a perda do direito de ação ofendido ou de seu
do ofendido em face do decurso do representante legal
Lei posterior deixar de considerar tempo. do direito de
determinado fato como sendo promover a ação
criminoso. Perempção: é a perda do direito de penal privada.
Apaga todos os efeitos penais (se demandar o querelado pelo mesmo crime
cometer novo crime não será em face de inércia do querelante, diante
reincidente). do que o Estado perde o jus puniendi - só Perdão do ofendido:
é possível para crimes de ação penal é o ato pelo qual
Não apaga os efeitos civis da prática exclusivamente privada. iniciada a ação penal
delituosa. privada, o ofendido
Prescrição: é a perda do direito de punir ou seu representante
do Estado pelo não exercício em legal desiste de seu
determinado lapso de tempo. Constitui prosseguimento.
causa de extinção da punibilidade (art.
107, IV, do CP).

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