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Concurso eventual de pessoas:

O tipo penal não exige a presença de mais de


uma pessoa.

Concurso de pessoas necessárias:


O tipo penal exige que a conduta seja praticada
por mais de uma pessoa.

NOS CRIMES PLURISSUBJETIVOS (CONCURSO DE


PESSOAS NECESSÁRIO), se um dos colaboradores não é
culpavel, Memo assim haverá crime.

REQUISITOS PARA O CONCURSO DE PESSOAS:


1. Pluralidade de agentes: NOS CRIMES EVENTUALMENTE
Se um imputável determina que um inimputável PLURISSUBJETIVOS (CONCURSO EVENTUAL DE
realize um crime não existe o concurso de PESSOAS), NECESSÁRIO QUE TODOS OS AGENTES SEJAM
CULPÁVEIS, BASTA UM DELES PARA QUALIFICAR O CRIME
pessoas, mas sim autoria imediata, o mandante Exemplo, o concurso de pessoas qualificam curto, logo, se um Casos que tem inimputáveis, mas eu considero o concurso
é o autor do crime e o imputável é apenas um é imputável, não importa se os demais são inimputáveis, pois para tipificar ou qualificar o crime a doutrina denomina de
CONCURSO DE PESSOAS instrumento de suas decisões. o furto estará qualificado. concurso impróprio/aparente

Consiste na colaboração de dois ou mais agentes 2.Relevância da colaboração:


para a prática de um delito ou contravenção A participação do agente deve ser relevante para
penal. a produção do resultado. Ou seja, a colaboração
De acordo com a teoria monista, unitária, todos que nada contribui para o resultado é um
respondem pelo mesmo crime na medida de sua indiferente penal. Além disso, a colaboração
culpabilidade deve ser prévia ou concomitante a execução. A
Por exemplo, três amigos furtam uma casa, colaboração posterior à execução e seja crime
todos respondem pelo crime de furo, mas o juiz autônomo, salvo o ajuste tenha ocorrido
vai valorar a conduta de cada um de acordo com previamente.
a individualidade dos agentes.

3. Vinculo subjetivo: (concurso de vontades)


1. Cabe coautoria em crimes próprios, mas não Ajuste ou adesão de um a conduta do outro
cabe em crimes de mão própria (só participação) ponto caso não haja vínculo subjetivo entre os
2. Nos crimes omissivos não cabe coautoria, só agentes haverá autoria colateral, e não coautoria
participação.
3. nos crimes culposos cabe coautoria, mas não 4. Unidade de crime: todos respondem pelo
participação. mesmo crime
4. Na autoria mediata não há concurso entre 5. Existência de fato punível: a colaboração só é
autor mediato e autor imediato, responde apenas possível se o crime for, pelo menos, tentado,
o autor mediato, que se vale de alguém sem princípio da exterioridade - exige no início da
Culpabilidade para a execução do delito. execução. Comunicabilidade de circunstâncias e
Porém é possível coautoria e participação em elementares:
autoria mediata (vários mandantes). O artigo 30 do código penal dispõe que não se
5. Na coação física irresistível, o coautor é autor comunicam mais circunstâncias e condições de
direto. caráter pessoal, salvo se elementares.
Autoria: As circunstâncias são os dados e fatos ou
Quem pratica a figura típica do delito ponto a elementos acessórios do crime, que não
Participação é modalidade de concurso de autoria pode ser interferem na caracterização e existência do tipo
pessoas, na qual o agente colabora para a A. Direta ou imediata: quando o sujeito da penal, apenas influem na aplicação e graduação
prática delituosa, mas não pratica a conduta conduta, por si só, realiza o tipo penal. Não há da pena que será imposta. Exemplo, agravantes
descrita no núcleo do tipo penal influência de terceiros de atenuantes genéricas, causas de aumento e
B. Indireta ou mediata: quando o autor se utiliza diminuição de pena, etc
Participação moral: instiga (reafirma idéia) ou de um terceiro, como instrumento para a prática Elementares são fatos e elementos que
induz (cria idéia) em outrem. do delito. interferem na caracterização do delito, ou seja
Participação material: presta auxílio fornecedo C. Colateral: quando várias pessoas executam o são características próprias e fundamentais do
objeto ou condições para a fuga (cumplicidade). fato, sem vínculo subjetivo entre elas. Não há delito, sem as quais não restaria a conduta
que se falarem com a autoria, visto que ações incriminadora, a tipicidade absoluta, ou haveria
são autônomas uma condição diversa, desclassificatória para
A exemplo, policiais que atiram contra a mesma outro tipo penal
vítima, sem nenhuma combinação anterior. Exemplo, A violência é elementar do crime de
Nesse caso, cada um responderá por seu roubo sem ela a conduta seria furto.
resultado.
Quando não é possível a identificação da autoria, Circunstâncias e elementares podem ser de
estaremos diante da autoria incerta e todos caráter pessoal ou subjetivos, objetivos:
responderam por tentativa de homicídio, ainda
que a vítima tenha falecido. Pessoal: diz respeito a pessoa do participante, e
D. Ignorada: quando não é possível a não a materialidade do delito, próprias e
identificação do autor difere-se da autoria em individuais, estado civil, parentesco,
certa pois nesse caso os autores são conhecidos, antecedentes
não sendo possível apenas identificar quem
produziu a conduta. Objetivas: dizem respeito aos aspectos objetivos
do crime, ou seja, dizem respeito aos fatos e não
Coautria: as condições pessoal do autor: tempo, lugar,
É aquele que, em conjunto com o autor executa modo de execução.
a figura típica do delito. Neste caso a divisão de
funções para a execução do crime. Exemplo A. As circunstâncias subjetivas ou de caráter
ladrões que se reúnem para roubar um banco. pessoal não se comunicam.
Apenas quando tais condições subjetivas, forem
Participação: participe é aquele que contribui elementais para o crime.
para o crime sem realizar, no entanto, os Exemplo, a condição pessoal de funcionário
elementos do tipo penal. Trata-se de uma público, integra a descrição do artigo 312 do
atividade acessória da autoria. Exemplo aquele código penal e é uma elementar do crime
que leva vítima ao local onde o autor vai matá-la Neste caso, ficou autor ou participe de um delito
ou ainda quem ajuda do autor fugir. de peculato não for funcionário público, mas
tiver ciência de que está em concurso de pessoas
A doutrina majoritária defende a adoção da com um funcionário público, responderá também
teoria da assessoriedade limitada, que dispõe pelo delito de peculato, pois as circunstância de
que a participação social punível se a conduta caráter pessoal nesse caso irá se comunicar a ele
principal for típica e ilícita. pois faz parte da descrição de um tipo penal.
Nesse sentido, considera-se a conduta do B. As circunstâncias objetivas e, não pessoais, se
particípio como acessório, o particípio deve comunicam, desde que o autor delas tenha
responder pela conduta principal na medida de prévio conhecimento de tais informações
sua culpabilidade. Exemplo a contratar um pistoleiro para matar B,
o pistoleiro avisa a que usará de um meio cruel
para praticar o delito. Neste caso, ambos
respondem pela qualificadora do artigo 121
parágrafo 2 do CP.
C. Elementares sempre se comunicam, sejam
objetivas ou subjetivas.

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