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Pública Privada
Titularidade Titularidade
Ofendido/representante legal
É do Ministério Público (art. 100, §1º, do CP)
No caso de morte do ofendido:
Incondicionada Condicionada C ônjuge
A scentente
É a regra Depende de D escendente
representação I rmão
Não depende de
representação Legitimado para
representar: ofendido Identificação
O MP pode propor ou seu representante
independentemente
da manifestação de
vontade do ofendido
ou seu representante
legal
em caso de morte
do ofendido:
Ação “somente se procede mediante queixa”

Espécies
legal
O tipo penal:
- descreve a conduta
Cônjuge
A scentente
D escendente
Penal 1) Exclusiva
2) Personalíssima
somente o ofendido tem a titularidade - art.
- comina a pena I rmão 236 do CP
- silencia em relação
a ação penal 3) Subsidiária
Prazo: 6 meses a contar da
ciência da autoria do fato o crime é de ação penal pública, mas por
conta da inércia do MP surge a legitimidade
Retratabilidade do ofendido para ingressar com a ação penal
Regra até o oferecimento da denúncia pública subsidiária
Exceção art. 16 da Lei 11.340/06

Cuidado: Lesão corporal leve e culposa


Regra ação penal pública condicionada à representação
Exceção Súmula 542 STJ - no contexto de violência
doméstica e familiar contra a mulher é incondicionada
Identificação Base legal

Crime de Ação Penal Privada Art. 30 ou 31 do CPP


Art. 41 do CPP
Ofendido procura advogado para Art. 44 do CPP
(procuração com poderes especiais)
providências
Art. 100, §2º, do CP

Legitimidade Prazo
Art. 30 do CPP
Queixa-crime 6 meses contados
Art. 31 do CPP da ciência da
autoria do fato
Pedidos
Recebimento da queixa-crime
Conteúdo
Citação do querelado
Autor/querelante
Qualificação Designação de audiência preliminar ou
Réu/querelado de conciliação (se for Juizado Especial
Criminal)
Descrição dos fatos com circunstâncias Condenação
Valor indenizatório mínimo
Classificação jurídica do fato (art. 387, IV, do CPP)
Produção de provas
Tipificação
Rol de testemunhas
Conceito
Art. 18, I, do CP: o crime será doloso “quando o agente
quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo”;
No crime doloso, o agente desenvolve uma
conduta com vontade e consciência dirigida a
produzir determinado resultado;
O dolo integra a conduta e, portanto, o fato típico.

Fato típico
Dolo
Dolo direto Espécies Dolo eventual
O agente quer o resultado e O agente assume o risco de
desenvolve uma conduta voltada produzir o resultado, isto é, admite
a produção desse resultado; e aceita o risco de produzi-lo;
Exemplo: o agente desfere golpes O agente não quer o resultado (se
de faca na vítima com intenção desejasse, seria dolo direto), mas,
de matá-la. O dolo se projeta de mesmo prevendo a realização do
forma direta no resultado morte. resultado, segue em diante na sua
conduta.
Elementos
Conduta humana voluntária
O agente desenvolve uma conduta voluntária, agindo,
Conceito porém, sem observar o dever de cuidado objetivo
Resultado involuntário
Art. 18, II, do Código Penal O resultado não é desejado ou tolerado pelo agente
Integra o elemento normativo da Violação do dever de cuidado objetivo
conduta Imprudência: conduta positiva
É a conduta humana voluntária Negligência: conduta negativa
desenvolvida sem observar o Imperícia: falta de aptidão para desempenhar
dever de cuidado objetivo, que, determinada arte, profissão ou ofício
por imprudência, negligência ou
imperícia, produz um resultado
involuntário, objetivamente
Fato típico Nexo causal
Previsibilidade objetiva
previsível, que poderia ter sido
evitado Culpa Uma pessoa mais cautelosa não teria
praticado a conduta
Tipicidade
Ausência de previsão
Modalidades

Culpa inconsciente Culpa consciente


É aquela em que o Há a previsão do resultado,
resultado não é previsto mas o agente realiza a
pelo agente, embora conduta considerando,
objetivamente previsível sinceramente, que nenhum
É a culpa comum, aquela resultado se produzirá ou,
que se caracteriza pela ainda, que reúne habilidade
ausência de previsão do suficiente para evitá-lo
resultado
Requisitos
Acordo Pena mínima cominada inferior
a quatro anos
cumprido Sem violência ou grave ameaça
Extingue a punibilidade Confissão formal e circunstanciada

Acordo de não
persecução penal
Acordo
descumprido Condições
Oferecimento da Reparar o dano/restituir a coisa
denúncia pelo MP
Renunciar aos bens produto/proveito do crime

Prestação de Serviço à Comunidade


Prestação pecuniária ao ente público/ interesse social
Cumprir demais condições indicadas pelo MP
Base legal Peça obrigatória
Art. 396 do CPP Se não for apresentada, deverá o
Art. 396-A do CPP juiz nomear defensor para oferecê-
la (art. 396-A, §2º, do CPP)

Identificação Prazo
O último ato processual
informado no enunciado 10 dias a contar do
é a citação! Resposta à efetivo cumprimento
do mandado
acusação
Pedidos
Conteúdo
Absolvição sumária, com base no
Incompetência
Inobservância artigo 397 do CPP (indicar o inciso
Preliminares das Ex.: Rejeição da correspondente)
formalidades denúncia
legais Nulidades Pedir tudo o que foi alegado nas
teses (ex.: seja reconhecida a
incompetência do juízo)
causa excludente de ilicitude
Art. 397 causa excludente de culpabilidade A produção de provas, com
Mérito (salvo a inimputabilidade por doença mental) designação de audiência de
do CPP
causa excludente de tipicidade instrução e julgamento
causas extintivas de punibilidade
Rol de testemunhas
Identificação Base legal
O último ato processual Art. 403, §3º, do CPP
informado no enunciado é a Pela complexidade da causa ou número de acusados
audiência de instrução! Art. 404, parágrafo único, do CPP
Além disso, o enunciado Quando na audiência for determinada realização de
também poderá informar diligências
que o MP pugnou pela
condenação
Memoriais Prazo
5 dias

Conteúdo Pedidos
Inobservância Nulidades
das Absolvição, com base no artigo
Preliminares formalidades
Ex.: 386 do CPP (indicar o inciso
Extinção da
legais correspondente)
punibilidade
M aterialidade Pedir tudo o que foi alegado nas
A utoria teses (ex.: nulidade, diminuição
da pena, regime carcerário,
Mérito Art. 386 T ipicidade
do CPP substituição da pena privativa de
I licitude
liberdade por restritiva de
C ulpabilidade
direitos)
S ubsidiariedade
Base legal
Peça bipartida
Art. 593, inciso I, do CPP
Interposição Juiz de 1º grau Sentença definitiva de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular
Art. 593, inciso II, do CPP
Razões Tribunal
Decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular
nos casos não previstos no art. 581 do CPP
*JEC Art. 82 da Lei 9.099/95
Identificação
O último ato processual Prazo
informado no enunciado O prazo para interposição é,
é a sentença!
*JEC - decisão de rejeição da
denúncia ou queixa e sentença
Apelação em regra, 5 dias*, a contar
da intimação
*na prova da OAB as razões são
apresentadas junto com a interposição,
no prazo de 5 dias
*Assistente de 10 dias, já
Conteúdo acusação não 15 dias *JEC com as
Nulidades habilitado razões
Preliminares Ex.:
Extinção da
punibilidade Pedidos
M aterialidade Conhecimento, provimento e reforma da
A utoria decisão
Mérito Art. 386 T ipicidade Absolvição, com base no artigo 386 do
do CPP CPP (indicar o inciso correspondente)
I licitude
C ulpabilidade Pedir tudo o que foi alegado nas teses (ex.:
S ubsidiariedade nulidade e subsidiariedade)
Formas de
absolvição
Art. 397 do CPP Art. 415 do CPP Art. 386 do CPP

Absolvição sumária Absolvição sumária Absolvição

Vale somente para a peça Vale somente no caso de Serve para os demais
resposta à acusação! procedimento do júri! casos, como, por exemplo,
"Sumária", porque haverá (Memoriais do Júri e Recurso memoriais e apelação
julgamento antes mesmo em Sentido Estrito contra a do procedimento
da audiência de instrução decisão de Pronúncia).
“Sumária”, porque será comum.
(julgamento antecipado
da lide). realizada antes do
julgamento perante o
plenário do júri.
Peça bipartida
Petição de juntada Juiz de 1º grau

Razões Tribunal
Identificação
Base legal
O recurso de apelação é
interposto e arrazoado Art. 600 do CPP
pelo apelante, sendo, na
sequência, o apelado
intimado para oferecer
as contrarrazões
Contrarrazões de Prazo
Apelação 8 dias

Conteúdo Pedidos
Deve-se buscar no enunciado
Não conhecimento do
informações que permitam
recurso, improvimento do
desenvolver teses voltadas à
recurso e manutenção da
manutenção da decisão recorrida,
decisão recorrida
bem como refutar os argumentos
lançados pela acusação.
Peça bipartida Conceito
Desembargador
Folha de interposição Relator do acórdão Tecnicamente, o recurso de embargos
embargado infringentes guarda relação com a matéria
Tribunal (dependendo do Regimento
de mérito, enquanto os embargos de
Razões Interno será dirigido ao Grupo Criminal na nulidade guardam relação com nulidade
Justiça Estadual / Seção Criminal na Justiça processual
Federal)

Base legal
Identificação
Embargos Art. 609, parágrafo único, do CPP
O último ato processual
informado é decisão de infringentes
segunda instância não unânime Legitimidade
desfavorável ao réu (referente e de nulidade
a recurso em sentido estrito, a Recurso privativo da defesa
apelação e, segundo a
jurisprudência majoritária, a
agravo em execução)
Prazo
10 dias, a contar da publicação
do acórdão

Conteúdo Pedidos
Deverão ser expostos os motivos Seja conhecido e provido o recurso,
para prevalecer o voto vencido acolhendo o voto vencido, reformando o
acórdão recorrido, para o fim de...
Conceito
É o conflito que se estabelece entre duas ou mais normas aparentemente
aplicáveis ao mesmo fato
É aparente, porque apenas uma delas acaba sendo aplicada à hipótese

Subsidiariedade
Uma norma é
Conflito aparente Alternatividade
Nos crimes de ação
subsidiária à outra,
quando a conduta nela
de normas múltipla, se o agente
praticar mais de uma
prevista integra o tipo ação, descrita no tipo
da principal, misto, no mesmo
significando que a lei Princípios contexto fático,
principal afasta a utilizados para a solução dos conflitos responde por crime
aplicação da lei aparentes de normas único
secundária
Expressa
Especialidade Consunção
A própria lei indica ser a
norma subsidiária A norma especial afasta a O fato mais abrangente e grave
Ex: art. 132 do CP aplicação da lei geral absorve o fato menos abrangente
e grave que figura como meio
Ex: uma mãe matar, sob necessário ou normal fase de
Tácita influência do estado preparação ou execução de outro
Ex: crime de puerperal, o próprio filho, crime, bem como quando
constrangimento ilegal logo após o parto. Nesse constitui conduta anterior ou
é tacitamente caso, o infanticídio posterior do agente, cometida
subsidiário em relação prevalece sobre o homicídio com a mesma finalidade prática
ao crime de estupro atinente àquele crime
Concurso formal
Concurso material
Conceito
Conceito
Art. 70 do Código Penal
Art. 69 do Código Penal
Pluralidade de crimes
Pluralidade de crimes
Unidade de conduta
Pluralidade de condutas
Espécies
Espécies
Homogêneo e heterogêneo
Homogêneo - mesmos crimes
Concurso formal perfeito
Heterogêneo - tipos penais distintos
Art. 70, 1ª parte, do Código Penal
Aplicação da pena Concurso Resulta de um único desígnio
Cúmulo material - as penas são
somadas de crimes Concurso formal imperfeito
Art. 70, 2ª parte, do Código Penal
Resulta de desígnios autônomos
Crime continuado Aplicação da pena
Conceito Concurso formal perfeito
Espécies e aplicação da pena
Art. 71 do Código Penal Crime continuado comum Se for homogêneo, aplica-se a pena de
qualquer dos crimes, acrescida de 1/6
Pluralidade de crimes da Art. 71, caput, do CP até a metade
mesma espécie Aplica-se a pena do crime mais Se for heterogêneo, aplica-se a pena do
Pluralidade de condutas grave, aumentada de 1/6 até 2/3 mais grave, aumentada de 1/6 até a
Conexão: Temporal, modal Número de crimes Aumento da pena metade
e espacial 2 crimes 1/6 Número de crimes Aumento da pena
3 crimes 1/5 2 crimes
Unidade de desígnios 1/6
4 crimes 1/4
3 crimes 1/5
5 crimes 1/3
Natureza jurídica 4 crimes 1/4
6 crimes 1/2
5 crimes 1/3
Teoria da ficção jurídica 7 crimes ou mais 2/3
6 crimes ou mais 1/2
Há uma pluralidade de delitos, Crime continuado específico
mas o legislador, por uma ficção, Art. 71, par. único, do CP Concurso formal imperfeito
presume que eles constituem um
só crime, apenas para efeito de Aplica-se a pena do crime mais As penas devem ser somadas, de acordo
sanção penal grave aumentada até o triplo com a regra do concurso material
Cuidado: concurso material benéfico
Morte do agente Perdão judicial
Sendo personalíssima a responsabilidade penal, a O juiz, não obstante comprovada a prática da
morte do agente faz com que o Estado perca o infração penal pelo sujeito culpado, deixa de
direito de punir, não se transmitindo a seus herdeiros aplicar a pena em face de justificadas
qualquer obrigação de natureza penal circunstâncias
Ex: art. 121, §5º, do CP e art. 180, §5º, do CP
Anistia, graça ou indulto É uma decisão declaratória - não gera reincidência
Anistia: é direcionada a fatos e não pessoas e (Art. 120 do CP e Súmula 18 do STJ)
a competência é do Congresso Nacional (ex:
Lei 6.683/79) - apaga todos os efeitos penais
Graça: de iniciativa do Presidente da
República e é individual - não apaga os Retratação do agente
efeitos penais secundários - continua sendo
reincidente se cometer novo crime Extinção da Ex: art. 143 do CP e art. 342, §2º, do CP
Indulto: de iniciativa do Presidente da
República e é coletivo - não apaga os
efeitos penais secundários - continua
Punibilidade
Art. 107 do CP - Rol exemplificativo Renúncia ou perdão
sendo reincidente se cometer novo
crime (Súmula 631 do STJ)
do ofendido
Cuidado: crimes hediondos ou
equiparados não possuem direito a Prescrição, Queixa-crime
anistia, graça ou indulto
decadência ou Renúncia Perdão do
perempção ofendido
Abolitio criminis Decadência: é a perda do direito de ação Renúncia: É a abdicação do
do ofendido em face do decurso do ofendido ou de seu
Lei posterior deixar de considerar representante legal do direito
determinado fato como sendo tempo de promover a ação penal
criminoso Perempção: é a perda do direito de privada
Apaga todos os efeitos penais (se demandar o querelado pelo mesmo crime
cometer novo crime não será em face de inércia do querelante, diante Perdão do ofendido: é o ato pelo
reincidente) do que o Estado perde o jus puniendi - só qual iniciada a ação penal privada,
é possível para crimes de ação penal o ofendido ou seu representante
Não apaga os efeitos civis da prática exclusivamente privada legal desiste de seu
delituosa prosseguimento
Conceito
O crime omissivo se configura quando o
agente deixa de fazer aquilo que poderia e
deveria fazer, ou que estaria obrigado em
virtude de lei.

Crimes omissivos
Espécies

Crimes omissivos próprios Crimes omissivos impróprios


Art. 13, §2º, do CP
Tipo penal específico
Dever de agir Lei
Dever de agir Criou o risco
Ex: art. 135 do CP
Não admite tentativa + Assumiu a responsabilidade

Evitar o resultado
Responde pelo resultado
Admite tentativa
Atos
Cogitação preparatórios Execução Consumação
Aqui o agente O passo seguinte é a Após, o agente passa à É o momento de
delibera preparação da ação fase de execução do conclusão do delito,
mentalmente a delituosa. É a fase de delito, com a efetiva reunindo todos os
prática do delito exteriorização da ideia agressão ao bem elementos do tipo
do crime, por meio de jurídico tutelado penal.
Em geral, a
cogitação não atos. Ex: aquisição de O agente passa a
constitui fato uma arma para prática desenvolver conduta
punível de um homicídio voltada a realizar o verbo
Também não são nuclear do tipo
puníveis, salvo quando A partir dos atos
definidos como atos executórios o fato passa a
executórios de outro ser punível, ao menos na
delito autônomo forma tentada

Iter criminis
1. Crimes materiais
A consumação ocorre
Consumação
com a produção do
resultado naturalístico
2. Crimes formais
O tipo penal descreve a 3. Crimes de mera conduta 4. Crimes permanentes 5. Crimes omissivos próprios
conduta e o resultado, Não é necessário resultado A consumação se prolonga Consumam-se com a mera
mas para a consumação naturalístico para a no tempo a depender da abstenção, por parte do
não é exigido o resultado consumação atuação do agente agente, do ato que lhe era
naturalístico exigível
Conceito Elementos
Art. 14, inciso II, do Código Penal A tentativa se reveste de todos os elementos do crime desejado,
exceto a consumação
Início da execução de um crime, que
não se consuma por circunstâncias São três os elementos da tentativa
alheias à vontade do agente 1. Dolo da consumação
É uma causa de diminuição da pena O elemento subjetivo do crime tentado é o
mesmo do crime consumado
2. Início da execução do crime
É preciso sair da esfera dos atos preparatórios e
Algumas infrações que ingressar na esfera dos atos de execução
não admitem tentativa 3. Não consumação por circunstância
alheias à vontade do agente
Crimes culposos
Não se pode tentar aquilo que não
se tem vontade livre e consciente,
ou seja, sem que haja dolo
Tentativa
Contravenções Penais
É expresso na legislação que não é
punível a forma tentada (art. 4ª, do Punibilidade da tentativa
Decreto-Lei 3.688/41)
Quanto maior o iter criminis percorrido pelo
Crimes omissivos próprios agente, menor será a fração da causa de
diminuição
Ocorre quando o sujeito será responsabilizado por
uma conduta omissiva. Ao deixar de agir quando Na peça, sempre buscar a redução pela
deveria, o crime é consumado. tentativa na sua fração que mais diminua a
pena, ou seja, em 2/3.
Crimes unissubsistentes
ocorre quando praticado um único ato, como, por
exemplo, na injúria verbal (art. 140 CP).
Conceito Requisitos
Art. 15 do Código Penal Voluntariedade: devem decorrer de atos
O agente que, voluntariamente, desiste voluntários, livres de coação física ou moral,
de prosseguir na execução ou impede ainda que não sejam espontâneos
que o resultado se produza, só responde Eficácia: não pode ter ocorrido a
pelos atos já praticados consumação
Ocorre: Se, em que pese tenha buscado evitar a
Inicio da consumação produção do resultado, o crime alcançou a
Não consumação por vontade própria consumação, o agente responderá pelo delito

Desistência voluntária e
arrependimento eficaz
Diferença Consequência =
Desistência voluntária: Responde pelos atos praticados
Não esgota os meios executórios Jamais constitui tentativa
Desiste de prosseguir Ex: o agente que ingressa numa
Arrependimento eficaz: residência e, por ato voluntário,
Esgota os meios executórios desiste de consumar a subtração,
não responderá por tentativa de
Antes da consumação age para evitar o furto, mas pelos atos até então
resultado praticados, quais sejam, violação de
domicílio
Conceito Requisitos
Art. 16 do CP Crime sem violência ou grave
Nos crimes cometidos sem violência ou ameaça
grave ameaça à pessoa, reparado o dano Reparação do dano ou a restituição da
ou restituída a coisa, até o recebimento da coisa até o recebimento da denúncia
denúncia ou da queixa, por ato voluntário
do agente, a pena será reduzida de um a A reparação do dano ou restituição da
dois terços coisa deve ser voluntária, pessoal e
integral
Ocorre depois da consumação

Arrependimento
posterior
= Consequência Comunicabilidade no
Constitui causa de diminuição da concurso de pessoas
pena de um a dois terços
Tratando-se de causa objetiva de
Cuidado: caso a reparação do dano diminuição de pena, não se
ou a restituição da coisa ocorra após restringe à esfera pessoal de quem
o recebimento da denúncia, não o realiza, comunicando-se, por isso,
caracteriza o arrependimento aos demais coautores e partícipes
posterior, aplicando-se a atenuante do crime, nos termos do artigo 30
genérica do art. 65, III, b, do CP do Código Penal
Conceito
Artigo 17 do Código Penal
Trata-se de hipótese de tentativa não punível, verificando-
se quando o agente, por ineficácia absoluta do meio ou
impropriedade absoluta do objeto sobre o qual recaiu sua
conduta, jamais alcançará a consumação do delito

Crime impossível
Espécies

Ineficácia absoluta do meio Impropriedade absoluta do objeto


Guarda relação com o meio de execução ou Guarda relação com o objeto material,
instrumento utilizado pelo agente, que, por compreendendo a pessoa ou coisa sobre o qual
sua natureza, será incapaz de produzir recai a conduta do agente.
qualquer resultado, ou seja, jamais Ex: o agente, pretendendo matar a vítima,
alcançará a consumação do delito. desfere vários disparos de arma de fogo contra o
Ex: o agente, pretendendo matar a vítima, seu corpo, verificando-se, após, que, ao receber
usa como meio executório arma os disparos, já se encontrava morta, em
completamente defeituosa, que jamais decorrência de ter sofrido, momentos antes,
efetuaria qualquer disparo fulminante ataque cardíaco
Conceito Acidental
Art. 20, "caput", do Código Penal É o erro que incide sobre dados acidentais do
delito, sobre circunstâncias (qualificadoras,
Erro sobre o elemento constitutivo do agravantes e causas de aumento de pena) e
tipo penal elementos irrelevantes da conduta típica. Não
Elemento constitutivo: a figura típica é recai, portanto, sobre elementos essenciais do
composta de elementos específicos ou delito. São casos de erro acidental:
elementares. Cada expressão que
compõe uma figura típica é um 1. Erro sobre a pessoa
elemento que constitui o modelo legal Art. 20, §3º, do Código Penal
de conduta proibida
Pessoa Erro de Pessoa
O erro de tipo pode ser essencial ou pretendida identificação diversa
acidental
Efeito: consideram-se as condições ou
Erro de qualidades da vítima pretendida

Essencial 2. Erro na execução ou "aberracio ictus"

O erro de tipo essencial é aquele que


repercute na própria tipificação da conduta
tipo Art. 73 do Código Penal
Pessoa Acidente ou erro no uso Pessoa
do agente, pois, se não tivesse a falsa pretendida dos meios de execução diversa
percepção da realidade, o agente não teria
praticado o fato típico, ou, pelo menos, não Efeito:
nas circunstâncias que envolveram o contexto Com resultado único: consideram-se as condições ou
fático. Se divide em: qualidades da pessoa pretendida
Com resultado duplo: aplica-se a regra do concurso
1. Invencível formal (art. 70 do CP)
É aquele erro em que qualquer pessoa, nas 3. Resultado diverso do pretendido ou "aberracio criminis"
mesmas circunstâncias, incorreria Art. 74 do Código Penal
Efeito: exclusão do dolo e da culpa, sendo o fato atípico Resultado
Resultado Acidente ou erro no uso diverso do
2. Vencível pretendido dos meios de execução pretendido
É aquele erro em que uma pessoa mais cautelosa e Efeito:
prudente, nas mesmas circunstâncias, não incorreria Com resultado único: responde por culpa, se previsto em lei
Efeito: exclusão do dolo, mas não da culpa, desde que Com resultado duplo: se aplica a regra do concurso formal
previsto em lei o crime culposo (art. 70 do CP)
Estado de necessidade Legítima defesa
Art. 24 do Código Penal Art. 25 do Código Penal
Conflito de interesses legítimos Consiste em repelir injusta agressão, atual ou
iminente, a direito próprio ou alheio, usando
Agressivo: atinge bem jurídico de moderadamente dos meios necessários
terceiro inocente
Espécies Requisitos
Defensivo: atinge bem jurídico da
pessoa que criou a situação de perigo - Agressão injusta, atual ou iminente
- Agressão a direito próprio ou de terceiro
Requisitos
- Reação com os meios necessários
- Perigo atual - Uso moderado dos meios necessários
- Não provocado voluntariamente
Agente de segurança pública: art. 25, par. único,
- Não podia evitar de outro modo do Código Penal
- Ausência do dever legal de enfrentar o perigo Legítima defesa sucessiva: em caso de excesso
- Proporcionalidade Legítima defesa preordenada: ofendículos

Causas excludentes
de ilicitude
Estrito cumprimento Excesso punível
do dever legal Exercício regular Art. 23, parágrafo único, do
Agente que praticar um fato típico em face de um direito Código Penal
do cumprimento de um dever observando O agente responderá pelo
rigorosamente os limites impostos pela lei, É o desempenho de uma atividade excesso doloso ou culposo
de natureza penal ou não ou a prática de uma conduta
Destinatário: agente público autorizada por lei, que torna lícito
um fato típico
Ex: policial que prende o agente em Destinatário: cidadão comum
flagrante, embora atinja o seu direito de
liberdade, não comete crime algum, porque Ex: artigo 301, "caput", do CPP (1ª
cumpre o dever que lhe é imposto por lei parte); violência desportiva
Elementos
Imputabilidade
Capacidade do agente maior de 18 anos, que goza de saúde
mental, entender, ao tempo da ação ou omissão, o caráter ilícito da
sua conduta e de determinar-se de acordo com esse entendimento
Se aplica o sistema biopsicológico
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta diversa

Culpabilidade
Causas de exclusão

Inimputabilidade Falta de potencial consciência da Inexigibilidade de conduta diversa


ilicitude
Por doença mental ou Coação moral irresistível (art. 22 do CP)
desenvolvimento mental incompleto Erro de proibição (art. 21 do CP) Grave
ou retardado (art. 26 do Código Penal) Coator Coagido Fato típico
Erro sobre a ilicitude do fato ameaça e ilícito
Embriaguez completa proveniente de O agente considera ser permitido, Somente o coator responde pelo delito
caso fortuito ou força maior (art. 28, quando, na verdade, é proibido
§1º, do Código Penal) Se subdivide em: Obediência hierárquica (art. 22 do CP)
Menoridade penal (art. 27 do CP) 1. Inevitável Isento de pena ordem não subordinado
Superior manifestamente pratica fato
2. Evitável Causa de diminuição da hierárquico típico e ilícito
pena ilegal
Somente o superior hierárquico responde
pelo delito
Absolutamente Independentes Relativamente
São aquelas que não têm origem Aliada à conduta do agente, São aquelas que tiveram origem
na conduta do agente outra causa contribui para o na conduta do agente
Há uma quebra do nexo causal resultado. É a chamada concausa Não há uma quebra do nexo causal
São três as espécies de causas Esta “concausa” pode ser São três as espécies de causas
absolutamente independentes: absolutamente independente ou relativamente independentes:
1. Preexistentes relativamente independente 1. Preexistentes
Trata-se de causa que existia antes da A causa que efetivamente gerou o
conduta do agente e produz o resultado resultado já existia ao tempo da
independentemente da sua atuação conduta do agente, que concorreu para
a sua produção
Ex: O agente desfere um disparo de arma
de fogo contra a vítima, que, contudo, Ex: “A”, com a intenção de matar, desfere um
falece pouco depois, não em golpe de faca na vítima, que é hemofílica e vem
consequência dos ferimentos a morrer em face da conduta, somada à
recebidos, mas porque antes ingerira contribuição de seu peculiar estado fisiológico
veneno com a intenção de suicidar

2. Concomitantes
Fato típico Efeitos: o agente responde pelo resultado
pretendido. No caso, homicídio consumado
São as causas que não têm nenhuma Espécies de causa Cuidado: se o agente não sabia do estado de
saúde da vítima ou não lhe era previsível,
relação com a conduta e produzem o responderia por tentativa de homicídio (se agiu
resultado independentemente desta, no com a intenção de matar)
entanto, por coincidência, atuam 2. Concomitantes
exatamente no instante em que a ação é A causa que efetivamente produziu o resultado
realizada. Dependentes surge no exato momento da conduta do agente
Ex: “A” desfere golpe de faca contra “B” no exato É a consequência Ex: ataque à vítima, por meio de faca, que, no exato
momento em que este vem a falecer exclusivamente decorrente da conduta momento da agressão, sofre ataque cardíaco, vindo a
por força de um ataque cardíaco falecer, apurando-se que a soma desses fatores (causas)
do agente produziu a morte
3. Superveniente Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido. No
São causas que atuam após a conduta. Ou seja, que surgem caso, homicídio consumado
depois da conduta desenvolvida pelo agente
3. Superveniente
Ex: “A” ministra veneno na comida de “B”. Antes do veneno A causa que efetivamente produziu o resultado ocorre
produzir efeitos, há um incêndio na casa da vítima, que morre depois da conduta praticada pelo agente
exclusivamente queimada pelo fogo
Efeitos: Quando a causa é absolutamente independente, Ex. O agente desfere um golpe de faca contra a vítima, com a
há exclusão da causalidade decorrente da conduta. Ou seja, o intenção de matá-la. Ferida, a vítima é levada ao hospital e
agente responde somente por aquilo que deu causa. Nos sofre acidente no trajeto, vindo, por esse motivo, a falecer
exemplos citados, se o dolo era de matar, o agente responderia Efeitos: o agente responde pelos atos até então praticados. No
por tentativa de homicídio caso, tentativa de homicídio
Espécies
Conceito
Ocorre quando duas ou mais Concurso necessário Concurso eventual Requisitos
pessoas, em conjugação de
esforços e comunhão de exige para sua é possível a prática Pluralidade
vontades, reúnem-se para a configuração o por uma única de condutas Identidade
prática de um ou mais delitos concurso de pelo pessoa de infrações
menos duas Relevância Liame
pessoas causal das subjetivo
incidem as regras do
Comunicabilidade concurso de pessoas condutas
não incidem as
Circunstâncias Elementares regras do
concurso de
Pessoais Objetivas pessoas Punibilidade
Integram o
Próprio agente Fato tipo penal Medida da Cooperação
Circunstâncias de caráter pessoal Concurso de culpabilidade dolosamente
distinta
Regra: não se comunicam a outro agente
Exceção: se for elementar do crime
pessoas art. 29,
caput, do
Participação
de menor
CP importância art. 29, §2º,
Circunstâncias objetivas sempre se do CP
comunicam, desde que estejam dentro do art. 29, §1º, do CP
alcance de previsibilidade do agente
Modalidades

Autoria Participação Coautoria


Algumas teorias
Moral Material Parcial Direta
Extensiva Domínio do fato Restritiva
induzir ou auxiliar a Agentes Agentes
instigar executar a ação praticam atos executam atos
diversos semelhantes
Não é aplicada Autor é quem Autor é quem pratica a Cuidado
tem o controle ação descrita no verbo Participação impunível:
final do fato nuclear do tipo penal Somados, Geram o
art. 31 do CP geram o resultado
resultado
É a aplicada
Considerações Infrações de menor
iniciais potencial ofensivo Competência
Art. 61 da Lei 9.099/95. Art. 63 da Lei 9.099/95.
Art. 98 da Constituição Federal
Contravenções penais e os crimes com Será determinada pelo lugar
Justiça Estadual Lei 9.099/95 pena máxima não superior a 2 anos, em que foi praticada a infração penal.
Justiça Federal Lei 10.259/01 cumulada ou não com multa.
Cuidado: Súmula 38/STJ - Juízes Federais
não julgam contravenções.
Situações de Suspensão
remessa para o condicional
juízo comum do processo
Complexidade ou circunstância do Art. 89 da Lei 9.099/95.
caso (art. 77, §2º e §3º da Lei
9.099/95);
Acusado não localizado para ser
Juizado Especial Para infrações cuja pena mínima é igual
ou inferior a 1 ano, abrangidas ou não
pela Lei 9.099/95.
citado (art. 66, p. ú. da Lei 9.099/95);
Lei Maria da Penha (art. 41, Lei
Criminal Oferecida pelo MP.

11.340/06);
Conexão ou continência com outro #1 Requisitos:
Não esteja sendo processado por outro
crime (que não seja de menor crime;
potencial ofensivo), porém as Não tenha sido condenado por outro
medidas despenalizadoras deverão crime;
ser observadas; Demais condições do art. 77, CP.
Causas de aumento de pena, Critérios e objetivos Condições:
ultrapassando o patamar da pena
máxima de 2 anos. Critérios: Objetivos: Obrigatórias: art. 89, §1º, Lei 9.099/95;
Facultativas: art. 89, §2º, Lei 9.099/95.
Importante: C eleridade Reparação do dano
E conomia processual (diferente da ação civil
Art. 538, CPP. Observa-se o "ex delicto"); Revogação da suspensão:
I nformalidade
procedimento sumário. Aplicação de pena não Obrigatória: art. 89, §3º, Lei 9.099/95;
O ralidade
S implicidade PPL (sempre que possível) Facultativa: art. 89, §4º, Lei 9.099/95.
Fase preliminar
Início Atenção
Suspensão condicional do processo
Termo Audiência Não aceita ou não oferecida (art. 89, Lei 9.099/95)

circunstanciado preliminar transação/composição cível

Art. 69 da Lei 9.099/95 Art. 72 da Lei 9.099/95 Oferecida a


Possibilidade de:
denúncia ou
Transação:
Art. 76 da Lei 9.099/95;
Aceita a proposta, o Juiz aplicará PRD ou multa;
Composição cível de danos:
Art. 74 da Lei 9.099/95;
Acordo entre as partes;
queixa
Não importará em reincidência; Sentença irrecorrível;
Não se admitirá transação: Em caso de descumprimento, Art. 77 da Lei 9.099/95
I -ter sido condenado à PPL por crime; executa-se no cível.
II - ter sido beneficiado, antes, prazo de 5 anos;
III - quando as circunstâncias judiciais não indicarem.

Citação
Cabem embargos de declaração
Audiência ou na forma do
quando, em sentença ou acórdão,
houver obscuridade, contradição ou
omissão Juizado Especial art. 66 e 68, Lei 9.099/95

Sentença
Criminal
Audiência de
#2 instrução e
Debates orais Da decisão de rejeição da
denúncia ou queixa, e da julgamento
sentença caberá apelação
Arts. 80 e 81 da Lei 9.099/95
Interrogatório

Recebimento da Palavra ao
Oitiva da vítima e defensor/
testemunhas denúncia ou queixa
defesa oral
Procedimento
Sumaríssimo
Aplicação da pena
privativa de liberdade
1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase
Fixação da pena-base e Agravantes Atenuantes Causas de Causas de
circunstâncias judiciais aumento diminuição
A fixação da pena-base leva em Deve-se observar o mínimo e
conta a análise das o máximo da pena É possível que a pena fique
circunstâncias judiciais legalmente prevista abaixo do mínimo ou acima
Agravantes do máximo legal
Deve-se observar o mínimo e o
máximo da pena legalmente prevista 1. As agravantes estão São causas de aumento ou
previstas nos arts. 61 e 62 do diminuição da sanção penal em
As circunstâncias judiciais estão CP, sendo o rol taxativo quantidade fixada pelo
previstas no art. 59 do CP: 2. Sempre agravam a pena, legislador (1/3, 1/6, o dobro,
1. Culpabilidade salvo quando constituam ou metade, etc). Ex: arts. 14,
2. Conduta social qualifiquem o crime parágrafo único; 24, § 2º; 26, §
3. Personalidade do agente único; 28, § 2º, todos do CP.
4. Motivos do crime Atenuantes
5. Circunstâncias do crime 1. As atenuantes estão
6. Consequências do crime previstas nos arts. 65 e 66 Dessa forma:
7. Comportamento da vítima do CP Após analisar as circunstâncias
8. Antecedentes criminais 2. Podem ser reconhecidas judiciais encontrando a pena-base e
mesmo que não esteja verificar a presença de agravantes e
Cuidado expressamente prevista em atenuantes, obtendo a pena
Súmula 444 do STJ: É vedada a lei provisória, o Magistrado deverá, por
utilização de inquéritos policiais e último, considerar as causas de
ação penais em curso para aumento e de diminuição da pena,
agravar a pena-base Cuidado se presentes no caso concreto
Vedado o "bis in idem"
Regime inicial
Conceito
A pena privativa de liberdade repercute O regime inicial será fixado em
diretamente no direito de locomoção observância aos seguintes critérios: Reclusão
do agente condenado, por tempo Fechado:
determinado 1. A quantidade da pena imposta condenado a pena superior a 8
2. A reincidência anos, reincidente ou não
3. As circunstâncias judiciais do
art. 59 do Código Penal Semiaberto:
Regimes condenado a pena superior a
4 anos e inferior a 8 anos, e
penitenciários não reincidente
Aberto:
Fechado condenado a pena inferior a 4
anos e não reincidente
A pena privativa de liberdade é
executada em estabelecimento
de segurança máxima ou média
Pena privativa Cuidado:
Súmulas 269 e 440 do STJ
Art. 34 do Código Penal
de liberdade Súmulas 718 e 719 do STF
Semiaberto
A pena privativa de liberdade é Detenção
executada em colônia agrícola, Crimes hediondos Semiaberto:
industrial ou estabelecimento similar
Art. 35 do Código Penal e equiparados condenado a pena superior a
4 anos, reincidente ou não
O artigo 2º, § 1º, da Lei 8.072/90 (Lei Aberto:
Aberto dos Crimes Hediondos), foi declarado condenado a pena inferior a 4
A pena privativa de liberdade é inconstitucional pelo STF, por anos e não reincidente
executada em casa de albergado considerar que a obrigatoriedade do Se o condenado for reincidente,
ou em estabelecimento adequado regime inicial fechado viola o princípio o regime inicial será o
constitucional da individualização da semiaberto,
Art. 36 do Código Penal pena e da proporcionalidade (HC
111.840/ES e Informativo 670 do STJ). independentemente da
quantidade da pena
Conceito Espécies
Prestação pecuniária Natureza jurídica
São penas alternativas às
privativas de liberdade, com Perda de bens e valores São sanções penais
a finalidade de evitar o Prestação de serviço à comunidade substitutivas
encarceramento de e autônomas
determinados criminosos Interdições temporárias de direitos
Limitação de fim de semana

Reconversão
Duração
Obrigatória Facultativa Art. 55 do Código Penal

Art. 44, §4º, Art. 44, §5º, Penas restritivas É equivalente a pena
privativa de liberdade
do CP do CP
de direito
Regras para a Requisitos para a
substituição substituição
Até 1 ano + de 1 ano Subjetivos Objetivos

Uma pena Duas penas Não reincidente Princípio da Natureza do Quantidade


em crime suficiência crime da pena
doloso
PRD ou Multa 2 PRD ou PRD e Sem violência ou Doloso Culposo
multa grave ameaça
Pena aplicada Qualquer
até 4 anos pena
Conceito Requisitos
É uma medida alternativa ao encarceramento Objetivos
O sujeito foi condenado, mas por atender a Natureza da pena: pena privativa de liberdade (não
determinados requisitos a execução da pena fica cabe para PRD e multa)
suspensa, mediante condições
Quantidade da pena:
Audiência de Sentença Regra pena aplicada na sentença até 2 anos;
Denúncia Citação instrução condenatória Requisitos
Exceção Sursis etário e humanitário até 4 anos
Recebimento Resposta à Alegações
Suspensão da Crime ambiental até 3 anos
da denúncia execução da pena
acusação Finais Não tenha havido substituição por PRD
Condições
Subjetivos
Condições Não reincidente em crime doloso (Cuidado: se a
pena anterior for de multa, será possível - Art. 77,
Simples §1º, do CP e Súmula 499 do STF)
Art. 78, §1º, do Código Penal Circunstâncias judiciais favoráveis
No primeiro ano do prazo,
deverá o condenado:
1) prestar serviços à comunidade; ou
Suspensão Condicional Revogação
2) submeter-se à limitação de fim
de semana
da Execução da Pena Obrigatória
1) Condenação irrecorrível pela prática de
(SURSIS) crime doloso
Especial 2) Frustra, embora solvente, a execução
Art. 78, §2º, do Código Penal de pena de multa ou não efetua, sem
motivo justificado, a reparação do dano
Se o condenado houver reparado o dano, salvo Período de 3) Descumpre a condição do § 1º do art.
impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias 78 do CP (descumprir a prestação de
judiciais forem favoráveis, o juiz poderá substituir a prova serviços à comunidade ou a limitação de
exigência do §1º pelas seguintes condições, fim de semana)
aplicadas cumulativamente: Regra: de 2 a 4 anos
1) proibição de frequentar determinados lugares; Exceção: etário e humanitário Facultativa
(de 4 a 6 anos) 1) O condenado deixa de cumprir as
2) proibição de ausentar-se da comarca onde reside,
sem autorização do juiz Prorrogação do período de obrigações judiciais
3) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, prova: art. 81, §2º, do CP 2) Condenação irrecorrível, por crime
mensalmente, para informar e justificar suas atividades culposo ou contravenção, à pena privativa
de liberdade e restritiva de direitos
Regra geral Crime continuado e
Conceito Art. 70 do CPP permanente
Competência é a delimitação Para a determinação da
do poder jurisdicional (fixa os competência lugar do crime é o Tratando-se de infração continuada ou
limites dentro dos quais o juiz lugar da consumação permanente, praticada em território de duas
pode prestar jurisdição) §1º - Se, iniciada a execução no território ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á
nacional, a infração se consumar fora pela prevenção (art. 71 do CPP)
dele = lugar em que tiver sido praticado, Art. 83 do CPP
no Brasil, o último ato de execução
Guia de fixação
§2º - Quando o último ato de execução
Competência originária – o for praticado fora do território nacional = Domicílio ou residência do réu
acusado tem foro por juiz do lugar em que o crime, embora
prerrogativa de função? parcialmente, tenha produzido ou devia Não sendo conhecido o lugar da infração, a
produzir seu resultado competência regular-se-á pelo domicílio ou
Competência de jurisdição – residência do réu
qual é a justiça competente? §3º - Incerto o limite territorial ou
incerta a jurisdição = prevenção §1º - Mais de uma residência = prevenção
Competência territorial – qual a
comarca competente? §2º - Não tiver residência ou for ignorado o
paradeiro = primeiro juiz que tomar
Competência de juízo – qual a conhecimento
vara competente?
Competência interna – qual o
Conexão e continência
juiz competente?
Competência recursal – para
Competência Art. 76 do CPP Art. 77 do CPP
onde vai o recurso?

Art. 78 do CPP
Espécies
Prerrogativa de função
Ratione materiae: estabelecida
em razão da natureza do crime não pode ser modificada, Determinadas pessoas, por exercerem funções
praticado Competência ou seja, cuida-se de
competência específicas, possuem a prerrogativa de serem
Ratione personae: em absoluta improrrogável ou julgadas originariamente por determinados órgãos
razão da qualidade das imodificável Cuidado: deputados federais e senadores possuem
pessoas acusadas foro por prerrogativa de função apenas para
pode ser modificada, crimes cometidos após a sua diplomação no cargo
Ratione loci (art. 69, I e II): Competência ou seja, cuida-se de e se o crime tiver relação com o cargo ocupado
em razão do local relativa competência
prorrogável ou
modificável
Identificação Base legal
Utiliza-se, por analogia:
O último ato processual
informado no enunciado é a Art. 403, §3º, do CPP
audiência de instrução! Pela complexidade da causa ou número de acusados
Ocorrem antes da decisão de Art. 404, parágrafo único, do CPP
pronúncia, de impronúncia, da Quando na audiência for determinada realização de
absolvição sumária ou diligências
desclassificação
Prazo
Memoriais 5 dias

Conteúdo
do júri
Nulidades
Pedidos
Preliminares Ex.:
Extinção da No que tange ao mérito, o pedido
punibilidade deve guardar relação com a(s)
tese(s) invocadas: Impronúncia;
Impronúncia Art. 414 do CPP e/ou absolvição sumária; e/ou
Mérito Absolvição sumária Art. 415 do CPP desclassificação
Desclassificação Art. 419 do CPP
Pedir tudo o que foi alegado nas
Eventuais teses subsidiárias podem consistir no teses (ex.: nulidade e
afastamento da qualificadora e/ou de causa de subsidiariedade)
aumento de pena
Base legal
Peça bipartida
Interposição Juiz da Vara Criminal
Art. 581, inciso IV, do Juízo de retratação
do Tribunal do Júri CPP
Na peça de interposição,
Razões Tribunal lembre-se de postular o juízo
de retratação, conforme artigo
589 do CPP
Identificação
Prazo
O último ato processual
informado no enunciado é
Recurso em O prazo para interposição é,
a decisão de pronúncia! sentido estrito em regra, de 5 dias, a contar
da intimação
contra decisão de pronúncia *na prova da OAB as razões são
apresentadas junto com a interposição,
no prazo de 5 dias
Conteúdo
Nulidades
Pedidos
Preliminares Ex.:
Extinção da
Conhecimento, provimento e reforma da
punibilidade
decisão
Impronúncia Art. 414 do CPP No que tange ao mérito, o pedido deve
Mérito Absolvição sumária Art. 415 do CPP guardar relação com a(s) tese(s) invocadas:
Desclassificação Art. 419 do CPP Impronúncia; e/ou absolvição sumária; e/ou
desclassificação
Eventuais teses subsidiárias podem consistir no Pedir tudo o que foi alegado nas teses (ex.:
afastamento da qualificadora e/ou de causa de nulidade e subsidiariedade)
aumento de pena
Peça bipartida Base legal
Juiz Presidente do
Interposição Tribunal do Júri Art. 593, inciso III, do CPP (indicar as
alíneas correspondentes)
Razões Tribunal

Prazo
Identificação O prazo para interposição é,
em regra, 5 dias, a contar da
O último ato processual
informado no enunciado é a
sentença proferida pelo Juiz após
Apelação intimação
*na prova da OAB as razões são
apresentadas junto com a interposição,
o julgamento no Plenário do Júri!
no Tribunal do Júri no prazo de 5 dias
*Assistente de
acusação não 15 dias
habilitado
Conteúdo Pedidos
a) nulidade posterior à pronúncia; Conhecimento, provimento e reforma da decisão
b) sentença do juiz-presidente Seja declarada a nulidade do processo a partir do ato "X"
contrária à lei expressa ou à decisão e, por consequência, seja o réu submetido a novo júri (se
dos jurados; pela alínea "a" do art. 593, III, do CPP)
c) erro ou injustiça no tocante à Seja retificada a decisão, a fim de que prevaleça a decisão
aplicação da pena ou da medida de dos jurados, no sentido de que... (se pela alínea "b" do art.
segurança; 593, III, do CPP)
Seja retificada a pena, a fim de que seja fixada no mínimo
d) decisão dos jurados legal, fixado regime carcerário semiaberto, etc (se pela
manifestamente contrária à prova alínea "c" do art. 593, III, do CPP)
dos autos. Seja o réu submetido a novo júri pelo Plenário do Júri, nos
termos do artigo 593, § 3º, do Código de Processo Penal
(se pela alínea "d" do art. 593, III, do CPP)
Detração Penal
Considerações - Art. 42 do CP e art. 387, §2º, do CPP Sistema progressivo
Lei 7.210/84 É o computo do período que a pessoa ficou Tempo + bom comportamento
Se aplica tanto para penas, quanto recolhida antes da sentença como pena
cumprida Cuidado: Progressão de Regime Especial para
para medidas de segurança Mulheres (art. 112, §3º, da LEP) - requisitos
Pode ser processo de execução penal
Regra: a detração é observada na cumulativos
sentença condenatória quando o juiz fixar
definitivo ou processo de execução penal o regime
provisório Regressão de Regime
Subsidiariamente: quando o juiz se omite em
Lembrar da Súmula 716 do STF relação a detração, o juiz da execução pode
fazer (art. 66, III, c, da LEP) Arts. 118, I e II, e 146-C, par. único, ambos da LEP
Juiz da Vara de Execução Penal
Art. 66 da LEP Regressão de regime sem ouvir o preso - causa
de nulidade
Como pedir algo ao Juiz da Vara de
Execução Penal? Execução Lembrar: Súmula 526, STJ
Petição
Como recorrer da decisão do Juiz da
Vara de Execução Penal?
penal Agravo em execução
Regra: não tem efeito suspensivo
Agravo em Execução
Exceção: art. 179, LEP
Remição da pena
Prisão Monitoramento
domiciliar eletrônico Autorização de saída
Remição por trabalho Remição por estudo
Permissão de Saída
3 dias trabalhados = 1 dia de pena 12 horas estudadas divididas, no Art. 117, LEP Art. 146-B, LEP saída temporária
Cabível nos regimes fechado e mínimo, em 3 dias = 1 dia de pena Art. 120, LEP Art. 122, LEP
semiaberto Para presos Para presos em
Possível no regime fechado, em regime
O entendimento do STF e STJ é no semiaberto, aberto e livramento prisão
aberto domiciliar, Regime Regime
sentido de que não é cabível remição condicional fechado, semiaberto
por trabalho no regime aberto regime
semiaberto e semiaberto
saída e preso
É possível cumular as duas modalidades, se compatíveis temporária provisório
Art. 127 da LEP: falta grave e perda de até 1/3 dos dias remidos
Rito
Peça bipartida Base legal
Deve ser adotado o
Interposição Juiz de 1º Grau mesmo rito do recurso Art. 197 da Lei 7.210/84
em sentido estrito, (LEP)
Razões Tribunal notadamente no que
se refere ao prazo,
juízo de retratação e Juízo de retratação
processamento
Identificação Na peça de interposição, lembre-se
de postular o juízo de retratação,
O último ato processual
informado no enunciado é uma
decisão do juízo da execução!
Agravo em conforme artigo 589 do CPP

Execução Prazo
Conteúdo O prazo para interposição é, em
regra, de 5 dias, a contar da
Não há um rol taxativo, sendo cabível para impugnar intimação (Súmula 700 do STF)*
qualquer decisão proferida pelo juízo da execução penal, *na prova da OAB as razões são apresentadas
cuja competência é definida no art. 66 da LEP, como, por junto com a interposição, no prazo de 5 dias
exemplo, em relação aos seguintes temas:
Decisão que concede ou nega a progressão de regime;
Pedidos
Decisão que determina a regressão do regime carcerário e
perda dos dias remidos; Conhecimento, provimento e
Decisão que indefere o pedido de unificação das penas; reforma da decisão
Decisão que concede ou nega o pedido de livramento condicional;
Decisão que indefere o pedido de saídas temporárias; Pedir tudo o que foi alegado
Decisão que concede ou nega o pedido de indulto, comutação, remição. nas teses
Conceito Cuidado
É a perda do direito de punir do Estado PRD: o mesmo prazo que para a PPL
pelo não exercício em determinado lapso (exceção: art. 28 da Lei 11343/06)
de tempo
Constitui causa de extinção da punibilidade Prescrição Pena de multa: Art. 114 do CP
Concurso de crimes: Art. 119 do CP e Súmula
497 do STF
(art. 107, IV, do CP)
Causas impeditivas: Art. 116 do CP
Prescrição da pretensão punitiva Prescrição da pretensão
(antes da sentença condenatória transitada em julgado)
executória
Em abstrato Retroativa Superveniente
(depois da sentença condenatória transitada em
Art. 109, "caput", CP Art. 110, §1º, CP Art. 110, §1º, CP julgado)
Cálculo: pena Não ocorreu prescrição Não ocorreu prescrição em Art. 110, "caput", CP
máxima cominada em abstrato abstrato e retroativa
ao delito enquadrar Pressupostos: Pressupostos: Pressuposto:
no artigo 109 do CP 1. Sentença condenatória 1. Sentença condenatória 1. Não tenha ocorrido a prescrição
2. Trânsito em julgado para 2. Trânsito em julgado para punitiva
Causas de aumento e 2. Sentença condenatória
de diminuição da pena: a acusação a acusação
3. Trânsito em julgado da sentença
interferem no cálculo Cálculo: pena Cálculo: pena condenatória para a acusação e para
Cuidar: art. 115 do CP aplicada enquadrar no aplicada enquadrar no a defesa
artigo 109 do CP artigo 109 do CP
Termo inicial: art. 111 do Cálculo: pena aplicada enquadrar no
CP - Regra: do dia em Termo inicial: da data da Termo inicial: da data da
publicação da sentença publicação da sentença artigo 109 do CP
que o crime se
consumou condenatória para trás condenatória para frente Termo inicial: da data do trânsito em
julgado para a acusação (art. 112,
Causas interruptivas Art. 117 do CP inciso I, do CP)
Procedimento comum
PPPR PPPR Reincidente: o prazo de prescrição é
Data da Recebimento Publicação da sentença
aumentado em 1/3
consumação da denúncia condenatória recorrível PPPS
Só se aplica para a prescrição da
PPPA PPPA pretensão executória
Procedimento do Júri Não se aplica para a prescrição da
PPPR PPPR PPPR PPPR pretensão punitiva, conforme Súmula
Data da Recebimento Decisão de Decisão conf. Publicação da sentença
220 do STJ
consumação da denúncia pronúncia de pronúncia condenatória recorr. PPPS
Causas interruptivas: art. 117 do CP
PPPA PPPA PPPA PPPA
Finalidade Sujeito ativo Âmbito Familiar
Coibir e prevenir a violência Homem Súmula 600 do STJ: Para configuração da
doméstica e familiar contra a mulher violência doméstica e familiar prevista no artigo
Prestar assistência a mulher vítima Neste caso haverá uma 5º da Lei Maria da Penha, não se exige a
presunção absoluta de coabitação entre autor e vítima
Proteção para a mulher vítima da vulnerabilidade
violência doméstica e familiar
Mulher
Criação do Juizado Especial de Renúncia à representação
violência doméstica e familiar Presunção relativa
Art. 16 da Lei 11.340/06: Nas ações penais
Mãe contra a filha menor – ok públicas condicionadas à representação da
Princípio da insignificância Irmã de 20 contra irmã de 18 – ofendida de que trata esta Lei, só será admitida
Súmula 589 do STJ: É inaplicável o vai depender do caso a renúncia à representação perante o juiz, em
princípio da insignificância nos crimes ou concreto audiência especialmente designada com tal
contravenções penais praticados contra a finalidade, antes do recebimento da denúncia
mulher no âmbito das relações domésticas e ouvido o Ministério Público

Pena
JEC X Lei Maria da Penha
Lei Maria
Art. 17 da Lei 11.340/06: é vedada a aplicação de
Aos crimes praticados com violência penas de cesta básica ou outras de prestação
doméstica e familiar contra a mulher, pecuniária, bem como a substituição de pena

da penha
independentemente da pena prevista, não que implique o pagamento isolado de multa
se aplica a Lei nº 9.099/95 Súmula 588 do STJ : a prática de crime ou
Súmula 536 do STJ - A suspensão contravenção penal contra a mulher com
condicional do processo e a transação violência ou grave ameaça no ambiente
penal não se aplicam na hipótese de delitos doméstico impossibilita a substituição da pena
sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha privativa de liberdade por restritiva de direitos
Requisitos para a aplicação

1) A vítima necessariamente deve ser 2) A violência deve ser praticada em um dos 3) A prática de uma das violências do
mulher contextos do artigo 5º da Lei 11.340/06 artigo 7º da Lei 11.340/06
Estamos diante de uma violência de A violência deve ser cometida no âmbito da Vale dizer, basta a presença de
gênero. O agente aproveita que a vítima unidade doméstica (art. 5º, I, da Lei uma das formas de violência (violência
encontra-se em situação de 11340/06), na esfera familiar (art. 5º, II, da Lei física, violência psicológica, violência
vulnerabilidade para praticar violência 11340/06) ou em qualquer relação íntima de sexual, violência patrimonial e violência
doméstica e familiar afeto (art. 5º, III, da Lei 11340/06) moral)
Sisnad (art. 1º) Definição de drogas Proibição (Art .2º)
Prescreve medidas para: Art. 1º/ Parágrafo único.
prevenção do uso indevido; Ficam proibidas, em todo o território nacional, as
Para fins desta Lei, consideram-se drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita
atenção e reinserção social de usuários como drogas as substâncias ou os e a exploração de vegetais e substratos dos quais
e dependentes de drogas; produtos capazes de causar possam ser extraídas ou produzidas drogas.
estabelece normas para repressão à dependência, assim especificados
produção não autorizada e ao tráfico em lei ou relacionados em listas EXCEÇÕES:
ilícito de drogas e define crimes. atualizadas periodicamente pelo
Poder Executivo da União. 1. hipótese de autorização legal ou
regulamentar.
2. plantas de uso estritamente ritualístico-
Tráfico religioso disciplinada na Convenção de Viena.
3. Drogas para fins medicinais ou científicos, se
Importar, exportar, remeter, preparar, houver autorização da União.
produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar,
trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas,
ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou
Lei de Consumo pessoal
regulamentar:
Pena – reclusão de 5 a 15 anos e pagamento
de 500 a 1.500 dias-multa.
drogas Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
transportar ou trouxer consigo, para consumo
pessoal, drogas sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou
Atente-se que a conduta independe regulamentar (Art. 28).
de lucro, assim caso alguém forneça juiz atenderá à natureza e à quantidade, ao local e
drogas, mesmo que gratuitamente, as condições bem como à conduta e aos
será tipificado. Associação para tráfico antecedentes do agente (§2º)
Basta que se reúnam para praticar Assim, quem infringir a lei será submetido às
um único delito, pelo menos 2 seguintes penas:
Crimes equiparados agentes (art.35 da lei de drogas)
I – preparo de drogas x I – advertência sobre os efeitos das drogas;
II – prestação de serviços à comunidade;
II- planta ou colhe os vegetais para III – medida educativa de comparecimento à
preparo de drogas Associação criminosa programa ou curso educativo.
III – utilização de bem ou local de
qualquer natureza para o tráfico os agentes se reúnem para praticar
IV – venda de produtos destinado à número indefinido de crimes, pelo
preparação de drogas a agente policial menos 3 agentes (art.288 do CP)
disfarçado
Identificação Base legal
Sentença transitada em julgado Art. 621 do CPP (indicar inciso
Não cabe em prol da
correspondente)
sociedade, somente em
prol do réu Prazo
Pode ocorrer a qualquer tempo,
Competência inclusive após a extinção da pena
É originária dos tribunais,
jamais sendo apreciada por Legitimidade
juiz de primeira instância
Revisão Do réu ou do procurador
legalmente habilitado ou, no caso

Conteúdo
Criminal de morte do réu, do cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão
(Art. 623 do CPP)
sentença condenatória contrária ao texto
expresso da lei penal;
Pedidos
sentença com contrariedade à evidência dos
autos; Absolvição;
sentença condenatória fundada em Alteração da classificação do crime;
depoimentos, exames ou documentos Modificação da pena;
comprovadamente falsos;
Anulação do processo;
após a sentença, se descobriram novas
provas de inocência do condenado ou Indenização;
circunstância que determine ou autorize Pode solicitar a concessão de liminar,
diminuição especial da pena. se for o caso.
Conceito
Tem por finalidade evitar
Base legal
Competência ou fazer cessar a violência Art. 5º, LXVIII, da CF
ou a coação à liberdade de
Do juiz de direito de primeira locomoção decorrente de Arts. 647 e 648 do CPP
instância ilegalidade ou abuso de
Quando o coator for Delegado ou
particular poder Espécies
Do Tribunal de Justiça
Quando o coator for juiz de direito e Habeas corpus liberatório ou repressivo
representante do MP Estadual Habeas corpus preventivo
Do Tribunal Regional Federal
Quando o coator for juiz federal
(art. 108, I, “d”, da CF)
Do Superior Tribunal de Justiça
Habeas Legitimidade
Ativa
Corpus
Art. 105, I, "c", da CF Pode ser impetrado por
qualquer pessoa, independentemente de
Do Supremo Tribunal Federal habilitação legal ou representação de advogado
Art. 102, I, “i", da CF
Passiva Autoridade ou particular
apontado como coator

Pedido liminar
Conteúdo Somente será necessária a criação deste item na
quando não houver justa causa – art. 648, I, do CPP peça se for evidente a possibilidade de antecipação
de algum pedido
quando alguém estiver preso por mais tempo do
que determina a lei – art. 648, II, do CPP
quando quem ordenar a coação não tiver
Pedidos
competência para fazê-lo – art. 648, III, do CPP Conforme o fundamento invocado:
quando houver cessado o motivo que autorizou a - trancamento do inquérito policial ou ação penal (por
coação – art. 648, IV, do CPP falta de justa causa)
quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos - extinção da punibilidade
casos em que a lei a autoriza – art. 648, V, do CPP - nulidade
- revogação da prisão preventiva
quando extinta a punibilidade – art. 648, VII, do CPP
- relaxamento da prisão em flagrante
- concessão de liberdade provisória
Peça bipartida
Base legal
Folha de interposição
Razões STF Art. 102, II, alínea "a", da CF
STJ Art. 105, II, alínea "a", da CF
Identificação
O último ato processual
informado é decisão Recurso Prazo
denegatória de Habeas
Corpus, decidido em única ordinário Regra: 5 dias (artigo 30 da Lei
ou última instância
constitucional 8.038/90) - decisão
denegatória de Habeas Corpus

Conteúdo Pedidos
Os fundamentos de mérito Conhecimento e provimento do recurso,
guardam relação com as para o fim de que seja reformado o
hipóteses do artigo 648 do acórdão, concedendo-se a ordem de
CPP Habeas Corpus, a fim de que... (exemplos):
Trancamento do inquérito policial ou ação penal (por falta de justa causa)
Extinção da punibilidade
Nulidade
Revogação da prisão preventiva, com expedição do alvará de soltura
Base legal
Identificação
Art. 310, I, do CPP
Prisão em flagrante Art. 5º, LXV, da CF
ilegal

Relaxamento
Conteúdo de prisão
Teses envolvendo
ilegalidades Pedidos
Art. 304 do CPP
Formais Exemplo Art. 306 do CPP Relaxamento da prisão
Art. 50, §1º, da Lei nº
Alvará de soltura
11.343/06
Vista ao Ministério Público
Art. 302 do CPP
Materiais Exemplo Súmula 145 do STF
Fato atípico
Base legal
Identificação
Art. 310, III, do CPP
Prisão em flagrante Art. 5º, LXVI, da CF
legal Art. 321 do CPP

Conteúdo Liberdade Pedidos


Ausência dos requisitos
que autorizam a prisão
provisória Concessão da liberdade
preventiva provisória
Garantia da ordem pública; Alvará de soltura
Garantia da ordem econômica;
Art. 312 do CPP Vista ao Ministério Público
Conveniência da instrução criminal;
Assegurar aplicação da lei penal; Fixação de fiança e/ou
Art. 313 do CPP medida cautelar diversa
da prisão*
Causa excludente de ilicitude
Situação econômica Art. 350 do CPP
Presunção da inocência Art. 5º, LVII, da CF
Aplicação, se for o caso, de fiança e/ou medida cautelar * Analisar se o crime é afiançável e
extrair do enunciado a medida mais
diversa da prisão (art. 319 e 320 do CPP)* adequada ao caso concreto
Identificação Base legal
A prisão preventiva é
legal, mas não mais Art. 316 do CPP
subsistem os motivos Art. 282, §5º, do CPP
que a ensejaram
Revogação da
prisão preventiva
Conteúdo
Pedidos
Buscar no enunciado informações no
sentido de que não mais subsistem os Revogação da prisão
motivos que ensejaram o decreto da preventiva
prisão preventiva, previstos no artigo 312 Alvará de soltura
do CPP
Subsidiariamente, aplicação
Por cautela, abrir um tópico falando do de medida cautelar diversa
princípio da presunção da inocência da prisão*
Postular, se for o caso, a aplicação de Vista ao Ministério Público
medida cautelar diversa da prisão (art. 282,
* Analisar se é cabível e extrair do enunciado a
319 e 320 do CPP)* medida mais adequada ao caso concreto
Porte rural Porte civil
Bem jurídico tutelado Art. 6º, §5º, da Lei 10.826/03 Art. 10 da Lei 10.826/03 Porte funcional
residentes em áreas rurais, A autorização para o Não se estende aos aposentados
Os bens jurídicos tutelados são a maiores de 25 anos que porte de arma de fogo
comprovem depender do de uso permitido é de (informativo 554 STJ)
segurança pública e a
incolumidade pública, que são emprego de arma de fogo competência da Polícia
interesses da coletividade para prover sua Federal e somente será
subsistência alimentar concedida após
São crimes de perigo abstrato, ou familiar
autorização do Sinarm Embriaguez
seja, para a sua configuração não
necessitam demonstrar a existência Art. 6º, § 6º, da Lei 10.826/03
Art. 10, §2º, da Lei 10.826/03
de um perigo no caso concreto se der outro uso, responde por porte
ilegal/disparo de arma de fogo de se embriagar portando arma de fogo
uso permitido faz com que seja automaticamente
retirado o direito de portar arma

Registro
É obrigatório o registro de arma de
fogo no órgão competente
Estatuto do Disparo de arma de fogo
Art. 15 da Lei 10.826/03
Art. 3º da Lei 10.826/03
Uso permitido Polícia Federal
desarmamento Lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em
direção a ela
Uso restrito Comando do Exército
Art. 4º da Lei 10.826/03
Requisitos Posse irregular de Porte ilegal de Posse ou porte ilegal
Art. 5º da Lei 10.826/03 arma de fogo de arma de fogo de de arma de fogo de
autoriza o seu proprietário a uso permitido uso permitido uso restrito
manter a arma de fogo
exclusivamente no interior de Art. 12 da Lei 10.826/03 Art. 16 da Lei 10.826/03*
sua residência ou domicílio, Art. 14 da Lei 10.826/03
ou dependência desses, ou, Uso permitido Uso permitido Uso restrito
ainda, no seu local de Interior de sua residência ou no Estar na rua ou local de Com o Pacote Anticrime, apenas o
trabalho, desde que seja ele o seu local de trabalho, desde que trabalho, não sendo o titular ou porte/posse de arma de uso
titular ou o responsável legal seja o titular ou o responsável responsável legal do proibido é crime é hediondo. Antes
pelo estabelecimento ou legal do estabelecimento ou o porte/posse de arma de uso
empresa estabelecimento ou empresa
empresa restrito também era hediondo.
Registro vencido
constitui infração Possuir três armas de fogo de uso permitido em sua residência sem registro Crime único
administrativa, não há crime
Possuir uma arma de uso permitido e uma arma de uso restrito em sua residência sem registro
Responde por dois crimes (art. 12 + art. 16 da Lei 10.826/03)
Base legal
Identificação Art. 29 do CPP
Art. 5º, LIX, da CF Prazo
Crimes de ação pública em
Art. 41 do CPP
que o MP fica inerte, ou seja,
Art. 44 do CPP 6 meses contados do dia
deixa de: requisitar (procuração com poderes especiais)
diligências, promover Art. 100, §3º, do CP em que se esgotou o
pelo arquivamento ou prazo para o MP iniciar a
ação penal pública (art.
oferecer denúncia no prazo
38, parte final do CPP, e
legal.
Queixa-crime art. 103, in fine, CP).

subsidiária
Pedidos
Conteúdo
Recebimento da queixa-crime
Autor/querelante Citação
Qualificação
Réu/querelado Designação de audiência
preliminar ou de conciliação (se
Descrição dos fatos com circunstâncias for Juizado Especial Criminal)
Condenação
Classificação jurídica do fato Valor indenizatório mínimo
(art. 387, IV, do CPP)
Tipificação Produção de provas
Rol de testemunhas
Peça bipartida Base legal
Petição de juntada Juiz de 1º Grau Art. 588 do CPP

Razões Tribunal

Prazo
Identificação
Considerando que
O recurso de agravo em segue o rito do recurso
execução é interposto e
arrazoado pelo Contrarrazões de em sentido estrito, o
prazo para
recorrente, sendo, na
sequência, o recorrido
Agravo em Execução contrarrazões é de 2
dias, conforme artigo
intimado para oferecer 588 do CPP
as contrarrazões

Conteúdo Pedidos
Deve-se buscar no enunciado
Improvimento do recurso e
informações que permitam
manutenção da decisão
desenvolver teses voltadas à
recorrida
manutenção da decisão recorrida,
bem como refutar os argumentos
lançados pela acusação
Identificação Base legal
Decisão obscura, contraditória,
Art. 382 do CPP Sentença
omissa ou ambígua
Art. 619 e 620 do CPP Acórdãos
Efeito interruptivo Art. 83 da Lei 9.099/95 JEC
Por analogia ao disposto no art. 1026
do CPC, os embargos de declaração
possuem o efeito de interromper o Prazo
prazo para interposição de recurso
*JEC - Art. 83, §2º, da Lei 1º Grau 2 dias
9.099/95 Embargos Tribunal 2 dias

de Declaração JEC 5 dias

Conteúdo
Ambiguidade: é o estado daquilo que possui duplo Pedidos
sentido, gerando equivocidade e incerteza, capaz de Ante o exposto, requer sejam
comprometer a segurança do afirmado recebidos os presentes embargos e,
Obscuridade: é o estado daquilo que é difícil de ao final, declarada a sentença ou
entender, gerando confusão e ininteligência no acórdão embargado, corrigindo-se a
receptor da mensagem omissão, contradição, obscuridade ou
Contradição: trata-se de uma incoerência entre uma ambiguidade
afirmação anterior e outra posterior, referentes ao
mesmo tema e no mesmo contexto, gerando a
impossibilidade de compreensão do julgado.
Omissão: é a lacuna ou o esquecimento

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