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22/03/2024, 17:25 Prática Jurídica em Direito Criminal
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22/03/2024, 17:25 Prática Jurídica em Direito Criminal
Introdução
Nesta segunda unidade do curso de Prática Criminal, estudaremos a fase de ação penal, que vai do
oferecimento da inicial (denú ncia ou queixa-crime) até a prolação da sentença pelo juiz de 1ª instância.
Revisaremos as espécies de ação penal, os procedimentos, o conteú do da sentença e as peças cabíveis em cada
etapa do procedimento.
Vale ressaltar, no entanto, que o texto é um resumo do tema. É sempre indicada a leitura da doutrina, bem
como a atualização jurisprudencial sobre o tema.
O fato imputado ao acusado deve ser típico e a sanção penal deve estar prevista no ordenamento
jurídico.
Legitimidade de parte
Apenas aqueles que têm interesse na lide poderão propor a ação (legitimidade ativa) contra aquele
que praticou o fato ilícito (legitimidade passiva). Nas açõ es penais pú blicas, parte legítima para
integrar o polo ativo será o MP. Nas açõ es penais privadas, parte legítima para integrar o polo
passivo será a vítima, seu representante legal ou o CADI (as pessoas indicadas no art. 31 do CPP).
Quanto à legitimidade passiva, os menores de 18 anos estão excluídos.
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Interesse de agir – a acusação deve ser exequível, ou seja, devem se fazer presentes os elementos mínimos
para que a inicial seja recebida e processada. Esses elementos são prova de materialidade e indícios de
autoria.
Além das condiçõ es gerais, no processo penal podem ainda existir condiçõ es específicas que condicionam o
exercício da ação. São também denominadas como condiçõ es de procedibilidade.
São elas a representação do ofendido ou de seu representante legal ou a requisição do Ministro da Justiça (nos
crimes de ação penal pú blica condicionada) e o ingresso no territó rio nacional do indivíduo que tenha
praticado crime no exterior (art. 7°, §2°, “a”, do CP).
Na sequência, vamos falar um pouco sobre os tipos de ação penal: pú blica e privada.
Necessidade e obrigatoriedade
Com a existência de indícios razoáveis a açã o
penal deverá ser oferecida.
Indisponibilidade
Nã o admite desistência da açã o.
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Oficialidade
As prá ticas processuais têm garantia pela
execuçã o de ó rgã o pú blico.
Divisibilidade
Admite o desmembramento do processo.
Intranscendência
Nã o se transfere para outra pessoa, senã o o réu.
A ação penal pú blica se divide em:
•
Para o oferecimento da denú ncia, basta que o MP consiga demonstrar prova de materialidade e
indício de autoria. Não há necessidade de manifestação de vontade da vítima. A maioria dos crimes
é de ação penal pú blica incondicionada.
A denú ncia é a peça inaugural da ação penal pú blica. Como toda inicial, deve demonstrar os requisitos da ação,
seguindo as determinaçõ es especificadas no art. 41 do CPP. Além disso, a procuração a ser outorgada ao
advogado, em caso de queixa crime ou para oferecer a representação, deve obedecer aos requisitos específicos
determinados pelo art. 44 do CPP (procuração com poderes especiais).
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Ação penal privada propriamente dita: o titular desse tipo de ação pode ser o ofendido ou
quem legalmente o represente e, no caso de morte, será assumida a titularidade por qualquer uma
das pessoas citadas no art. 31 do CPP (cô njuge, ascendente, descendente e irmão – CADI).
Ação penal privada personalíssima: o titular desse tipo de ação é apenas o ofendido. Em caso
de morte ou declaração de ausência, a possibilidade de oferecimento da queixa-crime não se
transmite para os sucessores.
Ação penal privada subsidiária da pública: nesse tipo de ação, prevista no art. 29 do CPP,
estamos falando de um crime de ação pú blica (cujo titular é o MP) em que a denú ncia não foi
oferecida no prazo determinado pelo art. 46 do CPP. Ressalte-se que o MP não perde a titularidade
da ação, mas o ofendido pode provocar o início da ação no lugar do MP.
Oportunidade ou conveniência
O ofendido nã o é obrigado a oferecer a queixa-
crime, assim como ocorre com o MP na açã o
pú blica.
Disponibilidade
O ofendido poderá dispor da açã o prosseguindo,
ou nã o, apó s o oferecimento da inicial.
Indivisibilidade
Em caso de concurso de agentes, a queixa-crime
deve ser feita em face de todos os envolvidos.
Caso seja oferecida apenas contra um e nã o
contra os demais, ocorrerá a extinçã o da
punibilidade para todos, considerando-se o
instituto do perdã o.
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Intranscendência
Limita-se à pessoa do réu.
A queixa-crime é a peça inaugural da ação penal privada. Como toda inicial, deve demonstrar os requisitos da
ação, seguindo as determinaçõ es especificadas no art. 41 do CPP. Além disso, a procuração a ser outorgada ao
advogado, em caso de queixa-crime ou para oferecer a representação, deve obedecer aos requisitos específicos
determinados pelo art. 44 do CPP (procuração com poderes especiais).
Quando tratamos da ação penal privada, surgem os institutos da decadência e da perempção. A decadência é a
perda do direito de propor a ação penal privada ou de oferecer a representação em razão da superação do prazo
determinado pela lei. O prazo para o oferecimento da inicial ou da representação é de seis meses a contar do
conhecimento da autoria do fato (art. 38 do CPP). No caso da ação penal pú blica subsidiária, o prazo começa a
contar do término do prazo do MP.
Já a perempção é a perda do direito do querelante de continuar com a ação penal privada. Nesse caso, a ação
penal teve início e, em decorrência de uma das determinaçõ es do art. 60 do CPP, ocorre a extinção da
punibilidade.
VOCÊ SABIA?
Recomenda-se a leitura dos artigos referentes ao tema: arts. 24 a 68 do CPP.
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2.6 Provas
Esse é outro tema de extrema importância, pois está diretamente ligado à argumentação na prática. Na defesa
do acusado, é muito comum utilizar-se a falta de provas como argumento na busca da absolvição.
Provar significa demonstrar a verdade, a realidade daquilo que se alega. A finalidade da prova é a de formar a
convicção do magistrado sobre os elementos necessários para o deslinde da causa. O objeto da prova são os
fatos sobre os quais exista alguma incerteza e que sejam capazes de influenciar a decisão judicial.
No processo penal, podem ser produzidas quaisquer provas, desde que não sejam obtidas por meios ilícitos.
O art. 157 do CPP define como ilícitas as provas obtidas em violação das normas constitucionais e legais.
Essas provas, caso apresentadas no processo e assim consideradas, devem ser desentranhadas dos autos.
Quanto à apreciação do juiz acerca das provas apresentadas pelas partes, a legislação adotou o sistema do livre
convencimento motivado. Isso quer dizer que o magistrado é livre para decidir, porém sua decisão está ligada
às provas acostadas aos autos, não podendo fundamentá-la nos elementos colhidos na fase de IP, em
elementos estranhos aos autos e nem utilizando sua opinião ou vivências pessoais.
Os arts. 158 a 250 do CPP elencam uma série de meios de prova admitidos no processo penal. No entanto,
tendo em vista a busca da verdade real e o livre convencimento do juiz, os meios de prova não se esgotam
nesse rol, que é apenas exemplificativo.
E o ô nus da prova? Cabe a quem? Geralmente, o ô nus da prova pertence à acusação, que oferece a denú ncia ou a
queixa-crime contendo a imputação feita ao réu. Haverá a inversão desse ô nus todas as vezes que o réu alegar
algum fato em seu benefício, como, por exemplo, a exclusão da antijuridicidade ou da sua culpabilidade.
A lei n. 3.964/19, conhecida como pacote anticrime produziu algumas alteraçõ es nesse capítulo que trata das
provas. A primeira foi a inclusão do §5º ao art. 157 do CPP, com a seguinte redação: “o juiz que conhecer do
conteú do da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acó rdão”. O objetivo é o de
garantir a imparcialidade do julgamento afastando a possibilidade de o juiz que tenha tido contato com prova
declarada inadmissível proferir decisão.
Outra alteração diz respeito à inclusão dos artigos 158-A a 158-F, que tratam da cadeia de custó dia da prova.
Trata-se, em síntese, de uma sistematização dos procedimentos aptos a preservar o valor probató rio e a
autenticidade das provas periciais. Do ponto de vista da argumentação de defesa, deve-se atentar à forma
como as provas foram colhidas e armazenadas, pois caso os procedimentos não tenham sido obedecidos,
poder-se-á alegar a nulidade e exclusão da prova dos autos.
Recomenda-se o reestudo do tema, bem como a leitura dos arts. 155 a 200 do CPP.
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VAMOS PRATICAR?
Na prá tica, deve-se atentar se o ré u foi citado adequadamente, pois se nã
poderá ser requerida a anulaçã o dos atos subsequentes à citaçã o.
2.8 Sentença
É a decisão terminativa do processo. Ao final do procedimento em 1ª instância, o juiz deverá proferir sua
decisão, que pode ser absolutó ria, condenató ria ou absolutó ria impró pria.
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Para tornar-se válida e produzir efeitos, a sentença deverá conter os requisitos formais estabelecidos pelo art.
381 do CPP:
2.9 Procedimentos
Trata-se da sucessão dos atos processuais definida pelo CPP e legislação especial. De acordo com o art. 394 do
CPP, o procedimento será comum ou especial.
O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo. A definição se dá pela quantidade de pena
máxima abstrata cominada ao crime:
•
Ordinário
Quando tiver por objeto crime cuja sançã o
má xima cominada for igual ou superior a quatro
anos de pena privativa de liberdade.
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Sumário
Quando tiver por objeto crime cuja sançã o
má xima cominada seja inferior a quatro anos de
pena privativa de liberdade.
Sumaríssimo
Para as infraçõ es penais de menor potencial
ofensivo, na forma da Lei n. 9.099/95 – crime cuja
sançã o má xima cominada seja superior a dois
anos e inferior a quatro anos de pena privativa de
liberdade.
Quanto ao procedimento especial, podemos citar o jú ri, o previsto para os crimes de tráfico de drogas (Lei n.
11.343/06), o previsto para os crimes praticados por funcionário pú blico (arts. 513 a 518 do CPP), o previsto
para os crimes contra a honra (arts. 519 a 523 do CPP).
Alteração datada de 2016 inseriu o art. 394-a ao CPP estabelecendo prioridade de tramitação em todas as
instâncias nos casos de crimes hediondos.
Por se tratar de tema importante para a prática, recomenda-se o reestudo e a leitura acerca de todos os
procedimentos citados. Aqui, como se trata de um breve resumo da matéria, apresentaremos a sequência dos
atos de forma bastante resumida e direta. Trataremos apenas dos procedimentos comuns. Recomenda-se a
leitura e o reestudo dos procedimentos especiais, principalmente o jú ri.
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Aplicável aos crimes cuja pena máxima abstrata seja superior a dois e inferior a quatro anos. Previsto nos arts.
531 a 540 do CPP.
O procedimento sumário segue basicamente os mesmos passos do procedimento ordinário, com apenas três
diferenças:
• o rol de testemunhas será de apenas cinco (art. 532 do CPP);
• o prazo para a realização da audiência de instrução e julgamento
é de 30 dias (art. 531 do CPP);
• não será possível o requerimento de diligências complementares.
Quanto à possibilidade de o juiz determinar a conclusão dos autos apó s a instrução, abrindo o prazo sucessivo
de cinco dias para o oferecimento de memoriais, embora não esteja prevista no CPP, já é entendimento
majoritário e prática comum a medida.
2.13 Nulidades
São as falhas ocorridas na realização dos atos processuais por desatendimento às normas legais. Para que um
ato processual seja considerado válido, deve respeitar todos os requisitos previstos.
Podemos classificar os atos em inexistentes, nulos e anuláveis. O ato inexistente é aquele no qual o
desrespeito aos requisitos é tão grande, a falha é tão essencial, que retira sua existência jurídica. Um exemplo é
uma sentença elaborada e assinada por um estagiário.
O ato anulável produz todos os efeitos jurídicos até a declaração de sua invalidação. Necessita de uma
decisão judicial que lhe retire a validade. Os efeitos produzidos por esse ato antes da sua invalidação são
mantidos.
O ato nulo, mais comum em processo penal, não produz nenhum efeito até ser convalidado. Convalidar
significa conceder ao ato validade para que produza efeitos. É ato comum às nulidades relativas. Caso o ato
seja declarado nulo, afetará todos os efeitos anteriores e posteriores à sua invalidação. Significa dizer que tudo
o que tenha ocorrido apó s o ato nulo deverá ser refeito.
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O sistema adotado pelo CPP quanto às nulidades foi o da instrumentalidade das formas. O sistema encontra
previsão nos arts. 563 e 566 do CPP. De acordo com os artigos, nenhum ato será declarado nulo se dessa
nulidade não resultar prejuízo para as partes e não será declarada a nulidade de ato processual que não houver
influído diretamente na decisão da causa ou na apuração da verdade.
As nulidades no processo penal se dividem em relativas e absolutas. Quanto à validade dos atos, não há
diferença entre nulidade relativa ou absoluta, já que uma vez reconhecida a nulidade, o ato perde o seu efeito.
As nulidades relativas são as falhas que admitem validação, desde que apontadas pela parte interessada e no
prazo legal, sob pena de preclusão.
As nulidades absolutas são falhas de extrema gravidade que podem ser apontadas de ofício pelo juiz ou por
qualquer das partes, a qualquer tempo e em qualquer instância. Os atos considerados absolutamente nulos
deverão ser refeitos.
O art. 564 do CPP apresenta o rol das nulidades em espécie:
As nulidades consideradas absolutas podem ser arguidas a qualquer momento e por quaisquer das partes.
Podem, também, ser reconhecidas de ofício pelo Juiz ou Tribunal.
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Já as nulidades relativas encontram-se no art. 564, mas definidas pelo art. 572 do CPP. O mesmo art. 572
também define o momento para a arguição da nulidade:
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão
sanadas:
I – se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II – se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos (BRASIL, 1941).
É importante ressaltar que, para fins de exame da OAB, utilizamos o inciso IV do art. 564 para apontar
eventuais nulidades não listadas no art. 564 e sempre vamos afirmar que a nulidade é absoluta, já que o inciso
é bastante genérico.
Já quanto à intervenção do MP em todos os atos do processo, apesar de estar no rol das nulidades relativas,
também deverá ser considerada absoluta. Trata-se de uma adequação do CPP, que é de 1941, com as previsõ es
constitucionais atuais.
O conhecimento do tema é de grande utilidade para a prática, pois a alegação de nulidades processuais é
bastante comum, especialmente quando pela defesa do réu.
O inciso V foi inserido pela Lei n. 13.964/19, conhecida como pacote anticrime. Trata da nulidade de decisão
carente de fundamentação, ratificando determinação constitucional (art. 93, IX da CF). O art. 489, §1º do CPC
explica o que se entende por decisão não fundamentada.
• Queixa-crime;
• Defesa preliminar (rito especial da lei de drogas e dos crimes
praticados por funcionário público);
• Resposta à acusação;
• Exceções (suspeição, litispendência, ilegitimidade de parte,
impedimento);
• Medidas assecuratórias (sequestro e hipoteca legal, restituição de
coisas apreendidas);
• Instauração de incidentes (mental, falsidade)
• Memoriais.
São muitas as peças cabíveis nessa fase. Trataremos de forma mais detalhada apenas das mais corriqueiras e
que são mais cobradas em prova. Ressalta-se a necessidade de leitura e estudo de todas as peças.
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Queixa-crime
É a petição inicial da ação penal privada. Antes de apresentar o modelo, vamos esquematizar as principais
informaçõ es da peça:
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Observaçõ es:
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Resposta à acusação
Trata-se da primeira manifestação da defesa no processo. É apresentada logo apó s a citação do acusado. O art.
396-A cuida do conteú do da peça: poderão ser arguidas preliminares (nulidade/extinção de punibilidade),
teses de mérito, oferecimento de documentos e justificaçõ es, especificação das provas que pretende produzir e
rol de testemunhas. No jú ri, o artigo que trata do tema é o 406 do CPP.
A finalidade da resposta é a de tentar convencer o juiz a absolver sumariamente o réu nos termos do art. 397
do CPP. Logo, as possíveis teses de defesa dessa peça são as possibilidades previstas no artigo em questão.
No jú ri, as teses de defesa devem tomar por base as decisõ es que o juiz pode tomar ao término da primeira
fase: impronú ncia (art. 414 do CPP), desclassificação (art. 419 do CPP) ou absolvição sumária (art. 415 do
CPP).
O prazo para o oferecimento da resposta é de 10 dias, a contar da citação do réu, conforme disposto na Sú mula
710 do STF.
Antes de apresentar o modelo, vamos esquematizar as principais informaçõ es da peça:
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Memoriais
Peça a ser apresentada no prazo de cinco dias quando o juiz considerar o caso complexo e chamar os autos à
conclusão, ou ainda quando forem deferidas diligências complementares.
Trata-se de uma peça muito importante, pois é o momento que antecede a decisão final do juiz. Sendo assim,
as partes nesse momento analisam minuciosamente tudo o que ocorreu durante o processo: provas
produzidas, testemunhas ouvidas etc.
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A acusação, geralmente, pleiteia a condenação do réu. A defesa, por sua vez, busca a absolvição, mas pode
também oferecer teses e pedidos subsidiários, como a desclassificação do crime, o afastamento de agravantes
e qualificadoras e sugestõ es quanto à dosimetria da pena e benefícios (sursis, substituição de pena etc.).
Podem também ser trabalhadas teses preliminares como nulidades e causas de extinção de punibilidade. Em
havendo tais teses, devem ser abordadas antes das teses de mérito, em subtó pico denominado “DAS
PRELIMINARES”.
No procedimento do jú ri, as teses de mérito circundam as possibilidades de decisão do juiz ao final da
primeira fase: arts. 414, 419 ou 415 do CPP.
Trata-se de peça detalhada e que deve ser trabalhada com cuidado e atenção, pois geralmente contém muitas
teses a serem desenvolvidas.
Antes de apresentar o modelo, vamos esquematizar as principais informaçõ es da peça:
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Conclusão
Concluímos a segunda unidade do curso de Prática Penal. Além de revisar o conteú do sobre ação penal, agora
você já tem noção de como atuar nessa fase.
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Bibliografia
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22/03/2024, 17:25 Prática Jurídica em Direito Criminal
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