Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tema:
Noções de terraplenagem
Conteúdo da parte 11
1 Introdução
5 Momento de transporte
8 Considerações finais
2
1 Introdução
Nos locais onde houver condições dos materiais de corte serem utilizados
como aterro, ocorrerá menores custos na terraplenagem.
OBS(s).
a) O equilíbrio entre cortes e aterros evita empréstimos de solo de jazidas distantes
e/ou bota-foras (ou descarte) de solo; e
b) Bota-fora é o material excedente, que é escavado nos cortes e não é aproveitado
nos aterros, o qual é depositado fora do local das obras.
OBS. Prismóides são sólidos geométricos limitados nos extremos por faces
paralelas, e nas laterais por superfícies planas.
3
em que:
V = volume do prismóide que corresponde à corte ou aterro;
A1 e A2 = áreas das seções transversais extremas;
Am = área da seção transversal no ponto médio entre as seções transversais de
áreas A1 e A2; e
L = distância entre as seções transversais extremas A1 e A2.
OBS(s).
a) O prismóide também pode ser empregado para cálculo de volumes de aterro;
b) Am pode ser determinada pela média das seções transversais de áreas A1 e A2,
ou seja, Am = (A1 + A2)/2; e
c) Em caso de SEÇÕES MISTAS (com corte e aterro), realiza-se o cálculo dos
volumes com áreas de corte e aterro separadamente; ou seja, utilizar a fórmula duas
vezes: primeiro para calcular o volume com as áreas de corte, e depois para calcular
o volume com as áreas de aterro.
L
Vm .( A 1 A 2 )
2 (2.2)
em que:
Vm = volume do prismóide que corresponde ao volume de corte ou aterro;
A1 e A2 = áreas das seções transversais externas do prismóide; e
L = distância entre as seções extremas do prismóide.
OBS. Em caso de SEÇÕES MISTAS (com corte e aterro), realiza-se o cálculo dos
volumes com áreas de corte e aterro separadamente; ou seja, utilizar a fórmula duas
vezes: primeiro para calcular o volume com as áreas de corte, e depois para calcular
o volume com as áreas de aterro.
a) Para calcular o volume de corte entre seções mistas (corte e aterro), aplica-se
uma das fórmulas anteriores utilizando-se, apenas, as áreas de corte das seções
mistas; e
b) Para calcular o volume de aterro entre seções mistas (corte e aterro), aplica-se
uma das fórmulas anteriores utilizando-se, apenas, as áreas de aterro das seções
mistas.
5
em que:
A = área da seção transversal;
h = altura no centro da seção transversal;
b = largura do topo do aterro ou da base do corte; e
n.h = comprimento horizontal dos taludes de corte, ou dos taludes de aterro.
6
3.2 Cálculo das áreas das seções transversais pelo método das fatias
O cálculo das áreas das seções transversais pelo método das fatias pode
ser aplicado às seções transversais em corte, em aterro ou mistas (corte e aterro).
O método das fatias para cálculo da área é caracterizado por dividir a seção
transversal em várias figuras geométricas conhecidas. As figuras geométricas
geralmente utilizadas no método das fatias são triângulos e trapézios.
OBS.
Quando as alturas dos triângulos não são bem definidas no método das
fatias, pode-se usar do artifício (ou do recurso) de somar e subtrair áreas de
triângulos de alturas conhecidas.
Figura 3.2 - Esquema de uma aplicação do método das fatias em uma seção
mista (em corte e aterro)
3.3 Cálculo das áreas das seções transversais pelo método analítico
1 n
A y i .( x i1 x i1 )
2 i1
(3.2)
7
em que:
A = área do polígono;
x1, x2, x3,..., xn = abscissas do polígono; e
y1, y2, y3,..., yn = ordenadas do polígono.
OBS(s).
a) Na eq.(3.2), lê-se somatório com i variando do ponto (ou vértice) i = 1 até o ponto
(ou vértice) i = n; e
b) O método analítico para o cálculo de áreas de seções transversais é facilmente
implementado (ou executado) com a utilização do programa Excel do Microsoft
Office e de papel milimetrado.
3.4 Cálculo das áreas das seções transversais com o uso do planímetro
OBS. Maiores detalhes da tabela dos volumes acumulados ou tabela das ordenadas
de Brückner serão apresentados, a seguir, no tópico 4.4.
A Tabela 4.1 é uma tabela típica utilizada para o cálculo dos volumes
acumulados ou das ordenadas do diagrama de Brückner.
A seguir, tem-se o significado de cada uma das colunas da Tabela 4.1, que é
utilizada para o cálculo dos volumes acumulados.
Coluna 1: Nesta coluna são colocadas as estacas dos pontos, onde foram
calculadas as áreas das seções transversais.
Coluna 2: Nesta coluna são colocadas as áreas de corte, medidas nas seções
transversais.
Coluna 3: Nesta coluna são colocadas as áreas de aterro, medidas nas seções
transversais.
Coluna 4 (ou coluna aterro corrigido): Nesta coluna são colocados o produto da
coluna 3 pelo fator de homogeneização (Fh).
Coluna 5: Esta coluna corresponde à soma das áreas de corte de duas (2) seções
consecutivas da coluna 2.
Coluna 6: Esta coluna corresponde à soma das áreas de aterro de duas (2) seções
consecutivas da coluna 4.
Coluna 10: Nesta coluna são colocados os volumes compensados lateralmente, que
não são sujeitos ao transporte longitudinal, mas influenciam no cálculo dos volumes
acumulados.
Coluna 11: Nesta coluna são colocados os volumes acumulados, obtidos pela soma
algébrica acumulada dos volumes das colunas 8 e 9. Também, são levados em
conta no cálculo, dos volumes acumulados, os volumes da compensação lateral,
quando ocorrerem seções mistas (corte e aterro).
5 Momento de transporte
em que:
M = momento de transporte (em m3.dam, ou m3.km);
V = volume de solo transportado (m3); e
dm = DMT = distância média de transporte (em dam ou km).
OBS(s).
a) dam = decametro; e
b) 1 dam = 10 m = 0,01 km.
OBS(s).
a) Um projeto racional de terraplenagem deve indicar a melhor distribuição de terras,
de modo que a distância média de transporte (DMT) e o custo das operações de
terraplenagem sejam reduzidas a valores mínimos; e
b) Um trecho entre estacas é compensado, em termos de terraplenagem, quando o
solo escavado, ou cortado, no trecho é utilizado como aterro no mesmo trecho.
12
Observa-se que a Figura 6.1 serve como base para a compreensão das
propriedades do diagrama de massas, ou de Brückner, as quais serão descritas a
seguir.
14
ii) Inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam grandes movimentos
de terra.
15
iii) Todo trecho ascendente do diagrama corresponde a um trecho de corte (ou com
predominância de cortes em caso de seções mistas). Pode-se constatar esta
afirmação na Figura 6.1.
OBS. O volume compensado é igual ao volume de corte que será usado para aterro
em um determinado trecho, que corresponde a uma onda.
a) Para ondas POSITIVAS (ou ondas acima da linha de compensação), tem-se que
o transporte de terra é no sentido do estaqueamento da estrada. A Figura 6.1 ilustra
a movimentação de terra para uma onda positiva; e
b) Para ondas NEGATIVAS (ou ondas abaixo da linha de compensação), tem-se que
o transporte de terra é no sentido contrário ao estaqueamento da estrada. A Figura
6.1 ilustra a movimentação de terra para uma onda negativa.
xvi) Os trechos descendentes do diagrama que não são compensados, ou que estão
fora de uma onda, correspondem aos volumes de empréstimo de material para
aterro. Este caso, não é ilustrado na Figura 6.1.
xvii) Os trechos ascendentes do diagrama que não são compensados, ou que estão
fora de uma onda, correspondem aos volumes de solo de corte para bota-fora ou
descarte. Este caso é ilustrado na Figura 6.1.
em que:
Fh = fator de homogeneização;
Scomp = peso específico do solo seco após a compactação do aterro; e
Scorte = peso específico do solo seco no corte.
17
em que:
VCORTE = volume do solo escavado no corte;
Fh = fator de homogeneização de projeto; e
VATERRO = volume de solo compactado no aterro.
8 Considerações finais
iv) Para fins de orçamento, tem-se que o volume de solo transportado no caminhão é
estimado pela seguinte equação:
VSTC 1,4.VCORTE (8.1)
em que:
VSTC = volume de solo transportado no caminhão; e
VCORTE = volume de material escavado no corte.
OBS. No aterro, o solo está mais compactado do que no estado natural, e também
mais compactado do que quando transportado no caminhão; assim sendo, tem-se
que:
em que:
GCATERRO = grau de compactação do aterro;
GCCORTE = grau de compactação do corte; e
GCSTC = grau de compactação do solo transportado no caminhão.
Ainda, sendo:
d
GC
dmáx (8.2)
em que:
GC = grau de compactação;
d = peso específico do solo seco, que pode ser: no aterro, no corte, ou no
transporte; e
dmáx = peso específico máximo do solo seco, obtido no laboratório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS