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Engenharia de minas B
Topografia I
Trabalho individual
DISCENTE:
DOCENTE:
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2. MÉTODOS TOPOGRÁFICOS PARA O CÁLCULO DE ÁREAS E VOLUMES
Basicamente a área de um terreno pode ser determinada por vários processos sendo eles:
Analíticos;
Gráficos;
Mecânicos;
Computacionais.
A escolha do método é função de alguns factores, tais como: a precisão desejada, aplicação de
medições directas obtidas no terreno, informações obtidas através de planta topográficas, etc..
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Divisão em Quadrículas (Áreas que se delimitam por poligonais irregulares):
Consiste na contagem directa dos quadrados multiplicados pela área deles. Pode-se
utilizar milimetrado para facilitar a tarefa.
Actualmente é uma forma bastante prática para o cálculo de áreas. Baseado no emprego de
algum programa gráfico do tipo CAD ou similar, no qual são desenhados os pontos que
definem a área levantada e o programa calcula esta área, por métodos analíticos.
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O programa utiliza a fórmula de Gauss, já que o contorno da figura é na realidade uma
poligonal de muitos lados.
Onde:
S – área
k – é a constante do aparelho para um dado comprimento do braço graduado;
Lf – é a leitura final;
Li – é a leitura inicial.
O valor de K pode ser determinado planimetrando-se uma área conhecida (S) diversas vezes
(n).
)
De acordo com (CINTRA 1996) o pólo deve ser posicionado fora da área que está sendo
avaliada, caso contrário, deve-se adicionar à área o chamado "círculo zero", fornecido pelo
fabricante.
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2.5 Processos Analíticos
Nestes métodos a área é estimada por meio de expressões matemáticas, a partir das projecções
compensadas dos alinhamentos que compõem a poligonal ou a partir das coordenadas dos
vértices. Dentre os processos analíticos o mais empregado é:
(∑ ∑ )
O cálculo da área de poligonais, por exemplo, pode ser realizado a partir do cálculo da área de
trapézios formados pelos vértices da poligonal (fórmula de Gauss). Através da figura 5 é
possível perceber que a área da poligonal definida pelos pontos 1, 2, 3 e 4 pode ser
determinada pela diferença entre as áreas 1 e 2.
A área 1 pode ser calculada a partir das áreas dos trapézios formados pelos pontos 2', 2, 1, 1´ e
1', 1, 4, 4'. Na figura a seguir é apresentada a fórmula de cálculo da área de um trapézio
qualquer.
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Fig.6 – Cálculo da área de um trapézio.
Para facilitar a compreensão, será calculada a área do trapézio formado pelos pontos 2', 2, 1,
1' (figura 7).
Conforme pode ser visto na figura 7, a área do trapézio será dada por:
Desenvolvendo tem-se:
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( )
( )
( )
Sendo n igual ao número de pontos da poligonal. Deve-se observar que quando i = n, o valor
de i+1 deve ser considerado como sendo 1, ou seja, o primeiro ponto novamente. Outra
fórmula pode ser obtida a partir da resolução da equação anterior.
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∑ ∑
Utilizando-se esta equação pode ser realizado facilmente montando-se uma tabela com as
coordenadas dos pontos, com o cuidado de repetir a coordenada do primeiro ponto no final da
tabela, e multiplicando-se de acordo com o ilustrado pela figura 8.
Resolução: primeiro para o cálculo de área a poligonal não pode ser aberta, portanto, repete-se
a coordenada do vértice A como mostra a tabela a seguir.
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Vértice X (m) Y (m)
A 10000 30000
B 15000 40000
C 20000 20000
D 18000 10000
E 12000 30000
A 10000 30000
Segundo calcular a área Do sentido neste caso vamos fazer todas as multiplicações
ai em diagonal e somar essas multiplicações com isso teremos a área do sentido 1, isto é:
3. Cálculo de Volumes
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Fig.9 – Cálculo de volume de um paralelepípedo.
Na prática o terreno é dividido em uma malha regular e cada ponto desta malha tem a sua cota
calculada por algum método de nivelamento. Então é definida a cota de escavação, ou seja a
cota em que o terreno deverá ficar após a retirada do material. A partir destas informações é
possível calcular as alturas dos sólidos para o cálculo do volume. O exemplo a seguir ilustra
esta questão.
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Exemplo: Vamos imaginar que queremos calcular o volume de corte de um terreno hipotético
de 10x10m, cujas cotas dos cantos são dadas (figura 11-a). Num primeiro momento queremos
calcular o volume de corte necessário para deixar o terreno plano na cota 85m e depois 84m.
No primeiro caso vamos ter que calcular o volume de um sólido, conforme mostra a figura
10-b. Observe que para o ponto A o sólido terá uma aresta igual a 2m, resultado da diferença
entre a cota do ponto A no terreno (87m) e a cota do plano em que vai ficar o terreno (85m).
Para os demais pontos o raciocínio é o mesmo para a determinação das alturas das arestas do
sólido. Para o primeiro caso (figura 11-b) o volume de escavação será de E para o
segundo (figura 11-c) de .
Para uma malha de pontos podemos calcular o volume de cada célula da malha e depois
somar todos os volumes, conforme mostra o próximo exercício. A partir deste vamos deduzir
uma fórmula geral para o cálculo pelo método das alturas ponderadas.
Exercício 01 – Para a malha quadrada abaixo, de lado igual a L, calcular o volume de corte.
São dadas as alturas de cada um dos sólidos.
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[ ] [ ] [ ]
Esta última equação seria o resultado do exercício. Notar que os pontos que entram somente
no cálculo de um sólido recebem peso 1 (ponto A por exemplo), pontos que entram no cálculo
do volume de dois sólidos peso 2 (pontos B e F) e finalmente, para pontos utilizados no
cálculo do volume de 3 sólidos peso 3 (ponto E). A partir desta dedução é possível chegar a
uma fórmula geral para o cálculo do volume através do método das alturas ponderadas:
(∑ ∑ ∑ ∑ )
A figura abaixo mostra os pesos que cada tipo de vértice recebe, conforme visto
anteriormente.
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Fig.12 – Pesos atribuídos a cada um dos vértices da malha.
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Somatória dos pontos com peso 1:
A aplicação desta fórmula supõe seções planas paralelas entre si, espaçadas de uma distância
“d” (figura 14). O volume será dado por:
( )
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Esta fórmula é largamente empregada em estradas e ferrovias, nos cálculos de corte e aterro.
Para uma mesma seção poderemos ter áreas de corte e aterro, que posteriormente significarão
volumes de corte e aterro. A figura a seguir ilustra esta questão.
O mais complicado e demorado deste método é o cálculo das áreas das seções transversais. A
aplicação da fórmula em si é muito simples.
Para obtenção do cálculo de volume de um terreno, através de uma planta com curvas de
nível, tem-se a seguinte fórmula:
No exemplo abaixo existe um terreno representado por curvas de nível (Figura 15A) e seu
correspondente perfil (Figura 15B). Considerando-se que a área da cota 100 = 1000m2; da
cota 120 = 900 m2; da cota 140 = 800 m2; e da cota 160 = 700 m2, deseja-se descobrir o
volume da cota 100 até o cume. Então, dividindo-se em vários volumes tem-se que: V1 = cota
100 à cota 120; V2 = cota 120 à cota 140; V3 = cota 140 à cota 160 e V4 = da cota 160 ao
cume 166,12. Assim, o volume total será igual à soma de todos os volumes encontrados.
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A B
(fórmula de um cone):
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4. Referências Bibliográficas
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