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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NA INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO: UM

ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE PARELHAS/RN

MANAGEMENT OF WASTE IN THE MINING INDUSTRY: A CASE STUDY IN


THE MUNICIPALITY OF PARELHAS / RN

Gabriela de Andrade Vieira


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
E-mail: gaby.rsb@gmail.com

Pio Marinheiro de Souza Neto, Msc.


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
E-mail: pio.marinheiro@hotmail.com

Resumo:

No Brasil a indústria mineraria possui grande importância econômica e como sua atividade
fim é a exploração de recursos naturais que ocasiona impactos ambientais, assim tem-se
buscado formas alternativas de reaproveitamento desses resíduos. A racionalização dos
recursos naturais, a preservação do meio ambiente e a visão da população a questões
ambientais, vem fazendo com que as indústrias busquem desempenhar melhor sua obrigação
perante o Meio Ambiente, no quesito de gerenciamento adequado dos resíduos provenientes
da atividade. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo a análise do gerenciamento de
resíduos sólidos da atividade mineradora, na qual realiza a extração e beneficiamento de
Turmalina Paraíba, empresa localizada no município de Parelhas- RN, sendo considerado a
quantidade de resíduo gerado, sua classificação, acondicionamento e destinação final. A
metodologia utilizada inclui pesquisa bibliográfica, entrevista e questionário aplicado.
Verifica-se ainda que a quantidade de resíduos gerados é exponencialmente grande em
comparação com o produto objeto da extração, e que destes nenhuma porcentagem
significativa está sendo reciclada ou reutilizada está tendo apenas a destinação final de
armazenamento em pátio ao seu aberto.

Palavras-chave: rejeitos; mineração; gerenciamento de resíduos; resíduos sólidos

Abstract:

In Brazil the mining industry has great economic importance and as its final activity is the
exploitation of natural resources that causes environmental impacts, so we have been looking
for alternative ways to reuse these wastes. The rationalization of natural resources, the
preservation of the environment and the vision of the population to environmental issues, has
been causing industries to seek to better fulfill their obligation to the Environment, in the
matter of proper management of waste from the activity. In this context, this work has the
objective of analyzing the solid waste management of the mining activity, in which it
performs the extraction and beneficiation of Turmalina Paraiba, a company located in the
municipality of Parelhas- RN, considering the amount of waste generated, its classification ,
packaging and final destination. The methodology used includes bibliographic research,
interview and questionnaire applied. It is also verified that the amount of waste generated is
exponentially large compared to the product being extracted, and that of these no significant
percentage is being recycled or reused is only having the destination of patio storage at its
open.
Keywords: waste; mining; waste management; solid waste

1 INTRODUÇÃO

Problemas ambientais vêm tendo grande espaço de discussão há algum tempo em


nossa sociedade, devido ao fato que esta passou a questionar os impactos ambientais causados
pelas empresas, preocupando-se com a preservação do meio ambiente. As atividades
industriais têm grande destaque econômico e social, com o objetivo de geração de riquezas,
através da produção de bens de consumo por meio da utilização de recursos naturais e
serviços prestados e muitas vezes tais atividades impactam negativamente o meio ambiente.
Segundo a Resolução CONAMA nº 001/1986, no seu artigo 1º, considera-se impacto
ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar das
populações; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.
Estes impactos estão relacionados ao processo de produção de bens, com a geração e
destinação dos resíduos provenientes do processo produtivo. Tendo em vista, a escassez
destes recursos, a reutilização e a reciclagem dos resíduos sólidos industriais, como a busca
por soluções capazes de minimizar os impactos decorrentes da disposição destes no meio
ambiente e a redução dos custos desta atividade tonaram-se questões importantíssimas para o
desenvolvimento sustentável industrial.
A atividade mineradora possui uma capacidade enorme de gerar impactos ambientais,
principalmente relacionando-se com a grande quantidade de resíduos gerados. Quando se trata
da extração mineral, há sempre um risco ambiental, por isso essa atividade pode afetar
diretamente e indiretamente a qualidade ambiental. Alguns dos efeitos causados pela prática
de mineração, são chamados de externalidades, dentre estes, os conflitos de uso do solo, a
depreciação de imóveis circunvizinhos e a geração de áreas degradadas (ARAUJO,2011).
Também pode-se citar como externalidade a acumulação dos rejeitos, principalmente
quando ocorre em encostas de morros, que acarreta o comprometimento ao ambiente devido
ao assoreamento das drenagens (MARKOSKI,2006).Aqui no Brasil, em Novembro de 2015,
a barragem de Fundão da empresa Samarco, em Mariana, MG, se rompeu, liberando cerca de
50 milhões de litros de lama, causando um impacto no ecossistema daquela região, com a
morte de pessoas, animais, vegetação e poluição do Rio Doce levando lama inclusive para o
mar. No começo deste ano ocorreu o rompimento de barragem da mineradora Vale em
Brumadinho (MG) que causou a destruição de pelo menos 269,84 hectares, entre vegetação
nativa de Mata Atlântica e Áreas de Preservação Permanente ( IBAMA, 2015,2019).
Assim, a disposição adequada de resíduos passou a ser primordial para a preservação
ambiental, surgindo, concomitantemente, a necessidade de se desenvolverem mecanismos
para promover a conscientização e a busca de soluções que ao mesmo tempo minimizasse os
impactos decorrentes da disposição destes resíduos e reduzir os custos envolvidos nessa
atividade. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto de
2010, através da Lei nº 12.305/2010, estabelece diretrizes para o gerenciamento de resíduos
sólidos e impõe processos de logística reversa para determinados produtos.
O PNRS tem como instrumento a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS), que deve contemplar aspectos como a origem, quantidade, classificação,
acondicionamento, armazenamento e a destinação final dos resíduos sólidos. Sendo a
atividade de mineração obrigada a elaborar o PGRS, comtemplando as atividades nas fases de
pesquisa, de extração e de beneficamente de minérios (BRASIL,2010).
Deste modo, esse estudo objetiva analisar o gerenciamento dos resíduos de uma
empresa mineradora localizada no Município de Parelhas- Rio Grande do Norte. Tendo em
vista a importância do setor industrial minerário na geração de resíduos e os graves acidentes
ocorrido no setor, em 2015 com a barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana
na região central de Minas Gerais e , em janeiro deste ano, com o acidente ocorrido em
Brumadinho, com a mineradora controlada pela Vale S/A, no mesmo Estado.
Surge a necessidade de avaliar a situação do gerenciamento dos resíduos provenientes
dessa atividade, apresentando as possibilidades de aproveitamento de rejeitos provenientes da
extração e processamento de minerais, considerando aspectos de segregação,
acondicionamento, destinação final e fatores quantitativos dos resíduos gerados nas fases de
extração e beneficiamento. Buscando avaliar a conduta do empreendimento instalado no
município de Parelhas, sob o aspecto do gerenciamento dos seus resíduos sólidos.
Em vista disso, inicialmente, foi realizado uma revisão bibliográfica sobre o tema
abordado, buscando a legislação vigente e órgãos responsáveis pelas leis do segmento de
atividade minerária. E na segunda parte, onde a pesquisa na empresa foi realizada por meio de
uma entrevista com o responsável pelo gerenciamento na empresa e um questionário para
obter os dados de geração de resíduos em toneladas/ mês.

2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NA ATIVIDADE MINERADORA

A legislação brasileira voltada para atividade mineradora e o meio ambiente sofreu


mudanças de acordo com o período histórico vivido. A normatização da atividade mineira
teve início no período colonial, porem foi no período republicano que foram produzidos os
principais regulamentos da atividade mineradora, isto é, o Código de Minas, estabelecido pelo
Decreto-lei nº 227/1967.
A evolução da tutela legal do ambiente no Brasil esteve estritamente vinculada a
movimentos econômicos internacionais, primeiramente na fase colonial e parte da imperial
quando o governo português teve a preocupação em adotar medidas que dificultassem o
contrabando do pau-brasil e oscilação no preço. Na fase república teve a criação dos “códigos
ambientalistas setoriais” nos períodos de implementação de políticas públicas, voltadas para
estruturação e modernização do parque industrial brasileiro.
De acordo com a Lei 6.938/81 (inc. I do art. 3°) o meio ambiente é “o conjunto de
condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as formas” (BRASIL, 1981). Esta mesma lei traz temas ligados
a mineração, como a recuperação de áreas degradadas e o princípio do poluidor-pagador,
todavia não fornece uma definição do que seria mineração.
Segundo Nunes (2011, p.69) “a mineração pode ser considerada, genericamente, a
atividade de extração de minerais que possuam valor econômico”. Essa atividade foi vital
para o desenvolvimento da humanidade e ainda o é visto que a produção é totalmente
dependente da utilização de recursos minerais.
A principal norma disciplinadora, o Código de Minas, traz alguns conceitos
importantes de compreender, como jazida, mina e lavra. Em seu art. 4º “considera-se jazida
toda massa individualizada de substância mineral ou fóssil, aflorando à superfície ou existente
no interior da terra, e que tenha valor econômico; e mina, a jazida em lavra, ainda que
suspensa”. Em seu Art. 6º. classifica as minas, segundo a forma representativa do direito de
lavra, em duas categorias: “I - mina manifestada, a em lavra, ainda que transitoriamente
suspensa” e “II - mina concedida, quando o direito de lavra é outorgado pelo Ministro de
Estado de Minas e Energia”. E lavra, Art.36, como sendo “conjunto de operações coordenadas
objetivando o aproveitamento industrial da jazida, desde a extração das substâncias minerais
úteis que contiver, até o beneficiamento das mesmas’ (BRASIL, 1967). Com isso, nota-se,
que existe uma relação bastante próxima entre meio ambiente e mineração, já que esta
atividade produz impactos diretos ao ambiente.
Já o direito ambiental, é o conjunto de princípios e normas que tem como objetivo
regulamentar as atividades humanas que produzem efeitos ao meio ambiente; o direito
minerário é destinado a regulamentação da atividade mineradora. Outro fator são os impactos
produzidos por esta atividade, a Lei 6.938/81, traz a definição de degradação da qualidade
ambiental e a poluição, previstas nos incs. II e III do art. 3º, respectivamente, em seu inciso II,
que trata da degradação da qualidade ambiental, a referida Lei define como “a alteração
adversa das características do meio ambiente” (BRASIL,1981) e poluição como

Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:


(...)
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades
que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos. (BRASIL, 1981)

A atividade mineradora pode provocar muitas dessas formas de degradação ambiental,


isolada ou conjuntamente. Tendo isto em vista, a Constituição Federal, inclui no capítulo ao
meio ambiente, um dispositivo que prevê a obrigação daquele que explora recursos minerais
de recuperar o meio degradado de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente (Art. 225, S 2°). Sobre a regulamentação da mineração, destaca-se o
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), autarquia vinculada ao ministério de
Minas e Energia (MME).

A finalidade do DNPM está disposta no art. 2°, da portaria nº 247, de 08 de abril de


2011, emitida pelo Ministério de Minas e Energia:

Art. 2º O DNPM tem por finalidade promover o planejamento e o fomento


da exploração mineral e do aproveitamento dos recursos minerais e
superintender as pesquisas geológicas, minerais e de tecnologia mineral, bem
como assegurar, controlar e fiscalizar o exercício das atividades de
mineração em todo o território nacional, na forma do que dispõem o Código
de Mineração, o Código de Águas Minerais, os respectivos regulamentos e a
legislação que os complementa, competindo-lhe, em especial:
I - Promover a outorga ou propô-la à autoridade competente, quando for o
caso, dos títulos minerários relativos à exploração e ao aproveitamento dos
recursos minerais e expedir os demais atos referentes à execução da
legislação minerária;
II - Coordenar, sistematizar e integrar os dados geológicos dos depósitos
minerais, promovendo a elaboração de textos, cartas e mapas geológicos
para divulgação;
III - acompanhar, analisar e divulgar o desempenho da economia mineral
brasileira e internacional, mantendo serviços de estatística da produção e do
comércio de bens minerais;
IV - Formular e propor diretrizes para a orientação da política mineral;
V - Fomentar a produção mineral e estimular o uso racional e eficiente dos
recursos minerais;
VI - Fiscalizar a pesquisa, a lavra, o beneficiamento e a comercialização dos
bens minerais, podendo realizar vistorias, autuar infratores e impor as
sanções cabíveis, na conformidade do disposto na legislação minerária;
VII - baixar normas em caráter complementar e exercer a fiscalização sobre
o controle ambiental, a higiene e a segurança das atividades de mineração,
atuando em articulação com os demais órgãos responsáveis pelo meio
ambiente, segurança, higiene e saúde ocupacional dos trabalhadores;
VIII - implantar e gerenciar bancos de dados para subsidiar as ações de
política mineral, necessárias ao planejamento governamental;
IX - Baixar normas, promover a arrecadação e a distribuição das quotas-
partes, e exercer fiscalização sobre a arrecadação da Compensação
Financeira pela Exploração de Recursos Minerais-CFEM, de que trata o § 1º
do art. 20 da Constituição e das demais receitas da Autarquia;
X - Fomentar a pequena empresa de mineração;
XI - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da garimpagem em
forma individual ou associativa; e
XII - autorizar e fiscalizar a extração de espécimes fósseis, nos termos do art.
1º do Decreto-Lei nº 4.146, de 04 de março de 1942.

Percebe-se, portanto, que o DNPM desempenha importante função de natureza


ambiental, já que este é responsável por supervisionar, fiscalizar e controlar “todas as
atividades concernentes à mineração, comércio e à industrialização de matérias-primas
minerais, nos limites estabelecidos em Lei” (Código de Minas, art. 88). O DNPM possui em
seus objetivos questões como o uso racional dos recursos minerais, a fiscalização e a edição
de normas suplementares visando a proteção ao meio ambiente, como também a preservação
da qualidade do meio ambiente no trabalho.
Já que tem em vista a proteção e preservação, não poderia não incluir o princípio da
recuperação, ou reabilitação, do meio degradado. O § 2º do art. 225 da Constituição Federal
determina que “Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente,
na forma da lei”. O código de minas propõe, também, dispositivos legais que podem ser
utilizados na proteção do meio ambiente, determinando em seu Capítulo V, sanções e
nulidades, para garantir o cumprimento das condições de atividade, sendo estas
Art. 63. O não cumprimento das obrigações decorrentes das autorizações de
pesquisa, das permissões de lavra garimpeira, das concessões de lavra e do
licenciamento implica, dependendo da infração, em:
I - Advertência;
II - Multa; e
III - caducidade do título.
§ 1º. As penalidades de advertência, multa e de caducidade de autorização de
pesquisa serão de competência do DNPM.
§ 2º. A caducidade da concessão de lavra será objeto de portaria do Ministro
de Estado de Minas e Energia.
§ 3º A caducidade da concessão de lavra, será objeto de Decreto do Governo
Federal.

A recuperação dos danos causados dessa atividade, pode ser considerada uma
atividade de compensação, já que a extração dos recursos minerais é de raro retorno de um
local que tenha sido submetido a atividade de mineração. Outra forma utilizada para a
diminuição do impacto ambiental causado é a reutilização dos resíduos gerados, já que esta
atividade gera elevada quantidade de rejeitos, seja pela redução do volume dos rejeitos que
ocasiona a diminuição das áreas de deposição.

3 RESIDUOS SOLIDOS

O grande desenvolvimento das atividades industriais objetivando a geração de


riquezas e bens requerem um grande consumo de recursos naturais, que por muitas vezes
geram rejeitos que não possuem destinação ou reutilzação adequadas. Atualmente, por causa
do consumo desenfreado destes recursos, estes se tornam cada vez mais escassos, por isso
muito s falam em reutilização dos resíduos sólidos gerados na indústria ou de rejeitos
urbanos, bem como a destinação correta, com soluções que minimizem os impactos
decorrentes da extração, utilização e descarte.

Nesta atividade são gerados resíduos sólidos em todo seu processo produtivo:
extração, manuseio, acondicionamento, coleta, transporte e disposição final, além do sistema
de tratamento das águas residuais e emissões atmosféricas. (OLIVEIRA; LANGE, 2005).
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA, no art. 2º inciso I, da Instrução Normativa nº 13/2012, dá a definição de residuio
solido, como sendo:

[...] todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de


atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se
propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.
(BRASIL, 2012)

A Política Nacional de Resíduos Solidos (PNRS) instituída pela Lei nº 12.305/10,


classifica os resíduos sólidos da seguinte forma:

Quadro I – Classificação dos resíduos sólidos


I – Quanto a origem Características
Resíduos domiciliares Originários de atividades domésticas em residências urbanas
Resíduos de limpeza urbana originários da varrição, limpeza de logradouros e vias
públicas e outros serviços de limpeza urbana
Resíduos industriais Gerados nos processos produtivos e instalações industriais
Resíduos de serviços da saúde gerados nos serviços de saúde, conforme definido em
regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama e do SNVS
Resíduos da construção civil gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, incluídos os resultantes da
preparação e escavação de terrenos para obras civis
Resíduos de serviços de originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários,
transporte rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira
resíduos agrossilvopastoris gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,
incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas
atividades;
Residuos de mineração os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios; (art. 13)
Resíduos sólidos urbanos Os englobados nas categorias resíduos domiciliares e
resíduos de limpeza urbana
Resíduos de estabelecimentos Os gerados nessa atividade, excetuando os resíduos de
comerciais e prestadores de limpeza urbana, resíduos dos serviços públicos de
serviços saneamento básico, resíduos de serviços de saúde,
resíduos da construção civil e resíduos de serviços de
transporte.
Resíduos dos serviços públicos de Os gerados nessas atividades, excetuando os referidos
saneamento básico na categoria de resíduos sólidos urbanos.
II – Quanto a periculosidade
Perigosos aqueles que, em razão de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde
pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei,
regulamento ou norma técnica
Não perigosos aqueles não enquadrados na categoria de perigosos.
Fonte: Autora do estudo, 2019.

Como pode ser visto no quadro acima, os residuos de mineração são provenientes das
atividades de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios. A periculosidade de um
resíduo é função de propriedades químicas, físicas e infectocontagiosas que possam
apresentar, assim, o conhecimento do potencial poluidor é primordial para o processo de
reutilização de um resíduo (ABNT, 2004).
Na atividade de mineração existem dois tipos principais de resíduos sólidos: os
estéreis e os rejeitos. Os estéreis são os materiais escavados, gerados pelas atividades de
extração, no decapeamento da mina, não tem valor econômico e ficam geralmente dispostos
em pilhas. Os rejeitos são resíduos resultantes do processo de beneficiamento a que são
submetidas as substâncias minerais. Esses processos têm a finalidade de padronizar o tamanho
dos fragmentos, remover minerais associados sem valor econômico e aumentar a qualidade,
pureza ou teor do produto final (IPEA, 2012).
De acordo com a norma ABNT 10.004, os resíduos sólidos terrosos provenientes da
extração de minerais, são classificados como inertes que são definidos como:

Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa,


segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e
estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente,
conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de
água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. (ABNT, 2014,
p.5)

A mineração causa impacto considerável já que altera intensamente a área minerada a


as áreas vizinhas, onde são realizados os depósitos de estéril e de rejeito, tendo em vista a
notória importância da Indústria da Mineração para o desenvolvimento econômico, evidencia
cada vez mais a necessidade e a relevância em discutir questões ambientais relacionadas a
disposição final dos resíduos gerados nessa atividade.
Tendo em vista que se trata de recursos escassos, a recuperação, reutilização e
reciclagem dos resíduos provenientes da atividade é um assunto importante quando se fala da
produção mineraria no país. Sobre a recuperação e a comercialização dos rejeitos de
mineração, Sandra Lúcia de Moraes, pesquisadora do Laboratório de Processos Metalúrgicos
ressalta:
[...]Num cenário em que já não há reservas brasileiras de alto teor, essa quantidade
de rejeitos só tende a crescer. Recuperar esses resíduos, portanto, possui um fim
tanto ambiental quanto econômico, pois é possível dar outra destinação comercial ao
que geralmente é descartado, diminuindo também a quantidade de resíduos para o
meio. (IPT, 2016)

Algumas empresas dispõem de formas variadas de minimização de seus resíduos,


sendo a reutilização e a comercialização desses resíduos as mais usadas. Por isso, elaborar um
plano de gestão de resíduos da mineração é de extrema relevância, mantendo a administração
informada dos impactos no solo, na água e no ar, originários da inadequada disposição dos
resíduos.
O gerenciamento de resíduos é um dos mecanismos da Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), Lei Federal 12.305 de 12 de agosto de 2010, que determina no artigo 20
quem está sujeito a construção de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tendo que
atender, entre outros pontos: origem, quantidade, classificação, acondicionamento,
armazenamento e a destinação final. Dentre os sujeitos a seguir com a elaboração estão
envolvidos os originadores de resíduos de mineração no decorrer das atividades de pesquisa,
extração ou beneficiamento de minérios (SILVA, et. al. 2017).
De acordo com o PNRS, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) deve
conter, dentre outras informações (MMA, 2011):
i. Descrição do empreendimento ou atividade;
ii. diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem,
o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a
eles relacionados;
iii. explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos
sólidos;
iv. definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento
de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
v. ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de
gerenciamento incorreto ou acidentes;
vi. metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos
sólidos
vii. medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;
viii. periodicidade de sua revisão.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é parte integrante do licenciamento


ambiental devendo ser elaborado pelos geradores dos resíduos nos processos produtivos e
instalações industriais. Nos PGRS deverão ser estabelecidas metas de redução, reutilização,
reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos
encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. Devem ainda adotar medidas
destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos sob sua responsabilidade, bem
como aperfeiçoar seu gerenciamento (MMA, 2011).
Desta forma se torna um importante instrumento para o planejamento de como esses
resíduos serão geridos pela empresa, facilitando não apenas na análise da quantidade
produzida como, também, na melhoria da gestão administrativa, que poderá encontrar através
do PGRS meios de reduzir seus gastos, melhor aproveitando os rejeitos produzidos.

3 METODOLOGIA

A pesquisa realizada neste estudo pode ser classificada em dois aspectos, quanto aos
fins e quanto aos meios (VERGARA, 2006).
Quanto aos fins, a pesquisa foi descritiva, onde os fatos são observados, registrados,
analisados, classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles (ANDRADE,
2003, p.124), pois tentou descrever como a legislação atua na atividade de mineração, as leis
que norteiam esse assunto, a política de resíduos sólidos e o gerenciamento destes pelas
empresas. Quanto aos meios, pode-se caracterizar essa pesquisa como bibliográfica e estudo
de caso. Bibliográfica, pois foi utilizado para fundamentar o estudo investigação sobre os
assuntos pertinentes ao tema e aos objetivos da pesquisa. Já o estudo de caso se caracteriza
pelo caráter de profundidade e detalhamento, focando em uma unidade de análise, neste caso,
a empresa Pedra Azul Mineradora LTDA.
Para alcançar os objetivos deste estudo, utilizou-se duas técnicas para a coleta de
dados, que foram a entrevista e a aplicação de questionários. A entrevista teve como objetivo
levantar, no local, informações sobre o programa de gestão aplicado na empresa em questão,
assim como, as certificações que esta possui, o método de análise de desempenho, os resíduos
gerados – de acordo com a ABNT 10.004 - e a destinação dos mesmos, buscando também
caracterizar o empreendimento, como sua localização, tipo de atividade e porte, matéria-prima
e insumos utilizados, capacidade instalada, produtos fabricados e capacidade produtiva . Estes
dados foram transcritos e incorporados ao trabalho escrito para fundamentar o ponto de vista
da empresa com relação ao plano de gerenciamento.
O questionário aplicado objetivou levantar informações quantitativas sobre a produção
da empresa, a geração de resíduos sólidos - de acordo com sua classificação (resíduos
perigosos, resíduos não perigosos, não inertes e inertes) - onde os dados foram lançados em
toneladas/ mês e sua destinação, que foi separado por técnica de destinação considerando sua
classificação. Para a destinação do resíduo, foi utilizado três opções: reutilização, reciclagem
e destinação final. Os resíduos sólidos que eram utilizados para produção de um novo produto
foram lançados em reutilizados; os resíduos que possuem seu aproveitamento em um novo
processo de transformação, visando a geração de um novo produto, foi lançado em
reciclagem; e o resíduo que não foi transformado foi considerado como destinação final,
tendo a empresa que especificar qual o meio de destinação utilizado, contendo o local que
estes resíduos são armazenados ou dispostos (vazadouros, aterro industrial- próprio ou
público-, incineração ou armazenamento sem destinação definida).
Os dados obtidos no questionário foram transformados em planilhas para avaliação da
geração de resíduos e, também, o meio mais utilizado pela empresa para tratamento destes.
Portanto, o presente trabalho, busca avaliar a gestão dos resíduos sólidos, sua geração,
tratamento e destinação final, na empresa que foi realizado o estudo.

4 RESULTADOS

A pesquisa foi realizada no município de Parelhas- Rio Grande do Norte, região do


Seridó, na empresa Pedra Azul Mineradora LTDA (nome empresarial), localizada na zona
rural do respectivo município, no sítio Mulungu. Possui uma área útil de 14 hectares e conta
com 140 pessoas em sua equipe.
Sua Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), é dada da seguinte
forma:
ATIVIDADE ECONOMICA PRINCIPAL
Código Descrição
0893-2/00 Extração de gemas (pedras preciosas e semipreciosas)
ATIVIDADE ECONÔMICA SECUNDARIA
Código Descrição
0899-1/99 Extração de outros minerais não metálicos não especificados
anteriormente
0990-4/03 Atividades de apoio a extração de minerais não-metálicos
3211-6/01 Lapidação de gemas

Sua atividade principal é a extração da Turmalina, de cor, especialmente a Turmalina


Paraíba, é importante ressaltar que por causa da atividade fim da empresa ocorre uma grande
quantidade de resíduos gerados. Porém, estes resíduos são considerados não-perigosos e
inertes, quando perguntado ao Senhor Augusto Medeiros, geólogo e responsável pelo setor de
lavra e supervisão do beneficiamento do minério, da empresa objeto do estudo, sobre o
resíduo produzido, relatou
São não perigosos, por se tratar de rocha. É a rocha do jeito que ela sai do subsolo
então esse material não tem nada de perigoso em sua composição, que ofereça
perigo ao seu uso, e nenhum processo químico que ofereça perigo. É diferente de
uma mina de ouro, a rocha está lá, não mexia com ninguém, mas na hora que você
vai processar entra uma série de produtos químicos que aí tornam o rejeito perigoso.
(MEDEIROS 2019, p. 01)

A situação encontrada a respeito de sua destinação foi o armazenamento ao ar livre em


áreas previamente licenciadas pela agência regulamentadora, o Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA). Porém, deve-se destacar que para diversos materiais
há uma diferença conceitual entre reciclagem e reutilização ou aproveitamento de resíduos. A
reciclagem é um conjunto de técnicas cuja finalidade é o aproveitamento de detritos e rejeitos
de forma a reintroduzi-los no ciclo de produção, retornando ao seu estado original ou
transformando-os em produtos iguais. A reutilização é o reaproveitamento de um material já
beneficiado para a formação de novos produtos com características e propriedades diferentes
do material original (SILVEIRA, 2015).
Neste caso, o rejeito produzido pela empresa não está sendo reciclado ou reutilizado,
ressalvando as vezes em que a empresa precisa construir algo em seu terreno, como novas
instalações, onde estes rejeitos são utilizados na construção civil, as pedras maiores são
utilizadas no alicerce e as de granulação de brita como aglomerado. A empresa vê a
importância de reutilizar os rejeitos, tendo em vista o grande volume produzido, porém, a
empresa não possui muitas construções em andamento ou em planos futuros, desta forma a
quantidade posta no pátio de rejeitos não diminui de forma considerável.
A empresa pesquisada implantou um sistema próprio de disposição de resíduos, todos
os resíduos produzidos são separados por frações granulométricas, em seu pátio de rejeitos.
Neste pátio é disposto não só os resíduos gerados do processo de benefiamento como,
também, o da lavra. Desta forma, segundo dados coletados, a quantidade de resíduos oriundo
da atividade chega a 400 (quatrocentas) toneladas por mês, deste montante apenas 2 (dois)
quilos de cascalhos de turmalina são recuperados, do qual ainda passara por um processo de
avaliação estética para saber se serão utilizadas como joia.
Devido ao volume de rejeito produzido, foi questionado sobre o plano de
gerenciamento de resíduos
[...] é feito um plano de aproveitamento econômico da jazida e nisso está
incluído a parte de manejo desses rejeitos. Atualmente não temos um destino
para eles - os rejeitos-, nós sabemos que eles podem ser aproveitados em
vários setores [...] (MEDEIROS 2019, p. 01)

Este plano é realizado a cada cinco anos, o que se encontra em vigor atualmente foi
elaborado em 2018, no entanto este plano está sendo reavaliado devido a mudança
tecnológica que a empresa está passando deste o começo deste ano, 2019. A empresa está
reprocessando todo o seu pátio de rejeito, com o auxílio da máquina adquirida que captura a
gema em uma esteira, descartando, com precisão de quase 100%, apenas o que é realmente
rejeito.
Apesar, deste processo que está sendo realizado, o volume de rejeito é grande e foi
questionado ao entrevistado se a empresa tinha que enviar algum relatório a município sobre a
geração dos resíduos, tendo em vista que em alguns munícipios os órgão regulamentadores
são municipais, como em Parnamirim e Natal, no estado do Rio Grande do Norte.

Temos que mandar relatórios para o estado através do órgão licenciador e


fiscalizador, o IDEMA; e para o Departamento da Agência Nacional de
Mineração. No caso da Federal, que é a agência , é anual , "relatório anual de
lavra", onde a gente fala sobre estoque de material não processado, de
material processado, o estoque de rejeito, o relatório é completo e para o
IDEMA é sobre o manejo dele, por que as vezes precisamos tirar de um
canto para o outro e temos que obedecer aquela área, aquela poligonal
licenciada, não podemos sair dessa área. Para o município não tem, até
porque não existe nenhuma obrigação nesse sentido. (MEDEIROS 2019, p.
02)

O envio destes relatórios são pré-requisito para a renovação da licença de


funcionamento, visto que o licenciamento ambiental constitui um mecanismo importante de
gestão preventiva do meio ambiente, e tem como principal objetivo planejar a intervenção
antrópica no ambiente, avaliando preliminarmente os seus impactos. De acordo com a Lei nº
6.938 de 31 de agosto de 1981, o licenciamento se constitui de um dos instrumentos para a
execução da referida política (BRASIL,1981).
A função do licenciamento é otimizar a operação do empreendimento, sobre o ponto
de vista ambiental, assegurando que a atividade econômica possa proporcionar o
desenvolvimento da sociedade, sem interferir negativamente na qualidade do meio ambiente,
garantindo o atendimento da atual e das futuras gerações (KIRCHHOFF, 2004). Já a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que prevê a prevenção e a redução na geração de
resíduos, buscando aumentar o consumo sustentável e propor um conjunto de instrumentos
para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação
ambientalmente adequada dos rejeitos.
Tendo em vista a função do licenciamento como, também, da PNRS a empresa possui
uma deficiência no quesito de reciclagem e reutilização dos seus rejeitos, embora haja um
plano de gerenciamento de resíduos, ainda não há uma destinação para estes fins. Quando
indagado em entrevista sobre a importância do gerenciamento, a empresa vê este plano como
um meio de gerar recursos financeiros futuramente, já que esta produz em seu processo de
lavra e beneficiamento outros materiais que seriam de interesse em outras indústrias, como a
indústria de cerâmica e construção civil.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do presente estudo que era analisar o gerenciamento dos resíduos de uma
empresa mineradora e avaliar a situação deste gerenciamento, levando em consideração a
quantidade de rejeitos produzidos por essa atividade e os impactos ambientais causados, e em
como o aproveitamento destes rejeitos era realizado, deste modo, o intento do estudo foi
atingido.
A análise dos resultados comprovou a importância do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos pela indústria de mineração, apesar da pesquisa ter sido realizada em uma
empresa que tem como objeto de extração uma pedra preciosa e não outro minério que possa
acarretar danos maiores ao meio ambiente. Mesmo assim, se tratando de uma extração que
resulta em resíduos não perigosos e inertes, um planejamento destes se torna fundamental em
vista da quantidade de rejeitos produzidos. Outro ponto importante, que vale ressaltar, é a
reutilização destes em outras áreas industriais, vendo o exemplo da própria empresa que
utiliza seus rejeitos na construção de novas instalações.
A importância de um gerenciamento dos resíduos provenientes da atividade mineraria,
com a reciclagem, reutilização e destinação correta é plenamente reconhecida atualmente.
Entre as alternativas de tratamento e disposição final de resíduos disponíveis, a incorporação
desses resíduos em outros materiais industriais apresenta-se como uma solução viável e de
grande potencial, reduzindo os custos para a empresa. Este método, de aproveitamento em
outras atividades, se adequaria perfeitamente na empresa do estudo, uma vez que esta produz
em seu processo outros materiais, em grande escala, que poderiam ser aproveitados na
produção de outros produtos. Esta alternativa pode, ainda, contribuir para a sustentabilidade
da área de atuação da empresa, visto que a mineração causa grandes dados ao meio ambiente
e está diretamente relacionada a extração de recursos naturais, diminuindo o impacto
ambiental e gerando uma maior qualidade de vida para os cidadãos e preservando o planeta.

REFERÊNCIAS

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Sólidos- Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004
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