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3 - VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
O voto, como regra, é obrigatório para maiores de 18 anos e menores de 70 anos de
idade, tratando-se de obrigação legal imposta a todos, dessa forma, caso a pessoa possua
uma convicção religiosa, política ou filosófica ela poderá se recusar a cumprir essa
obrigação eleitoral.
Inclusive, a própria lei já estabelece a prestação alternativa que é a justificativa. Logo, o
indivíduo pode cumprir a obrigação votando ou invocar a escusa de consciência e justificar
seu voto.
5 - É constitucional lei estadual que obriga as empresas prestadoras de serviços de internet mó-vel e
banda larga na modalidade pós-paga a apresentarem, na fatura mensal, gráficos sobre o registro
médio diário de entrega da velocidade de recebimento e envio de dados pela rede mundial de compu-
tadores.
6 - Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF), processar e julgar, com base no art. 102, I, “f”, da
Constituição Federal (CF)198, ação cível originária que questiona a inércia da Administração Pública
federal relativamente à organização, ao planejamento e à execução do Censo Demográfico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
8 - “(A) A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, por exigir sempre o consen-
timento do usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais
compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de deter-
minados lugares, desde que previstas em lei, ou dela decorrentes, e (i) tenham como base evidências
científicas e análises estratégicas pertinentes, (ii) venham acompanhadas de ampla informação
sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos imunizantes, (iii) respeitem a dignidade humana
e os direitos fundamentais das pessoas; (iv) atendam aos critérios de razoabilidade e
proporcionalidade, e (v) sejam as vacinas distribuídas universal e gratuitamente; e (B) tais
medidas, com as limitações acima expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência”.
Resumo:
A obrigatoriedade da vacinação não contempla a imunização forçada, porquanto é levada a efeito por
meio de medidas indiretas.
União, estados, Distrito Federal e municípios, observadas as respectivas esferas de compe-tência,
poderão estabelecer medidas indiretas para implementação da vacinação compulsória.
11- “(i) É inconstitucional a interpretação que exclui o direito de candidatos com deficiência à
adaptação razoável em provas físicas de concursos públicos; (ii) É inconstitucional a submissão ge-
nérica de candidatos com e sem deficiência aos mesmos critérios em provas físicas, sem a
demonstra-ção da sua necessidade para o exercício da função pública.”
Resumo:
A exclusão da previsão de adaptação das provas físicas para candidatos com deficiência viola o bloco
de constitucionalidade composto pela Constituição Federal (CF) e pela Convenção Interna-cional sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência – CDPD (Decreto Legislativo 186/2008), incor-porada à ordem
jurídica brasileira com o “status” de Emenda Constitucional (EC), na forma do art. 5º, § 3º, da CF 277, 278
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15 - Cabe mandado de injunção em face da ausência de fixação do valor da renda básica de ci-
dadania, instituída pela Lei 10.835/2004, cuja omissão é atribuída ao Presidente da República.
A falta de norma disciplinadora dá ensejo ao conhecimento do mandado de injunção apenas quanto à
implementação do referido benefício assistencial para pessoas em situação de vulnerabili-dade
socioeconômica.
16 - Atendida a razoabilidade, é constitucional legislação estadual que prevê a vedação do corte do
fornecimento residencial dos serviços de energia elétrica, em razão do inadimplemento, parcela-
mento do débito, considerada a crise sanitária.
De fato, na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 309, o texto constitucional não impede a
elaboração de legislação estadual ou distrital que, preservando o núcleo relativo às normas gerais
editadas pelo Congresso Nacional, venha a complementá-las e não substituí-las. Portanto, legítima a
com-plementação, em âmbito regional, da legislação editada pela União, a fim de, ampliando-se a
proteção do consumidor, preservar o fornecimento de serviço público.
17 - Atentar contra a democracia e o Estado de Direito não configura exercício da função parla-
mentar a invocar a imunidade constitucional prevista no art. 53, caput, da Constituição Federal
(CF)310.
A imunidade material parlamentar não deve ser utilizada para atentar frontalmente contra a própria
manutenção do Estado Democrático de Direito. Em nenhum momento histórico, em qualquer que seja o
país que se analise, a imunidade parlamentar se confundiu com a impunidade. As imunidades
parlamentares surgiram para garantir o Estado de Direito e da separação de Poderes. Modernamente
foram se desenvol-vendo para a preservação da própria democracia.
20 - Os estados podem optar por garantir a autonomia formal aos institutos de criminalística ou
podem integrá-los aos demais órgão de segurança pública sem que isso importe ofensa material à
Constituição.
O art. 144, caput, da Constituição Federal (CF) previu norma de competência concorrente para a
segurança pública ao dispor que “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.