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Direito Constitucional - Difícil

1- Princípio da sindicabilidade: significa que todo ato administrativo pode se submeter a


algum tipo de controle.
Pelo princípio da sindicabilidade, todos os atos administrativos são passíveis de controle
pela administração. (CERTO)

2 - EC nº 81, de 2014, parágrafo único do art. 243: Todo e qualquer bem de valor


econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e
da exploração de trabalho escravo SERÁ CONFISCADO e reverterá a fundo especial
com destinação específica, na forma da lei.

3 - VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
O voto, como regra, é obrigatório para maiores de 18 anos e menores de 70 anos de
idade, tratando-se de obrigação legal imposta a todos, dessa forma, caso a pessoa possua
uma convicção religiosa, política ou filosófica ela poderá se recusar a cumprir essa
obrigação eleitoral.
Inclusive, a própria lei já estabelece a prestação alternativa que é a justificativa. Logo, o
indivíduo pode cumprir a obrigação votando ou invocar a escusa de consciência e justificar
seu voto.

4 - O STF fixou a seguinte tese: A exigência constitucional de aviso prévio relativamente


ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder
público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não
frustre outra reunião no mesmo local. STF. Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min. Marco
Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020 (Repercussão
Geral – Tema 855) (Info 1003).
Logo, como o intuito do aviso prévio é evitar que haja conflitos entre os
participantes (reuniões rivais, por exemplo) e que o seu exercício não frustre outra
reunião previamente marcada, o simples fato de inexistir comunicado não tornará o
exercício ilegal, caso não acarrete nas consequências acima.

5 - É constitucional lei estadual que obriga as empresas prestadoras de serviços de internet mó-vel e
banda larga na modalidade pós-paga a apresentarem, na fatura mensal, gráficos sobre o registro
médio diário de entrega da velocidade de recebimento e envio de dados pela rede mundial de compu-
tadores.

6 - Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF), processar e julgar, com base no art. 102, I, “f”, da
Constituição Federal (CF)198, ação cível originária que questiona a inércia da Administração Pública
federal relativamente à organização, ao planejamento e à execução do Censo Demográfico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

7 - Constatada a incapacidade financeira do paciente, o Estado deve fornecer medicamento que,


apesar de não possuir registro sanitário, tem a importação autorizada pela Agencia Nacional de Vi-
gilância Sanitária (Anvisa). Para tanto, devem ser comprovadas a imprescindibilidade do tratamento e
a impossibilidade de substituição por outro similar constante das listas oficiais de dispensação e dos
protocolos de intervenção terapêutica do Sistema Único de Saúde (SUS).

8 - “(A) A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, por exigir sempre o consen-
timento do usuário, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais
compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de deter-
minados lugares, desde que previstas em lei, ou dela decorrentes, e (i) tenham como base evidências
científicas e análises estratégicas pertinentes, (ii) venham acompanhadas de ampla informação
sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos imunizantes, (iii) respeitem a dignidade humana
e os direitos fundamentais das pessoas; (iv) atendam aos critérios de razoabilidade e
proporcionalidade, e (v) sejam as vacinas distribuídas universal e gratuitamente; e (B) tais
medidas, com as limitações acima expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência”.
Resumo:
A obrigatoriedade da vacinação não contempla a imunização forçada, porquanto é levada a efeito por
meio de medidas indiretas.
União, estados, Distrito Federal e municípios, observadas as respectivas esferas de compe-tência,
poderão estabelecer medidas indiretas para implementação da vacinação compulsória.

9 - “A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a


veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma
pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”.
Resumo:
A interpretação, segundo a qual é ilegal a reunião se não precedida de notificação, afronta o direito
previsto no art. 5º, XVI, da Constituição Federal (CF)269.

10 - Municípios podem instituir a prestação de assistência jurídica à população de baixa renda.

11- “(i) É inconstitucional a interpretação que exclui o direito de candidatos com deficiência à
adaptação razoável em provas físicas de concursos públicos; (ii) É inconstitucional a submissão ge-
nérica de candidatos com e sem deficiência aos mesmos critérios em provas físicas, sem a
demonstra-ção da sua necessidade para o exercício da função pública.”
Resumo:
A exclusão da previsão de adaptação das provas físicas para candidatos com deficiência viola o bloco
de constitucionalidade composto pela Constituição Federal (CF) e pela Convenção Interna-cional sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência – CDPD (Decreto Legislativo 186/2008), incor-porada à ordem
jurídica brasileira com o “status” de Emenda Constitucional (EC), na forma do art. 5º, § 3º, da CF 277, 278
.

12 - O ordenamento jurídico brasileiro não consagra o denominado “direito ao esquecimento”,


entendido como a pretensão apta a impedir a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente
obtidos, mas que, em razão da passagem do tempo, teriam se tornado descontextualizados ou desti-
tuídos de interesse público relevante. A previsão ou aplicação de um “direito ao esquecimento”
afron-taria a liberdade de expressão.
O “direito ao esquecimento” caracteriza restrição excessiva e peremptória às liberdades de expres-são e
de manifestação de pensamento e ao direito que todo cidadão tem de se manter informado a respeito
de fatos relevantes da história social, bem como equivale a atribuir, de forma absoluta e em abstrato,
maior peso aos direitos à imagem e à vida privada, em detrimento da liberdade de expressão,
compreensão que não se compatibiliza com a ideia de unidade da Constituição.

13 - “É imune ao pagamento de taxas para registro da regularização migratória o estrangeiro que


demonstre sua condição de hipossuficiente, nos termos da legislação de regência.”
Resumo:
O estrangeiro com residência permanente no Brasil, na condição de hipossuficiência, está dispensado
do pagamento de taxas cobradas para o processo de regularização migratória.

14 - É inadmissível a expulsão de estrangeiro que possua filho brasileiro, dependente socioafetivo ou


econômico, mesmo que o crime ensejador da expulsão tenha ocorrido em momento anterior ao
reconhecimento ou adoção do filho.

15 - Cabe mandado de injunção em face da ausência de fixação do valor da renda básica de ci-
dadania, instituída pela Lei 10.835/2004, cuja omissão é atribuída ao Presidente da República.
A falta de norma disciplinadora dá ensejo ao conhecimento do mandado de injunção apenas quanto à
implementação do referido benefício assistencial para pessoas em situação de vulnerabili-dade
socioeconômica.
16 - Atendida a razoabilidade, é constitucional legislação estadual que prevê a vedação do corte do
fornecimento residencial dos serviços de energia elétrica, em razão do inadimplemento, parcela-
mento do débito, considerada a crise sanitária.
De fato, na linha da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 309, o texto constitucional não impede a
elaboração de legislação estadual ou distrital que, preservando o núcleo relativo às normas gerais
editadas pelo Congresso Nacional, venha a complementá-las e não substituí-las. Portanto, legítima a
com-plementação, em âmbito regional, da legislação editada pela União, a fim de, ampliando-se a
proteção do consumidor, preservar o fornecimento de serviço público.

17 - Atentar contra a democracia e o Estado de Direito não configura exercício da função parla-
mentar a invocar a imunidade constitucional prevista no art. 53, caput, da Constituição Federal
(CF)310.
A imunidade material parlamentar não deve ser utilizada para atentar frontalmente contra a própria
manutenção do Estado Democrático de Direito. Em nenhum momento histórico, em qualquer que seja o
país que se analise, a imunidade parlamentar se confundiu com a impunidade. As imunidades
parlamentares surgiram para garantir o Estado de Direito e da separação de Poderes. Modernamente
foram se desenvol-vendo para a preservação da própria democracia.

18 - São inconstitucionais as interpretações judiciais que, unicamente fundamentadas na eclosão da


pandemia de Covid-19 e no respectivo efeito de transposição de aulas presenciais para ambientes
virtuais, determinam às instituições privadas de ensino superior a concessão de descontos lineares
nas contraprestações dos contratos educacionais, sem considerar as peculiaridades dos efeitos da
crise pandêmica em ambas as partes contratuais envolvidas na lide.

19 - É inconstitucional a restrição do porte de arma de fogo aos integrantes de guardas munici-pais


das capitais dos estados e dos municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes e de
guardas municipais dos municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhen-
tos mil) habitantes, quando em serviço.
Fica autorizado o porte de armas de fogo para todos os integrantes de guardas municipais,
independentemente do tamanho da população do município.

20 - Os estados podem optar por garantir a autonomia formal aos institutos de criminalística ou
podem integrá-los aos demais órgão de segurança pública sem que isso importe ofensa material à
Constituição.
O art. 144, caput, da Constituição Federal (CF) previu norma de competência concorrente para a
segurança pública ao dispor que “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

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