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01

FÍSICA I
ORDEM DE GRANDEZA

UNIDADES
Na Física, para que o estudo de um fenômeno seja bem feito, é necessário que se tenha a medida das grandezas (chamamos de
grandezas tudo aquilo que pode ser medido) envolvidas, isto é, seu valor numérico acompanhado de uma unidade. Por motivos históricos, os
países usam unidades diferentes uns dos outros. Uma tentativa de padronização foi feita em 1960 com a criação do Sistema Internacional
de Unidades (SI), sua aceitação foi muito maior no mundo científico, no meio comercial existe muita confusão de unidades.

O SISTEMA INTERNACIONAL (SI)


Reprodução proibida Art. 184 do CP.

O Sistema Internacional é o sistema de unidades adotado no Brasil. As unidades fundamentais na Mecânica são o metro (m) de
comprimento, o quilograma (kg) de massa e o segundo (s) de tempo. Todas as demais unidades, na Mecânica, são derivadas dessas três.
Por exemplo, o newton corresponde a kg.m/s2. A seguir uma tabela com algumas unidades fundamentais:

Grandeza de
Unidade de base
base

Nome Nome Símbolo

Comprimento metro m

Massa quilograma kg

Tempo segundo s

Corrente elétrica ampere A

Temperatura
kelvin K
termodinâmica

Quantidade de
mol mol[12]
substância

Intensidade
candela cd
luminosa

PREFIXOS
Também definidos pelo Sistema Internacional, os prefixos são utilizados por toda ciência, os mais importantes em nosso território de
estudos são:

Prefixo Símbolo Potência de base 10 Equivalente numérico

yotta Y 1024 1 000 000 000 000 000 000 000 000

zetta Z 10 21
1 000 000 000 000 000 000 000

exa E 10 18
1 000 000 000 000 000 000

peta P 1015 1 000 000 000 000 000

tera T 1012 1 000 000 000 000

giga G 10 9
1 000 000 000

mega M 10 6
1 000 000

quilo k 103 1 000

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FÍSICA I 01 ORDEM DE GRANDEZA

Prefixo Símbolo Potência de base 10 Equivalente numérico

hecto h 102 100

deca da 101 10

nenhum 10 0
1

deci d 10−1 0,1

centi c 10−2 0,01

mili m 10−3 0,001

micro µ 10 −6
0,000 001

nano n 10−9 0,000 000 001


Reprodução proibida Art. 184 do CP.

pico p 10−12 0,000 000 000 001

femto f 10−15 0,000 000 000 000 001

atto a 10 −18
0,000 000 000 000 000 001

zepto z 10−21 0,000 000 000 000 000 000 001

yocto y 10−24 0,000 000 000 000 000 000 000 001

RELAÇÕES E MÚLTIPLOS IMPORTANTES


Apesar de existirem as unidades fundamentais, nem sempre são elas as utilizadas. Muitas vezes, o aluno encontrará problemas que
mencionam unidades de outros sistemas ou múltiplos e submúltiplos dessas mesmas unidades, dessa forma, faz-se necessário que o
aluno saiba algumas relações consideradas importantes.

A unidade da esquerda é sempre 10 vezes maior que sua vizinha da direita.

Os múltiplos do metro mais importantes são o centímetro e o quilômetro.


1 km = 1000 m = 103 m
1 cm = 0,01 m = 10-2 m
Em relação, principalmente, ao volume, existem unidades fora do SI que são importantes como o litro (L).
1L = 1 dm3 = 10-3 m3

• MASSA
O múltiplo mais importante do grama é o quilograma (kg).
1 kg = 1000 g = 103 g

A unidade da esquerda é sempre 10 vezes maior que sua vizinha da direita.


Transformando-se uma medida de uma unidade maior para outra menor, deve-se dividir por 10 elevado ao número de níveis percorridos,
do contrário, deve-se multiplicar por 10 elevado ao número de níveis percorridos.
n → número de casas percorridas

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01 ORDEM DE GRANDEZA FÍSICA I

• TEMPO
Em nossa sociedade dividimos o tempo de várias formas:
PROEXPLICA
segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, décadas, séculos,
milênios, etc. Sendo assim, no estudo da mecânica é essencial que O valor 3,16 foi escolhido como parâmetro por ser a raiz mais
saibamos converter essas diversas formas. próxima de 10. Dessa forma:
No SI, a unidade de tempo é o segundo (s).
1 min = 60 s
1 h = 60 min = 3600 s

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Os Algarismos Significativos de uma medida são os algarismos
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

corretos mais o algarismo duvidoso, que será sempre o último.


Vejamos um exemplo com uma fita métrica:

ORDEM DE GRANDEZA
Dizer a ordem de grandeza de um número significa indicar a
Você pode dizer que a medida do segmento acima
potência de 10 (dez) mais adequada para representá-lo. Assim, a
é 3,7m. O algarismo 3 é um algarismo correto, fornecido
ordem de grandeza do número 90 será 102, pois a potência de 10
pelo aparelho com o qual você está fazendo a medida.
mais perto de 90 é o número 100 (102). Porém, a ideia de “mais
O algarismo 7 decorreu de uma avaliação, por isso ele é o algarismo
próximo” não deve ser levada ao pé da letra, porque a ordem de
duvidoso. Esta medida possui dois algarismos significativos.
grandeza do número 40, por exemplo, é 102 apesar de 40 ser mais
próximo de 10. A seguir, veremos como calcular corretamente a
ordem de grandeza de um número. PROEXPLICA

NOTAÇÃO CIENTÍFICA • Não se coloca algarismo após o algarismo duvidoso.


Escrever uma medida na notação científica é escrevê-la com • Se a medida foi feita corretamente, o último algarismo será
apenas um algarismo, diferente de ZERO, antes da vírgula e fazer o sempre o duvidoso.
ajuste com potências de 10.
• ZERO à esquerda do primeiro algarismo diferente de zero
Exemplo:
não conta como significativo. 0,00304 km só possui 3 AS.
Colocar em notação científica os seguintes números:
• Potência de dez não conta como AS.
120 = 1,20 · 102
1523 = 1,523 · 103
103,45 = 1,0345 · 102
ARREDONDAMENTO
Arredondar uma medida é escrevê-la com um número menor
A regra geral da notação científica pode ser resumida
de AS. Duas regras devem ser observadas:
como:
1a) Se o primeiro algarismo a ser abandonado for 0, 1, 2, 3 ou 4,
a . 10n a medida não altera. 5,729 m com apenas dois AS fica 5,7m.
Onde 1 ≤ a < 10
2a) Se o primeiro algarismo a ser abandonado for 5, 6, 7, 8, ou 9
acrescenta-se uma unidade no algarismo da direita. 5,729 m com
CÁLCULO DA ORDEM DE GRANDEZA três AS fica 5,73 m.
Para se calcular a OG de um número, deve-se:
I. colocar o número em questão em notação científica; SOMA OU SUBTRAÇÃO DE MEDIDAS
II. verificar se a parte decimal é maior ou menor que 3,16; O resultado fisicamente correto de uma soma ou subtração
de medidas deve ter um número de casas decimais igual ao da
III. se a parte decimal for maior ou igual 3,16, soma-se 1(um) medida que tiver menor número de casas decimais.
ao expoente da potência de 10, se for menor a potência
permanece a mesma; Exemplos:
IV. A OG é a potência final. a)
7,36 m  duas casas decimais
Exemplo: 1,2 m  uma casa decimal
Calcular a OG dos seguintes números:  42,112 m  três casas decimais
a) 60 = 6,0 · 10 → 6,0 > 3,16 → a OG é 101+1 = 102 50,672 m

b) 113 = 1,13 · 102 → 1,13 < 3,16 → a OG é 102 Deixando o resultado com apenas uma casa decimal (menor
número de casas) e arredondando para 7 (porque 7 é maior que
c) 205,46 = 2,0546 · 102 → 2,0546 < 3,16 → a OG é 102
5), obtemos:
d) 0,053 = 5,3 · 10-2 → 5,3 > 3,16 → a OG é 10-2+1 = 10-1
50,7 metros.

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FÍSICA I 01 ORDEM DE GRANDEZA

b)
52,0 g  uma casa decimal EXERCÍCIOS
 3,22 g  duas casas decimais
48,78 g
PROTREINO
Deixando o resultado com apenas uma casa decimal e 01. A velocidade da luz no vácuo é de 299 792 458 m/s. Aplique
arredondando para 8, obtemos: a conversão de unidade de m/s para Km/s e arredonde o valor
48,8 gramas. para 1 casa decimal.

MULTIPLICAÇÃO OU DIVISÃO DE MEDIDAS 02. Durante muito tempo o átomo foi considerado a menor
parte possível da matéria, o entendimento sobre o átomo
Ao se multiplicar ou dividir medidas, o resultado deve ter um mudou ao longo dos anos, Thomson enunciou um modelo
número de algarismos significativos igual ao da medida que tiver o no qual o átomo seria uma esfera de carga elétrica positiva,
menor número de algarismos significativos. não maciça, incrustada de elétrons (negativos), entretanto
Exemplo: em 1911, o físico Ernest Rutherford (1871-1937) realizou
dois algarismos uma experiência com o objetivo de estudar e desvendar os
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

significativos
 mistérios do modelo atômico até então adotado, a partir de
3,22 kg ·2,1 m/s = 6,762 kg·m/s seu experimento, Rutherford criou um modelo atômico que

três algarismos seria semelhante ao sistema planetário: o Sol seria o núcleo
significativos do átomo, com prótons e nêutrons, e os planetas seriam os
elétrons girando ao redor do núcleo. Entretanto a valor da carga
A resposta deve ter apenas dois algarismos significativos, logo
do elétron ainda era desconhecido. Robert Millikan (1868-1953)
deve haver um arredondamento, obtemos: em 1909 conseguiu determinar com precisão a carga elementar
6,8 gramas. do elétron, a descoberta rendeu a ele o prêmio Nobel de Física
em 1923. Seu experimento ficou conhecido como Experimento
da Gota de Óleo e determinou que a carga do elétron seria, em
Texto complementar módulo, de 1,60217662 × 10 -19 coulombs.
Faça o arredondamento do módulo da carga do elétron para 2
Um satélite para monitorar o clima em Marte casas decimais e defina sua ordem de grandeza.

03. Uma mesa de tênis de mesa possui medidas conforme imagem


abaixo:

Satélite de US$125 milhões desapareceu em 1999 por


‘erro de conversão de unidades’ Aplique seus conhecimentos de algarismos significativos e calcule
Direito de imagemAPImage o perímetro da mesa, com o número adequado de casas decimais.

Feita para orbitar Marte como o primeiro satélite meteorológico


interplanetário, a sonda desapareceu em 1999 porque a equipe 04. O planeta Terra possui massa de aproximadamente
da NASA usou o sistema anglo-saxão de unidades (que utiliza 5972 × 1021 kg. Aplique seus conhecimentos de notação científica
medidas como polegadas, milhas e galões) enquanto uma das e ordem de grandeza e calcule a ordem de grandeza da massa
empresas contratadas usou o sistema decimal (baseado no metro, terrestre.
no quilo e no litro).
O satélite de U$125 milhões se aproximou demais de Marte 05. Uma pessoa escova seus dentes 3 vezes por dia, em média.
quando tentava manobrar em direção à órbita do planeta, e A expectativa de vida ao nascer em um país em desenvolvimento
acredita-se que ele tenha sido destruído ao entrar em contato com é de 80 anos aproximadamente. Calcule a ordem de grandeza do
a atmosfera. número de vezes que um cidadão desse país escovará os dentes
Uma investigação determinou que a causa do desaparecimento ao longo de sua vida.
foi um “erro de conversão das unidades inglesas para as métricas”
em uma parte do sistema de computação que operava a sonda a
partir da Terra.
www.bbc.com.br

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01 ORDEM DE GRANDEZA FÍSICA I

09. (UECE 2019 - MODIFICADA) Pela lei da gravitação universal, a


Terra e a Lua são atraídas por uma força dada por 6,67 x10-11 Mm/
EXERCÍCIOS d2, onde m e m são as massas da Terra e da Lua, respectivamente,

PROPOSTOS e d é a distância entre os centros de gravidade dos dois corpos


celestes. A unidade de medida da constante 6,67x10-11 é
a) Nm/kg.
01. O fumo é comprovadamente um vício prejudicial à saúde. b) N.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, um fumante c) m2.
médio, ou seja, aquele que consome cerca de 10 cigarros por dia, d) Nm2/kg2.
ao chegar à meia-idade terá problemas cardiovasculares. A ordem
de grandeza do número de cigarros consumidos por este fumante e) Nm³/kg³
durante 30 anos é de:
a) 102 b) 103 c) 104 d) 105 e) 106 10. (UECE 2018 - MODIFICADA) Considere um tanque cilíndrico
contendo água até uma altura h, em metros. No fundo do tanque
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02. Alguns experimentos realizados por virologistas demonstram há uma torneira, através da qual passa um determinado volume
que um bacteriófago (vírus que parasita e se multiplica no interior (em m3) de água a cada segundo, resultando em uma vazão q (em
de uma bactéria) é capaz de formar 100 novos vírus em apenas m3/s). É possível escrever a altura em função da vazão q através da
30 minutos. Se introduzirmos 1000 bacteriófagos em uma colônia equação h = R · q, onde a constante de proporcionalidade R pode
suficientemente grande de bactérias, qual a ordem de grandeza do
ser entendida como uma resistência mecânica à passagem do
número de vírus existentes após 2 horas?
fluido pela torneira. Assim, a unidade de medida dessa resistência é
a) 107 b) 108 c) 109 d) 1010 e) 1011
a) s/m2.
03. Em um hotel com 200 apartamentos o consumo médio de água b) s/m3.
por apartamento é de 100 litros por dia. Qual a ordem de grandeza c) m3/s.
do volume que deve ter o reservatório do hotel, em metros cúbicos,
d) m/s.
para abastecer todos os apartamentos durante um dia?
e) m.s
a) 101 b) 102 c) 103 d) 104 e) 105

04. "A próxima geração de chips da Intel, os P7, deverá estar saindo 11. (IFPE) No passado, Pernambuco participou ativamente da
da fábrica dentro de dois anos, reunindo nada menos do que dez formação cultural, étnica, social e, até mesmo, quantitativa da
milhões de transistores num quadrinho com quatro ou cinco população brasileira. No período colonial, e com a chegada dos
milímetros de lado." portugueses à região, em 1501, o território foi explorado por
(Revista ISTO É, n°1945, página 61). Gaspar de Lemos, que teria criado feitorias ao longo da costa da
colônia, possivelmente na atual localidade de Igarassu. A partir daí,
Tendo como base a informação anteriores, podemos afirmar que
a população da província só cresceu, porém, mesmo na época da
cada um desses transistores ocupa uma área da ordem de:
ocupação holandesa (1630-1654), os colonos contavam entre 10
a) 10-2 m. c) 10-8 m2. e) 10-12 m2.
e 20 mil pessoas (não mencionamos aqui o grande quantitativo
b) 10 m .
-4 2
d) 10-10
m.
2
e mesmo pouco conhecido de indígenas que habitavam toda a
província). Hoje, o Brasil possui cerca de 200 milhões de habitantes.
05. A massa do sol é cerca de 1,99.1030kg. A massa do átomo de
hidrogênio, constituinte principal do sol é 1,67.10-27kg. Qual é a Na Física, expressamos a ordem de grandeza como o valor
ordem de grandeza do número de átomos de hidrogênio que há mais próximo de uma medida em potência de 10. Em uma
aproximadamente no sol? estimativa aproximada, podemos dizer que a ordem de grandeza
a) 10-57 átomos d) 10-3 átomos do quantitativo de habitantes em nosso país, na atualidade, e de
b) 10 átomos
57
e) 103 átomos colonos, no período holandês, são, respectivamente,
c) 10 átomos
60 a) 103 e 106.
b) 106 e 103.
06. Estima-se que o planeta Terra tenha se formado há cerca de
4,5 bilhões de anos. Qual é a ordem de grandeza da idade da Terra c) 108 e 104.
em horas? d) 108 e 105.
a) 10 11
b) 10 14
c) 10 15
d) 10 17
e) 10 19
e) 1010 e 106.

07. (CFTCE 2007) Um fumante compulsivo, aquele que consome 12. (IFSP) Mário sabe que sua caixa d’água está com problemas.
em média cerca de 20 cigarros por dia, terá sérios problemas Para a realização do reparo, foi dito a ele que a caixa d’água deveria
cardiovasculares. A ordem de grandeza do número de cigarros estar, no máximo, com 625 mil centímetros cúbicos de água, o que
consumidos por este fumante durante 20 anos é de:
representa um volume máximo de:
a) 102 b) 103 c) 105 d) 107 e) 109
a) 62,5 litros.
08. Um estudante deseja somar a massa de um objeto, entretanto b) 6,25 litros.
a precisão da balança é desconhecida. Ao colocar o objeto sobre c) 0,625 litros.
a balança o valor encontrado foi de 5,50 Kg. Aponte o número de
algarismos significativos que compõem a medida apresentada. d) 625 litros.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 e) 6.250 litros.

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FÍSICA I 01 ORDEM DE GRANDEZA

13. (CPS) Vertedouro é um canal artificial com a finalidade de 19. (UERJ) Para se obter 1 mol de qualquer substância, é necessário
conduzir a água através de uma barreira. Nas usinas hidrelétricas reunir 6.10²³ moléculas aproximadamente. Deixa-se 1 mol de água
os vertedouros são importantes, pois escoam o excesso de água, (18g) numa vasilha exposta ao Sol. Algum tempo depois, verifica-
regulando, assim, seu nível. A capacidade máxima de escoamento se que se evaporaram 3 g de água. A ordem de grandeza do número
do vertedouro da usina de Itaipu e de 62.200 m3/s, 40 vezes a vazão de moléculas de água restante na vasilha é:
média das Cataratas do Iguaçu. a) 1024 b) 1022 c) 1020 d) 1018 e) 1016
<https://www.tinyurl.com/hzbz7ou> Acesso em: 29.02.2016. Adaptado.

20. (UERJ) O acelerador de íons pesados relativísticos de


Brookhaven (Estados Unidos) foi inaugurado com a colisão entre
dois núcleos de ouro, liberando uma energia de 10 trilhões de
elétrons-volt. Os cientistas esperam, em breve, elevar a energia a
40 trilhões de elétrons-volt, para simular as condições do Universo
durante os primeiros microssegundos após o Big Bang.
(Ciência Hoje, setembro de 2000)

Sabendo que 1 elétron-volt é igual a 1,6.10-19 joules, a ordem de


Reprodução proibida Art. 184 do CP.

grandeza da energia, em joules, que se espera atingir em breve,


com o acelerador de Brookhaven, é:
a) 10-8 b) 10-7 c) 10-6 d) 10-5 e) N.D.A
<http://tinturl.com/ynhugd> Acesso em: 29.02.2016. Original colorido.

Sobre o texto, é correto concluir que a vazão média das Cataratas


do Iguaçu é, em m3/min.
EXERCÍCIOS DE
a) 10.337. c) 50.373. e) 93.300.
b) 29.033. d) 74.330. 05. APROFUNDAMENTO
14. (UPE) Em uma partida típica de futebol, um jogador perde, 01. Um atleta corre 8km por dia, durante 180 dias, com intuito de
em média, 3,0 litros de líquido pelo suor. Sabendo que 1,0 mililitro se preparar para uma maratona. Ache a ordem de grandeza da
equivale ao volume de 10 gotas de suor, qual é a ordem de grandeza distância percorrida por ele, em centímetros.
do somatório de gotas que todos os jogadores transpiraram em
todos os 64 jogos da Copa do Mundo 2014, no Brasil? 02. A luz vinda do Sol leva cerca de 8 min para chegar à Terra.
Sabendo que a velocidade da luz no vácuo vale 300.000km/s, dê a
Considere que cada jogo contou com 22 atletas em campo, sem ordem de grandeza da distância entre o Sol e a Terra, em metros.
substituições.
a) 104 b) 105 c) 106 d) 107 e) 108 03. (UFRRJ 1999) A área interna do pavilhão central da UFRRJ
é de 1 hectare, definido como 104m2. Sendo a altura do prédio
15. (UCS) A nanotecnologia é um dos ramos mais promissores equivalente a 10m, determine, em km3 o volume necessário para
para o progresso tecnológico humano. Essa área se baseia na cobrir esta área de terra até o teto.
manipulação de estruturas em escala de comprimento, segundo o
que é indicado no próprio nome, na ordem de grandeza de 04. O fluxo total de sangue na grande circulação, também chamado
a) 0,001 m. d) 0,000.000.001 m. de débito cardíaco, faz com que o coração de um homem adulto
b) 0,000.1 m. e) 0,000.000.000.000.001 m. seja responsável pelo bombeamento, em média, de 20 litros por
c) 0,000.001 m. minuto. Qual a ordem de grandeza do volume de sangue, em litros,
bombeados pelo coração em um dia?
16. (CEFET) Uma pessoa percebeu que, durante 10 anos, para
acender o seu aquecedor, consumiu uma caixa de palitos de fósforo 05. Uma determinada marca de automóvel possui um tanque de
a cada mês. Cada caixa apresenta, em média, 40 palitos. A ordem de gasolina com volume igual a 54 litros. O manual de apresentação
grandeza do número de palitos consumidos ao final dos 10 anos é: do veículo informa que ele pode percorrer 12 km com 1 litro.
a) 10 b) 102 c) 103 d) 104 e) 105 Supondo que as informações do fabricante sejam verdadeiras,
qual a ordem de grandeza da distância, medida em metros, que o
17. (UERJ) Divulgou-se, recentemente, que cientistas brasileiros automóvel pode percorrer, após ter o tanque completamente cheio,
extraíram átomos de carbono a partir de álcool etílico obtido da sem precisar reabastecer?
cana-de-açúcar. Estes átomos foram grupados de modo a formar
um cristal de diamante. Em sua fabricação são despendidas 24 GABARITO
horas para que se obtenha uma placa de 1 cm². Suponha que esses
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
cientistas, nas mesmas condições e mantendo o ritmo de produção
constante, quisessem produzir uma placa quadrada, com 1 m² de 01. D 05. B 09. D 13. E 17. B

lado e mesma espessura da anterior. A ordem de grandeza do tempo 02. E 06. B 10. A 14. E 18. B
necessário, em horas, para que o trabalho seja concluído é: 03. A 07. C 11. C 15. D 19. A
04. E 08. C 12. D 16. D 20. D
a) 104 b) 105 c) 103 d) 102 e) 10
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
18. (UERJ) Os 4,5 bilhões de anos de existência da Terra podem 01.108 cm³x
ser reduzidos a apenas 1 ano, adotando-se a seguinte escala 02. 1010cm
1 minuto = 9 · 10³ anos. Desse modo, se o aparecimento dos 03. V = 104 Km³
primeiros mamíferos se deu em 16 de dezembro, os primeiros 04. 104
primatas surgem em 25 de dezembro. Utilizando-se a escala, a 05. 106
ordem de grandeza, em séculos, entre estas duas datas é igual a:
a) 108 b) 106 c) 104 d) 102 e) 10

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02
FÍSICA I
MOVIMENTO UNIFORME

CONCEITOS FUNDAMENTAIS • DESLOCAMENTO ESCALAR ΔS

• PONTO MATERIAL Deslocamento escalar é a variação de posição que o móvel


sofre.
Um corpo pode ser considerado um ponto material se suas
dimensões forem desprezíveis em face de outras medidas envolvidas.
ΔS = Sfinal - Sinicial
• REFERENCIAL
É a região onde se encontra o observador na qual podemos
PROEXPLICA
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fazer medidas como do tempo e das posições. No nosso nível, a


Terra é o referencial mais usado no estudo dos movimentos, mas
nada impede que se estabeleça outro referencial. • Deslocamento escalar ou variação de posição ou
variação de espaço.
• MOVIMENTO X REPOUSO
• Não confunda deslocamento escalar com distância
Quando a posição de um móvel não varia dizemos que ele está
efetivamente percorrida, os dois só serão iguais se o
em repouso. Os conceitos de movimento e repouso dependem do
móvel se deslocar em um único sentido da trajetória.
referencial. Lembrando que um corpo pode estar em repouso a um
referencial e em movimento a outro, ao mesmo tempo.

• TRAJETÓRIA
Ao ligarmos todos os pontos por onde um móvel passa, • VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA (VM)
obteremos uma linha geométrica. Essa linha recebe o nome de A velocidade escalar média é dada pela razão entre o
trajetória. A forma da trajetória também depende do referencial. deslocamento e a variação do tempo:
Exemplo:
Penduramos uma pedra ao teto de um trem por meio de um ∆S
barbante. Corta-se o barbante e a pedra cai. Um observador dentro Vm =
∆t
do trem veria a pedra realizar a trajetória descrita na figura abaixo.

m
No SI a unidade de velocidade é enquanto que no Brasil a
s
unidade usual é km/h. Como fazer a transformação?

Porém, um observador à beira dos trilhos veria a pedra


realizando a trajetória da figura abaixo.

POSIÇÃO • INTERPRETAÇÃO DA VELOCIDADE MÉDIA


A Cinemática é o estudo dos movimentos dos corpos, mas A velocidade escalar média de um móvel nada informa sobre
para que possamos estudar o movimento de um corpo precisamos o comportamento do móvel no seu deslocamento, ela deve ser
conhecer sua posição escalar (S). A posição escalar (também entendida como sendo a velocidade constante que um segundo
chamada de espaço) é um número que localiza o móvel dentro da móvel deve ter para sofrer o mesmo deslocamento no mesmo
sua trajetória, no referencial escolhido. intervalo de tempo, ou seja, a velocidade que em média o móvel
percorreu seu trajeto.
Observe a figura a seguir, veja que foi dada uma orientação e
uma graduação à trajetória.

A posição do móvel A é -10 m (SA = -10 m) e a posição do móvel


B é 20 m (SB = 20 m). Observe que não sabemos se os corpos estão
parados ou em movimento, se em movimento não sabemos em
que sentido, nem o quanto cada móvel já percorreu. A posição
apenas localiza o móvel dentro da sua trajetória.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 127


FÍSICA I 02 MOVIMENTO UNIFORME

• VELOCIDADE ESCALAR INSTANTÂNEA (V) Progressivo - quando o móvel se desloca no sentido da


Como o próprio nome afirma, a velocidade instantânea (v) é a trajetória, neste caso o valor da sua posição aumenta, seu
velocidade do móvel em um dado instante. deslocamento e sua velocidade são positivos.

Exemplo:

Velocidade (m/s) Tempo(s)

10 0

15 1

20 2

25 3 Retrógrado - quando o móvel se desloca em sentido contrário


ao da trajetória, neste caso o valor de sua posição diminui e o
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

30 4 deslocamento e a velocidade serão negativos.

A tabela acima mostra o valor da velocidade em cada instante


observado.

PROEXPLICA

O velocímetro é o instrumento que nos fornece a


velocidade instantânea.

A velocidade instantânea pode ser calculada com


a fórmula da velocidade média, desde que se tome • QUANTO À VELOCIDADE E À ACELERAÇÃO
intervalos de tempo muito pequenos. Acelerado - aqueles movimentos nos quais o módulo da
velocidade aumenta. Nos movimentos acelerados, a velocidade e
a aceleração possuem sempre o mesmo sinal.
Retardado - todos os movimentos nos quais o módulo da
• ACELERAÇÃO ESCALAR MÉDIA (am) velocidade diminui é um movimento retardado. Nos movimentos
retardados, a velocidade e a aceleração possuem sinais opostos.
Considere um ponto material em movimento, que, num
intervalo de tempo Δt, sua velocidade tenha sofrido uma variação
de velocidade Δv. MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU)
Define-se aceleração escalar média como sendo a razão entre Recebe o nome de Movimento Uniforme todo movimento nos
a variação de velocidade e o respectivo intervalo de tempo. quais a velocidade escalar é constante, ou seja, a velocidade não
varia, possui sempre o mesmo valor. Os movimentos uniformes
∆v de trajetórias retilíneas recebem o nome específico de Movimento
am =
∆t Retilíneo Uniforme.
Nesses movimentos, a aceleração total do móvel é igual a
m zero (a = 0). Como a velocidade no MRU é constante, o valor da
• No SI a unidade de aceleração é . Uma aceleração igual
s2 velocidade instantânea, em todos os pontos, é igual ao valor da
a 5m/s2 nos diz que a velocidade do móvel varia de 5m/s velocidade escalar média.

a cada segundo.
• EQUAÇÃO HORÁRIA
Denomina-se equação ou função horária a expressão pela
• Uma unidade prática é km . Se um carro tem aceleração qual podemos saber a posição do móvel em qualquer instante.
h⋅s A equação horária do MRU é obtida através da expressão da
de 10km/h.s significa que sua velocidade varia de 10km/h velocidade média:
a cada segundo. ∆S S − S0
Vm = →v= → S − S0 = v ⋅ t
∆t t −0
• ACELERAÇÃO ESCALAR INSTANTÂNEA (a) S = S0 + v ⋅ t
Assim como a velocidade escalar instantânea, a aceleração
instantânea é a aceleração que o móvel possui naquele exato
momento. Velocidade relativa
Para entendermos melhor o conceito de velocidade relativa,
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS utilizaremos um exemplo do cotidiano.
• QUANTO AO SENTIDO Você está em seu carro em uma estrada a 80km/h, quando
Em relação ao sentido, um movimento pode ser classificado passa por você um outro em sentido contrário, bem rapidamente.
como: O outro carro parece estar a 160km/h, mas o referencial do chão o
carro não possui essa velocidade. A velocidade daquele carro em

128 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


02 MOVIMENTO UNIFORME FÍSICA I

relação a você é 160km/h, mas, em relação ao solo, o velocímetro Exemplo:


daquele carro e o seu velocímetro marcam apenas 80km/h. O carro A avança por uma estrada retilínea, partindo da posição
A velocidade relativa é dada pela fórmula: 30m com velocidade constante de 20m/s. Um outro carro B se
encontra nessa mesma estrada, mas inicia seu movimento da
vrel=|v2-v1| posição 240m com velocidade constante de 15m/s, no mesmo
sentido de A. Qual será a posição do encontro e em que instante
ele vai acontecer?
Não esqueça de adotar um sentido como positivo e de colocar
os sinais corretos. S=
A 30 + 20t
SB 240 + 15t
=
EXERCÍCIO RESOLVIDO
S A = SB
Um móvel percorre uma estrada da esquerda para a direita
(sendo este o sentido positivo da estrada) com velocidade 30 + 20t = 240 + 15t
de 20 m/s. Um outro móvel percorre a mesma estrada com 20t − 15t = 240 − 30
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

velocidade de 30 m/s e sentido contrário.


5t = 210
Determine a velocidade relativa entre eles.
210
=t = 42s instante do encontro
5

Resolução: Substituindo em qualquer função


vrel = |v2 – v1| → |20 - (-30)| → vrel = 50m/s
S=
A 30 + 20(42)
S=
A 30 + 840
Veja os esquemas 2, 3 e 4 e em cada situação a velocidade
S A = 870m posição do encontro
relativa entre as esferas.

A ultrapassagem é vista quando um determinado móvel possui


V1=20 m/s V2=30 m/s uma extensão que não pode ser desprezada, ou seja, ele não será
encarado como um ponto material. Para que esse móvel possa
ultrapassar alguma coisa ele deverá percorrer além do corpo a ser
ultrapassado o seu próprio comprimento.
Vrel=|-20 -30|=50 m/s Exemplo:
(velocidade relativa de afastamento) Um trem com 150m de comprimento avança com velocidade
constante de 25m/s a fim de ultrapassar um túnel com 550m de
extensão. No instante em que o trem inicia sua entrada no túnel,
um observador parado no solo dispara um cronômetro. Em quanto
V1=20 m/s V2=30 m/s tempo o trem realizará sua ultrapassagem completa?

Vrel=|30 -20|=10 m/s


(velocidade relativa de afastamento)

V1=30 m/s V2=20 m/s

Vrel=|20 -30|=|-10|= 10 m/s


(velocidade relativa de aproximação)

Observe que nos exemplo 3 e 4 o valor da velocidade relativa foi


de 10 m/s, porém, a situação envolvida não é idêntica. No exemplo
3 a esfera à direita se afasta 10 metros a cada segundo da esfera s 550 + 150
∆= = 700m
à esquerda. No exemplo 4 a esfera à esquerda se aproxima 10
metros a cada segundo da esfera à direita. ∆s= V ⋅ ∆t
700
= 25 ⋅ ∆t
Encontro e ultrapassagem 700
O encontro entre dois corpos só pode ser obtido quando ∆t
= = 28s
25
ambos ocuparem a mesma posição simultaneamente. Então
para determinar o instante e a posição de encontro entre dois
móveis, devemos igualar a posição final dos dois através de Portanto em 28s o trem percorre o túnel e consegue sair por
suas funções horárias. inteiro de dentro dele, concluindo assim sua ultrapassagem.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 129


FÍSICA I 02 MOVIMENTO UNIFORME

04. Um navio de pesquisa equipado com SONAR está mapeando


o fundo do oceano. Em determinado local, a onda ultrassonora é
EXERCÍCIOS
emitida e os detectores recebem o eco 0,6 s depois.
PROTREINO Sabendo que o som se propaga na água do mar com velocidade
aproximada de 1.500 m/s assinale qual é a profundidade, em
01. O personagem conhecido como Flash consegue correr metros, do local considerado.
a velocidades sobre-humanas. Ao perseguir um vilão, Flash a) 450 b) 380 c) 620 d) 280 e) 662
percorreu uma distância de aproximadamente 300 Km em apenas
6 segundos. Calcule a velocidade média, aproximada, do herói
05. Alguns meios de transporte são realmente especiais como o
nesse trecho, em m/s:
veículo chamado Fênix 2, uma cápsula de aço criada para resgatar,
02. Um móvel se descola com função horário da posição s = 5 + 20 t, um a um, 33 mineiros chilenos que ficaram presos a 700 metros
unidades no Sistema Internacional. Identifique a posição inicial e a abaixo da superfície.
velocidade do móvel no referencial adotado. Primeiramente foi perfurado um túnel até a câmara onde se
encontravam os mineiros. Em seguida, a Fênix 2 foi levada até
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

03. Dois veículos A e B passam por um mesmo ponto P de uma essa câmara. Lá embaixo, a partir do instante em que um mineiro
estrada na mesma direção e sentido. No instante inicial os carros já estava posicionado dentro da cápsula, a subida da Fênix 2 pelo
estão emparelhados e suas velocidades escalares são constantes túnel demorava 16 minutos.
e valem respectivamente 30 m/s e 45 m/s.
É correto afirmar que, durante a subida da cápsula da câmara até
Calcule a velocidade relativa entre os veículos. a superfície, a velocidade média da Fênix 2 foi, aproximadamente,
04. No instante t=0 um automóvel se encontra a +100 metros do a) 0,7 km/h d) 3,6 km/h
marco zero de referência em movimento retilíneo e uniforme com b) 2,6 km/h e) 4,4 km/h
velocidade escalar de 30 m/s em valor absoluto. Expresse a função c) 3,4 km/h
horário do movimento admitindo-o retrógrado.

05. Um corredor corre 4,0 km a uma velocidade de 8,0 km/h e 06. Um carro saiu da posição xi = 0 km e percorreu uma estrada
depois corre mais 4,0 km em 60 min. retilínea e horizontal até xf = 10 km. Entre 0 km e 5 km sua velocidade
foi 60 km/h e, entre 5 km e 10 km sua velocidade foi 30 km/h.
Calcule a velocidade média do corredor, em km/h, no percurso total.
Calcule, em km/h a velocidade média para percorrer os 10 km
totais.
a) 20 b) 30 c) 40 d) 45 e) 60

EXERCÍCIOS 07. Um carro viaja a 100 km/h por 15 minutos e, então, baixa sua
PROPOSTOS velocidade a 60 km/h percorrendo 75 km nesta velocidade.
Qual é a velocidade média do carro para o trajeto total, em km/h?
01. Um trem de 150 m de comprimento se desloca com velocidade a) 80 b) 75 c) 67 d) 85 e) 58
escalar constante de 16 m/s. Esse trem atravessa um túnel e
leva 50 s desde a entrada até a saída completa de dentro dele. O
08. Na pista de testes de uma montadora de automóveis, foram
comprimento do túnel é de:
feitas medições do comprimento da pista e do tempo gasto por
a) 500 m d) 950 m
um certo veículo para percorrê-la. Os valores obtidos foram,
b) 650 m e) 1.100 m respectivamente, 1030,0 m e 25,0 s. Levando-se em conta a
c) 800 m precisão das medidas efetuadas, é correto afirmar que a velocidade
média desenvolvida pelo citado veículo foi, em m/s de
02. A utilização de receptores GPS é cada vez mais frequente
em veículos. O princípio de funcionamento desse instrumento a) 4 · 10
é baseado no intervalo de tempo de propagação de sinais, por b) 41
meio de ondas eletromagnéticas, desde os satélites até os
receptores GPS. Considerando a velocidade de propagação da c) 41,2
onda eletromagnética como sendo de 300.000 km/s e que, em d) 41,20
determinado instante, um dos satélites encontra-se a 30.000 km
de distância do receptor, qual é o tempo de propagação da onda e) 41,200
eletromagnética emitida por esse satélite GPS até o receptor?
09. (CFTMG 2018 - ADAPTADA) Sobre os conceitos de referencial,
a) 10 s d) 0,01 s
posição, velocidade e aceleração, fundamentais para o estudo dos
b) 1 s e) 1 ms movimentos em Ciências, afirma-se, corretamente, que o conceito de
c) 0,1 s a) posição é associado ao local em uma trajetória e não depende
do referencial adotado.
03. Suponha que uma semeadeira é arrastada sobre o solo com
b) referencial é associado ao valor da velocidade e da aceleração
velocidade constante de 4 km/h depositando um único grão de
milho e o adubo necessário a cada 20 cm de distância. do objeto em movimento.

Após a semeadeira ter trabalhado por 15 minutos, o número de c) velocidade está relacionado à mudança de posição e não
grãos de milho plantados será de, aproximadamente, depende do referencial adotado.
a) 1.200 d) 5.000 d) aceleração está relacionado à mudança do vetor velocidade
medida em um dado referencial.
b) 2.400 e) 7.500
e) a trajetória de um móvel independe do referencial.
c) 3.800

130 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


02 MOVIMENTO UNIFORME FÍSICA I

10. Filas de trânsito são comuns nas grandes cidades, e duas 13. Um motorista se desloca de Passo Fundo em direção a
de suas consequências são: o aumento no tempo da viagem e Soledade, num trecho da pista que é horizontal e retilínea. A sua
a irritação dos motoristas. Imagine que você está em uma pista frente um segundo automóvel está a uma distância segura. O
dupla e enfrenta uma fila. Pensa em mudar para a fila da pista ao primeiro motorista percebe que durante alguns segundos essa
lado, pois percebe que, em determinado trecho, a velocidade da fila distância parece inalterada, nesse instante, olha para o velocímetro
ao lado é 3 carros/min, enquanto que a velocidade da sua fila é 2 e verifica que a rapidez de 80 km/h se mantém, de acordo com o
carros /min. uso da função piloto automático.
Considere o comprimento de cada automóvel igual a 3 m. Baseado na situação descrita, qual das alternativas abaixo está
CORRETA?
a) Os dois móveis, nesses instantes, se encontram em MRUV.
b) O primeiro móvel se encontra em repouso em relação a um
referencial na pista.
c) O segundo móvel está freando.
d) Nesses instantes, a rapidez do segundo móvel é de 100 km/h
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Assinale a alternativa correta que mostra o tempo, em min, em relação a um referencial na pista.
necessário para que um automóvel da fila ao lado que está a 15 m e) A rapidez relativa entre eles é nula.
atrás do seu possa alcançá-lo.
a) 2 b) 3 c) 5 d) 4 e) 9 14. Um carro percorre 20 km com velocidade de 60 km/h. Para em
um posto por 10 minutos e segue viagem por mais meia hora, a
11. Para exemplificar uma aplicação do conceito de velocidade uma velocidade de 50 km/h.
média, um professor de Ciências explica aos seus alunos como é Qual a sua velocidade escalar média no percurso total, em km/h?
medida a velocidade de um veículo quando passa por um radar.
a) 55 b) 54 c) 50 d) 45 e) 37
Os radares usam a tecnologia dos sensores magnéticos.
Geralmente são três sensores instalados no asfalto alguns metros
15. Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada
antes do radar. Esse equipamento mede quanto tempo o veículo
retilínea, parando para um lanche, de acordo com gráfico abaixo.
demora para ir de um sensor ao outro, calculando a partir daí, a
velocidade média do veículo.

A velocidade média nas primeiras 5 horas deste movimento é


a) 10 km/h d) 30 km/h
b) 12 km/h e) 60 km/h
c) 15 km/h

16. (UERJ 2019 - MODIFICADA) Observe no gráfico a curva


representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.
Considere um veículo trafegando numa pista cuja velocidade
máxima permitida seja de 40 km/h (aproximadamente 11 m/s e a
distância média entre os sensores consecutivos seja de 2 metros.
O mínimo intervalo de tempo que o veículo leva para percorrer
a distância entre um sensor e outro consecutivo, a fim de não
ultrapassar o limite de velocidade é, aproximadamente, de
a) 0,10 s. d) 0,22 s.
b) 0,18 s. e) 1,00 s.
c) 0,20 s.

12. Um móvel completa 1/3 de um percurso com o módulo da sua


velocidade média igual a 2 km/h e o restante com o módulo da
velocidade média igual a 8 km/h. Sendo toda a trajetória retilínea,
podemos afirmar que a velocidade média desse móvel durante O valor estimado da velocidade média do veículo, em m/s,
todo o percurso, em km/h foi igual a corresponde a:
a) 4 b) 5 c) 6 d) 10 e) 15 a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 131


FÍSICA I 02 MOVIMENTO UNIFORME

17. (CFTRJ 2019 - MODIFICADA) Podemos considerar que a


velocidade de crescimento do cabelo humano é, em média, de 1 EXERCÍCIOS DE
milímetro a cada três dias. APROFUNDAMENTO
Esta velocidade pode variar de pessoa para pessoa, mas é constante
para cada um de nós, não havendo qualquer base científica que 01. (UNICAMP 2014) Correr uma maratona requer preparo físico e
venha comprovar que podemos acelerar o crescimento capilar determinação. A uma pessoa comum se recomenda, para o treino
cortando o cabelo em determinada fase da Lua ou aparando as de um dia, repetir 8 vezes a seguinte sequência: correr a distância
pontas para dar força ao fio. O que se pode afirmar é que os hábitos de 1 km à velocidade de 10,8 km/h e, posteriormente, andar rápido
de alimentação e o metabolismo de cada indivíduo influenciam a 7,2 km/h durante dois minutos.
diretamente no crescimento dos fios.
a) Qual será a distância total percorrida pelo atleta ao terminar o
Se os cabelos de uma jovem têm velocidade de crescimento que treino?
acompanha a média, em quanto tempo seu cabelo crescerá 9 cm
b) Para atingir a velocidade de 10,8 km/h, partindo do repouso, o
a) 9 horas. c) 9 meses. e) 9 décadas atleta percorre 3 m com aceleração constante. Calcule o módulo
b) 9 dias. d) 9 anos. da aceleração a do corredor neste trecho.
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

18. (FAMEMA 2019) Uma formiga cortadeira, movendo-se a 02. (UERJ 2013) Um motorista dirige um automóvel em um trecho
8 cm/s, deixa a entrada do formigueiro em direção a uma folha plano de um viaduto. O movimento é retilíneo e uniforme.
que está 8 m distante do ponto em que se encontrava. Para cortar A intervalos regulares de 9 segundos, o motorista percebe a
essa folha, a formiga necessita de 40 s. Ao retornar à entrada do passagem do automóvel sobre cada uma das juntas de dilatação
formigueiro pelo mesmo caminho, a formiga desenvolve uma do viaduto.
velocidade de 4 cm/s, por causa do peso da folha e de uma brisa
constante contra o seu movimento. Sabendo que a velocidade do carro é 80 km/h, determine a distância
entre duas juntas consecutivas.
O tempo total gasto pela formiga ao realizar a sequência de ações
descritas foi
03. (UFRJ 2007) Em uma recente partida de futebol entre Brasil e
a) 340 s b) 420 s c) 260 s d) 240 s e) 200 s Argentina, o jogador Kaká marcou o terceiro gol ao final de uma
arrancada de 60 metros.
19. (UFU 2019 - MODIFICADA) O morcego é um animal que Supondo que ele tenha gastado 8,0 segundos para percorrer essa
possui um sistema de orientação por meio da emissão de ondas distância, determine a velocidade escalar média do jogador nessa
sonoras. Quando esse animal emite um som e recebe o eco 0,3 arrancada.
segundos após, significa que o obstáculo está a que distância dele?
(Considere a velocidade do som no ar de 340 m/s).
04. (UFRJ 2007) Numa competição, Fernanda nadou 6,0 km e, em
a) 102 m. c) 340 m. e) 1552 m. seguida, correu outros 6,0 km. Na etapa de natação, conseguiu uma
b) 51 m. d) 1.133 m. velocidade escalar média de 4,0 km/h; na corrida, sua velocidade
escalar média foi de 12 km/h.
20. (CPS 2019) A Estrela da Morte é uma arma ícone da série a) Calcule o tempo gasto por Fernanda para nadar os 6,0 km.
cinematográfica Star Wars. De formato esférico ela era considerada b) Calcule a velocidade escalar média de Fernanda no percurso
similar a uma Lua. Essa arma/estação espacial podia se locomover total da prova.
pelo espaço na velocidade da luz, ou seja, 3,0 ·105 km/s.
Admita que a Estrela da Morte precisasse se posicionar de maneira 05. (UERJ 2011) Uma partícula se afasta de um ponto de referência
a realizar um ataque de máxima eficiência ao Planeta C. O, a partir de uma posição inicial A, no instante t = 0 s, deslocando-
Inicialmente, a estação espacial encontrava-se no ponto A e, entre se em movimento retilíneo e uniforme, sempre no mesmo sentido.
ela e o Planeta C, havia um grande asteroide, por isso necessitou ir
A distância da partícula em relação ao ponto O, no instante t = 3,0 s,
para o ponto B, de modo a poder visualizar perfeitamente o Planeta
é igual a 28,0 m e, no instante t = 8,0 s, é igual a 58,0 m.
C, conforme a figura.
Determine a distância, em metros, da posição inicial A em relação
Assinale a alternativa que contém o tempo que a Estrela da Morte
ao ponto de referência O.
demorou para se locomover do ponto A para o B.
a) 5,0 ·104 s
GABARITO
b) 15,0 ·104 s
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
c) 45,0 ·104 s
01. B 05. B 09. D 13. E 17. C
d) 353 ⋅ 104 s 02. C 06. C 10. C 14. D 18. A
03. D 07. C 11. B 15. B 19. B
353
e) ⋅ 104 s 04. A 08. C 12. A 16. A 20. A
3
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01.
a) d = 9.920m b) a = 1,5 m/s²

02. Ds = 200 m

03. V = 7,5 m/s

04.
a)∆t1=1,5 h b) 6,0 Km/h

05. SA = 10 m

132 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


03 MOVIMENTO RETILÍNEO FÍSICA I

UNIFORMEMENTE VARIADO

DEFINIÇÃO No MRUV
O corpo descreve uma trajetória retilínea, com aceleração Os deslocamentos estão em PA, se os intervalos de tempo
diferente de zero, porém constante, fazendo com que a velocidade forem de 1 em 1 segundo a razão da PA é o valor da
varie com o tempo sempre na mesma taxa, ou seja, uniformemente. aceleração.

FUNÇÃO HORÁRIA DA VELOCIDADE A velocidade escalar média de um intervalo é a média das


Como a aceleração é constante, a aceleração escalar média é velocidades extremas do intervalo.
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

igual a aceleração instantânea e a velocidade varia de forma linear


com o tempo:
A velocidade escalar média de um intervalo é igual à
velocidade instantânea do instante médio do intervalo.
∆v v − v0
a = am = → → V − v0 = a·t
∆t ∆t
Comparando os deslocamentos obtidos em intervalos de
tempo iguais, temos:

V = v0 + a · t

FUNÇÃO HORÁRIA DA POSIÇÃO NO MRUV


A posição de um corpo que descreve um MRUV varia de
forma quadrática com o tempo, com isso o móvel não percorre
deslocamentos iguais em intervalos de tempos iguais.

a·t2
S =S0 + V0 ·t +
2

No movimento acelerado, a velocidade escalar e a aceleração


escalar têm o mesmo sinal, isto é, são ambas positivas ou ambas
negativas, como mostram os exemplos a seguir:
PROEXPLICA
a>0ev>0 Acelerado e Progressivo

No estudo dos gráficos veremos como chegar a esta v0= + 20 m/s v= + 21 m/s
equação.

a<0ev<0 Acelerado e Retrógrado


Equação de Torricelli
v= - 21 m/s v0= - 20 m/s
Eliminando a variável tempo entre a equação da velocidade
e a equação da posição chegamos à equação conhecida como
Equação de Torricelli:

v − v0 No movimento retardado, a velocidade escalar e a aceleração


v = v0 + a·t → v − v0 = a·t → t =
a escalar têm sinais contrários, como mostram os exemplos a seguir:

a<0ev>0 Retardado e Progressivo


1
S =S0 + v0 ·t + a·t2 v0= + 20 m/s v= + 19 m/s
2

Ao substituir o valor do tempo obtido na primeira equação na


de baixo, teremos:
a<0ev<0 Retardado e Retrógrado

v2 =v20 + 2·a· ∆s v= - 19 m/s v0= - 20 m/s

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 133


FÍSICA I 03 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

03. (IFCE 2016) Um veículo parte do repouso em movimento


EXERCÍCIOS retilíneo e acelera com aceleração escalar constante e igual a
PROTREINO 20 m/s2. O valor da velocidade escalar e da distância percorrida
após 4,0 segundos, valem, respectivamente

01. Um móvel percorre uma trajetória retilínea e seus espaços a) 12,0 m/s e 24,0 m. d) 16,0 m/s e 32,0 m.
estão medidos a partir do marco escolhido na trajetória. Sua b) 6,0 m/s e 18,0 m. e) 10 m/s e 20,0 m.
função horária é: S=15 - 5t +5t2. c) 8,0 m/s e 16,0 m.
Nessa função, t é o tempo em horas e S é a posição em quilômetros.
04. Duas partículas, 1 e 2 se movem ao longo de uma linha
Identifique na função: horizontal, em rota de encontro com velocidades iniciais de
a) A posição inicial do móvel; módulos iguais a V1 = 10m/s e V2 = 14m/s e acelerações contrárias
às suas velocidades de módulos a1 = 1,0m/s2 e a2 = 0,5m/s2.
b) A velocidade inicial do móvel;
c) A aceleração do móvel.
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

02. O universo cinematográfico da Marvel trouxe filmes sobre o


Homem de Ferro, Capitão América, Homem Aranha, Pantera Negra
e etc. Considere que em uma cena o Homem de Ferro, partindo do
repouso em movimento uniformemente acelerado, atinja a velocidade
de 360 Km/h em 25 segundos. Calcule o valor da aceleração escalar Sabendo que o encontro entre elas ocorre apenas uma vez, o valor
média do Homem de Ferro no referido intervalo de tempo. da separação inicial d entre as partículas vale:
a) 4 m b) 8 m c) 16 m d) 96 m e) 192 m
03. Diego Viug, professor do ProEnem, está correndo em linha reta
a 7 m/s para chegar ao estúdio quando vê à frente uma curva, 05. (UFRGS 2015) Trens MAGLEV, que têm como princípio de
sendo forçado a reduzir a velocidade para 2 m/s num intervalo de funcionamento a suspensão eletromagnética, entrarão em operação
comercial no Japão, nos próximos anos. Eles podem atingir
tempo de 2 segundos e assim iniciar a curva sem cair.
velocidades superiores a 550 km/h Considere que um trem, partindo
Calcule a aceleração escalar média do professor nesse intervalo de do repouso e movendo-se sobre um trilho retilíneo, é uniformemente
tempo, em m/s². acelerado durante 2,5 minutos até atingir 540 km/h.
Nessas condições, a aceleração do trem, em m/s2, é
04. A velocidade de um móvel é dada pela função v = 2 + 22.t, na a) 0,1 b) 1 c) 60 d) 150 e) 216
qual t é medido em segundos e v em m/s.
Determine a velocidade escalar inicial e a aceleração escalar do 06. (EFOMM 2017) Um trem deve partir de uma estação A e parar
móvel e calcule a velocidade escalar quando t = 8 segundos. na estação B, distante 4 km de A. A aceleração e a desaceleração
podem ser, no máximo, de 5,0 m/s2, e a maior velocidade que o
trem atinge é de 72 km/h. O tempo mínimo para o trem completar
05. Um móvel parte do repouso em movimento uniformemente
o percurso de A a B é, em minutos, de:
acelerado com aceleração escalar a = 4 m/s². Calcule os valores de
a) 1,7 b) 2,0 c) 2,5 d) 3,0 e) 3,4
sua velocidade e de seu espaço após 5 segundos.

07. (PUCPR 2018) Considere os dados a seguir.


O guepardo é um velocista por excelência. O animal mais rápido
da Terra atinge uma velocidade máxima de cerca de 110 km/h. O
EXERCÍCIOS que é ainda mais notável: leva apenas três segundos para isso. Mas

PROPOSTOS não consegue manter esse ritmo por muito tempo; a maioria das
perseguições é limitada a menos de meio minuto, pois o exercício
anaeróbico intenso produz um grande débito de oxigênio e causa
uma elevação abrupta da temperatura do corpo (até quase 41°C,
01. (ESPCEX (AMAN) 2016) Um móvel descreve um movimento
perto do limite letal). Um longo período de recuperação deve se
retilíneo uniformemente acelerado. Ele parte da posição inicial
seguir. O elevado gasto de energia significa que o guepardo deve
igual a 40 m com uma velocidade de 30 m/s, no sentido contrário à
escolher sua presa cuidadosamente, pois não pode se permitir
orientação positiva da trajetória, e a sua aceleração é de 10 m/s2 no
muitas perseguições infrutíferas.
sentido positivo da trajetória. A posição do móvel no instante 4s é
ASHCROFT, Francis. A Vida no Limite – A ciência da sobrevivência.
a) 0 m b) 40 m c) 80 m d) 100 m e) 240 m Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 2001.

02. A demanda por trens de alta velocidade tem crescido em Considere um guepardo que, partindo do repouso com
todo o mundo. Uma preocupação importante no projeto desses aceleração constante, atinge 108 km/h após três segundos
trens é o conforto dos passageiros durante a aceleração. Sendo de corrida, mantendo essa velocidade nos oito segundos
assim, considere que, em uma viagem de trem de alta velocidade, subsequentes. Nesses onze segundos de movimento, a distância
a aceleração experimentada pelos passageiros foi limitada a total percorrida pelo guepardo foi de
amax = 0,09g, onde g = 10m/s2 é a aceleração da gravidade. Se o a) 180 m.
trem acelera a partir do repouso com aceleração constante igual b) 215 m.
a amax, a distância mínima percorrida pelo trem para atingir uma
c) 240 m.
velocidade de 1080 km/h corresponde a
d) 285 m.
a) 10 km. b) 20 km. c) 50 km. d) 100 km.
e) 305 m.

134 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


03 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO FÍSICA I

08. Nos testes realizados em um novo veículo, observou-se que ele 13. (IFCE 2019) Um móvel inicialmente em repouso no ponto de
percorre 100 m em 5s a partir do repouso. A aceleração do veículo partida passa a ser acelerado constantemente à razão de 3 m/s2
é constante nesse intervalo de tempo e igual a no sentido da trajetória. A velocidade do móvel após ter percorrido
a) 2 m/s² 24 m, em m/s, foi
b) 4 m/s² a) 6.
c) 6 m/s² b) 10.
d) 8 m/s² c) 8.
e) 10 m/s² d) 12.
e) 4.
09. O número de bactérias em uma cultura cresce de modo análogo
ao deslocamento de uma partícula em movimento uniformemente 14. (IFSUL 2019) A nota técnica número 148/92, da Companhia de
acelerado com velocidade inicial nula. Assim, pode-se afirmar Engenharia de Tráfego da cidade de São Paulo, já alertava para a
que a taxa de crescimento de bactérias comporta-se da mesma importância do tempo de reação do motorista na frenagem, bem
maneira que a velocidade de uma partícula. como para a necessidade de ser considerado esse tempo no
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Admita um experimento no qual foi medido o crescimento do cálculo de distâncias seguras até parar. O Físico Jearl Walker, da
número de bactérias em um meio adequado de cultura, durante um Universidade Estadual de Cleveland, define a distância percorrida
determinado período de tempo. Ao fim das primeiras quatro horas até o carro parar como sendo aquela obtida pela soma da distância
do experimento, o número de bactérias era igual a 8x105 de reação, que é igual à velocidade inicial multiplicada pelo tempo
de reação do motorista, com a distância de frenagem, que é a
Após a primeira hora, a taxa de crescimento dessa amostra, em distância percorrida pelo carro enquanto está freando até parar.
número de bactérias por hora, foi igual a:
A tabela abaixo mostra os valores da velocidade inicial, da distância
a) 1,0 x 105 d) 8,0 x 105 de reação, da distância de frenagem e da distância total até parar,
b) 2,0 x 105 e) 9,5 x 105 para um veículo de teste. Considera-se ainda que a frenagem
c) 4,0 x 105 ocorreu com aceleração constante.

10. Leia o gráfico a seguir. Velocidade Distância de Distância de Distância total


inicial reação frenagem até parar
20,00 m/s 17,00 m 25,00 m 42,00 m
25,00 m/s 21,25 m 39,00 m 60,25 m
30,00 m/s 25,50 m 56,25 m 81,75 m

Os dados da tabela permitem concluir que a aceleração retardadora


a que o veículo foi submetido tem módulo igual a
a) 4,76 m/s2
b) 8,00 m/s2
c) 10,00 m/s2
As informações obtidas na leitura do gráfico permitem dizer que d) 11,76 m/s2
a) a velocidade inicial é 12 m/s.
b) a velocidade é nula em 2,0 s. 15. (UEFS 2018) Dois carros, A e B, entram simultaneamente em
um túnel retilíneo. Sabe-se que o carro A atravessa todo o túnel
c) a velocidade final é de -12 m/s. em movimento uniforme, com velocidade de 20 m/s, e que o
d) o espaço percorrido foi de 12 m. carro B entra no túnel com velocidade de 10 m/s e o atravessa em
e) a aceleração escalar é de 12 m/s². movimento uniformemente acelerado.

11. (CFTMG 2019 - MODIFICADA) Um automóvel que se movia a


uma velocidade de 3,0 m/s é acelerado durante 4,0 segundos com
uma aceleração constante de 2,0 m/s2, A velocidade média, em
m/s, desenvolvida por ele, nesse intervalo de tempo foi de
a) 7,0. b) 11,0. c) 15,0. d) 28,0. e) 32,0.
Desprezando as dimensões dos carros e sabendo que eles saem
12. (IFCE 2019) Um automóvel possui velocidade constante juntos do túnel 40 s após terem entrado, a velocidade do carro B no
v = 20 m/s. Ao avistar um semáforo vermelho à sua frente, o instante em que ele sai do túnel é de
motorista freia o carro imprimindo uma aceleração de -2 m/s2. A a) 22 m/s.
distância mínima necessária para o automóvel parar, em m, é igual a b) 24 m/s.
(Despreze qualquer resistência do ar neste problema) c) 26 m/s.
a) 50. d) 28 m/s.
b) 200. e) 30 m/s.
c) 400.
d) 10.
e) 100.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 135


FÍSICA I 03 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

16. A Física é a ciência responsável pelos fenômenos que 20. (FUVEST 2005) A velocidade máxima permitida em uma
acontecem ao nosso redor, sendo que a relação com a Matemática autoestrada é de 110 km/h (aproximadamente 30 m/s) e um carro,
traduz-se em expressões algébricas ou fórmulas matemáticas, nessa velocidade, leva 6s para parar completamente. Diante de um
que embasam os fundamentos teóricos. Em um M.R.U.V. para posto rodoviário, os veículos devem trafegar no máximo a 36 km/h
um determinado móvel a velocidade do mesmo é descrita pela (10 m/s). Assim, para que carros em velocidade máxima consigam
equação v = 50 – 10 t (em unidades do SI). obedecer o limite permitido, ao passar em frente do posto, a placa
Neste caso, a alternativa correta que apresenta o instante, em que referente à redução de velocidade deverá ser colocada antes do
o móvel inverte o sentido do movimento é: posto, a uma distância, pelo menos, de
a) 0,5 a) 40 m
b) 5,0 b) 60 m
c) 1,0 c) 80 m
d) 0,2 d) 90 m
e) 2,0 e) 100 m
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17. Um carro se desloca ao longo de uma reta. Sua velocidade varia


de acordo com o tempo, conforme indicado no gráfico. EXERCÍCIOS DE
05. APROFUNDAMENTO
01. (FUVEST 2014) Arnaldo e Batista disputam uma corrida de
longa distância. O gráfico das velocidades dos dois atletas, no
primeiro minuto da corrida, é mostrado na figura.

A função que indica o deslocamento do carro em relação ao tempo é:


a) 5 t - 0,55 t²
b) 5 t + 0,625 t²
c) 20 t - 1,25 t²
d) 20 t + 2,5 t²
e) 20 t + 0,55 t²
Determine
18. Um vaso de cerâmica cai da janela de um prédio, a qual está a a) a aceleração aB de Batista em t = 10 s;
uma distância de 31 m do solo. Sobre esse solo, está um colchão b) as distâncias dA e d percorridas por Arnaldo e Batista,
de 1 m de altura. Após atingir o colchão, o vaso penetra 0,5 m B
respectivamente, até t = 50 s;
nesse objeto. Nessas condições e desprezando a resistência do ar
c) a velocidade média vA de Arnaldo no intervalo de tempo entre
durante a queda livre, a desaceleração do vaso, em m/s² depois de
atingir o colchão é de, aproximadamente 0 e 50 s.

(Adote: g = 10 m/s²)
02. (UNICAMP 2015) A Agência Espacial Brasileira está
a) 600 desenvolvendo um veículo lançador de satélites (VLS) com a
b) 300 finalidade de colocar satélites em órbita ao redor da Terra. A agência
c) 15 pretende lançar o VLS em 2016, a partir do Centro de Lançamento
de Alcântara, no Maranhão.
d) 150
a) Considere que, durante um lançamento, o VLS percorre uma
e) 30
distância de 1200km em 800s. Qual é a velocidade média do
VLS nesse trecho?
19. (UNIRIO 1998) Caçador nato, o guepardo é uma espécie de b) Suponha que no primeiro estágio do lançamento o VLS suba
mamífero que reforça a tese de que os animais predadores estão a partir do repouso com aceleração resultante constante de
entre os bichos mais velozes da natureza. Afinal, a velocidade módulo aR. Considerando que o primeiro estágio dura 80s, e
é essencial para os que caçam outras espécies em busca de que o VLS percorre uma distância de 32km, calcule aR.
alimentação. O guepardo é capaz de, saindo do repouso e correndo
em linha reta, chegar à velocidade de 72km/h em apenas 2,0
03. (UFRJ 2011) Um avião vai decolar em uma pista retilínea. Ele
segundos, o que nos permite concluir, em tal situação, ser o módulo
de sua aceleração média, em m/s2, igual a: inicia seu movimento na cabeceira da pista com velocidade nula
e corre por ela com aceleração média de 2,0 m/s2 até o instante
a) 10 em que levanta voo, com uma velocidade de 80 m/s, antes de
b) 15 terminar a pista.
c) 18 a) Calcule quanto tempo o avião permanece na pista desde o
d) 36 início do movimento até o instante em que levanta voo.
e) 50 b) Determine o menor comprimento possível dessa pista.

136 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


03 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO FÍSICA I

04. (UFPE 2010) Um motorista dirige um carro com velocidade ANOTAÇÕES


constante de 80 km/h, em linha reta, quando percebe uma
“lombada” eletrônica indicando a velocidade máxima permitida
de 40 km/h. O motorista aciona os freios, imprimindo uma
desaceleração constante, para obedecer à sinalização e passar
pela “lombada” com a velocidade máxima permitida. Observando-
se a velocidade do carro em função do tempo, desde o instante em
que os freios foram acionados até o instante de passagem pela
“lombada”, podemos traçar o gráfico a seguir.
Determine a distância percorrida entre o instante t = 0, em que
os freios foram acionados, e o instante t = 3,0 s, em que o carro
ultrapassa a “lombada”. Dê sua resposta em metros.
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

05. (UNICAMP 2007) Em muitas praças de pedágio de rodovias


existe um sistema que permite a abertura automática da cancela.
Ao se aproximar, um veículo munido de um dispositivo apropriado
é capaz de trocar sinais eletromagnéticos com outro dispositivo na
cancela. Ao receber os sinais, a cancela abre-se automaticamente e
o veículo é identificado para posterior cobrança. Para as perguntas
a seguir, desconsidere o tamanho do veículo.
a) Um veículo aproxima-se da praça de pedágio a 40 km/h.
A cancela recebe os sinais quando o veículo se encontra a
50 m de distância. Qual é o tempo disponível para a completa
abertura da cancela?
b) O motorista percebe que a cancela não abriu e aciona os freios
exatamente quando o veículo se encontra a 40 m da mesma,
imprimindo uma desaceleração de módulo constante. Qual deve
ser o valor dessa desaceleração para que o veículo pare exatamente
na cancela?

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A 05. B 09. A 13. D 17. B
02. C 06. E 10. B 14. B 18. A
03. A 07. D 11. A 15. E 19. A
04. E 08. D 12. E 16. B 20. C

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) aB=0,2 m/s² b) dA=125m e dB=160m c) VA=2,5 m/s

02. a)VM =1500 m/s e b) AR=10 m/s²

03. a) 40s b) D=1600m

04. 50 metros

05. a) V=4,5s b) V²=1,54 m/s² aproximadamente.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 137


FÍSICA I 03 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

ANOTAÇÕES
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138 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


04
FÍSICA I
GRÁFICOS DO MRU E MRUV

INTRODUÇÃO S0 → é o ponto onde a reta intercepta o eixo S, o valor da


posição inicial (na Matemática é o coeficiente linear da reta).
Com os gráficos de um movimento podemos tirar informações
teóricas a seu respeito, bem como escrever as funções que a v → que lá na Matemática é o coeficiente angular da reta
regem. Com uma simples análise podemos dizer se o movimento é (serve para dizer se a função é crescente ou decrescente), aqui
progressivo ou retrógrado, acelerado ou retardado, em que instante terá a mesma função, se ela for positiva o valor de S aumenta e o
o móvel parou, inverteu seu sentido do movimento, permaneceu movimento é progressivo, se ela for negativa, o valor de S diminui e
em repouso. As questões de cinemática envolvendo gráficos são o movimento será retrógrado.
cada vez mais exploradas em todo exame pré-universitário. Dê real
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

importância a esse módulo.

GRÁFICOS DO MOVIMENTO UNIFORME


• GRÁFICO V X T
Vamos começar com o mais simples, no MRU a velocidade
tem seu módulo constante, então poderemos ter:

N
tgθ = velocidade

O ponto onde a reta intercepta o eixo t é o instante no qual o


móvel passa pela origem da trajetória, ou seja, S=0.
• GRÁFICO a x t
Como a velocidade não varia temos a função constante e nula.


Este é MU progressivo, pois a velocidade é constante e
POSITIVA.

Este é um MU retrógrado, pois a velocidade é constante e GRÁFICOS DO MOVIMENTO


NEGATIVA.
No gráfico v x t, temos: UNIFORMEMENTE VARIADO
N
• GRÁFICO a x t
Área = Δs
Como a aceleração se mantém constante no MUV, temos:
V V

t
∆S ∆S

t
∆s>0 no ∆s<0 no
movimento movimento
progressivo retrógrado

• GRÁFICO S X T
A função horária da posição no MU é do 1º grau: Atenção! apenas o sinal da aceleração não nos permite
classificar o movimento em acelerado ou retardado.
s = s0 + v·t

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 139


FÍSICA I 04 GRÁFICOS DO MRU E MRUV

• GRÁFICO v x t
PROPRIEDADES
A função da velocidade no MUV é do 1º grau: v = v0 + at, o
gráfico de v x t será uma reta cuja inclinação será indicada pelo GRÁFICO
sinal da aceleração. O ponto onde a reta intercepta o eixo v é o valor
da sua velocidade inicial. Sxt vxt axt
Inclinação da reta ou Nada
da reta tangente v a
Informa
Área entre a função Nada
e o eixo dos tempos Δs Δv
Informa

Exemplos:

Observe que no primeiro gráfico, de 0 a t1 a velocidade tem


Reprodução proibida Art. 184 do CP.

sinal de menos, mas seu módulo diminui, logo temos movimento


retrógrado retardado. No segundo gráfico, de 0 a t1 o sinal da
velocidade é positivo, mas seu módulo também diminui, temos
movimento progressivo retardado.
Observe também que nos dois gráficos de t1 em diante, o
módulo da velocidade aumenta, no primeiro temos progressivo
acelerado e no segundo retrógrado acelerado.
No instante t1 o móvel parou, pois sua velocidade se anula, mas No primeiro gráfico temos uma reta com inclinação positiva:
não fica parado (ocorreu uma parada instantânea) apenas para velocidade constante e positiva. No segundo gráfico, no instante
inverter o sentido do movimento. t1 a reta tangente tem inclinação negativa, logo, neste instante a
velocidade do móvel é negativa.
• GRÁFICO S X T
Como a função horária do MUV é do 2º grau, S = S0 + v0t + ½ at2,
o gráfico de S em função do t será uma parábola e quem
determinará se a concavidade é voltada para cima ou para baixo é
o sinal da aceleração.
Três gráficos com aceleração positiva:

No primeiro gráfico a área do trapézio fornece o deslocamento


entre t1 e t2. No segundo gráfico, quando o papel é quadriculado
pode-se, com boa aproximação avaliar o deslocamento entre t1 e t2.
O cálculo da área sob a curva em um gráfico v x t é muito
importante, com ele podemos deduzir a função horária da posição:
PROEXPLICA

• Nos dois primeiros gráficos o móvel inverte o sentido


de movimento no instante t1.
• No primeiro gráfico ele inverte o sentido de movimento
numa posição positiva e não passa pela origem da
trajetória.
• No segundo gráfico ele inverte o sentido de movimento
(lembre-se que para isso v = 0) exatamente sobre a
origem da trajetória.
• Nos dois primeiros gráficos temos de 0 a t1
movimento retrógrado retardado, e de t1 em diante
movimento progressivo acelerado.
• No terceiro gráfico temos de 0 a t2 movimento
retrógrado retardado, com uma passagem pela
origem da trajetória em t1, de t2 em diante movimento
progressivo acelerado com outra passagem pela
origem da trajetória em t3. O móvel inverte o sentido
de movimento em t2 e numa posição negativa.

Seria bastante proveitoso para seu aprendizado se você


desenhasse três gráficos com aceleração negativa e analisasse
cada um, como fizemos.

140 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


04 GRÁFICOS DO MRU E MRUV FÍSICA I

c) Classifique o movimento entre os pontos P e M;


EXERCÍCIOS
d) Classifique o movimento entre M e N;
PROTREINO e) Calcule a aceleração escalar do movimento entre 0 e 10
segundos;
01. Um ponto material movimenta-se com velocidade variável, f) Calcule a aceleração escalar média entre 0 e 20 segundos;
conforme o gráfico abaixo:
g) Calcule a velocidade escalar média entre 0 e 20 segundos.

04. Represente graficamente o espaço S em função do tempo


do seguinte movimento de um objeto: S = 10 – 2t no intervalo de
tempo entre 0 e 10 segundos e indique o instante em que o objeto
passa na origem dos espaços.
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Calcule o deslocamento escalar entre 0 e 10 segundos e identifique


o tipo de movimento entre pontos A e B e entre os pontos B e C.

02. Três móveis A, B e C se deslocam de acordo com o gráfico


S X T mostrado a seguir:
A B
S
C 05. Represente graficamente o espaço S em função do tempo dos
seguintes movimentos: SA = 10 – t e SB = 2.t + 2.t² dos móveis A e
B, respectivamente.
Calcule e indique no gráfico o tempo e a posição de encontro dos
móveis.
t
t0

Compare as velocidades com que cada móvel possui em t0


colocando-as em ordem crescente.
EXERCÍCIOS
03. O gráfico abaixo representa a velocidade escalar de um móvel
em função do tempo
PROPOSTOS
01. (MACKENZIE 2018)

Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada


retilínea, parando para um lanche, de acordo com gráfico acima. A
a) Calcule o deslocamento escalar do móvel entre 0 e 20 velocidade média nas primeiras 5 horas deste movimento é
segundos; a) 10 km/h. d) 30 km/h.
b) Calcule o deslocamento escalar do móvel entre 10 e 20 b) 12 km/h. e) 60 km/h.
segundos; c) 15 km/h.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 141


FÍSICA I 04 GRÁFICOS DO MRU E MRUV

02. (CFTMG 2016) O gráfico a seguir descreve a velocidade de um 05. (UERN 2015) O gráfico representa a variação da velocidade de
carro durante um trajeto retilíneo. um automóvel ao frear.

Com relação ao movimento, pode-se afirmar que o carro


a) desacelera no intervalo entre 40 e 50s. Se nos 4s da frenagem o automóvel deslocou 40 m, então a
b) está parado no intervalo entre 20 e 40s. velocidade em que se encontrava no instante em que começou a
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

c) inverte o movimento no intervalo entre 40 e 50s. desacelerar era de


d) move-se com velocidade constante no intervalo entre 0 e 20s. a) 72 km/h. d) 108 km/h.
e) move-se com aceleração variável nos intervalos entre 0 e 20 b) 80 km/h. e) 120 Km/h
segundos e 40 e 50 segundos. c) 90 km/h.

03. (EPCAR (AFA) 2016) Se necessário, use: 06. (IMED 2015) Considere um carro que se movimenta ao longo
–– aceleração da gravidade: g = 10 m/s2 de uma pista retilínea. O gráfico abaixo descreve a velocidade do
–– densidade da água: d = 1,0 kg/L carro em função do tempo, segundo um observador em repouso
–– calor específico da água: c = 1 cal/g.°C sobre a calçada.
–– 1 cal = 4 J
–– constante eletrostática: k = 9,0.109 N.m2/C2
–– constante universal dos gases perfeitos: R = 8 J/mol.K
Dois móveis, A e B, partindo juntos de uma mesma posição,
porém com velocidades diferentes, que variam conforme o gráfico
abaixo, irão se encontrar novamente em um determinado instante.

Em relação a essa situação, assinale a alternativa correta.


a) O movimento é uniformemente variado.
b) O carro realiza um movimento retilíneo uniforme.
c) Ao final do movimento (t = 8s), o carro retorna à sua posição
de origem (t = 0).
Considerando que os intervalos de tempo t1 – t0, t2 – t1, t3 – t2, d) O carro está freando no intervalo 4s < t < 8s.
t4 – t3 e t5 – t4 são todos iguais, os móveis A e B novamente se e) Em t = 4, o carro inverte o sentido do seu movimento.
encontrarão no instante
a) t4 b) t5 c) t2 d) t3 e) t1 07. (FUVEST 2017) Um elevador sobe verticalmente com
velocidade constante v0, e, em um dado instante de tempo t0, um
04.(UERJ 2015) Em uma pista de competição, quatro carrinhos parafuso desprende-se do teto. O gráfico que melhor representa,
elétricos, numerados de I a IV, são movimentados de acordo com o em função do tempo t, o módulo da velocidade v desse parafuso
gráfico v × t a seguir. em relação ao chão do elevador é
Note e adote:
- Os gráficos se referem ao movimento do parafuso antes que ele
atinja o chão do elevador.
a)

O carrinho que percorreu a maior distância em 4 segundos tem a


seguinte numeração: b)
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) não é possível afirmar apenas pelo gráfico V x t

142 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


04 GRÁFICOS DO MRU E MRUV FÍSICA I

c) A análise do gráfico indica que o ponto material estava em


a) movimento uniformemente acelerado, entre os instantes 0 s e
2 s.
b) repouso, somente entre os instantes 2 s e 10 s.
c) movimento uniforme, entre os instantes 0 s e 2 s e 10 s e 12 s.

d) d) repouso, entre os instantes 2 s e 10 s e entre os instantes 12


s e 16 s.
e) movimento retrógrado e retardado, entre os instantes 10 s e
12 s.

10. (EEAR 2018-MODIFICADA) A posição (X) de um móvel em


e) função do tempo (t) é representado pela parábola no gráfico a
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

seguir.

08. (PUC-RS 2016) Analise o gráfico abaixo. Ele representa as


posições x em função do tempo t de uma partícula que está em
movimento, em relação a um referencial inercial, sobre uma
trajetória retilínea. A aceleração medida para ela permanece
constante durante todo o trecho do movimento.

Durante todo o movimento o móvel estava sob uma aceleração


constante de módulo igual a 2 m/s2. A posição inicial desse móvel,
em m, era
a) 0
b) 2
c) 15
d) -8
e) 20

11. O deslocamento ∆x de uma partícula em função do tempo t é


ilustrado no gráfico a seguir:

Considerando o intervalo de tempo entre 0 e t2, qual das afirmações


abaixo está correta?
a) A partícula partiu de uma posição inicial positiva.
b) No instante t1, a partícula muda o sentido do seu movimento.
c) No instante t1, a partícula está em repouso em relação ao
referencial.
d) O módulo da velocidade medida para a partícula diminui
durante todo o intervalo de tempo.
e) O módulo da velocidade medida para a partícula aumenta
durante todo o intervalo de tempo.
Com relação ao movimento mostrado no gráfico, assinale a
alternativa CORRETA.
09. (IFSUL 2016) Um ponto material movimentou-se em linha reta
durante 16s e o comportamento da sua velocidade, em função do a) A partícula inicia seu movimento com velocidade constante; na
tempo, foi representado em um gráfico, ilustrado na figura abaixo. sequência, o movimento é acelerado e, finalmente, a partícula
se move com outra velocidade também constante.
b) A velocidade da partícula é constante.
c) A aceleração da partícula é constante.
d) Esse gráfico ilustra o movimento de queda livre de um objeto
nas proximidades da superfície terrestre, onde a resistência do
ar foi desprezada.
e) A partícula inicia seu movimento com uma velocidade não
nula, mas o movimento é retardado, e ela finalmente atinge o
repouso.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 143


FÍSICA I 04 GRÁFICOS DO MRU E MRUV

12. Um carro deslocou-se por uma trajetória retilínea e o gráfico Assinale a alternativa que especifica o instante de tempo em que o
qualitativo de sua velocidade (v), em função do tempo (t), está carro P alcança o carro B.
representado na figura. a) t1
b) t2
c) t3
d) t4
e) t5

15. Um corpo tem seu movimento representado pelo gráfico


abaixo.

Analisando o gráfico, conclui-se corretamente que


a) o carro deslocou-se em movimento uniforme nos trechos I e III,
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

permanecendo em repouso no trecho II.


b) o carro deslocou-se em movimento uniformemente variado
nos trechos I e III, e em movimento uniforme no trecho II.
c) o deslocamento do carro ocorreu com aceleração variável nos
trechos I e III, permanecendo constante no trecho II.
d) a aceleração do carro aumentou no trecho I, permaneceu
constante no trecho II e diminuiu no trecho III.
e) o movimento do carro foi progressivo e acelerado no trecho
I, progressivo e uniforme no trecho II, mas foi retrógrado e
retardado no trecho III. Ao final de duas horas de movimento, seu deslocamento, em km,
será igual a
13. O gráfico abaixo representa a variação da velocidade de um a) 0.
móvel em função do tempo.
b) 20.
c) 40.
d) 80.
e) 100.

16. Um veículo deslocou-se por uma trajetória retilínea e o gráfico


qualitativo de sua posição (s), em função do tempo (t), está
representado na figura.

Se o deslocamento efetuado pelo móvel nos 10 s do movimento e


igual a 40 m, então a velocidade inicial V0 e igual a
a) 4 m/s. d) 7 m/s.
b) 5 m/s. e) 9 m/s.
c) 6 m/s.

14. Policiais rodoviários são avisados de que um carro B vem


trafegando em alta velocidade numa estrada. No instante t0 em
que o carro B passa, os policiais saem em sua perseguição. A figura
ilustra as velocidades do carro B e do carro dos policiais (P) em
função do tempo.

Analisando o gráfico, conclui-se corretamente que


a) o veículo deslocou-se em movimento uniforme nos trechos I e
III, permanecendo em repouso no trecho II.
b) o carro deslocou-se em movimento uniformemente variado
nos trechos I e III, e em movimento uniforme no trecho II.
c) No trecho I o veículo deslocou-se em movimento retrógrado e
acelerado e no trecho III em movimento retrógrado e retardado.
d) o movimento do veículo foi progressivo e acelerado no trecho
I, progressivo e uniforme no trecho II, mas foi retrógrado e
retardado no trecho III.
e) O movimento do veículo foi retrógrado e acelerado no trecho III

144 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


04 GRÁFICOS DO MRU E MRUV FÍSICA I

17. (ENEM PPL 2018) Um piloto testa um carro em uma reta longa Analise as seguintes afirmativas referentes ao movimento realizado
de um autódromo. A posição do carro nessa reta, em função do por essa partícula e assinale a correta:
tempo, está representada no gráfico. a) Entre os instantes 3 s e 6 s, a partícula realizou um movimento
uniforme.
b) Entre os instantes 0 s e 3 s, a partícula realizou um movimento
acelerado.
c) Entre os instantes 3 s e 6 s, a partícula estava em repouso.
d) Entre os instantes 8 s e 10 s, a partícula estava em movimento
retardado.
e) Entre os instantes 6 s e 8 s, a partícula estava em movimento
progressivo.

20. (UFPR 2018 - MODIFICADA) Numa experiência realizada em


laboratório, a posição x de um objeto, cuja massa é constante, foi
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

medida em função do tempo t. Com isso, construiu-se o gráfico a


Os pontos em que o módulo da velocidade do carro é menor e seguir. Sabe-se que o referencial adotado para realizar as medidas
maior são, respectivamente,
é inercial e que o objeto move-se ao longo de uma linha reta.
a) K e M.
b) N e K.
c) M e L.
d) N e L.
e) N e M.

18. (PUCPR 2010) A figura fornece a aceleração em função do


tempo, a (t), de um pequeno cachorro Chihuahua enquanto ele
persegue um pastor alemão ao longo de uma linha reta. Com base no gráfico, analise as seguintes afirmativas e marque a
Marque a alternativa CORRETA. correta:
a) Entre os instantes 0 s e 10 s, a partícula realizou movimento
retardado.
b) Entre os instantes 10 s e 20 s, a partícula realizou movimento
retrógrado.
c) Entre os instantes 20 s e 30 s, a partícula realizou movimento
progressivo.
d) Entre os instantes 30 s e 40 s, a partícula realizou movimento
progressivo.
e) Entre os instantes 0 s e 10 s, a partícula realizou movimento
acelerado.
a) No intervalo de tempo E, o Chihuahua move-se com velocidade
constante.
b) Nos intervalos de tempo C, E e G, o Chihuahua move-se com
velocidade constante. EXERCÍCIOS DE
c) O Chihuahua está parado no intervalo de tempo E. 05. APROFUNDAMENTO
d) Nos intervalos de tempo B e D, a velocidade e o deslocamento
do Chihuahua são necessariamente positivos. 01. (Uerj 2014) O gráfico abaixo representa a variação da velocidade
e) Entre os intervalos A e B, o Chihuahua inverte o sentido em que dos carros A e B que se deslocam em uma estrada.
está correndo.

19. (IFSUL 2018 - MODIFICADA) Uma partícula realizou


um movimento unidimensional ao longo de um eixo ox e o
comportamento da sua posição x, em função do tempo t, foi
representado em um gráfico, ilustrado na figura a seguir.

Determine as distâncias percorridas pelos carros A e B durante


os primeiros cinco segundos do percurso. Calcule, também, a
aceleração do carro A nos dois primeiros segundos.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 145


FÍSICA I 04 GRÁFICOS DO MRU E MRUV

02. (UERJ 2010) Um trem de brinquedo, com velocidade inicial de 2


GABARITO
cm/s, é acelerado durante 16 s.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
O comportamento da aceleração nesse intervalo de tempo é
01. B 05. A 09. A 13. B 17. C
mostrado no gráfico a seguir.
02. A 06. D 10. C 14. D 18. A
03. A 07. E 11. E 15. A 19. C
04. B 08. E 12. B 16. A 20. C

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. DA=8m e a=1 m/s² 03. 10 m/s 05. t = 8 s e 40 m
02. V = 38 cm/s 04. V = 8 m/s

ANOTAÇÕES

Calcule, em cm/s, a velocidade do corpo imediatamente após


esses 16 s.
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

03. (UERJ 2009) A velocidade de um corpo que se desloca ao longo


de uma reta, em função do tempo, é representada pelo seguinte
gráfico:

Calcule a velocidade média desse corpo no intervalo entre 0 e 30


segundos.

04. (UFPE 2006) Uma partícula, que se move em linha reta, está
sujeita à aceleração a(t), cuja variação com o tempo é mostrada no
gráfico a seguir. Sabendo-se que no instante t = 0 a partícula está
em repouso, calcule a sua velocidade no instante t = 8,0 s, em m/s.

05. (Ufrrj 2006) Dois objetos que estão na mesma posição em t = 0


têm as suas velocidades mostradas nos gráficos a seguir.

a) Determine o instante de tempo em que os objetos voltam a se


encontrar.
b) Calcule a distância percorrida por eles até esse instante.

146 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


05 LANÇAMENTO VERTICAL FÍSICA I

E QUEDA LIVRE

DEFINIÇÃO RELAÇÃO DE GALILEU


Tanto na queda livre como nos lançamentos verticais, temos
casos particulares do MUV, pois trabalharemos com pequenas alturas,
o que fará com que consideremos a aceleração da gravidade de
módulo constante e desprezaremos a resistência do ar. O que precisa
ser feito é dar uma orientação para a trajetória e ter cuidado com os
sinais que a aceleração e a velocidade inicial terão.

QUEDA LIVRE
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

É o movimento que ocorre com velocidade inicial nula. Na


prática, deixa-se o corpo cair e despreza-se a resistência do ar.
N
Como Área = ∆S , temos:
(Vxt)
Em cada intervalo de tempo os espaços percorridos são
múltiplos dos números ímpares: 1, 3, 5, 7,...
Um objeto que se move verticalmente, no vácuo, sob ação
exclusiva da aceleração da gravidade apresenta na queda um
movimento acelerado, ou seja, o módulo da velocidade aumenta ao
longo da queda, entretanto, na subida, apresenta um movimento
retardado, ou seja, o módulo da velocidade diminui ao longo da
subida. Quando um objeto é lançado verticalmente para cima, sua
velocidade escalar diminui de forma linear até ser nula no ponto
de altura máxima. Nesse instante, ocorre a inversão de sentido da
velocidade e em seguida o objeto começa a descer em movimento
acelerado.
Observe que as equações do MUV:
Observe os esquemas:
Tempo V0 = 0
v = v0 + a · t (0)
∆s = v0 · t + 1 a · t2 h
2 (t)
V2 = v02 +2a∆s 3h
H = h + 3h + 5h
(2t)
Como V0 = 0, a = g e ∆S = h, as equações do MUV se
transformam em:: 5h

v=g·t (3t)
1
h= ·g·t2
2
v2 = 2 · g · h
GRÁFICO DA POSIÇÃO X TEMPO
Nas proximidades da superfície terrestre, desprezando-se a
resistência do ar, todos os corpos caem com a mesma aceleração
(aproximadamente 10m/s²), independente de suas massas.
Como a reta tangente que passa pelo
ponto inicial é horizontal.
Então:
V0 = 0

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 147


FÍSICA I 05 LANÇAMENTO VERTICAL E QUEDA LIVRE

LANÇAMENTO VERTICAL GRAVIDADE → ACELERAÇÃO


v=0

g
 
g g

 
g g

Equações do MUV adaptadas aos lançamentos:

 
g g
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Subida Ponto mais Descida


  alto
ag

Observando os esquemas, pode-se perceber que a aceleração


não depende do fato de o corpo estar subindo ou descendo, a
gravidade sempre aponta para baixo, entretanto a velocidade
sempre aponta no sentido do movimento, na subida ela aponta
PROEXPLICA para cima e na descida aponta para baixo. Para descrever as
equações apresentadas acima, deve-se adotar um referencial
No lançamento para cima: positivo para cima quando o corpo estiver subindo, por isso, nesse
• O tempo de subida é sempre igual ao tempo de descida caso a = - g, e um referencial positivo para baixo quando o corpo
tanto para o percurso total como para qualquer parte do estiver descendo, por isso, nesse caso a = +g.
percurso.
• Em um mesmo ponto a velocidade de subida tem o GRÁFICO DA VELOCIDADE X TEMPO
mesmo módulo da velocidade de descida, portanto a
velocidade inicial da subida é igual à velocidade final da
descida.
• Essas afirmações são verdadeiras apenas quando o
ponto de partida coincide com ponto de chegada. Não
valem quando há resistência do ar ou o quando o objeto
possui propulsão própria, como no caso de aviões,
foguetes, etc.

VELOCIDADE
GRÁFICO DA POSIÇÃO X TEMPO
v=0

d v2
– v2
3d
v1

– v1

5d

v0

– v0 EXERCÍCIOS
PROTREINO
Subida Descida
01. Um objeto de 8 kg é abandonado de uma altura de 1,25 metros
em relação ao solo e cai sob ação exclusiva da gravidade. Calcule o
tempo de queda e a velocidade com que esse objeto atingira o solo.
Adote g = 10 m/s².

148 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


05 LANÇAMENTO VERTICAL E QUEDA LIVRE FÍSICA I

02. Dois objetos A e B, de massas 12 kg e 6 kg, respectivamente,


foram abandonados num mesmo instante de uma mesma altura
em relação ao solo. Desprezando qualquer atrito, compare os
tempos de queda. Justifique sua resposta. EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
03. Um objeto é lançado verticalmente para cima, a partir do
solo, com velocidade inicial de 30 m/s. Despreze qualquer força 01. Num parque da cidade, uma criança lança uma bola
dissipativa e adote g = 10 m/s². Faça o que se pede: verticalmente para cima, percebendo a sua trajetória de subida e
a) Formule a função horária da velocidade; descida e, depois, recebe-a em suas mãos.
b) Calcule o tempo que objeto levará para atingir a altura máxima; O lançamento dessa bola poderá ser representado pelo gráfico
c) Calcule a altura máxima; posição (y) versus tempo (t), em que a origem dos eixos coincide
com as mãos da criança.
d) Identifique o instante e a velocidade escalar quando o móvel
atinge o solo. Ao considerar a posição (y) da bola em função do tempo (t),
assinale o gráfico que descreve corretamente o seu movimento a
04. Para próxima questão, desconsidere a resistência do ar e adote partir das mãos da criança.
g = 10 m/s a)
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

O Burj Khalifa é a maior estrutura já construída pelo ser humano.


Sua construção iniciou em 21 de setembro de 2004 e foi inaugurado
no dia 4 de janeiro de 2010. O orçamento total do projeto custou em
torno de 1,5 bilhão de dólares. Para comprar uma sala nesse prédio
o comprador deve desembolsar 37 500 dólares por cada metro
quadrado obtido.
Imagine que um objeto de 4 kg foi lançado verticalmente para
baixo com velocidade inicial de 20 m/s do alto do maior edifício b)
do mundo.

c)

d)

e)

Sabendo que o objeto levou aproximadamente 11 segundos para


chegar ao solo:
a) calcule a altura aproximada do edifício;
b) calcule o número aproximado de andares que o prédio possui,
considerando que cada andar possui 5,15 metros.

05. Um corpo é abandonado de uma altura de 80 metros do solo.


Adote g = 10 m/s, despreze a resistência do ar e calcule a distância 2. Um objeto é lançado para baixo, na vertical, do alto de um prédio
percorrida nos últimos 2 segundos da queda. de 15 m de altura em relação ao solo. Desprezando-se a resistência
do ar e sabendo-se que ele chega ao solo com uma velocidade de
20 m/s, a velocidade de lançamento, em m/s, é dada por
a) 10. c) 20. e) 30
b) 15. d) 25.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 149


FÍSICA I 05 LANÇAMENTO VERTICAL E QUEDA LIVRE

03. Dois objetos A e B de massas 400 g e 800 g, respectivamente, 06. Deixa-se uma bola cair e ela desce com uma aceleração de 10
são lançados a partir do solo verticalmente para cima, ao mesmo m/s2. Se a mesma bola é jogada para cima, na vertical, no instante
tempo e com velocidades iniciais idênticas. em que ela atinge a máxima altura, a sua aceleração é
Em um contexto no qual a resistência do ar é desprezada, marque a) zero. d) menor que 10 m/s2.
a afirmativa correta: b) Igual a 10 m/s .2
e) nula ao longo de todo trajeto.
a) O objeto A atingirá uma altura que será o dobro da atingida pelo c) maior que 10 m/s2.
objeto B.
b) A aceleração de A é a mesma de B apenas no ponto mais alto 07. Considere que uma pedra é lançada verticalmente para cima
da trajetória e é nula. e atinge uma altura máxima H. Despreze a resistência do ar e
c) O objeto A atingirá a altura máxima antes do objeto B considere um referencial com origem no solo e sentido positivo do
d) Os dois objetos gastarão o mesmo tempo para atingir a altura eixo vertical orientado para cima.
máxima. Assinale o gráfico que melhor representa o valor da aceleração sofrida
e) O objeto B atingirá uma altura que será o dobro da atingida pelo pela pedra, desde o lançamento até o retorno ao ponto de partida.
objeto A. a) d)
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

04. Em uma experiência de cinemática, estudantes analisaram


o movimento de um objeto que foi lançado verticalmente para
cima a partir do solo. Eles verificaram que o objeto passa por
um determinado ponto 0,5 s depois do lançamento, subindo, e
passa pelo mesmo ponto 3,5 s depois do lançamento, descendo.
Considerando que essa experiência foi realizada em um local
onde a aceleração da gravidade é igual a 10 m/s2 e que foram
desprezadas quaisquer formas de atrito no movimento do objeto, b) e)
os estudantes determinaram que a velocidade de lançamento
e altura máxima atingida pelo objeto em relação ao solo são,
respectivamente, iguais a:
a) 20 m/s e 10 m d) 15 m/s e 22,50 m
b) 20 m/s e 20 m e) 25 m/s e 30 m
c) 15 m/s e 11,25 m

05. (CFTRJ 2018) Os Vingadores (Avengers no original em inglês)


são um grupo de super-heróis de história em quadrinhos, publicado c)
nos Estados Unidos, pela editora Marvel Comics. O grupo também
aparece em adaptações da Marvel para cinema, desenho animado
e videogames.
Os heróis mais conhecidos na formação original são Thor, Homem
de Ferro, Vespa, Homem-Formiga e Hulk, além de seu primeiro
recruta, o Capitão América (introduzido na quarta edição).
A equipe, criada com inspiração na Liga da Justiça da DC Comics,
tem molde de um clube, inclusive com o mordomo do Homem de
Ferro, Jarvis, servindo-os.
No Universo Marvel, a equipe tradicionalmente é a primeira a ser 08. Joana, uma dedicada agricultora, colocou várias laranjas sobre
chamada pelo governo dos EUA, quando defrontado por desafios uma mesa cuja altura é 0,80 m. Considerando que uma dessas
de ordem cósmica, e tem bases em Nova York e em uma ilha na laranjas caiu em queda livre, isto é, sem a interferência do ar,
costa americana. assinale a alternativa CORRETA.
(Livre adaptação da Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vingadores. Acessado em a) A laranja caiu com energia cinética constante.
14/09/2017)
b) A laranja caiu com velocidade constante.
O Incrível Hulk é um dos heróis mais poderosos do universo c) A laranja caiu com aceleração constante.
tendo força, agilidade, velocidade e resistências sobre-humanas!
d) A laranja caiu com energia potencial constante.
O personagem criado nos anos 60 faz uma alusão ao conto
clássico: O médico e o Monstro. O Dr. Bruce Banner, após passar e) O movimento da laranja foi retilíneo e uniforme.
por experiências com radiação gama, adquire a faculdade de se
transformar num enorme monstro verde todas as vezes que se 09. Ao término de uma formatura da EEAR, um terceiro sargento
enfurece. recém-formado, para comemorar, lançou seu quepe para cima na
Uma das habilidades do Hulk é poder lançar-se verticalmente, a direção vertical, até uma altura de 9,8 metros. Adotando g = 10 m/
partir do solo, e atingir grande altura. s2 e desconsiderando o atrito com o ar, a velocidade de lançamento,
em m/s, foi de
Imaginemos que o Hulk dê um desses saltos numa região na qual
a resistência aerodinâmica possa ser desprezada e que a gravidade a) 8 b) 14 c) 20 d) 26 e) 30
tenha o valor de 10 m/s². Neste salto, ele atinge a altura máxima de
2,0 km. Podemos afirmar que a velocidade com que Hulk saiu do 10. Uma ave marinha costuma mergulhar de uma altura de 20 m
solo foi de incríveis. para buscar alimento no mar.
a) 20 km/h. b) 20 m/s. c) 200 km/h. d) 200 m/s Suponha que um desses mergulhos tenha sido feito em sentido
vertical, a partir do repouso e exclusivamente sob ação da força
da gravidade.

150 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


05 LANÇAMENTO VERTICAL E QUEDA LIVRE FÍSICA I

Desprezando-se as forças de atrito e de resistência do ar, a 15. (PUCRJ 2018) Uma criança derruba um prato que está sobre
ave chegará à superfície do mar a uma velocidade, em m/s, uma mesa de altura h = 80 cm.
aproximadamente igual a: Tomando a velocidade inicial do prato como nula quando começa
a) 20 b) 40 c) 60 d) 80 e) 100 a cair, calcule a sua velocidade, em m/s, quando colide com o chão.
Dado: g = 10 m/s²
11. (IFCE 2019) Considere um movimento de queda livre em que a) 0,40 b) 4,0 c) 8,0 d) 10 e) 16
duas partículas, 1 e 2, têm massas m1 = 1kg e m2 = 2kg e estão
localizadas a uma mesma altura acima do solo. As duas partículas
16.Um menino, estando em repouso, joga uma garrafa cheia de
são abandonadas simultaneamente. Para a partícula 1 observa-se
m
que, no intervalo de tempo ∆t = 2 s, se desloca verticalmente ∆y = água verticalmente para cima com velocidade escalar de 4,0 ,
20 m. Para o mesmo intervalo de tempo ∆t = 2s, o deslocamento s
vertical da partícula 2, em m, será a partir de uma altura de 1,0 m em relação ao chão. Ele, então,
(Utilize g = 10 m/s²) começa a correr em trajetória retilínea a uma velocidade de 6,0 m .
s
a) 40 b) 10 c) 20 d) 5 e) 50 A que distância, em metros, do ponto de partida, o menino está
quando a garrafa bate no chão?
12. (INSPER 2019) Uma pessoa está segurando um livro no interior
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Dado: g = 10 m²
de um elevador em movimento vertical, uniforme e descendente.
s
Em determinado instante, rompe-se o cabo de sustentação do
elevador e ele passa a cair em queda livre. De susto, a pessoa a) 1,0 b) 3,0 c) 4,0 d) 6,0 e) 10
solta o livro. A ação dissipativa do ar ou de outro tipo de atrito é
desprezível. 17.Um astronauta, em um planeta desconhecido, observa que um
A partir do momento em que é abandonado, e enquanto o elevador objeto leva 2,0 s para cair, partindo do repouso, de uma altura de 12 m.
não tocar o chão, o livro A aceleração gravitacional nesse planeta, em m/s2 é:
a) cairá, atingindo o piso rapidamente, com aceleração maior que a) 3,0 b) 6,0 c) 10 d) 12 e) 14
a do elevador, para um observador em referencial não inercial,
dentro do elevador. 18. Dois corpos A e B de massas mA = 1,0 kg e mB = 1,0 · 10³ kg,
b) manterá um movimento uniforme de queda em relação à respectivamente, são abandonados de uma mesma altura h, no
pessoa, que está em referencial não inercial, podendo até interior de um tubo vertical onde existe o vácuo. Para percorrer a
atingir seu piso. altura h.
c) cairá em queda livre também, com aceleração igual à do a) o tempo de queda do corpo A é igual que o do corpo B.
elevador, e não irá atingir seu piso, para qualquer observador b) o tempo de queda do corpo A é maior que o do corpo B.
em referencial inercial.
c) o tempo de queda do corpo A é menor que o do corpo B.
d) deverá subir em relação aos olhos da pessoa, que está em um
referencial não inercial, pois sua aceleração será menor que a d) o tempo de queda depende do volume dos corpos A e B.
do elevador. e) o tempo de queda depende da forma geométrica dos corpos
e) manterá um movimento uniforme de subida em relação aos A e B.
olhos da pessoa, que está em referencial não inercial, podendo
até atingir seu teto. 19. Três pequenas esferas, E1, E2 e E3, são lançadas em um mesmo
instante, de uma mesma altura, verticalmente para o solo. Observe
13. ( IFPE 2019) Em um lançamento de um projétil para cima, foi as informações da tabela:
desenvolvida a equação horária do espaço do projétil, que se move Esfera Material Velocidade Inicial
em linha reta na direção vertical, segundo a expressão S = 105 +
20t – 5t² (S é dado em metros e, t, em segundos). Nessa situação, E1 chumbo v1
determine o módulo da velocidade do projétil ao fim de 3 s. E2 alumínio v2
a) 120 m/s c) 60 m/s e) 15 m/s E3 vidro v3
b) 10 m/s d) 5 m/s
A esfera de alumínio é a primeira a alcançar o solo; a de chumbo e
14. (FUVEST 2018) Em uma tribo indígena de uma ilha tropical, a de vidro chegam ao solo simultaneamente.
o teste derradeiro de coragem de um jovem é deixar-se cair em A relação entre v1, v2 e v3 está indicada em:
um rio, do alto de um penhasco. Um desses jovens se soltou
verticalmente, a partir do repouso, de uma altura de 45 m em a) v1 < v2 < v3 d) v1 < v2 = v3
relação à superfície da água. O tempo decorrido, em segundos, b) v1 = v2 < v3 e) v1 = v3 < v2
entre o instante em que o jovem iniciou sua queda e aquele em que c) v1 = v2 > v3
um espectador, parado no alto do penhasco, ouviu o barulho do
impacto do jovem na água é, aproximadamente,
20. Em um dia de calmaria, um garoto sobre uma ponte deixa cair,
Note e adote: verticalmente e a partir do repouso, uma bola no instante t0 = 0 s. A
• Considere o ar em repouso e ignore sua resistência. bola atinge, no instante t4, um ponto localizado no nível das águas
• Ignore as dimensões das pessoas envolvidas. do rio e à distância h do ponto de lançamento. A figura apresenta,
fora de escala, cinco posições da bola, relativas aos instantes t0, t1,
• Velocidade do som no ar: 360 m/s. t2, t3 e t4. Sabe-se que entre os instantes t2 e t3 a bola percorre 6,25
• Aceleração da gravidade: 10 m/s² m e que g = 10 m/s2.
a) 3,1. c) 5,2. e) 7,0.
b) 4,3. d) 6,2.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 151


FÍSICA I 05 LANÇAMENTO VERTICAL E QUEDA LIVRE

04. (UFSCAR 2010) Em julho de 2009 comemoramos os 40


anos da primeira viagem tripulada à Lua. Suponha que você é
um astronauta e que, chegando à superfície lunar, resolva fazer
algumas brincadeiras para testar seus conhecimentos de Física.

a) Você lança uma pequena bolinha, verticalmente para cima, com


Reprodução proibida Art. 184 do CP.

velocidade inicial v0 igual a 8m/s. Calcule a altura máxima h


atingida pela bolinha, medida a partir da altura do lançamento,
Desprezando a resistência do ar e sabendo que o intervalo de e o intervalo de tempo ∆t que ela demora para subir e descer,
tempo entre duas posições consecutivas apresentadas na figura retornando à altura inicial.
é sempre o mesmo, pode-se afirmar que a distância h, em metros, b) Na Terra, você havia soltado de uma mesma altura inicial um
é igual a martelo e uma pena, tendo observado que o martelo alcançava
a) 25. b) 28. c) 22. d) 30. e) 20. primeiro o solo. Decide então fazer o mesmo experimento na
superfície da Lua, imitando o astronauta David Randolph Scott
durante a missão Apollo 15, em 1971. O resultado é o mesmo
que o observado na Terra? Explique o porquê.
EXERCÍCIOS DE Dados:
05. APROFUNDAMENTO - Considere a aceleração da gravidade na Lua como sendo 1,6 m/s².
- Nos seus cálculos mantenha somente 1 (uma) casa após a vírgula.
01. (UFPR 2015) Um paraquedista salta de um avião e cai livremente
por uma distância vertical de 80m, antes de abrir o paraquedas. 05. (PUCRJ) Um jogador de futebol chuta uma bola, que está no
Quando este se abre, ele passa a sofrer uma desaceleração vertical chão, verticalmente para cima com uma velocidade de 20 m/s. O
de 4m/s², chegando ao solo com uma velocidade vertical de jogador, imediatamente após chutar a bola, sai correndo para frente
módulo 2m/s. Supondo que, ao saltar do avião, a velocidade inicial com uma velocidade de 8 m/s. Considere g = 10 m/s2.
do paraquedista na vertical era igual a zero e considerando g =
a) Calcule o tempo de voo da bola até voltar a bater no chão.
10m/s², determine:
b) Calcule a distância percorrida pelo jogador, na horizontal, até a
a) O tempo total que o paraquedista permaneceu no ar, desde o
bola bater no chão novamente.
salto até atingir o solo.
c) Calcule qual seria a distância percorrida pelo jogador se o
b) A distância vertical total percorrida pelo paraquedista.
mesmo tivesse partido do ponto inicial (onde ele chutou a bola)
com velocidade inicial nula e aceleração de 2,0 m/s2, ao invés
02. (UFPE 2011) Uma bola cai em queda livre a partir do repouso. de ter uma velocidade constante de 8 m/s.
Quando a distância percorrida for h, a velocidade será v1. Quando
a distância percorrida for 16h a velocidade será v2. Calcule a razão
v2 . Considere desprezível a resistência do ar. GABARITO
v1 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
03. (UFPE 2011) Uma partícula é liberada em queda livre a partir 01. A 05. D 09. B 13. B 17. B
do repouso. Calcule o módulo da velocidade média da partícula, em 02. A 06. B 10. A 14. A 18. A
m/s, após ela ter caído por 320 m. 03. D 07. C 11. C 15. B 19. B

Aceleração da gravidade: 10 m/s² 04. B 08. C 12. C 16. D 20. E

Densidade da água: 10³ kg/m³ EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

Velocidade da luz no vácuo: 3 · 108m/s 01.


a) T = 13,5 S. b)∆St=279,5 m
02. 4

30º 37º 45º 03. vm= 40m/s


04.

a) ∆t = 5 + 5 ⇒ ∆t = 10 s = 1,0 × 101 s.

sen 0,50 0,60 0,71 b) Na Terra, a pena chega depois porque o efeito da resistência do ar sobre ela é
mais significativo que sobre o martelo. Porém, a Lua é praticamente desprovida
de atmosfera, e não havendo forças resistivas significativas, o martelo e a pena
caem com a mesma aceleração, atingindo o solo lunar ao mesmo tempo, como
demonstrou David Randolph Scott em seu experimento.
cos 0,86 0,80 0,71 05. a) 4t b) 32m c) 16m

152 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


06
FÍSICA I
VETORES

GRANDEZAS ESCALARES E PROEXPLICA


VETORIAIS 
Existem, na Física, certas grandezas, tais como massa e volume, Denomina-se VERSOR, de um dado vetor v , o vetor que
que precisam apenas do valor numérico e da unidade, para ficarem possui módulo unitário, isto é, módulo igual a 1 (um) e tem a
bem definidas. Quando necessitamos de alguma informação sobre mesma direção e sentido de v .
a massa de um objeto, basta conhecer o seu valor, não existe
uma noção de direção e sentido. As grandezas físicas deste tipo,
OPERAÇÃO COM VETORES
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

que precisam do valor numérico (módulo) acompanhado de sua


unidade para ficarem bem definidas, recebem o nome de grandezas
escalares.
VETOR OPOSTO

Chamamos de grandezas vetoriais todas aquelas grandezas 
que para ficarem bem definidas necessitam, além do módulo e Dado um vetor v , denomina-se vetor oposto (- v ) aquele que
da unidade, que se conheça sua direção e sentido. Velocidade é possui mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto.
um exemplo de grandeza vetorial. O aluno, ao saber que um móvel
está com velocidade de 10 m/s, ainda pode perguntar: em que
direção? Suponhamos que a resposta seja na direção horizontal,
uma pergunta ainda persiste: em que sentido? Outros exemplos de
grandezas vetoriais são: aceleração, força, impulso etc.

ADIÇÃO VETORIAL
VETOR  
Dados dois vetores a e b :
Vetor é um segmento de reta orientado. O vetor possui três
características da: módulo, direção e sentido. Existem duas regras que podem ser utilizadas para se obter o
 vetor soma (s) , sendo
Representa-se um vetor da seguinte forma: AB , sendo “A” a
origem e “B” a extremidade. Outra forma consiste em utilizar uma   
letra: a . s= a + b

MÓDULO, DIREÇÃO E SENTIDO REGRA DA POLIGONAL


Como já foi dito, em alguns casos, uma informação não é A partir da extremidade de um vetor traçamos outro. Em
suficiente para entendermos bem uma grandeza. E, assim sendo, seguida, unimos a origem do primeiro vetor traçado com a
devemos fazer outras perguntas. extremidade do último.
Por exemplo, consideremos um indivíduo em um ponto 
s
qualquer do plano. Sabe-se que este indivíduo se desloca 5 m em 
linha reta. Apesar desta informação, não sabemos qual é a direção.  b
Suponhamos que agora é sabido que o indivíduo se desloca em a
uma trajetória perpendicular à horizontal. Ainda pode haver uma
pergunta: para cima ou para baixo? A resposta é para cima e agora, A regra da poligonal deve ser utilizada na soma de mais de dois
a grandeza está definida. vetores. Mesmo que se troquem a ordem dos vetores, a soma não
se altera.
Exemplo:
   
Determine o vetor: s = a + b + c
  
a + b + c

O módulo de um vetor corresponde ao comprimento do vetor,


no caso 5 m. O módulo de um vetor é representado da seguinte  
  s c
forma: AB ou a .
Retas determinam uma direção. Retas paralelas indicam uma 
mesma direção. No caso, a direção é perpendicular à horizontal. b

Em uma dada direção, existem dois sentidos possíveis. Na direção a
vertical, os dois sentidos são para cima ou para baixo. Na direção
horizontal, os dois sentidos são para direita ou para esquerda.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 153


FÍSICA I 06 VETORES

     
REGRA DO PARALELOGRAMA d = a − b → d = a + ( −b)
Esta regra somente deve ser utilizada na soma de dois vetores.
 
Utilizaremos os mesmos vetores a e b , do caso anterior. Coloca-
se a origem de um vetor junto com a origem do outro vetor. Em
seguida, traçam-se paralelas dos dois vetores nas extremidades,
 
assim, forma-se um paralelogramo; para se obter o vetor soma, –d a
deve-se traçar a diagonal do paralelogramo a partir das origens
dos vetores.  
–b b
 No cálculo do módulo do vetor diferença, utilizaremos as
b  mesmas expressões vistas em adição vetorial, já que o módulo do
 s vetor oposto é o mesmo do vetor original.

a
PRODUTO DE UM VETOR POR UM
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Para se obter o módulo do vetor soma, utilizaremos a lei dos


cossenos.
  Sendo θ o ângulo formado por dois vetores de módulos ESCALAR 
a e b, o módulo do vetor soma será: Dado um vetor v , se o multiplicarmos por um número real k
 2  2  2   qualquer,
 resultará um outro vetor que, nos exemplos,
 chamaremos
s = a + b + 2 ⋅ a ⋅ b ⋅ cos θ de u e este terá familiaridades com o vetor v com as seguintes
alterações:
 
Módulo - o módulo do vetor u será o módulo de v multiplicado
CASOS PARTICULARES por k.

O valor máximo da soma de dois vetores acontece quando eles Direção - é a mesma de v .
possuem o mesmo sentido. O valor mínimo ocorre quando os dois 
Sentido - se o número real k for positivo, o sentido de v se
vetores possuem sentidos opostos.
mantém, do contrário (sinal negativo), o sentido inverte.
Exemplos:

    
O tamanho desse vetor
é a soma de a + b DECOMPOSIÇÃO DE VETORES EM
a   
 b  s
 a  b UM PAR DE EIXOS
   Na resolução e no estudo de sistemas físicos, que possuem
s= a + b vetores, é muito comum a decomposição de vetores em um par
O tamanho desse vetor
de eixos. Esses vetores, resultantes da decomposição, serão
    
é a subtração de a + b chamados de projeções ou componentes. O processo utilizado para
a   
b   s
 a  b essa decomposição consiste na formação de um paralelogramo e

utilização de relações trigonométricas. Veja a figura:
  
s= a − b

Outro caso particular ocorre quando os vetores formam um ângulo


de 90o, ou seja, são perpendiculares. Nesse caso, podemos calcular o
módulo do vetor resultante utilizando o teorema de Pitágoras.

As componentes foram chamadas de ax (projeção no eixo


x) e ay (projeção no eixo y), e θ é o ângulo que o vetor faz com a
horizontal. Pela trigonometria, sabemos que:

 2  2  2


s= a + b

SUBTRAÇÃO VETORIAL
A subtração vetorial consiste em um processo muito similar
à adição vetorial. As regras são as mesmas, pois ocorre, na
subtração, o mesmo processo que o da adição com o vetor oposto.

154 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


06 VETORES FÍSICA I

Podemos representar qualquer vetor, no plano cartesiano, 


b) Adote: módulo do vetor v = 200 m / s , sen
= (β ) 0,8 e cos
= (β ) 0,6
 e y .
através de suas componentes, usando versores x .
Reprodução proibida Art. 184 do CP.


c) Adote: módulo do vetor v = 200 2  m / s , β= 45° .
EXERCÍCIOS
PROTREINO
  
01. Trace na imagem abaixo as componentes Vx  e  Vy do vetor V
e calcule o módulo V do vetor. Considere que a unidade dos eixos
x e y é o metro.

y
40

35

30

v
25

20

15    
03. Calcule o módulo da soma vetorial R = A + B + C sabendo que o
10 lado do quadrado possui medida de 20 metros.

x
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32

02. Trace na imagem as componentes dos vetores e expresse os


vetores usando os versores x̂ e  ŷ .

a) Adote o módulo do vetor v = 100 m , sen
= (β ) 0,6 e cos
= (β ) 0,8

     
04. Calcule o módulo da soma vetorial R = A + B + C + D + E
sabendo que o lado do quadrado possui medida de 10 metros.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 155


FÍSICA I 06 VETORES

     05. (PUC-RJ 2010) Um pequeno avião acelera, logo após a sua


05. Calcule o módulo da soma vetorial R = A + B + C + D sabendo
decolagem, em linha reta, formando um ângulo de 45o com o plano
que o lado do quadrado possui medida de 1 metro. horizontal.
Sabendo que a componente horizontal de sua aceleração é de 6,0
m/s2, calcule a componente vertical da mesma.
(Considere g = 10 m/s2)
a) 6,0 m/s2
b) 4,0 m/s2
c) 16,0 m/s2
d) 12,0 m/s2
e) 3,0 m/s2

06. Um corpo move-se no plano XY, sendo as coordenadas de


Reprodução proibida Art. 184 do CP.

sua posição dadas pelas funções x(t) = 3t e y(t) = t3 – 12t, em


centímetros, com t em segundos. O módulo do deslocamento entre
os instantes t = 0 e t = 4 segundos, em centímetros, é:
a) 4.
EXERCÍCIOS b) 20.
PROPOSTOS c) 38.
d) 48.
01.(IFSUL 2016) Uma partícula de certa massa movimenta-se sobre e) 58.
um plano horizontal, realizando meia volta em uma circunferência
de raio 5,00 m. Considerando π = 3,14, a distância percorrida e o 07. (UECE 2010) Um barco pode viajar a uma velocidade de
módulo do vetor deslocamento são, respectivamente, iguais a: 11 km/h em um lago em que a água está parada. Em um rio, o
a) 15,70 m e 10,00 m barco pode manter a mesma velocidade com relação à água. Se
b) 31,40 m e 10,00 m esse barco viaja no Rio São Francisco, cuja velocidade da água,
em relação à margem, assume-se 0,83 m/s, qual é sua velocidade
c) 15,70 m e 15,70 m aproximada em relação a uma árvore plantada na beira do rio
d) 10,00 m e 15,70 m quando seu movimento é no sentido da correnteza e contra a
e) 12,00 m e 30,40 m correnteza, respectivamente?
a) 14 km/h e 8 km/h.
02. As navegações desde sempre possuem um importante b) 10,2 m/s e 11,8 m/s.
papel no desenvolvimento da sociedade. Suponha que um barco
c) 8 km/h e 14 km/h.
atravesse um rio com velocidade, em relação às águas, de 8 m/s,
numa direção perpendicular às margens. Sabendo que a velocidade d) 11,8 m/s e 10,2 m/s.
da correnteza vale 6 m/s, paralela às margens, calcule a velocidade e) 12,8 m/s e 14 km/h
do barco em relação a um observador em terra firme.
a) 2 m/s d) 48 m/s 08. (UEL 1994) Considere as seguintes grandezas físicas
b) 10 m/s e) 100 m/s mecânicas: TEMPO, MASSA, FORÇA, VELOCIDADE e TRABALHO.
Dentre elas, têm caráter vetorial apenas
c) 14 m/s
a) força e velocidade.
03. (IFSUL 2015) Considere um relógio com mostrador circular de b) massa e força.
10 cm de raio e cujo ponteiro dos minutos tem comprimento igual c) tempo e massa.
ao raio do mostrador. Considere esse ponteiro como um vetor de d) velocidade e trabalho.
origem no centro do relógio e direção variável.
e) tempo e trabalho.
O módulo da soma vetorial dos três vetores determinados pela
posição desse ponteiro quando o relógio marca exatamente 12
09. (UFAL 2010) De dentro de um automóvel em movimento
horas, 12 horas e trinta minutos e, por fim, 12 horas e 40 minutos
retilíneo uniforme, numa estrada horizontal, um estudante olha pela
é, em cm, igual a
janela lateral e observa a chuva caindo, fazendo um ângulo (θ) com
a) 30 a direção vertical, com sen (θ) = 0,8 e cos (θ) = 0,6.
b) 10(1 3) Para uma pessoa parada na estrada, a chuva cai verticalmente, com
c) 20 velocidade constante de módulo v. Se o velocímetro do automóvel
d) 10 marca 80,0 km/h, pode-se concluir que o valor de v é igual a:
e) 5 a) 48,0 km/h
b) 60,0 km/h
04. Um avião, após deslocar-se 120 km para nordeste (NE), c) 64,0 km/h
desloca-se 160 km para sudeste (SE). Sendo um quarto de hora, o d) 80,0 km/h
tempo total dessa viagem, o módulo da velocidade vetorial média
do avião, nesse tempo, foi de e) 106,7 km/h
a) 320 km/h c) 540 km/h e) 800 Km/h
b) 480 km/h d) 640 km/h

156 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


06 VETORES FÍSICA I

10. Observe os vetores abaixo representados e identifique a Os vetores que descrevem adequada e respectivamente a
alternativa correta: velocidade e a aceleração da bola no ponto mais alto de sua
trajetória são
 
a) w1 e w4
 
b) w4 e w4
 
c) w1 e w3
 
d) w1 e w2
 
e) w4 e w3

12. Com seis vetores de módulo iguais a 8u, construiu-se o


hexágono regular a seguir. O módulo do vetor resultante desses 6
vetores é:
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

a) Os vetores C e D têm a mesma direção.


b) Os vetores B e F têm o mesmo sentido.
c) Os vetores A e D têm o mesmo comprimento.
d) Os vetores F e E são iguais.

11. Um jogador de futebol chuta uma bola sem provocar nela


qualquer efeito de rotação. A resistência do ar é praticamente
desprezível, e a trajetória da bola é uma parábola. Traça-se um a) 40 u
sistema de eixos coordenados, com um eixo x horizontal e paralelo b) 32 u
ao chão do campo de futebol, e um eixo y vertical com sentido
c) 24 u
positivo para cima.
d) 16 u
Na Figura a seguir, o vetor indica a velocidade com que a bola é
lançada (velocidade inicial logo após o chute). e) zero

13. (EEAR 2019) Dois vetores V1 e V2 formam entre si um ângulo


θ e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12 unidades,
respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13
unidades, podemos afirmar corretamente que o ângulo θ entre os
vetores V1 e V2 vale:
a) 0º
b) 45º
c) 90º
d) 180º
e) 120º

     14. (EEAR 2017) Sobre uma mesa sem atrito, um objeto sofre a
Abaixo estão indicados quatro vetores w1,w2 ,w3 e w4 , sendo w4
ação de duas forças F1 = 9N e F2 = 15N, que estão dispostas de
o vetor nulo.
modo a formar entre si um ângulo de 120º. A intensidade da força
resultante, em newtons, será de
a) 3 24
b) 3 19
c) 306
d) 24
e) 2 11

15. Considere uma pedra em queda livre e uma criança em um


carrossel que gira com velocidade angular constante. Sobre o
movimento da pedra e da criança, é correto afirmar que
a) a aceleração da pedra varia e a criança gira com aceleração nula.
b) a pedra cai com aceleração nula e a criança gira com aceleração
constante.
c) ambas sofrem acelerações de módulos constantes.
d) a aceleração em ambas é zero.
e) a aceleração da pedra é constante e a criança gira com
aceleração nula.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 157


FÍSICA I 06 VETORES

16. (EEAR 2018) A adição de dois vetores de mesma direção e 20. (UFMG) Dois barcos - I e II - movem-se, em um lago, com
mesmo sentido resulta num vetor cujo módulo vale 8 Quando estes velocidade constante, de mesmo módulo, como representado na
vetores são colocados perpendicularmente, entre si, o módulo do vetor figura:
resultante vale 4 2. Portanto, os valores dos módulos destes vetores
são
a) 1 e 7
b) 2 e 6
c) 3 e 5
d) 4 e 4
e) 1 e 1

17.
Em relação à água, a direção do movimento do barco I é
perpendicular à do barco II e as linhas tracejadas indicam o sentido
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

do deslocamento dos barcos.


Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que a
velocidade do barco II, medida por uma pessoa que está no barco I,
é mais bem representada pelo vetor
a) P.
b) Q.
c) R.
Uma partícula move-se do ponto P1 ao P4 em três deslocamentos d) S.
   
vetoriais sucessivos a, b e d. Então o vetor de deslocamento d é e) nenhum dos vetores mostrados na imagem.
  
a) c − (a + b)
  
b) a + b + c
   EXERCÍCIOS DE
c) (a + c) − b
  
d) a − b + c
05. APROFUNDAMENTO
  
e) c − a + b 01. (UFPR 2011) Durante um passeio, uma pessoa fez o seguinte
trajeto: partindo de um certo ponto, caminhou 3 km no sentido
norte, em seguida 4 km para o oeste, depois 1 km no sentido norte
18. (IFPE 2012) Qual o cosseno do ângulo formado pelos vetores novamente, e então caminhou 2 km no sentido oeste. Após esse
→ → →
percurso, a que distância a pessoa se encontra do ponto de onde
→ → → →
A 4. i + 3. j e B =
= −1.i + 1. j , em que i e j são vetores unitários?
iniciou o trajeto?
− 2
a)
10 02. (UFPE 2007) Um barco de comprimento L = 80 m, navegando
− 10 no sentido da correnteza de um rio, passa sob uma ponte de largura
b) D = 25 m, como indicado na figura.
2
Sabendo-se que a velocidade do barco em relação ao rio é vB = 14
2
c) km/h, e a velocidade do rio em relação às margens é vR = 4 km/h,
10 determine em quanto tempo o barco passa completamente por
10 baixo da ponte, em segundos.
d)
2
e) 0

19. (CFTCE 2007) Dados os vetores "a", "b", "c", "d" e "e" a seguir
representados, obtenha o módulo do vetor soma: R = a + b + c + d + e

03. (UFPE 2007) Dois trens idênticos trafegam em sentidos


contrários na mesma linha férrea retilínea e horizontal, em rota de
colisão. Um trem partiu da estação A, e outro saiu da estação B.
Ambos partiram do repouso no mesmo instante. A distância entre
as estações e D = 4 km, e o intervalo de tempo até a colisão é ∆t =
5 minutos. Supondo que as resultantes das forças que atuam nos
a) zero trens são constantes e tem módulos iguais, determine a velocidade
b) 20 relativa de aproximação dos trens, no instante da colisão, em km/h.
c) 1
d) 2
e) 52

158 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


06 VETORES FÍSICA I

04. (CFTCE 2007) Os deslocamentos A e B da figura formam um


ângulo de 60° e possuem módulos iguais a 8,0 m. Calcule os módulos GABARITO
dos deslocamentos A + B, A - B e B - A e desenhe-os na figura. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A 05. A 09. B 13. C 17. A
02. B 06. B 10. B 14. B 18. A
03. D 07. A 11. D 15. C 19. E
04. E 08. A 12. B 16. D 20. C

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

01. 2 13Km
02. 21 s
03. 96 km/h
04. 8m
05. Observe a figura a seguir:
05.

a)
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

(Uel 2018) Em uma brincadeira de caça ao tesouro, o mapa diz Os vetores pretos representam os passos dados nas direções sugeridas, sendo o
ponto de partida à esquerda do diagrama, sendo 10 passos no sentido norte, doze no
que para chegar ao local onde a arca de ouro está enterrada, deve-
sentido leste, sete para o sul e oito para oeste.
se, primeiramente, dar dez passos na direção norte, depois doze
passos para a direção leste, em seguida, sete passos para o sul, e
finalmente oito passos para oeste. c) Em linha reta do ponto de partida até o ponto de chegada está representado no
diagrama com a cor vermelha e representa a soma vetorial de todos os passos
dados e representados em preto, ou seja, o vetor resultante. O seu cálculo é realizado
usando o teorema de Pitágoras entre o início e o final do trajeto:

R= 42 + 32 ∴R= 5 passos.

A partir dessas informações, responda aos itens a seguir.


a) Desenhe a trajetória descrita no mapa, usando um diagrama
de vetores.
b) Se um caçador de tesouro caminhasse em linha reta, desde o
ponto de partida até o ponto de chegada, quantos passos ele
daria?
Justifique sua resposta, apresentando os cálculos envolvidos
na resolução deste item.

ANOTAÇÕES

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 159


FÍSICA I 06 VETORES

ANOTAÇÕES
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

160 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


07
FÍSICA I
CINEMÁTICA VETORIAL

CINEMÁTICA ESCALAR E CINEMÁTICA VETOR VELOCIDADE MÉDIA (VM)


VETORIAL É a razão entre o vetor deslocamento e o intervalo de tempo
correspondente.
Na Cinemática (estudo do movimento) Escalar o que fazemos
é estudar a posição, o deslocamento a velocidade (média e
instantânea) e a aceleração de um móvel. Como os movimentos
estudados foram basicamente retilíneos, o sinal de negativo e
positivo eram suficientes para representarmos os sentidos sobre Como o intervalo de tempo é sempre positivo, o vetor velocidade
uma linha, por isso até agora nós estudamos apenas os valores média e o vetor deslocamento terão sempre mesma direção e o
ou módulos dessas grandezas. Neste módulo daremos mais mesmo sentido, por isso é comum representá-los:
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

importância à direção e ao sentido que essas grandezas possuem.

VETOR POSIÇÃO OU
POSIÇÃO VETORIAL ( r ) 
Não quer dizer que vm será sempre menor que ∆r .
É o vetor que localiza o móvel dentro da sua trajetória.

VETOR VELOCIDADE INSTANTÂNEA (v )


O vetor velocidade instantânea é sempre tangente à trajetória e
tem o sentido do movimento.

Para os eixos de referência dados, quando o móvel estiver


na posição 1 seu vetor posição será r1 . Quando
 ele estiver em 2
seu vetor posição ou posição vetorial será r2 . Observe que o vetor
posição depende dos eixos de referência. É calculada fazendo ∆t muito pequeno, determinando esse
deslocamento infinitesimal. Quanto menor for ∆t, mais próximo da
velocidade instantânea estaremos.
VETOR DESLOCAMENTO OU
DESLOCAMENTO VETORIAL (∆r ) VETOR ACELERAÇÃO INSTANTÂNEA ( a )
É o vetor que liga a posição inicial à posição final do móvel. O vetor aceleração instantânea tem sempre o seu sentido voltado
para o interior da curvatura da trajetória. Na trajetória desenhada a
seguir, não importa o sentido do movimento do móvel, qualquer um
dos três vetores poderia ser o vetor aceleração no ponto A.

PROEXPLICA

• O vetor deslocamento não depende dos eixos de


referência.
DECOMPOSIÇÃO DO VETOR

ACELERAÇÃO
Para facilitar nossa compreensão, decompõe-se o vetor
• O módulo do vetor deslocamento e o deslocamento escalar
aceleração em duas componentes ortogonais.
(∆S) só terão o mesmo valor se a trajetória for retilínea.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 161


FÍSICA I 07 CINEMÁTICA VETORIAL

COMPONENTE ACELERAÇÃO TANGENCIAL variar a direção do vetor velocidade. Veja que nos movimentos
retilíneos não pode existir esta componente, mas nos movimentos
É a componente da aceleração que mede a variação no módulo curvilíneos ela tem que existir.
da velocidade, é esta parcela da aceleração que aparecia nas
fórmulas do MUV. Observe que se o movimento for uniforme esta
componente não pode existir, se o movimento for acelerado ela terá PROEXPLICA
o mesmo sentido da velocidade e se o movimento for retardado ela
terá sentido oposto ao da velocidade. • Depois veremos uma outra fórmula para a aceleração
centrípeta, agora é bom saber:
COMPONENTE ACELERAÇÃO CENTRÍPETA acp 
V2
, onde R é o raio da curva no ponto considerado.
Também conhecida como componente radial ou normal. R
Componente da aceleração com seu sentido voltado para o centro   
• |a ²
= at ² + acp | ²
da curva. É esta componente da aceleração que é responsável por

MOVIMENTOS CIRCULARES
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Movimento Circular Uniforme (M.C.U)


A velocidade vetorial possui módulo constante, entretanto a velocidade vetorial varia em direção e sentido. Nesse caso, a aceleração
V2
tangencial é nula e a aceleração centrípeta tem módulo constante e vale acp = . A aceleração centrípeta, porém, varia em direção e
sentido. R
Velocidade Aceleração

Movimento Circular Uniformemente Variado (MCUV)


No MCUV, a aceleração tangencial e centrípeta estão presentes no movimento simultaneamente, pois a velocidade vetorial varia em
módulo (movimento variado) e direção (trajetória curvilínea).
a) Acelerado
 
v aT

 
a acp

  
v aT a

acp

acp 
aT
 
v  a
A a 
acp
 
v aT

Partindo de A no sentido
horário com vi  0
Observe que a aceleração tangencial possui mesmo sentido que o vetor velocidade em cada ponto, por isso, a velocidade e a
aceleração centrípeta aumentam, em módulo, com o passar do tempo.

 
v aT

162 PROENEM.COM.BR acp PRÉ-VESTIBULAR
a

Partindo de A no sentido
horário com vi  0

07 CINEMÁTICA VETORIAL FÍSICA I

b) Retardado  
v aT

acp 
a

 a
v 
 aT
acp
  
v  a acp
aT

 acp
A a
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

 
v aT
Partindo de A no sentido
horário com vi  0

Observe que a aceleração tangencial possui sentido oposto ao vetor velocidade em cada ponto, por isso, a velocidade e a aceleração
centrípeta diminuem, em módulo, com o passar do tempo.

PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS Vamos considerar a imagem abaixo, que apresenta a


velocidade do barco perpendicular em relação a velocidade de
MOVIMENTOS arrastamento da água.
Enunciado por Galileu: “O movimento de um corpo pode ser
estudado como sendo o resultado da superposição de outros
movimentos independentes que ocorrem simultaneamente”.
Observe que se dois ou mais movimentos ocorrem 
VArrastamento
simultaneamente, eles podem ser estudados separadamente, Velocidade do rio
tendo em comum apenas o tempo. B C


COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTO VRelativa
Velocidade do barco
Um barco tenta atravessar perpendicularmente de uma
margem para outra de um rio. Apesar de toda a potência de seu
motor tentar mantê-lo perpendicularmente às margens, o que 
se observa é que ele atravessa o rio na diagonal, arrastado pela A VResultante
correnteza.
Analisemos os movimentos envolvidos:
3º Movimento Relativo: é o movimento do barco em relação
ao rio, resulta numa velocidade relativa que é a própria   
VRes
= VRel + VArr
velocidade do barco, caso o rio se mantivesse em repouso.
4º Movimento de Arrastamento: é o movimento do rio, que Casos Particulares
seria a velocidade do barco caso ele não possuísse sua
1. Barco navega a favor da correnteza
própria velocidade.
5º Movimento resultante: é a composição dos dois 
movimentos anteriores, devido às duas velocidades VRelativa
existentes. 
VResultante

Correnteza VArrastamento
Em termos de velocidade:
Velocidade Relativa: a do barco em relação à água.
Vresultante
= Vrelativa + VArrastamento
Velocidade de Arrastamento: a da água em relação às
margens.
Velocidade Resultante: a do barco em relação às margens. 2. Barco navega contra a correnteza


Em termos vetoriais: VRelativa
   
v resul
= tan te v relativa + v arrastamento  VArrastamento
VResultante
Correnteza

Vresultante
= Vrelativa − VArrastamento

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 163


FÍSICA I 07 CINEMÁTICA VETORIAL

3. Barco navega perpendicularmente à correnteza


EXERCÍCIOS

  PROTREINO
Vrel Vres
01. Um objeto parte do ponto A para o ponto B e segue na trajetória
descrita abaixo.


Correnteza Varr

V²=
res V²rel + V²Arr
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Observe a sequência de imagens que veríamos ao observar


de cima o movimento do barco.
C

B
O tempo de A até B é de 40 segundos.
Calcule:
Vbarco
a) O módulo da velocidade vetorial média;
Vágua b) O módulo da velocidade escalar média.

02. Dois objetos partem da posição A às 12:00 e chegam na


posição B às 12:02.
O objeto 1 segue a trajetória retilínea, enquanto o objeto 2 segue a
trajetória circular, conforme figura abaixo.

Repare que a velocidade relativa do barco em relação


a água é independente do movimento de arrastamento
da água imposto ao barco. Então, essa velocidade de
arrastamento não tem nenhuma relação com a travessia
propriamente dita. Assim se quisermos calcular o tempo
Considere π =2 e calcule:
D
de travessia basta usar: Vrel = , onde D é a distância a) Os módulos das velocidades vetoriais médias dos objetos, em m/s;
∆t
b) As velocidades escalares médias dos objetos, em m/s.
entre as margem (entre o ponto A e B da imagem acima).
03. O veículo parte do ponto A com módulo da velocidade constante
de 10 m/s.
4. Barco navega perpendicular à margem.
Considere π = 3 e calcule o módulo da velocidade vetorial média
quando o veículo completa uma volta.
B Barco parte
de A e chega a B
 
Vrel Vres


 2  2  2
Varr Vrel  Vres  V arr
Correnteza A

164 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


07 CINEMÁTICA VETORIAL FÍSICA I

04. Um veículo se movimenta com módulo da velocidade constante 03. (CESGRANRIO 1994) Uma roda de bicicleta se move, sem
de 2 m/s, passando pela curva C1, pela curva C2 e seguindo pelo deslizar, sobre um solo horizontal, com velocidade constante. A
trecho retilíneo entre A e B. figura apresenta o instante em que um ponto B da roda entra em
Calcule o módulo da aceleração centrípeta em cada um dos trechos contato com o solo.
citados acima: No momento ilustrado na figura a seguir, o vetor que representa a
velocidade do ponto B, em relação ao solo, é:

a)

b)

05. Uma esfera é presa por um fio de 0,5 m e gira em M.C.U com
módulo da aceleração de 50 m/s², conforme figura abaixo:
c)
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

d)

e) vetor nulo

04. (UNITAU 1995) Um avião sai de um mergulho percorrendo um


arco de circunferência de 300 m. Sabendo-se que sua aceleração
centrípeta no ponto mais abaixo do arco vale 8,33 m/s2, conclui-se
que sua velocidade, nesse ponto, é:
Calcule o módulo da velocidade da esfera. a) 8,33 m/s na direção horizontal.
b) 1,80 × 102 km/h na direção horizontal.
c) 1,80 × 102 km/h na direção vertical.
d) 2,50 × 103 m/s na direção horizontal.
EXERCÍCIOS e) 2,50 × 103 m/s na direção vertical.
PROPOSTOS 05. (UNITAU 1995) Uma partícula tem movimento circular
uniforme de velocidade escalar de 10m/s, dando uma volta a
01. (FEI 1994) Sabe-se que a distância entre as margens paralelas
cada 8 segundos. O módulo de aceleração vetorial média para um
de um rio é de 100 m e que a velocidade da correnteza, de 6 m/s,
intervalo de tempo de 2s é:
é constante, com direção paralela às margens. Um barco parte de
um ponto x da margem A com velocidade constante de 8 m/s, com
a) 2 m/s2. c) 2. 2 m/s2.
direção perpendicular às margens do rio. A que distância do ponto
x o barco atinge a margem B? d) 2 m/s2.
b) 5 2 m/s2.
a) 100 m c) 600 m e) 800 m e) 5 m/s2.
b) 125 m d) 750 m
06. A figura a seguir apresenta, em dois instantes, as velocidades
v1 e v2 de um automóvel que, em um plano horizontal, se desloca
02. Toda vez que o vetor velocidade sofre alguma variação,
numa pista circular.
significa que existe uma aceleração atuando. Existem a aceleração
tangencial ou linear e a aceleração centrípeta.
Assinale a alternativa correta que caracteriza cada uma dessas
duas acelerações.
a) Aceleração tangencial é consequência da variação no módulo
do vetor velocidade; aceleração centrípeta é consequência da
variação na direção do vetor velocidade.
b) Aceleração tangencial é consequência da variação na direção Com base nos dados da figura, e sabendo-se que os módulos
do vetor velocidade; aceleração centrípeta é consequência da dessas velocidades são tais que v1>v2 é correto afirmar que
variação no módulo do vetor velocidade.
a) a componente centrípeta da aceleração é diferente de zero.
c) Aceleração tangencial só aparece no MRUV; aceleração
b) a componente tangencial da aceleração apresenta a mesma
centrípeta só aparece no MCU.
direção e o mesmo sentido da velocidade.
d) Aceleração tangencial tem sempre a mesma direção e
c) o movimento do automóvel é circular uniforme.
sentido do vetor velocidade; aceleração centrípeta é sempre
perpendicular ao vetor velocidade. d) o movimento do automóvel é uniformemente acelerado.
e) Aceleração centrípeta tem sempre a mesma direção e e) os vetores velocidade e aceleração são perpendiculares entre si.
sentido do vetor velocidade; aceleração tangencial é sempre
perpendicular ao vetor velocidade.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 165


FÍSICA I 07 CINEMÁTICA VETORIAL

07. (MACKENZIE 1996) Um motorista deseja fazer uma viagem de 14. Você e um amigo resolvem ir ao último andar de um edifício.
230 km em 2,5 horas. Se na primeira hora ele viajar com velocidade Vocês partem juntos do primeiro andar. Entretanto, você vai pelas
média de 80 km/h, a velocidade média no restante do percurso escadas e seu amigo, pelo elevador. Depois de se encontrarem
deve ser de: na porta do elevador, descem juntos pelo elevador até o primeiro
a) 120 km/h. c) 100 km/h. e) 85 km/h. andar. É CORRETO afirmar que:
b) 110 km/h. d) 90 km/h. a) o seu deslocamento foi maior que o de seu amigo.
b) o deslocamento foi igual para você e seu amigo.
08. (FEI 1996) Um barco movido por motor, desce 120 km de rio c) o deslocamento de seu amigo foi maior que o seu.
em 2 h. No sentido contrário, demora 3 h para chegar ao ponto de d) a distância que seu amigo percorreu foi maior que a sua.
partida. Qual é a velocidade da água do rio? Sabe-se que, na ida e
na volta, a potência desenvolvida pelo motor é a mesma. e) não é possível comparar os deslocamentos pois as trajetórias
foram diferentes.
a) 15 km/h b) 20 km/h c) 30 km/h d) 10 km/h e) 48 km/h
15.Um ônibus percorre em 30 minutos as ruas de um bairro, de A
09. Um patrulheiro viajando em um carro dotado de radar a uma até B, como mostra a figura:
velocidade de 60 km/h em relação a um referencial fixo no solo,
é ultrapassado por outro automóvel que viaja no mesmo sentido
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

que ele. A velocidade indicada pelo radar após a ultrapassagem é


de 30 km/h. A velocidade do automóvel em relação ao solo é, em
km/h, igual a:
a) 30 b) 45 c) 60 d) 75 e) 90

10. (FEI 1996) Uma automóvel realiza uma curva de raio 20 m com
velocidade constante de 72 km/h. Qual é a sua aceleração durante
a curva?
a) 0 m/s2 b) 5 m/s2 c) 10 m/s2 d) 20 m/s2 e) 3,6 m/s2

11. No lançamento de um bumerangue, este afasta-se até a


distância de 32 m e, após 8,0 s, volta onde está o dono que o atira.
A velocidade vetorial média nesse intervalo de tempo tem módulo: Considerando a distância entre duas ruas paralelas consecutivas
a) 16 m/s b) 8,0 m/s c) 4,0 m/s d) 2,0 m/s e) Zero igual a 100 m, analise as afirmações:
I. A velocidade vetorial média nesse percurso tem módulo 1 km/h.
12. Num bairro, onde todos os quarteirões são quadrados e as
II. O ônibus percorre 1500 m entre os pontos A e B.
ruas paralelas distam 100 m uma da outra, um transeunte faz o
percurso de P a Q pela trajetória representada no esquema a seguir. III. O módulo do vetor deslocamento é 500 m.
IV. A velocidade vetorial média do ônibus entre A e B tem módulo
3 km/h.
Estão corretas:
a) I e III. d) I e II.
b) I e IV. e) II e III.
c) III e IV.

16. (UPF 2019) Um corpo descreve um movimento circular


uniforme cuja trajetória tem 5 m de raio. Considerando que o objeto
O deslocamento vetorial desse transeunte tem módulo, em metros, descreve 2 voltas em 12 s, é possível afirmar que sua velocidade
igual a tangencial, em m/s é de, aproximadamente
a) 300 b) 350 c) 400 d) 500 e) 700 (Considere π = 3,14 rad)
a) 3,14 d) 6,28
13. Um barco sai de um ponto P para atravessar um rio de 4,0 km
de largura. A velocidade da correnteza, em relação às margens do b) 5,2 e) 31,4
rio, é de 6,0 km/h. A travessia é feita segundo a menor distância PQ, c) 15,7
como mostra o esquema representado a seguir, e dura 30 minutos
17. (PUCRJ 2010) Um pequeno avião acelera, logo após a sua
decolagem, em linha reta, formando um ângulo de 45o com o plano
horizontal.
Sabendo que a componente horizontal de sua aceleração é de 6,0
m/s2, calcule a componente vertical da mesma.
(Considere g = 10 m/s2)
a) 6,0 m/s2 d) 12,0 m/s2
b) 4,0 m/s 2
e) 3,0 m/s2
c) 16,0 m/s 2

A velocidade do barco em relação à correnteza, em km/h, é de


a) 4,0 b) 6,0 c) 8,0 d) 10 e) 12

166 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


07 CINEMÁTICA VETORIAL FÍSICA I

18. (UFAL 2010) De dentro de um automóvel em movimento 02. Um carro se desloca em movimento retilíneo uniforme a 10m/s,
retilíneo uniforme, numa estrada horizontal, um estudante olha pela em relação a um observador, conforme ilustra a figura a seguir.
janela lateral e observa a chuva caindo, fazendo um ângulo (θ) com Preso ao carro, um sistema bloco mola oscila em movimento
a direção vertical, com sen (θ) = 0,8 e cos (θ) = 0,6. harmônico simples, sendo 6m/s o módulo máximo da velocidade
Para uma pessoa parada na estrada, a chuva cai verticalmente, com do bloco em relação ao carro. Determine os módulos máximo e
velocidade constante de módulo v. Se o velocímetro do automóvel mínimo da velocidade do bloco em relação ao observador.
marca 80,0 km/h, pode-se concluir que o valor de v é igual a:
a) 48,0 km/h d) 80,0 km/h
b) 60,0 km/h e) 106,7 km/h
c) 64,0 km/h

19. (UFAL 2007) A localização de um lago, em relação a uma


caverna pré-histórica, exigia que se caminhasse 200 m numa certa
direção e, a seguir, 480 m numa direção perpendicular à primeira. A
distância em linha reta, da caverna ao lago era, em metros, 03. Os automóveis A e B se movem com velocidades constantes
a) 680 b) 600 c) 540 d) 520 e) 500 vA = 100 km/h e vB = 82 km/h, em relação ao solo, ao longo das
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

estradas EA e EB, indicadas na figura. Um observador no automóvel


20. (CFTCE 2004) Uma partícula desloca-se sobre a trajetória formada B mede a velocidade do automóvel A. Determine o valor da
pelas setas que possuem o mesmo comprimento L. A razão entre a componente desta velocidade na direção da estrada EA, em km/h.
velocidade escalar média e a velocidade vetorial média é:

a) 1 d) 3
3 2 04. Uma pessoa atravessa uma piscina de 4,0 m de largura,
2 e) 2 nadando com uma velocidade de módulo 4,0 m/s em uma direção
b)
que faz um ângulo de 60° com a normal. Quantos décimos de
3
segundos levará o nadador para alcançar a outra margem?
c) 1

EXERCÍCIOS DE
05. APROFUNDAMENTO
01. A figura a seguir representa um mapa da cidade de
Vectoria o qual indica a direção das mãos do tráfego. Devido ao
congestionamento, os veículos trafegam com a velocidade média
de 18 km/h. Cada quadra desta cidade mede 200 m por 200 m
(do centro de uma rua ao centro de outra rua). Uma ambulância 05. Numa represa um homem faz seu barco a remo atingir uma
localizada em A precisa pegar um doente localizado bem no meio velocidade máxima de 8 quilômetros por hora.
da quadra em B, sem andar na contramão.
Nesse mesmo remado tenta atravessar um rio cujas águas se
a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no percurso de A para B? movem com uma velocidade de 5 quilômetros por hora como
b) Qual é o módulo do vetor velocidade média (em km/h) entre os indica a figura a seguir. O rio tem largura de 3,2 km.
pontos A e B? Se o barco parte do ponto A, em qual ponto da outra margem o
barco chegará?

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 167


FÍSICA I 07 CINEMÁTICA VETORIAL

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. B 05. B 09. E 13. D 17. A
02. A 06. A 10. D 14. B 18. B
03. E 07. C 11. E 15. A 19. D
04. B 08. D 12. D 16. B 20. B

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) 3 min b) 10,0 Km/h
02. Vmin= 4 m/s e Vmáx=16 m/s
03. 59 km/h
04. 20 ds
05. No ponto C

ANOTAÇÕES
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

168 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


08
FÍSICA I
LANÇAMENTO HORIZONTAL

DEFINIÇÃO ATENÇÃO!
É o movimento que começa com uma velocidade com direção
O tempo de queda só depende da altura que o corpo cai e da
horizontal, paralela ao solo. Após o lançamento teremos dois
gravidade. O movimento horizontal ocorre enquanto a pedra
movimentos distintos:
estiver no ar, não influenciando no tempo da queda.
No eixo Horizontal: como desprezamos o atrito não haverá
mudança na velocidade, teremos MU. Portanto a velocidade
horizontal (vx), que é a velocidade inicial do movimento, permanece
constante durante toda a trajetória. A maior distância horizontal
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

alcançada pelo corpo denomina-se ALCANCE (A).


No eixo Vertical: ocorrerá queda livre, pois o movimento
ocorrerá por força da gravidade apenas. Portanto usaremos
as equações do MRUV, já que a aceleração durante a queda é
constante.
A velocidade em cada ponto da trajetória deve ser calculada
compondo-se as duas velocidades que o móvel possui:

Resumindo, quando um corpo é lançado horizontalmente


no vácuo, nas proximidades da superfície de um planeta,
descreve dois movimentos simultâneos e independentes:
queda livre (na vertical) e movimento uniforme (na horizontal).
Esses movimentos compõem uma trajetória parabólica, em
relação à superfície do planeta.

PROEXPLICA
EXERCÍCIOS
• Não esqueça que o vetor velocidade é sempre tangente à PROTREINO
trajetória em cada ponto considerado.
• 01. Uma bolinha rola com velocidade de módulo constante v = 4,0
m/s sobre uma mesa horizontal de altura h = 0,8 m e, com essa
velocidade, abandona a borda da mesa.

AS EQUAÇÕES QUE UTILIZAREMOS SERÃO:


• NA VERTICAL (MRUV):
V V0 + at
= 
2 
at 
∆S= V0 t + 
2  Substituindo :
V2 = V0 + 2a∆S  S → H a = g
2
V0 = 0

Resulta em:
Vy = gt

gt 2
∆H =
2
2 Considere g= 10 m/s² e calcule
Vy= 2g∆H
a) O tempo em que a bolinha chega ao solo;
• NA HORIZONTAL (MRU): b) O intervalo de tempo calculado no item anterior seria maior,
menor ou igual, se a bolinha caísse em queda livre de uma

 mesma altura;
∆S = V ⋅ t  Substituindo :
 ∆S → Alcance c) O seu deslocamento na direção horizontal a partir do instante
 V=Vx em que abandona até o instante que toca o solo;
d) O módulo da velocidade com que a bolinha chega ao solo.
Resulta em:
A
= Vx ⋅ t

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 169


FÍSICA I 08 LANÇAMENTO HORIZONTAL

02. Um avião se move horizontalmente a 2000 m de altura com 05. No jogo de baseball duas equipes de nove jogadores pontuam
velocidade de 432 Km/h no instante em que abandona um caixote. quando batem com um bastão em uma bola lançada e conseguem
Considere g = 10 m/s² e despreze a ação do ar e calcule: correr pelas quatro bases do campo. Um jogador da equipe
atacante pode parar em uma das bases e, depois, avançar com a
a) O tempo de queda; ajuda da rebatida de um companheiro. Os times trocam de posição
b) A distância que o caixote percorre na direção horizontal desde sempre que três rebatedores são eliminados. Um turno de ataque e
o lançamento até o instante em que atinge o solo; defesa de cada time representa uma entrada, um jogo profissional
c) O módulo da velocidade do pacote ao atingir o solo. é composto de nove entradas. Ao final do jogo, o time com mais
corridas vence.
03. Uma bolinha desliza sobre uma mesa com velocidade
constante de 20 m/s sobre uma mesa horizontal. Ao abandonar a
borda da mesa, ela cai livre de resistência do ar sob ação da força
gravitacional, atingindo o solo num ponto situado a 10 metros do
pé da mesa. A partir dessas informações, calcule:
a) O tempo de queda;
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

b) A altura da mesa, em relação ao solo;

04. No universo cinematográfico dos Transformers, Cybertron é um


planeta fictício habitado por múltiplos seres mecânicos, chamados
de Transformers, esses habitantes estavam em guerra e se dividiam
em Autobots, liderados por Optimus Prime e os Decepticons, liderados
por Megatron. As explosões durante essa guerra levaram a destruição
Cybertron e em consequência seus habitantes passaram a procurar
um novo planeta para chamar de lar.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aroldis_Chapman_2010_(2).jpg

Aroldis Chapman é um famoso arremessador, nascido em Cuba,


consegue lançar bolas a uma velocidade de 171 Km/h. Considere
que Aroldis em um treinamento lance horizontalmente uma bola
a uma velocidade de 144 Km/h e que ela leve 0,46 segundos para
chegar ao rebatedor. Analisando as informações e desconsiderando
a resistência do ar, calcule:
a) a distância, em metros, entre o arremessador e o rebatedor;
b) o quanto a bola caiu, aproximadamente, entre o instante do
lançamento e o instante em que chega ao rebatedor.

EXERCÍCIOS
Antes da destruição do planeta Cybertron, uma máquina atirou
horizontalmente uma bola de ferro de 2 toneladas, próxima a
PROPOSTOS
superfície do planeta, e obteve os gráficos a seguir.
01. (PUCRJ 2015) Uma bola é lançada com velocidade horizontal
de 2,5 m/s do alto de um edifício e alcança o solo a 5,0 m da base
do mesmo.
Despreze efeitos de resistência do ar e indique, em metros, a altura
do edifício.
Considere: g = 10 m/s²
a) 10 d) 20
b) 2,0 e) 12,5
c) 7,5

02. Um objeto é atirado, horizontalmente, com velocidade de 35


Sendo x a distância horizontal e y a vertical e identificando as m/s, da borda de um penhasco, em direção ao mar. O objeto leva
informações dos gráficos, calcule: 3,0 s para cair na água. Calcule, em metros, a altura, acima do nível
Adote: desprezível qualquer força dissipativa. do mar, a partir da qual o objeto foi lançado.

a) a velocidade horizontal da bola; Considere g= 10 m/s² e despreze a resistência do ar.

b) o valor da aceleração da gravidade no planeta Cybertron. a) 30 b) 45 c) 60 d) 105 e) 150

170 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


08 LANÇAMENTO HORIZONTAL FÍSICA I

03. Considere a figura abaixo, na qual Michele utiliza uma bola de 07. Um trem de passageiros passa em frente a uma estação, com
tênis para brincar com seu cãozinho, Nonô. velocidade constante em relação a um referencial fixo no solo.
Nesse instante, um passageiro deixa cair sua câmera fotográfica,
que segurava próxima a uma janela aberta. Desprezando a
resistência do ar, a trajetória da câmera no referencial fixo do
trem é___________, enquanto, no referencial fixo do solo, a trajetória
é___________. O tempo de queda da câmera no primeiro referencial
é___________ tempo de queda no outro referencial.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.
a) parabólica — retilínea — menor que o
b) parabólica — parabólica — menor que o
Nesta situação, Michele arremessa a bola na direção horizontal
para que Nonô corra em sua direção e a pegue. Ao ser arremessada, c) retilínea — retilínea — igual ao
a bola sai da mão de Michele a uma velocidade de 14,4 km/h e uma d) retilínea — parabólica — igual ao
altura de 1,80 m do chão. Nesse instante, Nonô encontra-se junto e) parabólica — retilínea — igual ao
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

aos pés de sua dona.


Dadas estas condições, o tempo máximo que Nonô terá para pegar 08. Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com
a bola, antes que a mesma toque o chão pela primeira vez, é velocidade constante, de módulo igual a 10,8 km/h, em trajetória
(Despreze o atrito da bola com o ar e considere a aceleração da retilínea, numa quadra plana e horizontal.
gravidade com o valor g = 10 m/s².) Num certo instante, a menina, com o braço esticado horizontalmente
a) 0,375 s. b) 0,6 s. c) 0,75 s d) 0,25 s. e) 1,0 s. ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de movimento, solta
a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. As distâncias sm e sb
04. Para um salto no Grand Canyon usando motos, dois percorridas, respectivamente, pela menina e pela bola, na direção
paraquedistas vão utilizar uma moto cada, sendo que uma delas horizontal, entre o instante em que a menina soltou a bola (t = 0 s)
possui massa três vezes maior. Foram construídas duas pistas e o instante t = 0,5 s, valem:
idênticas até a beira do precipício, de forma que no momento do NOTE E ADOTE
salto as motos deixem a pista horizontalmente e ao mesmo tempo. Desconsiderar efeitos dissipativos.
No instante em que saltam, os paraquedistas abandonam suas
motos e elas caem praticamente sem resistência do ar. a) sm = 1,25 m e sb = 0 m.
As motos atingem o solo simultaneamente por que: b) sm = 1,25 m e sb = 1,50 m.
a) possuem a mesma inércia. c) sm = 1,50 m e sb = 0 m.
b) estão sujeitas à mesma força resultante. d) sm = 1,50 m e sb = 1,25 m.
c) têm a mesma quantidade de movimento inicial. e) sm = 1,50 m e sb = 1,50 m
d) adquirem a mesma aceleração durante a queda.
09. Um trem em alta velocidade desloca-se ao longo de um trecho
e) são lançadas com a mesma velocidade horizontal. retilíneo a uma velocidade constante de 108 km/h. Um passageiro
em repouso arremessa horizontalmente ao piso do vagão, de uma
05. Da parte superior de um caminhão, a 5,0 metros do solo, altura de 1 m, na mesma direção e sentido do deslocamento do
o funcionário 1 arremessa, horizontalmente, caixas para o trem, uma bola de borracha que atinge esse piso a uma distância
funcionário 2, que se encontra no solo para pegá-las. Se cada caixa de 5 m do ponto de arremesso.
é arremessada a uma velocidade de 8,0 m/s, da base do caminhão, Se a bola fosse arremessada na mesma direção, mas em sentido
deve ficar o funcionário 2, a uma distância de: oposto ao do deslocamento do trem, a distância, em metros, entre
o ponto em que a bola atinge o piso e o ponto de arremesso seria
igual a:
a) 0
b) 5
c) 10
d) 15
Considere a aceleração da gravidade 10,0 m/s² e despreze as
e) 20
dimensões da caixa e dos dois funcionários.
a) 4,0 m. b) 5,0 m. c) 6,0 m. d) 7,0 m. e) 8,0 m. 10. Um avião sobrevoa, com velocidade constante, uma área
devastada, no sentido sul-norte, em relação a um determinado
06. Em uma área onde ocorreu uma catástrofe natural, um observador.
helicóptero em movimento retilíneo, a uma altura fixa do chão,
A figura a seguir ilustra como esse observador, em repouso, no
deixa cair pacotes contendo alimentos. Cada pacote lançado
solo, vê o avião.
atinge o solo em um ponto exatamente embaixo do helicóptero.
Quatro pequenas caixas idênticas de remédios são largadas de um
Desprezando forças de atrito e de resistência, pode-se afirmar
compartimento da base do avião, uma a uma, a pequenos intervalos
que as grandezas velocidade e aceleração dessa aeronave são
regulares. Nessas circunstâncias, os efeitos do ar praticamente
classificadas, respectivamente, como:
não interferem no movimento das caixas.
a) variável − nula d) variável − variável
O observador tira uma fotografia, logo após o início da queda da
b) nula − constante e) constante - variável quarta caixa e antes de a primeira atingir o solo.
c) constante − nula A ilustração mais adequada dessa fotografia é apresentada em:

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 171


FÍSICA I 08 LANÇAMENTO HORIZONTAL

13. Um trem em alta velocidade desloca-se ao longo de um trecho


retilíneo a uma velocidade constante de 108 km/h. Um passageiro
em repouso arremessa horizontalmente ao piso do vagão, de uma
altura de 1 m, na mesma direção e sentido do deslocamento do
a)
trem, uma bola de borracha que atinge esse piso a uma distância
de 5 m do ponto de arremesso.
O intervalo de tempo, em segundos, que a bola leva para atingir o
piso é cerca de:
a) 0,05
b) b) 0,20
c) 0,45
d) 1,00
e) 1,55
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

14. Uma bola é lançada horizontalmente com uma velocidade v0


c) a partir de uma calha que se encontra a uma altura h0 do solo. A
bola atinge o solo à distância horizontal L0 a partir do ponto de
lançamento.
Se a altura da calha for quadruplicada, a nova distância horizontal a
partir do ponto de lançamento será
a) 4L0 d) L0
d) 2
b) 2L0
c) L0 e) L0
4
15. O puma é um animal que alcança velocidade de até 18 m/s e
11. Três bolas − X, Y e Z − são lançadas da borda de uma mesa, pode caçar desde roedores e coelhos até animais maiores como
com velocidades iniciais paralelas ao solo e mesma direção e alces e veados. Considere um desses animais que deseja saltar
sentido. A tabela abaixo mostra as magnitudes das massas e das sobre sua presa, neste caso um pequeno coelho, conforme a figura.
velocidades iniciais das bolas.

Bolas Massa (g) Velocidade inicial (m/s)


X 5 20
Y 5 10
Z 10 8
As relações entre os respectivos alcances horizontais Ax, Ay O puma chega ao ponto A com velocidade horizontal de 5 m/s
e Az das bolas X, Y e Z, com relação à borda da mesa, estão e se lança para chegar à presa que permanece imóvel no ponto
apresentadas em: B. Desconsiderando a resistência do ar e adotando g=10m/s², a
a) Ax< Ay < Az alternativa correta é:
b) Ay = Ax= Az a) O puma não vai cair sobre a presa, pois vai tocar o solo a 20 cm
antes da posição do coelho.
c) Az< Ay< Ax
b) O puma cairá exatamente sobre o coelho, alcançando sua presa.
d) Ay < Az< Ax
c) O puma vai chegar ao solo, no nível do coelho, após 0,5 s do
e) Ax= Ay > Az
início de seu salto.
12. Três bolas − X, Y e Z − são lançadas da borda de uma mesa, d) O puma vai cair 30 cm a frente do coelho, dando possibilidade
com velocidades iniciais paralelas ao solo e mesma direção e da presa escapar.
sentido. A tabela abaixo mostra as magnitudes das massas e das e) O puma vai cair 50 cm a frente do coelho, dando possibilidade
velocidades iniciais das bolas. da presa escapar.

Bolas Massa (g) Velocidade inicial (m/s) 16. (UECE 2018) Sem considerar qualquer atrito e assumindo a
força da gravidade constante, é correto afirmar que a trajetória
X 5 20
idealizada de corpos que são arremessados horizontalmente
Y 5 10 próximos à superfície da Terra é
Z 10 8 a) reta.
b) hiperbólica.
As relações entre os respectivos tempos de queda tx, ty e tz das
bolas X, Y e Z estão apresentadas em: c) parabólica.
a) tx < ty< tZ d) semicircular.
b) ty < tz < tx
c) tz < ty < tx
d) ty = tx = tz
e) ty = tx < tz

172 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


08 LANÇAMENTO HORIZONTAL FÍSICA I

17. (UEFS 2018) Da borda de uma mesa, uma esfera é lançada


horizontalmente de uma altura h, com velocidade inicial v0. Após
cair livre de resistência do ar, a esfera toca o solo horizontal em um
ponto que está a uma distância d da vertical que passa pelo ponto
de partida, como representado na figura.
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

Considerando as informações fornecidas, é correto afirmar que a


altura h de sobrevoo desse helicóptero é igual a
a) 200 m. d) 160 m.
b) 220 m. e) 180 m.
Considerando que a aceleração da gravidade local tem módulo g, c) 240 m.
o valor de v0 é
20. (UERJ 2016) Quatro bolas são lançadas horizontalmente no
a) d ⋅
h d) h ⋅ 2 ⋅ g espaço, a partir da borda de uma mesa que está sobre o solo. Veja
2⋅ g d na tabela abaixo algumas características dessas bolas.
g g Bolas Material Velocidade inicial (m Tempo de queda
b) h ⋅ e) d ⋅
2⋅ d 2⋅h · s-1) (s)
1 chumbo 4,0 t1
c) d ⋅ g
h 2 vidro 4,0 t2
18. (FAMERP 2017) Uma bola rola sobre uma bancada horizontal 3 madeira 2,0 t3
e a abandona, com velocidade v0, caindo até o chão. As figuras
representam a visão de cima e a visão de frente desse movimento, 4 plástico 2,0 t4
mostrando a bola em instantes diferentes durante sua queda, até o A relação entre os tempos de queda de cada bola pode ser expressa
momento em que ela toca o solo. como:
a) t1 = t2 < t3 = t4
b) t1 = t2 > t3 = t4
c) t1 < t2 < t3 = t4
d) t1 = t2 = t3 = t4

EXERCÍCIOS DE
05. APROFUNDAMENTO
01. (UNIFESP 2018) Um avião bombardeiro sobrevoa uma
superfície plana e horizontal, mantendo constantes uma altitude
Desprezando a resistência do ar e considerando as informações de 500 m e uma velocidade de 100 m/s Fixo no solo, um canhão
das figuras, o módulo de v0 é igual a antiaéreo será disparado com a intenção de acertar o avião.
Considere que o avião e o canhão estejam contidos em um mesmo
a) 2,4 m/s.
plano vertical, despreze a resistência do ar e adote g = 10m / s².
b) 0,6 m/s.
c) 1,2 m/s.
d) 4,8 m/s.
e) 3,6 m/s.

19. (FAMEMA 2017) Um helicóptero sobrevoa horizontalmente o


solo com velocidade constante e, no ponto A, abandona um objeto
de dimensões desprezíveis que, a partir desse instante, cai sob
ação exclusiva da força peso e toca o solo plano e horizontal no
ponto B. Na figura, o helicóptero e o objeto são representados em
quatro instantes diferentes.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 173


FÍSICA I 08 LANÇAMENTO HORIZONTAL

a) Quantos metros antes da vertical que passa pelo canhão o 05. (UFU 2007) Na figura a seguir, o objeto 1 parte da origem do
piloto do avião deve abandonar uma bomba para acertá-lo no 
solo? sistema de coordenadas com velocidade V1 na direção x e, no
b) Considere que o canhão não tenha sido atingido pela bomba e mesmo instante, o objeto 2 parte do repouso da posição x = d,
que, na tentativa de acertar o avião, um artilheiro dispare desse realizando um movimento de queda livre. Ambos estão sob a ação
canhão um projétil com velocidade inicial v0, exatamente da aceleração da gravidade, cujo módulo é g.
no momento em que o avião passa verticalmente sobre ele.
Desprezando as dimensões do avião e considerando que o
avião não altere sua velocidade, qual o mínimo valor de v0 para
que o artilheiro tenha sucesso?

02. (UERJ 2009) Um avião, em trajetória retilínea paralela à


superfície horizontal do solo, sobrevoa uma região com velocidade
constante igual a 360 km/h.
Três pequenas caixas são largadas, com velocidade inicial nula,
Reprodução proibida Art. 184 do CP.

de um compartimento na base do avião, uma a uma, a intervalos


regulares iguais a 1 segundo.
Desprezando a resistência do ar, determine as coordenadas x e y da
Desprezando-se os efeitos do ar no movimento de queda das posição (em função de d, v1 e g) onde os objetos 1 e 2 encontrar-se-ão.
caixas, determine as distâncias entre os respectivos pontos de
impacto das caixas no solo.
GABARITO
03. (UFRJ 2003) Duas mesas de 0,80 m de altura estão apoiadas EXERCÍCIOS PROPOSTOS
sobre um piso horizontal, como mostra a figura a seguir. Duas 01. D 05. E 09. B 13. C 17. E
pequenas esferas iniciam o seu movimento simultaneamente do 02. B 06. C 10. A 14. B 18. D
topo da mesa: 03. B 07. D 11. C 15. A 19. E
 04. D 08. E 12. D 16. C 20. D
I. a primeira, da mesa esquerda, é lançada com velocidade V0 na
direção horizontal, apontando para a outra esfera, com módulo EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
igual a 4m/s; 01. a) x =1000 m b) 100 2 m/s
II. a segunda, da mesa da direita, cai em queda livre. 02. Por inércia as três caixas continuaram em movimento com a mesma velocidade
horizontal do avião de 360 km/h. Desta forma os impactos no solo ocorrerão sobre a
mesma linha reta, separadas pela distância percorrida pelo avião durante aquele 1 s entre
os lançamentos das caixas. A velocidade de 360 km/h corresponde a 100 m/s e desta
forma a distância entre os pontos de impacto será de 100 m.
03. a) t = 0,4 s b) 1,6 m
04. a) v = 10m/s b) t = 0,5 s
g ⋅ d2
05. x = d e y = −
2 ⋅ v2

ANOTAÇÕES

Sabendo que elas se chocam no momento em que tocam o chão,


determine:
a) o tempo de queda das esferas;
b) a distância x horizontal entre os pontos iniciais do movimento.

04. Um motociclista deseja saltar um fosso de largura d = 4,0 m,


que separa duas plataformas horizontais. As plataformas estão em
níveis diferentes, sendo que a primeira encontra-se a uma altura
h = 1,25 m acima do nível da segunda, como mostra a figura.

O motociclista salta o vão com certa velocidade u0 e alcança a


plataforma inferior, tocando-a com as duas rodas da motocicleta
ao mesmo tempo. Sabendo-se que a distância entre os eixos das
rodas é 1,0 m e admitindo g = 10 m/s², determine:
a) o tempo gasto entre os instantes em que ele deixa a plataforma
superior e atinge a inferior.
b) qual é a menor velocidade com que o motociclista deve deixar
a plataforma superior, para que não caia no fosso.

174 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


09
FÍSICA I
LANÇAMENTO OBLÍQUO

INTRODUÇÃO Aceleração constante na vertical (MUV)

O lançamento oblíquo, assim como o lançamento horizontal, é uma Aceleração nula na horizontal (MU)
composição de dois movimentos distintos nos eixos x e y.
A velocidade inicial (vo) deve ser decomposta em duas
A trajetória descrita pela partícula em um lançamento oblíquo é uma componentes, suas projeções no eixo x (vox) e y (voy), sendo:
parábola.
No quadro abaixo, há uma comparação entre os tipos de v0x =v0 ⋅ cos θ

movimento no eixo x e no eixo y.  v0y =v0 ⋅ senθ

V0y V0
Eixo X Eixo Y
Movimento Uniformemente
Movimento Uniforme
Variado
a=0
a ≠ 0, constante
V → constante
a = -g

Vx
V=
y V0y − gt
V0x =Vx 
 gt2 O módulo da velocidade inicial pode ser tirada através da
∆S=V·t H =H0 + V0y t −
 2 utilização do Teorema de Pitágoras:
Alcance=Vx· tt
Vy2 = V0y
2
− 2g ∆H
 2
V= 2
Vox 2
+ Voy
o

A velocidade resultante pode ser obtida em qualquer instante,


Analisando a velocidade utilizando suas componentes x e y no mesmo instante; e utilizando
o Teorema de Pitágoras:
2
V= Vx2 + Vy2

Vy
PROEXPLICA
Vy V
Não esqueça que o elo entre os movimentos é o tempo.
Por exemplo, o tempo para que a partícula atinja a altura
Vy máxima (eixo y) é o mesmo para percorrer metade do alcance
(eixo x).

O tempo de subida é o mesmo da descida e, dessa forma,


metade do tempo total.

*o valor da velocidade de colisão com o solo é igual ao valor da velocidade de t T = tS + td = 2tS


lançamento sempre que a posição de lançamento e o solo estiverem no mesmo plano
horizontal de referencial.

RELAÇÕES IMPORTANTES
Analisando a aceleração Os problemas de lançamento oblíquo, normalmente, pedem
o cálculo de algumas grandezas especiais, que poderão ser
calculadas pelas expressões abaixo:
Tempo de subida (tS)
É o tempo desde o ponto do lançamento até o ponto mais alto
atingido pelo projétil. Da função horária da velocidade, temos:
vy = v0y – gt
Pois no ponto mais alto vy = 0, assim:
0 = v0y - g.t
g.t = v0 .senθ
V0 ⋅ senθ
tS =
g

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 139


FÍSICA I 09 LANÇAMENTO OBLÍQUO

Altura Máxima (hMáx) OUTRAS RELAÇÕES ENTRE ÂNGULOS


É a máxima altura que o objeto alcança em sua trajetória. DE LANÇAMENTO:
Da função horária da velocidade, temos Vy = V0y – g . t
Vy = V0y - g . t
No ponto mais alto Vy = 0, assim 0 = Voy - g.ts

V0y = g . ts (I)

g ⋅ t2
Da função horária da posição, temos h = h0 + V0y ⋅ t −
(II) 2
Lançamentos com mesma velocidade inicial e ângulos
Substituindo (I) em (II) e considerando h0 = 0, temos complementares (a soma é 90°) possuem mesmo alcance, porém,
o tempo de voo são diferentes.
2
g ⋅ ts
hMáx = 0 + g ⋅ ts ⋅ ts − PROEXPLICA
2
2
g ⋅ ts
hMáx =g ⋅ ts2 − O lançamento oblíquo é um tema comum de ser associado
2 com saltos, como, por exemplo, o salto em distância ou até
2
g ⋅ ts mesmo numa situação onde um jogador de futebol chuta
hMáx = uma bola. Neste caso, devemos utilizar a composição de
2 dois movimentos buscando identificar tanto o tempo de voo
quanto o alcance do lançamento.
hMáx encontrada na equação acima é a altura máxima a partir do
ponto de lançamento em função do tempo de subida. Atenção ao
usar essa relação, o tempo usado é necessariamente o tempo de
EXERCÍCIO RESOLVIDO
subida quando se deseja encontrar a altura máxima. Para alturas
intermediárias usar as relações gerais.
01. (PUC – SP (MODIFICADA))
Podemos escrever a altura máxima em função do módulo da
velocidade inicial V0 de lançamento, de Torricelli temos:
Vy2 = V0y2 - 2 .g . ∆h
No ponto mais alto Vy = 0 . Considerando h0 = 0, temos que
02 = V0y2 - 2 . g . hMáx
2 . g . hMáx = V0y2

VOY 2
hmax =
2 ·g Suponha que Cebolinha, para vencer a distância que o
separa da outra margem e livrar-se da ira da Mônica, tenha
( V0s enθ )
2

hmax = conseguido que sua velocidade de lançamento, de valor 10


2·g m/s, fizesse com a horizontal um ângulo a, cujo sen(θ) = 0,6 e
V 0 2 s en2 ( θ) cos(θ) = 0,8. Desprezando-se a resistência do ar, determine o
hmax = intervalo de tempo de voo e o alcance máximo da Cebolinha.
2 ·g
a) 2,0 s 9,6 m d) 1,2 s 9,6 m
Alcance (A) b) 1,8 s 12,5 m e) 0,8 s 8,0 m
c) 1,6 s 12,5 m
É a distância percorrida na horizontal (eixo x), onde o movimento
é uniforme:
Resposta: D
A = vx . tt →
Decompondo a velocidade inicial V0

v0 ⋅ cos θ ⋅ 2v0senθ Vx = V0 cos(θ) = 10 . 0,8 = 8 m/s


A=
g V0y = V0 sen(θ) = 10 . 0,6 = 6 m/s
v2 ⋅ sen2θ Calculando o tempo de subida
A= 0
g
V0y 6
ts
= =
Lembrando que sen(2θ) = 2senθcosθ g 10
Para que o alcance seja máximo, o ângulo de lançamento deve
ser igual a 45° (θ = 45°), uma vez que o valor máximo que a função ts = 0,6 segundos
seno pode ter é 1, então: Como na questão não há desnível, o tempo de subida é igual
Sen2θ = 1 2θ = 90° θ = 45° ao tempo de descida, por isso temos que:

140 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


09 LANÇAMENTO OBLÍQUO FÍSICA I

02. Um atirador deseja lançar uma flecha e obter o maior alcance


tvoo = tsubido + tdescida possível em relação ao ponto de lançamento passando pelo
mesmo plano horizontal de referência. Demonstre que o maior
tvoo = 0,6 + 0,6 alcance possível ocorre quando o lançamento é executado a um
ângulo de 45º em relação horizontal.
tvoo = 1,2 segundos

∆S 03. Um corpo é lançado obliquamente com velocidade de


Para encontrar o alcance máximo podemos usar Vx = , módulo 50 m/s, sob um ângulo de lançamento θ, tal que,
∆t
onde ∆S é o alcance A e ∆t é o tempo de voo sen(θ)=0,6 e cos(θ)=0,8. Considere a aceleração da gravidade
g = 10 m/s² e despreze a influência do ar. Aplique seus conhecimentos
∆S
Vx = em decomposição de vetores e cinemática e calcule:
∆t
a) a intensidade da velocidade do corpo ao passar pelo ponto
A = Vx . tvoo mais alto da trajetória;
A = 8 . 1,2 b) a altura máxima em relação ao ponto de lançamento;
c) o alcance horizontal em relação ao ponto de lançamento.
A = 9,6 metros

04. Num campo de futebol, uma bola foi chutada no solo no


instante t0 = 0, adquirindo uma velocidade inicial de módulo V0. As
componentes dessa velocidade na horizontal e na vertical valem
02. Um jogador de futebol chuta uma bola fazendo um ângulo m
de 30° em relação a horizontal. Durante a trajetória, a bola =V0X 24= e V0Y 18 m / s respectivamente.
s
EXERCÍCIOS
alcança uma altura máxima de 7,2 metros. Considerando Desprezando a resistência do ar e considerando g = 10 m/s²,
PROTREINO
que o ar não interfere no movimento da bola, determine a
velocidade que a bola adquiriu após sair do contato com o
calcule:
a) a velocidade da bola no ponto mais alto de sua trajetória;
pé do jogador.
b) o intervalo de tempo para a bola chegar no ponto mais alto da
Adote: g = 10 m/s² e sen(30°) = 0,5 trajetória;
01.Resposta: c) o alcance horizontal em relação ao ponto de lançamento.
02.Sabendo que na posição de altura máxima a componente
05. O saque viagem inventado pelo ex-jogador de voleibol Renan
vertical da velocidade é zero, utilizando a equação de Torricelli,
03. Das Zotto, na década de 80, assombrou os fãs do esporte. No
temos que:
momento em que Renam Dal Zotto desenvolveu esse serviço,
04. os saques raramente ultrapassavam os 90 Km/h, o saque
V 2 =V0Y2
+ 2 · a · ∆S
05. 2
convencional ficava em torno de 40 km/h.
=0 V0Y − 2· g · Hmá x
2
Em 1990 o jogador brasileiro, conhecido como, Marcelo Negrão
V0Y = 2 · 10 · 7,2 e o búlgaro Lyubomir Ganev superaram a marca dos 100 km/h.
2
V0Y = 144 Em uma competição oficial um jogador imprime uma
V0Y = 144 velocidade inicial de módulo V0 na bola no instante do saque. As
componentes dessa velocidade na horizontal e na vertical valem
V0Y = 12 m / s m
EXERCÍCIOS V0X =20 ⋅ 2 e V0Y = 10 m / s,respectivamente. Aplicando seus
s
PROPOSTOS
Note que a aceleração neste movimento é em módulo conhecimentos de lançamento oblíquo calcule o módulo da
velocidade da bola no instante do saque, em km/h.
igual a aceleração da gravidade. Porém, a = -g, devido a
aceleração da gravidade, no movimento analisado, está
contra o sentido do movimento de subida.
01. Sabendo que o ângulo de lançamento da bola é de 30°
podemos encontrar a velocidade inicial da bola.
EXERCÍCIOS
02. =V0Y V0 · s en(30 °)
12 = V0 ·0,5
PROPOSTOS
03.
12 01. (MACKENZIE) Um zagueiro chuta uma bola na direção do
V0 =
0,5 atacante de seu time, descrevendo uma trajetória parabólica.
04.
V0 = 24 m / s Desprezando-se a resistência do ar, um torcedor afirmou que
05. I. a aceleração da bola é constante no decorrer de todo
movimento;
II. a velocidade da bola na direção horizontal é constante no
EXERCÍCIOS decorrer de todo movimento;

PROTREINO III. a velocidade escalar da bola no ponto de altura máxima é nula.


Assinale
01. Um canhão dispara uma bala com velocidade inicial igual a a) se somente a afirmação I estiver correta.
400m/s (em módulo), a 45° com a horizontal. Desprezando o atrito b) se somente as afirmações I e III estiverem corretas.
e considerando g = 10m/s², calcule o alcance horizontal da bala em
c) se somente as afirmações II e III estiverem corretas.
relação ao ponto de lançamento no plano horizontal de referência,
em km. d) se as afirmações I, II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmações I e II estiverem corretas.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 141


FÍSICA I 09 LANÇAMENTO OBLÍQUO

02. (UFRGS) Em uma região onde a aceleração da gravidade tem


Alcance do
módulo constante, um projétil é disparado a partir do solo, em uma Material do bloco
lançamento
direção que faz um ângulo α com a direção horizontal, conforme
representado na figura abaixo. chumbo A1

ferro A2

granito A3

A relação entre os alcances A1, A2 e A3 está apresentada em:


a) A1 > A2 > A3
b) A1 < A2 < A3
c) A1 = A2 > A3
d) A1 = A2 = A3
Assinale a opção que, desconsiderando a resistência do ar,
indica os gráficos que melhor representam, respectivamente, o 05. (UCS) Uma noiva, após a celebração do casamento, tinha
comportamento da componente horizontal e o da componente de jogar o buquê para as convidadas. Como havia muitas ex-
vertical, da velocidade do projétil, em função do tempo. namoradas do noivo, ela fazia questão de que sua melhor amiga
o pegasse. Antes de se virar para, de costas, fazer o arremesso
do buquê, a noiva, que possuía conhecimento sobre movimento
balístico, calculou a que distância aproximada a amiga estava dela:
5,7 m. Então ela jogou o buquê, tomando o cuidado para que a
direção de lançamento fizesse um ângulo de 60° com a horizontal.
Se o tempo que o buquê levou para atingir a altura máxima foi de
0,7 s, qual o valor aproximado da velocidade dele ao sair da mão
I II da noiva?
(Despreze o atrito com o ar. Considere a aceleração da gravidade
igual a 10 m/s2, cos 60º = 0,5 e sen 60º = 0,87).
a) 1,5 m/s
b) 5,5 m/s
c) 6,0 m/s
d) 8,0 m/s
III IV e) 11,0 m/s

06. (UFF) Após um ataque frustrado do time adversário, o goleiro se


prepara para lançar a bola e armar um contra-ataque.
Para dificultar a recuperação da defesa adversária, a bola deve
chegar aos pés de um atacante no menor tempo possível. O goleiro
vai chutar a bola, imprimindo sempre a mesma velocidade, e deve
controlar apenas o ângulo de lançamento. A figura mostra as duas
trajetórias possíveis da bola num certo momento da partida.
V
a) I e V. d) IV e V.
b) II e V. e) V e II.
c) II e III.

03. (PUCRJ) Um projétil é lançado com uma velocidade escalar


inicial de 20 m/s com uma inclinação de 30° com a horizontal,
estando inicialmente a uma altura de 5,0 m em relação ao solo.
A altura máxima que o projétil atinge, em relação ao solo, medida Assinale a alternativa que expressa se é possível ou não determinar
em metros, é: qual destes dois jogadores receberia a bola no menor tempo.
Considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 Despreze o efeito da resistência do ar.

a) 5,0 d) 20 a) Sim, é possível, e o jogador mais próximo receberia a bola no


menor tempo.
b) 10 e) 25
b) Sim, é possível, e o jogador mais distante receberia a bola no
c) 15 menor tempo.
c) Os dois jogadores receberiam a bola em tempos iguais.
04. (UERJ) Três blocos de mesmo volume, mas de materiais e de
massas diferentes, são lançados obliquamente para o alto, de um d) Não, pois é necessário conhecer os valores da velocidade inicial
mesmo ponto do solo, na mesma direção e sentido e com a mesma e dos ângulos de lançamento.
velocidade. e) Não, pois é necessário conhecer o valor da velocidade inicial.
Observe as informações da tabela:

142 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


09 LANÇAMENTO OBLÍQUO FÍSICA I

07. (UFT) Um jogador de futebol chuta uma bola com massa igual 11. Um arqueiro atira uma flecha, que percorre uma trajetória
a meio quilograma, dando a ela uma velocidade inicial que faz um parabólica vertical até atingir o alvo. No ponto mais alto da trajetória
ângulo de 30º com a horizontal. Desprezando a resistência do ar, da flecha,
qual o valor que melhor representa o módulo da velocidade inicial a) a velocidade e a aceleração são nulas.
da bola para que ela atinja uma altura máxima de 5 metros em
relação ao ponto que saiu? b) a aceleração é nula.

Considere que o módulo da aceleração da gravidade vale 10 metros c) o vetor velocidade e o vetor aceleração são horizontais.
por segundo ao quadrado. d) a componente vertical da velocidade é nula.
a) 10,5 m/s
12. Num jogo de futebol, um jogador faz um lançamento oblíquo
b) 15,2 m/s
de longa distância para o campo adversário, e o atacante desloca-
c) 32,0 m/s se abaixo da bola, em direção ao ponto previsto para o primeiro
d) 12,5 m/s contato dela com o solo. Desconsiderando o efeito do ar, analise
e) 20,0 m/s as afirmativas:
I. Um observador que está na arquibancada lateral vê a bola
08. (PUC-RJ) Um superatleta de salto em distância realiza o seu executar uma trajetória parabólica.
salto procurando atingir o maior alcance possível. Se ele se lança II. O atacante desloca-se em movimento retilíneo uniformemente
ao ar com uma velocidade cujo módulo é 10 m/s, e fazendo um variado para um observador que está na arquibancada lateral.
ângulo de 45º em relação a horizontal, é correto afirmar que o III. O atacante observa a bola em movimento retilíneo
alcance atingido pelo atleta no salto é de: uniformemente variado.
(Considere g = 10 m/s2) Está(ão) CORRETA(S)
a) 2 m. a) apenas I.
b) 4 m. b) apenas II.
c) 6 m. c) apenas I e II.
d) 8 m. d) apenas I e III.
e) 10 m. e) apenas II e III.

09. (UFOP) Uma pessoa lança uma pedra do alto de um edifício com 13. Durante a preparação do país para receber a copa do mundo
velocidade inicial de 60 m/s e formando um ângulo de 30º com a de 2014 e os jogos olímpicos de 2016, muitas construções foram
horizontal, como mostrado na figura abaixo. Se a altura do edifício é demolidas para que outras fossem construídas em seu lugar.
80 m, qual será o alcance máximo (xf) da pedra, isto é, em que posição Um dos métodos utilizados nessas demolições é a implosão. Em
horizontal ela atingirá o solo? (dados: sen 30º = 0,5, cos 30º = 0,8 e 2011, a prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, implodiu uma
g = 10 m/s2). antiga fábrica para ampliar o Sambódromo. Na ocasião, para evitar
que qualquer pessoa fosse atingida por detritos provenientes
diretamente da explosão, os engenheiros responsáveis pela
operação solicitaram a remoção temporária dos moradores em um
certo raio medido a partir do ponto de implosão.
Desprezando os efeitos de resistência do ar e considerando que
a máxima velocidade com que um detrito pode ser arremessado
km
a partir do ponto da implosão é de 108 , o raio mínimo de
h
segurança que deveria ser adotado para remoção dos moradores
de tal forma que eles não fossem atingidos diretamente por
nenhum detrito é de:
m
(Considere g = 10 2 )
s
a) 60 m. d) 180 m.
b) 90 m. e) 210 m
a) 153 m b) 96 m c) 450 m d) 384 m e) 520 m c) 150 m.

10. (CFTMG) Uma pedra, lançada para cima a partir do topo de um 14. Durante um jogo de futebol, um goleiro chuta uma bola
edifício de 10 m de altura com velocidade inicial v0 = 10 m/s, faz um fazendo um ângulo de 30º com relação ao solo horizontal.
ângulo de 30º com a horizontal. Ela sobe e, em seguida, desce em Durante a trajetória, a bola alcança uma altura máxima de 5,0 m.
direção ao solo. Considerando-o como referência, é correto afirmar Considerando que o ar não interfere no movimento da bola, qual
que a(o) a velocidade que a bola adquiriu logo após sair do contato do pé
do goleiro?
a) máxima altura atingida é igual a 15 m.
m
b) intervalo de tempo da subida vale 3,0 s. Use g = 10 2 .
s
c) tempo gasto para chegar ao solo é 5,0 s.
d) velocidade ao passar pelo nível inicial é 10 m/s.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 143


FÍSICA I 09 LANÇAMENTO OBLÍQUO

17. (PUCCAMP) Um objeto foi lançado obliquamente a partir


de uma superfície plana e horizontal de modo que o valor da
componente vertical de sua velocidade inicial era v0y = 30 m s e o
da componente horizontal era v0x = 8,0 m s.
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 m/s² e
desprezando a resistência do ar, o alcance horizontal do objeto foi
a) 12m d) 78 m
b) 24 m e) 240 m
c) 48 m

18. (MACKENZIE) Um míssil AX100 é lançado obliquamente, com


velocidade de 800 m/s, formando um ângulo de 30,0º com a
direção horizontal. No mesmo instante, de um ponto situado a 12,0
km do ponto de lançamento do míssil, no mesmo plano horizontal,
é lançado um projétil caça míssil, verticalmente para cima, com
m m o objetivo de interceptar o míssil AX100. A velocidade inicial de
a) 5 . d) 25 .
s s lançamento do projétil caça míssil, para ocorrer a interceptação
m m desejada, é de
b) 10 . e) 50 .
s s a) 960 m/s d) 500 m/s
m b) 480 m/s e) 900 m/s
c) 20 .
s c) 400 m/s

15. O goleiro de um time de futebol bate um “tiro de meta” e a bola 19. (FATEC) Em um jogo de futebol, o goleiro, para aproveitar
sai com velocidade inicial de módulo v0 igual a 20 m/s, formando um contra-ataque, arremessa a bola no sentido do campo
um ângulo de 45º com a horizontal. O módulo da aceleração adversário. Ela percorre, então, uma trajetória parabólica, conforme
gravitacional local é igual a 10 m/s². representado na figura, em 4 segundos.
2
Desprezando a resistência do ar e considerando que sen 45° = ;
2
2
cos 45° = ; tg 45º = 1 e 2 = 1,4, é correto afirmar que:
2
a) a altura máxima atingida pela bola é de 20,0 m.
b) o tempo total em que a bola permanece no ar é de 4 s.
c) a velocidade da bola é nula, ao atingir a altura máxima.
d) a bola chega ao solo com velocidade de módulo igual a 10 m/s.
e) a velocidade da bola tem módulo igual a 14 m/s ao atingir a
altura máxima.

16. (UNIFESP - MODIFICADA) Um avião bombardeiro sobrevoa


uma superfície plana e horizontal, mantendo constantes uma
altitude de 500 m e uma velocidade de 100 m/s. Fixo no solo, um
canhão antiaéreo será disparado com a intenção de acertar o avião.
Considere que o avião e o canhão estejam contidos em um mesmo
plano vertical, despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s².
Desprezando a resistência do ar e com base nas informações
apresentadas,
 podemos concluir que  os módulos da velocidade
V, de lançamento, e da velocidade VH , na altura máxima, são, em
metros por segundos, iguais a, respectivamente,
Dados: senβ = 0,8; cosβ = 0,6
a) 15 e 25. d) 25 e 25.
b) 15 e 50. e) 25 e 50.
c) 25 e 15.

20. (UEFS) Em um planeta X, uma pessoa descobre que pode pular


uma distância horizontal máxima de 20,0 m se sua velocidade
escalar inicial for de 4,0 m/s.
Na tentativa de acertar o avião, um artilheiro dispara desse canhão Nessas condições, a aceleração de queda livre no planeta X, em
um projétil com velocidade inicial v0, exatamente no momento 10-1 m/s², é igual a
em que o avião passa verticalmente sobre ele. Desprezando as a) 10,0
dimensões do avião e considerando que o avião não altere sua
b) 8,0
velocidade, qual o mínimo valor de v0, em m/s, para que o artilheiro
tenha sucesso? c) 6,0
a) 100 d) 250 d) 4,0
b) 100 2 e) 200 5 e) 2,0
c) 200

144 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


09 LANÇAMENTO OBLÍQUO FÍSICA I

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. A razão é 8000 3 / 6000 = 4( 3 ) / 3 b) θ = arctg 0,2
EXERCÍCIOS DE
(v )
APROFUNDAMENTO
2
/g c) vy = 0 e y = H:
02. s/h = =4
v2 / ( 4g)  05. a) 30 m/s
03. x = 5 3 m. b) (150 m; 75 m)
01. (UERJ) Em uma região plana, um projétil é lançado do solo para 04. a) voy = 6m/s
cima, com velocidade de 400 m/s, em uma direção que faz 60° com
a horizontal.
Calcule a razão entre a distância do ponto de lançamento até o
ANOTAÇÕES
ponto no qual o projétil atinge novamente o solo e a altura máxima
por ele alcançada.

02. (UNESP) Em uma partida de futebol, a bola é chutada a partir do


solo descrevendo uma trajetória parabólica cuja altura máxima e o
alcance atingido são, respectivamente, h e s. Desprezando o efeito do
atrito do ar, a rotação da bola e sabendo que o ângulo de lançamento
foi de 45° em relação ao solo horizontal, calcule a razão s/h.
2
Dado: sen 45° = cos 45° = .
2

03. (CFTCE) Uma mangueira emite um jato d’água com uma


velocidade inicial v0 de módulo igual a 10 m/s.

Sabendo-se que o tubo horizontal possui um diâmetro interno


d = 1,25 m, determine o alcance máximo x do jato no interior do
tubo (g = 10 m/s2).
Se necessário, adote g = 10 m/s2.

04. (UFPR) Na cobrança de uma falta durante uma partida de


futebol, a bola, antes do chute, está a uma distância horizontal
de 27 m da linha do gol. Após o chute, ao cruzar a linha do gol, a
bola passou a uma altura de 1,35 m do chão quando estava em
movimento descendente, e levou 0,9 s neste movimento. Despreze
a resistência do ar e considere g = 10 m/s2.
a) Calcule o módulo da velocidade na direção vertical no instante
em que a bola foi chutada.
b) Calcule o ângulo, em relação ao chão, da força que o jogador
imprimiu sobre a bola pelo seu chute.
c) Calcule a altura máxima atingida pela bola em relação ao solo.

05. (UFAL) Um projétil é lançado obliquamente com velocidade


inicial de 50 m/s, formando ângulo de 53° com a horizontal.
Despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s2, sen 53° = 0,80 e
cos 53° = 0,60.
a) Na trajetória parabólica descrita pelo projétil, calcule a sua
velocidade mínima.
b) No instante 5,0 s após o lançamento, determine o par (x,y)
que, em metros, localiza o projétil, em relação ao ponto de
lançamento.

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. E 05. D 09. D 13. B 17. C
02. B 06. B 10. D 14. C 18. C
03. B 07. E 11. D 15. E 19. C
04. D 08. E 12. D 16. B 20. B

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 145


FÍSICA I 09 LANÇAMENTO OBLÍQUO

ANOTAÇÕES

146 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


10
FÍSICA I
CINEMÁTICA ANGULAR

GRANDEZAS ANGULARES Logo:

No estudo da cinemática angular, os conceitos fundamentais ∆S=∆θ · R


como espaço, velocidade e aceleração serão redefinidos para
adaptação à realidade angular.
Velocidade Angular: Média (ωm) e
Instantânea (ω)
ESPAÇO ANGULAR (θ)
Na cinemática escalar definimos a velocidade média como
Suponha que o ponto P da figura a seguir esteja realizando um sendo a variação do espaço angular sobre a variação do tempo.
movimento circular. Sua posição pode ser determinada através do A velocidade angular média se refere à variação do ângulo central.
espaço S que ele percorreu. Dessa forma, a velocidade angular média consiste em:

∆θ
ωm =
∆t

Unidade no S.I.: rad/s


Como se trata de um movimento circular, também podemos Ao fazer uma analogia com a cinemática escalar, veremos que
obter sua localização através do ângulo percorrido, que consiste no a velocidade angular instantânea será dada pela fórmula:
ângulo central da circunferência correspondente ao arco S.
∆θ
ωm =lim
∆t → 0 ∆t

Pode-se tirar uma relação que envolva a velocidade linear e a


velocidade angular:

∆S ∆θ ⋅ R
v
= =
∆t ∆t
As unidades do espaço angular serão as mesmas utilizadas
na medição de ângulos, basicamente, graus e radianos. Será mais
frequentemente encontrada e utilizada a unidade radiano (rad), Como ω =
∆θ , teremos
pois se relaciona mais simplesmente com metros (m). ∆t

Radiano v = ω⋅ R
Um radiano é a medida do ângulo central θ, tal que determina
sobre a circunferência um arco AB de comprimento igual ao raio da
circunferência.
ACELERAÇÃO ANGULAR: MÉDIA (am) E
Dessa forma, com base na figura abaixo, concluímos que o
ângulo θ será igual a 1 rad caso o arco AB seja igual a R. INSTANTÂNEA (a)
A aceleração angular média é definida como:
1rad R
=
∆θ ∆S ∆ω
am =
∆t
O espaço angular pode ser obtido em função do espaço S, por
uma expressão matemática. Sendo S o arco correspondente do
ângulo ϕ e R o raio da circunferência, teremos: Unidade no S.I.: rad/s2
Já a aceleração angular instantânea, seguindo a regra, é dada por:

∆ω
a =lim
∆t

∆t → 0

Como pôde ser verificado, todas as grandezas angulares


podem ser obtidas através dos valores das grandezas lineares,
S sendo que basta dividir essa pelo raio da circunferência.
θ=
R

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 147


FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR

Resumo das Relações ACELERAÇÃO CENTRÍPETA


Grandeza Linear = Grandeza Angular x Raio Para que um movimento circular possa existir é necessário
que a direção da velocidade varie, isso é claro, pois se a direção
permanecesse constante o movimento seria retilíneo. A aceleração
S = θ·r
centrípeta (direção radial apontando para o centro) provoca
mudança na direção da velocidade, seu módulo é calculado por:
V = ω·r

 v2
a = γ·r acp =
R

PERÍODO (T) E FREQUÊNCIA (F)


A maioria dos problemas de movimento circular mencionam
dois conceitos importantes: período e frequência. Certos
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
fenômenos são chamados de periódicos, pois se repetem sempre (MCU)
em intervalos de tempo iguais. Em um movimento periódico, define- É todo movimento de trajetória circular em que o módulo da
se como período (T) o menor tempo para que esse fenômeno se velocidade é constante, percorrendo arcos de comprimentos iguais
repita. No caso mais específico do movimento circular, o período e varrendo ângulos iguais em iguais intervalos de tempo.
será o tempo necessário para que a partícula complete uma volta.
A unidade do período, no SI, é o segundo (s).

=V cons tante
= ≠ 0 e ω cons tante ≠ 0

∆t
T= o
Direção do vetor velocidade: Sempre tangente à trajetória.
n de voltas

A frequência (f) de um movimento consiste no número de vezes


que um dado fenômeno ocorre em uma unidade de tempo. O valor
da frequência depende da unidade de tempo escolhida. No SI, a
unidade de frequência é o hertz (Hz), que é o inverso do segundo (s-
1
), e que no movimento circular também recebe a denominação de
rps (rotações por segundo). Outra unidade muito utilizada é o rpm
(rotações por minuto). Para a conversão de rpm para Hz podemos
utilizar uma regra de três:

no de voltas
f=
∆t

Nº DE VOLTAS TEMPO (s) Como todo movimento, o MCU possui a função horária do
movimento que apresenta duas formas: linear e angular. A forma
1 Hz 1 linear é a mesma da cinemática escalar:
1 rpm 60 S = S0 + V · t
A relação entre período e frequência também pode ser obtida a Partindo desta expressão e dividindo cada termo pelo raio da
partir de uma regra de três: circunferência, teremos a forma angular:

Nº DE VOLTAS TEMPO S S0 v
= + ⋅ t → θ = θ0 + ω⋅ t
1 T R R R
f 1
f.T=1 T = 1/f ∆θ
ω=
∆t
Logo: 1
f=
T Existem expressões que relacionam a velocidade angular com o
A frequência é dada pelo inverso do período. período e a frequência. A velocidade angular é dada pela expressão:

Para exemplificar período e frequência lembre-se do


movimento de rotação do planeta Terra. A Terra leva em 2π
ω= e ω = 2π ⋅ f
torno de 24 horas para completar 1 volta em torno do seu T
eixo, e repete periodicamente essa rotação. Logo o período
Considerando uma volta completa, sabe-se que ∆θ = 2π em
de rotação da Terra é de 24 horas (T = 24 h) e a frequência é
radianos, e o tempo (T) é o período.
1(volta)
1 volta a cada 24 horas ( f = )
24 (horas)

148 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


10 CINEMÁTICA ANGULAR FÍSICA I

Gráficos no MCU
Sinal de ω Gráfico de θ x t Gráfico de ω x t
Por convenção anti-horário  
positivo Área = ||

+
tg() = 

>0 

t t

Por convenção sentido horário  


negativo

 Área = ||
tg() = || 
<0 

t

-

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE VARIADO (M.C.U.V.)


O MCUV é um movimento circular cujo módulo da velocidade varia a uma taxa constante, essa variação é indicada pela aceleração
tangencial. Não consiste em um movimento periódico e, dessa forma, os conceitos de período e frequência não podem ser aplicados. A
aceleração resultante passa a ser a soma vetorial da aceleração tangencial e centrípeta.
As equações utilizadas podem ser obtidas ao se fazer uma analogia com a cinemática escalar, substituindo cada grandeza linear pela
grandeza angular correspondente.
Exemplo:

v = v0 + a ⋅ t → ω = ω0 + a ⋅ t
(forma linear) (forma angular)

at2 at 2
S = S0 + v0 t + → θ = θ0 + ω0 t +
2 2

v2 = v20 + 2a∆S → ω2 = ω02 + 2a∆θ

TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
ACOPLAMENTO TANGENCIAL
Em uma bicicleta, duas rodas dentadas são ligadas por uma corrente com o objetivo de que ambas possuam a mesma velocidade
linear, isto é, que percorram arcos iguais em tempos iguais para o bom funcionamento da bicicleta. Na Física, chamamos este fenômeno
de transmissão de movimento. Ele ocorre quando duas circunferências (rodas, discos, polias etc.) estão juntas ou ligadas por uma corrente
ou correia. Em ambos os casos, exemplificados nas figuras a seguir, a velocidade linear é igual em todas as rodas interligadas.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 149


FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. Duas polias, A e B ligadas por uma correia têm 20 cm e 5


cm de raio, respectivamente. A polia A efetua 20 rpm. Assinale
a alternativa que indica a frequência da polia B.
a) 40 rpm d) 120 rpm
b) 60 rpm e) 160 rpm
c) 80 rpm

Resposta: C
Apesar das velocidades lineares serem iguais em módulo Temos um acoplamento por polias
as velocidades angulares são diferentes, isso ocorre pois os
Dados: ƒA = 20 rpm; RA = 20 cm; RB = 5 cm
raios dos discos são diferentes, veja abaixo a relação entre
essas grandezas:
VA = VB

ωA ⋅ RA =ωB ⋅ RB

Como ω = 2π ⋅ f e ω =
2π , teremos:
T

RA RB ƒA RA = ƒB RB
= e fA ⋅ RA =fB ⋅ RB
TA TB
20 . 20 = ƒB . 5

ƒB 20.20 400
ACOPLAMENTO COAXIAL = =
5 5
Quando dois discos estão presos pelos seus centros, o
movimento é transmitido de maneira sincronizada, com os dois ƒB = 80 rpm
executando as voltas simultaneamente, portanto:

02. (UNICAMP) As máquinas cortadeiras e


colheitadeiras de cana-de-açúcar podem substituir
dezenas de trabalhadores rurais, o que pode alterar de
forma significativa a relação de trabalho nas lavouras
de cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina
ilustrada na figura abaixo gira em movimento circular
uniforme a uma frequência de 300 rpm. A velocidade
ωA =ωB de um ponto extremo P da pá vale. (Considere π ≈ 3)

fA = fB
TA = TB
VA VB
=
RA RB

O funcionamento de uma bicicleta segue o princípio


básico da transmissão de movimento entre duas
polias. Este é o mesmo princípio do funcionamento de a) 9 m/s. d) 60 m/s.
engrenagens dentadas, como as de uma máquina de b) 15 m/s. e) 120 m/s
relógio. Neste caso, a relação entre o raio e a frequência c) 18 m/s.
de giro deve ser considerada.

150 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


10 CINEMÁTICA ANGULAR FÍSICA I

05. O esquema abaixo representa uma bicicleta convencional.


Resposta: C

60

Dados:  = 300 rpm = 5 Hz; = 3; R = 60 cm = 0,6 m.

60

Considere os raios de A, B e R, respectivamente, iguais a 15,0 cm,


3,75 cm e 30 cm.
rpm Hz
Sabendo que um ciclista gira o pedal uma vez a cada segundo
aplique seus conhecimentos sobre transmissão de movimento e
calcule a velocidade dessa bicicleta, em m/s.
(Dados: considere π = 3.)
x60

A velocidade linear do ponto P é:


EXERCÍCIOS
V = ω . R = 2 π ƒ R → V = 2 . 3 . 5 . 0,6
PROPOSTOS
v = 18 m/s
01. (EFOMM) Um automóvel viaja em uma estrada horizontal com
velocidade constante e sem atrito. Cada pneu desse veículo tem
raio de 0,3 metros e gira em uma frequência de 900 rotações por
minuto. A velocidade desse automóvel é de, aproximadamente:
EXERCÍCIOS
(Dados: considere π = 3,1)
PROTREINO a) 21 m/s b) 28 m/s c) 35 m/s d) 42 m/s e) 49 m/s

01. Um avião, antes de aterrissar no Aeroporto Internacional 02. (UFU) Ainda que tenhamos a sensação de que estamos
do Rio de Janeiro (Galeão), faz uma curva no ar, mostrando aos estáticos sobre a Terra, na verdade, se tomarmos como referência
passageiros a bela vista da Cidade Maravilhosa. Suponha que essa um observador parado em relação às estrelas fixas e externo ao
curva seja um círculo de raio 3000 m e que a aeronave trace essa nosso planeta, ele terá mais clareza de que estamos em movimento,
trajetória com velocidade de módulo constante igual a 432,0 km·h-1 por exemplo, rotacionando junto com a Terra em torno de seu eixo
em relação ao solo. imaginário. Se considerarmos duas pessoas (A e B), uma deles
Aplicando seus conhecimentos sobre aceleração centrípeta calcule localizada em Ottawa (A), Canadá, (latitude 45º Norte) e a outra em
a aceleração da aeronave, em relação ao solo, em m/s² Caracas (B), Venezuela, (latitude 10º Norte), qual a relação entre a
velocidade angular média (ω) e velocidade escalar média (v) dessas
02. Considere um carro que viaja em trajetória retilínea. Cada pneu duas pessoas, quando analisadas sob a perspectiva do referido
desse veículo tem raio de 0,3 metros e gira em uma frequência de observador?
900 rotações por minuto. Aplicando seus conhecimentos de M.C.U a) ω A =ωB e v A = vB c) ω A =ωB e v A < vB
calcule a velocidade desse automóvel, aproximadamente.
b) ω A < ωB e v A < vB d) ω A > ωB e v A = vB
(Dados: considere π = 3.)
03. (UFRGS) Em voos horizontais de aeromodelos, o peso do
03. Um disco, do tipo DVD, gira com movimento circular uniforme, modelo é equilibrado pela força de sustentação para cima,
realizando 60 rpm. Calcule a velocidade angular dele, em rad/s. resultante da ação do ar sobre as suas asas.
Resposta: ω = 2·π rad/s
Um aeromodelo, preso a um fio, voa em um círculo horizontal de 6
m de raio, executando uma volta completa a cada 4 s.
04. As engrenagens estão associadas conforme imagem abaixo:
Sua velocidade angular, em rad/s, e sua aceleração centrípeta, em
m/s2, valem, respectivamente,
a) π e 6 π² d) π/4 e π/4
b) π/2 e 3 π²/2 e) π/4 e π²/16
c) π/2 e π²/4

04. (UECE - ADAPTADA) Um automóvel desce uma rampa, com


velocidade constante. Considere que o pneu tem diâmetro 60 cm
e que gira sem deslizar. Se o tempo para o pneu dar uma volta
completa for 0,314 s, a velocidade do carro, em m/s, é
a) 60/0,314. c) 6.
Sendo RA = 1,5 RB = 2RC a relação entre os raios de A, B e C e ƒA = 300
rpm a frequência de A, calcule a frequência de B e C, em Hz. b) 12. d) 3,14.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 151


FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR

05. (EEAR) Duas polias estão acopladas por uma correia que não Considerando-se que a velocidade escalar de um ponto qualquer
desliza. Sabendo-se que o raio da polia menor é de 20 cm e sua da periferia da Roda é V = 1 m/s e que o raio é de 15 m, pode-
frequência de rotação f1 é de 3.600 rpm, qual é a frequência de se afirmar que a frequência de rotação f, em hertz, e a velocidade
rotação f2 da polia maior, em rpm, cujo raio vale 50 cm? angular ω, em rad/s, são respectivamente iguais a:
a) 9.000 b) 7.200 c) 1.440 d) 720 1 1 e 1 1 e 1
a) e 2 c) e)
30π 15 30π 15 30π 30π
06. (ENEM) A invenção e o acoplamento entre engrenagens
b) 1 e 2 d) 1 e 1
revolucionaram a ciência na época e propiciaram a invenção de
várias tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno 15π 15 15π 15
cronômetro, um relojoeiro usa o sistema de engrenagens mostrado.
De acordo com a figura, um motor é ligado ao eixo e movimenta as 09. (CPS) Em um antigo projetor de cinema, o filme a ser projetado
engrenagens fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de deixa o carretel F, seguindo um caminho que o leva ao carretel R,
18 rpm, e o número de dentes das engrenagens está apresentado onde será rebobinado. Os carretéis são idênticos e se diferenciam
no quadro. apenas pelas funções que realizam.
Pouco depois do início da projeção, os carretéis apresentam-se
como mostrado na figura, na qual observamos o sentido de rotação
Engrenagem Dentes que o aparelho imprime ao carretel R.
A 24

B 72

C 36

D 108

A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é


a) 1 b) 2 c) 4 d) 81 e) 162

07. (UNICAMP) Anemômetros são instrumentos usados para


medir a velocidade do vento. A sua construção mais conhecida é Nesse momento, considerando as quantidades de filme que os
a proposta por Robinson em 1846, que consiste em um rotor com carretéis contêm e o tempo necessário para que o carretel R dê
quatro conchas hemisféricas presas por hastes, conforme figura uma volta completa, é correto concluir que o carretel F gira em
abaixo. Em um anemômetro de Robinson ideal, a velocidade do sentido
vento é dada pela velocidade linear das conchas. Um anemômetro
em que a distância entre as conchas e o centro de rotação é r = 25 a) anti-horário e dá mais voltas que o carretel R.
cm, em um dia cuja velocidade do vento é v = 18 km/h, teria uma b) anti-horário e dá menos voltas que o carretel R.
frequência de rotação de c) horário e dá mais voltas que o carretel R.
d) horário e dá menos voltas que o carretel R.
Se necessário, considere π ≈ 3.
e) horário e dá o mesmo número de voltas que o carretel R.
a) 3 rpm.
b) 200 rpm.
10. (UFRGS) A figura apresenta esquematicamente o sistema de
c) 720 rpm. transmissão de uma bicicleta convencional.
d) 1200 rpm.
e) 2400 rpm

THE ROBINSON
ANEMOMETER

08. (UFPA) Durante os festejos do Círio de Nazaré, em Belém, uma


das atrações é o parque de brinquedos situado ao lado da Basílica,
no qual um dos brinquedos mais cobiçados é a Roda Gigante, que
gira com velocidade angular ω, constante.

Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B através da correia P.


Por sua vez, B é ligada à roda traseira R, girando com ela quando o
ciclista está pedalando.
Nesta situação, supondo que a bicicleta se move sem deslizar, as
magnitudes das velocidades angulares, ωA, ωB, ωR são tais que
a) ωA < ωB = ωR d) ωA < ωB < ωR
b) ωA = ωB < ωR e) ωA > ωB = ωR
c) ωA = ωB = ωR

11. Filmes de ficção científica, que se passam no espaço sideral,


costumam mostrar hábitats giratórios que fornecem uma
gravidade artificial, de modo que as pessoas se sintam como se

152 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


10 CINEMÁTICA ANGULAR FÍSICA I

estivessem na Terra. Imagine um desses hábitats em um local livre Nessas condições, quando o motor girar com frequência fM, as
da influência significativa de outros campos gravitacionais, com duas rodas do carrinho girarão com frequência fR. Sabendo que as
raio de 1 km e com pessoas habitando a borda interna do cilindro. engrenagens A e C possuem 8 dentes, que as engrenagens B e D
Esse cenário, nessas condições, reproduz algo muito próximo à possuem 24 dentes, que não há escorregamento entre elas e que
aceleração da gravidade de 10 m/s² desde que a frequência com fM = 13,5 Hz, é correto afirmar que fR, em Hz, é igual a
que o hábitat rotaciona seja, aproximadamente, de a) 1,5 b) 3,0 c) 2,0 d) 1,0 e) 2,5
a) 2 rpm b) 1 rpm c) 20 rpm d) 60 rpm
14. Para possibilitar o translado da fábrica até a construção, o
12. (UEL) Analise as figuras a seguir e responda à questão. concreto precisa ser mantido em constante agitação. É por esse
motivo que as betoneiras, quando carregadas, mantêm seu tambor
misturador sob rotação constante de 4 r.p.m. Esse movimento só é
possível devido ao engate por correntes de duas engrenagens, uma
grande, presa ao tambor e de diâmetro 1,2 m, e outra pequena, de
diâmetro 0,4 m, conectada solidariamente a um motor.

Suponha que a máquina de tear industrial (na figura acima),


seja composta por 3 engrenagens (A, B e C) conforme a figura a
seguir. Na obra, para que a betoneira descarregue seu conteúdo, o tambor
é posto em rotação inversa, com velocidade angular 5 vezes maior
que a aplicada durante o transporte. Nesse momento, a frequência
de rotação do eixo da engrenagem menor, em r.p.m., é
a) 40. b) 45. c) 50. d) 55. e) 60.

15. Uma grande manivela, quatro engrenagens pequenas de 10


dentes e outra de 24 dentes, tudo associado a três cilindros de 8
cm de diâmetro, constituem este pequeno moedor manual de cana.
Suponha também que todos os dentes de cada engrenagem
são iguais e que a engrenagem A possui 200 dentes e gira no
sentido anti-horário a 40 rpm. Já as engrenagens B e C possuem
20 e 100 dentes, respectivamente.
Com base nos conhecimentos sobre movimento circular, assinale a
alternativa correta quanto à velocidade e ao sentido.
a) A engrenagem C gira a 800 rpm e sentido anti-horário.
b) A engrenagem B gira 40 rpm e sentido horário.
c) A engrenagem B gira a 800 rpm e sentido anti-horário.
d) A engrenagem C gira a 80 rpm e sentido anti-horário. Ao produzir caldo de cana, uma pessoa gira a manivela fazendo-a
e) A engrenagem C gira a 8 rpm e sentido horário. completar uma volta a cada meio minuto. Supondo que a
vara de cana colocada entre os cilindros seja esmagada sem
13. Um pequeno motor a pilha é utilizado para movimentar um escorregamento, a velocidade escalar com que a máquina puxa a
carrinho de brinquedo. Um sistema de engrenagens transforma cana para seu interior, em cm/s, é, aproximadamente,
a velocidade de rotação desse motor na velocidade de rotação Dado: Se necessário use π.= 3.
adequada às rodas do carrinho. Esse sistema é formado por quatro a) 0,20 d) 1,25
engrenagens, A, B, C e D sendo que A está presa ao eixo do motor, B
e C estão presas a um segundo eixo e D a um terceiro eixo, no qual b) 0,35 e) 1,50
também estão presas duas das quatro rodas do carrinho. c) 0,70

16. (FUVES–ADAPTADA) Em uma fábrica, um técnico deve medir


a velocidade angular de uma polia girando. Ele apaga as luzes do
ambiente e ilumina a peça somente com a luz de uma lâmpada
estroboscópica, cuja frequência pode ser continuamente variada e
precisamente conhecida. A polia tem uma mancha branca na lateral.
Ele observa que, quando a frequência de flashes é 9 Hz, a mancha
na polia parece estar parada. Então aumenta vagarosamente a
frequência do piscar da lâmpada e só quando esta atinge 12 Hz
é que, novamente, a mancha na polia parece estar parada. Com
base nessas observações, ele determina que a frequencia da polia,
em rpm, é
a) 2.160 b) 1.260 c) 309 d) 180 e) 36

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 153


FÍSICA I 10 CINEMÁTICA ANGULAR

17. (UEMG) Após estudar física exaustivamente para as provas de e no mesmo sentido com as velocidades de 1,5 rad/s e 3,0 rad/s,
vestibular, Lívia sentiu-se mal e precisou receber a visita de um médico. respectivamente; o móvel B, porém, partiu 4 segundos após o A.
Calcule o intervalo de tempo decorrido, após a partida de A, no qual
o móvel B alcançou o móvel A pela primeira vez.

04. (UFRJ) No dia 10 de setembro de 2008, foi inaugurado o mais


potente acelerador de partículas já construído. O acelerador tem
um anel, considerado nesta questão como circular, de 27 km de
comprimento, no qual prótons são postos a girar em movimento
uniforme.

Com base nas informações do diálogo apresentado e considerando Supondo que um dos prótons se mova em uma circunferência de 27 km
uma roda que gire em torno do seu próprio eixo com velocidade de comprimento, com velocidade de módulo v = 240.000 km/s,
angular (ω) constante, o período de rotação dessa roda é dado por: calcule o número de voltas que esse próton dá no anel em uma hora.
a) 2 ⋅ (ω⋅ π)−1. b) 2 ⋅ π⋅ ω−1. c) ω⋅ 2 ⋅ π.
−1
d) ω⋅ (2 ⋅ π) .
05. (UFPE) Uma bicicleta possui duas catracas, uma de raio
6,0 cm, e outra de raio 4,5 cm. Um ciclista move-se com velocidade
18. (UECE) Considere um carrossel que gira com velocidade
uniforme de 12 km/h usando a catraca de 6,0 cm. Com o objetivo
angular tal que cada cavalo percorre duas voltas completas em
de aumentar a sua velocidade, o ciclista muda para a catraca de
4π/3 segundos. Assim, a velocidade angular do carrossel, em
4,5 cm mantendo a mesma velocidade angular dos pedais.
radianos/s, é
Determine a velocidade final da bicicleta, em km/h.
a) 4/3 b) 4π/3 c) 2π/3 d) 3

19. (UPF) Um corpo descreve um movimento circular uniforme


cuja trajetória tem 5m de raio. Considerando que o objeto descreve
2 voltas em 12 s, é possível afirmar que sua velocidade tangencial,
em m/s, é de, aproximadamente
(Considere π = 3,14 rad)
a) 3,14 b) 5,2 c) 15,7 d) 6,28 e) 31,4

20. (UERJ) Em um equipamento industrial, duas engrenagens,


A e B, giram 100 vezes por segundo e 6.000 vezes por minuto,
respectivamente. O período da engrenagem A equivale a TA e o da
engrenagem B, a TB.
GABARITO
TA
A razão é igual a: EXERCÍCIOS PROPOSTOS
TB
01. B 05. C 09. D 13. A 17. B
1 3 c) 1 d) 6
a) b) 02. C 06. B 10. A 14. E 18. D
6 5 03. B 07. B 11. B 15. B 19. B
04. C 08. C 12. D 16. A 20. C

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. aC = 54 m/s² 03. t = 8 s 05. 16 km/h
APROFUNDAMENTO 02. f = 2 Hz 04. 32.000.000 voltas

01. (UERJ) Para um teste, um piloto de caça é colocado em um ANOTAÇÕES


dispositivo giratório. A partir de determinado instante, o dispositivo
descreve um movimento circular e uniforme, com velocidade
constante de 64,8 km/h.
Admitindo que o raio da trajetória corresponde a 6m, calcule, em
m/s², o módulo da aceleração a que está submetido o piloto.

02. (UERJ) Uma pequena pedra amarrada a uma das extremidades


de um fio inextensível de 1 m de comprimento, preso a um galho de
árvore pela outra extremidade, oscila sob ação do vento entre dois
pontos equidistantes e próximos à vertical. Durante 10 s, observou-
se que a pedra foi de um extremo ao outro, retornando ao ponto de
partida, 20 vezes.
Calcule a frequência de oscilação desse pêndulo.

03. (UERJ) Dois móveis, A e B, percorrem uma pista circular em


movimento uniforme. Os dois móveis partiram do mesmo ponto

154 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


11
FÍSICA I
LEIS DE NEWTON

Voltaire disse: “Se um dia, todos os gênios do mundo se 2ª Lei de Newton


reunissem em uma orquestra, Newton seria o Maestro”.
(Princípio Fundamental da Dinâmica):
Estabelece a relação entre a força resultante que atua
DINÂMICA num corpo e a aceleração que ele adquire. Quando uma força
Há mais de 2000 anos atrás, Aristóteles acreditava que era resultante constante e diferente de zero atua sobre um corpo a
impossível um móvel permanecer em movimento na ausência de aceleração gerada é constante, diretamente proporcional, possui
forças que o empurrassem. mesma direção e sentido que a força resultante. A aceleração é
inversamente proporcional a massa do corpo.
No século XVI, Galileu introduziu o conceito de Inércia, refutando
as ideais de Aristóteles e mostrando que um corpo, em movimento  
na ausência de forças, tende a permanecer em movimento retilíneo F=
r m⋅a
e uniforme para sempre.
Newton deu continuidade ao trabalho de Galileu e mostrou que Para uma movimento retilíneo em que a força resultante atue
uma força não era necessária para que um corpo permanecesse em no sentido do movimento, o módulo da velocidade aumenta. Se a
movimento, mas, sim, para que ele sofresse uma variação na sua força resultante for aplicada no sentido oposto do movimento, o
velocidade vetorial, em outras palavras, Newton mostrou que Força módulo da velocidade diminui
é o agente físico cujo efeito dinâmico é a aceleração. Dizemos
Unidade de força no S.I: newton (N)
então que a aceleração produzida é diretamente proporcional à
força resultante. Relação entre newton e dina
A aceleração que se imprime sobre um objeto depende das 1N = 105 dyn
forças aplicadas sobre ele e da massa do mesmo. Quanto de Relação entre newton e quilograma-força
massa um objeto possui depende da quantidade de matéria que
Considerando g = 9.8 m /s2
ele tem. Quanto mais matéria mais força é necessária para alterar
sua velocidade vetorial. A massa é a uma medida de inércia de um 1Kgƒ= 9,8 N
objeto material.
Não confunda → Massa ≠ Peso 3ª Lei de Newton (Ação-Reação)
Colocando em pauta uma situação cotidiana, quando você
MASSA (M) puxa um carrinho, este simultaneamente puxa você, este par de
forças, seu puxão sobre o carrinho e o puxão do carrinho sobre
A quantidade de matéria num objeto. É também a medida você, constitui uma única interação entre você e ele. Observamos
de inércia, “facilidade” que um objeto apresenta em resposta a no exemplo um par de forças que representam a terceira lei do
qualquer esforço feito para movê-lo, pará-lo ou alterar de algum movimento.
modo seu estado de movimento. Unidades: Kg, g, miligrama....
Mas, afinal, quem exerce a força e quem sofre a ação da força?
A resposta é que nenhuma força pode ser definida como “ação”
PESO (P) ou “reação”, ambos os objetos devem ser tratados igualmente.
A força sobre um objeto devido à gravidade. Unidades: n ewtons Resumindo, sempre que um objeto exerce uma força sobre um
(N), Kgf (Quilograma-força). outro objeto, este exerce uma força sobre o primeiro.
Peso e massa são diretamente proporcionais entre si, ou seja,
se a massa de um corpo dobra, seu peso também dobra. Esses Estas forças:
conceitos são muitas vezes confundidos pois é comum medir no • Possuem mesma intensidade, ou seja, mesmo módulo.
Brasil a quantidade de matéria dos corpos (massa) pela força de • Mesma linha de ação. Ter mesma linha de ação é mais do
interação gravitacional (Peso). que ter a mesma direção, pois forças paralelas têm mesma
direção, mas não necessariamente mesma linha de ação.
LEIS DE NEWTON • Sentidos opostos.
• Atuam em corpos diferentes, por isso, nunca se anulam.
1ª Lei de Newton (Princípio de Inércia) • São forças de mesma natureza.
Se a força resultante sobre uma partícula é nula, ela permanece
em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, por Inércia.
Entenda Inércia como a tendência dos corpos em conservar sua
velocidade vetorial.
Devido a esse princípio concluímos que um corpo livre de uma 
força externa resultante é incapaz de variar sua própria velocidade FBA força do corpo B sobre A.
vetorial, ou seja, para que a inércia seja vencida, é necessária a 
intervenção de uma força externa.
F AB força do corpo A sobre B.
Qualquer corpo, em repouso ou em movimento retilíneo e
com velocidade constante tende a permanecer nesses estados, a Uma série de fenômenos são explicados pela lei da ação e
menos que uma força externa atue sobre ele. reação.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 155


FÍSICA I 11 LEIS DE NEWTON

Na figura, o nadador consegue se mover porque ele “empurra” Normal


a água para trás e, como reação, esta o empurra para a frente.
Quando um corpo está apoiado em uma superfície, ele

exerce sobre ela uma força (representada na figura por NMESA ),
e pelo princípio da ação e reação, a superfície exerce sobre

o corpo uma força que é representada por NBLOCO e recebe o
nome de reação normal.
O estudo da força de contato entre duas superfícies será dividido
em duas partes no nosso curso: nesta primeira parte nós vamos
imaginar que não há nenhuma espécie de atrito entre as superfícies
em contato. Neste caso, essa força de contato entre as superfícies é
perpendicular às superfícies de contato, como Normal é sinônimo de
perpendicular essa força acaba sempre por ter o apelido de Normal.
Tanto faz ser a força da superfície sobre o corpo como ser sua
reação, a força do corpo sobre a superfície. Não há uma expressão
específica para determinar seu valor. Sua função é evitar que o corpo
FORÇAS DA NATUREZA penetre superfície a dentro.
1. Forças Gravitacionais
2. Forças Eletromagnéticas
3. Forças Nucleares Forte
4. Forças Nucleares Fracas

PRINCIPAIS FORÇAS DA DINÂMICA


Existem algumas forças que aparecem, constantemente, em
problemas e merecem uma atenção especial.  
| NBLOCO |= | NMESA |
As forças podem ser classificadas em forças de Contato, que
são aquelas que só existem enquanto houver contato entre os
corpos, e as forças de Campo ou de Ação a Distância que existem Tração ou tensão
mesmo que os corpos não estejam em contato. No nosso curso Exercer uma tração ou tracionar um corpo é alongá‑lo ou tentar
três serão as forças de ação a distância: a força gravitacional alongá-lo por um par de forças idênticas e opostas aplicadas em
(Peso), a força devido ao campo elétrico (Força Elétrica) e a força suas extremidades, é mais comum em fios, cordas, cabos etc.
devido ao campo Magnético (Força Magnética), no momento só Depois, por extensão tornou-se o apelido da força que uma corda,
nos preocuparemos com a força gravitacional. fio ou cabo exerce sobre um corpo. É comum nos problemas,
considerarmos os fios como ideais, ou seja, inextensíveis (não se
Peso esticam) e de massa desprezível.
A força da Terra sobre um corpo, apelidada de Peso do corpo,
é gerada pela atração gravitacional entre a Terra e corpo. São
características do peso:
 
Módulo: P = m·g
Direção: sempre a vertical do local.
Sentido: sempre para o centro da Terra.
• Como o valor da aceleração da gravidade (g) varia sobre
a Terra, o peso de um corpo é variável, pouco, mas é.
• Não confunda peso (como é força expresso em newtons)
com massa (expressa em kg). A confusão diária ocorre
pois a balança na qual nos pesamos na farmácia é um
instrumento para medir a força que fazemos sobre ela, Toda vez que trabalhamos com cordas ou fios ideais, e esse
mas sua graduação está em kg, que é unidade de massa. será maioria no nosso estudo, a força num ponto de uma corda ou
• Cuidado com essa: a reação da força peso. fio será sempre igual à força em qualquer outro ponto do mesmo
Nome da força: Força da Terra sobre o corpo. fio. Observe nas figuras anteriores que a tração tem sempre o
sentido de puxar, nunca de empurrar.
Agente da força: a Terra.
Onde atua a força: no corpo (seu centro de gravidade).
Reação: Força do corpo sobre a Terra.
Agente da força: o corpo.
Onde atua a reação: no centro da Terra.

Observe que para qualquer corpo a reação de seu peso atuará


sempre no centro da Terra.

156 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


11 LEIS DE NEWTON FÍSICA I

Dinamômetro
O Dinamômetro é um aparelho utilizado para medida da intensidade de força e consiste em uma mola com uma graduação.

O Dinamômetro também pode ser utilizado para medição de massa, para isso, basta que sua escala seja dividida pela aceleração da
gravidade:
P
P = m⋅g → m =
g

O melhor exemplo deste tipo de dinamômetro é a balança de mola. A balança sempre representa o valor da normal, por isso, nem
sempre calcula-se o peso corretamente com uma balança. As balanças encontradas em farmácias e em casas já estão graduadas
para se obter diretamente a massa, porém, nos problemas, é mais comum a graduação para a obtenção da força aplicada.

Texto Complementar
Sir Isaac Newton
Isaac Newton nasceu no dia de Natal do ano de 1642 em Woolsthorpe, Lincolnshire, Inglaterra. Fazendo a correção para o calendário
adotado atualmente, denominado calendário Gregoriano, adotado na Inglaterra em 1752, Newton nasce em 4 de janeiro de 1643, ano da
morte de Galileo. Newton veio de uma família de agricultores, mas seu pai morreu antes de seu nascimento. Embora sempre seja citado
nas áreas da Mecânica e da Astronomia, Newton publicou, em 1704, um tratado sobre Óptica, a natureza da luz e cor. Tornou-se presidente
da Casa da Moeda Real e inventou essas ranhuras que as moedas possuem para que ninguém subtraísse o ouro e a prata das moedas.

EXERCÍCIO RESOLVIDO Resolução: Vemos que em ambos os blocos o Peso e a


Normal se anulam, o que facilita a questão.
01. (VUNESP) Enuncie a lei física à qual o herói da “tirinha” Fx
se refere.

P
Vamos passar a considerar apenas as forças horizontais,
já que a soma das forças verticais é nula.
Bloco A: F - f = mA . a

Resolução: Quando o ônibus está em movimento em relação F A f


ao solo e freia, os passageiros tendem por inércia a permanecer
em movimento, note que em relação ao ônibus os passageiros Bloco B: f = mB . a
parecem ser “atirados” para frente, mas nenhuma força realizou B
o empurrão, eles continuaram seu movimento por inércia. f

Somando as equações de A e B temos

+
02. Dois blocos A e B, de massas iguais a mA = 4Kg e mB = Bloco A: F - f = mA . a
16Kg, estão apoiados numa superfície perfeitamente lisa e Bloco B: f = mB . a
 ____________________________
horizontal. Uma força horizontal F , de intensidade constante
F = 100N, é aplicada no bloco A. Determine: F = (mA + mB) . a
100 = (4 + 16) . a
 a = 5 m/s2
F
A B
Perceba que a força que A faz em B é em módulo igual a
força que B faz em A que na questão está representada por f,
basta substituir o valor da aceleração em qualquer uma das
a) A aceleração do conjunto equações acima.
b) O módulo da força que B aplica em A. f = mB . a ⇒ f = 16 . 5 = 80 N

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 157


FÍSICA I 11 LEIS DE NEWTON

05. Observe a tirinha


EXERCÍCIOS
PROTREINO
01. Um bloco de massa 4 kg sofre uma força horizontal de 80 N de
intensidade em um plano horizontal sem atrito, conforme imagem
abaixo

Aplicando seus conhecimentos sobre massa e Peso, analise a


afirmação do gato no último quadro e valide ou não sua afirmação.

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
Aplicando seus conhecimentos sobre a 2ª Lei de Newton calcule a
aceleração adquirida pelo bloco. 01. (CPS) Vinícius observa duas crianças, Caio e João, empurrando
uma caixa de brinquedos. Relembrando a aula de Ciências que
02. Dois blocos A e B, massas iguais 10 kg e 6 kg, respectivamente, teve pela manhã, ele observa o deslocamento da caixa e faz um
estão apoiados
 em uma superfície perfeitamente lisa e horizontal. desenho representando as forças envolvidas nesse processo,
Uma força F , de intensidade constante F = 80 N, é aplicada no conforme a figura.
bloco B. Calcule a aceleração do conjunto e o módulo da força que
A aplica em B.

Considerando que a caixa esteja submetida a duas forças


horizontais, nos sentidos representados na figura, de intensidades
F1 = 100N e F2 = 75 N, ficou pensando em como poderia evitar o
03. Três blocos A, B e C, massas 4 kg, 2 kg e 14 kg respectivamente, deslocamento da caixa, fazendo com que ela ficasse em equilíbrio
estão apoiados
 em um plano horizontal sem atrito. Uma força (parada).
horizontal F , de intensidade constante F = 120 N, é aplicada no
bloco A. Calcule a aceleração do conjunto e o módulo da força que Concluiu, então, que para isso ocorrer, uma outra criança deveria
A faz em B e que B faz em C. exercer uma força de intensidade igual a
a) 100 N, junto com João. d) 25 N junto com Caio.
b) 100 N, junto com Caio. e) 25 N junto com João.
c) 75 N, junto com João.

02. (CFTMG) Uma força horizontal de módulo constante F = 100


N é aplicada sobre um carrinho de massa M=10 kg que se move
inicialmente a uma velocidade vi = 18 km/h. Sabendo-se que a força
atua ao longo de um deslocamento retilíneo d = 2,0 m, a velocidade
04. Leia a tirinha:
final do carrinho, após esse percurso, vale, aproximadamente,
a) 5,0 m/s. c) 19,1 m/s. e) 80 m/s
b) 8,1 m/s. d) 65,0 m/s.

03. (FMP) Um helicóptero transporta, preso por uma corda, um


pacote de massa 100 kg O helicóptero está subindo com aceleração
constante vertical e para cima de 0,5 m/s2. Se a aceleração da
gravidade no local vale 10 m/s2, a tração na corda, em newtons,
que sustenta o peso vale
A tirinha trata de forma humorada uma das Leis de Newton,
identifique a Lei que ela está associada e explique sua afirmação. a) 1500 b) 1050 c) 500 d) 1000 e) 950

04. (UFRGS) Aplica-se uma força de 20 N a um corpo de massa m.


O corpo desloca-se em linha reta com velocidade que aumenta 10
m/s a cada 2 s.
Qual o valor, em kg, da massa m?
a) 5 b) 4 c) 3 d) 2 e) 1

158 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


11 LEIS DE NEWTON FÍSICA I

05. (UECE - ADAPTADA) Dois carros que transportam areia se consequência sobre o rendimento do atleta: durante a fase de voo,
deslocam sem atrito na horizontal e sob a ação de duas forças o centro de gravidade do atleta move-se com velocidade horizontal
constantes e iguais. Ao longo do deslocamento, há vazamento do constante!
material transportado por um furo em um dos carros, reduzindo Isto é uma consequência direta de qual lei de movimento enunciada
sua massa total. no século XVII?
Considerando que ambos partiram do repouso e percorrem a) Inércia. c) Gravitação Universal.
trajetórias paralelas e retas, é correto afirmar que após um intervalo
de tempo igual para os dois, a velocidade do carro furado, se b) Ação e reação. d) Relatividade Restrita.
comparada à do outro carro,
07. (IFCE) Há dois momentos no salto de paraquedas em que a
a) é menor e o carro furado tem maior aceleração.
velocidade do paraquedista torna-se constante: quando atinge
b) é maior e o carro furado tem menor aceleração. velocidade máxima, que é de aproximadamente 200 km/h, e no
c) é menor e o carro furado tem menor aceleração. momento do pouso. Com base nas Leis da Física, a força de arrasto
d) é maior e o carro furado tem maior aceleração. do ar
a) é maior quando o paraquedista encontra-se em velocidade de
pouso.
06. (CFTRJ) O salto em distância é uma modalidade olímpica de
atletismo em que os competidores combinam velocidade, força e b) é a mesma, seja na velocidade máxima ou no momento do
pouso.
agilidade para saltarem o mais longe possível a partir de um ponto
pré-determinado. Sua origem remonta aos Jogos Olímpicos da c) é maior quando o paraquedista encontra-se em velocidade
máxima.
Antiguidade. Nos Jogos Olímpicos da Era Moderna ele é disputado
no masculino desde a primeira edição, em Atenas no ano de 1896, d) é zero nesses dois momentos.
e no feminino desde os jogos de Londres, em 1948. e) depende da posição do corpo do paraquedista nesses dois
momentos.
Foi apenas na 5ª edição das Paralimpíadas, em
Toronto (Canadá), em 1976, que atletas amputados ou com
comprometimento visual puderam participar pela primeira vez. 08. (CN) Durante um teste de desempenho, um carro de massa
Com isso, o atletismo passou a contar com as modalidades de 1200 kg alterou sua velocidade, conforme mostra o gráfico abaixo.
salto em distância e salto em altura.
A Física está presente no salto em distância, de forma
simplificada, em quatro momentos:

Considerando que o teste foi executado em uma pista retilínea,


pode-se afirmar que força resultante que atuou sobre o carro foi de
a) 1200 N d) 4800 N
b) 2400 N e) 6000 N
Disponível em: http://www.rumocertoesportes.blogspot.com.br c) 3600 N

1º momento: Antes de saltar o indivíduo corre por uma raia,


09. (UERJ - ADAPTADA) Considere um patinador X que colide
flexiona as pernas, dando um último passo, antes da linha que
elasticamente com a parede P de uma sala. Os diagramas abaixo
limita a área de corrida, que exerce uma força contra o chão.
mostram segmentos orientados indicando as possíveis forças que
Desta forma o atleta faz uso da Terceira Lei de Newton, e é a partir
agem no patinador e na parede, durante e após a colisão. Note que
daí que executa o salto.
segmento nulo indica força nula.
2º momento: A Segunda Lei de Newton nos deixa claro que,
para uma mesma força, quanto maior a massa corpórea do atleta Forças
menor sua aceleração, portanto, atletas com muita massa saltarão, Diagrama
em princípio, uma menor distância, se não exercerem uma força Durante a colisão Após a colisão
maior sobre o chão, quando ainda em contato com o mesmo.
3º momento: Durante a fase de voo do atleta ele é atraído pela I
força gravitacional e não há nenhuma força na direção horizontal
atuando sobre ele, considerando que a força de atrito com o ar é
II
muito pequena. No pouso, o local onde ele toca por último, o solo,
é considerado a marca para sua classificação (alcance horizontal).
4º momento: Chegando ao solo, o atleta ainda se desloca, III
deslizando por uma determinada distância que irá depender da
força de atrito entre a região de contato com o solo, principalmente
entre a sola da sua sapatilha e o pavimento que constitui o piso. IV
No instante em que o atleta para completamente, a resultante das
forças sobre ele é nula. Supondo desprezível qualquer atrito, indique o(s) diagrama(s) que
No terceiro momento, é importante destacar que sendo a força de melhor representa(m) essas forças.
atrito com o ar muito pequena, não há nenhuma força na direção a) I c) III
horizontal atuando sobre ele. Este fato tem uma importante b) II d) IV

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 159


FÍSICA I 11 LEIS DE NEWTON

10. (FGV) Leia o texto abaixo para responder à questão a seguir.


Criança feliz é aquela que brinca, fato mais do que comprovado
na realidade do dia a dia. A brincadeira ativa, a que faz gastar
energia, que traz emoção, traz também felicidade. Mariana é
uma criança que foi levada por seus pais para se divertir em um
parquinho infantil.
Inicialmente, Mariana foi se divertir no balanço. Solta, do
repouso, de uma certa altura, ela oscilou entre dois extremos
elevados, a partir dos quais iniciou o retorno até o extremo oposto.
Imagine-a no extremo da direita como na figura.

a) Durante a queda, o módulo da aceleração do esquilo aumenta


até que sua velocidade terminal seja atingida, permanecendo
constante a partir desse momento.
b) À medida que cai, o peso do esquilo diminui.
c) A resultante de forças experimentada pelo esquilo é constante
e não nula durante a queda.
d) A força de resistência do ar é variável e equilibra o peso, quando
a velocidade terminal é atingida.
e) A velocidade terminal do esquilo não depende da densidade do
ar.

Desconsiderando o seu tamanho, bem como o do balanço, e 12. No século XVIII, o físico inglês lsaac Newton formulou as leis da
imaginando apenas um cabo sustentando o sistema, o correto mecânica e as usou para estudar e interpretar um grande número
esquema das forças agentes sobre ela nessa posição, em que cada de fenômenos físicos. Com base na compreensão dessas leis,
seta representa uma força, é o da alternativa: analise as proposições a seguir:
a) b) I. Ao fazer uma curva fechada em alta velocidade, a porta de um
automóvel abriu-se, e o passageiro, que não usava cinto de
segurança, foi lançado para fora. Esse fato pode ser explicado
pela segunda lei de Newton.
II. A segunda lei de Newton afirma que, se a soma de todas as
forças atuando sobre um corpo for nula, o mesmo terá um
movimento uniformemente variado.
III. Um automóvel colide frontalmente com uma bicicleta. No
momento da colisão, pode-se afirmar que a intensidade da
c) d) força que o automóvel exerce sobre a bicicleta é a mesma que
a intensidade da força que a bicicleta exerce sobre o automóvel
e em sentido contrário.
Para as situações supracitadas, em relação às leis de Newton,
é(são) correta(s) apenas a(as) proposição(ões)
e) a) I e II. b) II. c) I. d) III. e) II e III.

13. Em uma operação de resgate, um helicóptero sobrevoa


horizontalmente uma região levando pendurado um recipiente
de 200 kg com mantimentos e materiais de primeiros socorros.
O recipiente é transportado
 em movimento retilíneo e uniforme,
sujeito
 às forças peso (P), de resistência do ar horizontal (F) e tração
(T), exercida pelo cabo inextensível que o prende ao helicóptero.
11. A imagem mostra um exemplar de esquilo voador. Quando
deseja descer ao solo saltando de uma árvore, ele abre suas
pseudoasas, que atuam como um freio aerodinâmico e amortecem
sua queda. Considerando que esse esquilo cai verticalmente com
suas pseudoasas abertas, qual das alternativas a seguir descreve
corretamente as características físicas desse movimento?

160 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


11 LEIS DE NEWTON FÍSICA I

Sabendo que o ângulo entre o cabo e a vertical vale θ, que sen θ = 0,6,
cos θ = 0,8 e g = 10 m/s2, a intensidade da força de resistência do
ar que atua sobre o recipiente vale, em N,
a) 500. b) 1 250. c) 1 500. d) 1 750. e) 2 000.
b)
14. Em Tirinhas, é muito comum encontrarmos situações que
envolvem conceitos de Física e que, inclusive, têm sua parte cômica
relacionada, de alguma forma, com a Física.
Considere a tirinha envolvendo a “Turma da Mônica”, mostrada a
seguir.

c)

Supondo que o sistema se encontra em equilíbrio, é correto afirmar


que, de acordo com a Lei da Ação e Reação (3ª Lei de Newton),
a) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os d)
meninos exercem sobre a corda formam um par ação-reação.
b) a força que a Mônica exerce sobre o chão e a força que a corda
faz sobre a Mônica formam um par ação-reação.
c) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que a corda
faz sobre a Mônica formam um par ação-reação.
16. (UFU) No século XVI, as pessoas acreditavam que a Terra não
d) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os se movia. Todavia, atualmente sabemos que ela se move, e um
meninos exercem sobre o chão formam um par ação-reação. conceito físico que sustenta e auxilia na justificativa dessa ideia
é o da
15. Nesta figura, está representado um balão dirigível, que voa
a) pressão.
para a direita, em altitude constante e com velocidade v, também
constante: b) quantidade de movimento.
c) inércia.
d) ação e reação.

17. (UPF) Sobre as leis da Mecânica, é correto afirmar:


a) Quando uma força horizontal de valor variável e diferente de
zero atua sobre um corpo que desliza sobre uma superfície
horizontal sem atrito, sua aceleração permanece constante.
b) A força resultante é nula sobre um corpo que se movimenta,
em linha reta, com velocidade constante.
c) Todo corpo em queda livre, próximo da superfície terrestre,
aumenta sua energia potencial.
d) Quando um corpo de massa m exerce uma força F sobre um
corpo de massa 2m, o segundo corpo exerce sobre o primeiro
Sobre o balão, atuam as seguintes forças: o peso P, o empuxo E,
uma força igual a 2F, uma vez que sua massa é maior.
a resistência do ar R e a força M, que é devida à propulsão dos
motores. e) Quando um corpo gira com velocidade angular constante, a
força que atua sobre ele é nula.
Assinale a alternativa que apresenta o diagrama de forças em que
estão mais bem representadas as forças que atuam sobre esse
balão. 18. (UECE) As grandezas físicas escalares são expressas apenas
pelo seu valor numérico e unidade de medida. As grandezas físicas
vetoriais além do valor numérico e unidade de medida, para serem
expressas, necessitam de direção e sentido.
Com base nisso, assinale a opção que corresponde a uma grandeza
física de natureza vetorial.
a) a) massa
b) energia
c) temperatura
d) força

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FÍSICA I 11 LEIS DE NEWTON

19. (EEAR) Um astronauta de massa m e peso P foi levado da O gráfico abaixo ilustra o comportamento da força em função do
superfície da Terra para a superfície de um planeta cuja aceleração tempo.
da gravidade, em módulo, é igual a um terço da aceleração da
gravidade registrada na superfície terrestre. No novo planeta, os
valores da massa e do peso desse astronauta, em função de suas
intensidades na Terra, serão respectivamente:
m P m P
a) ,P b) m, P c) m, d) ,
3 3 3 3

20. (UECE) Desde o início de 2019, testemunhamos dois acidentes


aéreos fatais para celebridades no Brasil. Para que haja voo em
segurança, são necessárias várias condições referentes às
forças que atuam em um avião. Por exemplo, em uma situação
de voo horizontal, em que a velocidade da aeronave se mantenha
constante,
a) a soma de todas as forças externas que atuam na aeronave é
não nula.
Calcule a velocidade do corpo no instante t = 1,5 s.
b) a soma de todas as forças externas que atuam na aeronave é
maior que seu peso.
05. (FAMERP) Um corpo de massa 8 kg movimenta-se em
c) a força de sustentação é maior que seu peso. trajetória retilínea sobre um plano horizontal e sua posição (s) e sua
d) a soma de todas as forças externas que atuam na aeronave velocidade escalar (v) variam em função do tempo (t), conforme os
é nula. gráficos.

EXERCÍCIOS DE
APROFUNDAMENTO
01. (UERJ) Em uma academia, a aceleração de uma esteira e a
resultante da força exercida sobre ela foram medidas ao longo de
10s. Os resultados estão representados nos gráficos abaixo.

a) Determine a posição x, em metros, desse corpo no instante


t = 10 s.
b) Calcule o módulo da resultante das forças, em newtons, que
Com base nos gráficos, determine, em quilogramas, a massa da atuam sobre o corpo no intervalo de tempo entre t = 6 s e
esteira. t = 12 s.

02. (UERJ) Um reboque de 16 toneladas é puxado por um caminhão GABARITO


através de um cabo de aço. Sabe-se que a aceleração do conjunto
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
caminhão-reboque corresponde a 200 cm/s², e que a massa do
01. E 05. D 09. A 13. C 17. B
cabo de aço é desprezível em relação às massas do caminhão e
02. B 06. A 10. E 14. C 18. D
do reboque.
03. B 07. B 11. D 15. B 19. C
Estime, em newtons, a tração no cabo de aço.
04. B 08. C 12. D 16. C 20. D

03. (UERJ) Um patinador cujo peso total é 800 N, incluindo os EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

patins, está parado em uma pista de patinação em gelo. Ao receber 01. m = 20 kg 03. a = 0,5 m/s² 05. a) 26 m.
um empurrão, ele começa a se deslocar. 02. T = 3,2⋅104 N 04. v = 2,4 m/s b) |FR| = 6,4 N

A força de atrito entre as lâminas dos patins e a pista, durante o


deslocamento, é constante e tem módulo igual a 40 N. ANOTAÇÕES
Estime a aceleração do patinador imediatamente após o início do
deslocamento.

04. (UERJ) Um corpo de massa igual a 6,0 kg move-se com


velocidade constante de 0,4 m/s, no intervalo de 0 s a 0,5 s.
Considere que, a partir de 0,5 s, esse corpo é impulsionado por uma
força de módulo constante e de mesmo sentido que a velocidade,
durante 1,0 s.

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12
FÍSICA I
FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA

INTRODUÇÃO INFORMAÇÕES SOBRE A


Chegamos agora à segunda parte do estudo da força entre
duas superfícies em contato, é o caso de levarmos em conta que
COMPONENTE FORÇA DE ATRITO
exista atrito (não haver, é uma imaginação para facilitar a primeira • Só aparece quando há movimento ou tendência ao
parte do nosso estudo), entre as superfícies que estão em contato. movimento relativo entre as superfícies em contato.
Levando em conta que exista atrito, a força de contato entre • É sempre contrária ao movimento ou à tendência ao
estas duas superfícies nunca será perpendicular (normal) às movimento relativo entre as superfícies em contato.
superfícies que estão em contato. Sempre haverá um ângulo de • A força de atrito deve ser representada entre as superfícies
inclinação entre a força de contato e as superfícies. Devido a isso em contato.
é comum decompor a força de contato em duas componentes. Exemplos:
Vejamos:
1) Corpo arrastado sobre superfície rugosa:
Um corpo em repouso sobre um plano inclinado. Como ele
está em repouso, ele se encontra em equilíbrio.
 
( R = 0 , 1ª Lei de Newton)

2) O pé de uma pessoa no momento que ela dá uma passada:

Como sobre ele só atuam duas forças: a força da Terra sobre


 • Enquanto não há movimento relativo entre as superfícies
o corpo P (Peso) e a força de contato do plano sobre o corpo
 F, em contato, a força de atrito entre elas é variável, denomina-
podemos garantir que elas se anulam, para que tenhamos R = 0. A se força de atrito estático e assume valores desde 0 até um
representação dessas forças será: valor máximo: força de atrito máxima.
• A força de atrito máxima possui uma expressão para seu
cálculo:

Fatmax = µeN

Onde: µe é o coeficiente de atrito estático entre as superfícies


 em contato; N é o valor da normal.
Observe que F não é perpendicular ao plano inclinado, • Vencido o atrito estático, o corpo se move, passando a agir
por isso é feita a decomposição desta força em duas agora a força de atrito cinético (ou dinâmico). Essa força
componentes ortogonais (perpendiculares): tem valor aproximadamente constante e calculado pela
expressão:

Fatcin = µcN

Onde: µc (ou µd) é o coeficiente de atrito cinético (ou dinâmico)


entre as superfícies em contato:
• Como µc < µe, Fatcin < Fatmax
• A força de atrito independe da área das superfícies em
contato.
Ainda que essa propriedade não seja intuitiva, ela, assim como
as demais são obtidas experimentalmente. Essa afirmação leva a
discussão, os pneus extralargos que são instalados em alguns carros
PROEXPLICA
não fornecem, pelo fato da largura, um atrito maior com o asfalto que
os pneus mais estreitos. Pneus mais largos distribuem mais o peso o
• Veja que no capítulo anterior (sem atrito) a força de que gera menor pressão na região de contato, reduzindo o desgaste
contato entre as superfícies era realmente uma força. do pneu e aumentando seu tempo de vida útil.
• Observe que a “Força de Atrito” realmente não é uma Concluímos que a distância de frenagem não depende da
força, mas sim uma componente de uma força de largura do pneu, mas da sua rugosidade, por isso nas vistorias é
contato por ela não ser perpendicular ao contato. observado se o pneu está “careca”, liso devido ao desgaste, pois
esse é o fator determinante para distância de frenagem.

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FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA

 
PROEXPLICA Fresist > P (Movimento Retardado)

O atrito cinético entre sólidos não depende da velocidade


relativa entre as superfícies.

• O gráfico a seguir mostra como varia com boa aproximação


a componente força de atrito entre duas superfícies em
função da força motora (força que tende a mover o corpo).

(Limite 2)
 
Fresist = P (Velocidade constante)

FORÇA ELÁSTICA
Lei de Hooke
FORÇA DE RESISTÊNCIA NOS Consideremos uma mola de comprimento L0. Caso estiquemos
ou comprimamos esta mola até que ela atinja um tamanho L,
FLUIDOS teremos uma força elástica no sentido contrário ao da força que
Nos fluidos (líquidos e gases) também encontramos uma força estamos realizando. Esta força é proporcional à deformação
de resistência e essa força de resistência dos fluidos é proporcional da mola. Nas figuras abaixo, verificamos que a deformação é
à velocidade com que o corpo se move dentro deles. Lembre-se do representada pela letra x e é a diferença entre L e L0.
caso do paraquedista que inicia sua queda com velocidade inicial
nula, e, conforme sua velocidade vai aumentando, aumenta a força de
resistência do ar, até que ele caia com velocidade constante (Limite 1).
No início da queda a força Peso é maior que a força de
resistência e o paraquedista cai acelerado (força resultante aponta
para baixo). Com o aumento da velocidade, a força de resistência
se iguala ao Peso, nesse momento a força resultante passa a ser
zero e a velocidade de queda constante. Ao abrir o paraquedas, a
área de contato entre o conjunto (paraquedista + paraquedas) e o
ar aumenta, fazendo com que a força de resistência se torne maior
que a força Peso e o movimento seja retardado. A velocidade então
decresce, a força de resistência diminui e se iguala novamente à
força Peso. Finalmente o paraquedista atinge uma velocidade
constante (Limite 2), bem menor que a atingida no início da queda,
até concluir sua aterrissagem.
No início
 
P > Fresist (Movimento acelerado) x L0 − L
=

A lei de Hooke expressa a força elástica:

FEL = k ⋅ x
(Limite 1)
No início Chamamos k de constante elástica e depende da natureza de
  cada mola. Sua unidade, no SI, é N/m.
P = Fresist (Velocidade constante)

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12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA FÍSICA I

PROEXPLICA Isolando o coeficiente de atrito cinético e substituindo


os valores fornecidos, ficamos com:
m F -m × a 600 N-120 kg × 2 m s2
kg ⋅ =µ = Þµ = \ µ 0,3
N kg
s² =
Cuidado, pois equivale a → m× g 120 kg × 10 m s2
m m s²

É comum chamar a força que é feita na mola de força


elástica, mas força elástica é a força que é feita pela 02. Um carro, deslocando-se em uma pista horizontal
mola. Esta confusão acontece por elas formarem um à velocidade de 72 km/h, freia bruscamente e trava por
par ação-reação, logo, têm o mesmo módulo, mas têm completo suas rodas. Nessa condição, o coeficiente de atrito
sentidos opostos. das rodas com o solo é 0,8.
A que distância do ponto inicial de frenagem o carro
para por completo?
Considere: g = 10 m/s2.

a) 13 m b) 25 m c) 50 m d) 100 m e) 225 m
kx
tgθ = Resposta: B
x
N
tgθ =k A força resultante sobre o veículo é a força de atrito e seu
módulo é dado por:
horizontal
Fat = µ ⋅ N  → Fat = µ ⋅ m ⋅ g

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. (PUCRS 2016) Sobre uma caixa de massa 120 kg, atua
uma força horizontal constante F de intensidade 600 N. A
caixa encontra-se sobre uma superfície horizontal em um P
local no qual a aceleração gravitacional é 10 m/s2. Para que
a aceleração da caixa seja constante, com módulo igual a 2
Obs: Nesse caso: N = P ⇒ N = mg
m/s2, e tenha a mesma orientação da força F, o coeficiente de
atrito cinético entre a superfície e a caixa deve ser de Sendo assim, a aceleração em módulo será:
a) 0,1 b) 0,2 c) 0,3 d) 0,4 e) 0,5
Fat µ ⋅ m ⋅ g
a= = = µ ⋅g
Resposta: C m m

Diagrama de corpo livre: Como a aceleração é contrária ao movimento a = - µ . g


2
Usando a equação de Torricelli: v= v02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
Então, a distância percorrida
∆S fica: 02 = 202 + 2 . (- µ . g) . ∆S
02 = 400 + 2 . (- 0,8 . 10) ∆S
- 400 = - 16 ∆S
16 ∆S = 400
400
∆S =
Aplicando-se a segunda lei de Newton: Fres= m ⋅ a 16
∆S = 25 metros
F − Fat= m ⋅ a ⇒ F − µ ⋅ N= m ⋅ a
Dividimos a velocidade inicial por 3,6 para transformar
Como o deslocamento é horizontal, o módulo da força a unidade de Km/h para m/s.
normal é igual ao peso, devido à inexistência de forças
72 m
extras na vertical. V0
= = 20
3,6 s
F − µ ⋅ P= m ⋅ a ⇒ F − µ ⋅ m ⋅ g= m ⋅ a V0 = 20 m/s

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 165


FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA

EXERCÍCIOS
PROTREINO
Considere para as questões de 1 a 5 g = 10 m/s².

01. Um bloco de massa 2 kg sofre uma força horizontal de 25 N de


intensidade e desliza em um plano horizontal com atrito, conforme
imagem abaixo:

Calcule a deformação da mola, em centímetros.

Considerando o coeficiente de atrito cinético entre as superfícies de


contato igual a 0,85 calcule a aceleração do bloco.
EXERCÍCIOS
02. Um bloco de 5 kg desliza em um plano horizontal com atrito, PROPOSTOS
conforme imagem abaixo:
01. (CFTMG) A estudante Paula, do ensino fundamental, necessita
de uma mola macia para realizar um trabalho que será apresentado
na feira de Ciências da sua escola.
Na caixa de ferramentas, ela encontrou duas molas, A e B, de
comprimentos iniciais iguais a 10 cm e 15  cm, respectivamente.
Para verificar qual delas era a mais macia, pendurou, na vertical, um
mesmo objeto em cada uma das molas separadamente. Após  o
Sabendo que a aceleração do bloco é de 1,5 m/s² eque o coeficiente
equilíbrio, Paula aferiu que o comprimento final das molas A e B
de atrito cinético é 0,2 calcule o módulo da força F .
tinha os valores de 12 cm e 18 cm, respectivamente.
De acordo com suas observações, a estudante verificou que
03. Dois blocos A e B de mesma densidade e massas 6 kg e 4 kg,
respectivamente, estão apoiados em um plano horizontal rugoso. a) a mola A é mais macia.
b) a mola B é mais macia.
c) o experimento é inconclusivo.
d) as molas são igualmente macias.

02. (UECE) Um automóvel percorre uma pista circular horizontal e


plana em um autódromo. Em um dado instante, as rodas travam
Os coeficientes de atrito estático e cinético são, respectivamente, (param de girar) completamente, e o carro passa a deslizar sob
µe = 0,2 e µc = 0,1. a ação da gravidade, da normal e da força de atrito dinâmica.
 Suponha que o raio da pista seja suficientemente grande para que
Calcule o módulo da força F para que: o carro possa ser tratado como uma massa puntiforme.
a) os blocos fiquem na iminência do movimento; Pode-se afirmar corretamente que, imediatamente após o
b) os blocos deslizem com aceleração de 3 m/s². travamento das rodas, o vetor força de atrito sobre o carro tem
a) a mesma direção e o mesmo sentido que o vetor velocidade
04. Um bloco conectado a uma mola, de constante elástica do carro.
K= 200 N/m, se encontra em equilíbrio estático (repouso) sobre
b) direção perpendicular à trajetória circular do autódromo e
a influência da força F em um plano horizontal e rugoso. A força
aponta para o centro.
F possui módulo 50 N e puxa o bloco que estende a mola em 10
cm. Aplicando seus conhecimentos sobre a força elástica e atrito c) direção perpendicular à trajetória circular do autódromo e
apresente a direção, sentido e módulo da força de atrito. normal à superfície da pista.
d) a mesma direção e sentido contrário ao vetor velocidade do
carro.

03. (ENEM (LIBRAS)) Em dias de chuva ocorrem muitos acidentes


no trânsito, e uma das causas é a aquaplanagem, ou seja, a perda
de contato do veículo com o solo pela existência de uma camada
de água entre o pneu e o solo, deixando o veículo incontrolável.
Nesta situação, a perda do controle do carro está relacionada com
redução de qual força?
a) Atrito. c) Normal. e) Gravitacional.
05. Um bloco de massa 20 kg conectado a uma mola, de constante
b) Tração. d) Centrípeta.
elástica K = 800 N/m, está em equilíbrio estático conforme imagem
abaixo:

166 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA FÍSICA I

04. (UECE) O caminhar humano, de modo simplificado, acontece 08. (UCS) Na série Batman & Robin, produzida entre os anos 1966
pela ação de três forças sobre o corpo: peso, normal e atrito com e 1968, além da música de abertura que marcou época, havia uma
o solo. De modo simplificado, as forças peso e atrito sobre o corpo cena muito comum: Batman e Robin escalando uma parede com
são, respectivamente, uma corda. Para conseguirem andar subindo na vertical, eles não
a) vertical para cima e horizontal com sentido contrário ao usavam apenas os braços puxando a corda, mas caminhavam
deslocamento. pela parede contando também com o atrito estático. Suponha que
Batman, escalando uma parede nessas condições, em linha reta e
b) vertical para cima e horizontal com mesmo sentido do com velocidade constante, tenha 90 kg, mas o módulo da tração
deslocamento. na corda que ele está segurando seja de 750 N e esteja direcionada
c) vertical para baixo e horizontal com mesmo sentido do (para fins de simplificação) totalmente na vertical.
deslocamento. Qual o módulo da força de atrito estática entre seus pés e a parede?
d) vertical para baixo e horizontal com sentido contrário ao Considere a aceleração da gravidade como 10 m/s2.
deslocamento. a) 15 N b) 90 N c) 150 N d) 550 N e) 900 N

05. (PUC-RJ) Um sistema mecânico é utilizado para fazer uma 09. (UERN) A tabela apresenta a força elástica e a deformação de
força sobre uma mola, comprimindo-a. 3 molas diferentes.
Se essa força dobrar, a energia armazenada na mola
a) cairá a um quarto. Mola Força elástico (N) Deformação (m)
b) cairá à metade. 1 400 0,50
c) permanecerá constante.
2 300 0,30
d) dobrará.
e) será quadruplicada. 3 600 0,80

Comparando-se as constantes elásticas destas 3 molas, tem-se que


06. (IMED) Um professor de ensino médio deseja determinar
o coeficiente de atrito cinético entre dois tênis e o chão dos a) K1 > K2 > K3 d) K3 > K2 > K1
corredores da escola, supostamente horizontais. Para tanto, ele b) K2 > K1 > K3 e) K1 > K2 = K3
mede inicialmente a massa dos dois tênis, A e B, encontrando um c) K2 > K3 > K1
valor de 400 g e 500 g, respectivamente. Após, solicita que um aluno
puxe horizontalmente os tênis com um dinamômetro, verificando a
10. (ENEM PPL) Num sistema de freio convencional, as rodas do
sua marcação quando o tênis está se movendo com velocidade
carro travam e os pneus derrapam no solo, caso a força exercida
constante, sendo que são registrados os valores de 2,8 N para o
sobre o pedal seja muito intensa. O sistema ABS evita o travamento
tênis A e 3,0 N para o tênis B.
das rodas, mantendo a força de atrito no seu valor estático máximo,
Com base nessas informações e considerando a aceleração da sem derrapagem. O coeficiente de atrito estático da borracha
gravidade igual a 10 m/s2, é correto afirmar que: em contato com o concreto vale µe = 1,0 e o coeficiente de atrito
a) o coeficiente de atrito cinético determinado para o tênis A é um cinético para o mesmo par de materiais é µc = 0,75. Dois carros,
valor entre 0,4 e 0,6. com velocidades iniciais iguais a 108 km/h iniciam a frenagem
numa estrada perfeitamente horizontal de concreto no mesmo
b) mesmo sem ser realizada uma medida para o atrito estático,
ponto. O carro 1 tem sistema ABS e utiliza a força de atrito estática
o valor do coeficiente desse atrito será menor do que o
máxima para a frenagem; já o carro 2 trava as rodas, de maneira
encontrado para o atrito cinético em cada caso.
que a força de atrito efetiva é a cinética. Considere g = 10 m/s2.
c) o tênis B possui maior coeficiente de atrito cinético do que o
As distâncias, medidas a partir do ponto em que iniciam a
tênis A.
frenagem, que os carros 1 (d1) e 2 (d2) percorrem até parar são,
d) foi determinado um valor de 0,6 para o coeficiente de atrito respectivamente,
cinético para o tênis B.
a) d1 45
= = m e d2 60 m.
e) em nenhuma das medidas foi determinado um valor maior ou
igual a 0,7. b) d1 60
= = m e d2 45 m.
c) d1 90
= = m e d2 120 m.
07. (UFJF-PISM) Em relação às forças de atrito entre um bloco e
uma superfície sobre a qual o mesmo repousa, assinale a afirmação d) d1 =
5,8 × 102 m e d2 =
7,8 × 102 m.
CORRETA:
e) d1 =
7,8 × 102 m e d2 =
5,8 × 102 m.
a) a força de atrito é diretamente proporcional à área da superfície
de contato.
b) o coeficiente de atrito estático não depende da natureza da 11. O equipamento representado na figura foi montado com o
superfície. objetivo de determinar a constante elástica de uma mola ideal.
O recipiente R, de massa desprezível, contém água; na sua parte
c) a força de atrito máxima é diretamente proporcional ao módulo inferior, há uma torneira T que, quando aberta, permite que a água
da força normal. escoe lentamente com vazão constante e caia dentro de outro
d) a força de atrito máxima é inversamente proporcional ao recipiente B, inicialmente vazio (sem água), que repousa sobre
módulo da força normal. uma balança. A torneira é aberta no instante t = 0 e os gráficos
e) uma vez que o bloco começa a deslizar, a força de atrito representam, em um mesmo intervalo de tempo (t), como variam o
aumenta proporcionalmente à velocidade do bloco. comprimento L da mola (gráfico 1), a partir da configuração inicial
de equilíbrio, e a indicação da balança (gráfico 2).

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 167


FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA

paralela ao plano de F = 2.900 N. Os coeficientes de atrito dinâmico


e estático entre o bloco de granito e o terreno são 0,25 e 0,35,
respectivamente. Considere a aceleração da gravidade local igual
a 10,0 m/s². Estando inicialmente em repouso, a força de atrito que
age no bloco é, em newtons:

a) 2.250 b) 2.900 c) 3.150 d) 7.550 e) 9.000

14. O freio ABS é um sistema que evita que as rodas de um


automóvel sejam bloqueadas durante uma frenagem forte e
entrem em derrapagem. Testes demonstram que, a partir de uma
dada velocidade, a distância de frenagem será menor se for evitado
o bloqueio das rodas.
O ganho na eficiência da frenagem na ausência de bloqueio das
rodas resulta do fato de
a) o coeficiente de atrito estático tornar-se igual ao dinâmico
momentos antes da derrapagem.
b) o coeficiente de atrito estático ser maior que o dinâmico,
independentemente da superfície de contato entre os pneus e
o pavimento.
c) o coeficiente de atrito estático ser menor que o dinâmico,
independentemente da superfície de contato entre os pneus e
o pavimento.
d) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser
maior com as rodas desbloqueadas, independentemente do
coeficiente de atrito.
e) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser maior
com as rodas desbloqueadas e o coeficiente de atrito estático
ser maior que o dinâmico.

15. (EPCAR (AFA)) Na situação da figura a seguir, os blocos A e B têm


massas mA = 3,0 kg e mB = 1,0 kg. O atrito entre o bloco A e o plano
horizontal de apoio é desprezível, e o coeficiente de atrito estático
entre B e A vale µe = 0,4. O bloco A está preso numa mola ideal,
inicialmente não deformada, de constante elástica K = 160 N/m
Analisando as informações, desprezando as forças entre a água que, por sua vez, está presa ao suporte S.
que cair no recipiente B e o recipiente R e considerando g = 10 m/s²,
é correto concluir que a constante elástica k da mola, em N/m, é
igual a
a) 120 b) 80 c) 100 d) 140 e) 60

12. O sangue é um exemplo de fluido real, responsável pelo


transporte das substâncias necessárias à vida em grande parte
dos seres vivos. Uma propriedade hidrodinâmica importante é a
pressão exercida pelo sangue sobre os vasos sanguíneos. Essa
grandeza varia grandemente ao longo do circuito vascular, tal que, O conjunto formado pelos dois blocos pode ser movimentado
em seres humanos saudáveis, ela tem um valor máximo de 120 produzindo uma deformação na mola e, quando solto, a mola
mmHg quando sai do coração e cai a 4 mmHg ao retomar a esse produzirá certa aceleração nesse conjunto. Desconsiderando a
órgão. A que pode ser atribuída a queda de pressão ocorrida ao resistência do ar, para que B não escorregue sobre A, a deformação
longo do circuito vascular? máxima que a mola pode experimentar, em cm, vale

a) Ao atrito entre o sangue e as paredes dos vasos. a) 3,0 b) 4,0 c) 10 d) 16

b) À redução da vazão sanguínea ao longo do circuito.


16. (UEMA) Um estudante analisou uma criança brincando em um
c) À redução da área da seção reta dos vasos. escorregador o qual tem uma leve inclinação.
d) À transição do regime de escoamento laminar para turbulento. A velocidade foi constante em determinado trecho do escorregador
e) Ao aumento da densidade do sangue. em razão de o(a)
a) aceleração ter sido maior que zero.
13. Sobre um paralelepípedo de granito de massa m = 900,0 kg b) atrito estático ter sido igual a zero.
apoiado sobre um terreno plano e horizontal, é aplicada uma força

168 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA FÍSICA I

c) atrito estático ter sido menor que o atrito cinético. a) 18 N c) 62 N e) 138 N


d) atrito estático ter sido igual ao atrito cinético. b) 24 N d) 116 N
e) aceleração ter sido igual a zero.
19. (FGV) Dois carrinhos de supermercado podem ser acoplados
17. (UEPB) Um jovem aluno de física, atendendo ao pedido de um ao outro por meio de uma pequena corrente, de modo que uma
sua mãe para alterar a posição de alguns móveis da residência, única pessoa, ao invés de empurrar dois carrinhos separadamente,
começou empurrando o guarda-roupa do seu quarto, que tem possa puxar o conjunto pelo interior do supermercado. Um cliente
200 kg de massa. A força que ele empregou, de intensidade F, aplica uma força horizontal de intensidade F, sobre o carrinho da
horizontal, paralela à superfície sobre a qual o guarda-roupa frente, dando ao conjunto uma aceleração de intensidade 0,5 m/s2.
deslizaria, se mostrou insuficiente para deslocar o móvel. O
estudante solicitou a ajuda do seu irmão e, desta vez, somando à
sua força uma outra força igual, foi possível a mudança pretendida.
O estudante, desejando compreender a situação-problema
vivida, levou-a para sala de aula, a qual foi tema de discussão.
Para compreendê-la, o professor apresentou aos estudantes um
gráfico, abaixo, que relacionava as intensidades da força de atrito
(fe, estático, e fc, cinético) com as intensidades das forças aplicadas
ao objeto deslizante.

Sendo o piso plano e as forças de atrito desprezíveis, o módulo da


força F e o da força de tração na corrente são, em N, respectivamente:
a) 70 e 20. c) 70 e 50. e) 60 e 50.
b) 70 e 40. d) 60 e 20.

20. (UNESP) Dois blocos idênticos, A e B, se deslocam sobre


uma mesa plana sob ação de uma força de 10N, aplicada em A,
conforme ilustrado na figura.

Com base nas informações apresentadas no gráfico e na situação


vivida pelos irmãos, em casa, é correto afirmar que
a) o valor da força de atrito estático é sempre maior do que o valor
da força de atrito cinético entre as duas mesmas superfícies.
Se o movimento é uniformemente acelerado, e considerando que
b) a força de atrito estático entre o guarda-roupa e o chão é o coeficiente de atrito cinético entre os blocos e a mesa é ì = 0,5, a
sempre numericamente igual ao peso do guarda-roupa. força que A exerce sobre B é:
c) a força de intensidade F, exercida inicialmente pelo estudante, a) 20N. b) 15N. c) 10N. d) 5N. e) 2,5N.
foi inferior ao valor da força de atrito cinético entre o guarda-
roupa e o chão.
d) a força resultante da ação dos dois irmãos conseguiu deslocar
EXERCÍCIOS DE
o guarda-roupa porque foi superior ao valor máximo da força
de atrito estático entre o guarda-roupa e o chão. APROFUNDAMENTO
e) a força resultante da ação dos dois irmãos conseguiu deslocar
o guarda-roupa porque foi superior à intensidade da força de 01. (UFPR) Um objeto de massa m está deslizando sobre uma
atrito cinético entre o guarda-roupa e o chão. superfície
 horizontal, sendo puxado por um agente que produz uma
força F também horizontal, de módulo F constante,  como mostra
18. (UESPI) A figura a seguir ilustra duas pessoas (representadas a figura a seguir. O bloco tem uma aceleração a constante (de
por círculos), uma em cada margem de um rio, puxando um bote módulo α). Há atrito entre o bloco e a superfície, e o coeficiente de
de massa 600 kg através de cordas ideais paralelas ao solo. Neste atrito cinético vale µc. O movimento é analisado por um observador
instante, o ângulo que cada corda faz com a direção da correnteza inercial. O módulo da aceleração gravitacional no local vale g.
do rio vale θ = 37°, o módulo da força de tensão em cada corda é
F = 80 N, e o bote possui aceleração de módulo 0,02 m/s2, no sentido
contrário ao da correnteza (o sentido da correnteza está indicado
por setas tracejadas). Considerando sen(37°) = 0,6 e cos(37°) = 0,8,
qual é o módulo da força que a correnteza exerce no bote?

Considerando as informações acima, obtenha uma expressão


algébrica para o coeficiente de atrito cinético µc em termos das
grandezas apresentadas.

02. (UEL) Analise as figuras a seguir.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 169


FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA

O coeficiente de atrito estático e o coeficiente de atrito cinético


entre o bloco e a superfície de apoio são iguais a 0,5 e 0,4,
respectivamente.
a) Determine a compressão máxima da mola, em metros, que
mantém o bloco em equilíbrio estático.
b) Considerando a resistência do ar desprezível e que o bloco
tenha partido do repouso quando a mola estava comprimida
de 0,50 m, calcule a velocidade do bloco, em m/s, no instante
em que ele perde contato com a mola.

04. (UFPE) Considere dois blocos empilhados, A e B, de massas


m
 A = 1,0 kg e mB = 2,0 kg. Com a aplicação de uma força horizontal
F sobre o bloco A, o conjunto move-se sem ocorrer deslizamento
entre os blocos. O coeficiente de atrito estático entre as superfícies
dos blocos A e B é igual a 0,60, e não há atrito entre o bloco B e
a superfície
 horizontal. Determine o valor máximo do módulo da
força F , em newtons, para que não ocorra deslizamento entre os
blocos.

05. (UNESP) Dois corpos, A e B, atados por um cabo, com massas


mA = 1 kg e mB = 2,5 kg, respectivamente, deslizam sem atrito no
solo horizontal sob ação de uma força, também horizontal, de 12
N aplicada em B. Sobre este corpo, há um terceiro corpo, C, com
massa mC = 0,5 kg, que se desloca com B, sem deslizar sobre ele. A
figura ilustra a situação descrita
Um astronauta chegou a um planeta desconhecido, e deseja
medir a aceleração da gravidade local. Para isso, ele conta com
um sistema massa-mola como o da figura 1. Esse sistema foi
calibrado na Terra (g = 10 m/s²), e a relação entre a distensão da
mola e a massa pendurada em sua extremidade é mostrada no
gráfico da figura 2.
Devido à aceleração da gravidade do planeta, quando o astronauta
pendurou uma massa de 10 gramas, a mola distendeu 1,5 cm.
A partir dessas informações, responda aos itens a seguir.
a) Determine a constante elástica da mola na unidade de N/m.
Justifique sua resposta, apresentando os cálculos envolvidos Calcule a força exercida sobre o corpo C.
na resolução deste item.
b) Determine a aceleração da gravidade do planeta de destino do GABARITO
astronauta, em m/s².
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Justifique sua resposta, apresentando os cálculos envolvidos 01. B 05. E 09. B 13. B 17. D
na resolução deste item. 02. D 06. D 10. A 14. B 18. D
03. A 07. C 11. A 15. C 19. C
03. (FMJ) A figura mostra uma mola ideal, de constante elástica 04. C 08. C 12. A 16. E 20. D
k = 100 N/m, com uma extremidade fixa numa parede e a outra
encostada a um bloco de massa m = 5 kg, apoiado sobre uma EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
superfície plana e horizontal. 01. µc =
F −m⋅α
m⋅g
02. a) k = 10 N/m
b) gx = 15 m/s²
03. a) x = 0,25 m
b) v = 1 m/s
04. Fmax = 9 N
05. 1) Peso de C, aplicado pela Terra, com módulo 5,0 N.
2) Força aplicada pelo corpo B com módulo 5,2 N tendo uma componente de atrito com
módulo 1,5 N (resultante) e uma componente normal com módulo 5,0 N.

170 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


13 ROLDANAS, ELEVADORES E FÍSICA I

PLANO INCLINADO

PLANO INCLINADO COM ATRITO


SEM ATRITO

A figura acima representa um corpo sobre um plano inclinado de Agora com o plano inclinado rugoso, teremos uma força
um ângulo θ com a horizontal. O corpo sofre ação de duas forças: a de atrito aplicada por ele sobre o bloco, no sentido contrário à
que a Terra exerce sobre ele (PESO: sempre na vertical e dirigida para tendência do movimento relativo. Vamos estudar as possíveis
o centro da Terra) e a força que o plano exerce sobre ele (NORMAL: situações que podem ocorrer:
pois estamos considerando o plano inclinado sem atrito).
Py
Para facilitar o estudo do movimento que o corpo vai adquirir, usa- cos θ = , Py = P ⋅ cos θ
se o artifício de decompor a(s) força(s), neste caso apenas o peso, P
que interferirão no movimento. A escolha dos eixos é fundamental: P
um eixo deve ser sempre na direção do movimento (eixo x), neste senθ = x , Px = P ⋅ senθ
P
caso, na direção do plano inclinado e outro perpendicular ao anterior
(eixo y), que ficará sobre a normal. Com o Peso já decomposto faremos as análises em cada eixo:
• EIXO Y: o bloco não se move sobre esse eixo e as forças
continuam se anulando.

FR = 0

Pcos θ =N
• EIXO X: Repouso ou MRU → Se a força de atrito for igual à
componente PX, a força resultante sobre esse eixo também
será zero, então o bloco poderá estar em repouso ou
descendo com velocidade constante (a = 0).

As componentes do Peso são perpendiculares entre si e para FR = 0
calculá-las vamos utilizar as funções trigonométricas:
=
Fat Ps enθ
Py N=
⋅ µ Ps enθ
cos θ = , Py = P ⋅ cos θ
P
P Usando que N = Pcosθ (eixo y)
senθ = x , Px = P ⋅ senθ
P P cos θ ⋅ µ = P senθ
Feita a decomposição do Peso o bloco agora sofre apenas senθ
forças que estão sobre os eixos, utilizando a 2ª lei de Newton: µ= → µ= tgθ
cos θ
• EIXO Y: o bloco não se move, as forças sobre esse eixo se
anulam. ↓
 
FR = 0 Quando o bloco
está na iminência
Pcos θ =N
de se mover.
• EIXO X: apenas a componente do Peso atua, portanto o
bloco desce acelerado:
Quando o bloco estiver na iminência de se mover (Px = FAT máx)
 
FR= m ⋅ a a tangente da inclinação será igual ao coeficiente de atrito
estático entre o plano e o bloco.
Psenθ= m ⋅ a
mgsenθ = m ⋅ a Acelerado: se a componente PX for maior que a força de atrito,
então a força resultante nesse eixo será diferente de zero e o bloco
a =⋅
g senθ descerá acelerado.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 171


FÍSICA I 13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO

FR= m ⋅ a EXERCÍCIO RESOLVIDO


Ps enθ − Fat= m ⋅ a
Ps enθ − P cos θ ⋅ µ= m ⋅ a 01. (PUCCAMP 2016) Para se calcular o coeficiente de atrito
dinâmico entre uma moeda e uma chapa de fórmica, a moeda
m gs enθ − m gcos θ ⋅ µ = m a foi colocada para deslizar pela chapa, colocada em um ângulo
=a g(s en θ − µ ⋅ cos θ) de 37o com a horizontal.
Foi possível medir que a moeda, partindo do repouso,
deslizou 2.0 m em um intervalo de tempo de 1,0 s, em
PROEXPLICA movimento uniformemente variado.
Adote g = 10 m/s2, sen 37o = 0,60 e cos 37o = 0,80.
O plano inclinado é uma situação muito utilizada para verificar
o valor do coeficiente de atrito de uma superfície. É importante Nessas condições, o coeficiente de atrito dinâmico
a identificação da direção e do sentido das forças que atuam entre as superfícies vale
num corpo que esteja em um plano inclinado. No exemplo a a) 0,15 b) 0,20 c) 0,25 d) 0,30 e) 0,40
seguir, as forças que atuam no corpo devem ser destacadas.
Resposta: C
Exemplo: Analisando o proposto pelo enunciado, podemos
Uma máquina utiliza um carrinho para retirar carvão do interior desenhar o diagrama de forças que atuam sobre o corpo.
de uma mina, puxando-o, sobre um plano inclinado, por meio de
um cabo de aço, como mostra a figura abaixo.

Considerando o seguinte código, sejam as forças: Assim, analisando as forças, temos que:
• T é a força feita pelo cabo de aço no carrinho;
• fa é o somatório das forças de atrito nas rodas do FR = P ⋅ sen ( 37° ) − Fat
carrinho; 
P ⋅ cos ( 37° ) =N
• P é a força de atração gravitacional da Terra sobre o
carrinho; Pelos dados de deslocamento, podemos calcular a
• N é a componente normal da força dos trilhos sobre o aceleração da moeda no tempo dado:
carrinho.
O diagrama que representa corretamente estas forças está a ⋅ t2
∆S = v o ⋅ t +
mostrado na alternativa. 2
a) a ⋅ 12
d) 2=
2
a = 4 m s2
Diante disto, temos que:
b) e)
FR = P ⋅ sen ( 37° ) − Fat
FR = P ⋅ sen ( 37° ) − µ ⋅ N
FR = P ⋅ sen ( 37° ) − µ ⋅ P ⋅ cos ( 37° )

c) m ⋅ a = m ⋅ g ⋅ sen ( 37° ) − µ ⋅ m ⋅ g ⋅ cos ( 37° )


a = g ⋅ sen ( 37° ) − µ ⋅ g ⋅ cos ( 37° )
4= 10 ⋅ 0,6 − µ ⋅ 10 ⋅ 0,8
µ =0,25
Gabarito: C

172 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO FÍSICA I

ROLDANAS OU POLIAS MÓVEIS EXERCÍCIO RESOLVIDO


Um aparato muito importante para a evolução, principalmente
da engenharia civil, a polia ou roldana é um disco sulcado em sua 01. (ITA 2012 - MODIFICADO) O arranjo de polias da figura é
periferia utilizado para transferir força e energia. Dependendo de preso ao teto para erguer uma massa de 24 kg, sendo os fios
como ela é utilizada, pode diminuir o esforço realizado ou apenas inextensíveis, e desprezíveis as massas das polias e dos fios.
mudar a direção e o sentido da força. Desprezando os atritos, determine, em newtons:

• ROLDANA FIXA – Não interfere no valor da força resultante,


apenas modifica a direção ou sentido da força.
• ROLDANA MÓVEL – Altera o esforço aplicado, já que parte
da força é exercida pelo teto que sustenta o aparato.

24kg

O valor do módulo da força F necessário para
 equilibrar
o sistema e o valor do módulo da força F necessário
para erquer a massa com velocidade constante.

a) 48 e 60 c) 48 e 48 e) 60 e 120
b) 60 e 48 d) 60 e 60

Resposta: D
a) Se o sistema está em equilíbrio estático, a resultante das
forças é nula. A figura ilustra essa situação de equilíbrio.

R → força resultante no bloco


R= F ⋅ 2n F → força aplicada
n → número de polias móveis

O esforço recebido por uma polia móvel é descontado com a


perda no deslocamento. Se deseja erguer um bloco utilizando polias
móveis, a força aplicada será multiplicada por 2n, onde n é o número
de polias móveis utilizadas, mas por outro lado a altura obtida será o
comprimento de corda puxada dividido pelo mesmo 2n.

T P m g 240
F= = = = ⇒ F = 60 N.
4 4 4 4
b) Se o sistema é erguido com velocidade constante, é
L uma situação de equilíbrio dinâmico. A resultante das
h= forças também é nula. Assim
2n

T P m g 240
F= = = = ⇒ F = 60 N.
4 4 4 4

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 173


FÍSICA I 13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO

MÁQUINA DE ATWOOD
Analisando os blocos separadamente, temos que no
Na figura a seguir, encontramos um arranjo conhecido como
Máquina de Atwood. Temos uma polia, e um fio ideal ligando bloco A só existe duas forças atuando, sendo elas o
dois corpos de massas MA e MB. Ambos sofrem a aceleração peso do bloco A e a tração do fio. Assim,
da gravidade e nesse caso, o corpo com massa maior tenderá a
descer e o corpo “mais leve” irá subir. FR = mA ⋅ a = PA − T
Ambos sofrem a aceleração da gravidade e, nesse caso, o corpo 2 ⋅ mA =10 ⋅ mA − 72
com massa maior descerá e o corpo de massa menor subirá, mas
ambos com acelerações de mesmo módulo, mas de sentidos opostos. 8 ⋅ mA =
72
mA = 9 kg
Analogamente, no bloco B temos duas forças atuando,
sendo elas o peso do bloco e a tração do fio. Assim,

FR = mB ⋅ a = T − PB
2 ⋅ mB = 72 − 10 ⋅ mB
12 ⋅ mB =
72
mB = 6 kg
Assim, a diferença entre as massas dos blocos será
de:
EXERCÍCIO RESOLVIDO mA − mB = 9 − 6 = 3 kg
01. (UERN 2015) O sistema a seguir apresenta aceleração
de 2 m/s2 e a tração no fio é igual a 72 N. Considere que a
massa de A é maior que a massa de B o fio é inextensível e
não há atrito na polia. A diferença entre as massas desses ELEVADORES
dois corpos é igual a As balanças, nas quais subimos, acusam a força que
(Considere g = 10 m/s2) exercemos sobre elas, que pode ou não coincidir com
o nosso peso. É o caso de uma balança dentro de um
elevador, sobre a qual se encontra uma pessoa. A balança
indicará uma força que pode ser igual, maior ou menor que
o verdadeiro peso da pessoa, podendo até mesmo não
indicar força nenhuma, mesmo a pessoa estando sobre a
balança. Vejamos os casos possíveis:

a) 1 Kg b) 3 Kg c) 4 Kg d) 6 Kg e) 9 Kg

Resposta: B
Como a massa do bloco A é maior que a massa do
bloco B, a tendência do sistema de blocos é “girar” no
sentido anti-horário, ou em outras palavras, o bloco A
descer e o bloco B subir.
Desta forma, temos que:
Representação das forças que interessam à questão:

174 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO FÍSICA I

 
Observe que F e F ' sempre terão o mesmo módulo, pois EXERCÍCIOS
 
formam par ação e reação, mas |F | e |P | só serão iguais se o
homem estiver em equilíbrio (R = 0, 1ª Lei de Newton). PROTREINO
Situações Possíveis:
01. O sistema a seguir apresenta dois blocos A e B de massas,
I. Elevador em repouso, P = F como F = F’, F’ = P a balança respectivamente, mA e mB, tal que mA = 2·mB. Considerando
indica um valor igual ao peso do homem. a aceleração da gravidade de módulo g, calcule o módulo da
II. Elevador sobe em movimento acelerado ou desce em aceleração do sistema em função de g.
movimento retardado, haverá uma aceleração para cima.
Pela 2ª Lei de Newton tem que haver uma resultante para
cima, F > P F’ > P a balança indica um valor maior que o
peso do homem.
III. Elevador subindo ou descendo em MRU, 1ª Lei de Newton
R =0 P = F F’ = P a balança indica uma força igual ao peso
do homem.
IV. Elevador subindo em movimento retardado ou descendo
em movimento acelerado. Deve haver uma aceleração
para baixo e, consequentemente, uma resultante para
baixo. P > F F’ < P. O elevador indica uma força menor
que o peso do homem.
V. O elevador cai em queda livre. Sobre o homem atua apenas
a aceleração da gravidade, logo, a única força que age
sobre ele é seu peso. F = 0 F’ = 0. A balança indica zero.

02. Dois blocos A e B estão conectados por um fio inextensível


PROEXPLICA e uma polia ideal. O bloco B de 40 kg está sobre uma superfície
rugosa, cujo coeficiente de atrito cinético é de 0,2 e o bloco A de
Seria muito importante que você tirasse as mesmas 20 kg está suspenso a 1 metro de distância do solo. Considerando
conclusões pensando exclusivamente em INÉRCIA. g = 10 m/s² e que o sistema parte do repouso aplique seus
conhecimentos sobre Leis de Newton e calcule o tempo de queda
do bloco A.

SISTEMA DE CORPOS
Uma das situações mais comuns de estudo na Física é o
sistema formado por vários corpos, em sua maioria blocos, que se
comunicam por contato direto ou através de fios ou molas.
Em cima desses sistemas são formulados vários
questionamentos, normalmente sobre a aceleração, a tração, a
força de contato etc.
O processo de resolução, pode-se dizer, que segue “uma
receita” bastante simples:
I. Leia o problema com calma, retirando todos os 03. Dois fios ideais conectam três blocos A, B e C de massas,
dados e o que o problema pede. respectivamente, mA = 40 kg, mB = 40 kg e mC = 20 kg. Aplicando
II. Isole o(s) corpo(s). Isolar um corpo é retirá-lo do seus conhecimentos sobre Leis de Newton, calcule o módulo da
contexto e representar corretamente as forças que aceleração do conjunto, a tração no fio que conecta o bloco A ao B
e a tração no fio que conecta o bloco B ao bloco C.
agem sobre ele. Lembre-se: não havendo atrito, a
força de contato é perpendicular ao contato. Havendo
atrito você não deve representar a força de contato, e
sim suas duas componentes: Normal e Fat.
 
III. Aplique a 2a Lei de Newton (Fr = m a):

– Se há Equilíbrio ⇒ F = 0
 
– Se não  há equilíbrio ⇒ Fr = m a (não esqueça
que Fr e a terão sempre a mesma direção
e sentido.)

As polias são ideais, a aceleração da gravidade g = 10 m/s² e não


há atrito entre o plano horizontal e o bloco B.

04. Os blocos A e B de massas 5 kg cada, estão conectados por


um fio e uma polia ideal, conforme figura abaixo:

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 175


FÍSICA I 13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO

O módulo da aceleração da gravidade é 10 m/s², as superfícies


dos blocos e da cunha são lisas, não há atrito entre as superfícies
de contato, marque as forças que atuam em cada bloco, calcule o
módulo da aceleração do conjunto e o módulo a tração no fio. Todas as cordas possuem uma de suas extremidades fixadas em
um poste que permanece imóvel quando as cordas são tracionadas.
Dado: cos(60°) = sen (30°) = 0,5 e cos(30°) = sen(60°) = 0,87
Sabendo que o coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco A e o
05. Um elevador sobe com uma esfera de 500 gramas presa no plano inclinado é de 0,50, a intensidade da força F é
teto por um fio inextensível com aceleração constante de 2 m/s². Dados: sen37º = 0,60 e cos 37º = 0,80
Calcule o módulo da tração no fio. Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s².
Dados: g = 10 m/s². a) 125 N b) 200 N c) 225 N d) 300 N e) 400 N

03. (UEFS)

O conceito de força, embora algo intuitivo, pode ser baseado nos


efeitos causados por ela, tais como a aceleração e a deformação.
Na figura, os corpos apresentam massas iguais a mA = 2,0 kg,
mB = 3,0 kg e mC = 5,0 kg, e o coeficiente de atrito entre a superfície
de apoio e os blocos A e B é igual a 0,2.
Nessas condições, é correto afirmar que a intensidade da força de
tração entre os blocos A e B, em N, é igual a
a) 35,0 b) 30,0 c) 25,0 d) 12,0 e) 8,0

EXERCÍCIOS 04. (ACAFE) Um homem queria derrubar uma árvore que estava
PROPOSTOS inclinada e oferecia perigo de cair em cima de sua casa. Para isso,
com a ajuda de um amigo, preparou um sistema de roldanas preso
a outra árvore para segurar a árvore que seria derrubada, a fim de
01. (FMP) Um objeto de massa m e densidade ρ está em equilíbrio,
puxá-la para o lado oposto de sua suposta queda, conforme figura.
totalmente imerso dentro de um fluido.
O empuxo exercido pelo fluido sobre o objeto
a) tem módulo menor que o do peso do objeto, é vertical e para
baixo.
b) tem módulo maior que o do peso do objeto, é vertical e para
cima.
c) é nulo.
d) depende da profundidade em que o objeto está mergulhado.
e) tem módulo igual ao do peso do objeto, é vertical e para cima.

02. (ESPCEX (AMAN)) Um bloco A de massa 100 kg sobe, em


movimento retilíneo uniforme, um plano inclinado que forma um
ângulo de 37º com a superfície horizontal. O bloco é puxado por um
sistema de roldanas móveis e cordas, todas ideais, e coplanares. O
Sabendo que para segurar a árvore em sua posição o homem fez
sistema mantém as cordas paralelas ao plano inclinado enquanto
uma força de 1.000 N sobre a corda, a força aplicada pela corda na
é aplicada a força de intensidade F na extremidade livre da corda,
árvore que seria derrubada é:
conforme o desenho abaixo.
a) 2.000 N. b) 1.000 N. c) 500 N. d) 4.000 N

176 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO FÍSICA I

05. (EEAR) Um carrinho é puxado em um sistema sem atrito por


um fio inextensível numa região de aceleração gravitacional igual a
10 m/s², como mostra a figura.

a) 2,0 b) 3,5 c) 10,0 d) 12,0 e) 13,5

09. (ESPCEX (AMAN)) Uma pessoa de massa igual a 80 kg está


dentro de um elevador sobre uma balança calibrada que indica o
Sabendo que o carrinho tem massa igual a 200 g, sua aceleração, peso, em newtons, conforme desenho abaixo. Quando o elevador
em m/s², será aproximadamente: está acelerado para cima com uma aceleração constante de
a) 12,6 b) 10 c) 9,6 d) 8 intensidade a = 2,0 m/s², a pessoa observa que a balança indica
o valor de
06. (EEAR) Um plano inclinado forma um ângulo de 60º com a
horizontal. Ao longo deste plano é lançado um bloco de massa 2 kg
com velocidade inicial v0, como indicado na figura.

Dado: intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m/s²


a) 160 N c) 800 N e) 1600N
b) 640 N d) 960 N
Qual a força de atrito, em N, que atua sobre o bloco para fazê-lo
parar? (Considere o coeficiente de atrito dinâmico igual a 0,2) 10. (CFTMG) A figura abaixo ilustra uma máquina de Atwood.
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5

07. (IFBA) Na montagem experimental abaixo, os blocos A, B e C


têm massas mA = 2,0 kg, mB = 3,0 kg e mC = 5,0 kg. Desprezam-se
os atritos e a resistência do ar. Os fios e as polias são ideais e adote
g = 10 m/s2.

Supondo-se que essa máquina possua uma polia e um cabo de


massas insignificantes e que os atritos também são desprezíveis,
o módulo da aceleração dos blocos de massas iguais a m1 = 1,0 kg
e m2 = 3,0 kg em m/s2, é
No fio que liga o bloco B com o bloco C, está intercalada uma a) 20 b) 10 c) 5,0 d) 2,0 e) 1,0
mola leve de constante elástica 3,5⋅103 N/m. Com o sistema em
movimento, a deformação da mola é? 11. (UFU) Uma pessoa de massa m está no interior de um elevador
a) 2,0 cm b) 1,0 cm c) 1,5 cm d) 2,8 cm e) 4,2 cm de massa M, que desce verticalmente, diminuindo sua velocidade
com uma aceleração de módulo a.
08. (PUC-RJ) Uma mola, de constante elástica 50,0 N/m, tem um Se a aceleração local da gravidade é g, a força feita pelo cabo que
comprimento relaxado igual a 10,0 cm. Ela é, então, presa a um sustenta o elevador é
bloco de massa 0,20 kg e sustentada no alto de uma rampa com a) (M+m)(g-a) c) (M+m)(a-g)
uma inclinação de 30º com a horizontal, como mostrado na figura. b) (M+m)(g+a) d) (M-m)(g+a)
Não há atrito entre a rampa e o bloco. Nessa situação, qual é o
comprimento da mola, em cm
12. (CFTMG) Um elevador de cargas possui massa total igual a
Considere: g = 10 m/s²; sen30º = 0,50; cos30º = 0,87 6,0 × 102 kg e o cabo que o sustenta suporta uma tensão máxima
de 7,2 × 103 N. A aceleração máxima, em m/s2, que esse cabo pode
imprimir ao elevador é
a) 0,20. b) 2,0. c) 11. d) 12.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 177


FÍSICA I 13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO

13. (UEG) Sobre um plano inclinado é colocada uma caixa em


repouso e fixada a um cabo inextensível de massa desprezível. Não
existe atrito entre a caixa e o plano inclinado.

Assinale a alternativa que corresponde ao valor aproximado do


tempo para m1 atingir a linha horizontal.
a) 0,32 s b) 0,16 s c) 0,63 s d) 0,95 s e) 0,47 s

Qual será a aceleração da caixa ao se cortar o cabo? 16. Um bloco de massa m0 se encontra na iminência de se
g g g movimentar sobre a superfície de uma rampa com atrito (plano
a) c) e) 3 inclinado) que faz um ângulo de 30° com a horizontal. Se a massa
2 3 2
do bloco for dobrada, o ângulo da rampa para manter o bloco na
2g iminência do movimento será
b) g d)
3 a) 90° b) 60° c) 30° d) 15° e) 7,5°

14. (EEAR) Assinale a alternativa que representa corretamente a


17. Adote os conceitos da Mecânica Newtoniana e as seguintes
função da posição (x) em relação ao tempo (t) de um bloco lançado
convenções:
para baixo a partir da posição inicial (x0) com módulo da velocidade
inicial (v0) ao longo do plano inclinado representado a seguir. • O valor da aceleração da gravidade: g = 10 m/s²;
• A resistência do ar pode ser desconsiderada.
Um vagão gôndola, mostrado na figura a seguir, transportando
minério de ferro, deve descer uma rampa inclinada para entrar em
uma mina a certa profundidade do solo.

OBSERVAÇÕES:
1. desconsiderar qualquer atrito;
2. considerar o sistema de referência (x) com a posição zero (0)
no ponto mais baixo do plano inclinado;
3. admitir a orientação do eixo “x” positiva ao subir a rampa; e
4. g é o módulo da aceleração da gravidade.
Para controlar a velocidade de descida do vagão, um cabo
g ⋅ sen ( θ) ⋅ t2 de aço é amarrado a esse vagão e a uma máquina que está na
a) x =−x0 + v0 ⋅ t +
2 parte superior da rampa. Esse cabo aplica, no vagão, uma força
paralela à rampa e orientada para a máquina. Essa situação pode
g ⋅ sen ( θ) ⋅ t2 ser descrita em um diagrama vetorial em que as forças aplicadas
b) x = x0 − v0 ⋅ t −
2 possuem as seguintes notações:

g ⋅ cos ( θ) ⋅ t2 • T é a força feita pelo cabo de aço na gôndola;


c) x = x0 − v0 ⋅ t − • fa é a força de atrito na gôndola;
2
• P é a força peso da gôndola;
g ⋅ t2
d) x = x0 − v0 ⋅ t − • N é a força normal na gôndola.
2
Nesse contexto, a situação descrita está corretamente reproduzida
no diagrama vetorial:
15. (UDESC) Os blocos de massa m1 e m2 estão conectados por um
fio ideal, que passa por uma polia ideal, como mostra a figura. Os
blocos, que possuem a mesma massa de 4,0 kg, são liberados do
repouso com m1 a meio metro da linha horizontal. O plano possui
inclinação de 30º com a horizontal. Todas as forças de atrito são a)
desprezáveis.

178 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO FÍSICA I

19. O sistema a seguir apresenta aceleração de 2 m/s² e a tração


no fio é igual a 72 N. Considere que a massa de A é maior que a
massa de B o fio é inextensível e não há atrito na polia. A diferença
entre as massas desses dois corpos é igual a
b)
(Considere g = 10 m/s²)

c)

a) 1 kg b) 3 kg c) 4 kg d) 6 kg e) 9 kg
d)
20. Observe estes quatro sistemas de roldanas, em que objetos de
mesma massa são mantidos suspensos, em equilíbrio, por uma
força aplicada na extremidade da corda:

e)

18. Marcos e Valério puxam, cada um, uma mala de mesma massa
até uma altura h, com velocidade constante, como representado
nestas figuras:

Sejam F1, F2, F3 e F4 as forças que atuam numa das extremidades


das cordas em cada um desses sistemas, como representado na
figura. Observe que, em dois desses sistemas, a roldana é fixa e,
nos outros dois, ela é móvel. Considere que, em cada um desses
sistemas, a roldana pode girar livremente ao redor do seu eixo; que
a corda é inextensível; e que a massa da roldana e a da corda são
desprezíveis. Considerando-se essas informações, em relação aos
Marcos puxa sua mala verticalmente, enquanto Valério arrasta módulos dessas quatro forças, é correto afirmar que:
a sua sobre uma rampa. Ambos gastam o mesmo tempo nessa a) F1 = F2 e F3 = F4 d) F1 < F2 e F3 = F4
operação. b) F1 < F2 e F3 < F4 e) F1 > F2 e F3 > F4
Despreze as massas das cordas e qualquer tipo de atrito. c) F1 = F2 e F3 < F4
Sejam P(M) e P(V) as potências e T(M) e T(V) os trabalhos
realizados por, respectivamente, Marcos e Valério.
Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que EXERCÍCIOS DE
a) T(M) = T(V) e P(M) = P(V). APROFUNDAMENTO
b) T(M) > T(V) e P(M) > P(V).
c) T(M) = T(V) e P(M) > P(V). 01. (ITA) O arranjo de polias da figura é preso ao teto para erguer
d) T(M) > T(V) e P(M) = P(V). uma massa de 24 kg, sendo os fios inextensíveis, e desprezíveis as
massas das polias e dos fios. Desprezando os atritos, determine:
e) T(M) < T(V) e P(M) < P(V).

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 179


FÍSICA I 13 ROLDANAS, ELEVADORES E PLANO INCLINADO

05. (UFRJ) Um plano está inclinado, em relação à horizontal, de


um ângulo è cujo seno é igual a 0,6 (o ângulo é menor do que 45°).
Um bloco de massa m  sobe nesse plano inclinado sob a ação de
uma forca horizontal F , de módulo exatamente igual ao módulo de
seu peso, como indica a figura a seguir.


a) O valor do módulo da força F necessário para equilibrar o
sistema. a) Supondo que não haja atrito entre o bloco e o plano inclinado,
 calcule o módulo da aceleração do bloco.
b) O valor do módulo da força F necessário para erquer a massa 
com velocidade constante. b) Calcule a razão entre o trabalho W(F) da força F e o trabalho
W(P) do peso do bloco, ambos em um deslocamento no qual o
02. (UERJ) Um jovem, utilizando peças de um brinquedo de montar, bloco percorre uma distância d ao longo da rampa.
constrói uma estrutura na qual consegue equilibrar dois corpos,
ligados por um fio ideal que passa por uma roldana. Observe o GABARITO
esquema.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. E 05. C 09. D 13. A 17. A
02. A 06. A 10. C 14. B 18. A
03. D 07. B 11. B 15. C 19. B
04. D 08. D 12. B 16. C 20. C

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) F=60 N 04. 0,75
b) F=60 N ; 05. a) 2,0 m/s².
Admita as seguintes informações:
1 4
02. β =arcsen b) − 
• os corpos 1 e 2 têm massas respectivamente iguais a 0,4 kg 3 3
e 0,6 kg ; 03. 5 N

• a massa do fio e os atritos entre os corpos e as superfícies e


entre o fio e a roldana são desprezíveis.
Nessa situação, determine o valor do ângulo β ANOTAÇÕES

03. (UFRJ) Um pequeno bloco de massa m = 3,0 kg desliza sobre


a superfície inclinada de uma rampa que faz com a horizontal um
ângulo de 30°, como indica a figura.
Verifica-se que o bloco desce a rampa com movimento retilíneo
ao longo da direção de maior declive (30° com a horizontal) com
uma aceleração de módulo igual a g/3, em que g é o módulo da
aceleração da gravidade.

Considerando g = 10 m/s2, calcule o módulo da força de atrito que


a superfície exerce sobre o bloco.

04. (UERJ) Um bloco de massa igual a 1,0 kg repousa em equilíbrio


sobre um plano inclinado. Esse plano tem comprimento igual a
50 cm e alcança uma altura máxima em relação ao solo igual a
30 cm. Calcule o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano
inclinado.

180 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


14 DINÂMICA FÍSICA I

REVISÃO

AS LEIS DE NEWTON TIPOS DE FORÇAS


Normal
1ª LEI (INÉRCIA) É uma componente da força de contato, consiste na força de
“Todo corpo tende a manter seu estado, seja ele o repouso ou sustentação entre uma superfície e o corpo. Possui uma direção
o retilíneo uniforme.” perpendicular à superfície.
  Repouso
FR = 0 
 MRU

2ª LEI (PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA


DINÂMICA)
Força Tensora ou Força de Tração
A razão entre a força aplicada sobre o corpo e a aceleração
adquirida por ele é uma constante chamada de massa inercial. Proveniente de fios, cabos, cordas, tem o sentido de puxar, não
de empurrar (aponta para o meio do fio, ao longo dele). Para fios
A força resultante e a aceleração possuem mesma direção e ideais, ou seja, inextensíveis e com massa desprezível, a tração é
sentido, além de serem diretamente proporcionais. igual nas duas extremidades do fio.
 
FR= m ⋅ a

3ª LEI (AÇÃO E REAÇÃO)


Toda força de ação possui um par chamado reação. Essas
forças possuem mesma direção e mesmo módulo, porém sentidos
opostos. Como nunca ocorrem no mesmo corpo, a força de ação e
a força de reação nunca se anulam.
Força Peso
Força de interação entre os Astros (Planetas, Satélites, Estrelas)
Observe o exemplo na imagem abaixo. A Normal e o Peso não
e os corpos, conhecida como força gravitacional. É uma força à
constituem um par de forças ação e reação, até por atuarem no
distância mediada pelo Campo gravitacional e possui direção radial
mesmo corpo. A força Peso surge da interação entre o corpo e a
com sentido convergente (aponta para o centro do Planeta).
Terra, portanto seu par reação atua no centro da Terra e é aplicada
pelo corpo.
 
A par reação da força Normal será a força que o corpo aplica P = mg
sobre o solo, já que a Normal (ação) é a força do solo sobre o corpo.
Aceleração gravitacional na superfície da
Terra: g ≅ 9,8 m/s²

Força Elástica
Consiste em uma força restauradora, aplicada por corpos com
a característica de deformação e restauração (exemplos: molas,
elásticos, varas). Tem como objetivo fazer o objeto retornar à sua
posição de equilíbrio.


Fel = k ⋅ x

x = deformação da mola

PROEXPLICA

Uma das aplicações da terceira Lei de Newton é vista no k = constante elástica da mola
lançamento de foguetes, onde o foguete lança os gases da Depende do material da mola e de sua geometria (tamanho,
combustão para trás e é impulsionado para frente. espessura...)
[k] = newton/metro (N/m)
[x] = metro (m)

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 181


FÍSICA I 14 DINÂMICA REVISÃO

Força de Atrito
EXERCÍCIOS
PROTREINO
Componente aplicada por uma superfície sobre o corpo, ela
aponta no sentido contrário à tendência do movimento relativo.
Quando há deslizamento chamamos de atrito cinético ou dinâmico,
se não ocorre deslizamento esse atrito é chamado de estático. 01. Dois blocos A e B de massas 16 kg e 4 kg, respectivamente,
O atrito estático possui um valor máximo que pode ser atingido estão apoiados em um plano horizontal rugoso.
na iminência do movimento, porém, se a força aplicada sobre o
corpo, tentando movê-lo, for menor que esse valor, não obterá
sucesso, pois o atrito estático terá módulo igual e sentido oposto
à força, mantendo o repouso. Uma vez vencida a força de atrito
estático máxima, acontece o deslizamento sobre a superfície e o
atrito atuante será constante ao longo do movimento (atrito cinético). Os coeficientes de atrito estático e cinético são, respectivamente,
µe = 0,4 e µc = 0,2.
Fat = N ⋅ µ 
Calcule o módulo da força F para que os blocos deslizem com
aceleração de 4 m/s²
N → força normal (módulo)
 µ → estático, não há deslizamento 02. Dois blocos A e B de massas 7 kg e 13 kg, respectivamente,
µ → coeficiente de atrito  E
µe → cinético, ocorre o deslizamento estão dispostos conforme imagem abaixo:

Considerando que não há atrito, que o fio e a polia são ideais e que
g = 10 m/s², calcule a aceleração do conjunto e a tração no fio.

03. O sistema a seguir apresenta dois blocos A e B de massas,


EXERCÍCIO RESOLVIDO respectivamente, 8 kg e 2 kg. Considerando o módulo da aceleração
da gravidade 10 m/s², calcule o módulo da aceleração do sistema.

01. (UFF) Professores do Instituto de Física da UFF estudam a


dinâmica do movimento de placas geológicas que compõem
a crosta terrestre, com o objetivo de melhor compreender
a física dos terremotos. Um sistema simples que exibe os
elementos determinantes desta dinâmica é composto por um
bloco apoiado sobre uma mesa horizontal rugosa e puxado
por uma mola, como mostrado a seguir.

A mola é esticada continuamente por uma força F de módulo


crescente, mas o bloco permanece em repouso até que o atrito
não seja mais suficiente para impedir seu deslocamento. 04. Um bloco de 5 kg desliza em um plano inclinado de ângulo
Enquanto não houver deslizamento, é correto afirmar que: α = 30º e sem atrito entre as superfícies de contato.
a) o módulo da força que o bloco faz sobre a mola é igual ao Calcule a aceleração do bloco ao longo de sua queda.
módulo da força de atrito sobre o bloco. Adote: g = 10 m/s²
b) o módulo da força de atrito sobre o bloco é maior que o
módulo da força que a mola faz sobre o bloco.
c) o módulo da força de atrito depende da força normal
sobre o bloco, já que a normal é a reação ao peso.
d) o módulo da força que a mola faz sobre o bloco é maior
que o módulo da força que o bloco faz sobre a mola.
e) o módulo da força de atrito sobre o bloco não muda
enquanto a mola é esticada.
Gabarito: A

182 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


14 DINÂMICA REVISÃO FÍSICA I

05. Observe a imagem abaixo e determine se o sistema se encontra


em equilíbrio. Justifique sua resposta.

a) 15 N. b) 6,0 N. c) 30 N. d) 10 N. e) 12 N.

03. (UNIOESTE) Um bloco está em repouso sobre uma superfície


horizontal. Nesta situação, atuam horizontalmente sobre o bloco
uma força F1 de módulo igual a 7 N e uma força de atrito entre o
bloco e a superfície (Figura a). Uma força adicional F2, de módulo
3 N, de mesma direção, mas em sentido contrário à F1, é aplicada
no bloco (Figura b). Com a atuação das três forças horizontais
(força de atrito, F1 e F2) e o bloco em repouso.

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (ENEM) Em uma colisão frontal entre dois automóveis, a força
que o cinto de segurança exerce sobre o tórax e abdômen do
motorista pode causar lesões graves nos órgãos internos. Pensando
na segurança do seu produto, um fabricante de automóveis realizou
testes em cinco modelos diferentes de cinto. Os testes simularam
uma colisão de 0,30 segundo de duração, e os bonecos que
representavam os ocupantes foram equipados com acelerômetros.
Esse equipamento registra o módulo da desaceleração do boneco
em função do tempo. Os  parâmetros como massa dos bonecos,
dimensões dos cintos e velocidade imediatamente antes e após o
impacto foram os mesmos para todos os testes. O resultado final Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE o módulo da
obtido está no gráfico de aceleração por tempo. força resultante horizontal Fr sobre o bloco:
a) Fr = 3 N c) Fr = 10 N e) Fr = 7 N
b) Fr = 0 d) Fr = 4 N

04. (UDESC) A Figura a seguir mostra uma caixa de madeira


que desliza para baixo com velocidade constante sobre o plano
inclinado, sob a ação das seguintes forças: peso, normal e de atrito.
Assinale a alternativa que representa corretamente o esquema das
forças exercidas sobre a caixa de madeira.

Qual modelo de cinto oferece menor risco de lesão interna ao


motorista?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

02. (PUC-PR) Um bloco A de massa 3,0 kg está apoiado sobre uma


mesa plana horizontal e preso a uma corda ideal. A corda passa
por uma polia ideal e na sua extremidade final existe um gancho a)
de massa desprezível, conforme mostra o desenho. Uma pessoa
pendura, suavemente, um bloco B de massa 1,0 kg no gancho. Os
coeficientes de atrito estático e cinético entre o bloco A e a mesa
são, respectivamente, µe = 0,50 e µc = 0,20. Determine a força de
atrito que a mesa exerce sobre o bloco A. Adote g = 10 m/s².

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 183


FÍSICA I 14 DINÂMICA REVISÃO

de sobrevivência era de aproximadamente 300 kg. O campo


gravitacional lunar é, aproximadamente, 1/6 do campo gravitacional
terrestre. Se a aceleração da gravidade na Terra é aproximadamente
b) 10,0 m/s², podemos afirmar que
a) a massa total de Armstrong na Lua é de 300 kg e seu peso é
500 N.
b) a massa total de Armstrong na Terra é de 50 kg e seu peso é
3.000 N.
c) a massa total de Armstrong na Terra é de 300 kg e seu peso
é 500 N.
c) d) a massa total de Armstrong na Lua é de 50 kg e seu peso é
3.000 N.
e) o peso de Armstrong na Lua e na Terra são iguais.

07. (EEAR) Em Júpiter a aceleração da gravidade vale


aproximadamente 25 m/s² (2,5 x maior do que a aceleração da
gravidade da Terra). Se uma pessoa possui na Terra um peso de
d) 800 N, quantos newtons esta mesma pessoa pesaria em Júpiter?
(Considere a gravidade na Terra g = 10 m/s²).
a) 36 b) 80 c) 800 d) 2.000 e) 3.600

08. (PUC - CAMPINAS) Alguns relógios utilizam-se de um pêndulo


simples para funcionarem. Um pêndulo simples é um objeto preso
a um fio que é colocado a oscilar, de acordo com a figura abaixo.
e)

05. (UFJF-PISM) A figura abaixo mostra um garoto balançando


numa corda passando pelo ponto A no sentido anti-horário. Um
observador, parado no solo, observa o garoto e supõe existir quatro
forças atuando sobre ele nesse momento.

Desprezando-se a resistência do ar, este objeto estará sujeito à


ação de duas forças: o seu peso e a tração exercida pelo fio. Pode-
se afirmar que enquanto o pêndulo oscila, a tração exercida pelo fio
a) tem valor igual ao peso do objeto apenas no ponto mais baixo
da trajetória.
b) tem valor igual ao peso do objeto em qualquer ponto da
trajetória.
c) tem valor menor que o peso do objeto em qualquer ponto da
trajetória.
d) tem valor maior que o peso do objeto no ponto mais baixo da
trajetória.
Do ponto de vista deste observador, quais das forças abaixo estão,
de fato, atuando sobre o garoto na posição A? e) e a força peso constitui um par ação-reação.
1. Uma força vertical para baixo, exercida pela Terra.
09. (ACAFE) Um homem foi ao mercado comprar 2 kg de arroz, 1 kg
2. Uma força apontando de A para O, exercida pela corda.
de feijão e 2 kg de açúcar. Quando saiu do caixa utilizou uma barra
3. Uma força na direção do movimento do garoto, exercida pela de PVC para facilitar no transporte da sacola (Figura 1). Quando
velocidade. chegou em casa reclamou para a mulher que ficou cansado, pois
4. Uma força apontando de O para A, exercida pelo garoto. a sacola estava pesada. Tentando ajudar o marido, a esposa
comentou que ele deveria, na próxima vez, trazer a sacola com
a) Somente 1, 2 e 3. d) Somente 1 e 2. as alças nas extremidades da barra de PVC (Figura 2), pois assim
b) Somente 1, 2 e 4. e) Somente 1, 3 e 4. faria menos força. Na semana seguinte, o homem foi ao mercado e
comprou os mesmos produtos e carregou a sacola como a esposa
c) Somente 2 e 3. havia aconselhado.

06. (MACKENZIE) Quando o astronauta Neil Armstrong desceu


do módulo lunar e pisou na Lua, em 20 de julho de 1969, a sua
massa total, incluindo seu corpo, trajes especiais e equipamento

184 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


14 DINÂMICA REVISÃO FÍSICA I

11. (ESPCEX (AMAN)) O sistema de polias, sendo uma fixa e três


móveis, encontra-se em equilíbrio estático, conforme mostra o
desenho. A constante elástica da  mola, ideal, de peso desprezível,
é igual a 50 N/cm e a força F na extremidade da corda é de
intensidade igual a 100 N. Os fios e as polias, iguais, são ideais.

A alternativa correta sobre a conclusão do homem é:


a) Minha esposa está certa, pois a sacola continua com o mesmo
peso da semana passada, no entanto, eu estou fazendo menos
força para suportá-la.
b) Minha esposa está errada, pois a sacola continua com o
mesmo peso da semana passada e eu continuo fazendo a
mesma força para suportá-la.
c) Minha esposa está certa, pois estou fazendo menos força para
suportar a sacola porque ela ficou mais leve.
d) Minha esposa está errada, pois a sacola ficou mais pesada do
que a da semana passada e eu estou fazendo mais força para
suportá-la.
e) Minha esposa está certa, pois quanto mais as alças estiverem
próximas menor será a força peso sobre as sacolas. O valor do peso do corpo X e a deformação sofrida pela mola são,
respectivamente,
10. (UFJF-PISM) Doutor Botelho quer instalar um portão elétrico a) 800 N e 16 cm d) 800 N e 8 cm
na garagem de sua casa. O sistema é composto de um contrapeso b) 400 N e 8 cm e) 950 N e 10 cm
preso à extremidade de um cabo de aço de massa desprezível,
c) 600 N e 7 cm
que passa por uma polia, de massa também desprezível. A outra
extremidade do cabo de aço é presa ao portão, como mostrado
na figura. Sabendo-se que o portão possui uma massa de 100,0 12. (UNEMAT) A figura abaixo representa um elevador em
kg, qual deve ser a massa do contrapeso para que o portão suba movimento com velocidade constante.
com aceleração igual a 0,1 g, sendo g a aceleração da gravidade?
Desconsidere qualquer outra força externa realizada pelo motor do
portão.

A tração (T) do cabo durante o movimento de subida é:


a) maior que o peso do elevador.
b) maior que durante o movimento de descida.
c) igual durante o movimento de descida.
d) menor que durante o movimento de descida.
e) menor que o peso do elevador.

13. (PUCRJ) Um bloco escorrega a partir do repouso por um plano


inclinado que faz um ângulo de 45º com a horizontal. Sabendo que
durante a queda a aceleração do bloco é de 5,0 m/s² e considerando
a) 81,8 kg d) 163,6 kg
g = 10m/s2, podemos dizer que o coeficiente de atrito cinético entre
b) 122,2 kg e) 127,5 kg o bloco e o plano é
c) 61,0 kg a) 0,1 b) 0,2 c) 0,3 d) 0,4 e) 0,5

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 185


FÍSICA I 14 DINÂMICA REVISÃO

14. (MACKENZIE) Um balde de 400 g é suspenso por um fio A menor desaceleração da pedra de granito ocorre porque a ação
ideal que tem uma extremidade presa a um bloco de massa dos varredores diminui o módulo da
12 kg. O conjunto está em repouso, quando se abre a torneira, que a) força motriz sobre a pedra.
proporciona uma vazão de água (ρ = 1 kg/L), constante é igual a
0,2 L/s. b) força de atrito cinético sobre a pedra.
c) força peso paralela ao movimento da pedra.
d) força de arrasto do ar que atua sobre a pedra.
e) força de reação normal que a superfície exerce sobre a pedra.

17. (ENEM PPL) Com um dedo, um garoto pressiona contra a


parede duas moedas, de R$0,10 e R41,00, uma sobre a outra,
mantendo-as paradas. Em contato com o dedo estás a moeda de
R$0,10 e contra a parede está a de R$1,00. O peso da moeda de
R$0,10 é 0,05 N e o da de R$1,00 é 0,09 N. A força de atrito exercida
pela parece é suficiente para impedir que as moedas caiam.
Qual é a força de atrito entre a parede e a moeda de R$1,00?
Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a a) 0,04 N b) 0,05 N c) 0,07 N d) 0,09 N e) 0,14 N
superfície horizontal que o suporta µE = 0,4 e que a polia é ideal,
esse bloco iniciará seu deslocamento no instante imediatamente 18. (PUCRJ) Um bloco de massa m0 se encontra na iminência de
após se movimentar sobre a superfície de uma rampa com atrito (plano
Dado: g =10 m/s2 inclinado) que faz um ângulo de 30º com a horizontal. Se a massa
a) 22 s b) 20 s c) 18 s d) 16 s e) 14 s do bloco for dobrada, o ângulo da rampa para manter o bloco na
iminência do movimento será
15. (MACKENZIE) Um corpo de peso 30 N repousa sobre uma a) 90º b) 60º c) 30º d) 15º e) 7,5º
superfície horizontal de coeficiente de atrito estático 0,4. Por meio
de uma mola de massa desprezível, de comprimento natural 20 cm 19. (ENEM PPL) Um carrinho de brinquedo funciona por fricção.
N Ao ser forçado a girar suas rodas para trás, contra uma superfície
e constante elástica 20 , prende-se esse corpo em uma parede rugosa, uma mola acumula energia potencial elástica. Ao soltar o
m
como mostra a figura. A máxima distância a que podemos manter brinquedo, ele se movimenta sozinho para frente e sem deslizar.
esse corpo da parede e em equilíbrio será de Quando o carrinho se movimenta sozinho, sem deslizar, a energia
potencial elástica é convertida em energia cinética pela ação da
força de atrito
a) dinâmico na roda, devido ao eixo.
b) estático na roda, devido à superfície rugosa.
c) estático na superfície rugosa, devido à roda.
a) 26 cm c) 80 cm e) 100 cm d) dinâmico na superfície rugosa, devido à roda.
b) 40 cm d) 90 cm e) dinâmico na roda, devido à superfície rugosa.

16. (ENEM PPL) O curling é um dos esportes de inverno mais 20. (PUCSP) Um objeto cúbico, maciço e homogêneo, de massa
antigos e tradicionais. No jogo, dois times com quatro pessoas igual a 1.500 g, está em repouso sobre uma superfície plana
têm de deslizar pedras de granito sobre uma área marcada de e horizontal. O coeficiente de atrito estático entre o objeto e a
gelo e tentar colocá-las o mais próximo possível do centro. A superfície é igual a 0,40. Uma força F, horizontal à superfície, é
pista de curling é feita para ser o mais nivelada possível, para não aplicada sobre o centro de massa desse objeto.
interferir no decorrer do jogo. Após o lançamento, membros da
Que gráfico melhor representa a intensidade da força de atrito
equipe varrem (com vassouras especiais) o gelo imediatamente
estático Fatrito em função da intensidade F da força aplicada?
à frente da pedra, porém sem tocá-la. Isso é fundamental para o
Considere as forças envolvidas em unidades do SI.
decorrer da partida, pois influi diretamente na distância percorrida
e na direção do movimento da pedra. Em um lançamento retilíneo,
sem a interferência dos varredores, verifica-se que o módulo da
desaceleração da pedra é superior se comparado à desaceleração
da mesma pedra lançada com a ação dos varredores. a) c)

b) d)

186 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


14 DINÂMICA REVISÃO FÍSICA I

EXERCÍCIOS DE
APROFUNDAMENTO
01. (UERJ) A questão a seguir aborda situações relacionadas
ao ambiente do metrô, referindo-se a uma mesma composição,
formada por oito vagões de dois tipos e movida por tração elétrica.
Para seus cálculos, sempre que necessário, utilize os dados e as
fórmulas abaixo.

Características da composição
a) Dois blocos de massas m1 = 1,0 kg e m2 = 0,5 kg são ligados
velocidade máxima 100 km/h por uma corda e dispostos como mostra a figura (b). A polia e
aceleração constante 1,10 m/s² a corda têm massas desprezíveis, e o atrito nas polias também
deve ser desconsiderado. O coeficiente de atrito cinético entre o
desaceleração constante 1,25 m/s² bloco de massa m2 e a superfície da mesa é µc = 0,8. Qual deve
Gerais ser a distância de deslocamento do conjunto para que os blocos,
quantidade tipo I 2
que partiram do repouso, atinjam a velocidade v = 2,0 m/s?
de vagões tipo II 6
massa média por passageiro 60 kg
comprimento médio 22,0 m
largura 3,00 m
altura 3,60 m
tipo I 38.000 kg
Por massa
vagão tipo II 35.000 kg
quantidade 4
motores
potência por motor 140 kW
8 passageiros/ b) Em certos casos, a lei de Amontons da proporcionalidade entre
capacidade máxima
m² a força de atrito cinético e a força normal continua válida nas
escalas micrométrica e nanométrica. A figura (c) mostra um
Em um dos vagões da composição do metrô, um sistema formado gráfico do módulo da força de atrito cinético, Fat, em função
por um objeto com massa de 0,2 kg e por um fio ideal de 1,00 m do módulo da força normal, N, entre duas monocamadas
de comprimento está fixado em uma barra de apoio. Enquanto a moleculares de certa substância, depositadas em substratos
composição se movimenta com aceleração constante, observa-se de vidro. Considerando N = 5,0 nN, qual será o módulo do
que o objeto se desloca 0,10 m na direção horizontal, formando um trabalho da força de atrito se uma das monocamadas se
ângulo θ em relação à direção vertical, conforme ilustra o esquema. deslocar de uma distância d = 2,0 µm sobre a outra que se
mantém fixa?

Determine, em newtons, a tensão no fio.


03. (FUVEST) Duas caixas, A e B, de massas mA e mB,
respectivamente, precisam ser entregues no 40º andar de um
02. (UNICAMP) Importantes estudos sobre o atrito foram feitos por
edifício. O entregador resolve subir com as duas caixas em uma
Leonardo da Vinci (1452-1519) e por Guillaume Amontons (1663-
única viagem de elevador e a figura I ilustra como as caixas
1705). A figura (a) é uma ilustração feita por Leonardo da Vinci do
foram empilhadas. Um sistema constituído por motor e freios
estudo sobre a influência da área de contato na força de atrito.
é responsável pela movimentação do elevador; as figuras II e III
ilustram o comportamento da aceleração e da velocidade do
elevador. O elevador é acelerado ou desacelerado durante curtos
intervalos de tempo, após o que ele adquire velocidade constante.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 187


FÍSICA I 14 DINÂMICA REVISÃO

05. (EBMSP) Transportar pessoas doentes em uma ambulância é


uma grande responsabilidade, por isso não é qualquer motorista
que está pronto para desempenhar esse tipo de atividade. Além
de conduzir o veículo, com atenção, o profissional precisa guiar
pensando sempre no bem-estar do paciente.
Disponível em: <http://www.tudocursosgratuitos.com/curso-de-condutor-de-veiculos-de-
emergencia/>. Acesso em: set. 2017.

A figura representa um pêndulo simples que se encontra preso


ao teto de uma ambulância que se move ao longo de um plano
inclinado, que forma um ângulo de 30° com a superfície horizontal.

Analise a situação sob o ponto de vista de um observador parado


no solo. Os itens a, b e c, referem-se ao instante de tempo em que
o elevador está subindo com o valor máximo da aceleração, cujo Sabendo que as condições do movimento da ambulância estão
módulo é a = 1 m/s². reproduzidas na figura e caracterizado pela posição do pêndulo,
a) Obtenha o módulo da força resultante, FA, que atua sobre a que o módulo da aceleração da gravidade local é igual a 1 m/s2 e
caixa A. desprezando as forças dissipativas,
b) As figuras abaixo representam esquematicamente as duas – descreva o tipo do movimento realizado pela
caixas e o chão do elevador. Faça, nas figuras correspondentes, ambulância nesse instante;
os diagramas de forças indicando as que agem na caixa A e – determine o valor da grandeza física que caracteriza o
na caixa B. movimento da ambulância.

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. B 05. D 09. B 13. C 17. E
02. D 06. A 10. B 14. A 18. C
03. B 07. D 11. D 15. C 19. B
04. E 08. D 12. C 16 B 20. C

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. T = 2,2 N
c) Obtenha o módulo, FS, da força de contato exercida pela caixa
A sobre a caixa B. 02. a) ∆S = 0,5 m
= 3,0 × 10−15 J
b) WFat
d) Como o cliente recusou a entrega, o entregador voltou com as
caixas. Considere agora um instante em que o elevador está 03. a) FA = mA(SI)

descendo com aceleração para baixo de módulo a = 1 m/s².


Obtenha o módulo, FD, da força de contato exercida pela caixa
A sobre a caixa B.
Note e adote: Aceleração da gravidade: g = 10 m/s².

04. (PUCRJ) Um bloco de gelo se encontra em repouso no alto de


uma rampa sem atrito, sendo sustentado por uma força horizontal b)
F de módulo 11,6 N, como mostrado na figura.

c) FS = NBA = 11mA(SI)
d) FD = NBA = 9mA(SI)
04. a) m = 2 kg
b) v = 8 m/s
05.5 m/s2

ANOTAÇÕES

Dados: g = 10 m/s²; sen30º = 0,50; cos30º = 0,87


a) Calcule a massa do bloco de gelo.
b) Considere agora que a força F deixe de atuar. Calcule a
velocidade com que o bloco chegaria à base da rampa, após
percorrer os 6,4 m de sua extensão.

188 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


15
FÍSICA I
FORÇA CENTRÍPETA

INTRODUÇÃO PÊNDULO COMPOSTO OU PÊNDULO


Vimos em Movimento Circular que os corpos, para manterem CÔNICO
o seu movimento, sofrem uma aceleração chamada de aceleração
centrípeta, que aponta sempre para o centro da trajetória. Caso
seu movimento seja acelerado, haverá também uma aceleração
tangencial, e caso seja um movimento circular uniforme, haverá
somente aceleração centrípeta.
Devido à existência desta aceleração centrípeta e aplicando
a segunda lei de Newton (força é igual ao produto da massa pela
aceleração), teremos uma força dirigida para o centro. Esta força
é denominada força centrípeta e sempre aparece em corpos que
realizam um movimento cuvilíneo.
Pela 1ª Lei de Newton, quando a força resultante sobre um
corpo é nula, este executa um movimento retilíneo uniforme ou
se mantém em repouso. Portanto, para executar um movimento
circular, mesmo que uniforme, é necessário uma resultante
diferente de zero, apontando para o centro, responsável por
alterar a direção da velocidade. Logo, a força centrípeta é uma
resultante de forças.
Existem três expressões que nos permitem calcular a força ou
resultante centrípeta, onde R é o raio da curva no ponto considerado.

mv2
Fcp =m ⋅ acp → Fcp =
R

ou ainda

Fcp = ω2R
Podemos calcular o módulo da velocidade da seguinte maneira

EXEMPLOS PRÁTICOS DA FORÇA tan(θ) = Cp


F
P
CENTRÍPETA mV2
m ⋅ g ⋅ tan(θ) =
PÊNDULO SIMPLES R
V2 = R ⋅ g ⋅ tan(θ) *
V= R ⋅ g ⋅ tan(θ)

Agora podemos calcular o módulo da velocidade angular:


Lembrando que V = ω · R

(ω⋅ R)2 = R ⋅ g ⋅ tan(θ) *


ω2R =g ⋅ tan(θ)
g ⋅ tan(θ)
ω=
R
Sendo T o período, podemos calcula-lo:


Lembrando que ω =
T
R
T = 2π
g ⋅ tan(θ)

Essas relações não devem ser decoradas, o importante são as


deduções, é o caminho matemático e o raciocínio envolvido que
devem ser observados e fixados, não as equações.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 189


FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA

ESTRADA EM DEPRESSÃO E LOMBADA GLOBO DA MORTE


v

P N
R
ac

Fcp= P + N

Retilíneo VELOCIDADE MÍNIMA PARA REALIZAR O LOOPING


P
N=P R
N1 = m . g

Depressão No caso limite a moto perde o contato com o globo.


 
Vamos considerar um automóvel com módulo da velocidade (N = O)
constante.
 
Fcp = P

m v2
= mg
R

v = Rg

A velocidade mínima para o looping depende apenas do raio.


N−P = FCP
N= P + FCP
m ⋅ V2
NII = m ⋅ g +
R
GRAVIDADE SIMULADA
Quando colocamos água num copo e giramos rapidamente,
Lombada percebemos que a água não derrama. A ideia aqui é bem
parecida, ao colocarmos uma pessoa dentro de uma nave em
um lugar sem gravidade, podemos girar a nave a uma velocidade
angular tal que a força normal tenha mesmo módulo que a força
gravitacional de um planeta de gravidade conhecida, quando
isso acontece, simulamos a gravidade desse planeta. Abaixo
equacionamos a relação entre a velocidade angular, a gravidade
que se deseja simular e o raio da curva,

g
P−N = FCP ω=
R
P − FCP = N
N= P − FCP Velocidade Máxima em curva horizontal
m ⋅ V2 Qual a velocidade máxima que podemos fazer uma curva plana
NIII = m ⋅ g − sem derrapar?
R
Com nossos conhecimentos sobre atrito é fácil de responder,
Perceba que o módulo da força normal é máximo na depressão sabemos que para um objeto deslizar sobre outro é preciso superar a
e mínimo na lombada, entre essas comparações acima. força de atrito estático máxima, nesse caso, vemos na imagem abaixo
NII > NI > NIII que a força que aponta para o centro da trajetória é a força de atrito,
como queremos descobrir a velocidade máxima, temos que considerar
Não é necessário decorar essas relações, deve-se prestar
a iminência de deslize, ou seja, a força de atrito estático máximo.
atenção ao passo-a-passo para chegar nessas conclusões.

190 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


15 FORÇA CENTRÍPETA FÍSICA I

No eixo vertical Rotor


N=P
N=m.g

No eixo horizontal

FCP = Fat
m ⋅ V2
=µe ⋅ N
R
m ⋅ V2
=µe ⋅ m ⋅ g
R
VMáx = µe ⋅ g ⋅ R

Curva circular em pista sobrelevada sem atrito


(Pista Inclinada)
Fcp ou Rcp = N
Considere que a aceleração da gravidade tenho módulo g, não
há influência do ar,
a) Qual deve ser a velocidade do móvel para que atue sobre ele
apenas as forças peso e a normal?
PROEXPLICA
b) Qual deve ser a inclinação da pista para que em uma velocidade
V a segurança do veículo na curva não dependa do atrito?
A construção de uma curva deve ser feita baseada nos
limites de segurança para os passageiros. Ao ser planejada,
ela deve proporcionar uma aceleração confortável dentro dos
limites de velocidade permitidos na via. Este procedimento
da engenharia é explorado na questão baseada em
aceleração centrípeta.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. (PUCRJ 2015)

Fcp N senθ
=

As duas perguntas possuem resposta pelo mesmo caminho


matemático

a)
F
tan(α ) = Cp Um bloco de massa 0,50 kg está preso a um fio ideal de 40
P cm de comprimento cuja extremidade está fixa à mesa, sem
Ptan(α ) =FCp atrito, conforme mostrado na figura. Esse bloco se encontra
em movimento circular uniforme com velocidade de 2,0 m/s.
mV2
m ⋅ g ⋅ tan(α ) = Sobre o movimento do bloco, é correto afirmar que:
R
a) como não há atrito, a força normal da mesa sobre o bloco
V= R ⋅ g ⋅ tan(α ) é nula.
b) b) o bloco está sofrendo uma força resultante de módulo
2
igual a 5,0 N.
mV
c) a aceleração tangencial do bloco é 10 m/s2.
FCp R
tan(α=
) = d) a aceleração total do bloco é nula pois sua velocidade é
P m ⋅g constante.
V2 e) ao cortar o fio, o bloco cessa imediatamente o seu
tan(α ) =
g ⋅R movimento.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 191


FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA

Rsolução: B EXERCÍCIOS
Avaliação das alternativas: PROTREINO
[a] (Falsa) A força normal não é nula, pois o bloco está apoiado
sobre ela. 01. Uma esfera com massa igual a 90 gramas é presa a um fio
[b] (Verdadeira) No movimento circular uniforme a força inextensível e gira no plano horizontal, produzindo um movimento
resultante é a força centrípeta, então: circular uniforme de raio 49 centímetros sob ação de uma força
resultante centrípeta de módulo 9 N. Calcule a velocidade, em m/s,
com que a esfera se afastará caso o fio se rompa.
0,5 kg ⋅ ( 2 m / s )
2
m ⋅ v2
Fr = Fc ⇒ Fr = ⇒ Fr = ⇒ Fr = 5 N
R 0,4 m 02. A imagem abaixo mostra uma esfera de 200 gramas que desliza
em movimento circular uniforme sobre uma mesa horizontal, sem
atrito, presa a um pino fixo no centro da mesa por um fio ideal de
[c] (Falsa) A aceleração tangencial é igual a zero, pois a única
comprimento L = 0,5 m.
aceleração é a centrípeta no MCU.
[d] (Falsa) A aceleração total do bloco é igual à centrípeta que é

v2 22
a=
c = = 10 m / s2
R 0,4

[e] (Falsa) Ao cortar o fio, o bloco sai pela tangente da curva Calcule a tração, em N, no fio quando a velocidade angular da
devido à inércia de movimento. esfera for de 10 rad/s.

03. Um motociclista de 50 kg passa por um viaduto em forma de


arco de raio 10 metros com sua moto de 150 kg. Calcule o módulo
da força normal, em N, que atua no motociclista ao passar pelo
02. (PUCSP 2010) Um automóvel de massa 800 kg, dirigido
topo da pista com velocidade de 21,6 km/h. Adote g = 10 m/s²
por um motorista de massa igual a 60 kg, passa pela parte
mais baixa de uma depressão de raio = 20 m com velocidade
escalar de 72 km/h. Nesse momento, a intensidade da força
de reação que a pista aplica no veículo é: (Adote g = 10m/s2).

a) 231512 N d) 25800 N
b) 215360 N e) 24000 N
c) 1800 N
Rsolução: D
04. Um carro de competição de 650 kg se desloca em movimento
circular uniforme em um plano horizontal de raio 57,6 m em uma
pista sobrelevada sem atrito cujo o ângulo de sobrelevação é
θ = 45°. Calcule o módulo da velocidade do carro para que ele se
mantenha nesse plano. Adote g = 10 m/s²

Dados:
r = 20 m; v = 72 km/h = 20 m/s; m = (800 + 60) = 860 kg
e g = 10 m/s2.
Sendo FN a força de reação da pista e P o peso do
conjunto, analisando a figura, temos que a resultante
centrípeta é:
05. Em uma viagem interestelar, deseja-se construir uma nave
RC = FN – P ⇒ FN = RC + P ⇒ FN = espacial com uma seção rotacional para simular, por efeitos
m v2 860 (20)2 centrífugos, a gravidade terrestre, aproximadamente 10 m/s².
+ m g ⇒=
FN + 860 (10)
= 17.200 + 8.600 ⇒ A seção foi projetada para girar a uma velocidade angular de 0,4
r 20
rad/s, calcule o raio da seção, em metros, para que a gravidade
FN = 25.800 N. terrestre seja alcançada.

192 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


15 FORÇA CENTRÍPETA FÍSICA I

a) d)

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (ESPCEX (AMAN)) Uma partícula com carga elétrica
negativa igual a –10 -8C encontra-se fixa num ponto do espaço.
Uma segunda partícula de massa igual a 0,1 g e carga elétrica b) e)
positiva igual a +10 -8C descreve um movimento circular uniforme
de raio 10 cm em torno da primeira partícula. Considerando
que elas estejam isoladas no vácuo e desprezando todas as
interações gravitacionais, o módulo da velocidade linear da
partícula positiva em torno da partícula negativa é igual a
Dado: considere a constante eletrostática do vácuo igual a
N ⋅ m2
9 ⋅ 109 . c)
C2
a) 0,3 m/s c) 0,8 m/s e) 1,5 m/s
b) 0,6 m/s d) 1,0 m/s

02. (IFCE) Considere a figura a seguir, na qual é mostrado um


piloto acrobata fazendo sua moto girar por dentro de um “globo
da morte”.

04. (CPS) A apresentação de motociclistas dentro do globo da


morte é sempre um momento empolgante de uma sessão de
circo, pois ao atingir o ponto mais alto do globo, eles ficam de
ponta cabeça. Para que, nesse momento, o motociclista não caia,
é necessário que ele esteja a uma velocidade mínima (v) que se
relaciona com o raio do globo (R) e a aceleração da gravidade (g)
v
pela expressão: = R ⋅ g, com R dado em metros.

Ao realizar o movimento de loop dentro do globo da morte (ou seja,


percorrendo a trajetória ABCD mostrada acima), o piloto precisa
manter uma velocidade mínima de sua moto para que a mesma
não caia ao passar pelo ponto mais alto do globo (ponto “A”).
Nestas condições, a velocidade mínima “v” da moto, de forma que
a mesma não caia ao passar pelo ponto “A”, dado que o globo da
(http://tinyurl.com/globo-da-morte. Acesso em: 15.09.2014. Original colorido)
morte tem raio R de 3,60 m, é
(Considere a aceleração da gravidade com o valor g = 10 m/s².) Considere que no ponto mais alto de um globo da morte, um
a) 6 km/h c) 21,6 km/h e) 18 km/h motociclista não caiu, pois estava com a velocidade mínima de 27
km/h.
b) 12 km/h d) 15 km/h
Assim sendo, o raio do globo é, aproximadamente, em metros,
03. (FGV) Uma criança está parada em pé sobre o tablado circular Adote g @ 10 m/s²
girante de um carrossel em movimento circular e uniforme, como a) 5,6 b) 6,3 c) 7,5 d) 8,2 e) 9,8
mostra o esquema (uma vista de cima e outra de perfil).
05. (UFSM) A produção de alimentos é muito influenciada pelas
estações do ano, que se repetem em ciclos anuais e se caracterizam
pela variação da inclinação do movimento aparente do Sol em
relação a Terra. A mudança na duração relativa dos dias, períodos
em que o Sol está acima do horizonte, e das noites, períodos em
que o Sol está abaixo do horizonte, altera a incidência de radiação
sobre as plantas. Essas mudanças ocorrem como consequência
da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano da
sua órbita, aproximadamente circular, em torno do Sol. Para que a
O correto esquema de forças atuantes sobre a criança para um
Terra orbite em torno do Sol, é necessário que
observador parado no chão fora do tablado é:
I. exista uma força de atração entre o Sol e a Terra;
(Dados: F: força do tablado; N: reação normal do tablado; P: peso
da criança) II. a velocidade da Terra em relação ao Sol seja perpendicular ao
segmento de reta que os une;

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 193


FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA

III. a Terra gire em torno de seu próprio eixo. movimento; por isso, os passageiros são acelerados em
Está(ão) correta(s) direção ao centro da Terra.
a) apenas I. c) apenas III. e) apenas I e III. d) o módulo da velocidade angular dos passageiros, medido em
relação a um referencial fixo na Terra, depende do quadrado do
b) apenas II. d) apenas I e II. módulo da velocidade tangencial deles.
e) a aceleração de cada passageiro é nula.
06. (FUVEST) Uma estação espacial foi projetada com formato
cilíndrico, de raio R igual a 100 m, como ilustra a figura abaixo.
09. (FUVEST) O pêndulo de um relógio é constituído por uma haste
rígida com um disco de metal preso em uma de suas extremidades.
O disco oscila entre as posições A e C, enquanto a outra extremidade
da haste permanece imóvel no ponto P. A figura abaixo ilustra o
sistema. A força resultante que atua no disco quando ele passa por
B, com a haste na direção vertical, é

Para simular o efeito gravitacional e permitir que as pessoas


caminhem na parte interna da casca cilíndrica, a estação gira
em torno de seu eixo, com velocidade angular constante w. As (Note e adote: g é a aceleração local da gravidade.)
pessoas terão sensação de peso, como se estivessem na Terra, se
a velocidade w for de, aproximadamente, a) nula.

Note e adote: A aceleração gravitacional na superfície da Terra é b) vertical, com sentido para cima.
g = 10 m/s2. c) vertical, com sentido para baixo.
a) 0,1 rad/s c) 1 rad/s e) 10 rad/s d) horizontal, com sentido para a direita.
b) 0,3 rad/s d) 3 rad/s e) horizontal, com sentido para a esquerda.

07. 10. (UFF) Uma criança se balança em um balanço, como


representado esquematicamente na figura a seguir. Assinale a
alternativa que melhor representa a aceleração a da criança no
instante em que ela passa pelo ponto mais baixo de sua trajetória.

  
Uma esfera de massa 2,00 kg que está presa na extremidade de a) a = 0 c) a ↑ e) a
  ←
uma corda de 1,00 m de comprimento, de massa desprezível, b) a d) a ↓
descreve um movimento circular uniforme sobre uma mesa →
horizontal, sem atrito. A força de tração na corda é de 18,0 N,
11. (ACAFE) Analise o caso apresentado e a seguir as proposições
constante. A velocidade de escape ao romper a corda é
feitas pelo professor a seus alunos.
a) 0,30 m/s c) 3,00 m/s e) 9,00 m/s
Brincar de jogar pião fez e ainda faz parte da infância das
b) 1,00 m/s d) 6,00 m/s pessoas. Ver o pião girando sem cair é algo que encanta as crianças.
Agora, podemos perceber conhecimentos físicos envolvidos no
08. (UFSM) Algumas empresas privadas têm demonstrado rodar do pião. Nesse sentido, considere um pião girando em MCU,
interesse em desenvolver veículos espaciais com o objetivo de conforme figura a seguir, com duas esferas iguais (A e B) grudadas
promover o turismo espacial. Nesse caso, um foguete ou avião sobre ele nas posições indicadas.
impulsiona o veículo, de modo que ele entre em órbita ao redor
da Terra. Admitindo-se que o movimento orbital é um movimento
circular uniforme em um referencial fixo na Terra, é correto afirmar
que
a) o peso de cada passageiro é nulo, quando esse passageiro está
em órbita.
b) uma força centrífuga atua sobre cada passageiro, formando
um par ação-reação com a força gravitacional.
c) o peso de cada passageiro atua como força centrípeta do

194 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


15 FORÇA CENTRÍPETA FÍSICA I

I. As esferas A e B estão sujeitas a mesma Força centrípeta. a) F = 1 kN c) F = 10 kN e) F = 100 kN


II. As velocidades angulares das esferas A e B são iguais. b) F = 5 kN d) F = 50 kN
III. O vetor velocidade linear da esfera A é constante.
IV. O módulo da velocidade linear da esfera A é menor que o 17. (EEAR) Uma criança gira no plano horizontal, uma pedra com
módulo da velocidade linear da esfera B. massa igual a 40 g presa em uma corda, produzindo um Movimento
Circular Uniforme. A pedra descreve uma trajetória circular, de raio
Todas as afirmações corretas estão em: igual a 72 cm, sob a ação de uma força resultante centrípeta de
a) I – II – III b) II – III – IV c) II – IV d) III – IV módulo igual a 2 N. Se a corda se romper, qual será a velocidade,
em m/s, com que a pedra se afastará da criança?
12. (UECE) Uma criança deixa sua sandália sobre o disco girante Obs.: desprezar a resistência do ar e admitir que a pedra se afastará
que serve de piso em um carrossel. Considere que a sandália não da criança com uma velocidade constante.
desliza em relação ao piso do carrossel, que gira com velocidade a) 6 b) 12 c) 18 d) 36
angular constante, ω. A força de atrito estático sobre a sandália é
proporcional a
18. (FAMERP) Em uma exibição de acrobacias aéreas, um avião
a) ω c) ω1/2 pilotado por uma pessoa de 80 kg faz manobras e deixa no ar
b) ω² d) ω3/2 um rastro de fumaça indicando sua trajetória. Na figura, está
representado um looping circular de raio 50 m contido em um plano
13. (PUCRJ) Um pêndulo é formado por um fio ideal de 10 cm de vertical, descrito por esse avião.
comprimento e uma massa de 20 g presa em sua extremidade
livre. O pêndulo chega ao ponto mais baixo de sua trajetória com
uma velocidade escalar de 2,0 m/s.
A tração no fio, em N, quando o pêndulo se encontra nesse ponto
da trajetória é:
Considere: g = 10 m/s²
a) 0,2 b) 0,5 c) 0,6 d) 0,8 e) 1,0

14. (UECE) Considere um carro de passeio de uma tonelada se


deslocando a 108 km/h em uma rodovia. Em um dado instante, o
carro se encontra no ponto mais alto de um trecho reto em subida. Adotando g = 10 m/s² e considerando que ao passar pelo ponto
Para simplificar a descrição mecânica desse sistema, o carro pode A, ponto mais alto da trajetória circular, a velocidade do avião é de
ser tratado como uma massa puntiforme e a trajetória em torno 180 km/h, a intensidade da força exercida pelo assento sobre o
do ponto mais alto pode ser aproximada por um arco de círculo piloto, nesse ponto, é igual a
de raio 100 m contido em um plano vertical. Em comparação com a) 3.000 N b) 2.800 N c) 3.200 N d) 2.600 N e) 2.400 N
a situação em que o carro trafegue por um trecho plano, é correto
afirmar que, no ponto mais alto da trajetória, a força de atrito entre
19. (UNESP) Em um edifício em construção, João lança para
a pista e os pneus
José um objeto amarrado a uma corda inextensível e de massa
a) é menor, pois a força normal da estrada sobre o carro é maior. desprezível, presa no ponto O da parede. O objeto é lançado
b) é maior, pois a força normal da estrada sobre o carro é menor. perpendicularmente à parede e percorre, suspenso no ar, um arco
de circunferência de diâmetro igual a 15 m, contido em um plano
c) é menor, pois a força normal da estrada sobre o carro é menor.
horizontal e em movimento uniforme, conforme a figura. O ponto
d) é maior, pois a força normal da estrada sobre o carro é maior. O está sobre a mesma reta vertical que passa pelo ponto C, ponto
médio do segmento que une João a José. O ângulo θ, formado
15. (MACKENZIE) Força centrípeta é a força resultante que puxa entre a corda e o segmento de reta OC, é constante.
um corpo na direção e sentido do centro da trajetória de um
movimento curvilíneo.
Um exemplo de força centrípeta é a força gravitacional no
movimento do planeta Terra ao redor do Sol. Nesse caso, é a força
gravitacional entre o planeta e a estrela que faz com que a TERRA
não escape da trajetória elíptica ao redor do Sol e deixe de orbitá-lo.
Analisando o movimento curvilíneo de um carro em uma pista
horizontal, a força que tem o papel de força centrípeta é a
a) força peso do carro.
b) força de atrito entre os pneus e a pista.
c) força normal dos pneus na pista.
d) força de tração do motor.
e) força de gravitacional entre o carro e a pista.
Considerando senθ = 0,6, cosθ = 0,8, g = 10 m/s² e desprezando a
resistência do ar, a velocidade angular do objeto, em seu movimento
16. (UFPR) Um motociclista descreve uma trajetória circular de raio de João a José, é igual a
R = 5 m, com uma velocidade de módulo v = 10 m/s medida por um
observador inercial. a) 1,0 rad/s c) 2,5 rad/s e) 3,0 rad/s

Considerando que a massa combinada do motociclista e da b) 1,5 rad/s d) 2,0 rad/s


motocicleta vale 250 kg, assinale a alternativa que expressa
corretamente o módulo da força centrípeta necessária para a 20. (CFTMG - ADAPTADA) Um livro de física de massa m está
realização da trajetória circular. pendurado por um fio de comprimento L. Em seguida, segurando

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 195


FÍSICA I 15 FORÇA CENTRÍPETA

o fio com uma das mãos e movimentando-a, ele é colocado em após 15 s, antes de a roda completar uma volta, suas posições
movimento circular uniforme vertical, de forma que o livro descreve estão invertidas. A roda gigante tem raio R = 20 m e as massas de
círculos sucessivos. Nina e José são, respectivamente, MN = 60 kg e MJ = 70 kg. Calcule
A força de tração no fio no ponto mais baixo da trajetória a) o módulo v da velocidade linear das cadeiras da roda gigante;
a) é igual ao peso do livro. b) o módulo aR da aceleração radial de Nina e de José;
b) é igual à força centrípeta. c) os módulos NN e NJ das forças normais que as cadeiras
c) é menor que o peso do livro. exercem, respectivamente, sobre Nina e sobre José no instante
em que Nina se encontra no ponto mais alto do percurso e
d) é maior que a força centrípeta. José, no mais baixo.
Note e Adote:
π=3
EXERCÍCIOS DE
Aceleração da gravidade g = 10 m/s2
APROFUNDAMENTO
04. (UFTM) Ao se observar o movimento da Lua em torno da Terra,
01. (FAMERP) Em um autódromo, cuja pista tem 5.400 m de verifica-se que, com boa aproximação, ele pode ser considerado
comprimento, há uma curva de raio 120 m, em superfície plana circular e uniforme. Aproximadamente, o raio da órbita lunar é
inclinada, na qual a borda externa é mais elevada que a interna, como 38,88 × 104 km e o tempo gasto pela lua para percorrer sua órbita
mostra a figura. O ângulo de inclinação θ é tal que senθ = 0,60. é 27 dias.

a) Supondo que um carro de competição desenvolva uma


velocidade média de 216 km/h, determine o intervalo de tempo,
em segundos, em que ele completa uma volta nessa pista.
b) Considere que a massa do carro seja igual a 600 kg, que sua
velocidade na curva inclinada seja 30 m/s e que a componente Considerando a massa da Lua igual a 7,3 × 1022 kg, adotando o
horizontal desta velocidade seja igual à resultante centrípeta. centro do referencial Terra-Lua no centro da Terra e π ≅ 3, determine:
Determine a intensidade da força normal, em newtons, aplicada a) a velocidade escalar média de um ponto localizado no centro
pela pista sobre o carro, nessa curva. da Lua, em km/h.
b) o valor aproximado da resultante das forças, em newtons,
02. (FUVEST) De férias em Macapá, cidade brasileira situada na envolvidas no movimento orbital da Lua.
linha do equador e a 51º de longitude oeste, Maria faz um selfie em
frente ao monumento do marco zero do equador. Ela envia a foto a
05. (UFOP) Uma estação espacial é projetada como sendo um
seu namorado, que trabalha em um navio ancorado próximo à costa
cilindro de raio r, que gira em seu eixo com velocidade angular
da Groenlândia, a 60º de latitude norte e no mesmo meridiano em
constante ω, de modo a produzir uma sensação de gravidade de
que ela está. Considerando apenas os efeitos da rotação da Terra
1g = 9,8 m/s2 nos pés de uma pessoa que está no interior da
em torno de seu eixo, determine, para essa situação,
estação.
a) a velocidade escalar vM de Maria;
Admitindo-se que os seus habitantes têm uma altura média de
b) o módulo aM da aceleração de Maria; h = 2 m, qual deve ser o raio mínimo r da estação, de modo que a
c) a velocidade escalar vn do namorado de Maria; variação da gravidade sentida entre os pés e a cabeça seja inferior
d) a medida do ângulo α entre as direções das acelerações de a 1% de g?
Maria e de seu namorado.
Note e adote:
Maria e seu namorado estão parados em relação à superfície da
Terra.
As velocidades e acelerações devem ser determinadas em relação
ao centro da Terra.
Considere a Terra uma esfera com raio 6 × 106 m.
GABARITO
Duração do dia ≈ 80.000 s
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
π≈3
01. A 05. D 09. B 13. E 17. A
Ignore os efeitos da translação da Terra em torno do Sol. 02. C 06. B 10. C 14. C 18. C
sen30º = cos60º = 0,5 03. D 07. C 11. C 15. B 19. A
sen60º = cos30º ≈ 0,9 04. A 08. C 12. B 16. B 20. D

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
03. (FUVEST) Nina e José estão sentados em cadeiras, 01. a) ∆t = 90 s c) vM = 225 m/s c) NN = 553 N; NJ = 756 N
diametralmente opostas, de uma roda gigante que gira com b) N = 7500 N d) α = 0º 04. a) v = 3.600 km/h
velocidade angular constante. Num certo momento, Nina se 02. a) vM = 450 m/s 03. a) v = 4 m/s b) Fres = 1,88 × 1020 N
encontra no ponto mais alto do percurso e José, no mais baixo; b) aM = 0,034 m/s² b) aR = 0,8 m/s² 05. r = 200 m.

196 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS FÍSICA I

REVISÃO

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME PERIODICIDADE DO MOVIMENTO


Para ocorrer um movimento circular é necessário que a direção
Em um movimento circular uniforme, as velocidades
da velocidade mude com o tempo. A aceleração centrípeta é a
linear e a angular são constantes, com isso podemos
responsável por essa mudança de direção, sem ela o movimento
calcular seus valores de uma única volta e obtermos os
seria retilíneo. Pela segunda lei de Newton, sabemos que uma força
resultados de todo o movimento.
gera uma aceleração, portanto a aceleração centrípeta será gerada ∆s = 2pR 
por uma força resultante que aponta para o centro da trajetória 2pR
∆θ= 2prad 
v= v = 2pfR
circular, a força centrípeta. T

∆t =T 
 2p
 Repouso 1  ω= ω = 2pf
  f= T
FR = 0  T 
 Movimento Retilíneo Uniforme

  
FR = Fcp  Movimento Circular Uniforme PROEXPLICA

Muitas máquinas funcionam com o auxílio de cintas,
∆s  correias e/ou correntes que giram, transmitindo o movimento
v=
∆t  v = ωR ∆s = ∆θ ⋅ R
de uma polia para outra. Este é o princípio básico de
 funcionamento de alguns motores. A  questão abaixo
∆θ
ω=  aborda o sentido de rotação para que a máquina funcione
∆t  perfeitamente.

nº de voltas ∆t
f= T=
∆t nº de voltas
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1 1
f= ou T=
T f
01. (ENEM) Na preparação da madeira em uma indústria de
móveis, utiliza-se uma lixadeira constituída de quatro grupos
  de polias, como ilustra o esquema ao lado. Em  cada grupo,
Fcp= m ⋅ acp
duas polias de tamanhos diferentes são interligadas por uma
correia provida de lixa. Uma prancha de madeira é empurrada
v2 mv2 pelas polias, no sentido A → B (como indicado no esquema),
acp = Fcp = ao mesmo tempo em que um sistema é acionado para frear
R R
seu movimento, de modo que a velocidade da prancha seja
inferior à da lixa.
Mas v = ω⋅ R , então:

acp = ω2R Fcp= m ω2R

∆S – deslocamento linear ou tangencial (m).


∆θ – deslocamento angular (rad) [360° = 2π rad].
∆t – intervalo de tempo (s).
v – velocidade linear ou tangencial (m/s).
ω – velocidade angular (rad/s).
O equipamento anteriormente descrito funciona com os
R – raio da trajetória (m). grupos de polias girando da seguinte forma:
T – período (s). a) 1 e 2 no sentido horário; 3 e 4 no sentido anti-horário.

f – frequência (Hz). b) 1 e 3 no sentido horário; 2 e 4 no sentido anti-horário.


c) 1 e 2 no sentido anti-horário; 3 e 4 no sentido horário.
m – massa (kg).
d) 1 e 4 no sentido horário; 2 e 3 no sentido anti-horário.
acp – aceleração centrípeta (m/s2). e) 1, 2, 3 e 4 no sentido anti-horário
Fcp – força centrípeta (N).

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 197


FÍSICA I 16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS REVISÃO

Resposta: C EXERCÍCIOS

A figura mostra as forças exercidas pelas polias sobre a


PROTREINO
prancha para que o movimento seja de A para B.
01. Uma esfera de massa 4 kg, presa por um fio inextensível de
0,5 metros de comprimento, de massa desprezível, descreve um
movimento circular com velocidade de módulo constante e tração
de 32 N sobre uma mesa horizontal lisa. Calcule a velocidade de
escape ao romper a corda.

02. Para realizar um loop dentro do globo da morte o piloto precisa


alcançar uma velocidade mínima para que sua moto não caia
ao passar pelo ponto mais alto do globo, no ponto A da imagem
abaixo.

Portanto, 1 e 2 devem girar no sentido anti-horário e 3 e 4


no sentido horário.

02. (UEMG 2017)

Nestas condições, calcule a velocidade mínima que a moto precisa


ter para que não caia ao passar pelo ponto A em um globo da morte
de raio 4,9 metros.
Adote g = 10 m/s²
A figura representa o instante em que um carro de
massa M passa por uma lombada existente em uma estrada. 03. Deseja-se verificar a inclinação da pista sobrelevada numa
Considerando o raio da lombada igual a R, o módulo da curva de raio igual 10 3 metros sem considerar o atrito, onde o
velocidade do carro igual a V, e a aceleração da gravidade carro possa desenvolver uma velocidade de 10 m/s
local g, a força exercida pela pista sobre o carro, nesse ponto, Na figura a seguir, estão representados o carro de corrida e a
pode ser calculada por pista numa perspectiva frontal, em que θ é a inclinação da pista.
Considere g = 10 m/s².
MV2 MR2
a) + Mg d) + mg
R V
MV2 e)
Mg2
b) Mg − + gR
R V
MR2
c) Mg −
V Calcule a inclinação da pista de corrida para que a segurança do
Resposta: B piloto não dependa do atrito entre a pista e os pneus do carro.
Questão envolvendo a dinâmica no movimento circular
uniforme, em que a força resultante no ponto mais alto da 04. A imagem abaixo, mostra um disco de vinil com velocidade
lombada é representado na figura abaixo: angular constante de 1,5 rad/s. Considere um ponto A distante 1
cm do centro e o um ponto B distante 3 cm do centro.

A resultante das forças é a força centrípeta:

M v2 M v2 Fonte:https://istoe.com.br/187982_
Fr = Fc ⇒ P − N = ⇒ Mg − N = OS+DISCOS+DE+VINIL+RETORNAM+COM+FORCA+EM+NOVA+YORK/ Acesso em:
R R 06/03/2020
M v2
∴N= Mg − Calcule a razão entre as velocidades lineares e entre as velocidades
R
angulares entre os pontos A e B.

198 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS REVISÃO FÍSICA I

05. A figura abaixo representa um pêndulo cônico constituído por


um fio inextensível de comprimento L, e um corpo do massa 8
kg que descreve uma trajetória circular de raio R, com módulo da
velocidade constante, no plano horizontal. O fio forma um ângulo θ
em relação a vertical.

A partir desse corte, percebe-se que o atleta viaja por segmentos de


pista retos e por semicírculos onde RD < RB < RE. Se o atleta pedala
e utiliza os freios de forma a ter velocidade constante no trecho
mostrado, o ponto de maior intensidade da reação normal da pista
sobre a bicicleta é
Considere g = 10,0 m/s²; senθ = 0,600; cosθ = 0,800 e calcule a força a) A b) B c) C d) D e) E
resultante que atua sobre o corpo.
04. (UFF) Medidas para facilitar o uso de bicicletas como meio de
transporte individual estão entre aquelas frequentemente tomadas
para diminuir a produção de poluentes pelo trânsito urbano. Numa
bicicleta, o freio é constituído por sapatas de borracha que, quando
EXERCÍCIOS acionadas, comprimem as rodas. Analise as três possibilidades de

PROPOSTOS posicionamento das sapatas indicadas em vermelho nas figuras a


seguir. Chame de T1, T2 e T3 o tempo necessário para a parada total
das rodas da bicicleta com cada um desses arranjos.
01. (UFPR) Convidado para substituir Felipe Massa, acidentado nos
treinos para o grande prêmio da Hungria, o piloto alemão Michael
Schumacher desistiu após a realização de alguns treinos, alegando
que seu pescoço doía, como consequência de um acidente sofrido
alguns meses antes, e que a dor estava sendo intensificada pelos
treinos. A razão disso é que, ao realizar uma curva, o piloto deve
exercer uma força sobre a sua cabeça, procurando mantê-la
alinhada com a vertical.
Considerando que a massa da cabeça de um piloto mais o capacete Supondo que a velocidade inicial das bicicletas é a mesma e que
seja de 6,0 kg e que o carro esteja fazendo uma curva de raio igual a a força feita pelas sapatas é igual nos três casos, é correto, então,
72 m a uma velocidade de 216 km/h, assinale a alternativa correta afirmar que
para a massa que, sujeita à aceleração da gravidade, dá uma força a) T1 = T2 = T3 c) T1 > T2 = T3 e) T1 < T2 < T3
de mesmo módulo.
b) T1 > T2 > T3 d) T1 < T2 = T3
a) 20 kg. c) 40 kg. e) 60 kg.
b) 30 kg. d) 50 kg. 05. (UNESP) Uma pequena esfera de massa m, eletrizada com
uma carga elétrica q > 0, está presa a um ponto fixo P por um fio
02. (UFLA) Uma esfera de massa 500 gramas desliza em uma isolante, numa região do espaço em que existe um campo elétrico
canaleta circular de raio 80 cm, conforme a figura a seguir, uniforme e vertical de módulo E, paralelo à aceleração gravitacional
completamente livre de atrito, sendo abandonada na posição P1. g, conforme mostra a figura. Dessa forma, inclinando o fio de um
Considerando g = 10 m/s2, é correto afirmar que essa esfera, ao ângulo q em relação à vertical, mantendo-o esticado e dando um
passar pelo ponto P2 mais baixo da canaleta, sofre uma força impulso inicial (de intensidade adequada) na esfera com direção
normal de intensidade: perpendicular ao plano vertical que contém a esfera e o ponto P,
a pequena esfera passa a descrever um movimento circular e
uniforme ao redor do ponto C.

a) 5N b) 20N c) 15N d) pN e) 30pN

03. (Upe-ssa) Suponha que, em uma prova olímpica de ciclismo


BMX, presente nos Jogos Olímpicos desde a Olimpíada de Pequim
2008, um atleta percorre um trecho de pista de corrida cujo corte Na situação descrita, a resultante das forças que atuam sobre a
lateral é mostrado na figura a seguir. esfera tem intensidade dada por

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 199


FÍSICA I 16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS REVISÃO

a) (m ⋅ g + q ⋅ E) ⋅ cos θ 08. (UEL) Um carro consegue fazer uma curva plana e horizontal,
de raio 100 m, com velocidade constante de 20 m/s. Sendo
b) (m ⋅ g − q ⋅ E ⋅ 2 ) ⋅ senθ g = 10 m/s2, o mínimo coeficiente de atrito estático entre os pneus
e a pista deve ser:
c) (m ⋅ g + q ⋅ E) ⋅ senθ ⋅ cos θ
a) 0,20 b) 0,25 c) 0,30 d) 0,35 e) 0,40
d) (m ⋅ g + q ⋅ E) ⋅ tgθ
e) m ⋅ g + q ⋅ E ⋅ tgθ 09. (PUC-PR) Uma partícula P de massa M descreve em
um plano horizontal uma trajetória circular em movimento
06. (UNESP) A figura representa, de forma simplificada, o uniforme. Afigura que representa corretamente os vetores
autódromo de Tarumã, localizado na cidade de Viamão, na Grande  
velocidade V , aceleração a e força F é:
Porto Alegre. Em um evento comemorativo, três veículos de
diferentes categorias do automobilismo, um kart (K), um fórmula
1 (F) e um stock-car (S), passam por diferentes curvas do circuito, a)
com velocidades escalares iguais e constantes.

b)

c)

As tabelas 1 e 2 indicam, respectivamente e de forma comparativa, d)


as massas de cada veículo e os raios de curvatura das curvas
representadas na figura, nas posições onde se encontram os
veículos.

TABELA 1 TABELA 2
e)
Veículo Massa Curva Raio
kart M Tala Larga 2R

fórmula 1 3M do Laço R

stock-car 6M Um 3R 10. (UFES) A Figura 01 a seguir representa uma esfera de massa


m, em repouso, suspensa por um fio inextensível de massa
Sendo FK, FF e FS os módulos das forças resultantes centrípetas
desprezível. A Figura 02 representa o mesmo conjunto oscilando
que atuam em cada um dos veículos nas posições em que eles se
como um pêndulo, no instante em que a esfera passa pelo ponto
encontram na figura, é correto afirmar que
mais baixo de sua trajetória.
a) FS < FK < FF. c) FK < FF < FS. e) FS < FF < FK.
b) FK < FS < FF. d) FF < FS < FK.

07. (UEL) Em uma estrada, um automóvel de 800 kg com velocidade


constante de 72 km/h se aproxima de um fundo de vale, conforme
esquema a seguir. Dado: g = 10 m/s2.

A respeito da tensão no fio e do peso da esfera respectivamente,


no caso da Figura 01 (T1 e P1) e no caso da Figura 02 (T2 e P2),
podemos dizer que
a) T1 = T2 e P1 = P2 d) T1 < T2 e P1 > P2
b) T1 > T2 e P1 = P2 e) T1 < T2 e P1 = P2
c) T1 = T2 e P1 < P2
Sabendo que o raio de curvatura nesse fundo de vale é 20 m,
a força de reação da estrada sobre o carro é, em  newtons, 11. (UPE-SSA) Em um filme de ficção científica, uma nave espacial
aproximadamente, possui um sistema de cabines girantes que permite ao astronauta
dentro de uma cabine ter percepção de uma aceleração similar
a) 2,4.105 c) 1,6.104 e) 1,6.103
à gravidade terrestre. Uma representação esquemática desse
b) 2,4.10 4
d) 8,0.10 3
sistema de gravidade artificial é mostrada na figura a seguir. Se,

200 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS REVISÃO FÍSICA I

no espaço vazio, o sistema de cabines gira com uma velocidade


angular ω, e o astronauta dentro de uma delas tem massa m,
determine o valor da força normal exercida sobre o astronauta
quando a distância do eixo de rotação vale R. Considere que R é
muito maior que a altura do astronauta e que existe atrito entre o
solo e seus pés.

A força centrípeta que atua sobre o corpo é


a) 10,0 N b) 20,0 N c) 30,0 N d) 40,0 N e) 50,0 N

14. (EPCAR (AFA)) Em um local onde a aceleração da gravidade


vale g, uma partícula move-se sem atrito sobre uma pista circular
que, por sua vez, possui uma inclinação θ. Essa partícula está presa
a um poste central, por meio de um fio ideal de comprimento ,
que, através de uma articulação, pode girar livremente em torno
do poste. O fio é mantido paralelo à superfície da pista, conforme
a) mRω² c) mRω²/2 e) 8mRω²
figura abaixo.
b) 2mRω² d) mω²/R

12. (UNESP) Em um show de patinação no gelo, duas garotas de


massas iguais giram em movimento circular uniforme em torno
de uma haste vertical fixa, perpendicular ao plano horizontal. Duas
fitas, F1 e F2, inextensíveis, de massas desprezíveis e mantidas na
horizontal, ligam uma garota à outra, e uma delas à haste. Enquanto
as garotas patinam, as fitas, a haste e os centros de massa das
garotas mantêm-se num mesmo plano perpendicular ao piso plano
e horizontal
Ao girar com uma determinada velocidade constante, a partícula
fica “flutuando” sobre a superfície inclinada da pista, ou seja, a
partícula fica na iminência de perder o contato com a pista e, além
disso, descreve uma trajetória circular com centro em C, também
indicado na figura.
Nessas condições, a velocidade linear da partícula deve ser igual a

3 
a)  g  b) (g ) c) 3 g d)
4
2 (g )
2 

15. (IBMECRJ) Um avião de acrobacias descreve a seguinte


trajetória descrita na figura abaixo:

Considerando as informações indicadas na figura, que o módulo da


força de tração na fita F1 é igual a 120 N e desprezando o atrito e a
resistência do ar, é correto afirmar que o módulo da força de tração,
em newtons, na fita F2 é igual a
a) 120. b) 240. c) 60. d) 210. e) 180.

13. (MACKENZIE) O pêndulo cônico da figura abaixo é constituído


por um fio ideal de comprimento L e um corpo de massa m = 4,00 kg
preso em uma de suas extremidades e a outra é fixada no ponto P,
descrevendo uma trajetória circular de raio R no plano horizontal. O
fio forma um ângulo θ em relação a vertical.
Considere: g = 10,0 m/s²; senθ = 0,600; cosθ = 0,800. Ao passar pelo ponto mais baixo da trajetória a força exercida pelo
banco da aeronave sobre o piloto que a comanda é:
a) igual ao peso do piloto.
b) maior que o peso do piloto.
c) menor que o peso do piloto.
d) nula.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 201


FÍSICA I 16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS REVISÃO

e) duas vezes maior do que o peso do piloto. O fio permanece esticado durante todo o movimento, fazendo
um mesmo ângulo α com a vertical, cuja tangente é 8/15. A
16. (FGV) Em um dia muito chuvoso, um automóvel, de massa componente horizontal da tração no fio vale 16 N e é a força
m, trafega por um trecho horizontal e circular de raio R. Prevendo centrípeta responsável pelo giro da esfera. O volume do cone
situações como essa, em que o atrito dos pneus com a pista imaginário, em cm3, é
praticamente desaparece, a pista é construída com uma sobre- a) 280π b) 320π c) 600π d) 960π e) 1800π
elevação externa de um ângulo α, como mostra a figura. A
aceleração da gravidade no local é g. 19. (PUCCAMP) Num trecho retilíneo de uma pista de
automobilismo há uma lombada cujo raio de curvatura é de 50 m.
Um carro passa pelo ponto mais alto da elevação com velocidade v,
de forma que a interação entre o veículo e o solo (peso aparente) é
mg
neste ponto. Adote g = 10 m/s2.
5
Nestas condições, em m/s, o valor de v é
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50
A máxima velocidade que o automóvel, tido como ponto material,
poderá desenvolver nesse trecho, considerando ausência total de
20. (UNESP) Curvas com ligeiras inclinações em circuitos
atrito, sem derrapar, é dada por
automobilísticos são indicadas para aumentar a segurança
a) m ⋅ g ⋅ R ⋅ tgα . d) g ⋅ R ⋅ cos α . do carro a altas velocidades, como, por exemplo, no Talladega
Superspeedway, um circuito utilizado para corridas promovidas
b) m ⋅ g ⋅ R ⋅ cos α . e) g ⋅ R ⋅ senα . pela NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing).
c) g ⋅ R ⋅ tgα . Considere um carro como sendo um ponto material percorrendo
uma pista circular, de centro C, inclinada de um ângulo α e com
17. (UDESC) Considere o “looping” mostrado na Figura, constituído raio R, constantes, como mostra a figura, que apresenta a frente do
por um trilho inclinado seguido de um círculo. Quando uma carro em um dos trechos da pista.
pequena esfera é abandonada no trecho inclinado do trilho, a partir
de determinada altura, percorrerá toda a trajetória curva do trilho,
sempre em contato com ele.

Se a velocidade do carro tem módulo constante, é correto afirmar


Sendo v a velocidade instantânea e a a aceleração centrípeta da que o carro
esfera, o esquema que melhor representa estes dois vetores no a) não possui aceleração vetorial.
ponto mais alto da trajetória no interior do círculo é:
b) possui aceleração com módulo variável, direção radial e no
sentido para o ponto C.
c) possui aceleração com módulo variável e tangente à trajetória
a) c) circular.
d) possui aceleração com módulo constante, direção radial e no
sentido para o ponto C.
e) possui aceleração com módulo constante e tangente à
b) d) trajetória circular.

18. (CESGRANRIO) Uma esfera de massa igual a 3 kg está


amarrada a um fio inextensível e de massa desprezível. A esfera gira EXERCÍCIOS DE
com velocidade constante em módulo igual a
4 6
15
m/s, formando APROFUNDAMENTO
um cone circular imaginário, conforme a figura abaixo.
01. (FUVEST) Um acrobata, de massa MA = 60 kg, quer realizar
uma apresentação em que, segurando uma corda suspensa em
um ponto Q fixo, pretende descrever um círculo de raio R = 4,9 m, de
tal forma que a corda mantenha um ângulo de 45º com a vertical.
Visando garantir sua total segurança, há uma recomendação pela
qual essa corda deva ser capaz de suportar uma tensão de, no
mínimo, três vezes o valor da tensão a que é submetida durante a
apresentação. Para testar a corda, com ela parada e na vertical, é
pendurado em sua extremidade um bloco de massa M0, calculada
de tal forma que a tensão na corda atenda às condições mínimas
estabelecidas pela recomendação de segurança.

202 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS REVISÃO FÍSICA I

03. (PUCRJ) Um brinquedo de parque de diversões consiste (veja


a figura a seguir) de um eixo vertical girante, duas cabines e um
suporte para os cabos que ligam o eixo às cabines. O suporte é
uma forte barra horizontal de aço, de L = 8,0 m de comprimento,
colocada de modo simétrico para poder sustentar as cabines. Cada
cabo mede d = 10 m.

Nessa situação:
a) Represente no esquema a direção e o sentido das forças
que agem sobre o acrobata, durante sua apresentação,
identificando-as, por meio de um desenho em escala.

Quando as pessoas entram nas cabines, o eixo se põe a girar e


as cabines se inclinam formando um ângulo θ com a vertical.
O movimento das cabines é circular uniforme, ambos de raio R.
Considere a massa total da cabine e passageiro como M = 1.000 kg.

b) Estime o tempo tA, em segundos, que o acrobata leva para dar


uma volta completa em sua órbita circular.
c) Estime o valor da massa M0 em kg, que deve ser utilizada para
realizar o teste de segurança.
Note e Adote:
Força centrípeta FC = mv²/R Suponha que θ = 30º. Considere g = 10 m/s² para a aceleração
Adote π≅3 gravitacional e despreze todos os efeitos de resistência do ar.
a) Desenhe na figura anterior o raio R de rotação, para a trajetória
02. (UDESC) Um carro de massa m = 1000 kg com velocidade da cabine do lado direito, e calcule seu valor.
escalar constante de 72 km/h trafega por uma pista horizontal b) Desenhe na figura anterior as forças agindo sobre a cabine do
quando passa por uma grande ondulação, conforme figura a seguir lado esquerdo. Qual a direção e o sentido da força resultante Fr
e mantém a mesma velocidade escalar. Considerando que essa sobre esta cabine?
ondulação tenha o formato de uma circunferência de raio R = 50 m. c) Sabendo que as forças verticais sobre a cabine se cancelam,
Calcule, no ponto mais alto da pista: calcule a tensão no cabo que sustenta a cabine.
a) A força centrípeta no carro. d) Qual o valor da força centrípeta agindo sobre a cabine?
b) A força normal.
(Dado: g = 10 m/s2) 04. (CFTCE)

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 203


FÍSICA I 16 MOVIMENTOS CURVILÍNEOS REVISÃO

Como mostra a figura, um bloco de massa m = 3,0 kg, preso por um b) 4,2 s 02. a) 8000 N
fio a um prego C, desliza em movimento circular de raio constante c) 253,5 kg b) 2000 N
R = 6,0 m, sobre uma superfície rugosa horizontal. O coeficiente 03. a) 9 m
de atrito cinético μc = 0,7 e o módulo da aceleração da gravidade
g = 10,0 m/s2. Sabendo-se que a força de atrito é oposta ao b) ,
movimento, calcule, no momento em que a velocidade do corpo
vale 4,0 m/s:
a) a tensão no fio
b) a aceleração tangencial

05. (UFG) O chapéu mexicano, representado na figura, gira com


velocidade angular constante. Cada assento é preso por quatro
correntes, que formam com a vertical um ângulo de 30°. As
correntes estão presas à borda do círculo superior, cujo diâmetro
é de 6,24 m, enquanto o comprimento das correntes é de 6 m. A
massa de cada criança é de 34 kg, sendo desprezíveis as massas
dos assentos e das correntes. Dados: g = 10 m/s2, 3 = 1,7

c) 11.494 N 05. a) 6 m/s


d) 5.747 N b) 100 N
04. a) 8 N
b) 7 m/s²

ANOTAÇÕES

Calcule:
a) a velocidade delas ao longo da trajetória circular;
b) a tensão em cada corrente.

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. B 05. D 09. D 13. C 17. A
02. C 06. B 10. E 14. A 18. B
03. B 07. B 11. A 15. B 19. B
04. E 08. E 12. E 16. C 20. D

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

01. a)

204 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


17
FÍSICA I
GRAVITAÇÃO

É o estudo das forças de atração entre massas (forças de


campo gravitacional) e dos movimentos de corpos submetidos a
essas forças.
Cada civilização conhecida teve uma história de como o mundo
se originou e evoluiu, de como os homens surgiram e dominaram a
Terra e de como deuses e figuras mitológicas controlavam as forças
da natureza e favoreciam ou puniam os homens. O entendimento
do universo foi para cada civilização antiga algo muito distinto do
que conseguimos observar hoje com o avanço científico.

MODELOS ASTRONÔMICOS
Modelos Geocêntricos → A Astronomia nasceu da observação
dos movimentos diários do Sol, da Lua e dos demais corpos
celestes visíveis a olho nu. Uma hipótese, que perdurou por séculos,
foi a de que os astros giravam em torno da Terra, fazendo surgir o
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Epiciclo_de_um_planeta.png
que é conhecido como geocentrismo.
Os pitagóricos elaboram o primeiro modelo geocêntrico do O último astrônomo conceituado a defender o geocentrismo
Universo que se tem registro, constituído por 10 esferas, no Século foi Tycho Brahe (1546-1601), no modelo proposto por Tycho Brahe
VI a.C. os planetas orbitavam em torno do Sol e estes em torno da Terra.
Dois séculos depois no século IV a.C, o filósofo Aristóteles Modelos Heliocêntricos → Na mesma época de Aristóteles
reelaborou o modelo geocêntrico e dividiu o Universo em duas outro filósofo grego, chamado Aristarco de Samos, achava que o
regiões. Sol estaria no centro do Universo e que a Terra girava ao seu redor
1. Sublunar, no interior da esfera, abaixo da Lua, onde tudo era em órbitas circulares. Contudo, essas ideias foram esquecidas
constituído a partir de 4 elementos: fogo, ar, água e a terra. durante séculos até a época do Renascimento, Nicolau Copérnico
(1473-1543) retomou a ideia. Seu modelo apresentava as seguintes
2. Divina ou Supralunar, externa à esfera da Lua, onde
características:
estavam as estrelas, constituídas pelo quinto elemento: a
quinta-essência. 1. o Sol no centro do Universo;
Para esclarecer o movimento circular das órbitas dos 2. o Universo finito, cujo limite era a esfera das estrelas;
Astros, Aristóteles esquematizou um modelo conhecido como 3. os planetas em órbitas circulares em torno do Sol.
esferas homocêntricas. As esferas seriam formadas por éter, ou Galileu Galilei (1564-1642) foi o primeiro cientista a observar
“quintessência”, e girariam com velocidade angular constante. o céu através de um telescópio (luneta). Foi defensor do sistema
Supralunar heliocêntrico, inicialmente da forma concebida por Copérnico.
Um importante progresso na Astronomia ocorreu com o
Sublunar
trabalho e interpretações matemáticas do Alemão Johannes
Kepler (1571-1630) que conseguiu descrever de modo preciso
os movimentos planetários. Kepler verificou que existem notórias
regularidades nesses movimentos e, a partir disso, apresentou três
generalizações, conhecidas hoje como Leis de Kepler.

Terra Júpiter
LEIS DE KEPLER
1ª Lei (Lei das Órbitas) → Em relação a um referencial no
Lua Sol, os planetas se movimentam descrevendo órbitas elípticas,
Vênus Marte ocupando o Sol um dos focos da elipse.

Mercúrio
Saturno
Sol periélio dmin dmax
afélio

Sol
esquema fora de escala

Já na era cristã, século II d.C, o egípcio Cláudio Ptolomeu


introduziu os epiciclos, que seriam movimentos circulares dos O ponto mais próximo do Sol é denominado periélio, e o mais
planetas em torno de pontos imaginários que giravam ao redor da afastado, afélio. Sendo dmin e dmax as distâncias do periélio e do
Terra numa órbita chamada de Deferente, este modelo foi aceito afélio ao centro do Sol, respectivamente, definimos raio médio da
por mais de quinze séculos, sobretudo por ser coerente com a d + dmáx
filosofia e os valores da época. órbita (R) por R = mín
2

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 17 GRAVITAÇÃO

Alguns planetas como Vênus, Netuno e a própria Terra,


descrevem órbitas praticamente circulares, de pequena
excentricidade (dmin  dmax). Isso, entretanto, não ilegitima a Lei das
Órbitas, já que uma circunferência é um caso particular de elipse
em que os focos são coincidentes.
2ª Lei (Lei das Áreas) → As áreas varridas pelo vetor-posição
de um planeta em relação ao centro do Sol varrem áreas iguais em
intervalos de tempo iguais.

G ⋅M⋅ m
F=
a d2
d
Detalhes: F21 e F12 são forças que constituem um par ação e
reação.
Sol c G é a constante de gravitação universal.
b G ≅ 6,67 ⋅ 10−11N ⋅ m2 /Kg2

A força de atração gravitacional entre dois corpos de massas


de objetos cotidianos, como entre um lápis e um caderno é
A1 = A2 desprezível, mas quando envolvem massas de grandes ordens de
grandeza ela se torna relevante, como, por exemplo, no caso dos
t1 = t2 planetas, estrelas e dos buracos-negros.

Sendo A a área e ∆t o correspondente intervalo de tempo,


podemos escrever Va =
A
, a constante de proporcionalidade Va é CORPOS EM ÓRBITA
∆t Num satélite, de massa m, em órbita circular de raio r, em torno
chamada de velocidade areolar, ela está relacionada com a rapidez
de um planeta, de massa M, a força gravitacional que atua sobre ele
que varre o vetor posição.
assume o papel da força centrípeta:
Atenção, isso não significa que o movimento do planeta seja
uniforme ao longo da órbita. Fcp = F

Movimento Acelerado V2 G ⋅ M ⋅ m
m⋅ =2
r r
planeta
Então, a velocidade escalar de um satélite em órbita circular e
uniforme é dada por v
periélio afélio
G ⋅M
sol V=
r

2πr
Lembrando que V = ω⋅ r = temos que
T
Movimento Retardado
2π ⋅ r G ⋅M
=
T r
3ª Lei (Lei dos períodos) → Para qualquer planeta do Sistema
Solar, é constante o quociente do cubo do raio médio da órbita, pelo r
T= 2 ⋅ π ⋅r
quadrado do período de revolução (ou translação), em torno do Sol. G ⋅M

R3 r3
Kp = T= 2 ⋅ π
T2 G ⋅M

Posteriormente descobrimos que essa relação é válida para onde T é o período.


qualquer sistema planetário, para corpos que orbitam um mesmo Detalhes:
corpo.
I. Perceba que V e T independem da massa do satélite m,
KP é conhecida como constante de Kepler e seu valor depende dependem apenas do raio r da trajetória e da massa do
apenas da massa do corpo que é orbitado, para o nosso sistema corpo orbitado M. Isso significa que se dois satélites com
planetário KP depende da massa do Sol, e das unidades de medida. massas diferentes orbitassem um mesmo corpo celeste
a uma mesma distância (com mesmo raio da órbita) eles
LEI DE GRAVITAÇÃO UNIVERSAL DE teriam mesma velocidade e mesmo período de translação.
II. Satélite Geoestacionário → São aqueles que se encontram
NEWTON parados relativamente a um ponto fixo sobre a Terra,
“Dois corpos atraem-se gravitacionalmente com forças de precisam estar sobre a linha do equador. São utilizados
intensidade diretamente proporcional ao produto de suas massas como satélite de comunicações e de observação de
e inversamente proporcional ao quadrado da distância que separa regiões específicas da Terra. Isto significa que um satélite
seus centros de gravidade”. geoestacionário tem frequência de uma volta por dia.

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
17 GRAVITAÇÃO FÍSICA I

CAMPO GRAVITACIONAL 4
⋅ µ ⋅ π ⋅ r3
Todo corpo possui massa, essa grandeza tem a capacidade de g=G3 2
criar em torno de si um campo gravitacional. A intensidade desse r
campo depende da massa e da distância da massa geradora do
4
campo. g= G ⋅ ⋅ µ ⋅ π ⋅ r
3
A Terra (de massa M e raio R) exerce uma força de atração
gravitacional sobre um corpo (de massa m) localizado em sua O produto de constantes é uma constante (K)
superfície. A distância entre o centro de gravidade da Terra e o
corpo é d = R. Desprezando-se os efeitos de rotação da Terra, a g= K ⋅ r
força gravitacional é o peso do corpo:
Terra
M⋅m
m⋅g = G⋅
R2 C
Então, a intensidade do campo gravitacional ou aceleração da r
R
gravidade na superfície da Terra é dada por:
M
g= G ⋅
R2

Onde M é a massa do planeta e R, o seu raio. Caso o corpo


esteja a uma altura h em relação à superfície, a distância d passa a
ser R + h e a aceleração gravitacional é modificada para:
g (m/s2)
M
g= G ⋅
(R + h)2
M
Nota-se que para alturas pequenas em relação ao raio da Terra, 9,8 g = G.
(R + h)2
a gravidade permanece praticamente constante. A atmosfera
terrestre tem espessura em torno de 10 km. Como 10 km é
desprezível, comparado ao raio da Terra (6400 km), a gravidade é hipérbole
praticamente inalterada, desde a sua superfície até a saída da sua g = Kr
atmosfera.
0 R = 6,4 . 106m

CÁLCULO DA INTENSIDADE DA
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE NUM PONTO PROEXPLICA
INTERNO AO ASTRO
Vamos considerar uma superfície esférica interna, distante em Como Heliocentrismo pode cair no Enem?
todos os pontos por r do centro. O heliocentrismo e o geocentrimos são duas correntes
Essa superfície envolve uma massa m menor que a massa de pensamento controversas. Ambas buscam explicar o
total (M) do astro. funcionamento do Sistema Solar, cada uma dentro de uma
perspectiva própria. A questão associa o tema de maneira
Sobre a superfície de raio r, temos: interdisciplinar com um enfoque histórico para a situação
apresentada.
m
g=G (ENEM) Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo
r2
grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do geocentrismo,
Suponha que o astro tenha massa específica uniforme e segundo a qual a Terra seria o centro do Universo, sendo que
igual µ. Sendo V o volume da esfera de raio r, podemos escrever: o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas
circulares. A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável
m os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos
µ= mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico
V (1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu,
formulou a Teoria do Heliocentrismo, segundo a qual o Sol
Lembrando que o volume da esfera é dado por: deveria ser considerado o centro do Universo, com a Terra, a
4 Lua e os planetas girando circularmente em torno dele. Por
V= ⋅ πr 3 fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler
3
(1571-1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de
Logo: trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse resultado
m generalizou-se para os demais planetas. A respeito dos
µ= estudiosos citados no texto, é correto afirmar que:
4
⋅ πr 3 a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem
3
4 mais antigas e tradicionais.
m= ⋅ µ ⋅ π ⋅ r3 b) Copérnico desenvolveu a Teoria do Heliocentrismo
3
inspirado no contexto político do Rei Sol.
Substituindo a massa na relação matemática da gravidade
temos

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 3
FÍSICA I 17 GRAVITAÇÃO

04. Dois pequenos satélites descrevem órbitas circulares em torno


c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa de um planeta, tal que o raio da órbita de um é quatro vezes menor
científica era livre e amplamente incentivada pelas que o do outro. O satélite mais distante tem um período de 28 dias.
autoridades. Determine o período, em dias, do satélite mais próximo?
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às
necessidades de expansão econômica e científica da 05. Dois corpos de massas m1 e m2 estão separados por uma
Alemanha. distância d e interagem entre si com uma força gravitacional F.
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos Determine a nova força de interação gravitacional F’, em função de
métodos aplicados, pôde ser testada e generalizada. F, se triplicarmos o valor de m1 e m2 e aumentar a distância até que
seja dobrado, em relação ao seu valor inicial.
Gabarito: E

EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
PROTREINO PROPOSTOS
01. (UEFS) A figura representa a trajetória elíptica de um planeta
01. Aristóteles e Ptolomeu propuseram modelos astronômicos,
em movimento de translação ao redor do Sol e quatro pontos sobre
exponha semelhanças e diferenças entre os modelos defendidos
essa trajetória: M, P (periélio da órbita), N e A (afélio da órbita).
por esses estudiosos.

02. O esquema, fora de escala, representa a órbita de um planeta


ao redor do Sol. O tempo que o planeta leva entre do ponto A ao
ponto B é de 2 meses e a razão da área A1 pela A2 é 2. Determine o
tempo, em meses, que o planeta leva do ponto C ao D.

O módulo da velocidade escalar desse planeta


a) sempre aumenta no trecho MPN.
b) sempre diminui no trecho NAM.
c) tem o mesmo valor no ponto A e no ponto P.
03. O esquema abaixo representa a órbita de dois planetas, pintados d) está aumentando no ponto M e diminuindo no ponto N.
de vermelho e verde, ao redor de uma estrela, a linha tracejada e) é mínimo no ponto P e máximo no ponto A.
estreita indica o maior eixo da elipse em cada órbita. Identifique,
na órbita de menor raio médio, o ponto por onde o planeta, pintado
02. (ENEM (LIBRAS)) Conhecer o movimento das marés é de suma
de vermelho, passa com maior velocidade. Identifique, na órbita
importância para a navegação, pois permite definir com segurança
de maior raio médio, o ponto por onde o planeta, pintado de verde,
quando e onde um navio pode navegar em áreas, portos ou canais.
passa com menor velocidade.
Em média, as marés oscilam entre alta e baixa num período de 12
horas e 24 minutos. No conjunto de marés altas, existem algumas
que são maiores do que as demais
A ocorrência dessas maiores marés tem como causa
a) a rotação da Terra, que muda entre dia e noite a cada 12 horas.
b) os ventos marítimos, pois todos os corpos celestes se
movimentam juntamente.
c) o alinhamento entre a Terra, a Lua e o Sol, pois as forças
gravitacionais agem na mesma direção.
d) o deslocamento da Terra pelo espaço, pois a atração
gravitacional da Lua e do Sol são semelhantes.
e) a maior influência da atração gravitacional do Sol sobre a Terra,
pois este tem a massa muito maior que a da Lua.

4 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
17 GRAVITAÇÃO FÍSICA I

03. (ENEM PPL) Sabe-se que a posição em que o Sol nasce ou se e) no fim da era medieval e início da Idade Moderna, período de
põe no horizonte muda de acordo com a estação do ano. Olhando- triunfo da fé sobre a razão, o que facilitou seus trabalhos na
se em direção ao poente, por exemplo, para um observador no tentativa de compreender a natureza.
Hemisfério Sul, o Sol se põe mais à direita no inverno do que no
verão. 06. (PUCCAMP) Para que um satélite seja utilizado para
O fenômeno descrito deve-se à combinação de dois fatores: a transmissões de televisão, quando em órbita, deve ter a mesma
inclinação do eixo de rotação terrestre e a velocidade angular de rotação da Terra, de modo que se mantenha
a) precessão do periélio terrestre. sempre sobre um mesmo ponto da superfície terrestre.

b) translação da Terra em torno do Sol. Considerando R o raio da órbita do satélite, dado em km, o módulo
da velocidade escalar do satélite, em km/h, em torno do centro de
c) nutação do eixo de rotação da Terra. sua órbita, considerada circular, é
d) precessão do eixo de rotação da Terra. π
a) ⋅R. c) π ⋅R.
e) rotação da Terra em torno de seu próprio eixo. 24
d) 2π ⋅ R.
π
04. (CFTMG) Um satélite artificial está descrevendo uma órbita b) ⋅R.
elíptica estável ao redor da Terra, como é mostrado na figura abaixo: 12 e) 12π ⋅ R.

07. (UNICAMP) Recentemente, a agência espacial americana


anunciou a descoberta de um planeta a trinta e nove anos-luz
da Terra, orbitando uma estrela anã vermelha que faz parte da
constelação de Cetus. O novo planeta possui dimensões e massa
pouco maiores do que as da Terra e se tornou um dos principais
candidatos a abrigar vida fora do sistema solar.
Considere este novo planeta esférico com um raio igual a RP = 2RT
e massa MP = 8MT , em que RT e MT são o raio e a massa da
Terra, respectivamente. Para planetas esféricos de massa M
e raio R, a aceleração da gravidade na superfície do planeta é
GM
dada por g = 2 , em que G é uma constante universal. Assim,
R
considerando a Terra esférica e usando a aceleração da gravidade
na sua superfície, o valor da aceleração da gravidade na superfície
Os pontos A e B pertencem à trajetória do satélite, sendo que a do novo planeta será de
distância da Terra ao ponto A é menor do que a distância do planeta a) 5 m/s² b) 20 m/s² c) 40 m/s² d) 80 m/s²
ao ponto B.
Analisando a trajetória do satélite, é correto afirmar que sua 08. (ENEM PPL) Observações astronômicas indicam que no centro
a) aceleração diminui de B para A. de nossa galáxia, a Via Láctea, provavelmente exista um buraco
b) velocidade aumenta de A para B. negro cuja massa é igual a milhares de vezes a massa do Sol. Uma
técnica simples para estimar a massa desse buraco negro consiste
c) velocidade é maior quando está em A. em observar algum objeto que orbite ao seu redor e medir o período
d) aceleração é maior quando está em B. de uma rotação completa, T, bem como o raio médio, R, da órbita
do objeto, que supostamente se desloca, com boa aproximação,
05. (UNESP) Para completar minha obra, restava uma última em movimento circular uniforme. Nessa situação, considere
tarefa: encontrar a lei que relaciona a distância do planeta ao Sol que a força resultante, devido ao movimento circular, é igual, em
ao tempo que ele leva para completar sua órbita. Por fim, já quase magnitude, à força gravitacional que o buraco negro exerce sobre
sem esperanças, tentei T²/D³. E funcionou! Essa razão é igual para o objeto.
todos os planetas! No início, pensei que se tratava de um sonho. A partir do conhecimento do período de rotação, da distância média
Essa é a lei que tanto procurei, a lei que liga cosmo e mente, que e da constante gravitacional, G, a massa do buraco negro é
demonstra que toda a Criação provém de Deus. Minha busca está
encerrada. 4 π2R2 π2R3 2π2R3 4 π2R3
a) . b) . c) . d) .
(Apud Marcelo Gleiser. A harmonia do mundo, 2006. Adaptado.) GT2 2GT2 GT2 GT2

A lei mencionada no texto refere-se ao trabalho de um importante 09. (UECE) Considere duas massas puntiformes de mesmo valor
pensador, que viveu m, com cargas elétricas de mesmo valor Q e sinais opostos, e
a) na Idade Média, período influenciado pelo pensamento da Igreja mantidas separadas de uma certa distância. Seja G a constante de
católica, e que buscava explicar os fenômenos da natureza por gravitação universal e k a constante eletrostática. A razão entre as
meio da intervenção divina. forças de atração eletrostática e gravitacional é
b) na Europa posteriormente a Isaac Newton e que, sob forte Gm2 Q2k Q2G QG
a) . b) . c) . d) .
influência deste filósofo e cientista, estabeleceu as bases da Q2k Gm2 km2 km
mecânica celeste.
c) em uma época de exacerbados conflitos religiosos, que 10. (ENEM) A característica que permite identificar um planeta no
culminariam na Contrarreforma católica, opondo-se ao modelo céu é o seu movimento relativo às estrelas fixas. Se observarmos
heliocêntrico de Nicolau Copérnico. a posição de um planeta por vários dias, verificaremos que sua
d) no período do Renascimento científico e que formulou três posição em relação às estrelas fixas se modifica regularmente. A
leis fundamentais do movimento planetário, baseando-se em figura destaca o movimento de Marte observado em intervalos de
observações do planeta Marte. 10 dias, registrado da Terra.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 5
FÍSICA I 17 GRAVITAÇÃO

c)

a)

Qual a causa da forma da trajetória do planeta Marte registrada


d)
na figura?
a) A maior velocidade orbital da Terra faz com que, em certas
épocas, ela ultrapasse Marte.
b) A presença de outras estrelas faz com que sua trajetória seja
desviada por meio da atração gravitacional.
c) A órbita de Marte, em torno do Sol, possui uma forma elíptica
mais acentuada que a dos demais planetas.
d) A atração gravitacional entre a Terra e Marte faz com que este
planeta apresente uma órbita irregular em torno do Sol.
e) A proximidade de Marte com Júpiter, em algumas épocas do
ano, faz com que a atração gravitacional de Júpiter interfira em b)
seu movimento. e)

11. (ENEM) A Lei da Gravitação Universal, de Isaac Newton,


estabelece a intensidade da força de atração entre duas massas.
Ela é representada pela expressão:
m1m2
F =G
d2
onde m1 e m2 correspondem às massas dos corpos, d à distância
entre eles, G à constante universal da gravitação e F à força que um
corpo exerce sobre o outro.
O esquema representa as trajetórias circulares de cinco satélites, 12. (PUCCAMP) É a força gravitacional que governa as estruturas
de mesma massa, orbitando a Terra. do universo, desde o peso dos corpos próximos à superfície da
Terra até a interação entre as galáxias, assim como a circulação da
Estação Espacial Internacional em órbita ao redor da Terra.
Suponha que um objeto de massa MT e peso PT quando próximo
à superfície da Terra seja levado para a Estação Espacial
Internacional. Lá, o objeto terá
a) massa igual a MT e peso menor que PT, mas não nulo.
b) massa igual a MT e peso maior que PT.
c) massa menor que MT e peso maior que PT.
d) massa igual a MT e peso nulo.
e) massa maior que MT e peso menor que PT.

13. (EEAR) Dois corpos de massas m1 e m2 estão separados por


uma distância d e interagem entre si com uma força gravitacional
F. Se duplicarmos o valor de m1 e reduzirmos a distância entre os
corpos pela metade, a nova força de interação gravitacional entre
eles, em função de F, será
a) F/8
b) F/4
c) 4F
Qual gráfico expressa as intensidades das forças que a Terra d) 8F
exerce sobre cada satélite em função do tempo?

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
17 GRAVITAÇÃO FÍSICA I

14. (UEL) Leia a tirinha a seguir e responda à questão. Nesse sentido, assinale a correta.
a) As leis de Kepler não se aplicam ao HD 20782 porque sua órbita
não é circular como a da Terra.
b) As leis de Newton para a gravitação não se aplicam ao HD
20782 porque sua órbita é muito excêntrica.
c) A força gravitacional entre o planeta HD 20782 e sua estrela é
máxima quando ele está passando no afélio.
d) O planeta HD 20782 possui um movimento acelerado quando
se movimenta do afélio para o periélio.

16. (UECE 2016) A força da gravidade sobre uma massa m acima


da superfície e a uma distância d do centro da Terra é dada por
mGM/d², onde M é a massa da Terra e G é a constante de
gravitação universal. Assim, a aceleração da gravidade sobre o
corpo de massa m pode ser corretamente escrita como
a) mG/d² c) mGM/d²
b) GM/d² d) mM/d²

17. (UFRGS) A elipse, na figura abaixo, representa a órbita de um


planeta em torno de uma estrela S. Os pontos ao longo da elipse
Disponível em: <https://dicasdeciencias.com/2011/03/28/garfield-saca-
representam posições sucessivas do planeta, separadas por
tudo-de-fisica/>. Acesso em: 27 de abr. 2016 intervalos de tempo iguais. As regiões alternadamente coloridas
representam as áreas varridas pelo ralo da trajetória nesses
Com base no diálogo entre Jon e Garfield, expresso na tirinha, e nas intervalos de tempo. Na figura, em que as dimensões dos astros e
Leis de Newton para a gravitação universal, assinale a alternativa o tamanho da órbita não estão em escala, o segmento de reta SH
correta. representa o raio focal do ponto H, de comprimento p.
a) Jon quis dizer que Garfield precisa perder massa e não peso, ou
seja, Jon tem a mesma ideia de um comerciante que usa uma
balança comum.
b) Jon sabe que, quando Garfield sobe em uma balança, ela
mede exatamente sua massa com intensidade definida em
quilograma-força.
c) Jon percebeu a intenção de Garfield, mas sabe que, devido à
constante de gravitação universal “g”, o peso do gato será o
mesmo em qualquer planeta.
d) Quando Garfield sobe em uma balança, ela mede exatamente
seu peso aparente, visto que o ar funciona como um fluido
hidrostático.
e) Garfield sabe que, se ele for a um planeta cuja gravidade seja
menor, o peso será menor, pois nesse planeta a massa aferida
será menor.
Considerando que a única força atuante no sistema estrela-planeta
15. (ACAFE) Foi encontrado pelos astrônomos um exoplaneta
seja a força gravitacional, são feitas as seguintes afirmações.
(planeta que orbita uma estrela que não o Sol) com uma
excentricidade muito maior que o normal. A excentricidade revela I. As áreas S1 e S2, varridas pelo raio da trajetória, são iguais.
quão alongada é sua órbita em torno de sua estrela. No caso da II. O período da órbita é proporcional a p³.
Terra, a excentricidade é 0,017, muito menor que o valor 0,96 desse III. As velocidades tangenciais do planeta nos pontos A e H, VA e
planeta, que foi chamado HD 20782. VH, são tais que VA > VH.
Nas figuras a seguir pode-se comparar as órbitas da Terra e do Quais estão corretas?
HD 20782.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

18. (UNESP) Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo


maior, em tamanho, do sistema solar. Hoje, são conhecidos mais
de sessenta satélites naturais de Saturno, sendo que o maior deles,
Titã, está a uma distância média de 1 200 000 km de Saturno e tem
um período de translação de, aproximadamente, 16 dias terrestres
ao redor do planeta.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 7
FÍSICA I 17 GRAVITAÇÃO

20. (UEFS)

A figura mostra a configuração de três corpos de massas m1, m2


e m3, respectivamente, iguais a 4 m, 2 m e 3 m, que se encontram
localizados em três vértices de um quadrado de lado a.
Com base nessas informações, é correto afirmar que a intensidade
da força resultante sobre o corpo de massa m2 em termos de G,
Tétis é outro dos maiores satélites de Saturno e está a uma constante da gravitação universal, m e a, é igual a
distância média de Saturno de 300 000 km. a) 10 Gm²/a² c) 6 Gm²/a² e) 2 Gm²/a²
Considere: b) 8 Gm²/a² d) 4 Gm²/a²

EXERCÍCIOS DE
APROFUNDAMENTO
01. (FUVEST - ADAPTADA) Em janeiro de 2019, a sonda chinesa
Chang’e 4 fez o primeiro pouso suave de um objeto terrestre no
lado oculto da Lua, reavivando a discussão internacional sobre
programas de exploração lunar.

Considere que a trajetória de uma sonda com destino à Lua passa


por um ponto P, localizado a 2 3dTL do centro da Terra e a 1 3 dTL
do centro da Lua, sendo dTL a distância entre os centros da Terra e
da Lua.
a) Considerando que a massa da Terra é cerca de 82 vezes maior
que a massa da Lua, determine a razão FT/FL entre os módulos
da força gravitacional que a Terra e a Lua, respectivamente,
exercem sobre a sonda no ponto P.
Ao chegar próximo à Lua, a sonda foi colocada em uma órbita
lunar circular a uma altura igual ao raio da Lua (RL ), acima de sua
superfície, como mostra a figura. Desprezando os efeitos da força
O período aproximado de translação de Tétis ao redor de Saturno, gravitacional da Terra e de outros corpos celestes ao longo da
em dias terrestres, é órbita da sonda,
a) 4. c) 6. e) 10. b) determine a velocidade orbital da sonda em torno da Lua em
b) 2. d) 8. termos da constante gravitacional G, da massa da Lua ML e
do raio da Lua RL ;
19. (FGV) A massa da Terra é de 6,0 · 1024 kg, e a de Netuno é de 1,0 Note e adote:
· 1026 kg. A distância média da Terra ao Sol é de 1,5 · 1011 m, e a de O módulo da força gravitacional entre dois objetos de massas M e
Netuno ao Sol é de 4,5 · 1012 m. A razão entre as forças de interação GMm
Sol-Terra e Sol-Netuno, nessa ordem, é mais próxima de m separados por uma distância d é dado por F = .
d2
a) 0,05. d) 50. A energia potencial gravitacional correspondente é dada por
GMm
b) 0,5. e) 500. U= − .
d
c) 5. Assuma a distância da Terra à Lua como sendo constante.

8 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
17 GRAVITAÇÃO FÍSICA I

02. (UERJ) Considere a existência de um planeta homogêneo, 05. (UERJ) A intensidade F da força de atração gravitacional entre
situado em uma galáxia distante, e as informações sobre seus dois o Sol e um planeta é expressa pela seguinte relação:
satélites apresentadas na tabela. mM
F =G
r2
Raio da órbita Velocidade G − constante universal da gravitação
Satélite
circular orbital
m − massa do planeta
X 9R VX
M − massa do Sol
Y 4R VY r − raio da órbita do planeta
Sabe-se que o movimento de X e Y ocorre exclusivamente sob Admitindo que o movimento orbital dos planetas do sistema solar
ação da força gravitacional do planeta. é circular uniforme, estime a massa do Sol.
V
Determine a razão X .
VY
GABARITO
03. (UNICAMP) Plutão é considerado um planeta anão, com
massa Mp = 1× 1022 kg, bem menor que a massa da Terra. O EXERCÍCIOS PROPOSTOS

módulo da força gravitacional entre duas massas m1 e m2 é dado 01. D 05. D 09. B 13. D 17. C
mm 02. C 06. B 10. A 14. A 18. B
por Fg = G 12 2 , em que r é a distância entre as massas e G é a
r 03. B 07. B 11. B 15. D 19. D
constante gravitacional. Em situações que envolvem distâncias 04. C 08. D 12. A  16. B
= FST ⇒ MT ω2T =
Rcent
G MS MT
R 20. A2 ⇒ ω2=
G MS

T
astronômicas, a unidade de comprimento comumente utilizada é R R3
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
a Unidade Astronômica (UA). G MS m G MT m
F GMLms msv o 2
GML Fres = FS − FT G= MS − ⇒
a) Considere que, durante a sua aproximação a Plutão, a sonda (R −. d)
2
01.
Fgrava)
∴ T
=
=Fcp ⇒20,5 = ⇒ v o2 = 04. a) ωT = d2
FL (2RL )
2
2RL 2RL R3
se encontra em uma posição que está dp = 0,15 UA distante MT m ωA =

=
2 × 3,14
⇒b) ωA = 2 × 10−7 rad/s.
GML TA 3,14 × 107
do centro de Plutão e dT = 30 UA distante do centro da

Terra.
FgT = G 2
d
b)
∴ v0 =
FgT G LM T m
2R dP2
6 × 1024
× ( =
0,15 ) ⇒
2  M M 

T
÷ ⇒
= × = c) Fres Gm  S
− 2T  .
 (R − d)
2
d 
 FgT 
2
FVX = G MGM
Pm 4R FVgP 2 d T G MP m 1× 1022 × 302 
02. .
Calcule a razão   entre o módulo da força gravitacional
 gP = d 2 ⋅ ⇒ =
X

 VY 9R GM VY 3 05. M = 2,2 × 1030 kg


F
P

 gP  FgT
03. a) = 1,5 × 10−2.
com que a Terra atrai a sonda e o módulo da força gravitacional FgP
com que Plutão atrai a sonda. Caso necessário, use a massa b) 200 m/s
da Terra MT = 6 × 1024 kg.
b) Suponha que a sonda New Horizons estabeleça uma órbita
circular com velocidade escalar orbital constante em torno de ANOTAÇÕES
Plutão com um raio de rp = 1× 10−4 UA. Obtenha o módulo da
velocidade orbital nesse caso. Se necessário, use a constante
gravitacional G = 6 × 10−11 N ⋅ m2 kg2 . Caso necessário, use
1UA (Unidade astronômica) = 1,5 × 108 km.

04. (FUVEST) Há um ponto no segmento de reta unindo o Sol à


Terra, denominado “Ponto de Lagrange L1”. Um satélite artificial
colocado nesse ponto, em órbita ao redor do Sol, permanecerá
sempre na mesma posição relativa entre o Sol e a Terra.

Nessa situação, ilustrada na figura acima, a velocidade angular


orbital ωA do satélite em torno do Sol será igual à da Terra, ωT. Para
essa condição, determine
a) ωT em função da constante gravitacional G, da massa MS do
Sol e da distância R entre a Terra e o Sol;
b) o valor de ωA em rad/s;
c) a expressão do módulo Fr da força gravitacional resultante que
age sobre o satélite, em função de G, MS, MT, m, R e d, sendo MT
e m, respectivamente, as massas da Terra e do satélite e d a
distância entre a Terra e o satélite.
Note e adote:
1 ano ≈ 3,14 × 107 s.
O módulo da força gravitacional F entre dois corpos de massas M1
e M2, sendo r a distância entre eles, é dado por F = G M1 M2/r2.
Considere as órbitas circulares.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 9
FÍSICA I 17 GRAVITAÇÃO

ANOTAÇÕES

10 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
18
FÍSICA I
TRABALHO E POTÊNCIA

INTRODUÇÃO TRABALHO MOTOR E RESISTENTE


Define-se como trabalho de uma força a grandeza física Caso o ângulo θ seja 0° ≤ θ < 90°, temos cos θ > 0. Logo, o
escalar que mede a energia transformada ou transferida. trabalho é positivo e chamado de trabalho motor.

TRABALHO DE UMA FORÇA


CONSTANTE
A figura ilustra um corpo que sofre ação de uma força de
módulo constante igual a F e se desloca através da reta r, que
forma um ângulo θ com o vetor da força.
No trabalho motor, a força favorece o deslocamento.
Se 90° < θ ≤ 180°, temos cos θ < 0, assim, o trabalho é negativo
e chamado de trabalho resistente. No trabalho resistente, a força é
contra o movimento.

O trabalho realizado pela força em um deslocamento igual a d


sobre a reta r é dado por:
τ = F . d . cos θ
A unidade do SI para o trabalho é o joule (J).
J=N⋅m
CASOS PARTICULARES
EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. (ESPCEX (AMAN)) Um bloco, puxado por meio de uma


corda inextensível e de massa desprezível, desliza sobre uma
superfície horizontal com atrito, descrevendo um movimento
retilíneo e uniforme. A corda faz um ângulo de 53° com a
horizontal e a tração que ela transmite ao bloco é de 80 N.
Se o bloco sofrer um deslocamento de 20 m ao longo da
superfície, o trabalho realizado pela tração no bloco será de:
(Dados: sen 53° = 0,8 e cos 53° = 0,6)
a) 480 J
b) 640 J
c) 960 J
d) 1280 J
e) 1600 J
F e d têm direções perpendiculares entre si.
Resolução: C θ = 90°→ cos θ = 0
Perceba que nessa questão o candidato devia fazer uma
aplicação da fórmula:
τ = F . d . cos (θ)
τ = 80 . 20 . 0,6
τ = 960J

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 18 TRABALHO E POTÊNCIA

TRABALHO REALIZADO PELA FORÇA


EXERCÍCIO RESOLVIDO ELÁSTICA
Vimos no estudo de dinâmica que, quando causamos uma
02. (UERJ) O gráfico a seguir indica a variação da força deformação em uma mola, aparece uma força contrária chamada
resultante F que atua em um objeto de massa m, em uma de força elástica, que é proporcional à deformação. Como se
trajetória retilínea ao longo de um deslocamento de 12 m. trata de força variável, não podemos usar a fórmula do cálculo do
trabalho e sim usar a propriedade gráfica.

Força

Calcule o trabalho, em joules, realizado por F nesse Deformação


deslocamento.
O gráfico consiste em uma reta. Utilizando a fórmula da área
Resolução: do triângulo, teremos:

base ⋅ altura
τ=
2
x ⋅K ⋅ x
τ=
2
K ⋅ x2
τ=
2

(+): quando a mola estiver voltando para sua posição natural.


(–): quando a mola estiver se afastando da sua posição natural.

TRABALHO DE UMA FORÇA


O trabalho é numericamente igual a “área” entre a linha do
gráfico e o eixo horizontal, fique atento no trecho entre 8 e
CONSERVATIVA
A energia mecânica do sistema não é alterada quando uma
12 metros, temos um trabalho resistente (negativo) nesse
força conservativa realiza trabalho, isso ocorre, pois, esse tipo de
trecho, por isso:
força possui uma energia potencial associada para compensar as
=τ área 1− área 2 variações de energia cinética. Nesse caso temos uma conversão
8 ⋅ 2 4 ⋅1 de energia potencial em cinética, caso o trabalho realizado seja
=τ − motor (positivo); ou a conversão de energia cinética em energia
2 2 potencial, caso o trabalho realizado seja resistente (negativo).
τ =6J

PROEXPLICA
TRABALHO DE UMA FORÇA VARIÁVEL
Se ao longo do trajeto a força aplicada sobre o corpo variar, 1. As forças elástica, peso e elétrica são forças conservativas.
podemos encontrar o trabalho realizado por ela através da área do 2. O trabalho realizado pela força peso de um objeto de
gráfico F × d. massa m, no deslocamento da altura A para altura B,
independe da trajetória.
Exemplo:
I II III

N A
τ = Área (F×d)

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
18 TRABALHO E POTÊNCIA FÍSICA I

Como o trabalho da força peso independe da trajetória


podemos afirmar que o trabalho da força peso é igual pelos
trajetos I, II e III da imagem acima, ou seja,
τI = τII = τIII.
Fique atento, pois, a força peso é a favor do movimento na
descida e contrária ao movimento na subida, por isso:
τpeso =+P ⋅ h(descida)
τpeso =−P ⋅ h(subida)

EXERCÍCIO RESOLVIDO A área hachurada é de:

W = Área = ( 8 + 4 )N ⋅
(0,20 − 0,10 ) m ∴ W = 0,60 J
03. (FAMERP) A figura mostra o deslocamento horizontal de 2
um bloco preso a uma mola, a partir da posição A e até atingir
a posição C.

POTÊNCIA MÉDIA
A potência é uma grandeza que relaciona o trabalho com o
tempo. A potência média pode ser calculada pela razão entre o
trabalho executado e a variação do tempo.

Se desenvolvermos a fórmula do trabalho, teremos:

Como a velocidade média é a razão entre o deslocamento e o


O gráfico representa o módulo da força que a mola exerce tempo:
sobre o bloco em função da posição deste.

A fórmula da potência pode ser expressa por:

A unidade de potência, no SI, é o watt (W).


J
W=
s

Existem outras unidades conhecidas do cotidiano, como


O trabalho realizado pela força elástica aplicada pela mola cavalo-vapor (cv) e horse-power (HP).
sobre o bloco, quando este se desloca da posição A até a 1 CV = 735 W 1 HP= 746 W
posição B, é
É comum também o trabalho ou energia ser representado
a) 0,60 J
na unidade quilowatt-hora (kWh), que corresponde à potência
b) -0,60 J aplicada de 1 kW durante 1 h.
c) -0,30 J Para uma potência variável, temos:
d) 0,80 J
e) 0,30 J

Resolução: A
O trabalho realizado pela força elástica será a área sob a N
τ = Área
curva entre o deslocamento da posição A até a posição B, de
acordo com o gráfico a seguir:

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 3
FÍSICA I 18 TRABALHO E POTÊNCIA

POTÊNCIA EM HIDRELÉTRICAS O Brasil goza de enorme potencial hídrico, um dos maiores


do mundo. O potencial hídrico de uma queda d’água depende da
No território brasileiro existem mais 150 usinas hidrelétricas
densidade absoluta da água (µ), da aceleração da gravidade (g),
que são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade
do País, as 3 maiores usinas hidrelétricas do Brasil são: do desnível entre o topo e o sopé (h) e do volume de líquido que
despenca por unidade de tempo – vazão em volume
Usina Hidrelétrica de Itaipu: Estado: Paraná | Rio: Paraná |
Capacidade: 14.000 MW  V(Volume) 
Z = 
 ∆t(intervalo de tempo) 
Vamos adotar, nos próximos cálculos, que a água possui velocidade
nula ao partir do topo da queda e que m representa a massa de água
que cai do topo da queda em um intervalo de tempo ∆t.
A potência hídrica média teórica envolvida nesse contexto é
dada por:
τ
Potm =
∆t (I)
m ⋅g⋅h
Potm =
∆t
A densidade absoluta da água é conhecida pela relação:

m(massa)
µ=
V(volume)
Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/2010/11/matriz-energetica
m = µ ⋅ V(II)
Substituindo (II) em (I)
Usina Hidrelétrica de Belo Monte: Estado: Pará | Rio: Xingu | µ ⋅ V ⋅g⋅h
Capacidade: 11.233 MW Pot m =
∆t

V
Perceba que o quociente representa a vazão em volume Z
da queda d’água. Assim: ∆t

Potm = µ ⋅ g ⋅ Z ⋅ h

EXERCÍCIO RESOLVIDO

04. (ENEM) A usina de Itaipu é uma das maiores hidrelétricas


do mundo em geração de energia. Com 20 unidades
geradoras e 14.000 MW de potência total instalada,
apresenta uma queda de 118,4 m e vazão nominal de 690
m³/s por unidade geradora. O cálculo da potência teórica
leva em conta a altura da massa de água represada pela
Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/2010/11/matriz-energetica barragem, a gravidade local (10 m/s²)e a densidade da água
(1.000 kg/m³). A diferença entre a potência teórica e a
Usina Hidrelétrica São Luíz do Tapajós: Estado: Pará | Rio: instalada é a potência não aproveitada.
Tapajós | Capacidade: 8.381 MW Disponível em: www.itaipu.gov.br. Acesso em: 11 mai. 2013 (adaptado).

Qual e a potência, em MW não aproveitada em cada unidade


geradora de Itaipu?
a) 0
b) 1,18
c) 116,96
d) 816,96
e) 13.183,04

Resolução: C
A potência teórica (PT) em cada unidade corresponde à
energia potencial da água represada, que tem vazão
V
z
= = 690m3 / s
∆t
Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/2010/11/matriz-energetica

4 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
18 TRABALHO E POTÊNCIA FÍSICA I

03. O gráfico abaixo representa a relação entre o módulo de uma


Sendo µ a densidade da água, g a aceleração da gravidade e h força de intensidade variável ao longo de um deslocamento de 20
a altura de queda, tem-se: metros que foi efetuado em 4 segundos.

Pot T = µ ⋅ g ⋅ Z ⋅ h
Pot T = 103 ⋅ 10 ⋅ 690 ⋅ 118,4
=Pot T 816,96 ⋅ 106 W
Pot T = 816,96MW

A potência gerada em cada unidade é:


14.000
PG
= PG 700 MW.
⇒=
20

A potência não aproveitada (dissipada) corresponde à


diferença entre a potência teórica e a potência gerada.
Considerando que a força é paralela ao movimento, calcule:
Pd = PT − PG = 816,96 − 700 ⇒ Pd = 116,96 MW. a) O trabalho, em joule, da força no deslocamento representado;
b) A potência média, em watt, da força ao longo do percurso.

04. Uma esfera de 2 Kg é abandonada no ponto A e desliza até o


ponto B. Calcule o trabalho da força Peso.
EXERCÍCIOS Adote: g = 10 m/s²

PROTREINO

01. Um bloco de 1,0 kg é movido sob ação da força F , constante
e paralela ao plano rugoso por 5 metros. Os módulos das forças
estão indicados na imagem.

Sabendo que o movimento foi uniforme, calcule o trabalho 05. A Usina de São Luiz do Tapajós, no Estado do Pará, possui uma
potência instalada (útil) de aproximadamente 840 MW(megawatts).
a) da força Peso. Além disso, sua eficiência é da ordem de 80% da energia da queda
b) da força Normal. d’água no início do processo, que se transforma em energia elétrica.

c) da força F . Sendo a altura da barragem igual a 50 m, a densidade da água
1g/cm³ e g = 10 m/s², calcule a vazão da água em m³ por segundo.
d) da força de atrito.
e) da força resultante.

02. Um bloco é puxado por uma força constante F de módulo 15 N.

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (CPS) O gráfico indica como varia a intensidade de uma força
aplicada ininterruptamente sobre um corpo enquanto é realizado
um deslocamento na mesma direção e no mesmo sentido das
forças aplicadas.
Na Física, existe uma grandeza denominada trabalho. O trabalho de
 uma força, durante a realização de um deslocamento, é determinado
Calcule o trabalho da força F ao longo do deslocamento indicado pelo produto entre essas duas grandezas quando ambas têm a
na imagem. mesma direção e sentido.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 5
FÍSICA I 18 TRABALHO E POTÊNCIA

04. (UFRGS) O enunciado abaixo refere-se à questão a seguir.


Uma partícula de 2 kg está inicialmente em repouso em
x = 0 m. Sobre ela atua uma única força F que varia com a posição
x, conforme mostra a figura abaixo.

Considerando o gráfico dado, o trabalho total realizado no


deslocamento de 8 m, em joules, corresponde a
a) 160 Qual o trabalho realizado pela força F, em J, quando a partícula
desloca-se desde x = 0 m até x = 4m?
b) 240
a) 24. d) 3.
c) 280
b) 12. e) 0.
d) 320
c) 6.
e) 520
05. (COLÉGIO NAVAL) Em uma construção, um operário utiliza-se
02. (MACKENZIE) Na olimpíada Rio 2016, nosso medalhista de
de uma roldana e gasta em média 5 segundos para erguer objetos
ouro em salto com vara, Thiago Braz, de 75,0 kg, atingiu a altura de
do solo até uma laje, conforme mostra a figura a seguir.
6,03 m, recorde mundial, caindo a 2,80 m do ponto de apoio da vara.
Considerando o módulo da aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2,
o trabalho realizado pela força peso durante a descida foi
aproximadamente de
a) 2,10 kJ
b) 2,84 kJ
c) 4,52 kJ
d) 4,97 kJ
e) 5,10 kJ

03. (CPS) No mundo de hoje a acessibilidade é um direito e, para


garanti-lo, são necessárias algumas adaptações, como as rampas
em locais públicos, conforme mostra a figura. Desprezando os atritos e considerando a gravidade local igual a
10 m/s2, pode-se afirmar que a potência média e a força feita pelos
braços do operário na execução da tarefa foram, respectivamente,
iguais a
a) 300 W e 300 N.
b) 300 W e 150 N.
c) 300 W e 30 N.
d) 150 W e 300 N.
Considere que: e) 150 W e 150 N.
• uma rampa é um exemplo de máquina simples, oferecendo
uma vantagem mecânica para quem a utiliza; 06. (CPS) Para transportar terra adubada retirada da compostagem,
• uma pessoa, subindo pela escada ou pela rampa, tem que um agricultor enche um carrinho de mão e o leva até o local de
realizar o mesmo trabalho contra a força peso; plantio aplicando uma força horizontal, constante e de intensidade
igual a 200 N.
• essa mesma pessoa suba pela escada em um tempo menor
que o necessário para subir pela rampa. Se durante esse transporte, a força resultante aplicada foi capaz de
realizar um trabalho de 1.800 J, então, a distância entre o monte de
A vantagem do uso da rampa para realizar o trabalho contra a força compostagem e o local de plantio foi, em metros,
peso, em comparação com o uso da escada, se deve ao fato de
que, pela rampa, Lembre-se de que o trabalho realizado por uma força, durante
a) a potência empregada é menor. a realização de um deslocamento, é o produto da intensidade
b) a potência empregada é maior. dessa força pelo deslocamento.
c) a potência empregada é a mesma. a) 6. d) 16.
d) a energia potencial gravitacional é menor. b) 9. e) 18.
e) a energia potencial gravitacional é maior. c) 12.

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
18 TRABALHO E POTÊNCIA FÍSICA I

07. (PUC-RJ) Um homem tem que levantar uma caixa de 20 kg 10. (ENEM PPL) Para reciclar um motor de potência elétrica igual
por uma altura de 1,0 m. Ele tem duas opções: (1) levantar a caixa a 200 W, um estudante construiu um elevador e verificou que ele
com seus braços, fazendo uma força vertical; (2) usar uma rampa foi capaz de erguer uma massa de 80 kg a uma altura de 3 metros
inclinada a 30°, de atrito desprezível com a superfície da caixa e durante 1 minuto. Considere a aceleração da gravidade 10,0 m/s2.
empurrar a caixa com seus braços fazendo uma força paralela à Qual a eficiência aproximada do sistema para realizar tal tarefa?
rampa.
a) 10% d) 50%
Supondo que, em ambos casos, a caixa é levantada com
velocidade constante, considere as seguintes afirmações: b) 20% e) 100%

I. O trabalho realizado pelo homem é menor na opção (2). c) 40%

II. A força exercida pelo homem é a mesma para as duas opções.


11. (ENEM PPL) Os raios X utilizados para diagnósticos médicos
III. Na opção (2), a força normal entre a caixa e a rampa realiza um são uma radiação ionizante. O efeito das radiações ionizantes em
trabalho positivo. um indivíduo depende basicamente da dose absorvida, do tempo
Marque a alternativa correta. de exposição e da forma da exposição, conforme relacionados no
a) São verdadeiras as afirmações I e II. quadro.

b) São verdadeiras as afirmações I e III.


Efeitos de uma radioexposição aguda em adulto
c) Nenhuma das afirmações é verdadeira.
d) Todas as afirmações são verdadeiras. Dose
Forma Sintomatologia
absorvida
e) São verdadeiras as afirmações II e III.
menor que
Infraclínica Ausência de sintomas
08. (PUC-RJ) Um pedreiro atravessa uma rua horizontal de largura 1J/kg
igual a 10 m com velocidade constante. Ele carrega um balde de Reações gerais Astenia, náuseas e vômito,
cimento de massa igual a 15 kg, segurando-o pelas alças com uma de 1 a 2 J/kg
leves de 3h a 6h após a exposição
força vertical.
Morte de 50% dos
Calcule o trabalho, em Joules, realizado pela força exercida pelo DL50 de 4 a 4,5 J/kg
indivíduos irradiados
pedreiro sobre o balde.
Insuficiência respiratória
Dado: g = 10m/s2
Pulmonar de 8 a 9 J/kg aguda, coma e morte, de
a) 0 d) 150 14h a 36h
b) 10 e) 1500
maior que
c) 15 Cerebral Morte em poucas horas
10 J/kg
Disponível em: www.cnen.gov.br. Acesso em: 3 set. 2012 (adaptado).
09. (IFSP) O revezamento da tocha olímpica é um evento que
ocorre desde os jogos de Berlim 1936. Este rito é um retrato das Para um técnico radiologista de 90 kg que ficou exposto, por
cerimônias que um dia fizeram parte dos Jogos Olímpicos da descuido, durante 5 horas a uma fonte de raios X, cuja potência
Antiguidade. Neste ano, nos Jogos Olímpicos Rio 2016, cerca de é de 10 mJ/s, a forma do sintoma apresentado, considerando que
12 mil condutores percorrerão 329 cidades até o Rio de Janeiro. toda radiação incidente foi absorvida, é
Considere que a tocha utilizada na cerimônia tenha 1 kg. Diante do
a) DL50
exposto, assinale a alternativa que apresenta o módulo do trabalho
realizado pela força F3 de um condutor que levante a tocha e se b) cerebral.
desloque por 200 m na horizontal (eixo x). c) pulmonar.
Adote :g=10 m/s2. d) infraclínica.
e) reações gerais leves.

12. (ENEM PPL) Para que se faça a reciclagem das latas de alumínio
são necessárias algumas ações, dentre elas:
1. recolher as latas e separá-las de outros materiais diferentes do
alumínio por catação;
2. colocar as latas em uma máquina que separa as mais leves
das mais pesadas por meio de um intenso jato de ar;
3. retirar, por ação magnética, os objetos restantes que contêm
ferro em sua composição.
As ações indicadas possuem em comum o fato de
a) exigirem o fornecimento de calor.
b) fazerem uso da energia luminosa.
c) necessitarem da ação humana direta.
d) serem relacionadas a uma corrente elétrica.
e) ocorrerem sob a realização de trabalho de uma força.

13. (FMP) Um objeto de massa m, que pode ser tratado como uma
a) 2.400 J d) 0 J
partícula, percorre uma trajetória retilínea, e sua velocidade varia
b) 800 J e) 900 J no tempo de acordo com a função cujo gráfico está descrito na
c) 2.050 J figura abaixo.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 7
FÍSICA I 18 TRABALHO E POTÊNCIA

3
Dados: adote a aceleração da gravidade g = 10 m/s², sen 60° =
2
1
e cos 60° =
2

4 3
a) kg e -8,4 J
15
4 3
b) kg e -6,4 J
15
2 3
c) kg e -8,4 J
5
8 3
d) kg e 7,4 J
15
4 3
e) kg e 6,4 J
15
Considere os três instantes assinalados na Figura: o instante t0, no
qual a velocidade do objeto vale v0, o instante t1, no qual a velocidade 16. (UFJF-PISM) A Usina de Jaguará está instalada na bacia
vale -v0, e o instante t2, para o qual a velocidade do objeto continua hidrográfica do Rio Grande, entre os estados de São Paulo e Minas
valendo -v0. Gerais. A usina tem potência instalada de aproximadamente
Os trabalhos realizados pela força resultante sobre o objeto entre 424 MW (megawatts). Além disso, sua eficiência é da ordem de
os instantes t0 e t1(W1), e entre os instantes t1 e t2(W2), valem 90% da energia da queda d’água no início do processo, que se
transforma em energia elétrica, sendo a altura da barragem igual
a) W1 < 0 e W2 < 0 d) W1 > 0 e W2 =
0 a 40 m. Adote g = 10 m/s² e considere que 1 (um) litro de água
b) W1 > 0 e W2 < 0 e) =
W1 0 e W2 < 0 corresponde a uma massa de 1 (um) quilograma.
Nessas condições, é CORRETO afirmar que a vazão de água do Rio
W1 0=
c) = e W2 0
Grande em litros por segundo deve ser da ordem de:
14. (INSPER) José Mário é um homem que mantém sua condição a) 954.000
física fazendo caminhadas em torno do condomínio em que reside. b) 1.200.000
Em dias de chuva, ele compensa subindo a escadaria do prédio, c) 1.526.000
a partir do térreo até o seu apartamento, no 10º andar. O desnível
d) 1.696.000
entre 2 andares consecutivos é de 3,0 m. José Mário pesa 800 N.
Se fosse possível converter toda a energia potencial acumulada e) 1.850.000
nessa subida em energia elétrica para acender um circuito de 10
lâmpadas de LED, de 5 W cada, o circuito permaneceria aceso, 17. (UECE) Considere um sistema massa mola cuja massa pode
ininterruptamente, por se deslocar horizontalmente sobre uma mesa também horizontal
a) 8,0 min c) 6,0 min e) 7,2 min e com atrito. Assuma que a mola esteja inicialmente comprimida.
No início da observação do sistema a massa está em repouso e
b) 4,2 min d) 2,4 min passa a se deslocar sob a ação da mola. Imediatamente antes
de se deslocar, a massa sofre ação da força de atrito estática até
15. (ESPCEX (AMAN)) No plano inclinado abaixo, um bloco iniciar o movimento, depois passa a sofrer ação da força de atrito
homogêneo encontra-se sob a ação de uma força de intensidade dinâmica até que a massa pare. Note que o sistema perde energia
F = 4 N, constante e paralela ao plano. O bloco percorre a distância na forma de calor e que a força de atrito estática, na iminência do
AB, que é igual a 1,6 m, ao longo do plano com velocidade constante. deslizamento, é maior que a dinâmica.
Assim, é correto afirmar que, em módulo, o trabalho realizado pela
força de atrito estático é
a) zero.
b) maior que o realizado pela força de atrito dinâmica.
c) menor que o realizado pela força de atrito dinâmica.
d) igual ao realizado pela força de atrito dinâmica.

18. (IFCE) Um corpo de 3 kg de massa, inicialmente em repouso, é


puxado sobre uma superfície horizontal, sem atrito, por uma força
constante também horizontal de 4 N. O trabalho realizado após
percorrer 5 m, em J, foi
a) 15 c) 20 e) 7
b) 12 d) 9

19. (UECE) Uma criança desce um tobogã por uma extensão de


3 m. Suponha que a força de atrito entre a criança e o tobogã seja
0,1 N e que o ângulo de inclinação da superfície seja 30º em relação
à horizontal. O trabalho realizado pela força de atrito nessa descida
Desprezando-se o atrito, então a massa do bloco e o trabalho é, em Joules,
realizado pela força peso quando o bloco se desloca do ponto A a) 0,3 c) 3 cos(30º)
para o ponto B são, respectivamente,
b) 3 d) 0,3 cos(30º)

8 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
18 TRABALHO E POTÊNCIA FÍSICA I

20. (PUCRJ) Uma força constante F0, fazendo um ângulo de 60º 02. (UERJ) O gráfico a seguir indica a variação da força resultante F
com a horizontal, é utilizada para arrastar horizontalmente um que atua em um objeto de massa m, em uma trajetória retilínea ao
bloco por uma distância L0 em uma superfície, realizando um longo de um deslocamento de 12 m.
trabalho W0.
Se o ângulo for reduzido para 30º, o novo trabalho W realizado pela
força F0 será:
Dados:
sen30º = cos60º = 1/2
cos30º = sen60º = 3 / 2
a) 3W0

b) 2W0

c) W0

d) W0 2

e) W0 3

EXERCÍCIOS DE Calcule o trabalho, em joules, realizado por F nesse deslocamento.


APROFUNDAMENTO 03. (UNESP) A radiação solar incide sobre o painel coletor de um
aquecedor solar de área igual a 2,0 m² na razão de 600 W/m², em
01. (UNICAMP) Importantes estudos sobre o atrito foram feitos por média.
Leonardo da Vinci (1452-1519) e por Guillaume Amontons (1663-
1705). A figura (a) é uma ilustração feita por Leonardo da Vinci do a) Considerando que em 5,0 minutos a quantidade da radiação
estudo sobre a influência da área de contato na força de atrito. incidente no painel transformada em calor é de 1,8 × 105 J,
calcule o rendimento desse processo.
b) Considerando que o calor específico da água é igual a
4,0 × 10³ J/(kg·ºC) e que 90% do calor transferido para a água
são efetivamente utilizados no seu aquecimento, calcule qual
deve ser a quantidade de calor transferido para 250 kg de água
contida no reservatório do aquecedor para aquecê-la de 20 ºC
até 38 ºC.

04. (UERJ) Em uma rodovia plana, um veículo apresenta velocidade


de 20 m/s no instante em que a potência da força exercida pelo seu
motor é igual a 132 kW.
Sabendo que o peso do veículo é igual a 2 × 104 N, determine a
Em certos casos, a lei de Amontons da proporcionalidade entre a
aceleração, em m/s², do veículo nesse instante.
força de atrito cinético e a força normal continua válida nas escalas
micrométrica e nanométrica. A figura (c) mostra um gráfico do Dado: aceleração da gravidade local: g = 10 m/s².
módulo da força de atrito cinético, Fat, em função do módulo da
força normal, N, entre duas monocamadas moleculares de certa 05. (FUVEST) A energia necessária para o funcionamento adequado
substância, depositadas em substratos de vidro. Considerando do corpo humano é obtida a partir de reações químicas de oxidação
N = 5,0 nN, qual será o módulo do trabalho da força de atrito se uma de substâncias provenientes da alimentação, que produzem
das monocamadas se deslocar de uma distância d = 2,0µm sobre a aproximadamente 5 kcal por litro de O2 consumido. Durante uma
outra que se mantém fixa? corrida, um atleta consumiu 3 litros de O2 por minuto.
Determine:
a) a potência P gerada pelo consumo de oxigênio durante a
corrida;
b) a quantidade de energia E gerada pelo consumo de oxigênio
durante 20 minutos da corrida;
c) o volume V de oxigênio consumido por minuto se o atleta
estivesse em repouso, considerando que a sua taxa de
metabolismo basal é 100 W.
Note e adote:
1 cal = 4 J.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 9
FÍSICA I 18 TRABALHO E POTÊNCIA

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. D 05. A 09. D 13. C 17. A
02. C 06. B 10. B 14. A 18. C
03. A 07. C 11. E 15. B 19. A
04. B 08. A 12. E 16. B 20. A

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
0−9 × 2 × 10−6 ( −1) ⇒  = 3,0 × 10−15 J.
01. WFat 04. a = 3,3 m/s²

02. W = 6 J 05. a) P = 1 kW = 1.000 W


b) E = 1,2 × 106 J
03. a) η = 50%
c) V = 0,3 L
b) Qt = 2 · 10 J
7

ANOTAÇÕES

10 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
19
FÍSICA I
ENERGIA MECÂNICA

ENERGIA CINÉTICA
Existem várias formas de energia e uma delas é a energia Resolução: B
cinética, que existe sempre em corpos em movimento, ou seja, se
Dados: m = 90 kg; v0 = 0, v = 12 m/s.
um corpo possui velocidade, possui energia cinética. Ela é definida
pela expressão: O trabalho (W) da força resultante realizado sobre o atleta é
dado pelo teorema da energia cinética.
2
mv
Ec =
2 W=
∆Ecin =
(
m v2 − v20 )
90 122 − 0
=
( )
6,48 × 103 J
⇒ W=
2 2

TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA O enunciado pode induzir à alternativa [C], se o aluno


raciocinar erroneamente da seguinte maneira:
Pelo Teorema da Energia Cinética (TEC), sabemos que o
trabalho realizado pela força resultante é igual à variação da Calculando a aceleração escalar média:
energia cinética, ou seja, se uma força é aplicada sobre um corpo ∆v 12
realizando trabalho sobre ele, a energia cinética desse corpo pode a=
m = = 3,17m / s2
∆t 3,78
ser alterada.
Calculando a “força média” resultante:

Fm= mam= 90(3,17) ⇒ Fm= 286N

Calculando o Trabalho:

W = Fmd = 286 × 30 ⇒ W ≅ 8,6 × 103 J


Substituindo (*) e (**) na equação (#)
Essa resolução está errada, pois a aceleração escalar média
é aquela que permite atingir a mesma velocidade no mesmo
tempo e não percorrer a mesma distância no mesmo tempo.
Ela somente seria correta se o enunciado garantisse que
a aceleração foi constante (movimento uniformemente
variado). Porém, nesse caso, o espaço percorrido teria que
ser menor que 30 m. Certamente, a aceleração do atleta no
início da prova foi bem maior que a média, possibilitando
um deslocamento maior (maior “área”) no mesmo tempo,
conforme os gráficos velocidade x tempo.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. (ENEM) Uma análise criteriosa do desempenho de Usain


Bolt na quebra do recorde mundial dos 100 metros rasos
mostrou que, apesar de ser o último dos corredores a reagir
ao tiro e iniciar a corrida, seus primeiros 30 metros foram
os mais velozes já feitos em um recorde mundial, cruzando
essa marca em 3,78 segundos. Até se colocar com o corpo
reto, foram 13 passadas, mostrando sua potência durante a
aceleração, o momento mais importante da corrida. Ao final
desse percurso, Bolt havia atingido a velocidade máxima de
ENERGIA POTENCIAL
12 m/s. GRAVITACIONAL
Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012 (adaptado)
Quando um corpo está elevado a uma certa altura em relação
a um nível de referência, dizemos que ele possui uma forma de
Supondo que a massa desse corredor seja igual a 90 kg, o
energia que chamamos de energia potencial gravitacional. Essa
trabalho total realizado nas 13 primeiras passadas é mais
energia está armazenada no sistema Terra-corpo e é associada à
próximo de
força gravitacional.
a) 5,4 × 102 J.
Podemos calcular a energia potencial gravitacional de um
b) 6,5 × 103 J. corpo de massa m elevado a uma altura h pela relação:
c) 8,6 × 103 J.
EP = m ⋅ g ⋅ h
d) 1,3 × 104 J.
e) 3,2 × 10 J.
4

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 19 ENERGIA MECÂNICA

ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA


Quando causamos uma deformação em uma mola, ocorre o
acúmulo de energia potencial na mola, que permanece armazenada
até que a mola volte ao seu tamanho natural. A energia potencial
elástica está associada à força elástica e é dada por:

k ⋅ x2
Eel =
2

Se comprimirmos ou distendermos uma mola, o trabalho


Ponto de amplitude máxima (V = 0) possui apenas energia
realizado pela força F é igual à variação da energia elástica.
potencial gravitacional.

ENERGIA MECÂNICA
Define-se como energia mecânica a soma das energias
cinética e potencial; nesse caso tanto gravitacional como elástica:
EM= Ec + EP

PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA


MECÂNICA
Quando lançamos um corpo verticalmente para cima,
percebemos que a cada segundo o corpo perde velocidade, mas
a sua altura aumenta, ou seja, o corpo perde energia cinética, mas
ganha energia potencial.
Pelo princípio da conservação da energia mecânica, sabemos
que em um sistema conservativo, isto é, sem forças dissipativas,
a energia mecânica se conserva e a soma das energias cinética e
potencial é constante.
Nesse caso, se um corpo parte de um ponto A para outro B,
teremos:
EXERCÍCIO RESOLVIDO
ECA + EPA = ECB + EPB
As forças de atrito são chamadas forças dissipativas, pois elas 01. Maria abandona uma esfera de massa m = 2kg no ponto
transformam a energia mecânica em energia térmica. Na presença
A com velocidade V0 = 0. Desconsiderando a componente
de forças dissipativas, o trabalho destas forças é igual à energia
de atrito e a resistência do ar. Observe a figura e determine:
dissipada. Dessa forma o trabalho das forças de atrito é igual à
m
variação da energia mecânica. (Considerando a aceleração da gravidade g = 10 2 ).
s
V0

C
PROEXPLICA
2m
E
2m
O movimento de um pêndulo que oscila sem atrito é um bom
exemplo da transformação de energia potencial - cinética – 1m

potencial, mantendo a energia mecânica constante. B D F


Ponto inicial, possui apenas energia potencial gravitacional
a) A Energia Mecânica no ponto B.
b) A velocidade da esfera no ponto C.

Resolução:
a) O problema trata um sistema conservativo, visto que a
esfera está livre de forças dissipativas como atrito e
resistência do ar. Nos sistemas conservativos a energia
mecânica se conserva, ou seja, a energia mecânica é a
mesma em todos os pontos, assim:
EMB = EMA
EP = 0 (base escolhida)
EMB = m ⋅ g ⋅ hA
Ponto mais baixo, possui apenas energia cinética
EMB =2 ⋅ 10 ⋅ 3
EMB = 60J

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
19 ENERGIA MECÂNICA FÍSICA I

02. Um bloco de massa 4 kg cai sob ação exclusiva da força


b) gravitacional. O bloco possui velocidade de 10 m/s quando sua
(I) EMA = m ⋅ g ⋅ hA
altura é de 15m.
m ⋅ v2C
(II) E=
MC + m ⋅ g ⋅ hC
2
EMA = EMC
m ⋅ v2C
m ⋅ g ⋅=
hA + m ⋅ g ⋅ hC
2
v2
10 ⋅ 3 = c + 10 ⋅ 2
2
v2c = 20
v c = 2 5m / s

Determine o módulo da velocidade no instante que bloco chega ao


02. (IFSUL) A figura abaixo ilustra (fora de escala) o trecho de um solo.
brinquedo de parques de diversão, que consiste em uma caixa onde
duas pessoas entram e o conjunto desloca-se passando pelos 03. Uma esfera é abandonada no ponto A e desliza em um plano
pontos A, B, C e D até atingir a mola no final do trajeto. Ao atingir e inclinado sem atrito. A esfera passa pelo ponto B com a velocidade
deformar a mola, o conjunto entra momentaneamente em repouso indicada na imagem abaixo:
e depois inverte o sentido do seu movimento, retornando ao ponto
de partida.

No exato instante em que o conjunto (2 pessoas + caixa) passa pelo


ponto A, sua velocidade é igual a vA = 10 m/s.
Considerando que o conjunto possui massa igual a 200 kg, qual é a
deformação que a mola ideal, de constante elástica 1100 N/m, sofre
Imagem meramente ilustrativa, fora de escala.
quando o sistema atinge momentaneamente o repouso? Utilize g =
10 m/s² e despreze qualquer forma de atrito.
Considerando a conservação da energia mecânica e que a esfera
a) 3,7 m b) 4,0 m c) 4,3 m d) 4,7 m
mantém contato com a pista durante todo movimento, determine
a altura H e a velocidade com que a esfera vai passar pelo ponto C
Resolução:
Em relação ao plano horizontal que passa por A, a altura em D é
04. A imagem abaixo apresenta um pêndulo simples de 1 metro
HAB=1,6 – 1 = 0,6m de comprimento com uma esfera de 200 gramas presa em sua
Usando a conservação da energia mecânica: extremidade.
A mv2A kx 2
Emec EDmec ⇒
= = + m g HAD ⇒
2 2
200 (10 )
2
1.100 x2
= + 200 (10 )( 0,6 ) ⇒
2 2

=x
(10.000 − 1.200 ) 2 ⇒
1100

x = 4 m.

EXERCÍCIOS
PROTREINO
Imagem meramente ilustrativa, fora de escala.
Adote: g = 10 m/s² para todas as questões Protreino abaixo.
A esfera é abandonada no ponto A e se move passando pelo ponto
01. Um bloco de 500g desliza sobre um plano horizontal e rugoso. mais baixo da trajetória no ponto B. Considere que o fio permanece
A imagem abaixo apresenta as velocidades com que o bloco passa esticado durante todo o movimento e calcule:
pelos pontos A e B.
a) O módulo da velocidade da esfera quando passar pelo ponto B;
b) A tração no fio quando a esfera passar pelo ponto B.

Calcule o trabalho, em joule, da força de atrito entre os pontos A e B.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 3
FÍSICA I 19 ENERGIA MECÂNICA

05. Um aluno, usando um equipamento, coloca um bloco de massa


3,6 kg no ponto A, comprimindo uma mola especial de constante
elástica 20 000N/m.
a) d)

Imagem meramente ilustrativa, fora de escala.

Em um dado instante o equipamento abandona o bloco que é b) e)


empurrado, a partir do repouso, pela mola e desliza em um plano
horizontal, sem atrito, até subir a pista circular de raio R = 10 metros
representada na imagem acima.
Calcule a deformação mínima da mola, em centímetros, para que o
bloco consiga realizar um looping.

c)
EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (ESPCEX (AMAN)) Uma esfera, sólida, homogênea e de massa
0,8 kg é abandonada de um ponto a 4 m de altura do solo em uma
03. (IFBA) Num parque aquático uma criança de massa de
rampa curva.
20,0 kg é lançada de um tobogã aquático, com velocidade inicial
Uma mola ideal de constante elástica k= 400 N/m é colocada no de 2,0 m/s, de uma altura de 10,0 m, onde a gravidade local vale
fim dessa rampa, conforme desenho abaixo. A esfera colide com a 10,0 m/s2. A água reduz o atrito, de modo que, a energia dissipada
mola e provoca uma compressão. entre os pontos A e B foi de 40,0 J.

Desprezando as forças dissipativas, considerando a intensidade da


aceleração da gravidade g = 10 m/s2 e que a esfera apenas desliza
e não rola, a máxima deformação sofrida pela mola é de:
a) 8 cm. b) 16 cm. c) 20 cm. d) 32 cm. e) 40 cm.
Nestas condições, a velocidade da criança, em m/s, ao passar pelo
ponto B será, aproximadamente, igual a:
02. (UFRGS) A figura abaixo representa o movimento de um
pêndulo que oscila sem atrito entre os pontos x1 e x2. a) 25,0 d) 10,0
b) 20,0 e) 5,0
c) 15,0

04. (UERJ) Duas carretas idênticas, A e B, trafegam com velocidade


de 50 km/h e 70 km/h, respectivamente.
Admita que as massas dos motoristas e dos combustíveis são
desprezíveis e que EA é a energia cinética da carreta A e EB a da
carreta B.
A razão E A equivale a:
EB

Qual dos seguintes gráficos melhor representa a energia mecânica 5 c) 25


a)
total do pêndulo – ET – em função de sua posição horizontal? 7 49

b) 8 d) 30
14 28

4 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
19 ENERGIA MECÂNICA FÍSICA I

05. (PUC-RJ) Uma bola de massa 10 g é solta de uma altura de 10. (UEG) Em um experimento que valida a conservação da energia
1,2 m a partir do repouso. A velocidade da bola, imediatamente mecânica, um objeto de 4,0 kg colide horizontalmente com uma
após colidir com o solo, é metade daquela registrada antes de mola relaxada, de constante elástica de 100 N/m. Esse choque a
colidir com o solo. comprime 1,6 cm. Qual é a velocidade, em m/s desse objeto, antes
Calcule a energia dissipada pelo contato da bola com o solo, em de se chocar com a mola?
mJ, a) 0,02 c) 0,08 e) 0,16
Dados: g = 10m/s 2
b) 0,40 d) 0,13
Despreze a resistência do ar
a) 30 d) 90 11. (ENEM) Uma análise criteriosa do desempenho de Usain Bolt
na quebra do recorde mundial dos 100 metros rasos mostrou que,
b) 40 e) 120 apesar de ser o último dos corredores a reagir ao tiro e iniciar a
c) 60 corrida, seus primeiros 30 metros foram os mais velozes já feitos
em um recorde mundial, cruzando essa marca em 3,78 segundos.
06. (UECE) Um sistema mecânico em equilíbrio estático, como Até se colocar com o corpo reto, foram 13 passadas, mostrando
uma esfera repousando sobre uma mesa horizontal, ou um sua potência durante a aceleração, o momento mais importante
carrinho de montanha russa parado no ponto mais baixo de um da corrida. Ao final desse percurso, Bolt havia atingido a velocidade
trecho curvo, apresenta energia cinética zero. Considere que, máxima de 12 m/s.
durante um experimento, a esfera e o carrinho sofrem pequenos Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012 (adaptado)
deslocamentos a partir de seu ponto de equilíbrio. Após os
respectivos deslocamentos, as energias potenciais nos exemplos Supondo que a massa desse corredor seja igual a 90 kg, o trabalho
da esfera e do carrinho são, respectivamente, total realizado nas 13 primeiras passadas é mais próximo de
a) mantidas constantes e aumentadas. a) 5,4 × 10² J d) 1,3 × 104 J
b) aumentadas e mantidas constantes. b) 6,5 × 10³ J e) 3,2 × 104 J
c) aumentadas e diminuídas. c) 8,6 × 10³ J
d) diminuídas e aumentadas.
12. (ENEM) Um projetista deseja construir um brinquedo que lance
um pequeno cubo ao longo de um trilho horizontal, e o dispositivo
07. (UECE) Considere que a cabine de um elevador despenque
precisa oferecer a opção de mudar a velocidade de lançamento.
sem atrito em queda livre de uma altura de 3 m, que corresponde
Para isso, ele utiliza uma mola e um trilho onde o atrito pode ser
aproximadamente a um andar. Considerando que a cabine tenha
desprezado, conforme a figura.
massa de 500 kg e a aceleração da gravidade seja 10 m/s2, a
energia cinética ao final da queda será, em kJ,
a) 15.000 b) 1.500 c) 15 d) 1,5

08. (UEFS)

Para que a velocidade de lançamento do cubo seja aumentada


quatro vezes, o projetista deve
a) manter a mesma mola e aumentar duas vezes a sua
deformação.
b) manter a mesma mola e aumentar quatro vezes a sua
deformação.
Um bloco de massa igual a 10,0 kg se encontra preso c) manter a mesma mola e aumentar dezesseis vezes a sua
na extremidade de uma mola de constante elástica k igual a deformação.
10,0 N/cm, conforme a figura. O bloco é puxado para uma posição d) trocar a mola por outra de constante elástica duas vezes maior
x0 igual a 6,0 cm para a direita da posição de equilíbrio e, em e manter a deformação.
seguida, é abandonado do repouso.
e) trocar a mola por outra de constante elástica quatro vezes
Nessas condições, é correto afirmar que a velocidade do bloco, ao maior e manter a deformação.
passar pela posição de equilíbrio, em m/s, é igual a
a) 0,65 b) 0,60 c) 0,55 d) 0,50 e) 0,45 13. (ENEM) O brinquedo pula-pula (cama elástica) é composto por
uma lona circular flexível horizontal presa por molas à sua borda.
09. (UNISC) Um corpo de massa m1 e animado de uma velocidade As crianças brincam pulando sobre ela, alterando e alternando suas
1 formas de energia. Ao pular verticalmente, desprezando o atrito
V1 possui uma energia cinética EC1 = mV12 . Se a massa inicial for
2 com o ar e os movimentos de rotação do corpo enquanto salta,
quadruplicada enquanto que a velocidade inicial for reduzida pela uma criança realiza um movimento periódico vertical em torno da
metade, a nova energia cinética EC2, em relação à primeira, vale posição de equilíbrio da lona (h = 0), passando pelos pontos de
a) o dobro. d) a mesma. máxima e de mínima altura, hmáx e hmin, respectivamente.
Esquematicamente, o esboço do gráfico da energia cinética da
b) o triplo. e) o quádruplo. criança em função de sua posição vertical na situação descrita é:
c) a metade.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 5
FÍSICA I 19 ENERGIA MECÂNICA

15. (ESPCEX (AMAN)) Um corpo homogêneo de massa 2 kg


desliza sobre uma superfície horizontal, sem atrito, com velocidade
constante de 8 m/s no sentido indicado no desenho, caracterizando
a situação 1.
a) A partir do ponto A, inicia a subida da rampa, onde existe atrito. O
corpo sobe até parar na situação 2, e, nesse instante, a diferença
entre as alturas dos centros de gravidade (CG) nas situações 1 e
2 é 2,0 m.

b)

c)
A energia mecânica dissipada pelo atrito durante a subida do corpo
na rampa, da situação 1 até a situação 2, é
Dado: adote a aceleração da gravidade g = 10 m/s²
a) 10 J b) 12 J c) 24 J d) 36 J e) 40 J

16. (UERJ SIMULADO) Um objeto de massa igual a 4,0 kg desloca-


se sobre uma superfície horizontal com atrito constante. Em
determinado ponto da superfície, sua energia cinética corresponde
d) a 80 J; dez metros após esse ponto, o deslocamento é interrompido.
O coeficiente de atrito entre o objeto e a superfície equivale a:
a) 0,15 b) 0,20 c) 0,35 d) 0,40

17. (FUVEST) Helena, cuja massa é 50 kg, pratica o esporte radical


bungee jumping. Em um treino, ela se solta da beirada de um
viaduto, com velocidade inicial nula, presa a uma faixa elástica de
comprimento natural L0 = 15 m e constante elástica k = 250 N/m.
e) Quando a faixa está esticada 10 m além de seu comprimento
natural, o módulo da velocidade de Helena é
Note e adote:
- Aceleração da gravidade: 10 m/s².
- A faixa é perfeitamente elástica; sua massa e efeitos dissipativos
devem ser ignorados.
14. (ENEM) Um garoto foi à loja comprar um estilingue e encontrou a) 0 m/s d) 15 m/s
dois modelos: um com borracha mais “dura” e outro com borracha b) 5 m/s e) 20 m/s
mais “mole”. O garoto concluiu que o mais adequado seria o que
proporcionasse maior alcance horizontal, D, para as mesmas c) 10 m/s
condições de arremesso, quando submetidos à mesma força
aplicada. Sabe-se que a constante elástica kd (do estilingue mais 18. (FUVEST) Um equipamento de bungee jumping está sendo
“duro”) é o dobro da constante elástica km (do estilingue mais projetado para ser utilizado em um viaduto de 30 m de altura. O
“mole”). elástico utilizado tem comprimento relaxado de 10 m. Qual deve ser
D o mínimo valor da constante elástica desse elástico para que ele
A razão entre os alcances d , referentes aos estilingues com possa ser utilizado com segurança no salto por uma pessoa cuja
Dm
massa, somada à do equipamento de proteção a ela conectado,
borrachas “dura” e “mole”, respectivamente, é igual a
seja de 120 kg?
1 Note e adote:
a) .
4
Despreze a massa do elástico, as forças dissipativas e as
1 dimensões da pessoa;
b) .
2 Aceleração da gravidade = 10 m/s².
c) 1. a) 30 N/m d) 160 N/m
d) 2. b) 80 N/m e) 180 N/m
e) 4. c) 90 N/m

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
19 ENERGIA MECÂNICA FÍSICA I

19. (UDESC) A figura abaixo mostra um carrinho de montanha-


russa que inicia seu movimento a partir da altura h em direção a
uma volta de diâmetro D.

Determine:
Desconsiderando todas as forças dissipativas, se o carrinho parte
a) a energia cinética ∆E perdida pelo bloco ao longo do percurso
de h com velocidade inicial nula, o valor mínimo de h para que o
de comprimento d;
carrinho consiga dar uma volta é:
b) as velocidades mínimas vA e vB que o bloco deve ter,
a) 2D b) 5D/4 c) 3D/2 d) 4D/5 e) 2D/3
respectivamente, nos pontos A e B, indicados na figura, para
conseguir completar o loop;
20. (ESPCEX (AMAN)) Um operário, na margem A de um riacho,
c) o menor valor da constante elástica k da mola para que o bloco
quer enviar um equipamento de peso 500 N para outro operário na
complete o loop.
margem B.
Note e adote:
Para isso ele utiliza uma corda ideal de comprimento L = 3 m,
em que uma das extremidades está amarrada ao equipamento e a Aceleração da gravidade = 10 m/s²
outra a um pórtico rígido. Não há atrito entre o bloco e a pista em loop.
Na margem A, a corda forma um ângulo θ com a perpendicular Ignore a resistência do ar.
ao ponto de fixação no pórtico.
A figura é esquemática e não está em escala.
O equipamento é abandonado do repouso a uma altura de 1,20
m em relação ao ponto mais baixo da sua trajetória. Em seguida, 02. (UERJ) A questão a seguir aborda situações relacionadas
ele entra em movimento e descreve um arco de circunferência, ao ambiente do metrô, referindo-se a uma mesma composição,
conforme o desenho abaixo e chega à margem B. formada por oito vagões de dois tipos e movida por tração elétrica.
Para seus cálculos, sempre que necessário, utilize os dados e as
fórmulas abaixo.

Características da composição
velocidade máxima 100 km/h
aceleração constante 1,10 m/s²
desaceleração constante 1,25 m/s²
Gerais
quantidade de tipo I 2
vagões tipo II 6
massa média por passageiro 60 kg
comprimento médio 22,0 m
Desprezando todas as forças de atrito e considerando o largura 3,00 m
equipamento uma partícula, o módulo da força de tração na corda
no ponto mais baixo da trajetória é altura 3,60 m

Dado: considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s². tipo I 38.000 kg


massa
a) 500 N c) 700 N e) 900 N Por vagão tipo II 35.000 kg
b) 600 N d) 800 N quantidade 4
motores potência por
140 kW
motor
EXERCÍCIOS DE
APROFUNDAMENTO capacidade máxima
8 passageiros/

01. (FUVEST) Um bloco de massa m = 400 g está encostado em Uma composição do metrô, com 400 passageiros em cada vagão,
uma mola que foi comprimida de ∆x = 0,2 m em relação a seu desloca-se com velocidade de 36 km/h.
comprimento natural. Em um determinado instante, a mola é solta
e o bloco adquire velocidade e percorre uma distância d = 0,5 m Nessas condições, determine, em joules, a energia cinética total da
sobre uma superfície horizontal com coeficiente de atrito µ = 0,3 e composição.
executa um loop de raio R = 0,9 m.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 7
FÍSICA I 19 ENERGIA MECÂNICA

03. (PUCRJ) O bloco 1, de massa m1 = 1,0 kg é lançado GABARITO


horizontalmente com velocidade inicial v1i = 10 m/s em uma pista
com um trecho com atrito de comprimento d = 4,0 m. Ele sai EXERCÍCIOS PROPOSTOS
deste trecho com velocidade v1f = 6,0 m/s O bloco 1 sofre então 01. E 05. D 09. D 13. C 17. A
uma colisão totalmente inelástica com o bloco 2, inicialmente em 02. C 06. A 10. C 14. B 18. E
repouso e sustentado por um fio ideal de comprimento L = 1,0 m. O 03. D 07. C 11. B 15. C 19. B
conjunto 1 + 2, logo após a colisão, tem velocidade v2 = 2,0 m/s e, a 04. C 08. B
2
12. B
2
16. B 20. E
mvB mv A
partir daí, sobe até uma altura máxima h, como mostrado na figura. EB = E A ⇒ = + mg ⋅ 2R ⇒ vB2 = v A2 + 4gR ⇒
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
2 2
J vB2 = 32 + 4 ⋅ 10 ⋅ 0,9 ⇒ vB = c)
01. a) ∆E = 0,6⇒ 9 + 36
b) vA = 3 m/s e∴ vB =
3 5m s
c) k = 480 N/m

02. Ec = 23900000 J

03. a)

d) T = 72 N

04. a) F = 30 N
a) Faça o diagrama de forças sobre o bloco 1 durante o trajeto na b) ω = 10 rad/s
pista com atrito e encontre o coeficiente de atrito cinético do µc = 0,8
c) E = 6 J
bloco com a pista. b) h = 0,2 m
d) ∆t = 20 s
b) Determine a massa m2 do bloco 2 e encontre a altura máxima
05. Ec = 301,5 MJ
h que o conjunto de blocos 1 + 2 atinge.
c) Faça o diagrama de forças sobre o conjunto de blocos 1 + 2 em
um momento genérico da subida, quando o ângulo do fio com ANOTAÇÕES
a vertical é θ.
d) Em um instante tal que cos(θ) = 0,8, encontre o módulo da força
de tensão no fio.

04. (FUVEST) Um sistema é formado por um disco com um trilho


na direção radial e um bloco que pode se mover livremente ao
longo do trilho. O bloco, de massa 1 kg, está ligado a uma mola
de constante elástica 300 N/m. A outra extremidade da mola está
fixa em um eixo vertical, perpendicular ao disco, passando pelo seu
centro. Com o sistema em repouso, o bloco está na posição de
equilíbrio, a uma distância de 20 cm do eixo. Um motor de potência
0,3 W acoplado ao eixo é ligado no instante t = 0, fazendo com que
todo o conjunto passe a girar e o bloco, lentamente, se afaste do
centro do disco. Para o instante em que a distância do bloco ao
centro é de 30 cm, determine
a) o módulo da força F na mola;
b) a velocidade angular ω do bloco;
c) a energia mecânica E armazenada no sistema massa-mola;
d) o intervalo de tempo ∆t decorrido desde o início do movimento.
Note e adote:
Desconsidere a pequena velocidade do bloco na direção radial, as
massas do disco, do trilho e da mola e os efeitos dissipativos.

05. (UERJ) Atualmente, o navio mais rápido do mundo pode


navegar em velocidade superior a 100 km/h. Em uma de suas
viagens, transporta uma carga de 1000 passageiros e 150 carros.
Admita, além da massa do navio, de 450000 kg, os seguintes
valores médios m para as demais massas:
-mpassageiro: 70 kg
-mcarro: 1000 kg
Estime, em MJ, a energia cinética do conjunto, no instante em que
o navio se desloca com velocidade igual a 108 km/h.

8 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
20 TRABALHO, POTÊNCIA E FÍSICA I

ENERGIA: REVISÃO

Vamos rever as maneiras de se calcular o trabalho de uma I Inicial


força. Lembrando que o trabalho é uma forma de energia útil, uma I Inicial
maneira de se transferir energia mecânica. I Inicial Vo
Vo
FORÇA CONSTANTE Vo
ECo = 10 J
ECo = 10 J
ECo = 10 J
Quando por um intervalo de tempo uma força constante
começa a atuar sobre o objeto no sentido do deslocamento.
II Meio
II Meio
II Meio

F F
F 10 J F 100 J
F 10 J F 100 J
10 J 100 J
S
Casos Particulares:
O objeto, devido à força, passa a Sdescrever um movimento
Cos0° = 1 → τ = F⋅∆S acelerado, aumentando o módulo  S de sua velocidade e
Cos90° = 0 → τ=0 consequentemente aumentando a sua energia cinética.
Vamos supor que sua energia cinética após a atuação da força
Cos180° = –1 → τ = -F⋅∆S III Fim
tenha aumentado para 100 J.
III Fim
III Fim V
FORÇA VARIÁVEL V
V
ECf = 100 J
ECf = 100 J
ECf = 100 J

N Perceba que a força ao iniciar sua influência no bloco, o mesmo


Área = τ tinha uma energia de 10J e após a influência da força sua energia
aumentou para um valor de 100J. Perceba que aumento de energia
cinética foi de um valor de 90J, visto que 10J + 90J =100J.
Na natureza a energia não se cria do nada, apenas se transfere
de um sistema ou objeto para outro, fisicamente esse aumento
A área A destacada no gráfico fornece a medida do valor de 90 J de energia que o bloco apresentou veio da energia que a
 força F transferiu para o objeto, damos o nome dessa energia de
algébrico do trabalho da força F ao longo do deslocamento de um 
objeto que sofre a ação dessa força. No entanto a força considerada trabalho da força F .
deve ser paralela ao deslocamento do objeto.

POTÊNCIA
TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA Por definição é a razão da energia gasta/gerada pelo consumo
do tempo. Mas aqui na mecânica essa energia consumida é
Energia Cinética Final (Ecf) Energia Cinética Inicial (Eci) apresentada sob a forma de trabalho, logo:

τ = ∆Ec
=τ ECfinal − E Cinicial
m ⋅ V2 m ⋅ V02
=τ − Mas
2 2

Trabalho mecânico é energia, mais especificamente, trabalho é


a variação da energia cinética.
Vamos imaginar um objeto que se move em MRU (movimento
retilíneo e uniforme) com energia cinética de 10 J. Como na
imagem abaixo:

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 20 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA: REVISÃO

PROEXPLICA PROEXPLICA

Potência em Hidrelétricas Como fontes de energia pode cair no Enem?


Potm = µ ⋅ g ⋅ Z ⋅ H A utilização dos recursos para a produção de energia
elétrica deve ser sempre pensada em função dos recursos
 Kg  que cada país dispõe. Dentro das suas características, cada
µ : Densidade da água  3 
m  região possui maior potencial para utilizar determinada
m fonte de produção de energia, de modo a produzir sem gerar
 da gravidade  2 
g : Aceleraçao  grandes impactos no ambiente.
s 
 m3 
Z : Vazäo  
 s 
H: Altura da queda (m) EXERCÍCIOS
PROTREINO
ENERGIA CINÉTICA 01. Em um experimento que valida a conservação da energia
mecânica, um objeto de 2,0 kg colide horizontalmente com uma
Associada à velocidade do corpo. mola relaxada, de constante elástica de 200 N/m. Essa colisão
provoca uma compressão máxima de 1,2 cm. Determine a
m ⋅ v2 velocidade, em cm/s, desse objeto antes de colidir com mola.
EC =
2
02. Um bloco de massa 900 g é usado para comprimir em
18 cm uma mola de constante elástica de 1000 N/m. Em um dado
ENERGIA POTENCIAL instante, o bloco é empurrado a partir do abandono e desliza em
uma superfície sem atrito.
GRAVITACIONAL
Armazenada no sistema, está associada à força gravitacional e
a altura de um corpo em relação ao referencial.

EPg = m ⋅ g ⋅ h

ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA Calcule a velocidade com que o bloco passa pelo ponto A.
Adote: g = 10 m/s²
Armazenada no sistema, está associada à força elástica.

K ⋅ x2 03. Uma força resultante de intensidade variável atua paralelamente


EPel = ao deslocamento de um objeto, o gráfico abaixo representa a
2 relação entre a força e o deslocamento do objeto.

ENERGIA MECÂNICA
Será o somatório da energia cinética com as energias
potenciais. Em um sistema conservativo (livre de atritos), a energia
mecânica se mantém constante.
SISTEMA CONSERVATIVO → EM = Constante

E=
M EC + EP

• A unidade de Trabalho e Energia é o joule (J).


• A unidade de potência é o watt (W).
Para as outras grandezas físicas envolvidas, temos no Sistema Calcule o trabalho da força resultante no trecho indicado no gráfico.
Internacional:
F – força (N) 04. Um bloco de 1 kg desliza sobre um plano horizontal e rugoso. A
imagem abaixo apresenta a velocidade com que o bloco passa pelo
∆S – deslocamento (m)
ponto A e a distância de 5 metros entre os pontos A e B.
m – massa (kg)
v – velocidade (m/s)
g – aceleração gravitacional (10 m/s²)
h – altura (m)
k – constante elástica (N/m)
x – deformação da mola (m)
∆t – intervalo de tempo (s)

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
20 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA: REVISÃO FÍSICA I

Considerando o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o solo 04. (CPS) A pesca é um dos lazeres mais procurados. Apetrechos
0,76 calcule a velocidade do bloco ao passar pelo ponto B. e equipamentos utilizados devem ser da melhor qualidade. O fio
Adote: g = 10 m/s² para pesca é um exemplo. Ele deve resistir à força que o peixe
faz para tentar permanecer na água e também ao peso do peixe.
Supondo que o peixe seja retirado, perpendicularmente em relação
05. Uma esfera de 100 gramas é abandonada no vácuo a uma
à superfície da água, com uma força constante, o trabalho
altura de 0,9 m. Imediatamente após colidir com o solo, sua
velocidade é de 4 m/s. a) será resistente, considerando apenas a força peso do peixe.
Calcule o módulo da energia mecânica dissipada na colisão. b) da força resultante será resistente, pois o peixe será retirado
da água.
Adote: g = 10 m/s²
c) será indiferente, pois a força, sendo constante, implicará em
aceleração igual a zero.
d) poderá ser resistente em relação à força que o pescador
aplicará para erguer o peixe.
EXERCÍCIOS e) de qualquer força aplicada no peixe será nulo, pois força e
PROPOSTOS deslocamento são perpendiculares entre si.

01. (FUVEST) O que consome mais energia ao longo de um mês, 05. (FATEC) O cientista inglês Robert Hooke estudou as mais
uma residência ou um carro? Suponha que o consumo mensal de diversas áreas da Ciência. Realizou trabalhos científicos com
energia elétrica residencial de uma família, ER, seja 300 kWh (300 Boyle, Newton e Huygens, por exemplo. Na física, foi responsável
quilowatts ⋅ hora) e que, nesse período, o carro da família tenha por descrever a deformação de materiais elásticos e sua relação
consumido uma energia EC, fornecida por 180 litros de gasolina. com a força.
Assim, a razão EC/ER será, aproximadamente: Em um de seus experimentos, soltou de uma altura de 3 metros, em
Calor de combustão da gasolina ≈ 30 000 kJ/litro; 1 kJ = 1 000 J relação ao solo, uma massa de 70 kg sobre uma cama elástica de
circo. A cama elástica sofreu uma deformação de 50 cm, conforme
a) 1/6 c) 1 e) 5 mostra a figura a seguir.
b) 1/2 d) 3

02. (UNIFESP) Uma pessoa de 70 kg desloca-se do andar térreo


ao andar superior de uma grande loja de departamentos, utilizando
uma escada rolante. A figura fornece a velocidade e a inclinação da
escada em relação ao piso horizontal da loja.

Considerando que a pessoa permaneça sempre sobre o


mesmo degrau da escada, e sendo g = 10 m/s2, sen 30°= 0,50 e
cos 30°= 0,87, pode-se dizer que a energia transferida à pessoa por Supondo que há conservação de energia mecânica em qualquer
unidade de tempo pela escada rolante durante esse percurso foi de: instante e que a cama elástica se deforma uniformemente, o valor
a) 1,4 × 102 J/s. d) 3,7 × 102 J/s. da constante elástica da cama é, em N/m, de:

b) 2,1 × 102 J/s. e) 5,0 × 102 J/s. a) 19 600. c) 14 000. e) 8 400.

c) 2,4 × 102 J/s. b) 16 000. d) 11 200.

03. (PUC-RJ) Durante a aula de educação física, ao realizar um 06. (PUC-RJ) Um halterofilista levanta um peso a partir do solo até
exercício, um aluno levanta verticalmente um peso com sua mão, uma altura H, mantendo a velocidade do peso constante durante
mantendo, durante o movimento, a velocidade constante. todo o movimento. Considerando o sistema peso e Terra, e que a
energia potencial pode ser considerada zero na superfície da Terra,
Pode-se afirmar que o trabalho realizado pelo aluno é: podemos afirmar que:
a) positivo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma a) o halterofilista realizou trabalho, diminuindo a energia cinética
direção e sentido oposto ao do movimento do peso. do sistema.
b) positivo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma b) o halterofilista realizou trabalho, aumentando a energia
direção e sentido do movimento do peso. potencial do sistema.
c) zero, uma vez que o movimento tem velocidade constante. c) o halterofilista realizou trabalho, diminuindo a energia potencial
d) negativo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma do sistema.
direção e sentido oposto ao do movimento do peso. d) o halterofilista realizou trabalho, mantendo a energia potencial
e) negativo, pois a força exercida pelo aluno atua na mesma do sistema constante.
direção e sentido do movimento do peso. e) o halterofilista não realizou trabalho.

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FÍSICA I 20 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA: REVISÃO

07. (IFSC) A ilustração abaixo representa um bloco de 2 kg de 11. (EEAR) O gráfico a seguir relaciona a intensidade da força (F) e a
massa, que é comprimido contra uma mola de constante elástica posição (x) durante o deslocamento de um móvel com massa igual
K = 200 N/m. Desprezando qualquer tipo de atrito, é CORRETO a 10 kg da posição x = 0 m até o repouso em x = 6 m.
afirmar que, para que o bloco atinja o ponto B com uma velocidade
de 1,0 m/s, é necessário comprimir a mola em:

a) 0,90 cm c) 0,81 m. e) 9,0 cm.


b) 90,0 cm. d) 81,0 cm.

08. (CFTMG) Consulte os dados a seguir, para resolver as questões,


quando for necessário. O módulo da velocidade do móvel na posição x = 0, em m/s, é igual a
• aceleração da gravidade: g=10m/s2. a) 3 b) 4 c) 5 d) 6
• densidade da água: 1,0 g/cm3.
• densidade da madeira: 0,80g/cm3. 12. (ENEM) Numa feira de ciências, um estudante utilizará o disco
de Maxwell (ioiô) para demonstrar o princípio da conservação da
Um operário transporta uma caixa do térreo para o terceiro andar energia. A apresentação consistirá em duas etapas.
de um prédio em obras, usando a força de seus músculos. Ao voltar Etapa 1 – a explicação de que, à medida que o disco desce,
para o térreo, leva um saco de cimento de mesma massa da caixa parte de sua energia potencial gravitacional é transformada em
para o terceiro andar, gastando um tempo maior. energia cinética de translação e energia cinética de rotação;
Nessa situação, é correto afirmar que: Etapa 2 – o cálculo da energia cinética de rotação do disco no
a) a energia mecânica da caixa permaneceu constante. ponto mais baixo de sua trajetória, supondo o sistema conservativo.
b) a energia potencial gravitacional do cimento diminuiu. Ao preparar a segunda etapa, ele considera a aceleração da
c) o trabalho realizado pelo operário é o mesmo nos dois casos. gravidade igual a 10 ms-² e a velocidade linear do centro de massa
do disco desprezível em comparação com a velocidade angular.
d) a potência desenvolvida pelo operário é maior no segundo
Em seguida, mede a altura do topo do disco em relação ao chão no
caso. 1
ponto mais baixo de sua trajetória, obtendo da altura da haste
do brinquedo. 3
09. (UFG) Uma partícula de massa 2,0 kg move-se em trajetória
retilínea passando respectivamente pelos pontos A e B, distantes As especificações de tamanho do brinquedo, isto é, de comprimento
3,0 m, sob a ação de uma força conservativa constante. No (C), largura (L) e altura (A), assim como da massa de seu disco de
intervalo AB, a partícula ganhou 36 J de energia potencial, logo a metal, foram encontradas pelo estudante no recorte de manual
ilustrado a seguir.
a) aceleração da partícula é 12 m/s2.
b) energia cinética no ponto A é nula.
c) força realizou um trabalho igual a 36 J.
d) energia cinética em B é maior do que em A.
e) força atuou na partícula no sentido de B para A.

10. (UFAL) Uma pedra é arremessada horizontalmente por uma


pessoa que lhe aplica uma força de intensidade F que varia com a
velocidade v da pedra segundo o gráfico.


A potência instantânea da força F quando a velocidade da pedra é
de 20 m/s é, em W,
a) 8,0 × 102 d) 2,0 × 102
b) 6,0 × 10 2
e) 1,0 × 102
c) 4,0 × 102

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20 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA: REVISÃO FÍSICA I

Conteúdo: base de metal, hastes metálicas, barra superior, disco d) A queima do carvão produz energia térmica, que é transformada
de metal. em energia potencial na torre da usina, Essa energia é então
Tamanho (C×L×A): 300 mm × 10 mm × 410 mm transformada em energia elétrica nas células eletrolíticas.
Massa do disco de metal: 30 g e) A queima do carvão produz energia térmica, que é usada
para aquecer água, transformando-se novamente em energia
O resultado do cálculo da etapa 2, em joule, é: química, quando a água é decomposta em hidrogênio e
a) 4,10 × 10-2 oxigênio, gerando energia elétrica.
b) 8,20 × 10-2
c) 1,23 × 10-1 16. (ENEM) Uma das modalidades presentes nas olimpíadas é o
salto com vara. As etapas de um dos saltos de um atleta estão
d) 8,20 × 10 4
representadas na figura:
e) 1,23 × 105

13. (ENEM (LIBRAS)) Bolas de borracha, ao caírem no chão,


quicam várias vezes antes que parte da sua energia mecânica
seja dissipada. Ao projetar uma bola de futsal, essa dissipação
deve ser observada para que a variação na altura máxima atingida
após um número de quiques seja adequada às práticas do jogo.
Nessa modalidade é importante que ocorra grande variação para
um ou dois quiques. Uma bola de massa igual a 0,40 kg é solta
verticalmente de uma altura inicial de 1,0 m e perde, a cada choque
com o solo, 80% de sua energia mecânica. Considere desprezível a
resistência do ar e adote g = 10 m/s².
O valor da energia mecânica final, em joule, após a bola quicar duas
vezes no solo, será igual a
a) 0,16 d) 2,56
b) 0,80 e) 3,20
c) 1,60

14. (ENEM PPL) Um automóvel, em movimento uniforme, anda


por uma estrada plana, quando começa a descer uma ladeira, na
qual o motorista faz com que o carro se mantenha sempre com
velocidade escalar constante.
Durante a descida, o que ocorre com as energias potencial, cinética
e mecânica do carro?
Desprezando-se as forças dissipativas (resistência do ar e atrito),
a) A energia mecânica mantém-se constante, já que a velocidade para que o salto atinja a maior altura possível, ou seja, o máximo de
escalar não varia e, portanto, a energia cinética é constante. energia seja conservada, é necessário que
b) A energia cinética aumenta, pois a energia potencial a) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente
gravitacional diminui e quando uma se reduz, a outra cresce. convertida em energia potencial elástica representada na etapa
c) A energia potencial gravitacional mantém-se constante, já que IV.
há apenas forças conservativas agindo sobre o carro. b) a energia cinética, representada na etapa II, seja totalmente
d) A energia mecânica diminui, pois a energia cinética se mantém convertida em energia potencial gravitacional, representada na
constante, mas a energia potencial gravitacional diminui. etapa IV.
e) A energia cinética mantém-se constante, já que não há trabalho c) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente
realizado sobre o carro. convertida em energia potencial gravitacional, representada na
etapa III.
15. (ENEM PPL) A usina termelétrica a carvão é um dos tipos de d) a energia potencial gravitacional, representada na etapa II,
unidades geradoras de energia elétrica no Brasil, Essas usinas seja totalmente convertida em energia potencial elástica,
transformam a energia contida no combustível (carvão mineral) representada na etapa IV.
em energia elétrica. e) a energia potencial gravitacional, representada na etapa I,
Em que sequência ocorrem os processos para realizar essa seja totalmente convertida em energia potencial elástica,
transformação? representada na etapa III.
a) A usina transforma diretamente toda a energia química contida
no carvão em energia elétrica, usando reações de fissão em 17. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) No nosso dia a dia, deparamo-nos
uma célula combustível. com muitas tarefas pequenas e problemas que demandam pouca
b) A usina queima o carvão, produzindo energia térmica, energia para serem resolvidos e, por isso, não consideramos a
que é transformada em energia elétrica por dispositivos eficiência energética de nossas ações. No global, isso significa
denominados transformadores. desperdiçar muito calor que poderia ainda ser usado como fonte
de energia para outros processos. Em ambientes industriais, esse
c) A queima do carvão produz energia térmica, que é usada reaproveitamento é feito por um processo chamado de cogeração.
para transformar água em vapor. A energia contida no vapor A figura a seguir ilustra um exemplo de cogeração na produção de
é transformada em energia mecânica na turbina e, então, energia elétrica.
transformada em energia elétrica no gerador.

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FÍSICA I 20 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA: REVISÃO

19. (PUCRS) Os grandes parques de diversões espalhados pelo


mundo são destinos tradicionais de férias das famílias brasileiras.
Considere um perfil de montanha-russa mostrado na imagem, na
qual o looping possui um raio R.

Desprezando qualquer forma de dissipação de energia no sistema e


supondo que a energia cinética medida para o carrinho seja apenas
de translação, a altura mínima em relação ao nível de referência
em que o carrinho pode partir do repouso e efetuar o looping com
sucesso é
a) h1 c) h3
b) h2 d) h4

Em relação ao processo secundário de aproveitamento de energia 20. (PUCRJ) Um pequeno objeto é colocado no alto da rampa, no
ilustrado na figura, a perda global de energia é reduzida por meio da ponto A, mostrado na Figura. Esse objeto escorrega rampa abaixo,
transformação de energia a partir do repouso, e alcança o ponto final da rampa (ponto C). Não
a) térmica em mecânica. há perdas por atrito.

b) mecânica em térmica.
c) química em térmica.
d) química em mecânica.
e) elétrica em luminosa.

18. (ENEM CANCELADO) A energia geotérmica tem sua origem no


núcleo derretido da Terra, onde as temperaturas atingem 4.000 ºC.
Essa energia é primeiramente produzida pela decomposição de
materiais radiativos dentro do planeta. Em fontes geotérmicas,
a água, aprisionada em um reservatório subterrâneo, é aquecida
pelas rochas ao redor e fica submetida a altas pressões, podendo
Calcule a razão VB/VC entre as velocidades do objeto nos pontos B
atingir temperaturas de até 370 ºC sem entrar em ebulição. Ao
(altura 0,64 H) e C, respectivamente.
ser liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza
e se resfria, formando fontes ou gêiseres. O vapor de poços a) 1,25 d) 0,64
geotérmicos é separado da água e é utilizado no funcionamento de b) 1,0 e) 0,60
turbinas para gerar eletricidade. A água quente pode ser utilizada c) 0,8
para aquecimento direto ou em usinas de dessalinização.
HINRICHS, Roger A. Energia e Meio Ambiente.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003 (adaptado).
EXERCÍCIOS DE
Sob o aspecto da conversão de energia, as usinas geotérmicas
a) funcionam com base na conversão de energia potencial
APROFUNDAMENTO
gravitacional em energia térmica.
01. (UERJ) Duas gotas de orvalho caem de uma mesma folha de
b) transformam inicialmente a energia solar em energia cinética e, árvore, estando ambas a uma altura h do solo. As gotas possuem
depois, em energia térmica. massas m1 e m2, sendo m2 = 2m1. Ao atingirem o solo, suas
c) podem aproveitar a energia química transformada em térmica velocidades e energias cinéticas são, respectivamente, v1, E1 e v2, E2.
no processo de dessalinização. v1 E
d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à Desprezando o atrito e o empuxo, determine as razões e 1.
v2 E2
conversão de energia térmica em cinética e, depois, em elétrica.
e) utilizam a mesma fonte primária de energia que as usinas 02. (UERJ) Uma pequena caixa é lançada em direção ao solo,
nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos decorrentes sobre um plano inclinado, com velocidade igual a 3,0 m/s. A altura
de ambas. do ponto de lançamento da caixa, em relação ao solo, é igual a
0,8 m.
Considerando que a caixa desliza sem atrito, estime a sua
velocidade ao atingir o solo.
Utilize: Aceleração da gravidade = 10 m/s².

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
20 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA: REVISÃO FÍSICA I

03. (PUCRJ) Um arqueiro se prepara para lançar uma flecha 05. (PUCRJ) Um carrinho de montanha-russa percorre um trecho
de massa 100 g da borda de um precipício, de altura H = 320 m, horizontal (trecho 1) sem perda de energia, à velocidade de
utilizando uma balestra. O arqueiro retesa as cordas da balestra, v1 = 36 km/h. Ao passar por uma pequena subida de 3,75 m, em
que podemos supor como sendo um sistema de molas com um relação ao trecho horizontal anterior, o trem diminui sua velocidade,
coeficiente k = 1440 N/m, para lançar horizontalmente a flecha que que é dada por v2 no ponto de maior altitude. Ao descer desse ponto
segue a trajetória representada na figura abaixo. mais alto, o carrinho volta a se movimentar em um novo trecho
Dados: a resistência do ar é desprezível e g = 10 m/s² horizontal (trecho 2) que é 1,8 m mais alto que o trecho horizontal
1. A velocidade do carrinho ao começar a percorrer este segundo
trecho horizontal é dada por v3. Nesse instante as rodas do carrinho
travam e ele passa a ser freado (aceleração a) pela força de atrito
constante com os trilhos. O carrinho percorre uma distância d = 40
m antes de parar. A aceleração da gravidade é g = 10 m/s2.
a) Calcule v2.
b) Calcule v3.
c) Calcule a aceleração de frenagem a devida ao atrito.
d) Em quanto tempo o carrinho conseguiu parar?

a) Dado que o arqueiro puxa as cordas por d = 30 cm, calcule a GABARITO


velocidade de saída da flecha.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
b) Calcule o intervalo de tempo necessário para que a flecha caia 01. E 05. C 09. E 13. A 17. A
no chão abaixo. 02. B 06. B 10. B 14. D 18. D
c) Calcule a distância horizontal D percorrida pela flecha até tocar 03. B 07. B 11. A 15. C 19. B
o chão. 04. A 08. C 12. B 16. C 20. E

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
04. (UNESP) Um caminhão de brinquedo move-se em linha
2
m 1 v1
m v2 E1 v
reta sobre uma superfície
final
EMec inicial
EMec
= plana = m g h com
e horizontal
⇒ ⇒ v = velocidade
2 gh = 01.m 11 = ⇒
⇒ v1 = 2v22 = ⇒
E
1.e =1
1
. 04. a) T = 3 N
2 E 2 m 2 v2 2 mv21 E2 2
b) v = 2 m/s
constante. Ele leva consigo uma pequena esfera de massa 2
02. Vf = 5 m/s
m = 600 g presa por um fio ideal vertical de comprimento L = 40 cm 05. a) v2 = 5 m/s
a um suporte fixo em sua carroceria. 03. a) v = 36 m/s b) v3 = 8 m/s
b) t = 8 s c) a = -0,8 m/s²
c) D = 288 m d) t = 10 s

ANOTAÇÕES

Em um determinado momento, o caminhão colide inelasticamente


com um obstáculo fixo no solo, e a esfera passa a oscilar atingindo
o ponto mais alto de sua trajetória quando o fio forma um ângulo
θ = 60º em relação à vertical.

1
Adotando g = 10 m/s², cos= 60° sen=
30° e desprezando a
resistência do ar, calcule: 2
a) a intensidade da tração no fio, em N, no instante em que a
esfera para no ponto mais alto de sua trajetória.
b) a velocidade escalar do caminhão, em m/s, no instante em que
ele se choca contra o obstáculo.

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FÍSICA I 20 TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA: REVISÃO

ANOTAÇÕES

8 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
21 IMPULSO E QUANTIDADE DE FÍSICA I

MOVIMENTO

IMPULSO DE UMA FORÇA Sua direção e seu sentido são os mesmos de sua velocidade.
 
CONSTANTE  Q= m ⋅ V

Define-se impulso ( I ) de uma  força de módulo constante A unidade da quantidade de movimento é:


como sendo o produto da força (F) pelo intervalo de tempo (∆t)
[ Q ] = kg⋅m/s
durante o qual ela agiu sobre o corpo.
 
I = F ⋅ ∆t

O módulo do impulso ou impulsão de uma força constante é


obtido pelo produto do módulo da força pelo valor do intervalo de
tempo. Como ∆t é sempre positivo, a direção e o sentido do impulso
serão os mesmos da força.
Unidade de impulso no SI:
[I]=N⋅s

GRÁFICO F × T
Através do gráfico da força em função do tempo, podemos
calcular o impulso aplicado através do cálculo da área abaixo da
curva. TEOREMA DO IMPULSO
• Força constante Quando um corpo tem sua velocidade alterada, tem também
sua quantidade de movimento alterada. Para que a velocidade seja
alterada, é necessária a atuação de uma força resultante diferente
de zero durante um certo intervalo de tempo, dessa forma, podemos
afirmar que aplicou-se um impulso ao corpo.
Através do Teorema do Impulso, sabemos que a variação da
quantidade de movimento é igual ao impulso aplicado.

Para o cálculo do impulso aplicado por forças de intensidade


variáveis, devemos utilizar a propriedade do gráfico da força em
função do tempo.
• Força variável

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. (UNICAMP) Beisebol é um esporte que envolve o


arremesso, com a mão, de uma bola de 140 g de massa na
direção de outro jogador que irá rebatê-la com um taco sólido.
Considere que, em um arremesso, o módulo da velocidade da
bola chegou a 162 km/h, imediatamente após deixar a mão
do arremessador. Sabendo que o tempo de contato entre a
bola e a mão do jogador foi de 0,07 s, o módulo da força média
QUANTIDADE DE MOVIMENTO aplicada na bola foi de
a) 324,0 N
QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE UM b) 90,0 N
c) 6,3 N
PONTO MATERIAL
d) 11,3 N
 Quando um ponto material de massa m possui velocidade e) 4,8 N
V dizemos que ele possui uma quantidade de movimento ou
momento linear
 (Q) dada pelo produto de sua massa (m) pela sua
velocidade (V).

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 21 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO

Resolução: B
Dados: m = 140g = 0,14 kg; V0 = 0; V 162km/h = 45m/s
Como não há variação na direção do movimento durante o
processo de aceleração, podemos usar o Teorema do Impulso
na forma modular:
  m ∆v 0,14 × 45
I F =∆Q ⇒ F ∆t =m ∆v ⇒ F = = ⇒
∆t 0,07
F = 90 N.

Nota-se que o triângulo formado é equilátero, pois todos os


EXERCÍCIO RESOLVIDO ângulos internos são iguais entre si, sendo assim, a variação
da quantidade de movimento ∆Q é exatamente  igual à
quantidade de movimento inicial Qi e final Q f , isto é, em
02. (PUC-PR) A figura a seguir ilustra uma visão superior de módulo
uma mesa de sinuca, onde uma bola de massa 400 g atinge
a tabela com um ângulo de 60º com a normal e ricocheteia m m
∆Q = Qi = m ⋅ v = 0,4kg ⋅ 9 = 3,6kg
formando o mesmo ângulo com a normal. A velocidade da s s
bola, de 9 m/s, altera apenas a direção do movimento durante
o choque, que tem uma duração de 10 ms. Sabendo que o módulo do Impulso é dado por:
=I Fm ⋅ t (3)

Juntando as equações (3) e (1), temos:



Fm ⋅ t =∆Q (4)

De onde sai a força média da colisão da bola com a tabela,


em módulo:
∆Q 3,6Ns
Fm
= = = 360N
t 10 ⋅ 10−3 s

10 ms = 10⋅10-3 segundos
A partir da situação descrita acima, a bola exerce uma força
média na tabela da mesa de:
a) 360 N
03. (UFRGS) Um bloco de massa 1 kg move-se retilineamente
b) 5400 N com velocidade de módulo constante igual a 3 m/s, sobre
c) 3600 N urna superfície horizontal sem atrito. A partir de dado instante,
d) 4000 N o bloco recebe o impulso de sua força externa aplicada na
mesma direção e sentido de seu movimento. A intensidade
e) 600 N dessa força, em função do tempo, é dada pelo gráfico abaixo.
A partir desse gráfico, pode-se afirmar que o módulo da
Resolução: A velocidade do bloco após o impulso recebido é, em m/s, de
Para a resolução da questão usaremos o teorema do Impulso
 
I = ∆Q (1)

I = impulso da força média em N/s;

∆Q =variação da quantidade de movimento em kg m/s que é
calculada vetorialmente, como vemos nas figuras:
  
∆Q = Q f − Qi (2)

a) -6.
b) 1.
c) 5.
d) 7.
e) 9.

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
21 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO FÍSICA I

Resolução: E EXERCÍCIO RESOLVIDO


O Impulso recebido é numericamente igual à “área” entre a
linha do gráfico e o eixo t. 04. (FGV-RJ) Leonardo, de 75 kg, e sua filha Beatriz, de
25 kg, estavam patinando em uma pista horizontal de gelo,
2 +1 na mesma direção e em sentidos opostos, ambos com
IF = × 4 ⇒ I F = 6 N ⋅ s.
2 velocidade de módulo v = 1,5 m/s. Por estarem distraídos,
colidiram frontalmente, e Beatriz passou a se mover com
Se a referida força é a resultante, podemos aplicar o Teorema velocidade de módulo u = 3,0 m/s, na mesma direção, mas
do Impulso. em sentido contrário ao de seu movimento inicial. Após a
I R = m ( v − v0 ) ⇒ 6 =
∆Q ⇒ I R = 1( v − 3 ) ⇒ colisão, a velocidade de Leonardo é
a) nula.
v = 9 m/s. b) 1,5 m/s no mesmo sentido de seu movimento inicial.
c) 1,5 m/s em sentido oposto ao de seu movimento inicial.
O aluno não deve esquecer que, como a quantidade
d) 3,0 m/s no mesmo sentido de seu movimento inicial.
de movimento é uma grandeza vetorial, a subtração
(∆Q = QF– QI) deverá ser feita vetorialmente. e) 3,0 m/s em sentido oposto ao de seu movimento inicial.

Resolução: A

PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Num sistema isolado, a quantidade de movimento permanece
constante.
 
Q ANTES = QDEPOIS

Um sistema mecânico é considerado isolado de forças


externas quando a resultante das forças externas que atuam sobre Como o sistema é isolado de forças externas, podemos
ele for igual a zero, portanto: aplicar a conservação da quantidade de movimento:
 
Q TF =Q TI → m1V1 − m2 V2 =m1u1 + m2u2
75 × 1,5 − 25 × 1,5
= 75u1 + 25 × 3 → u1 = 0
Vale mais uma vez lembrar que a quantidade de movimento
se trata de grandeza vetorial, e por isso o seu módulo, direção e
sentido devem permanecer constantes.
PROEXPLICA
PROEXPLICA
Como choques de automóveis pode cair no Enem?
Sistemas Mecanicamente Isolados e Sistemas O excesso de velocidade e as freadas repentinas são as
Conservativos principais causas de acidentes de trânsito. Ao analisar uma
Sistema Isolado: a quantidade de movimento do sistema colisão entre dois veículos, um perito deve ser capaz de
é constante. Sistema cujas forças externas são nulas. determinar as velocidades dos automóveis antes e depois da
colisão, baseado nas evidências que serão encontradas no
Sistema Conservativo: a energia mecânica do sistema é
local.
constante, não há trabalho de forças dissipativas.
Um sistema pode ser isolado e conservativo, isolado e
não conservativo, não isolado e conservativo, não isolado e
não conservativo. Perceba que ser isolado e ser conservativo
são casos independentes. EXERCÍCIOS
PROTREINO
QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE UM 01. Uma força horizontal, constante e de intensidade 10 N
SISTEMA DE PONTOS MATERIAIS atua sobre um corpo que desliza do ponto A até o ponto B em 4
segundos.
Para se obter a quantidade de movimento de um sistema,
devemos somar vetorialmente a quantidade de movimento de cada
corpo que constitui o sistema.
    
QSIST =m1v 1 + m2 v 2 + m3 v 3 + ... + mn ⋅ v n

Em um sistema, é comum utilizarmos o conceito de centro



de massa; e utilizando o Princípio da Conservação da Quantidade Calcule o impulso da força F aplicado no corpo nesse intervalo
de Movimento, podemos afirmar que em um sistema isolado, de tempo.
a quantidade de movimento do centro de massa se mantém
constante.

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FÍSICA I 21 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO

02. Uma força de intensidade variável atua por 10 segundos em um


corpo de massa 400 g.

Calcule o módulo do impulso no objeto nesse intervalo de tempo.


Considere que a força é paralela ao movimento durante todo
intervalo.

03. Uma esfera de 250 gramas desliza sobre uma base plana e
horizontal até cair da mesa. No instante em que a esfera deixa a
mesa sua velocidade é de 3 m/s.

Em um dado instante eles se empurram, após o empurrão o


patinador B se desloca com velocidade de 8 m/s.
Calcule a velocidade relativa de afastamento dos patinadores após
o empurrão.

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (UECE) Considerando-se o módulo do momento linear, p,
Após cair por 0,8 metros chega ao ponto A. Calcule o módulo da de um carro de massa m, a energia cinética do carro pode ser
quantidade de movimento da esfera, em Kg⋅m/s, da esfera no corretamente escrita como
ponto A. a) p2
.
c) p
.
2m 2m
04. Uma esfera de 200 g desliza em um plano horizontal sem atrito b) p d) m
e colide com uma parede fixa. . .
m 2p2

02. (UFPE) Um casal participa de uma competição de patinação


sobre o gelo. Em dado instante, o rapaz, de massa igual a 60 kg,
e a garota, de massa igual a 40 kg, estão parados e abraçados
frente a frente. Subitamente, o rapaz dá um empurrão na garota,
que sai patinando para trás com uma velocidade de módulo igual
a 0,60 m/s. Qual o módulo da velocidade do rapaz ao recuar, como
consequência desse empurrão? Despreze o atrito com o chão e o
efeito de ar.

As velocidades antes e depois da esfera estão representadas na


imagem acima. Calcule o módulo do impulso dado na pela parede
na esfera durante a colisão.

05. Sobre um plano horizontal sem atrito repousam dois


patinadores A e B, de massas 80 Kg e 60 Kg, respectivamente.

a) 0,2 m/s c) 0,6 m/s e) 1,2 m/s


b) 0,4 m/s d) 0,8 m/s

4 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
21 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO FÍSICA I

03. (PUC-RJ) Um jogador de tênis, durante o saque, lança a bola Admita que, nessa jogada, a bola ficou em contato com o peito do
verticalmente para cima. Ao atingir sua altura máxima, a bola é jogador por 0,2 s e que, nesse intervalo de tempo, a intensidade
golpeada pela raquete de tênis, e sai com velocidade de 108 km/h da força resultante (FR), que atuou sobre ela, variou em função do
na direção horizontal. tempo, conforme o gráfico.
Calcule, em kg m/s, o módulo da variação de momento linear da
bola entre os instantes logo após e logo antes de ser golpeada pela
raquete.
Dado: Considere a massa da bola de tênis igual a 50 g.
a) 1,5 b) 5,4 c) 54 d) 1.500 e) 5.400

04. (PUC-RJ) Um objeto de massa m escorrega com velocidade


V sobre uma superfície horizontal sem atrito e colide com um
objeto de massa M que estava em repouso. Após a colisão, os dois
objetos saem grudados com uma velocidade horizontal igual a V/4.
Calcule a razão M/m. Considerando a massa da bola igual a 0,4 kg, é correto afirmar que,
a) 1/3 b) 1/2 c) 1 d) 2 e) 3 nessa jogada, o módulo da força resultante máxima que atuou
sobre a bola, indicada no gráfico por Fmáx, é igual, em newtons, a
05. (CFTMG) O gráfico abaixo mostra a intensidade de uma força a) 68,8 c) 59,2 e) 88,8
aplicada a um corpo no intervalo de tempo de 0 a 4 s.
b) 34,4 d) 26,4

08. (ENEM) Para entender os movimentos dos corpos, Galileu


discutiu o movimento de uma esfera de metal em dois planos
inclinados sem atritos e com a possibilidade de se alterarem os
ângulos de inclinação, conforme mostra a figura. Na descrição do
experimento, quando a esfera de metal é abandonada para descer
um plano inclinado de um determinado nível, ela sempre atinge,
no plano ascendente, no máximo, um nível igual àquele em que foi
abandonada.

O impulso da força, no intervalo especificado, vale


a) 95 kg⋅m/s b) 85 kg⋅m/s c) 65 kg⋅m/s d) 60 kg⋅m/s

06. (IFSP) Os Jogos Olímpicos de 2016 (Rio 2016) é um evento


multiesportivo que acontecerá no Rio de Janeiro. O jogo de tênis
é uma das diversas modalidades que compõem as Olímpiadas.
Se em uma partida de tênis um jogador recebe uma bola com
velocidade de 18,0 m/s e rebate na mesma direção e em sentido Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a zero,
contrário com velocidade de 32 m/s, assinale a alternativa que a esfera
apresenta qual o módulo da sua aceleração média, em m/s2, a) manterá sua velocidade constante, pois o impulso resultante
sabendo que a bola permaneceu 0,10 s em contato com a raquete. sobre ela será nulo.
a) 450 b) 600 c) 500 d) 475 e) 200 b) manterá sua velocidade constante, pois o impulso da descida
continuará a empurrá-la.
07. (UNESP) O gol do título da Copa do Mundo em 2014 foi feito c) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois não haverá
pelo jogador Götze da Alemanha. Nessa jogada, ele recebeu um mais impulso para empurrá-la.
cruzamento, matou a bola no peito, amortecendo-a, e chutou de
d) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois o impulso
esquerda para fazer o gol. Considere que, imediatamente antes
resultante será contrário ao seu movimento.
de tocar o jogador, a bola tinha velocidade de módulo V1 = 8 m/s
em uma direção perpendicular ao seu peito e que, imediatamente e) aumentará gradativamente a sua velocidade, pois não haverá
depois de tocar o jogador, sua velocidade manteve-se perpendicular nenhum impulso contrário ao seu movimento.
ao peito do jogador, porém com módulo V2 = 0,6 m/s e em sentido
contrário. 09. (FGV) Um brinquedo muito simples de construir, e que vai ao
encontro dos ideais de redução, reutilização e reciclagem de lixo, é
retratado na figura.

A brincadeira, em dupla, consiste em mandar o bólido de 100 g,


feito de garrafas plásticas, um para o outro. Quem recebe o bólido,
mantém suas mãos juntas, tornando os fios paralelos, enquanto
que, aquele que o manda, abre com vigor os braços, imprimindo
uma força variável, conforme o gráfico.
(www.colorir-e-pintar.com. Adapatado)

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 5
FÍSICA I 21 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO

a) o dobro do módulo do momento linear de uma das massas.


b) o triplo do módulo do momento linear de uma das massas.
c) zero.
d) igual ao módulo do momento linear de uma das massas.

13. (UECE) Em 20 de julho de 1969, passados 50 anos, o homem pôs


os pés em solo lunar. A movimentação de naves espaciais como a
Apolo 11, que fez o transporte rumo à lua, é feita pela expulsão de
gases do foguete em uma direção e movimento da nave na direção
Considere que: oposta. Há uma lei de conservação envolvida nesse modo de
deslocamento que é denominada lei de conservação
• a resistência ao movimento causada pelo ar e o atrito entre as
garrafas com os fios sejam desprezíveis; a) da energia potencial.
• o tempo que o bólido necessita para deslocar-se de um b) da energia elástica.
extremo ao outro do brinquedo seja igual ou superior a 0,60 s. c) do momento de inércia.
Dessa forma, iniciando a brincadeira com o bólido em um dos d) do momento linear.
extremos do brinquedo, com velocidade nula, a velocidade de
chegada do bólido ao outro extremo, em m/s, é de 14. (UERJ) Em uma mesa de sinuca, as bolas A e B, ambas com
a) 16. b) 20. c) 24. d) 28. e) 32. massa igual a 140 g, deslocam-se com velocidades VA e VB, na
mesma direção e sentido. O gráfico abaixo representa essas
10. (PUC-RS) Considere o campo gravitacional uniforme. velocidades ao longo do tempo.
O gráfico abaixo representa a quantidade de movimento Q em
função da velocidade v para uma partícula de massa m.

Após uma colisão entre as bolas, a quantidade de movimento total,


em kg⋅m/s, é igual a:
a) 0,56 b) 0,84 c) 1,60 d) 2,24

A área hachurada no gráfico é numericamente igual a qual grandeza


15. (ESPCEX (AMAN)) Uma granada de mão, inicialmente em
física?
repouso, explode sobre uma mesa indestrutível, de superfície
a) Impulso. d) Força resultante. horizontal e sem atrito, e fragmenta-se em três pedaços de
b) Deslocamento. e) Torque. massas m1, m2 e m3 que adquirem velocidades coplanares entre si
e paralelas ao plano da mesa.
c) Energia cinética. m
Os valores das massas são m1 = m2 = m e m3 = . Imediatamente
2 
11. (UERJ) O gráfico abaixo indica a variação da aceleração a de um após a explosão, as massas m1 e m2 adquirem as velocidades v1
corpo, inicialmente em repouso, e da força F que atua sobre ele. 
e v2 , respectivamente, cujos módulos são iguais a v, conforme o
desenho abaixo.

Quando a velocidade do corpo é de 10 m/s, sua quantidade de


movimento, em kg × m/s, corresponde a:
a) 50 b) 30 c) 25 d) 15

12. (UECE) Considere duas massas iguais penduradas por uma


corda flexível e inextensível que passa por uma polia presa ao teto.
Desconsiderando-se todos os atritos, de modo que as massas 
Desprezando todas as forças externas, o módulo da velocidade v3 ,
possam subir ou descer livremente, e considerando, nesse arranjo,
imediatamente após a explosão é
a situação em que uma das massas está subindo com velocidade
constante, é correto afirmar que o módulo da soma vetorial dos 2 2 3
a) v b) v c) 2v d) ⋅ 2v e) 2 ⋅ 2v
momentos lineares das massas é 4 2 2

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
21 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO FÍSICA I

16. (UNESP) A figura mostra a trajetória de um projétil lançado 19. (ENEM PPL) Durante um reparo na estação espacial
obliquamente e cinco pontos equidistantes entre si e localizados internacional, um cosmonauta, de massa 90 kg, substitui uma
sobre o solo horizontal. Os pontos e a trajetória do projétil estão em bomba do sistema de refrigeração, de massa 360 kg, que estava
um mesmo plano vertical. danificada. Inicialmente, o cosmonauta e a bomba estão em
repouso em relação à estação. Quando ele empurra a bomba para
o espaço, ele é empurrado no sentido oposto. Nesse processo, a
bomba adquire uma velocidade de 0,2 m/s em relação à estação.
Qual é o valor da velocidade escalar adquirida pelo cosmonauta,
em relação à estação, após o empurrão?
a) 0,05 m/s c) 0,40 m/s e) 0,80 m/s
b) 0,20 m/s d) 0,50 m/s

20. (UERJ) Observe no gráfico a variação, em newtons, da


intensidade da força F aplicada pelos motores de um veículo em
seus primeiros 9 s de deslocamento.

No instante em que atingiu o ponto mais alto da trajetória, o projétil


explodiu, dividindo-se em dois fragmentos, A e B, de massas MA e
MB, respectivamente, tal que MA = 2MB. Desprezando a resistência
do ar e considerando que a velocidade do projétil imediatamente
antes da explosão era VH e que, imediatamente após a explosão,
o fragmento B adquiriu velocidade VB = 5VH, com mesma direção e
sentido de VH, o fragmento A atingiu o solo no ponto
a) IV. b) III. c) V. d) I. e) II.
Nesse contexto, a intensidade do impulso da força, em N⋅s, equivale a:
17. (UECE) Considere uma esfera muito pequena, de massa 1 kg, a) 1,8 × 104 b) 2,7 × 104 c) 3,6 × 104 d) 4,5 × 104
deslocando-se a uma velocidade de 2 m/s, sem girar, durante 3 s.
Nesse intervalo de tempo, o momento linear dessa partícula é
a) 2 kg⋅m/s b) 3 s c) 6 kg⋅m/s d) 6 m
EXERCÍCIOS DE

18. (ENEM) O trilho de ar é um dispositivo utilizado em laboratórios APROFUNDAMENTO


de física para analisar movimentos em que corpos de prova
(carrinhos) podem se mover com atrito desprezível. A figura ilustra 01. (UNIFESP) Um foguete de massa M partiu do repouso da
um trilho horizontal com dois carrinhos (1 e 2) em que se realiza um posição A, no solo horizontal, e subiu verticalmente, monitorado
experimento para obter a massa do carrinho 2. No instante em que por um radar que o seguiu durante determinado trecho de seu
o carrinho 1, de massa 150,0 g, passa a se mover com velocidade percurso, mantendo-se sempre apontado para ele. A figura 1
escalar constante, o carrinho 2 está em repouso. No momento em mostra o foguete na posição B, a 8.500 m de altura, com a linha
que o carrinho 1 se choca com o carrinho 2, ambos passam a se que liga o radar a ele inclinada de um ângulo α = 1 rad em relação à
movimentar juntos com velocidade escalar constante. Os sensores horizontal. Para acompanhar o foguete no trecho AB, o radar girou
eletrônicos distribuídos ao longo do trilho determinam as posições ao redor de um eixo horizontal que passa por ele, com velocidade
e registram os instantes associados à passagem de cada carrinho, angular média ωméd = 0,02 rad/s. Um pouco mais tarde, ao passar
gerando os dados do quadro. pela posição C, com velocidade de 4.600 km/h, o primeiro estágio
M
do foguete (de cor azul, nas figuras), de massa , desacoplou-se
3
do restante do veículo. Imediatamente após o desacoplamento,
devido à ação de forças internas, a velocidade escalar do primeiro
estágio foi reduzida a 3.000 km/h, na mesma direção e sentido da
velocidade do foguete no trecho AB, conforme mostra a figura 2.
Carrinho 1 Carrinho 2
Posição (cm) Instante (s) Posição (cm) Instante (s)

15,0 0,0 45,0 0,0

30,0 1,0 45,0 1,0

75,0 8,0 75,0 8,0

90,0 11,0 90,0 11,0

Com base nos dados experimentais, o valor da massa do carrinho Considerando a massa total do foguete (M) constante, calcule:
2 é igual a: a) a velocidade escalar média do foguete, em m/s, no trecho AB
a) 50,0 g d) 450,0 g de sua subida vertical.
b) 250,0 g e) 600,0 g b) a velocidade escalar instantânea vC do foguete, em m/s, sem
o primeiro estágio, imediatamente após o desacoplamento
c) 300,0 g
ocorrido na posição C.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 7
FÍSICA I 21 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO

02. (FAMERP) Um núcleo de neodímio, inicialmente em repouso, O gráfico representa a variação da velocidade escalar do projétil, vP,
emite uma partícula alfa com velocidade va = 7,0 × 106 m/s em função do tempo, nesse teste.
e se transforma em um núcleo de cério.

a) Sabendo que a massa do núcleo de cério é 35 vezes maior


que a massa da partícula alfa, calcule o módulo da velocidade,
em m/s, do núcleo de cério após a emissão da partícula alfa.
Represente

a direção e o sentido dessa velocidade, em relação
à v a , por meio de um vetor.
b) Considerando que a massa de um próton e a massa de um
nêutron tenham, cada uma delas, valor igual a 1,7 × 10-27 kg Calcule:
e sabendo que a partícula alfa é formada por dois prótons
a) o módulo da velocidade v, em m/s, adquirida pelo sistema
e dois nêutrons, calcule a intensidade do impulso, em N⋅s,
formado pelo saco de areia e pelo carrinho imediatamente
recebido pela partícula alfa durante sua emissão pelo núcleo
após o saco ter sido atravessado pelo projétil.
de neodímio.
b) o trabalho, em joules, realizado pela resultante das forças que
atuaram sobre o projétil no intervalo de tempo em que ele
03. (UERJ) Em uma reportagem sobre as savanas africanas, foram
atravessou o saco de areia.
apresentadas informações acerca da massa e da velocidade de
elefantes e leões, destacadas na tabela abaixo.
05. (UERJ) Um esquiador, com 70 kg de massa, colide elasticamente
Massa (kg) Velocidade (km/h) contra uma árvore a uma velocidade de 72 km/h.
Calcule, em unidades do SI, o momento linear e a energia cinética
elefante 4.860 40,0 do esquiador no instante da colisão.
leão 200 81,0
Determine a razão entre a quantidade de movimento do elefante e GABARITO
a do leão.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A 05. C 09. C 13. D 17. A
04. (UNIFESP) Em um teste realizado na investigação de um crime,
02. B 06. C 10. C 14. D 18. C
um projétil de massa 20 g é disparado horizontalmente contra
03. A 07. B 11. B 15. E 19. E
um saco de areia apoiado, em repouso, sobre um carrinho que,
04. E 08. A 12. C 16. E 20. C
também em repouso, está apoiado sobre uma superfície horizontal
na qual pode mover-se livre de atrito. O projétil atravessa o saco EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO Q = mv
perpendicularmente aos eixos das rodas do carrinho, e sai comI  =∆Q01.=a)
4m vméd
∆v=⇒ 170I m/s
Q
=
4.860 ⋅ 40
=4 × 1,7 × 10−27 × 7 × 106 ⇒ b) IR e=4,76 × 10−20 N ⋅ s.
velocidade menor que a inicial, enquanto o sistema formado pelo R b) v = 1500 m/sR Ql 200 ⋅ 81
c
saco de areia e pelo carrinho, que totaliza 100 kg, sai do repouso Q
03. e = 12
02. a) |vc| = 2 × 105 m/s Ql
com velocidade de módulo v.
04. a) v = 0,084 m/s
b) -2436 J

05. p = 1.400 kg⋅m/s


Ec = 14.000 J

ANOTAÇÕES

8 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
22 IMPULSO E QUANTIDADE DE FÍSICA I

MOVIMENTO: REVISÃO

QUANTIDADE DE MOVIMENTO porém, em um sistema isolado de forças externas, a soma da


quantidade de movimento dos objetos permanecerá inalterada,
Por definição é o produto entre a massa de um corpo e sua ou seja, mesmo com transferência de quantidade de movimento
velocidade. A quantidade de movimento pode ser chamada de entre objetos de um sistema, a quantidade de movimento total do
momento linear e uma grandeza vetorial com mesma direção e sistema permanece constante.
sentido da velocidade.
Usando um exemplo lúdico, idealize que em um quarto há
kg 3 amigos, o primeiro possui 10 bolinhas, o segundo 20 bolinhas
Q=m⋅v e o último 50 bolinhas, logo, no quarto há um total de 10 + 20 +
50 = 80 bolinhas. Considere que os amigos começam a trocar de
kg m/s m/s bolinhas, ao passo que no final das trocas o primeiro fique com 15
bolinhas, o segundo com 25 bolinhas e o terceiro com 40 bolinhas,
A Quantidade de movimento de um sistema de partículas é o perceba que houve uma transferência interna de bolinhas entre os
somatório da quantidade de movimento de cada partícula. amigos, entretanto, a quantidade total de bolinhas dentro do quarto
     permaneceu inalterada, visto que 15 + 25 + 40 = 80 bolinhas.
Qs = Q1 + Q2 + Q3 + ... + Qn Dentro de um sistema, isolado de forças externas, os objetos
interagem transferindo quantidade de movimento, entretanto, a
quantidade de movimento total do sistema permanece inalterada.
IMPULSO O que permite concluir que
 
Suponha uma força F sendo aplicada em um corpo durante um Qsistema-antes = Qsistema−depois
intervalo de tempo ∆t, o produto é chamado de impulso.
segundo (s)

I = F ⋅ ∆t PROEXPLICA
N⋅s Newton (N)
Como deslizamento de pedras pode cair no Enem?
Para uma força variável com tempo, o impulso produzido por Nos sistemas reais, as perdas de energia ocorrem muitas
ela será dado pela área do gráfico F × t. vezes em função do atrito existente entre as partes. Nestes
casos, temos que a energia dissipada é igual à diferença entre
a energia final do sistema e a energia inicial.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. (UFF) Para construir barracos em uma região onde


predominam matacões (pedras gigantes), os invasores
do Jardim Paraná, loteamento clandestino na serra da
Cantareira, pagam a pedreiros para explodirem as pedras
com dinamite. Algumas dessas pedras ficam instáveis.
TEOREMA DO IMPULSO Suponha que uma pedra de 10 toneladas, inicialmente em
repouso, deslize, sem rolar, de uma altura de 72 metros e
Uma força aplicada sobre um corpo provocará uma variação que, nesse processo, aproximadamente 90% da variação
na velocidade do corpo, ou seja, uma mudança na quantidade de de sua energia potencial gravitacional seja dissipada por
movimento. Temos então: atrito. Considerando a aceleração da gravidade igual a
10 m/s2, a quantidade de movimento final da pedra em kg⋅m/s
é, aproximadamente, igual a:
a) 1,4 × 102
b) 1,2 × 105
c) 7,2 × 105
SISTEMAS MECANICAMENTE d) 3,6 × 106
e) 6,5 × 106
ISOLADOS
O impulso representa uma transferência na quantidade Resolução: B
de movimento de um corpo para o outro. Todo par de impulsos
m = 10 ton = 10 000 Kg
trocados entre dois corpos têm sempre mesmo módulo
(intensidade), mesma direção e sentidos contrários (3ª Lei de h = 72 metros
Newton). Um dos corpos aumentará a quantidade de movimento g = 10 m/s²
enquanto o outro diminuirá sua quantidade de movimento,

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 22 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO: REVISÃO

04. Uma esfera de 100 gramas gira em um movimento circular


No enunciado é informado que 90% da energia será dissipada, uniforme. Conforme representado na imagem abaixo:
portanto, apenas 10% da energia inicial chega à fase final do
problema.
m·v² 10 v2
EMf = 10%EMi ⇒ = ·m·g·h ⇒ = 0,1·10·72 ⇒
2 100 2
v2 m
= 72 ⇒ v2 = 144 ⇒ v = 144 ⇒ v = 12
2 s

Q=m⋅v
Q = 10000 ⋅ 12
Q = 120000
Q = 1,2 ⋅ 105 Kg⋅m/s

EXERCÍCIOS
PROTREINO
01. Uma caixa de 2 kg é abandonada no ponto A em uma superfície
rugosa e inicia a descida até a base do plano inclinado, o coeficiente
de atrito cinético é 0,5 entre a caixa e o plano inclinado.
Determine a direção, sentido e o módulo do impulso resultante de
A para B.

05. Uma força de intensidade variável atua em um corpo de 1 kg


por 20 segundos, de acordo com o gráfico a seguir:

Calcule a quantidade de movimento no instante em que a caixa


passa pelo ponto B.
No plano horizontal não há atrito entre a caixa e o solo.
Adote: sen (x) = 0,6 e cos (x) = 0,8 Calcule o módulo do impulso no objeto nesse intervalo de tempo.
Considere que a força é paralela ao movimento durante todo
02. Uma esfera de 300 g é presa em um pêndulo simples e intervalo.
abandonada no ponto A, como mostra a imagem abaixo:

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (CESGRANRIO) Em uma partida de futebol, a bola é lançada
em linha reta na grande área e desviada por um jogador da defesa.
Nesse desvio, a bola passa a se mover perpendicularmente à
trajetória na qual foi lançada. Sabe-se que as quantidades de
movimentos imediatamente antes e imediatamente depois do
desvio têm o mesmo módulo p.
Calcule o módulo do impulso resultante recebido pela esfera ao ir O impulso exercido sobre a bola durante o desvio referido no
do ponto A ao ponto B (ponto mais baixo da trajetória). enunciado será igual a:
a) zero d) p 3
03. Em uma partida de futebol, numa cobrança de falta, uma bola
de massa 400 g sai com velocidade de 25 m/s. O tempo de contato b) p
e) 2p
entre o pé do jogador e a bola é de 0,05 s. Determine a força média, c) p 2
em newtons, aplicada na bola pelo pé do jogador.

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
22 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO: REVISÃO FÍSICA I

02. (PUC - CAMPINAS) Um carrinho de massa igual a 1,50 kg está 07. (FGV) Num sistema isolado de forças externas, em repouso, a
em movimento retilíneo com velocidade de 2,0 m/s quando fica resultante das forças internas e a quantidade de movimento total,
submetido a uma força resultante de intensidade 4,0 N, na mesma são, ao longo do tempo, respectivamente,
direção e sentido do movimento, durante 6,0 s. Ao final dos 6,0 s, a a) crescente e decrescente.
quantidade de movimento e a velocidade do carrinho têm valores,
em unidades do SI, respectivamente, iguais a b) decrescente e crescente.

a) 27 e 18 c) 18 e 16 e) 3,0 e 16 c) decrescente e nula.

b) 24 e 18 d) 6,0 e 16 d) nula e constante.


e) nula e crescente.
03. (UFSM) Uma partícula com uma quantidade de movimento de
módulo 4 kg⋅m/s colide, elasticamente, com uma parede imóvel, 08. (PUC-RJ) Um astronauta flutuando no espaço lança
retornando sobre si mesma. Sendo 0,2s o tempo de contato entre horizontalmente um objeto de massa m = 5 kg com velocidade
a partícula e a parede, o módulo da força (em N) da parede sobre de 20 m/s, em relação ao espaço. Se a massa do astronauta
a partícula é é de 120 kg, e sua velocidade final horizontal v = 15 m/s está na
a) 0,05. c) 1,6. e) 40. mesma direção e sentido do movimento da massa m, determine a
velocidade do astronauta antes de lançar o objeto.
b) 0,8. d) 20.
a) 11,2 m/s.
04. (PUC-PR) Dois patinadores, um de massa 100 kg e outro de b) 12,2 m/s.
massa 80 kg, estão de mãos dadas em repouso sobre uma pista de c) 13,2 m/s.
gelo, onde o atrito é desprezível. Eles empurram-se mutuamente d) 14,2 m/s.
e deslizam na mesma direção, porém em sentidos opostos. O
patinador de 100 kg adquire uma velocidade de 4 m/s. A velocidade e) 15,2 m/s
relativa de um dos patinadores em relação ao outro é, em módulo,
igual a: 09. (PUC-RJ) Um patinador de massa m2 = 80 kg, em repouso, atira
uma bola de massa m1 = 2,0 kg para frente com energia cinética
de 100 J. Imediatamente após o lançamento, qual a velocidade do
patinador em m/s?
(Despreze o atrito entre as rodas do patins e o solo)
a) 0,25
b) 0,50
c) 0,75
d) 1,00
e) 1,25

10. (UFSM) Ao preparar um corredor para uma prova rápida, o


treinador observa que o desempenho dele pode ser descrito, de
forma aproximada, pelo seguinte gráfico:

a) 5 m/s c) 1 m/s e) 20 m/s


b) 4 m/s d) 9 m/s

05. (UFRGS) Uma variação na quantidade de movimento de um


corpo, entre dois instantes, está necessariamente associada à
presença de
a) uma aceleração.
b) um trabalho mecânico.
c) uma trajetória circular.
d) uma colisão.
e) uma explosão.
Se o corredor tem massa de 90 kg, qual a quantidade de movimento,
06. (CESGRANRIO) De acordo com um locutor esportivo, em uma em kg⋅m/s, que ele apresentará ao final da aceleração?
cortada do Negrão (titular da Seleção Brasileira de Voleibol), a a) 1125
bola atinge a velocidade de 108 km/h. Supondo que a velocidade
da bola imediatamente antes de ser golpeada seja desprezível b) 2250
e que a sua massa valha aproximadamente 270 g, então o valor c) 10000
do impulso aplicado pelo Negrão à bola vale, em unidade do S.I., d) 14062
aproximadamente:
e) 22500
a) 8,0 c) 80 e) 290
b) 29 d) 120

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 3
FÍSICA I 22 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO: REVISÃO

11. (ESPCEX (AMAN)) Um cubo de massa 4 kg está inicialmente em 14. (UNESP) Enquanto movia-se por uma trajetória parabólica
repouso sobre um plano horizontal sem  atrito. Durante 3 s, aplica- depois de ter sido lançada obliquamente e livre de resistência do ar,
se sobre o cubo uma força constante F, horizontal e perpendicular uma bomba de 400 g explodiu em três partes, A, B e C, de massas
no centro de uma de suas faces, fazendo com que ele sofra um mA = 200 g e mB = mC = 100 g A figura representa as três partes
deslocamento retilíneo de 9 m, nesse intervalo de tempo, conforme da bomba e suas respectivas velocidades em relação ao solo,
representado no desenho abaixo. imediatamente depois da explosão.

No
 final do intervalo de tempo de 3 s, os módulos do impulso da força
F e da quantidade de movimento do cubo são respectivamente:
a) 36 N⋅s e 36 kg⋅m/s
b) 24 N⋅s e 36 kg⋅m/s
c) 24 N⋅s e 24 kg⋅m/s
d) 12 N⋅s e 36 kg⋅m/s
e) 12 N⋅s e 12 kg⋅m/s

12. (UNICAMP) Beisebol é um esporte que envolve o arremesso,


com a mão, de uma bola de 140 g de massa na direção de outro
jogador que irá rebatê-la com um taco sólido. Considere que, em
um arremesso, o módulo da velocidade da bola chegou a 162 km/h,
imediatamente após deixar a mão do arremessador. Sabendo que
Analisando a figura, é correto afirmar que a bomba, imediatamente
o tempo de contato entre a bola e a mão do jogador foi de 0,07 s, o
antes de explodir, tinha velocidade de módulo igual a
módulo da força média aplicada na bola foi de
a) 100 m/s e explodiu antes de atingir a altura máxima de sua
a) 324,0 N c) 6,3 N
trajetória.
b) 90,0 N d) 11,3 N
b) 100 m/s e explodiu exatamente na altura máxima de sua
trajetória.
13. (PUCPR) Um foguete, de massa M, encontra-se
 no espaço e
c) 200 m/s e explodiu depois de atingir a altura máxima de sua
na ausência de gravidade com uma velocidade (V0 ) de 3000 km/h
trajetória.
em relação a um observador na Terra, conforme ilustra a figura
a seguir. Num dado momento da viagem, o estágio, cuja massa d) 400 m/s e explodiu exatamente na altura máxima de sua
representa 75% da massa do foguete, é desacoplado da cápsula. trajetória.
Devido a essa separação, a cápsula do foguete passa a viajar 800 e) 400 m/s e explodiu depois de atingir a altura máxima de sua
km/h mais rápido que o estágio. trajetória.
Qual a velocidade da cápsula do foguete, em relação a um
observador na Terra, após a separação do estágio? 15. (MACKENZIE) Um móvel de massa 100 kg, inicialmente em
repouso, move-se sob a ação de uma força resultante, constante,
de intensidade 500 N durante 4,00 s. A energia cinética adquirida
pelo móvel, no instante t = 4,00 s, em joule (J), é
a) 2,00⋅10³ d) 2,00⋅104
b) 4,00⋅10³ e) 4,00⋅104
c) 8,00⋅10³

16. (UNICAMP) Muitos carros possuem um sistema de segurança


para os passageiros chamado airbag. Este sistema consiste em
uma bolsa de plástico que é rapidamente inflada quando o carro
sofre uma desaceleração brusca, interpondo-se entre o passageiro
e o painel do veículo. Em uma colisão, a função do airbag é
a) aumentar o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro
e o carro, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.
a) 3000 km/h b) aumentar a variação de momento linear do passageiro durante
a colisão, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.
b) 3200 km/h
c) diminuir o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro e o
c) 3400 km/h
carro, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.
d) 3600 km/h
d) diminuir o impulso recebido pelo passageiro devido ao choque,
e) 3800 km/h reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.

4 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
22 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO: REVISÃO FÍSICA I

17. (UERJ) Observe a tabela abaixo, que apresenta as massas de


alguns corpos em movimento uniforme. EXERCÍCIOS DE

Corpos Massa (kg) Velocidade (km/h)


APROFUNDAMENTO
leopardo 120 60 01. (UERJ) Em uma aula de física, os alunos relacionam os valores
automóvel 1100 70 da energia cinética de um corpo aos de sua velocidade.
O gráfico a seguir indica os resultados encontrados.
caminhão 3600 20
Admita que um cofre de massa igual a 300 kg cai, a partir do
repouso e em queda livre de uma altura de 5 m. Considere Q1,
Q2, Q3 e Q4, respectivamente, as quantidades de movimento do
leopardo, do automóvel, do caminhão e do cofre ao atingir o solo.
As magnitudes dessas grandezas obedecem relação indicada em:
a) Q1 < Q 4 < Q2 < Q3 c) Q1 < Q 4 < Q3 < Q2
b) Q 4 < Q1 < Q2 < Q3 d) Q 4 < Q1 < Q3 < Q2

18. (ESPCEX (AMAN)) Um canhão, inicialmente em repouso, de


massa 600 kg, dispara um projétil de massa 3 kg com velocidade
horizontal de 800 m/s. Desprezando todos os atritos, podemos
afirmar que a velocidade de recuo do canhão é de:
a) 2 m/s c) 6 m/s e) 12 m/s
b) 4 m/s d) 8 m/s

19. (PUCRJ) Um objeto de massa M1 = 4,0 kg desliza, sobre um Determine, em kg⋅m/s, a quantidade de movimento desse corpo
plano horizontal sem atrito, com velocidade V = 5,0 m/s, até atingir quando atinge a velocidade de 5 m/s.
um segundo corpo de massa M2 = 5,0 kg, que está em repouso.
Após a colisão, os corpos ficam grudados.
02. (UNESP) Um garoto de 50 kg está parado dentro de um
Calcule a velocidade final Vf dos dois corpos grudados. barco de 150 kg nas proximidades da plataforma de um
a) Vf = 22 m/s d) Vf = 4,5 m/s ancoradouro. Nessa situação, o barco flutua em repouso,
b) Vf = 11 m/s e) Vf = 2,2 m/s conforme a figura 1. Em um determinado instante, o garoto salta
para o ancoradouro, de modo que, quando abandona o barco,
c) Vf = 5,0 m/s a componente horizontal de sua velocidade tem módulo igual a
0,9 m/s em relação às águas paradas, de acordo com a figura 2.
20. (FUVEST) A partícula neutra conhecida como méson K0 é
instável e decai, emitindo duas partículas, com massas iguais, uma
positiva e outra negativa, chamadas, respectivamente, méson π+ e
méson π-. Em um experimento, foi observado o decaimento de um
K0, em repouso, com emissão do par π+ e π-. Das figuras a seguir,
qual poderia representar as direções e sentidos das velocidades
das partículas π+ e π- no sistema de referência em que o K0 estava
em repouso?

d)

a)

e)

b)

Sabendo que a densidade da água é igual a 103 kg/m3, adotando


g = 10 m/s2 e desprezando a resistência da água ao movimento
do barco, calcule o volume de água, em m3, que a parte submersa
do barco desloca quando o garoto está em repouso dentro dele,
c) antes de saltar para o ancoradouro, e o módulo da velocidade
horizontal de recuo (VREC) do barco em relação às águas, em m/s,
imediatamente depois que o garoto salta para sair dele.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 5
FÍSICA I 22 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO: REVISÃO

03. (UNESP) Um brinquedo é constituído por dois carrinhos


GABARITO
idênticos, A e B, de massas iguais a 3 kg e por uma mola de massa
desprezível, comprimida entre eles e presa apenas ao carrinho A. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Um pequeno dispositivo, também de massa desprezível, controla 01. C 05. A 09. A 13. D 17. C
um gatilho que, quando acionado, permite que a mola se distenda. 02. A 06. A 10. A 14. B 18. B
03. E 07. D 11. C 15. D 19. E
    20. A
04. D 08.
Q E =Q ⇒ 12.
mbB Vrec = mg Vg 16.⇒ A
barco garoto

EXERCÍCIOS DE  APROFUNDAMENTO
mg Vg 50 ⋅ 0,9
V = = = 200 × 10−3 ⇒
01. Q = 10 mola
kg⋅m/scarros mb 150 2 m v20 04. ∆Q = 3,6 kg⋅m/s 2e ∆Ec = 108 J
EMec =Epot + ECin ⇒ EMec =Emola
pot + ⇒ Emola
pot =EMec − m v 0 ⇒
 2
02. vdesloc
mola = 0,2 m³ e 2 VRec = 0,3 molam/s. 05. a) I2 = 0,945
Epot = 3,75 − 3 ⋅ 1 ⇒ Epot = 3,75 − 3 ⇒
b) vf2 = 4,725 m/s
03. Emola
pot = 0,75 J. e vA = 0,5 m/s

ANOTAÇÕES

Antes de o gatilho ser acionado, os carrinhos e a mola moviam-


se juntos, sobre uma superfície plana horizontal sem atrito, com
energia mecânica de 3,75 J e velocidade de 1 m/s, em relação à
superfície. Após o disparo do gatilho, e no instante em que a mola
está totalmente distendida, o carrinho B perde contato com ela e
sua velocidade passa a ser de 1,5 m/s, também em relação a essa
mesma superfície.
Nas condições descritas, calcule a energia potencial elástica
inicialmente armazenada na mola antes de o gatilho ser disparado
e a velocidade do carrinho A, em relação à superfície, assim que B
perde contato com a mola, depois de o gatilho ser disparado.

04. (UERJ) Em uma partida de tênis, após um saque, a bola, de


massa aproximadamente igual a 0,06 kg, pode atingir o solo com
uma velocidade de 60 m/s.
Admitindo que a bola esteja em repouso no momento em que a
raquete colide contra ela, determine, no SI, as variações de sua
quantidade de movimento e de sua energia cinética.

05. (UFJF-PISM) Uma partícula de massa m1 = 25,0 g e com


velocidade inicial v1 = 100 m/s colide, frontalmente, com outra
partícula de massa m2 = 200 g, inicialmente em repouso. Durante
o processo de colisão, o gráfico da força de interação entre as
duas partículas é mostrado na figura abaixo. Com base nessas
informações, calcule:

a) O impulso sofrido por cada partícula.


b) A velocidade final de cada partícula imediatamente após a
colisão.

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
23
FÍSICA I
COLISÕES

Os problemas que envolvem choques mecânicos ou colisões


formam um conjunto especial de problemas do conteúdo de
quantidade de movimento e impulso, por isso é importante lembrar
que se tratando de um sistema isolado a quantidade de movimento
se conserva.
Na figura 1 abaixo,
 temos
 duas partículas A e B se movendo
com velocidades VA e VB , e suas trajetórias se cruzam. Após o
choque, as partículas seguem as direções mostradas na figura 2.

Figura 1

VA
TIPOS DE CHOQUES
A Existem três tipos de colisões, com características diferentes
quanto ao coeficiente de restituição e a energia.

CHOQUE PERFEITAMENTE ELÁSTICO


 No choque perfeitamente elástico, o módulo da velocidade
Vs relativa depois do choque é igual ao módulo da velocidade relativa
antes do choque, ou seja, o coeficiente de restituição é igual a 1 e não
há perda de energia mecânica.
Figura 2

V’A e =1
EMinicial = EMfinal

A CHOQUE PARCIALMENTE ELÁSTICO


Há perda de energia mecânica e o módulo da velocidade
relativa depois é menor que o módulo da velocidade relativa antes.
 0< e <1
V’B
EMinicial > EMfinal
B

Sendo um sistema isolado, ou seja, livre de forças externas,


pelo princípio da conservação da quantidade de movimento, CHOQUE INELÁSTICO
podemos afirmar que:
  No choque inelástico, após o choque, os corpos seguem
Q ANTES = QDEPOIS unidos. Dessa forma, a velocidade relativa entre eles é zero e assim
o e também. Há perda parcial de energia mecânica.
ou melhor:
    e=0
mA ⋅ v A + mB ⋅ vB = mA ⋅ v'A + mB ⋅ v'B  
v A' = vB'
EMinicial > EMfinal
COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO (E)
Para choques unidimensionais, definimos como coeficiente de
restituição, representado pela letra e, a razão entre os módulos das
velocidades relativas, depois e antes do choque, dos corpos que PROEXPLICA
colidem.
Como choque perfeitamente elástico pode cair no Enem?
| velocidade relativa depois da colisão|
e= Durante um jogo de bilhar temos diversas colisões.
| velocidade relativa antes da colisão | Algumas delas são elásticas e outras inelásticas. Para
classificar o tipo de colisão observada, devemos saber as
Utilizando o caso citado como exemplo e sabendo que o
velocidades das bolas antes e depois da ação. Esta é uma
coeficiente de restituição é igual ou maior que zero, teremos:
maneira fácil de identificar o tipo de colisão ocorrida.
 
|v '−v '|
e = B A
| v A − vB |

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 23 COLISÕES

Colisão ou Choque Mecânico


EXERCÍCIO RESOLVIDO
Quantidade
Coeficiente de Energa
Tipo de Colisão de
Restituição (e) Mecânica 01. Considerando um sistema mecanicamente isolado,
Movimento
observe que o gráfico representa a velocidade de dois
Perfeitamente objetos ao longo do tempo antes, durante e após os mesmos
Qantes = Qdepois e=1 Ec Antes = Ec Depois
Elástico colidirem.
Parcialmente
Qantes = Qdepois 0 < e <1 Ec Antes > Ec Depois
Elástico
Perfeitamente
Qantes = Qdepois e=0 Ec Antes > Ec Depois
Inelástico

I Choque Perfeitamente Inelástico

deformação permanente
V

A
VA Sabendo que a massa do carrinho A vale 4 kg, determine a
massa de B, em kg, e o coeficiente de restituição.
a) 2 e 0,6
VAB b) 4 e 0,6
c) 2 e 0,3
d) 4 e 0,3
VB
B e) 2 e 0,4

t Resolução: B
antes durante após
 
Qsistema-antes = Qsistema−depois
II Choque Parcialmente Elástico mA ⋅ VA + mB ⋅ VB = mA ⋅ VA′ + mB ⋅ VB′
4 ⋅ 1+ mB ⋅ 6 =4 ⋅ 5 + mB ⋅ 2
V deformação (A1) 4 ⋅ mB = 16
mB = 4Kg
restituição (A2)
Vrelativa de afatamento
A e=
VA Vrelativade aproximação
B
V’B 5−2 3
=e =
6 −1 5
e = 0,6
V’A
A Como 0 < e <1 temos uma colisão parcialmente elástica.
A1 > A2
VB
B
t
antes durante após 02. (PUC-RS) Para responder à questão, analise a situação
a seguir.
III Choque Perfeitamente Elástico
Duas esferas – A e B – de massas respectivamente iguais
deformação (A1) a 3 kg e 2 kg estão em movimento unidimensional sobre um
V plano horizontal perfeitamente liso, como mostra a figura 1.
B
V’B
A
VA
restituição (A2)

V’A Inicialmente as esferas se movimentam em sentidos opostos,


A colidindo no instante t1. A figura 2 representa a evolução
VB das velocidades em função do tempo para essas esferas
B A1 = A2 imediatamente antes e após a colisão mecânica.

t
antes durante após

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
23 COLISÕES FÍSICA I

A quantidade de movimento Q se conserva, portanto, a


quantidade de movimento antes da colisão é a mesma após
a colisão.
Qinicial = Q final
m1 ⋅ v1 + m2 ⋅ v2 = (m1 + m2 ) ⋅ v f
m1 ⋅ v1 + m2 ⋅ v2
vf =
m1 + m2

Substituindo os valores:
Sobre o sistema formado pelas esferas A e B, é correto afirmar: 10g ⋅ 5m / s + 15g ⋅ 0m / s 50g ⋅m / s
=vf = = 2 m/s
a) Há conservação da energia cinética do sistema durante 10g + 15g 25g
a colisão.
b) Há dissipação de energia mecânica do sistema durante
a colisão.
c) A quantidade de movimento total do sistema formado
varia durante a colisão.
EXERCÍCIOS
d) A velocidade relativa de afastamento dos corpos após a
colisão é diferente de zero. PROTREINO
e) A velocidade relativa entre as esferas antes da colisão é
01. O gráfico a seguir representa as velocidades de duas esferas
inferior à velocidade relativa entre elas após colidirem.
que se deslocam sobre a mesma reta, A e B, antes, durante e após
a colisão frontal.
Resolução: B
Pela análise do gráfico, constata-se que os corpos andam
juntos após o choque (velocidade relativa de afastamento
dos corpos depois do choque é igual a zero), representando
um choque perfeitamente inelástico. Neste caso, a energia
cinética não é conservada e existe a perda de parte da energia
mecânica inicial sob a forma de calor (energia dissipada)
com aumento da energia interna e temperatura devido
à deformação sofrida no choque. Sendo assim, a única
alternativa correta é da letra [B].

03. (PUC-RJ) Uma massa de 10 g e velocidade inicial de


5,0 m/s colide, de modo totalmente inelástico, com outra
massa de 15 g que se encontra inicialmente em repouso.
O módulo da velocidade das massas, em m/s, após a colisão
é:
a) 0,20
b) 1,5
c) 3,3
d) 2,0 Considerando o sistema mecanicamente isolado, a massa da
esfera B de 1 Kg, determine o tipo de colisão e a massa da esfera A.
e) 5,0

02. A imagem abaixo representa um instante antes da esfera A


Resolução: D
de massa M = 2 Kg colidir frontalmente com a esfera B de massa
As colisões totalmente inelásticas ocorrem quando os corpos m = 3 Kg que estava em repouso em uma superfície plana e lisa.
após colidirem ficam unidos como se fosse um só corpo e
suas velocidades finais são iguais entre si.

antes da colisão depois da colisão


v1 = 5 m/s v2 = 0 vf
Sabendo que o sistema é mecanicamente isolado e que após a
10 g 15 g 10 g 15 g colisão as esferas permanecem coladas, determine a velocidade
do conjunto depois da colisão.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 3
FÍSICA I 23 COLISÕES

03. O esquema abaixo mostra um instante antes da esfera A colidir


com a esfera B, que estava em repouso.

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (UFRJ - ADAPTADA) A figura representa o gráfico velocidade-
tempo de uma colisão unidimensional entre dois carrinhos A e B.

Considerando um sistema mecanicamente isolado, que a colisão


foi unidirecional e parcialmente elástica, determine as velocidades
das esferas após a colisão.
Dado: O coeficiente de restituição da colisão foi de 0,5.

04. As imagens abaixo mostram instantes antes e depois de uma


colisão frontal entre duas esferas num sistema mecanicamente
isolado.

Calcule a razão entre as massa mA e mB dos carrinhos.


a) 15 b) 7 c) 8 d) 7 e) 13
13 13 13 15 7

02. (UESPI) Em um acidente de trânsito, os carros A e B colidem


no cruzamento mostrado nas figuras 1 e 2 a seguir. Logo após a
colisão perfeitamente inelástica, os carros movem-se ao longo
da direção que faz um ângulo de θ = 37° com a direção inicial do
Calcule a velocidade da esfera A antes da colisão. carro A (figura 2). Sabe-se que a massa do carro A é o dobro da
massa do carro B, e que o módulo da velocidade dos carros logo
após a colisão é de 20 km/h. Desprezando o efeito das forças
05. Um carro de 500 Kg e um caminhão de 2 ton estão em rota de
de atrito entre o solo e os pneus e considerando sen(37°) = 0,6 e
colisão como mostra a imagem abaixo.
cos(37°) = 0,8, qual é a velocidade do carro A imediatamente antes
da colisão?

Considerando o sistema mecanicamente isolado, as velocidades


apresentadas na imagem e que após a colisão os veículos
permanecem unidos, calcule o módulo da velocidade, em m/s, do
conjunto depois do choque.

a) 24 km/h d) 82 km/h
b) 39 km/h e) 92 km/h
c) 63 km/h

4 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
23 COLISÕES FÍSICA I

03. (UNICAMP) Tempestades solares são causadas por um fluxo a) 26 Ns e -91 J. d) 14 Ns e -7 J.


intenso de partículas de altas energias ejetadas pelo Sol durante b) 14 Ns e -91 J. e) 7 Ns e -7 J.
erupções solares. Esses jatos de partículas podem transportar
bilhões de toneladas de gás eletrizado em altas velocidades, que c) 26 Ns e -7 J.
podem trazer riscos de danos aos satélites em torno da Terra.
09. (ENEM) O pêndulo de Newton pode ser constituído por cinco
Considere que, em uma erupção solar em particular, um conjunto
pêndulos idênticos suspensos em um mesmo suporte. Em um
de partículas de massa total mp =5 kg, deslocando-se com
dado instante, as esferas de três pêndulos são deslocadas para
velocidade de módulo vp= 2×105 m/s, choca-se com um satélite
a esquerda e liberadas, deslocando-se para a direita e colidindo
de massa MS = 95 kg que se desloca com velocidade de módulo
elasticamente com as outras duas esferas, que inicialmente
igual a VS = 4×103m/s na mesma direção e em sentido contrário ao
estavam paradas.
das partículas. Se a massa de partículas adere ao satélite após a
colisão, o módulo da velocidade final do conjunto será de
a) 102.000 m/s. c) 6.200 m/s.
b) 14.000 m/s. d) 3.900 m/s.

04. (UECE) Em um dado jogo de sinuca, duas das bolas se chocam


uma contra a outra. Considere que o choque é elástico, a colisão é
frontal, sem rolamento, e despreze os atritos. No sistema composto
pelas duas bolas há conservação de
a) momento linear e força.
b) energia cinética e força. O movimento dos pêndulos após a primeira colisão está
representado em:
c) momento linear e energia cinética.
d) calor e momento linear.

05. (UERJ) Admita uma colisão frontal totalmente inelástica entre


um objeto que se move com velocidade inicial v0 e outro objeto a)
inicialmente em repouso, ambos com mesma massa.
Nessa situação, a velocidade com a qual os dois objetos se movem
após a colisão equivale a:
v0 v0
a) b) c) 2v0 d) 4v0
2 4
06. (FGV) Na loja de um supermercado, uma cliente lança seu
carrinho com compras, de massa total 30 kg, em outro carrinho b)
vazio, parado e de massa 20 kg. Ocorre o engate entre ambos e,
como consequência do engate, o conjunto dos carrinhos percorre
6,0 m em 4,0 s, perdendo velocidade de modo uniforme até parar.
O sistema de carrinhos é considerado isolado durante o engate.
A velocidade do carrinho com compras imediatamente antes do
engate era, em m/s, de
a) 5,0. b) 5,5. c) 6,0. d) 6,5. e) 7,0.

07. Dois carrinhos A e B de massas m e 3 m, respectivamente, que c)


percorrem um mesmo trilho retilíneo com velocidades escalares
Va = 15 m/s e Vb = 5,0 m/s:
Se o choque mecânico que ocorre entre eles tem coeficiente de
restituição 0,2, quais as velocidades escalares após a interação?
a) v'a 6m
= = / s e v'B 8m / s
b) v'a 3m
= = / s e v'B 4m / s
c) v'a 8m
= = / s e v'B 6m / s d)

d) v'a 3m
= = / s e v'B 6m / s
e) v'a 3m
= = / s e v'B 3m / s

08. (UFRGS) Um objeto de massa igual a 2 kg move-se em linha reta


com velocidade constante de 4 m/s. A partir de um certo instante,
uma força de módulo igual a 2 N é exercida por 6 s sobre o objeto,
na mesma direção de seu movimento. Em seguida, o objeto colide e)
frontalmente com um obstáculo e tem seu movimento invertido,
afastando-se com velocidade de 3 m/s.
O módulo do impulso exercido pelo obstáculo e a variação da energia
cinética do objeto, durante a colisão, foram, respectivamente,

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 5
FÍSICA I 23 COLISÕES

10. (UPF) Em uma mesa de sinuca, uma bola é lançada frontalmente 14. (PUCRJ) Um corpo A colide com um corpo B que se encontra
contra outra bola em repouso. Após a colisão, a bola incidente para inicialmente em repouso. Os dois corpos estão sobre uma
e a bola alvo (bola atingida) passa a se mover na mesma direção superfície horizontal sem atrito. Após a colisão, os corpos saem
do movimento da bola incidente. Supondo que as bolas tenham unidos, com uma velocidade igual a 20% daquela inicial do corpo A.
massas idênticas, que o choque seja elástico e que a velocidade da Qual é a razão entre a massa do corpo A e a massa do corpo B,
bola incidente seja de 2 m/s, qual será, em m/s, a velocidade inicial mA/mB?
da bola alvo após a colisão?
a) 0,20 d) 1,0
a) 0,5 b) 1 c) 2 d) 4 e) 8
b) 0,25 e) 4,0
11. (UNICAMP) As agências espaciais NASA (norte-americana) e c) 0,80
ESA (europeia) desenvolvem um projeto para desviar a trajetória
de um asteroide através da colisão com uma sonda especialmente 15. (PUCRJ) Uma arma de tiro esportivo dispara um projétil de
enviada para esse fim. A previsão é que a sonda DART (do inglês, massa 2 g contra um bloco de madeira de massa 98 g, inicialmente
“Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos”) será lançada em repouso sobre uma superfície horizontal sem atrito. O projétil
com a finalidade de se chocar, em 2022, com Didymoon, um pequeno fica encrustado no bloco, e o conjunto sai com velocidade de 4 m/s.
asteroide que orbita um asteroide maior chamado Didymos. Qual é a velocidade horizontal do projétil, em m/s, antes de atingir
Numa colisão inelástica da sonda DART com o asteroide Didymoon, o bloco?
a) a energia cinética do conjunto sonda + asteroide é conservada a) 100 d) 800
e o momento linear do conjunto também é conservado. b) 200 e) 1.600
b) a energia cinética do conjunto sonda + asteroide não é c) 400
conservada; já o momento linear do conjunto é conservado.
c) a energia cinética do conjunto sonda + asteroide é conservada; 16. (UECE) Ultimamente o futebol tem sido foco de noticiários em
já o momento linear do conjunto não é conservado. função da copa do mundo. Durante uma partida, suponha que a
d) a energia cinética do conjunto sonda + asteroide não é bola cai verticalmente sem girar e se choca com o solo. De modo
conservada e o momento linear do conjunto também não é simplificado, pode-se descrever esse choque como uma colisão
conservado. entre dois corpos, sendo um a bola e o outro o planeta Terra. Caso
se considere este evento como uma colisão elástica, é correto
12. (FUVEST) Um rapaz de massa m1 corre numa pista horizontal e afirmar que há conservação
pula sobre um skate de massa m2, que se encontra inicialmente em a) da energia potencial da bola.
repouso. Com o impacto, o skate adquire velocidade e o conjunto b) da energia potencial da Terra.
rapaz + skate segue em direção a uma rampa e atinge uma altura
c) do momento linear total do sistema composto pela bola e o
máxima h. A velocidade do rapaz, imediatamente antes de tocar no
planeta.
skate, é dada por
d) do momento linear da bola.
Note e adote:
Considere que o sistema rapaz + skate não perde energia devido a 17. (FGV) O texto e a figura a seguir refere-se à questão a seguir:
forças dissipativas, após a colisão.
Têm sido corriqueiras as notícias relatando acidentes
(m1 + m2 ) (m1 + m2 ) envolvendo veículos de todos os tipos nas ruas e estradas
a) gh d) 2gh
m2 m1 brasileiras. A maioria dos acidentes são causados por falhas
humanas, nas quais os condutores negligenciam as normas de
(m1 + m2 ) (2m1 + m2 ) boa conduta. A situação seguinte é uma simulação de um evento
b) gh e) gh
2m1 m1 desse tipo.

m1
c) 2gh
m2

13. (FUVEST) Uma caminhonete, de massa 2.000 kg, bateu na


traseira de um sedã, de massa 1.000 kg, que estava parado
no semáforo, em uma rua horizontal. Após o impacto, os dois
veículos deslizaram como um único bloco. Para a perícia, o O motorista de um automóvel, de massa m, perdeu o controle do
motorista da caminhonete alegou que estava a menos de veículo ao passar pelo ponto A, deslizando, sem atrito, pela ladeira
20 km/h quando o acidente ocorreu. A perícia constatou, analisando retilínea AB, de 200 m de extensão; o ponto A está situado 25 m
as marcas de frenagem, que a caminhonete arrastou o sedã, em acima da pista seguinte BC retilínea e horizontal. Ao passar pelo
linha reta, por uma distância de 10 m. Com este dado e estimando ponto B, a velocidade do carro era de 108 km/h. O trecho BC,
que o coeficiente de atrito cinético entre os pneus dos veículos sendo mais rugoso que o anterior, fez com que o atrito reduzisse a
e o asfalto, no local do acidente, era 0,5, a perícia concluiu que a velocidade do carro para 72 km/h, quando, então, ocorreu a colisão
velocidade real da caminhonete, em km/h, no momento da colisão com outro veículo, de massa 4 M, que estava parado no ponto C, a
era, aproximadamente, 100 m de B. A colisão frontal foi totalmente inelástica. Considere a
Note e adote: aceleração da gravidade com o valor 10 m/s² e os veículos como
Aceleração da gravidade: 10 m/s². pontos materiais.

Desconsidere a massa dos motoristas e a resistência do ar. A energia mecânica dissipada na colisão, em função de M, foi

a) 10 d) 48 a) 160 M d) 137,5 M

b) 15 e) 54 b) 145 M e) 125 M

c) 36 c) 142,5 M

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
23 COLISÕES FÍSICA I

18. (UDESC) Dois vagões de trem, cada um com massa m, estão 20. (ESPCEX (AMAN)) Dois caminhões de massa m1 = 2,0 ton e
unidos formando o vagão AB, movendo-se com velocidade v0 m2 = 4,0 ton, com velocidades v1 = 30 m/s e v2 = 20 m/s,
em direção ao vagão de trem C com massa m. O vagão C está respectivamente, e trajetórias perpendiculares entre si, colidem
inicialmente em repouso. Ocorre uma colisão perfeitamente em um cruzamento no ponto G e passam a se movimentar unidos
inelástica entre os vagões AB e o C. Após esta colisão, a até o ponto H, conforme a figura abaixo. Considerando o choque
velocidade do vagão AB e a variação em sua energia cinética são, perfeitamente inelástico, o módulo da velocidade dos veículos
respectivamente: imediatamente após a colisão é:
a) 2 v0 3 e −5 mv20 9

b) −7 v0 3 e 4 mv20 9

c) 3 v0 5 e 8 mv20 3

d) −4 v0 7 e −5 mv20 6

e) v0 3 e −5 mv20 8

19. (PUCSP) Adote os seguintes valores quando necessário:


Módulo da aceleração da gravidade (g) = 10 m⋅s-2
1 quilograma-força (kgf) = 10 N
1 cal = 4 J
1 cv = 740 W
1 tonelada = 10³ kg
1 atm = 1⋅105 N⋅m-2

Veículo arrastado por trem em Fortaleza


a) 30 km/h d) 70 km/h
b) 40 km/h e) 75 km/h
c) 60 km/h

EXERCÍCIOS DE
APROFUNDAMENTO
01. (UFMG) Para determinar a velocidade de lançamento de um
dardo, Gabriel monta o dispositivo mostrado na Figura I.

https://dialogospoliticos.wordpress.com (adaptado). Acesso: 02/04/2016

A figura mostra uma colisão envolvendo um trem de carga e uma


camionete. Segundo testemunhas, o condutor da camionete teria
ignorado o sinal sonoro e avançou a cancela da passagem de nível.
Após a colisão contra a lateral do veículo, o carro foi arrastado pelo
trem por cerca de 300 metros. Supondo a massa total do trem de
120 toneladas e a da camionete de 3 toneladas, podemos afirmar Ele lança o dardo em direção a um bloco de madeira próximo, que
que, no momento da colisão, a intensidade da força que se encontra em repouso, suspenso por dois fios verticais. O dardo
fixa-se no bloco e o conjunto - dardo e bloco - sobe até uma altura
a) o trem aplicou na camionete foi 40 vezes maior do que a de 20 cm acima da posição inicial do bloco, como mostrado na
intensidade da força que a camionete aplicou no trem e a Figura II. A massa do dardo é 50 g e a do bloco é 100 g. Com base
colisão foi parcialmente elástica. nessas informações,
b) o trem aplicou na camionete foi 40 vezes maior do que a a) CALCULE a velocidade do conjunto imediatamente após o
intensidade da força que a camionete aplicou no trem e a dardo se fixar no bloco.
colisão foi inelástica.
b) CALCULE a velocidade de lançamento do dardo.
c) a camionete aplicou no trem foi igual à intensidade da força
que o trem aplicou na camionete e a colisão foi parcialmente c) RESPONDA: A energia mecânica do conjunto, na situação
elástica. mostrada na Figura I, é menor, igual ou maior que a energia
do mesmo conjunto na situação mostrada na Figura II?
d) a camionete aplicou no trem foi igual à intensidade da força JUSTIFIQUE sua resposta.
que o trem aplicou na camionete e a colisão foi inelástica.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 7
FÍSICA I 23 COLISÕES

02. (UNESP) O pêndulo balístico é um sistema utilizado para medir 05. (UNIFESP) Uma pequena pedra de 10 g é lançada por
a velocidade de um projétil que se move rapidamente. O projétil um dispositivo com velocidade horizontal de módulo igual a
de massa m1 é disparado em direção a um bloco de madeira de 600 m/s, incide sobre um pêndulo em repouso e nele se engasta,
massa m2, inicialmente em repouso, suspenso por dois fios, como caracterizando uma colisão totalmente inelástica. O pêndulo
ilustrado na figura. Após o impacto, o projétil se acopla ao bloco e tem 6,0 kg de massa e está pendurado por uma corda de massa
ambos sobem a uma altura h. desprezível e inextensível, de 1,0 m de comprimento. Ele pode girar
sem atrito no plano vertical, em torno da extremidade fixa da corda,
de modo que a energia mecânica seja conservada após a colisão.

a) Considerando que haja conservação da energia mecânica,


determine o módulo da velocidade do conjunto bloco-projétil
após o impacto.
b) A partir do princípio da conservação da quantidade de Considerando g = 10,0 m/s2, calcule
movimento, determine a velocidade inicial do projétil. a) a velocidade do pêndulo com a pedra engastada, imediatamente
após a colisão.
03. (UFJF-PISM) Uma aranha radioativa de massa ma = 3,0 g b) a altura máxima atingida pelo pêndulo com a pedra engastada
fugiu do laboratório e foi parar na sala de aula. Ela está parada e e a tensão T na corda neste instante.
pendurada no teto através de um fio fino feito de sua teia, de massa
desprezível. Um estudante, mascando um chiclete com massa
mc = 10,0 g, se apavora e atira o chiclete contra a aranha com uma
velocidade de vc = 20 m/s. Considere que a colisão entre o chiclete
e a aranha é totalmente inelástica e que possa ser tratada como
unidimensional. Com base nestas informações, CALCULE:
a) Os módulos dos momentos lineares da aranha e do chiclete
imediatamente antes da colisão.
b) A velocidade final do conjunto aranha-chiclete imediatamente
após a colisão.

04. (UFJF) A figura a seguir mostra um sistema composto por


dois blocos de massas idênticas mA = mB = 3,0 kg e uma mola de
constante elástica k = 4,0 N / m. O bloco A está preso a um fio de
massa desprezível e suspenso de uma altura h = 0,8 m em relação GABARITO
à superfície S, onde está posicionado o bloco B. Sabendo que a EXERCÍCIOS PROPOSTOS
distância entre o bloco B e a mola é d = 3,0 m e que a colisão entre 01. A 05. A 09. C 13. E 17. A
os blocos A e B é elástica, faça o que se pede nos itens seguintes. 02. A 06. A 10. C 14. B 18. A
03. C 07. A 11. B 15. B 19. D
04. C 08. A 12. D 16. C 20. C

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO Qa = 0



01. a) v1 = 2 m/s= Q mv ⇒  −3 m
Qc =10 × 10 × 2003.⇒a) Qc =0,2 kg .,
s
b) v0 = 6 m/s
b) vf = 15,4 m/s
c) Eantes > Edepois. Na colisão, parte da energia
mecânica do dardo é dissipada em outras 04. a) v'B = 4 m/s
m v 'B2 dek energia,
formas x2 m 3
= ⇒ como
=x vB' por= exemplo,
4 x 2 3 m.
⇒b) =
energia
2 térmica.2 k 4
c) D = 2 m. Como D < d, a mola não será
02. a) v = 2 g h comprimida pelo bloco B.
1

b) v0 = [(m1+m2)/m1] 2 g h 05. a) v1 ≅ 1 m/s


b) h = 0,05 m e T = 57,1 N

ANOTAÇÕES

a) Usando a lei de conservação da quantidade de movimento


(momento linear), calcule a velocidade do bloco B
imediatamente após a colisão do bloco A.
b) Calcule o deslocamento máximo sofrido pela mola se o atrito
entre o bloco B e o solo for desprezível.
c) Calcule a distância deslocada pelo bloco B em direção à mola,
se o atrito cinético entre o bloco B e o solo for igual a µc = 0,4.
Nesse caso, a mola será comprimida pelo bloco B? Justifique.

8 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
24
FÍSICA I
COLISÕES: REVISÃO

Durante uma colisão adotamos que o sistema é isolado, ou


seja, livre de forças externas. Com isso usaremos a conservação (ENEM) A figura ao lado ilustra uma gangorra de brinquedo
da quantidade de movimento como base no estudo das colisões. feita com uma vela. A vela é acesa nas duas extremidades
e, inicialmente, deixa-se uma das extremidades mais baixa
que a outra. A combustão da parafina da extremidade mais
COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO baixa provoca a fusão. A parafina da extremidade mais baixa
Razão entre a velocidade relativa de afastamento entre os da vela pinga mais rapidamente que na outra extremidade. O
corpos pela velocidade relativa de aproximação entre eles. pingar da parafina fundida resulta na diminuição da massa
da vela na extremidade mais baixa, o que ocasiona a inversão
velocidade relativa depois das posições. Assim, enquanto a vela queima, oscilam as
e=
velocidade relativa antes duas extremidades. Nesse brinquedo, observa-se a seguinte
sequência de transformações de energia:

COLISÃO PERFEITAMENTE
ELÁSTICA (e = 1)
• Velocidade relativa de aproximação igual à velocidade
relativa de afastamento.
• Há conservação
 da quantidade de movimento do sistema.
( Qantes = Qdepois )
• Há conservação da Energia Cinética do sistema.
( EC antes = EC depois ).
a) Energia resultante de processo químico → energia
COLISÃO PERFEITAMENTE potencial gravitacional → energia cinética.
b) Energia potencial gravitacional → energia elástica →
INELÁSTICA (e = 0) energia cinética.
A velocidade relativa de afastamento entre os corpos é nula, ou c) Energia cinética → energia resultante de processo
seja, os corpos permanecem grudados após o choque. químico → energia potencial gravitacional.
• Há conservação
 da quantidade de movimento do sistema. d) Energia mecânica → energia luminosa → energia
( Qantes = Qdepois ) potencial gravitacional.
• Não há conservação da Energia Cinética, parte da energia e) Energia resultante do processo químico → energia
mecânica se dissipa em outras formas de energia, como luminosa → energia cinética.
exemplo a energia térmica.
Gabarito: A

COLISÃO PARCIALMENTE ELÁSTICA


(0 < e < 1)
• Há conservação
 da quantidade de movimento do sistema. EXERCÍCIOS


( Qantes = Qdepois )
Não há conservação da Energia Cinética, parte da energia
PROTREINO
mecânica se dissipa em outras formas de energia, como
01. Um projétil de massa m = 12 gramas é atirado horizontalmente
exemplo a energia térmica.
com velocidade 200 m/s contra um pêndulo vertical cuja massa
pendular é M = 1988 gramas. O projétil aloja-se no pêndulo e,
devido a colisão, o conjunto sobe até uma altura h.
PROEXPLICA

Como transformação de energia pode cair no Enem?


As transformações de energia são processos que estão
presentes em diversos processos físicos. Devemos sempre
analisar essas situações, pensando em cada etapa do
processo para identificar a forma de energia existente etapa
por etapa.

Considere g = 10 m/s² e desconsidere a resistência do ar. Determine


a altura h máxima atingida pelo conjunto.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 1
FÍSICA I 24 COLISÕES: REVISÃO

02. Um corpo A colide com um corpo B que se encontra inicialmente 05. Um mini canhão lança obliquamente uma esfera M de 4 Kg que
em repouso. Os dois corpos estão sobre uma superfície horizontal leva 0,4 segundos para atingir no ponto mais alta de sua trajetória
sem atrito, conforme ilustra a figura a seguir: outra esfera P de 8 Kg, em repouso no topo de um suporte a
2,4 m de distância horizontal do ponto de lançamento, conforme
esquema, fora de escala, abaixo:

Após a colisão, os corpos permanecem unidos, com uma


velocidade igual a 40% daquela inicial do corpo A.
Determine a razão entre a massa do corpo A e a massa do corpo
m
B, ou seja, A .
mB

03. Uma esfera A de 300 gramas é abandonada e desliza em


uma pista sem atrito até se chocar em uma colisão perfeitamente A colisão entre as esferas é perfeitamente elástica, a resistência do
elástica com uma esfera B de 500 gramas. ar é desprezível e g = 10 m/s².
Determine a altura Hmáx e a distância X que deve ser colocada uma
caixa para que a esfera P caia exatamente dentro dela.

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
Calcule a altura máxima alcançada pela esfera B após a colisão.
Considere o sistema mecanicamente isolado e g = 10 m/s². 01. (UERJ) A lei de conservação do momento linear está associada
às relações de simetrias espaciais.
04. Duas esferas A e B, idênticas, são usadas em um experimento. Nesse contexto, considere uma colisão inelástica entre uma
A esfera A é presa em um pêndulo simples e abandonada a uma partícula de massa M e velocidade V e um corpo, inicialmente em
altura de 20 cm do ponto mais baixo da trajetória. repouso, de massa igual a 10 M.
Logo após a colisão, a velocidade do sistema composto pela
partícula e pelo corpo equivale a:
a) V c) v d) 11 V
b) 10 V
10 11
02. (UDESC) Na figura abaixo, as esferas m2 e m3 estão inicialmente
em repouso, enquanto a esfera m1 aproxima-se, pela esquerda, com
velocidade constante v1. Após sofrer uma colisão perfeitamente
elástica com m2; m1 fica em repouso e m2 segue em movimento
em direção a m3. A colisão entre m2 e m3 é perfeitamente inelástica.

Assinale a alternativa que representa a razão entre a velocidade de


m3, após esta colisão, e a velocidade inicial de m1.
m1 m3 m2 + m3
a) c) e)
m2 + m3 m 1+m2 m1 + m3
m2 m1 + m2
b) d)
m 1+m3 m2 + m3
A esfera B é colocada na trajetória da esfera A, e uma colisão frontal
perfeitamente elástica ocorre, conforme esquema, fora de escala, 03. (PUC-RJ) Sobre uma superfície horizontal sem atrito, duas
acima. partículas de massas m e 4m se movem, respectivamente, com
A esfera B desliza sem atrito em uma superfície plana e horizontal velocidades 2v e v (em módulo) na mesma direção e em sentidos
até cair de uma altura de 3,2 metros. Desconsidere a resistência do opostos. Após colidirem, as partículas ficam grudadas.
ar e adote g = 10 m/s². Calcule a energia cinética do conjunto após a colisão, em função
Calcule: de m e v.

a) a velocidade de B logo após a colisão; a) 0 d) 2,5 mv²

b) o alcance da esfera B. b) 0,2 mv² e) 3,0 mv²


c) 0,4 mv²

2 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
24 COLISÕES: REVISÃO FÍSICA I

04. (IMED) Dois carros de mesma massa sofrem uma colisão


frontal. Imediatamente, antes da colisão, o primeiro carro viajava
a 72 km/h no sentido norte de uma estrada retilínea, enquanto
o segundo carro viajava na contramão da mesma estrada com
velocidade igual a 36 km/h, no sentido sul. Considere que a colisão
foi perfeitamente inelástica. Qual é a velocidade final dos carros
imediatamente após essa colisão?
a) 5 m/s para o norte. d) 10 m/s para o sul.
b) 5 m/s para o sul. e) 30 m/s para o norte.
c) 10 m/s para o norte.

05. (UFPE) Uma bala de massa m = 20 g e velocidade v = 500 m/s


atinge um bloco de de massa M = 480 g e velocidade V = 10 m/s,
que se move em sentido contrário sobre uma superfície horizontal
sem atrito. A bala fica alojada no bloco. Calcule o módulo da
velocidade do conjunto (bloco + bala), em m/s, após colisão.
a) 10,4 c) 18,3 e) 26,5
b) 14,1 d) 22,0
Após a colisão, X e Y passam a moverem-se juntos, formando um
único pêndulo de massa 200 g. Se v é a velocidade do pêndulo X no
06. (EPCAR (AFA)) De acordo com a figura abaixo, a partícula A,
instante da colisão, o módulo da velocidade do pêndulo de massa
ao ser abandonada de uma altura H, desce a rampa sem atritos
200 g imediatamente após a colisão, é
ou resistência do ar até sofrer uma colisão, perfeitamente elástica,
com a partícula B que possui o dobro da massa de A e que se a) 2v. d) v / 2.
encontra inicialmente em repouso. Após essa colisão, B entra em b) 2v. e) v / 2.
movimento e A retorna, subindo a rampa e atingindo uma altura
c) v.
igual a

09. (PUC-RJ) Um objeto de massa M1 = 4,0 kg desliza, sobre um


plano horizontal sem atrito, com velocidade V = 5,0 m/s, até atingir
um segundo corpo de massa M2 = 5,0 kg, que está em repouso.
Após a colisão, os corpos ficam grudados.
Calcule a velocidade final Vf dos dois corpos grudados.
a) Vf = 22 m/s d) Vf = 4,5 m/s
b) Vf = 11 m/s e) Vf = 2,2 m/s
c) Vf = 5,0 m/s

H H H 10. (CEFET MG) O pêndulo balístico abaixo consiste em um corpo


a) H b) c) d)
2 3 9 de massa M suspenso por uma corda. Um projétil de massa m o
atinge e, após a colisão, formam um objeto único e seguem unidos
07. (IBMECRJ) Dois blocos maciços estão separados um do até pararem a uma altura h.
outro por uma mola comprimida e mantidos presos comprimindo
essa mola. Em certo instante, os dois blocos são soltos da mola
e passam a se movimentar em direções opostas. Sabendo-se
que a massa do bloco 1 é o triplo da massa do bloco 2, isto é
m1 = 3m2, qual a relação entre as velocidades v1 e v2 dos blocos 1 e
2, respectivamente, logo após perderem contato com a mola?

Desprezando-se a deformação produzida no corpo suspenso, a


a) v1 = - v2/4 c) v1 = v2 e) v1 = 4v2 velocidade inicial do projétil é dada por
m 
b) v1 = -v2/3 d) v1 = 3v2 a)  m+M
2gh  d)   2gh.
.  m+M
 m 
08. (UFRGS) A questão a seguir refere-se ao enunciado abaixo.
Na figura abaixo, estão representados dois pêndulos simples, b)  m  e)  m  2gh.
2gh  .  m+M
X e Y, de massas iguais a 100 g. Os pêndulos, cujas hastes têm  m+M
massas desprezíveis, encontram-se no campo gravitacional
terrestre. O pêndulo Y encontra-se em repouso quando o pêndulo  m+M
c)   2gh.
X é liberado de uma altura h = 0,2 m em relação a ele. Considere o  m 
módulo da aceleração da gravidade g = 10 m/s².

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 3
FÍSICA I 24 COLISÕES: REVISÃO

11. (PUCPR) Uma bola feita com massa de modelar, realizando 14. (ESPCEX (AMAN)) Um bloco de massa M = 180 g está sobre
movimento retilíneo uniforme, colide frontalmente com outra bola urna superfície horizontal sem atrito, e prende-se a extremidade de
de mesmo material que estava em repouso. Após a colisão, as duas uma mola ideal de massa desprezível e constante elástica igual a
bolas permanecem unidas enquanto se movem. Considere que 2⋅10³ N/m. A outra extremidade da mola está presa a um suporte
as bolas formam um sistema de corpos isolados e o movimento fixo, conforme mostra o desenho. Inicialmente o bloco se encontra
ocorre todo em uma única direção. As alternativas a seguir em repouso e a mola no seu comprimento natural, Isto é, sem
mostram o comportamento da energia cinética (Ec) do sistema de deformação.
corpos antes e depois da colisão.
Assinale a alternativa que corresponde à colisão descrita.

a) d)

Um projétil de massa m = 20 g é disparado horizontalmente contra


o bloco, que é de fácil penetração. Ele atinge o bloco no centro de
sua face, com velocidade de v = 200 m/s. Devido ao choque, o
projétil aloja-se no interior do bloco. Desprezando a resistência do
ar, a compressão máxima da mola é de:
b) e) a) 10,0 cm c) 15,0 cm e) 30,0 cm
b) 12,0 cm d) 20,0 cm

15. (UNESP) Em um jogo de sinuca, a bola A é lançada com


velocidade V de módulo constante e igual a 2 m/s em uma
direção paralela às tabelas (laterais) maiores da mesa, conforme
representado na figura 1. Ela choca-se de forma perfeitamente
elástica com a bola B, inicialmente em repouso, e, após a colisão,
c) elas se movem em direções distintas, conforme a figura 2.

12. (UECE) Um projétil disparado horizontalmente de uma arma de


fogo atinge um pedaço de madeira e fica encravado nele de modo
que após o choque os dois se deslocam com mesma velocidade.
Suponha que essa madeira tenha a mesma massa do projétil
e esteja inicialmente em repouso sobre uma mesa sem atrito. A
soma do momento linear do projétil e da madeira imediatamente
antes da colisão é igual à soma imediatamente depois do choque.
Qual a velocidade do projétil encravado imediatamente após a
colisão em relação à sua velocidade inicial?
a) O dobro.
b) A metade.
c) A mesma.
d) O triplo.

13. (FUVEST) Um núcleo de polônio-204 (204Po), em repouso,


transmuta-se em um núcleo de chumbo-200 (200Pb), emitindo uma
partícula alfa (α) com energia cinética Eα. Nesta reação, a energia
cinética do núcleo de chumbo é igual a
Note e adote:

Núcleo Massa (u) Sabe-se que as duas bolas são de mesmo material e idênticas em
204
Po 204 massa e volume.
 A bola A tem, imediatamente depois da colisão,
velocidade V ' de módulo igual a 1 m/s. Desprezando os atritos e
200
Pb 200
sendo E’B a energia cinética da bola B imediatamente depois da
α 4 colisão e EA a energia cinética da bola A antes da colisão, a razão
E'B
1 u = 1 unidade de massa atômica. é igual a
EA
a) Eα c) Eα/50 e) Eα/204 2 1 4 1 3
a) b) c) d) e)
b) Eα/4 d) Eα/200 3 2 5 5 4

4 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
24 COLISÕES: REVISÃO FÍSICA I

16. (PUCRJ) Uma massinha de 0,3 kg é lançada horizontalmente 19. (FUVEST) Um caminhão, parado em um semáforo, teve
com velocidade de 5,0 m/s contra um bloco de 2,7 kg que se sua traseira atingida por um carro. Logo após o choque, ambos
encontra em repouso sobre uma superfície sem atrito. Após a foram lançados juntos para frente (colisão inelástica), com uma
colisão, a massinha se adere ao bloco. velocidade estimada em 5 m/s (18 km/h), na mesma direção em
Determine a velocidade final do conjunto massinha-bloco em m/s que o carro vinha. Sabendo-se que a massa do caminhão era cerca
imediatamente após a colisão. de três vezes a massa do carro, foi possível concluir que o carro, no
momento da colisão, trafegava a uma velocidade aproximada de
a) 2,8
a) 72 km/h d) 36 km/h
b) 2,5
b) 60 km/h e) 18 km/h
c) 0,6
c) 54 km/h
d) 0,5
e) 0,2 20. (PUCRJ) Um patinador de massa m2 = 80 kg, em repouso, atira
uma bola de massa m1 = 2,0 kg para frente com energia cinética
17. (PUCSP) Nas grandes cidades é muito comum a colisão entre de 100 J. Imediatamente após o lançamento, qual a velocidade do
veículos nos cruzamentos de ruas e avenidas. patinador em m/s?
Considere uma colisão inelástica entre dois veículos, ocorrida num (Despreze o atrito entre as rodas do patins e o solo)
cruzamento de duas avenidas largas e perpendiculares. Calcule a a) 0,25 d) 1,00
velocidade dos veículos, em m/s, após a colisão.
b) 0,50 e) 1,25
Considere os seguintes dados dos veículos antes da colisão:
c) 0,75
Veículo 1: m1 = 800kg
v1 = 90km/h
Veículo 2: m2 =450kg EXERCÍCIOS DE
v2 = 120km/h
APROFUNDAMENTO
01. (UFJF-PISM) Após uma exaustiva tarde caçando pokémons,
você decidiu jogar sinuca para testar seus conhecimentos
sobre alguns conceitos da mecânica newtoniana. Com o taco,
você imprimiu uma velocidade inicial de 50 cm/s à bola branca,
cuja massa é de 300 gramas. Ela se chocou com a bola 8 de
massa 200 gramas e, após a colisão, sua velocidade era de
10 cm/s, mantendo a mesma direção e sentido do movimento
inicial.
a) Qual o ganho de energia cinética da bola branca devido à
tacada?
b) Calcule a velocidade que a bola 8 ganhou após a colisão com
a bola branca.
c) A colisão é elástica ou inelástica? Justifique com cálculos a
sua resposta.
a) 30
02. (FMJ) Uma bola de massa 1 kg é chutada a 12 m/s, a partir do
b) 20
solo, formando um ângulo de 45º com a horizontal. Ao atingir o
c) 28 ponto mais alto de sua trajetória, a bola colide e adere a um balde
d) 25 de massa 2 kg, que se encontra em repouso na extremidade de
e) 15 uma plataforma plana e horizontal, conforme mostra a figura.

18. (UNESP) Um madeireiro tem a infeliz ideia de praticar tiro ao


alvo disparando seu revólver contra um tronco de árvore caído no
solo. Os projéteis alojam-se no tronco, que logo fica novamente
imóvel sobre o solo. Nessa situação, considerando um dos
disparos, pode-se afirmar que a quantidade de movimento do
sistema projétil-tronco
a) não se conserva, porque a energia cinética do projétil se
transforma em calor.
b) se conserva e a velocidade final do tronco é nula, pois a sua
massa é muito maior do que a massa do projétil.
c) não se conserva, porque a energia não se conserva, já que o
choque é inelástico.
d) se conserva, pois a massa total do sistema projétil-tronco não Considerando a aceleração da gravidade 10 m/s², 2 ≅ 1,4 e a
foi alterada. resistência do ar desprezível, determine:
e) não se conserva, porque o sistema projétil-tronco não é isolado. a) a altura máxima, em metros, atingida pela bola.
b) a velocidade da bola, em m/s, imediatamente antes e depois da
colisão totalmente inelástica com o balde.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 5
FÍSICA I 24 COLISÕES: REVISÃO

03. (UNESP) Duas esferas, A e B, de mesma massa e de 05. (UFES) Um corpo de massa m está em contato com uma mola
dimensões desprezíveis, estão inicialmente em repouso nas de constante elástica k que sofre uma deformação x. O sistema
posições indicadas na figura. Após ser abandonada de uma altura é liberado e o corpo é lançado, indo se chocar frontalmente com
h, a esfera A, presa por um fio ideal a um ponto fixo O, desce em outro corpo de massa M em repouso, preso a uma haste rígida de
movimento circular acelerado e colide frontalmente com a esfera comprimento L e massa desprezível. A haste está presa por um
B, que está apoiada sobre um suporte fixo no ponto mais baixo pino na outra extremidade de forma a poder girar sem atrito. Após
da trajetória da esfera A. Após a colisão, as esferas permanecem o choque, os corpos permanecem unidos, e a haste e os corpos
unidas e, juntas, se aproximam de um sensor S, situado à altura giram com velocidade angular constante. Os movimentos ocorrem
0,2 m que, se for tocado, fará disparar um alarme sonoro e luminoso sobre uma mesa plana, e não há atrito entre os corpos e a mesa.
ligado a ele.

Compare as situações imediatamente antes e imediatamente Determine:


depois da colisão entre as duas esferas, indicando se a energia a) a velocidade com que o corpo de massa m é lançado pela mola;
mecânica e a quantidade de movimento do sistema formado pelas
b) a velocidade dos corpos logo após a colisão;
duas esferas se conservam ou não nessa colisão. Justifique sua
resposta. Desprezando os atritos e a resistência do ar, calcule o c) a tração na haste enquanto os corpos giram.
menor valor da altura h, em metros, capaz de fazer o conjunto
formado por ambas as esferas tocar o sensor S. GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
04. (UNESP) A figura apresenta um esquema do aparato
01. C 05. A 09. E 13. C 17. B
experimental proposto para demonstrar a conservação da
02. A 06. D 10. C 14. D 18. E
quantidade de movimento linear em processo de colisão. Uma
03. C 07. B 11. A 15. E 19. A
pequena bola 1, rígida, é suspensa por um fio, de massa desprezível
e inextensível, formando um pêndulo de 20 cm de comprimento. Ele 04. A 08. E 12. B 16. D 20. A

pode oscilar, sem atrito, no plano vertical, em torno da extremidade EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
fixa do fio. A bola 1 é solta de um ângulo de 60º (cosθ = 0,50 e 01. a) Ec = 3,75⋅10-2 J 03. h = 0,8 m.
senθ ≅ 0,87) com a vertical e colide frontalmente com a bola 2, b) vp = 60 cm/s
04. ∆S = 0,4 m e v2 = 2v.m/s
idêntica à bola 1, lançando-a horizontalmente. c) O choque foi elástico, pois como dá para
m mx k
antes = Q depois 0 ⇒ mv 0 = (M + m ) v1 ⇒ v1 =
2 2
notar pelo cálculo feito Q
no mv
item anterior, kx
as k v ⇒ v1 = ⇒
=
velocidades finais das bolas são diferentes, 05. a) 0
⇒ v =x . (m + m) 0 M+m m
2 2 m
excluindo a possibilidade de choque
inelástico. x m2 k x mk
=v1 ⇒ b) v1
= .
2
M+m m M+m
mv12 02. a) hm = 3,538
máx x mk
m
 2
m x mk k  mx 
2

T
= ⇒= T   ⇒= T T
⇒ c) =   .
L b) vantes =  Mm/s
L 8,4 + m evf = 2,8 m/sL (M + m)2 L  M + m 
 

ANOTAÇÕES

Figura fora de escala

(C. Chesman, et al. Colisão elástica: um exemplo didático e lúdico.


Física na Escola, 2005, Adaptado.)

Considerando o módulo da aceleração da gravidade igual a


10 m/s², que a bola 2 se encontrava em repouso à altura
H = 40 cm da base do aparato e que a colisão entre as duas bolas
é totalmente elástica, calcule a velocidade de lançamento da bola 2
e seu alcance horizontal D.

6 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR
25
FÍSICA I
EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL

INTRODUÇÃO Na figura, o ponto G é o centro de massa ou baricentro do


sistema. O ponto G possui coordenadas iguais a xG e yG, que
A Estática é a parte da Física que estuda, basicamente, os podem ser calculadas através de uma média ponderada com cada
corpos em equilíbrio e as condições para que isso aconteça. Os coordenada de cada ponto e de cada massa.
corpos podem ser divididos em dois tipos: pontos materiais e
corpos extensos. Os pontos materiais são aqueles que possuem
dimensões desprezíveis perante o sistema e os corpos extensos
possuem dimensões que devem ser consideradas.
Um corpo se encontra em equilíbrio quando a resultante das
forças que agem sobre ele é nula. Para uma partícula, isso será
traduzido por uma condição e para os corpos extensos em duas
condições.

CENTRO DE MASSA TIPOS DE EQUILÍBRIO


Ponto geométrico, pertencente ou não ao corpo (ou sistema Veja que se afastarmos um pouquinho o eixo de equilíbrio do
físico), é o ponto no qual podemos considerar toda a massa do corpo da sua posição inicial e largarmos no equilíbrio:
corpo (ou do sistema) que estamos estudando. É sobre o centro de
massa que atua a força peso do corpo. Estável

No equilíbrio estável, quando o objeto é ligeiramente retirado da


sua posição de equilíbrio, alguma força age procurando trazê-lo de
volta a posição inicial.

PROPRIEDADES Instável
• Quando um corpo homogêneo possui um centro de
simetria, o centro de massa coincide com ele.
• Para corpos homogêneos o centro de massa (CM) coincide
com o centro geométrico (C).
No equilíbrio instável, quando o objeto é ligeiramente retirado
• Quando um corpo homogêneo possui um eixo de simetria,
da sua posição de equilíbrio, alguma força age procurando afastá-
o centro de massa está sobre ele.
lo ainda mais da posição inicial.
• Se o corpo ou sistema não for composto de um material
homogêneo, o centro de massa (CM) ficará deslocado para
a região em que houver maior concentração de massa. Indiferente

SISTEMA DE PONTOS MATERIAIS No equilíbrio indiferente, quando o objeto é ligeiramente


Dado um sistema de pontos materiais representado abaixo, retirado da sua posição de equilíbrio, continua em equilíbrio nessa
verificamos a presença de três pontos materiais de massas m1, nova posição.
m2 e m3. Podemos verificar que todos os pontos possuem suas
coordenadas x e y.
TOMBAMENTO
y
Se o eixo vertical que passa pelo centro de massa do corpo
cortar sua base de apoio, não haverá tombamento, como ocorre na
y2 m2 figura (a). Quando o eixo passar pela extremidade da base de apoio,
o corpo estará na iminência de tombar e poderemos considerar que
a força Normal aplicada pelo plano atuará nesse ponto, figura (b). Na
figura (c), o eixo vertical que passa pelo centro de massa não corta a
G base de apoio, portanto o corpo sofrerá um tombamento.
yG
m1
y1

m3
y3

x1 x2 xG x3 x

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 149


FÍSICA I 25 EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL

EQUILÍBRIO DE PONTOS MATERIAIS EXERCÍCIO RESOLVIDO


A condição necessária e suficiente para que um ponto material
(ou partícula) esteja em equilíbrio é que a resultante das forças que 01. (UERJ) No esquema, está representado um bloco de
agem sobre ela seja nula. massa igual a 100kg em equilíbrio estático.

CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO
Para que um ponto material se encontre em equilíbrio, o
somatório das forças atuantes, ou seja, a força resultante deve ser
zero.
Se a partícula A se encontra em equilíbrio a resultante das
    

forças F1, F2 , F3 e F 4 é nula, ou seja: F = 0.

Determine, em newtons, a tração no fio ideal AB.

IMPORTANTE!
Para resolver esse tipo de questão de equilíbrio de partícula
podemos adotar 4 passos.
Primeiro Passo: Isolar um ponto no qual as forças a serem
determinadas concorram.
Segundo Passo: Assinalar as forças que atuam no ponto
PROEXPLICA isolado.
TBC
Terceiro Passo: Montar as equações considerando as
Quando um ponto material está em equilíbrio sob a ação de condições de equilíbrio.
três forças apenas, estas forças são concorrentes, pelo fato TAB
Quarto Passo: Resolver as equações. 30º B
do ponto material não ter dimensão, e, seus módulos serão
proporcionais aos senos dos ângulos opostos a cada uma Resolução:
delas.
Isolando o ponto B e marcando as forças quePatuam (passos
1 e 2).
TBC TBC TBC. sen (30º)

30º B TAB 30º B TAB


TBC. cos (30º)

P P

Condições de equilíbrio (passo 3)


Portanto, o Teorema das três Forças diz que: T T . sen (30º)
Condição
BC
de equilíbrio
BC
para o eixo vertical
Se um ponto material sofre a ação de três forças iguais,
separadas de 120°, estará em equilíbrio.
∑F = 0 y
30º B TAB
TBCTBC⋅ sen(30)
. cos (30º)− P =
0
TBC ⋅ sen(30) = P (equação 1)
P
Condição de equilíbrio para o eixo horizontal

∑F = 0 x

TAB − TBC ⋅ cos(30) =


0
T=
AB TBC ⋅ cos(30) (equação 2)

Resolver as equações obtidas (passo 4)


Eq.1
TBC ⋅ sen(30) =
P
TBC ⋅ 0,5 =m ⋅ g ⇒ TBC ⋅ 0,5 =100 ⋅ 10 ⇒
1000
TBC = ⇒ TBC = 2000N
0, 5

Eq. 2
3
TAB = TBC ⋅ cos(30) ⇒ TAB = 2000 ⋅ ⇒ TAB =1000 ⋅ 3N
2

150 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


25 EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL FÍSICA I

02. Uma barra formada pela junção de dois cilindros A e B, coaxiais


02. (UERJ) Uma luminária com peso de 76 N está suspensa e de densidades diferentes:
por um aro e por dois fios ideais. No esquema, as retas AB e BC
representam os fios, cada um medindo 3 m, e D corresponde
ao ponto médio entre A e C.

Sendo BC = 1,2 m e A,C e D pontos situados na mesma Adote: mA = 1 kg e mB = 4 kg


horizontal, a tração no fio AB, em newtons, equivale a: Considere que os dois cilindros tenham secções transversais
a) 47,5 c) 95,0 e) 150 constantes e iguais e admitindo uniforme a distribuição de massas
em cada um deles, determine a posição do centro de massa da
b) 68,0 d) 102,5 barra no eixo x em função de L.
Resolução: C
03. No esquema, está representado um bloco de massa igual a 40 kg
Decompondo as trações nos eixos vertical e horizontal, de em equilíbrio estático. Considerando g = 10 m/s² determine a
acordo com o diagrama abaixo, temos: tração nos fios ideais 1 e 2.

Desenho ilustrativo - fora de escala


Condição de equilíbrio no eixo vertical:
04. No esquema abaixo, está representado um bloco de massa 10 Kg
∑F =
0 ( temos T + T
y Y Y na imagem, por isso 2 ⋅ TY )
em equilíbrio estático. Considerando g = 10 m/s² determine a
76N tração nos fios ideais 1, 2 e 3.
2Ty =P ⇒ Ty = ∴ Ty =38N
2
1,2
Pela trigonometria sabemos que sen θ = e que
Ty =T ⋅ sen θ, assim: 3

TY =⋅
T sen( θ)
1,2 3
38 = T ⋅ ⇒ T = 38 ⋅ | ⇒ T = 95N
3 1,2

EXERCÍCIOS
PROTREINO Desenho ilustrativo - fora de escala

01. Três esferas de dimensão desprezível e de massas mA = 3 kg 05. No esquema abaixo, está representado um bloco de massa
e mB = 4 kg e mC = 3 kg foram colocadas sobre um mesmo plano 20 Kg em equilíbrio estático. Considerando g = 10 m/s² determine
conforme imagem a seguir: a tração nos fios ideais 1 e 2.

Determine as coordenadas do centro de massa do sistema


composto pelas três esferas. Desenho ilustrativo - fora de escala

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 151


FÍSICA I 25 EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL

04. (UNISINOS) Um bloco de peso P é suspenso por três fios


(F1, F2 e F3) e mantido em equilíbrio, conforme mostrado na figura.
O ângulo que o fio F2 forma com o teto é θ = 30º. Os módulos das
EXERCÍCIOS trações os três fios são, respectivamente, T1, T2 e T3.
PROPOSTOS
01. (EEAR) Um pedreiro decidiu prender uma luminária de 6 kg
entre duas paredes. Para isso dispunha de um fio ideal de 1,3 m
que foi utilizado totalmente e sem nenhuma perda, conforme pode
ser observado na figura.

Dados

Sabendo que o sistema está em equilíbrio estático, determine o Ângulo 30º 45º 60º
valor, em N, da tração que existe no pedaço AB do fio ideal preso à Seno 0,50 0,71 0,86
parede. Adote o módulo da aceleração da gravidade no local igual
a 10 m/s². Cosseno 0,86 0,71 0,50
a) 30 b) 40 c) 50 d) 60 Nesta situação, tem-se a seguinte relação das trações nos fios:
a) T1 = T2 d) T1 = 0,58 ⋅ P
02. (UERJ) Em um pêndulo, um fio de massa desprezível sustenta
b) T1 = P e) T1 = 1,72 ⋅ P
uma pequena esfera magnetizada de massa igual a 0,01 kg.
O sistema encontra-se em estado de equilíbrio, com o fio de c) T2 = P
sustentação em uma direção perpendicular ao solo.
Um ímã, ao ser aproximado do sistema, exerce uma força horizontal 05. (UFPR) Uma mola de massa desprezível foi presa a uma
sobre a esfera, e o pêndulo alcança um novo estado de equilíbrio, estrutura por meio da corda “b”. Um corpo de massa “m” igual a
com o fio de sustentação formando um ângulo de 45º com a 2.000 g está suspenso por meio das cordas “a”, “c” e “d”, de acordo
direção inicial. com a figura abaixo, a qual representa a configuração do sistema
após ser atingido o equilíbrio. Considerando que a constante
Admitindo a aceleração da gravidade igual a 10 m×s-2, a magnitude elástica da mola é 20 N/cm e a aceleração gravitacional é
dessa força, em newtons, é igual a: 10 m/s², assinale a alternativa que apresenta a deformação que a
a) 0,1 b) 0,2 c) 1,0 d) 2,0 mola sofreu por ação das forças que sobre ela atuaram, em relação
à situação em que nenhuma força estivesse atuando sobre ela.
03. (UFRGS) Na figura abaixo, blocos idênticos estão suspensos Considere ainda que as massas de todas as cordas e da mola são
por cordas idênticas em três situações distintas, (1), (2) e (3). irrelevantes.

Assinale a alternativa que apresenta as situações na ordem


crescente de probabilidade de rompimento das cordas. (O sinal de
igualdade abaixo indica situações com a mesma probabilidade de
rompimento).
a) 0,5 cm. d) 3,5 cm.
a) (3), (2), (1).
b) 1,2 cm. e) 5,2 cm.
b) (3), (2) = (1).
c) 2,5 cm.
c) (1), (2), (3).
d) (1) = (2), (3).
e) (1) = (2) = (3).

152 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


25 EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL FÍSICA I

06. (IFSUL) Uma caixa A, de peso igual a 300 N, é suspensa por 09. (PUCRS) Dois operários suspendem um balde por meio de
duas cordas B e C conforme a figura abaixo. cordas, conforme mostra o esquema a seguir.

O valor da tração na corda B é igual a


a) 150,0 N. b) 259,8 N. c) 346,4 N. d) 600,0 N.

07. (UFG - MODIFICADA) Para tratar fraturas do fêmur é comumente


utilizado um aparato chamado de sistema de tração de Russel, em
que uma haste rígida A traciona o fêmur, como esquematizado
na figura a seguir. Considere que a perna esteja completamente
engessada, que a massa da haste seja desprezível e que as polias 1 3
e fios sejam ideais. São dados: sen30
= ° cos60
= ° e sen60
= ° cos30
= °
2 2
Sabe-se que o balde, com seu conteúdo, tem peso 50 N, e que o
ângulo formado entre as partes da corda no ponto de suspensão
é 60º. A corda pode ser considerada como ideal (inextensível e de
massa desprezível).
Quando o balde está suspenso no ar, em equilíbrio, a força exercida
por um operário, medida em newtons, vale:
a) 50 50 d) 25 2
c)
b) 25 3 e) 0,0

10. (UECE) Na figura a seguir, o peso P1 é de 500 N e a corda RS é


horizontal.

Para o caso em que a perna esteja orientada horizontalmente, com


β = 60º e m = 7,50 kg, determine o módulo da tração, em newtons,
exercida ao longo da perna.
Adote: g = 10 m/s²
a) 60 b) 75 c) 90 d) 105 e) 120

08. (UNESP) Um professor de física pendurou uma pequena esfera,


pelo seu centro de gravidade, ao teto da sala de aula, conforme a Os valores das tensões T1, T2 e T3 e o peso P2, em Newton, são,
figura: respectivamente,
a) 500 2 , 500, 1000/ 3 e 500/ 3 .
b) 500/ 2 , 1000, 1000 3 e 500 3 .
c) 500 2 , 1000, 1000/ 3 e 500/ 3 .
d) 500/ 2 , 500, 1000 3 e 500 3 .

11. (ENEM) Slackline é um esporte no qual o atleta deve se


equilibrar e executar manobras estando sobre uma fita esticada.
Para a prática do esporte, as duas extremidades da fita são fixadas
Em um dos fios que sustentava a esfera ele acoplou um de forma que ela fique a alguns centímetros do solo. Quando
dinamômetro e verificou que, com o sistema em equilíbrio, ele uma atleta de massa igual a 80 kg está exata mente no meio da
marcava 10 N. O peso, em newtons, da esfera pendurada é de fita, essa se desloca verticalmente, formando um ângulo de 10º
a) 5 3. c) 10 3. e) 20 3. com a horizontal, como esquematizado na figura. Sabe-se que
a aceleração da gravidade é igual a 10 ms-2, cos(10º) = 0,98 e
b) 10. d) 20. sen(10º) = 0,17.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 153


FÍSICA I 25 EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL

Qual é a força que a fita exerce em cada uma das árvores por causa
da presença da atleta?
a) 4,0 × 10² N a) TA > TC d) TB = TC
b) 4,1 × 10² N b) TA < TC e) TB > TC
c) 8,0 × 10² N c) TA = TC
d) 2,4 × 10³ N
e) 4,7 × 10² N 15. (ESPCEX (AMAN)) Um cilindro maciço e homogêneo de peso
igual a 1.000 N encontra-se apoiado, em equilíbrio, sobre uma
12. (EEAR) No estudo da Estática, para que um ponto material estrutura composta de duas peças rígidas e iguais, DB e EA, de
esteja em equilíbrio é necessário e suficiente que: pesos desprezíveis, que formam entre si um ângulo de 90º, e estão
unidas por um eixo articulado em C. As extremidades A e B estão
a) A resultante das forças exercidas sobre ele seja nula. apoiadas em um solo plano e horizontal. O eixo divide as peças de
b) A soma dos momentos das forças exercidas sobre ele seja tal modo que DC = EC e CA = CB, conforme a figura abaixo.
nula. Um cabo inextensível e de massa desprezível encontra-se na
c) A resultante das forças exercidas sobre ele seja maior que sua posição horizontal em relação ao solo, unindo as extremidades D
força peso. e E das duas peças. Desprezando o atrito no eixo articulado e o
d) A resultante das forças exercidas sobre ele seja menor que sua atrito das peças com o solo e do cilindro com as peças, a tensão
força peso. no cabo DE é:
2 
13. (PUCRJ) Um bloco está sendo sustentado pelos fios 1 e 2, como Dados: cos=
45° sen45
= ° e g é a aceleração da gravidade
2
mostrado na figura. Os fios fazem um ângulo reto entre si. Sendo T1
e T2 os módulos das tensões nos fios 1 e 2, respectivamente, qual
é o valor da razão T1/T2?

a) 5/12 a) 200 N b) 400 N c) 500 N d) 600 N e) 800 N


b) 5/13
c) 12/13 16. (UNESP) Um lustre está pendurado no teto de uma sala por
meio de dois fios inextensíveis, de mesmo comprimento e de
d) 12/5 massas desprezíveis, como mostra a figura 1, onde o ângulo que
e) 13/5 cada fio faz com a vertical é 30º. As forças de tensão nos fios têm
a mesma intensidade.
14. (PUCRS) No sistema apresentado na figura abaixo, o bloco M
está em equilíbrio mecânico em relação a um referencial inercial.
Os três cabos, A, B, e C, estão submetidos, cada um, a tensões
  
respectivamente iguais a T A , TB e TC . Qual das alternativas abaixo
representa corretamente a relação entre os módulos dessas forças
tensoras?
Considere o campo gravitacional uniforme.

154 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


25 EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL FÍSICA I

Considerando cos 30º ≅ 0,87, se a posição do lustre for modificada Considerando nulo o atrito entre todas as superfícies, assinale o
e os fios forem presos ao teto mais distantes um do outro, de forma diagrama que representa corretamente as forças de contato que
que o ângulo que cada um faz com a vertical passe a ser o dobro do agem sobre a esfera 2 nos pontos A, B e C.
original, como mostra a figura 2, a tensão em cada fio será igual a a) d)
a) 0,50 do valor original. d) 2,00 do valor original.
b) 1,74 do valor original. e) 3,46 do valor original.
c) 0,86 do valor original.

17. (ESPCEX (AMAN)) Um bloco de massa m = 24 kg é mantido


suspenso em equilíbrio pelas cordas L e Q, inextensíveis e de
massas desprezíveis, conforme figura abaixo. A corda L forma um
ângulo de 90º com a parede e a corda Q forma um ângulo de 37°
com o teto. Considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s², b) e)
o valor da força de tração que a corda L exerce na parede é de:
(Dados: cos 37º = 0,8 e sen 37º = 0,6)

c)

a) 144 N c) 192 N e) 320 N


b) 180 N d) 240 N

18. (MACKENZIE) Um quadro, pesando 36,0 N, é suspenso por


um fio ideal preso às suas extremidades. Esse fio se apoia em um
20. (UERJ) Um corpo de peso P encontra-se em equilíbrio, suspenso
prego fixo à parede, como mostra a figura.
por três cordas inextensíveis. Observe, na figura, o esquema das
forças T1 e T2, que atuam sobre o nó de junção das cordas, e os
respectivos ângulos, á e â, que elas formam com o plano horizontal.

Desprezados os atritos, a força de tração no fio tem intensidade de:


a) 20,0 N c) 25,0 N e) 30,0 N
Fazendo a decomposição dessas forças, um aluno escreveu o
b) 22,5 N d) 27,5 N
seguinte sistema de equações:

19. (PUCPR) Duas esferas rígidas 1 e 2, de mesmo diâmetro, estão T1senα + T2senβ =P

em equilíbrio dentro de uma caixa, como mostra a figura a seguir. T1cosα − T2cosβ =0
Sabendo que α e β são ângulos complementares, o aluno pôde
determinar a seguinte expressão do cos â em função de T1, T2 e P:
TP
1 P2
a) c)
T12 + T22 T12 + T22
T2P T1T2
b) d)
T12 + T22 T12 + T22

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 155


FÍSICA I 25 EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL

a) Qual é o peso do homem?


EXERCÍCIOS DE b) O gancho da parede foi mal instalado e resiste apenas até
APROFUNDAMENTO 130 kgf. Quantas crianças de 30 kg a rede suporta? (suponha
que o ângulo não mude).
01. (UNESP) Um caminhão de brinquedo move-se em linha reta
sobre uma superfície plana e horizontal com velocidade constante. 04. (UEMA) “O Shopping São Luís passou por um processo de
Ele leva consigo uma pequena esfera de massa m = 600 g presa expansão, com um investimento da ordem de 100 milhões de
por um fio ideal vertical de comprimento L = 40 cm a um suporte reais”. A obra foi entregue ao público em abril de 2014.
fixo em sua carroceria. Na parte interna do shopping, para controle do trânsito, foi
instalado um semáforo que pesa 80 N, conforme figura ao lado.
Fonte: REVISTA FECOMÉRCIO. 60 anos o Estado do Maranhão.
São Luís: Fecomércio, 2013. (adaptado)

Em um determinado momento, o caminhão colide inelasticamente


com um obstáculo fixo no solo, e a esfera passa a oscilar atingindo
o ponto mais alto de sua trajetória quando o fio forma um ângulo
θ = 60º em relação à vertical.

Considere a figura para responder às perguntas.


a) Para o caso em que α = 30º e β = 60º, determine as
tensões sofridas pelos cabos 1, 2 e 3, sendo sen30º = 1/2,
sen60° =( 3) / 2, cos30° =( 3) / 2 e cos60º = 1/2.
b) Calcule em qual situação as tensões nos cabos 1 e 2 podem
ser iguais.
1
Adotando g = 10 m s2 , cos= 60° sen=
30° e desprezando a 05. (UFPE) A figura mostra um peso de 44 N suspenso no ponto
2
resistência do ar, calcule: P de uma corda. Os trechos AP e BP da corda formam um ângulo
a) a intensidade da tração no fio, em N, no instante em que a de 90º, e o ângulo entre BP e o teto é igual a 60º. Qual é o valor, e
esfera para no ponto mais alto de sua trajetória. newtons, da tração no trecho AP da corda?

b) a velocidade escalar do caminhão, em m/s, no instante em que


ele se choca contra o obstáculo.

02. (UNESP) Um semáforo pesando 100 N está pendurado por três


cabos conforme ilustra a figura. Os cabos 1 e 2 fazem um ângulo α
e β com a horizontal, respectivamente.

a) Em qual situação as tensões nos GABARITO


fios 1 e 2 serão iguais?
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
b) Considerando o caso em que 01. C 05. A 09. C 13. A 17. E
α = 30° e β = 60°, determine as 02. A 06. D 10. A 14. B 18. E
tensões nos cabos 1, 2 e 3. 03. A 07. B 11. D 15. C 19. A
1 3 04. E 08. D 12. A 16. B 20. A
Dados: sen 30° = e sen 60° =
2 2 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) T = 3 N
03. (UNICAMP) Quando um homem está deitado numa rede (de
b) v = 2 m/s
massa desprezível), as forças que esta aplica na parede formam
um ângulo de 30º com a horizontal, e a intensidade de cada uma é 02. a) Para que T1 seja igual a T2 deve haver simetria e, portanto: α = β.
de 60 kgf (ver figura adiante). T1 T3 cos=
b) = β 100 × 0,5
= 50N e T
=2 T3sen=
3
β 100 × = 50 3N
2
03. a) 60 kgf.
b) 4 crianças.

04. a) T1 = 40 N; T2 = 40√3 N; T3 = 80 N
b) T1 ⋅ cos ( α ) = T2 ⋅ cos ( β )
T1= T2 ⇔ cos ( α )= cos ( β )
Logo,
α =β

05. 22.

156 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


26 EQUILÍBRIO DE CORPOS FÍSICA I

EXTENSOS E ALAVANCAS

MOMENTO DE UMA FORÇA OU Apenas a componente perpendicular ao braço produz rotação,


toda força cuja direção passa pelo ponto de rotação não gera
TORQUE torque. Observe algumas aplicações, considerando o sentido de
rotação anti-horário como positivo.
No módulo anterior, tratamos de corpos pontuais, ou seja,
de dimensões desprezíveis. No contexto de corpos pontuais só a)
interessa considerar a possibilidade de translação, visto que,
não se pode caracterizar o movimento de rotação de um corpo
puntiforme. A única condição necessária para o equilíbrio, nesse
quadro, é a força resultante sobre o corpo pontual ser nula.
O corpo extenso, por sua vez, possibilita a análise tanto do
movimento de translação como o de rotação. Por esse motivo, o
equilíbrio do corpo extenso acontece quando duas condições são
satisfeitas: uma referente à translação (força resultante ser nula) e
outra referente à rotação (torque resultante ser nulo).

PROEXPLICA 
O módulo do torque da força F é calculado da seguinte maneira

Equilíbrio M = F · sen(θ) · r
Corpo Pontual → Força resultante nula. A distância “r” foi representada nesse caso pela letra “d”. Como
Corpo Extenso → Força e torque resultantes devem ser nulos. o sen(90°) = 1 podemos escrever simplesmente:
Na figura, percebemos que no corpo, agem duas forças de M=F·d
mesmo módulo F, mesma direção e sentidos opostos. M = 20 · 2
M = 40 N·m
b)

Observe que a força resultante sobre a barra é nula,


porém, devido à posição de aplicação das forças no corpo
extenso uma rotação é gerada, essa rotação é provocada pelo
torque das forças, grandeza que estudaremos nesse módulo.

M=F·d
O momento de uma força (também chamada de torque) é a
M = 20 · 1,2
grandeza vetorial cujo módulo indica a eficiência de uma força em
M = 24 N·m
produzir rotação em um corpo em torno de um ponto de referência.
Dada a situação da imagem, o módulo do torque gerado pela Perceba comparando o exemplo (a) com o (b) que quanto
força F é calculado pela relação: menor o braço, distância d, menor será o torque, portanto, menor
será a eficiência da força em gerar rotação.
c)


Realizando a decomposição de F

Nesse caso a força é oblíqua ao braço, apenas a componente


perpendicular da força  produz torque, por isso, realizamos a
decomposição da força F.

M = F · sen(θ) · r ou M = F · r · sen(θ)

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 157


FÍSICA I 26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS

=M F·sen ( θ ) ·r
M= 20 ⋅ sen ( 30° ) ⋅ 1,2 M = -F · r
M = -20 · 1,5
M = 20 ⋅ 0,5 ⋅ 1,2
M = -30 N·m
=M 12N   ⋅m
Entenda que o sinal negativo indica o sentido de rotação como
Perceba comparando o exemplo (b) com o (c) que mantendo a sentido horário.
distância r constante a forma mais eficiente de produzir rotação é f)
aplicando uma força perpendicular ao braço.
d)

Nesse caso as forças de módulos F e F’ passam pelo ponto


fixo, quando isso acontece elas não geram torque.
Realizando uma análise matemática temos que: Nesse caso a força é oblíqua ao braço, apenas a componente
perpendicular da força  produz torque, por isso, realizamos a
θ 180° e  sen (180=
Para a força F, temos que = ° ) 0 , por isso: decomposição da força F.
M = F · sen(θ) · r
M = 0 N·m
Para a força F’, temos que r = 0 metros, por isso:
M' = F · sen(θ) · r
M' = 0 N·m
É importante que o aluno reconheça esses casos, em que o
torque é nulo, sem que seja necessário a substituição nas fórmulas.
e)

M = -F · cos(60°) · r
M = -20 · 0,5 · 1,5
M = -15 N·m

EXERCÍCIO RESOLVIDO

01. Observe o exemplo com uma chave fixa, conhecida como


“chave de boca” sob ação de forças.

A força de módulo F produz uma rotação no sentido horário,


de acordo com nossa notação, consideramos esse sentido como
negativo.

Considerando o sentido anti-horário como positivo. Calcule


o momento de cada uma das forças em relação ao ponto de
apoio O.

158 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS FÍSICA I

Resolução: 03. Determine o torque em relação ao ponto O da força


Torque/Momento da força F1: indicada na figura. Dados F = 30 N; d = 1 m; θ = 60º
M1 = 0 N·m (observe que a distância r = 0 metros).t d d
Torque/Momento da força F2:
M2 = -4 · 0,1 = -0,4 N·m (Lembrando que r = 10 cm = 0,1 m;
o sinal negativo é devido a força F2 gerar uma rotação no
sentido horário).   
F

Torque/Momento da força F3:
O O F
M3 = 0 N·m (sen(180°) = 0).
Torque/Momento da força F4:
Resolução:
M4 = +2 · 0,2 = 0,4 N·m (Lembrando que r = 20 cm = 0,2 m; o
sinal positivo é devido a força F4 gerar uma rotação no sentido d
anti-horário). d
→ Repare que a força F1 que está no ponto de apoio e a força
F3 que tem seu prolongamento passando pelo ponto de apoio  
não geram torque. F1   F 
Torque/Momento resultante:
F1  F
O 
MR = M1 + M2 + M3 + M4 ⇒ MR = 0 – 0,4 + 0 + 0,4 ⇒ MR = 0 N·m
O F2 
Perceba que apenas a componente F1
F 2
gera torque já que a F
• Momento é a grandeza responsável pela rotação. Além de 2

depender da força aplicada, o momento depende da distância em seu prolongamento passa pelo ponto O, então
entre a força e o eixo de rotação (braço de alavanca). 1
M = F1 ⋅ d ⇒ M = F ⋅ cos( θ) ⋅ d ⇒ M = 30 ⋅ ⋅ 1⇒ M = 15 N ⋅ m
• O eixo escolhido é arbitrário, podemos escolher o mais 2
conveniente em cada caso.
• Momento é uma grandeza vetorial, mas no nosso nível nos
importaremos apenas com seu módulo.
• A unidade SI de Momento é newton.metro (N.m).
CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO DE
• É comum usar a seguinte convenção de sinais: se a força UM CORPO EXTENSO
provoca rotação no sentido anti-horário o momento leva o São duas as condições para que um corpo se encontre em
sinal positivo, caso contrário leva o sinal negativo, porém equilíbrio:
nada impede que você convencione o contrário. 
∑ F= 0 → Equilíbrio de TRANSLAÇÃO
02. A figura representa a força aplicada na vertical, sobre
uma chave de boca, por um motorista de caminhão tentando
∑M = 0 → Equilíbrio de ROTAÇÃO
Ponto qualquer

desatarraxar uma das porcas que fixa uma roda.


EXERCÍCIO RESOLVIDO

04. Desconsiderando a massa do fio e da barra calcule a massa


M1 para que a alavanca fique em equilíbrio. Dados m2 = 6 Kg e
g = 10 m/s2

O ponto de apli­cação da força dista 15 cm do centro da porca e


o módulo da força máxima aplicada é F = 400 N. Nesta situação,
supo­nha que o motorista está próximo de conseguir desatarra­
xar a porca. Em seguida, o motorista acopla uma extensão
à chave de boca, de forma que o novo ponto de aplicação da
força dista 75 cm do centro da porca. Calcule o novo valor do
módulo da força, F’, em newtons, aplicado na extremidade da Resolução:
porca, necessário para que o moto­rista gere o mesmo torque de
antes da extensão. ∑M = 0
Resolução: M1 − M2 =0 ⇒ M1 =M2
M=F×d 2L L
P1 ⋅ D1= P2D2 ⇒ m1 ⋅ g ⋅ = m2 ⋅ g ⋅
Na primeira situação: M = 400 N × 15 cm = 6.000 N·cm 3 3
Na segunda situação: 6.000 = F × 75 cm 2 1
m=
1 6 ⋅ ⇒ m1 =
3 Kg
F = 80 N 3 3

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 159


FÍSICA I 26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS

05. Um rapaz de 60 kg se encontra a 1 metro de distância da


ALAVANCAS
extremidade B. Alavancas são instrumentos usados para erguer objetos
apoiados em uma de suas extremidades, reduzir o esforço ou
ampliar uma força. São constituídas de uma barra e um ponto fixo
de apoio. Devido a esse ponto de apoio, o movimento realizado é
sempre de rotação em torno de um eixo, ainda que a rotação não
seja completa.

TIPOS DE ALAVANCA
Sabendo que o sistema está em equilíbrio e que a barra tem Interfixa
massa de 10 Kg. Determine a força que os apoios A e B fazem
na barra. O ponto de apoio situa-se entre os pontos de aplicação das
forças resistente e potente.
Dado g = 10m/s²
F R
Resolução:
Condições de Equilíbrio
 A
∑ F = 0 e ΣM = 0

→Soma das forças na vertical



∑ FY = 0
FA + FB − P barra − P homem =
0 Exemplo:
FA + FB − 100 − 600 = 0
F RR
FA + FB = 700 equaçâo I

→ Soma dos momentos (Considerando o ponto A como apoio).


A A

∑M = 0
MA + MB − Mbarra − Mhomem =
0 P
FA ⋅0 + FB ⋅ 3 − Pbarra ⋅ 1.5 − Phomem ⋅ 2 =0
3 ⋅ FB − 100 ⋅ 1,5 − 600 ⋅ 2 =0 F R
FB = 1350 / 3 R
FB = 450N R A F
Temos que
FA + FB = 700 A
Interpotente
FA + 450 = 700
O ponto de aplicação da força potente localiza-se entre os
FA = 250 N pontos de apoio e de aplicação da força resistente.

F R
BINÁRIO
É o sistema de forças com apenas duas componentes de A
mesmo módulo, paralelas e de sentidos opostos. A distância
entre as duas retas suportes é denominada braço do binário. Num
binário sempre teremos:

Exemplo:

A
R F
F

A
R
1 1
=MR F . r1 sen90 ° + F . r2 . sen90°
F
M
=R F (r1 + r2 )

Sempre que um binário age sobre um corpo ele provoca


rotação. Procure situações diárias onde se aplica um binário.
R

160 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


A
26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS FÍSICA I

Interresistente 03. Três esferas A, B e C de massas 10 Kg, 2 Kg e 5 Kg,


respectivamente, foram colocadas sobre uma barra rígida de
O ponto de aplicação da força resistente fica entre os pontos de
massa desprezível apoiada horizontalmente no ponto O. Determine
apoio e de aplicação da força potente.]
a distância X para que a barra permaneça em equilíbrio.
R F

Exemplo:
R

04. Uma barra rígida homogênea de 9 metros de comprimento e


F 2 Kg de massa foi apoiada horizontalmente sobre o ponto O.
Calcule a densidade, em g/cm³, da esfera A de volume 4000 cm³
para que a barra permaneça em equilíbrio.

EXERCÍCIOS
PROTREINO
01. Calcule o torque resultante produzido pelas forças de módulo F
e F’, em relação ao ponto O.

05. Uma barra rígida homogênea de 4 Kg está apoiada horizontalmente


sobre os pontos A e B. Uma esfera P de massa 1 Kg foi colocada na
extremidade direita, de acordo com a imagem abaixo:

Considerando g = 10 m/s², faça o que se pede:


02. Determine a m para que a gangorra permaneça em equilíbrio na a) Calcule as reações de apoio nos pontos A e B;
horizontal e indique a esfera que possui maior densidade. b) Substituindo a esfera P por outra, calcule qual seria a massa
Considere a massa da barra rígida desprezível. máxima da nova esfera, colocada na mesma posição de P, para
que o sistema permaneça em equilíbrio.

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (UERJ) Um sistema é constituído por seis moedas idênticas
fixadas sobre uma régua de massa desprezível que está apoiada
na superfície horizontal de uma mesa, conforme ilustrado abaixo.
Observe que, na régua, estão marcados pontos equidistantes,
numerados de 0 a 6.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 161


FÍSICA I 26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS

04. (MACKENZIE)

Ao se deslocar a régua da esquerda para a direita, o sistema


permanecerá em equilíbrio na horizontal até que determinado
ponto da régua atinja a extremidade da mesa. Uma cancela manual é constituída de uma barra homogênea AB de
De acordo com a ilustração, esse ponto está representado pelo comprimento L = 2,40 m e massa M = 10,0 kg, está articulada no
seguinte número: ponto O, onde o atrito é desprezível. A força F tem direção vertical e
sentido descendente, como mostra a figura acima.
a) 4 b) 3 c) 2 d) 1
Considerando a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s², a
intensidade da força mínima que se deve aplicar em A para iniciar o
02. (EEAR) Dois garotos de massas iguais a 40 kg e 35 kg sentaram
movimento de subida da cancela é
em uma gangorra de 2 metros de comprimento para brincar. Os
dois se encontravam à mesma distância do centro de massa e do a) 150 N b) 175 N c) 200 N d) 125 N e) 100 N
apoio da gangorra que coincidiam na mesma posição. Para ajudar
no equilíbrio foi usado um saco de 10 kg de areia. 05. (ENEM) Em um experimento, um professor levou para a sala
de aula um saco de arroz, um pedaço de madeira triangular e uma
barra de ferro cilíndrica e homogênea. Ele propôs que fizessem a
medição da massa da barra utilizando esses objetos. Para isso,
os alunos fizeram marcações na barra, dividindo-a em oito partes
iguais, e em seguida apoiaram-na sobre a base triangular, com o
saco de arroz pendurado em uma de suas extremidades, até atingir
a situação de equilíbrio.

Considerando o saco de areia como ponto material, qual a distância,


em metros, do saco de areia ao ponto de apoio da gangorra?
a) 2,0 b) 1,5 c) 1,0 d) 0,5

03. (ACAFE) Para cortar galhos de árvores um jardineiro usa uma


tesoura de podar, como mostra a figura 1. Porém, alguns galhos
ficam na copa das árvores e como ele não queria subir nas
mesmas, resolveu improvisar, acoplando à tesoura cabos maiores, Nessa situação, qual foi a massa da barra obtida pelos alunos?
conforme figura 2. a) 3,00 kg c) 5,00 kg e) 15,00 kg
b) 3,75 kg d) 6,00 kg

06. (UPF) Uma barra metálica homogênea, de 2,0 m de comprimento


e 10 N de peso, está presa por um cabo resistente. A barra mantém
dois blocos em equilíbrio, conforme mostra a figura abaixo. Sendo
d = 0,5 m e o peso do bloco A, PA = 100 N, é correto afirmar que o
peso do bloco B, em N, é:

Assim, assinale a alternativa correta que completa as lacunas da


frase a seguir.
Utilizando a tesoura da __________ o rapaz teria que fazer uma
força __________ a força aplicada na tesoura da __________ para
produzir o mesmo torque.
a) figura 2 – menor do que – figura 1
b) figura 2 – maior do que – figura 1
c) figura 1 – menor do que – figura 2 a) 45 c) 60 e) 55
d) figura 1 – igual – figura 2 b) 30 d) 6

162 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS FÍSICA I

07. (UERJ) A figura abaixo ilustra uma ferramenta utilizada para 09. (UERJ) Uma balança romana consiste em uma haste horizontal
apertar ou desapertar determinadas peças metálicas. sustentada por um gancho em um ponto de articulação fixo. A
partir desse ponto, um pequeno corpo P pode ser deslocado na
direção de uma das extremidades, a fim de equilibrar um corpo
colocado em um prato pendurado na extremidade oposta. Observe
a ilustração:

Para apertar uma peça, aplicando-se a menor intensidade de força


possível, essa ferramenta deve ser segurada de acordo com o
esquema indicado em:
a) c)
Quando P equilibra um corpo de massa igual a 5 kg, a distância d de
P até o ponto de articulação é igual a 15 cm.
Para equilibrar um outro corpo de massa igual a 8 kg, a distância,
em centímetros, de P até o ponto de articulação deve ser igual a:
a) 28 b) 25 c) 24 d) 20

b) d) 10. (ENEM) As pessoas que utilizam objetos cujo princípio de


funcionamento é o mesmo do das alavancas aplicam uma força,
chamada de força potente, em um dado ponto da barra, para
superar ou equilibrar uma segunda força, chamada de resistente,
em outro ponto da barra. Por causa das diferentes distâncias entre
os pontos de aplicação das forças, potente e resistente, os seus
efeitos também são diferentes. A figura mostra alguns exemplos
desses objetos.
08. (UEFS) Um atleta mantém uma barra com duas anilhas em
suas extremidades em equilíbrio, na horizontal, segurando-a pelos
pontos A e B e aplicando, nesses pontos, forças verticais sobre a
barra.

Em qual dos objetos a força potente é maior que a força resistente?


a) Pinça. d) Carrinho de mão.
b) Alicate. e) Abridor de garrafa.
c) Quebra-nozes.

11. (ACAFE) Pedro foi com a namorada em um restaurante para


comer sushi. Entretanto, não sabia utilizar os palitos tradicionais
para pegar o alimento. O garçom, então, forneceu palitos
alternativos, presos em uma das extremidades (A), assim podia
Sabendo que a massa da barra é de 10 kg, que a massa de cada utilizá-los, como mostra a figura abaixo.
anilha é 20 kg, adotando g = 10 m/s² e considerando as medidas
indicadas na figura, a intensidade da força aplicada pelo atleta no
ponto B é
a) 100 N.
b) 125 N.
c) 375 N.
d) 400 N.
e) 425 N.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 163


FÍSICA I 26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS

Com base no exposto, assinale a alternativa que completa, O guindaste da figura acima pesa 50.000 N sem carga e os pontos
corretamente, as lacunas da frase a seguir. de apoio de suas rodas no solo horizontal estão em x = 0 e x = -5 m.
O conjunto de palitos dado a Pedro funciona como uma O centro de massa (CM) do guindaste sem carga está localizado na
alavanca __________, dessa forma, a força aplicada __________ é posição (x = -3 m, y = 2 m). Na situação mostrada na figura, a maior
maior que a força aplicada __________. carga P que esse guindaste pode levantar pesa
a) interpotente – por Pedro nos palitos – pelos palitos no sushi a) 7.000 N
b) inter-resistente – por Pedro nos palitos – pelos palitos no sushi b) 50.000 N
c) interpotente – pelos palitos no sushi – por Pedro nos palitos c) 75.000 N
d) inter-resistente – pelos palitos no sushi – por Pedro nos palitos d) 100.000 N
e) 150.000 N
12. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) A figura mostra uma balança de braços
iguais, em equilíbrio, na Terra, onde foi colocada uma massa m, e 15. (ENEM PPL) Retirar a roda de um carro é uma tarefa facilitada
a indicação de uma balança de força na Lua, onde a aceleração da por algumas características da ferramenta utilizada, habitualmente
gravidade é igual a 1,6 m/s², sobre a qual foi colocada uma massa M. denominada chave de roda. As figuras representam alguns
modelos de chaves de roda:

M
A razão das massas é
m
a) 4,0. d) 1,0. Em condições usuais, qual desses modelos permite a retirada da
b) 2,5. e) 0,25. roda com mais facilidade?

c) 0,4. a) 1, em função de o momento da força ser menor.


b) 1, em função da ação de um binário de forças.
13. (ACAFE) Uma família comprou uma casa nova e estava se c) 2, em função de o braço da força aplicada ser maior.
preparando para a mudança. Os homens carregando a mobília e d) 3, em função de o braço da força aplicada poder variar.
a mãe com a filha empacotando os objetos menores. De repente,
a mãe pega um porta retrato com uma foto tirada na construção e) 3, em função de o momento da força produzida ser maior.
da antiga casa. A menina observa que era possível ver na foto dois
pedreiros trabalhando, um deles usando o carrinho de mão para 16. (ENEM) O mecanismo que permite articular uma porta (de um
carregar massa e o outro usando o martelo para arrancar um prego móvel ou de acesso) é a dobradiça. Normalmente, são necessárias
da madeira. Sua avó aparecia com a vassoura na mão varrendo duas ou mais dobradiças para que a porta seja fixada no móvel
a varanda e sua mãe aparecia através da janela com uma pinça ou no portal, permanecendo em equilíbrio e podendo ser articulada
na mão, aparando a sobrancelha. Com isso, lembrou-se das aulas com facilidade.
de física e percebeu que todos os personagens da foto portavam No plano, o diagrama vetorial das forças que as dobradiças
máquinas simples. exercem na porta está representado em
Assinale o nome das máquinas simples associadas aos quatro a) d)
objetos vistos na foto, respectivamente com os citados.
a) Interresistente / interfixa / interpotente / interpotente.
b) Interpotente / interfixa / interresistente / interpotente.
c) Interfixa / interpotente / interpotente / interresistente
d) Interresistente / interpotente / interfixa / interpotente.

14. (FUVEST) b) e)

c)

164 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS FÍSICA I

17. (ESPCEX - AMAN) O ponto C de uma haste homogênea AB, de 19. (FAMERP) O pai de uma criança pretende pendurar, no teto
seção reta uniforme com massa desprezível, está preso, através de do quarto de seu filho, um móbile constituído por: seis carrinhos
uma mola ideal, ao ponto D de uma parede vertical. A extremidade de massas iguais, distribuídos em dois conjuntos, A e B; duas
A da haste está articulada em O. A haste sustenta pesos de 20 N, hastes rígidas de massas desprezíveis, com marcas igualmente
40 N e 60 N e está em equilíbrio estático, na horizontal, conforme espaçadas; e fios ideais. O conjunto A já está preso a uma das
representado no desenho abaixo. extremidades da haste principal do móbile.

Sabendo que o móbile será pendurado ao teto pelo ponto P, para


manter o móbile em equilíbrio, com as hastes na horizontal, o pai da
criança deverá pendurar o conjunto B, na haste principal, no ponto
a) 5. b) 1. c) 4. d) 3. e) 2.
Sabendo que a deformação na mola é de 10 cm, então o valor da
constante elástica da mola é
20. (IFBA) Um malabarista mantém cinco pratos de massas ‘m’
1 3
Dados: sen=30° cos= 60° ; cos=
30° sen=
60° iguais, em equilíbrio, conforme figura.
2 2
a) 1.900 N/m. c) 3.800 N/m. e) 7.600 N/m.
b) 2.400 N/m. d) 4.300 N/m.

18. (MACKENZIE)

A massa das hastes é desprezível e a gravidade local vale 10,0 m/


s². A haste horizontal possui comprimento de 5,0 m. Para que seja
possível manter o sistema em equilíbrio, a distância ‘x’, em metros,
no qual o malabarista deve sustentar a haste, vale:
1 5 3 7 9
a) b) c) d) e)
2 4 2 4 4

A escada rígida da figura acima de massa 20,0 kg, distribuída EXERCÍCIOS DE


uniformemente ao longo de seu comprimento, está apoiada numa
parede e no chão, lisos, e está impedida de deslizar por um cabo
APROFUNDAMENTO
de aço AC. Uma pessoa de massa 80,0 kg se posiciona no ponto
01. (FUVEST) Uma equilibrista de massa M desloca-se sobre
D, conforme indicado na figura. Considerando que a aceleração da
uma tábua uniforme de comprimento L e massa m apoiada
gravidade local é de 10 m/s ², pode-se afirmar que a força de tração
(sem fixação) sobre duas colunas separadas por uma distância
no cabo AC, nessas condições, será de
D(D < L) de modo que o centro da tábua esteja equidistante das
a) 100 N. c) 200 N. e) 300 N. colunas. O ponto de apoio da equilibrista está a uma distância d
b) 150 N. d) 250 N. (tal que D/L < d < L/2) do centro da tábua, como mostra a figura.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 165


FÍSICA I 26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS

Quando Carlinhos empurra a pedra para o chão, a gangorra gira e


permanece em equilíbrio na posição final, representada na figura
a) Considerando que a tábua está em equilíbrio, faça um diagrama 2, com as crianças em repouso nas mesmas posições em que
indicando todas as forças que atuam sobre a tábua e seus estavam inicialmente.
respectivos pontos de aplicação.
b) Calcule o torque resultante exercido pelos pesos da equilibrista
e da tábua em relação ao ponto A (ponto de apoio da tábua na
coluna mais próxima da equilibrista). Escreva sua resposta em
termos de grandezas mencionadas no enunciado (M, L, m, D, d)
e da aceleração da gravidade g.
c) Calcule a distância máxima dmáx da equilibrista ao centro da
tábua para que o conjunto permaneça em equilíbrio estático.
Considere os seguintes dados: comprimento da tábua: L = 5 m;
massa da tábua: m = 20 kg, massa da equilibrista: M = 60 kg,
distância entre as colunas: D = 3 m.
Note e adote:
Calcule o valor da relação VP/VC, sendo VP e VC os módulos
Despreze as espessuras da tábua e da coluna.
das velocidades escalares médias de Pedrinho e de Carlinhos,
Use g = 10 m/s² respectivamente, em seus movimentos entre as posições inicial e
final. Em seguida, calcule o valor da massa M, em kg.
02. (UNESP) Para montar a fachada de seu restaurante, o
proprietário considera duas maneiras diferentes de prender uma 04. (UERJ) Uma prancha homogênea de comprimento igual a 5,0
placa na entrada, conforme as figuras 1 e 2. Nas duas maneiras, m e massa igual a 10,0 kg encontra-se apoiada nos pontos A e B,
uma mesma placa de 4 m de comprimento e massa de 30 kg distantes 2,0 m entre si e equidistantes do ponto médio da prancha.
será presa a uma haste rígida de massa desprezível e de 6 m
Sobre a prancha estão duas pessoas, cada uma delas com massa
de comprimento, que será mantida em equilíbrio, na posição
igual a 50 kg.
horizontal. Na situação da figura 1, a haste é presa a uma parede
vertical por uma articulação A, de dimensões desprezíveis, e por um Observe a ilustração:
fio ideal vertical, fixo em uma marquise horizontal, no ponto B. Na
situação da figura 2, a haste é presa à parede vertical pela mesma
articulação A e por um fio ideal, preso no ponto C dessa parede.

Admita que uma dessas pessoas permaneça sobre o ponto médio


da prancha.
Nessas condições, calcule a distância máxima, em metros, que
pode separar as duas pessoas sobre a prancha, mantendo o
equilíbrio.

05. (UERJ) Dados:


Aceleração da gravidade = 10 m/s2
Considerando g = 10 m/s²,
Calor específico do ar = 1,0 × 103 J/kgK
a) represente as forças que atuam na haste e calcule a intensidade,
Constante da gravitação universal = 6,7 × 10-11 Nm2/kg2
em N, da força de tração no fio que prende a haste à marquise,
na situação da figura 1. Densidade do ar = 1,25 gk/m3
b) calcule a intensidade, em N, da força aplicada pela articulação Índice de refração da água = 1,33 ≈ 4/3
sobre a haste, na situação da figura 2. Índice de refração do ar = 1
Massa do Sol = 2,0 × 1030 kg
03. (UNESP) Pedrinho e Carlinhos são garotos de massas iguais a
Raio médio da órbita do Sol = 3,0 × 1020 m
48 kg cada um e estão inicialmente sentados, em repouso, sobre
uma gangorra constituída de uma tábua homogênea articulada em 1 ano = 3,14 × 107 s
seu ponto médio, no ponto O. Próxima a Carlinhos, há uma pedra 1 rad = 57°
de massa M que mantém a gangorra em equilíbrio na horizontal, sen48,75°= 0,75
como representado na figura 1.
π = 3,14

166 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS FÍSICA I

A figura a seguir mostra um homem de massa igual a 100 kg,


próximo a um trilho de ferro AB, de comprimento e massa
respectivamente iguais a 10m e 350 kg.
O trilho encontra-se em equilíbrio estático, com 60% do seu
comprimento total apoiados sobre a laje de uma construção.

Estime a distância máxima que o homem pode se deslocar sobre o


trilho, a partir do ponto P, no sentido da extremidade B, mantendo-o
em equilíbrio.

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. D 05. E 09. C 13. A 17. C
02. D 06. B 10. A 14. C 18. D
03. A 07. D 11. A 15. B 19. C
04. C 08. C 12. B 16. D 20. D

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a)

  D  mD 
τA M  d −  −
b) = g
  2  2 
c) dmáx = 2 m

(200 3 )
2
2
N2 a)
02. = TN2x + N2yN2 =
= 200 + 1002
1

b)
∴N2 =
100 13 N

03. M = 40 kg

04. d = 2,2 m

05. 3,5 m

ANOTAÇÕES

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FÍSICA I 26 EQUILÍBRIO DE CORPOS EXTENSOS E ALAVANCAS

ANOTAÇÕES

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27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, FÍSICA I
TEOREMA DE STEVIN E PASCAL

CONCEITOS INICIAIS PROEXPLICA

PRESSÃO A massa específica é a densidade de certo material


Caso você tenha que colocar um prego em uma parede, você (substância), enquanto que a densidade se refere a um corpo.
escolheria um prego com ponta fina ou ponta grossa? Obviamente,
escolheria um de ponta fina pois facilita a penetração. Sem saber, No Sl, a unidade de uma ou de outra é a mesma: kg/m3. Uma
você aplicou um conceito importante da física, o conceito de unidade muito usada é o g/cm3. Observe a relação entre elas:
pressão. A ponta mais fina facilita a penetração, pois sua área é
Vale lembrar que é comum o volume aparecer em litros.
menor e quando se faz uma força sobre a área menor, a parede
recebe uma pressão maior. g kg
1 3 = 103 3
Define-se pressão média pela razão entre o módulo da força cm m
perpendicular e área. (Densidade da água)

DENSIDADE RELATIVA
Se quisermos comparar a densidade de dois corpos diferentes
A e B, por exemplo, podemos utilizar uma grandeza denominada de
densidade relativa. A densidade relativa é dada pela razão entre as
duas densidade absolutas.

TEOREMA DE STEVIN

A unidade de pressão no Sistema Internacional (SI) é o N/m2,


PRESSÃO HIDROSTÁTICA
que recebe o nome de pascal (Pa). Porém, existe uma unidade mais
facilmente encontrada em problemas de pressão hidrostática que
é a atmosfera (atm), que possui a seguinte relação com o pascal:
1 atm = 1.105 N/m2 = 76cmHg (pressão atmosférica ao nível
do mar) P
1 Pa = 1 N/m2

PROEXPLICA

Atenção proaluno!
Pressão é uma grandeza escalar, portanto, as operações Ao mergulharmos bem fundo em uma piscina, por exemplo,
matemáticas são sempre algébricas, nunca vetoriais. sentimos um “estalo” em nossos ouvidos. Isto se deve ao aumento
de pressão devido à coluna de líquido acima do mergulhador. A
essa pressão exercida por uma coluna de líquido dá-se o nome de
pressão hidrostática, e seu valor depende da altura da coluna e da
MASSA ESPECÍFICA DE UMA SUBSTÂNCIA natureza do fluido.
(Μ) Na figura acima, temos um recipiente cilíndrico de altura H e
área da base igual a A. No fundo do recipiente, existe a pressão
A massa específica de uma substância pura é a razão entre sua devido ao peso do líquido. Pela definição de pressão e peso:
massa e o volume ocupado por ela.
F
Pressão = ; Peso = m · g
A
Peso m . g
Pressão = =
A A
Como
DENSIDADE DE UM CORPO (D)
A densidade de um corpo é definida pela razão entre sua massa µ ⋅ V ⋅g
P= , como V= A ⋅ H
e seu volume. A
m µ ⋅ A ⋅H⋅ g
d= P=
V A
P = µ ⋅ g ⋅H

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FÍSICA I 27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL

EXERCÍCIO RESOLVIDO TEOREMA DE STEVIN


A diferença de pressão entre dois pontos de um mesmo líquido
homogêneo em equilíbrio é dada pela pressão hidrostática da
01. (ENEM PPL) A figura apresenta o esquema do encanamento
coluna líquida entre os dois pontos.
de uma casa onde se detectou a presença de vazamento de
água em um dos registros. Ao estudar o problema, o morador A densidade de um corpo é definida pela razão entre sua massa
concluiu que o vazamento está ocorrendo no registro e seu volume
submetido à maior pressão hidrostática.

Na figura acima, podemos afirmar que a diferença de pressão


entre os pontos A e B é dada pela pressão hidrostática da coluna
gerada por ∆H, logo:

Em qual registro ocorria o vazamento?


a) I
É importante saber, que:
b) II
• dois pontos a uma mesma altura em um mesmo líquido
c) III homogêneo em equilíbrio hidrostático são isobáricos, ou
d) IV seja, possuem a mesma pressão.
e) V • um ponto na superfície exposta ao ar possui uma pressão
Resolução: B igual a pressão atmosférica (1 atm).
A pressão hidrostática de uma coluna de líquido depende
da densidade, da gravidade e da altura da coluna: Phid = dgh.
Portanto o registro submetido à maior pressão hidrostática
é o II.

EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI
O físico italiano Torricelli, que viveu no século XVII, conseguiu
medir a pressão atmosférica com uma experiência bem simples.
Mergulhou um tubo cheio de mercúrio em outro recipiente com
mercúrio e parte do líquido escoou, ficando somente uma altura
de 76 cm.

A pressão no fundo dos quatro recipientes é a mesma, uma vez


que são os mesmos líquidos e as profundidades são iguais!

VASOS COMUNICANTES
O Teorema de Stevin é bastante utilizado na resolução de
problemas de vasos comunicantes, em especial, tubos na forma
de U.

Com isso, Torricelli concluiu que a pressão atmosférica


(1 atmosfera), ao nível do mar, equivale à pressão hidrostática
exercida por uma coluna de 76 cm de mercúrio, sendo a densidade
do mercúrio igual a 13,6 g/cm3.
pA = pB = µ · g · H
patm = 13,6 . 103 . 9,8 . 76 . 10–2
1 atm ≅ 101300 N/m2
1 atm ≅ 105 N/m2

170 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL FÍSICA I

Na figura acima, podemos afirmar que a pressão no ponto A


é igual à pressão B. Vamos ressaltar: para que a pressão seja a 03. (EEAR - ADAPTADA) Em um sistema de vasos
mesma, não basta a altura ser a mesma, mas os pontos devem comunicantes, são colocados dois líquidos imiscíveis, água com
estar em um mesmo líquido. densidade de 1,0 g/cm3 e óleo com densidade de 0,85 g/cm3.
Após os líquidos atingirem o equilíbrio hidrostático, observa-se,
Patm + d1 gh1 = Patm + d2 gh2 numa das extremidades do vaso, um dos líquidos isolados, que
fica a 20 cm acima do nível de separação, conforme pode ser
d1h1 = d2h2 observado na figura.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

02. (UFRGS) Em um tubo transparente em forma de U


contendo água, verteu-se, em uma de suas extremidades,
uma dada quantidade de um líquido não miscível em água.
Considere a densidade da água igual a 1 g/cm3.
A figura abaixo mostra a forma como ficaram distribuídos a
água e o líquido (em cinza) após o equilíbrio.
Determine o valor de x, em cm, que corresponde à altura
acima do nível de separação e identifique o líquido que atinge
a altura x.
a) 8,5; óleo
b) 8,5; água
c) 17,0; óleo
d) 17,0; água
e) 34,0; água

Resolução: D
Como a água possui maior densidade, ela é o líquido que fica
mais abaixo e atinge a altura x.
Qual é, aproximadamente, o valor da densidade do líquido, em Igualando as pressões na altura da linha tracejada, temos:
g/cm3?
Póleo = Págua
a) 1,5
P0 + ρóleo ⋅ g ⋅ hóleo = P0 + ρágua ⋅ g ⋅ hágua ⇒ ρóleo ⋅ hóleo = ρágua ⋅ hágua
b) 1,0
c) 0,9
0,85 ⋅ 20 =⋅
1x
d) 0,7
∴x = 17 cm

e) 0,5

Resolução: D PRINCÍPIO DE PASCAL


Para os pontos A e B indicados no desenho abaixo, as A pressão exercida sobre um fluido em equilíbrio é transmitida
pressões hidrostáticas são iguais. integralmente a todos os seus pontos (inclusive às paredes do
recipiente que o contém).
O Princípio de Pascal é utilizado para que através de uma força
pequena possamos, com utilização de um fluido, transformá-la em
uma maior. O maior exemplo é o freio hidráulico de um carro, em
que o motorista aplica uma força no pedal e esta é transmitida e
aumentada através de vasos comunicantes com óleo.

PRENSA HIDRÁULICA
A forma mais cobrada em questões é a prensa hidráulica.
Consiste em um sistema de vasos comunicantes contendo um
fluido, como mostra a figura abaixo.
pA = pB
Usando a pressão das colunas de líquido p = ρgh.
pA = ρAghA e pB = ρBghB
ρA g hA = ρB g hB
ρA hA 1g cm3 ⋅ 6 cm
=
ρB = ∴ρ
=B 0,67 g cm3 ≈ 0,7 g cm3
hB 9 cm

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FÍSICA I 27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL

Ao se empurrar o êmbolo 1 com uma força F1, irá gerar uma


diferença de pressão tanto no êmbolo 1 quanto no êmbolo 2. Pelo PROEXPLICA
Princípio de Pascal, essas diferenças de pressão serão iguais:
Dp1 = Dp2 COMO PRESSÃO DOS PNEUS PODE CAIR NO ENEM?
A pressão que é exercida sobre o solo é um tema muito
Sendo as áreas dos êmbolos iguais a A1 e A2:
importante, pois pode causar diversos efeitos, sendo o principal
F1 F2 deles a compactação do solo. Desta maneira, devemos pensar
=
A1 A 2 em uma maneira de diminuir esta pressão exercida sobre o solo,
e assim garantir que os efeitos de compactação serão reduzidos.
Para se elevar um carro, por exemplo, ao colocarmos ele em
um êmbolo com área maior, iremos fazer uma força bem menor.
05. (ENEM) Um dos problemas ambientais vivenciados pela
agricultura hoje em dia é a compactação do solo, devida
ao intenso tráfego de máquinas cada vez mais pesadas,
reduzindo a produtividade das culturas. Uma das formas de
prevenir o problema de compactação do solo é substituir os
pneus dos tratores por pneus mais:
a) largos, reduzindo a pressão sobre o solo;
b) estreitos, reduzindo a pressão sobre o solo;
c) largos, aumentando a pressão sobre o solo;
d) estreitos, aumentando a pressão sobre o solo;
Na mesma proporção que a prensa hidráulica consegue e) altos, reduzindo a pressão sobre o solo.
aumentar a força através do êmbolo de maior área, o deslocamento
é perdido por uma conservação do volume deslocado. Resolução: A
A pressão média (pm) é a razão entre o módulo da força normal
aplicada sobre uma superfície e a área (A) dessa superfície:
Fnormal
pm = .
A
De acordo com essa expressão, para prevenir a compactação,
deve-se diminuir a pressão sobre o solo: ou se trabalha com
tratores de menor peso, ou aumenta-se a área de contato dos
pneus com o solo, usando pneus mais largos.

EXERCÍCIOS
A1H1 = A2H2
PROTREINO
EXERCÍCIO RESOLVIDO 01. Um cubo de 10 cm de aresta e 2 Kg de massa foi colocada
sobre um plano horizontal. Determine a densidade do cubo, em
Kg/m³, e a pressão, em N/m², que ele exerce no plano.
04. (UERJ) Um adestrador quer saber o peso de um elefante.
Utilizando uma prensa hidráulica, consegue equilibrar o Adote: g = 10 m/s²
elefante sobre um pistão de 2000 cm2 de área, exercendo uma
força vertical F equivalente a 200 N, de cima para baixo, sobre 02. Um líquido de densidade 1,2 g/cm³ foi colocado em um
o outro pistão da prensa, cuja área é igual a 25 cm2. recipiente, como mostrado na imagem abaixo:

Calcule o peso do elefante.

Resolução:
F1 F2 P F P 200
= ⇒ elefante = ⇒ = ⇒
A1 A 2 A1 A2 2000 25
P = 16000N ⇒ P = 1,6 ⋅ 104 N
Determine a massa, em kg, do líquido e a pressão, em N/m², no
fundo do recipiente. Adote: g = 10 m/s²

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27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL FÍSICA I

03. Um líquido homogêneo preenche um recipiente, conforme 02. (PUCRJ) Um tubo em forma de U, aberto nos dois extremos e
imagem abaixo: de seção reta constante, tem em seu interior água e gasolina, como
mostrado na figura.

Relacione as pressões em cada ponto marcado na imagem. Use


os sinais =, > ou <.

04. Um tubo transparente em forma de U é preenchido com água


(A) e óleo (B), líquidos imiscíveis. A figura abaixo mostra o sistema
em equilíbrio:
Sabendo que a coluna de gasolina (à esquerda) é de 10 cm, qual é a
diferença de altura ∆h, em cm, entre as duas colunas?
Dados:
densidade volumétrica da água ρágua = 1 g/cm³
densidade volumétrica da gasolina ρgasolina = 0,75 g/cm³
a) 0,75 b) 2,5 c) 7,5 d) 10 e) 25

03. (EEAR) Uma prensa hidráulica possui ramos com áreas iguais a
15 cm² e 60 cm². Se aplicarmos uma força de intensidade F1 = 8 N
sobre o êmbolo de menor área, a força transmitida ao êmbolo de
Sabendo que a densidade da água é de 1 g/cm³, determine a maior área será:
densidade do óleo.
F1 F1
a) b) c) 2 F1 d) 4 F1
4 2
05. Em um elevador hidráulico é colocado um carro de 500 kg,
sabendo que A2 = 4 · A1, determine o módulo da força F necessária
para equilibrar o veículo. 04. (IFBA) Ao utilizar um sistema de vasos comunicantes ideal,
cujos diâmetros das seções transversais circulares valem 2,0 cm
Adote: g = 10 m/s² e 10,0 cm, respectivamente, conforme figura.

É desejável elevar veículos a velocidade constante, cuja carga


máxima seja de até 4.000,0 kg. Considerando
 a gravidade local
igual a 10,0 m/s², o módulo da força F1, em newtons, necessária
para elevar esta carga máxima, vale:
a) 40.000,00 d) 1.600,00
b) 10.000,00 e) 1.000,00
EXERCÍCIOS
PROPOSTOS c) 4.000,00

05. (MACKENZIE) A pressão exercida por uma coluna de água de


01. (EEAR) Um paralelepípedo de dimensões 5 × 10 × 20 cm e 10 m de altura é igual a 1,0 atm. Um mergulhador encontra-se a
massa igual a 2 kg será colocado sobre uma mesa, num local onde uma profundidade H, da superfície livre da água, onde a pressão
g = 10 m/s². A pressão exercida pelo paralelepípedo sobre a mesa, atmosférica é 1,0 atm. A pressão absoluta sobre o mergulhador é
quando apoiado sobre sua base de menor área (p1), em função da de 5,0 atm. A profundidade que o mergulhador se encontra é
pressão exercida quando apoiado sobre a base de maior área (p2),
a) 50 m c) 30 m e) 10 m
será
p2 p2 b) 40 m d) 20 m
a) 2 p2 b) 4 p2 c) d)
2 4

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FÍSICA I 27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL

06. (UERJ) Um peixe ósseo com bexiga natatória, órgão responsável 10. (CPS) Se cavarmos um buraco na areia próxima às águas de
por seu deslocamento vertical, encontra-se a 20 m de profundidade uma praia, acabaremos encontrando água, devido ao princípio
no tanque de um oceanário. Para buscar alimento, esse peixe se físico denominado Princípio dos Vasos Comunicantes.
desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua bexiga natatória Assinale a alternativa que apresenta a aplicação desse princípio,
encontra-se preenchida por 112 mL de oxigênio molecular. no sistema formado pelos três recipientes abertos em sua parte
A variação de pressão sobre o peixe, durante seu deslocamento até superior e que se comunicam pelas bases, considerando que o
a superfície, corresponde, em atmosferas, a: líquido utilizado é homogêneo.
Dados: a)
- g = 10 m/s²
- ρ = 10³ kg/m³
- 1 atm = 105 N/m²
a) 2,5
b) 2,0
b)
c) 1,5
d) 1,0

07. (EN) Um submarino da Marinha Brasileira da classe Tikuna


desloca uma massa de água de 1.586 toneladas, quando está
totalmente submerso, e 1.454 toneladas, quando está na superfície
da água do mar. Quando esse submarino está na superfície, os seus c)
tanques de mergulho estão cheios de ar e quando está submerso,
esses tanques possuem água salgada. Qual a quantidade de água
salgada, em m³, que os tanques de mergulho desse submarino
devem conter para que ele se mantenha flutuando totalmente
submerso?
Dados: Densidade da água do mar = 1,03 g/cm³. Despreze o peso
do ar nos tanques de mergulho.
d)
a) 105 d) 154
b) 128 e) 178
c) 132

08. (EEAR) Qual dos recipientes abaixo, contendo o mesmo líquido,


apresenta maior pressão no ponto P?
e)

11. (ENEM PPL) No manual de uma torneira elétrica são fornecidas


instruções básicas de instalação para que o produto funcione
corretamente:
–– Se a torneira for conectada à caixa-d’água domiciliar, a pressão
a) A da água na entrada da torneira deve ser no mínimo 18 kPa e no
b) B máximo 38 kPa.
c) C –– Para pressões da água entre 38 kPa e 75 kPa ou água
proveniente diretamente da rede pública, é necessário utilizar
d) D
o redutor de pressão que acompanha o produto.
09. (UPF) Um estudante de física realiza um experimento para –– Essa torneira elétrica pode ser instalada em um prédio ou em
determinar a densidade de um líquido. Ele suspende um cubo uma casa.
de aresta igual a 10,0 cm em um dinamômetro. Faz a leitura do Considere a massa específica da água 1.000 kg/m³ e a aceleração
aparelho e registra 50,0 N. Em seguida, ele mergulha metade do da gravidade 10 m/s².
cubo no líquido escolhido, realiza uma nova leitura no dinamômetro
e registra 40,0 N.
Usando as medidas obtidas pelo estudante no experimento e
considerando o módulo da aceleração da gravidade local igual a
10,0 m/s², o valor da densidade do líquido, em g/cm³, encontrado
pelo estudante, é igual a:
a) 3,6 d) 2,0
b) 1,0 e) 0,8
c) 1,6

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27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL FÍSICA I

Para que a torneira funcione corretamente, sem o uso do redutor 15. (ENEM) Um tipo de vaso sanitário que vem substituindo as
de pressão, quais deverão ser a mínima e a máxima altura entre a válvulas de descarga está esquematizado na figura. Ao acionar
torneira e a caixa-d’água? a alavanca, toda a água do tanque é escoada e aumenta o nível
a) 1,8 m e 3,8 m d) 18 m e 38 m no vaso, até cobrir o sifão. De acordo com o Teorema de Stevin,
quanto maior a profundidade, maior a pressão. Assim, a água
b) 1,8 m e 7,5 m e) 18 m e 75 m desce levando os rejeitos até o sistema de esgoto. A válvula da
c) 3,8 m e 7,5 m caixa de descarga se fecha e ocorre o seu enchimento. Em relação
às válvulas de descarga, esse tipo de sistema proporciona maior
12. (ENEM PPL) Os densímetros instalados nas bombas de economia de água.
combustível permitem averiguar se a quantidade de água presente
no álcool hidratado está dentro das especificações determinadas
pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). O volume máximo
permitido de água no álcool é de 4,9%. A densidade da água e do
álcool anidro são de 1,00 g/cm³ e 0,80 g/cm³, respectivamente.
Disponível em: http://nxt.anp.gov.br. Acesso em: 5 dez. 2011 (adaptado).

A leitura no densímetro que corresponderia à fração máxima


permitida de água é mais próxima de
a) 0,20 g/cm³. d) 0,99 g/cm³.
b) 0,81 g/cm³. e) 1,80 g/cm³.
c) 0,90 g/cm³.

13. (ENEM) Para oferecer acessibilidade aos portadores de


dificuldade de locomoção, é utilizado, em ônibus e automóveis, o
elevador hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba elétrica,
para forçar um fluido a passar de uma tubulação estreita para outra
mais larga, e dessa forma acionar um pistão que movimenta a
plataforma. Considere um elevador hidráulico cuja área da cabeça A característica de funcionamento que garante essa economia é
do pistão seja cinco vezes maior do que a área da tubulação que sai devida
da bomba. Desprezando o atrito e considerando uma aceleração
gravitacional de 10 m/s², deseja-se elevar uma pessoa de 65 kg em a) à altura do sifão de água.
uma cadeira de rodas de 15 kg sobre a plataforma de 20 kg. b) ao volume do tanque de água.
Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido, c) à altura do nível de água no vaso.
para que o cadeirante seja elevado com velocidade constante? d) ao diâmetro do distribuidor de água.
a) 20 N d) 1000 N e) à eficiência da válvula de enchimento do tanque.
b) 100 N e) 5000 N
c) 200 N 16. (UECE) Considere uma situação em que uma pessoa segura um
prego metálico com os dedos, de modo que a ponta desse prego
14. (ENEM) O manual que acompanha uma ducha higiênica fique pressionada pelo polegar e a cabeça pelo indicador. Assumindo
informa que a pressão mínima da água para o seu funcionamento que a haste do prego esteja em uma direção normal às superfícies
apropriado é de 20 kPa. A figura mostra a instalação hidráulica com de contato entre os dedos e o prego, é correto afirmar que
a caixa d‘água e o cano ao qual deve ser conectada a ducha. a) a força que atua na ponta do prego é maior que a atuante na
cabeça.
b) a pressão do metal sobre o indicador é maior que sobre o
polegar.
c) a pressão do metal sobre o indicador é menor que sobre o
polegar.
d) a força que atua na ponta do prego é menor que a atuante na
cabeça.

17. (UECE) Projetos de edifícios esbeltos e com alturas que podem


chegar até 150 metros têm gerado um novo tipo de demanda
para os centros de pesquisa e universidades que fazem ensaios
aerodinâmicos. Nesses ensaios, uma versão em escala reduzida do
edifício é construída e submetida a condições de vento controladas
em um equipamento de laboratório chamado túnel de vento, tal
como o túnel de vento que existe na UECE. Considere que, em um
desses ensaios, uma dada superfície do prédio (edifício em escala
reduzida) é submetida a uma pressão, pela ação do vento, de
0,1 N/m². Caso essa superfície tenha área de 100,0 cm², a força
total devido ao vento nessa área é, em N, igual a
O valor da pressão da água na ducha está associado à altura a) 10
a) h1. c) h3. e) h5. b) 10-3
b) h2. d) h4. c) 1
d) 10-2

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 175


FÍSICA I 27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL

18. (UNESP) No processo de respiração, o ar flui para dentro e Com o objetivo de estudar sedimentos depositados nesse lago, uma
para fora dos pulmões devido às diferenças de pressão, de modo equipe de pesquisadores envia um pequeno submarino ao local.
que, quando não há fluxo de ar, a pressão no interior dos alvéolos Admita que, a cada 1.000 m de altitude, a pressão atmosférica seja
é igual à pressão atmosférica. Na inspiração, o volume da cavidade reduzida em 0,1 atm.
torácica aumenta, reduzindo a pressão alveolar de um valor
próximo ao de uma coluna de 2,0 cm de H2O (água). Considerando Estime, em atmosferas, a pressão total exercida sobre o submarino
a aceleração gravitacional igual a 10 m/s² e a massa específica da a uma profundidade de 200 m.
água igual a 1,0 × 10³ kg/m³, a variação da pressão hidrostática
correspondente a uma coluna de 2,0 cm de H2O é 03. (UFPR) Numa prensa hidráulica, um fluido incompressível é
utilizado como meio de transferência de força
 de um êmbolo para
a) 2,0 × 10¹ Pa. c) 0,5 × 10² Pa. e) 2,0 × 10³ Pa.
outro. Numa dessas prensas, uma força FB foi aplicada ao êmbolo
b) 0,5 × 10³ Pa. d) 2,0 × 10² Pa. B durante um intervalo de tempo ∆t = 5 s, conforme mostra a figura
a seguir. Os êmbolos A e B estavam inicialmente em repouso,
19. (UECE) Considere um tanque cilíndrico com água e cuja pressão têm massas desprezíveis e todas as perdas por atrito podem ser
no fundo é 105 N/m² Considerando a aceleração da gravidade desprezadas. As observações foram todas feitas por um referencial
como 10 m/s² e a densidade da água 1 kg/L, é correto afirmar que inercial, e as áreas dos êmbolos são AA = 30 cm² e AB = 10 cm². A
a altura da coluna de água é, em metros, força aplicada ao êmbolo B tem intensidade FB = 200 N e o fluido da
a) 1. b) 10. c) 0,1. d) 100. prensa é incompressível.

20. (UDESC) A figura abaixo mostra um tubo aberto em suas


extremidades, contendo um único líquido em equilíbrio.


Assinale a alternativa correta com relação às pressões PA, PB, PC e a) Durante o tempo de aplicação da força FB , o êmbolo B desceu por
PD nos pontos A, B, C e D situados sobre a mesma linha horizontal, uma distância
 dB = 6 cm. Qual a potência média do agente causador
conforme mostra a figura acima. da força FB ?

a) PA = PB = PC < PD d) PA = 2PB = 3PC = 4PD b) Qual a intensidade FA da força produzida sobre o êmbolo A?

b) PA = PB = PC = PD e) 4PA = 3PB = 2PC = PD


04. (EBMSP) Uma equipe de médicos reúne seus pacientes,
c) PA > PB = PC = PD periodicamente, para realizar palestras sobre a importância das
relações familiares e de boa convivência entre companheiros
de trabalho, colegas de turma, amigos e vizinhos, como forma
EXERCÍCIOS DE de promover a conscientização sobre os vários problemas de

APROFUNDAMENTO saúde física e mental que podem os acometer, ressaltando os


riscos iminentes da hipertensão e a necessidade de aderir aos
tratamentos preconizados. Um palestrante explicou, com o auxílio
01. (UERJ) Em uma experiência escolar, foram utilizados um recipiente de slides que, quando o coração bate, ele bombeia sangue pelas
contendo um líquido de densidade d = 1,8 g/cm³ e um corpo esférico artérias para o resto do corpo. A pressão de bombeamento do
homogêneo com massa m = 1,2 kg e volume V = 0,001 m³. sangue aplica uma força nas artérias e é chamada de pressão
Calcule a densidade do corpo, em kg/m³. Em seguida, indique se sistólica cujo valor normal é de 120 mmHg. Uma pressão sistólica
ele flutuará ou afundará no líquido, justificando sua resposta. igual ou superior a 140 mmHg é considerada hipertensão. Há
também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas
artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e
02. (UERJ) O Titicaca é um lago de água doce localizado na fronteira
outra. Pressão arterial diastólica igual ou superior a 90 mmHg é
do Peru com a Bolívia, sendo considerado um dos maiores da
considerada hipertensão.
América Latina. Ele se encontra a aproximadamente 4.000 metros
Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipertensao>.
de altitude em relação ao nível do mar. Acesso em: 26 out. 2016. Adaptado.

Com base nas informações do texto e nos conhecimentos de


mecânica dos fluídos e sabendo que
–– a densidade do mercúrio é igual a 13,6 g/cm³,
–– o módulo da aceleração da gravidade local é igual a 10,0 m/s²,
calcule a intensidade da força aplicada, perpendicularmente, em
uma área de 1,0 mm² da artéria de uma pessoa com pressão
sistólica de 160 mmHg.

176 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL FÍSICA I

05. (UNICAMP) Os reguladores de pressão são acessórios de ANOTAÇÕES


segurança fundamentais para reduzir a pressão de gases no
interior dos cilindros até que se atinja sua pressão de utilização.
Cada tipo de gás possui um regulador específico.
a) Tipicamente, gases podem ser armazenados em cilindros
a uma pressão interna de P0 = 2,0 × 107 Pa e ser utilizados
com uma pressão de saída do regulador de P1 = 1,6 × 107 Pa.
Considere um gás ideal mantido em recipiente fechado a uma
temperatura inicial de T0 = 300 K. Calcule a temperatura final T1
do gás se ele for submetido isovolumetricamente à variação de
pressão dada acima.
b) Quando os gases saem dos reguladores para o circuito de
utilização, é comum que o fluxo do gás (definido como sendo
o volume do gás que atravessa a tubulação por unidade
de tempo) seja monitorado através de um instrumento
denominado fluxômetro. Considere um tanque cilíndrico com
a área da base igual a A = 2,0 m² que se encontra inicialmente
vazio e que será preenchido com gás nitrogênio. Durante o
preenchimento, o fluxo de gás que entra no tanque é medido
pela posição da esfera sólida preta do fluxômetro, como ilustra
a figura abaixo. A escala do fluxômetro é dada em litros/
minuto. A medida do fluxo de nitrogênio e sua densidade
d = 1,0 kg/m³ permaneceram constantes durante todo o
processo de preenchimento, que durou um intervalo de tempo
∆t = 12 h. Após este intervalo de tempo, a válvula do tanque é
fechada com certa quantidade de gás nitrogênio em repouso
no seu interior. Calcule a pressão exercida pelo gás na base do
tanque. Caso necessário, use g = 10 m/s².

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. B 05. B 09. D 13. C 17. B
02. B 06. B 10. C 14. C 18. D
03. D 07. B 11. A 15. B 19. B
04. D 08. B 12. B 16. C 20. B

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. d = 1800 kg/m³. Como dc < d, o corpo flutuará no líquido.

02. P = 20,6 atm

03. a) Pm = 2,4 W
b) FA = 600 N

04. F = 21,76 mN

05. a) T1 = 240 K
b) P = 90 Pa

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 177


FÍSICA I 27 HIDROSTÁTICA I: CONCEITOS INICIAIS, TEOREMA DE STEVIN E PASCAL

ANOTAÇÕES

178 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


28 HIDROSTÁTICA II: FÍSICA I

TEOREMA DE ARQUIMEDES

INTRODUÇÃO EXERCÍCIO RESOLVIDO


Quando um corpo está imerso em um fluido, ele sofre uma
força vertical e com sentido de baixo para cima devido ao volume 01. (UFRGS) A figura I representa um corpo metálico maciço,
de fluido deslocado, a qual é denominada de empuxo. suspenso no ar por um dinamômetro, que registra o valor 16 N.
O módulo do Empuxo é igual ao módulo do peso de líquido A figura II representa o mesmo corpo totalmente submerso na
deslocado pelo corpo. Temos: água, e o dinamômetro registra 14 N.
Empuxo = Peso = mlíq . g
E = P = dlíq Vdesl . g
E =dlíq ⋅ Vdesl ⋅ g

O volume deslocado é igual ao volume imerso do objeto.


O empuxo justifica o fato de um corpo boiar em um fluido;
quando isso acontece, é porque o empuxo é igual ao peso do corpo.

A unidade de empuxo no Sistema Internacional é o Newton(N).


Vale a pena lembrar que o corpo pode boiar estando Desprezando o empuxo do ar e considerando a densidade da
completamente dentro do líquido ou parcialmente imerso, nesse água ρa = 1,0 x 10³ kg/m³ e a aceleração da gravidade g = 10 m/s2,
último caso o aluno deverá ter cuidado, pois, na fórmula do empuxo, o volume e a densidade do corpo são, respectivamente,
ele deverá considerar somente o volume imerso. a) 2,0 x 10-4 m3 e 10,0 x 103 kg/m3
b) 2,0 x 10-4 m3 e 8,0 x 103 kg/m3
c) 2,0 x 10-4 m3 e 7,0 x 103 kg/m3
d) 1,5 x 10-3 m-3 e 8,0 x 103 kg/m3
e) 1,5 x 10-3 m-3 e 7,0 x 103 kg/m3

Resolução: B
A diferença entre os valores registrados no dinamômetro
representa o Empuxo. Pelo Princípio de Arquimedes podemos
determinar o volume do corpo, que neste caso também
representa o volume de líquido deslocado, pois o corpo está
totalmente imerso no líquido.
PESO APARENTE E 2
Quando a densidade de um corpo homogêneo for maior que E =µl ⋅ Vl ⋅ g ⇒ Vl = Vc = ⇒ Vc = ∴ Vc = 2 ⋅ 10−4 m3
µl ⋅ g 1⋅ 103 ⋅ 10
do líquido no qual ele está imerso, o seu peso será maior que o
empuxo sofrido e assim sendo, haverá uma resultante para baixo. A densidade do corpo é dada pela razão entre sua massa e
Esta resultante recebe o nome especial de peso aparente. seu volume:
mc
PAPARENTE = P – E dc =
Vc
PROEXPLICA E sua massa é determinada pelo seu peso mostrado na figura I.
P 16
COMO FLUTUAÇÃO DE CORPOS PODE CAIR NO ENEM? P =mc ⋅ g ⇒ mc = ⇒ mc = ∴ mc =1,6 kg
g 10
A flutuação de corpos é um fenômeno que está
diretamente relacionado com a razão entre a sua densidade Assim, sua densidade será:
e a densidade do líquido em que o corpo está imerso. Devido m 1,6 kg
dc = c = ∴ dc =8 ⋅ 103 kg m3
a essa relação, alguns objetos, quando imersos em água, Vc 2 ⋅ 10−4 m3
podem flutuar, como o isopor, e outros afundam.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 179


FÍSICA I 28 HIDROSTÁTICA II: TEOREMA DE ARQUIMEDES

02. Uma esfera de massa 0,04 Kg e volume 20 cm³ é colocada no


02. (UFPR) Um objeto sólido com massa 600 g e volume 1 interior de um recipiente cheio d’água, de densidade 1000 Kg/m³,
litro está parcialmente imerso em um líquido, de maneira presa por um fio ideal.
que 80 % do seu volume estão submersos. Considerando a
aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, assinale a alternativa
que apresenta a massa específica do líquido.
a) 0,48 g/cm3
b) 0,75 g/cm3
c) 0,8 g/cm3
d) 1,33 g/cm3
e) 1,4 g/cm3

Resolução: B
Neste caso, peso do corpo P e empuxo E estão em equilíbrio:
E = P ⇒ µlíq ⋅ g ⋅ Vsub =m⋅ g
Adote: g = 10 m/s²; 1 m³ = 1·106 cm³
Substituindo os valores e sabendo que 1 L = 1.000 cm3
Calcule, nas unidades do SI:
m 600 g
µlíq= ⇒ µlíq= ∴µlíq= 0,75 g cm3 a) O peso do objeto;
Vsub 0,8 ⋅ 1000 cm3
b) O módulo da força de empuxo sobre a esfera;
c) O módulo da força de tração.

03. Uma esfera de massa 16 Kg de raio 20 cm está em equilíbrio


EXERCÍCIOS
no interior de um líquido de densidade 1,2 g/cm³ presa por um fio
PROTREINO ideal, conforme mostra a imagem:

01. Três esferas A, B e C de densidades dA, dB e dC, respectivamente,


foram colocadas no interior de um recipiente contendo água, cuja
densidade é dágua, , como mostra a imagem abaixo:

Adote:
g = 10 m/s²;
1 g/cm³ = 1000 Kg/m³;
π = 3;
4
Volume da esfera = ⋅ π ⋅ R³
3

Após abandonadas as esferas se movem até o equilíbrio exibido na Calcule:


situação abaixo: a) A densidade da esfera, em g/cm³;
b) A intensidade da força de tração, em newtons.

04. Três quartos do volume da esfera A, em equilíbrio, estão imersos


em um líquido de densidade 1,2 g/cm³. Determine a densidade da
esfera, em g/cm³.

Relacione, em ordem crescente, as densidades das esferas e da


água.

180 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


28 HIDROSTÁTICA II: TEOREMA DE ARQUIMEDES FÍSICA I

05. Uma esfera de densidade 0,8 g/cm³ foi colocada em um 02. (PUCRS) Uma criança está brincando, de manhã, na piscina
recipiente contendo dois líquidos imiscíveis, de densidades do condomínio em que reside durante as férias de verão e observa
d1 = 1 g/cm³ e d2 = 0,5 g/cm³. e . A esfera permanece em equilíbrio que uma bola flutua na água da piscina. À tarde, a criança vai à
quando 12 cm³ estão imersos no líquido de maior densidade. praia e coloca o mesmo brinquedo na água do mar. Sabe-se que
Determine o volume da esfera que está imerso no líquido de menor a densidade da água da piscina é menor do que a da água do mar.
densidade e o volume total da esfera, em cm³. Considerando que o brinquedo boiava em equilíbrio mecânico na
água da piscina, ao ser colocado na água do mar, após atingir o
equilíbrio mecânico, o brinquedo __________, e o empuxo que atua
sobre ele será __________ exercido quando estava em equilíbrio na
água da piscina.
a) afundará – igual ao
b) afundará – menor do que o
c) boiará – maior do que o
d) boiará – igual ao

03. (PUCRJ) Uma esfera de raio R flutua sobre um fluido com


apenas 1/8 de seu volume submerso.
Se esta esfera encolhesse uniformemente, mantendo sua massa
inicial, qual seria o valor mínimo de seu raio para que não viesse
a afundar?
a) R/2
b) R/3
c) R/8
EXERCÍCIOS d) R/16
PROPOSTOS e) R/24

01. (ESPCEX (AMAN)) Duas esferas homogêneas A e B, unidas 04. (MACKENZIE) Um navio flutua porque
por um fio ideal na posição vertical, encontram-se em equilíbrio a) seu peso é pequeno quando comparado com seu volume.
estático completamente imersas em um líquido homogêneo em b) seu volume é igual ao volume do líquido deslocado.
repouso de densidade 1 kg/dm³, contido em um recipiente apoiado
c) o peso do volume do líquido deslocado é igual ao peso do navio.
na superfície da Terra, conforme desenho abaixo. As esferas A e B
possuem, respectivamente, as massas mA = 1 kg e mB = 5 kg. d) o peso do navio é menor que o peso do líquido deslocado.
e) o peso do navio é maior que o peso do líquido deslocado.

05. (UDESC) Um bloco de madeira de 1,5 kg flutua sobre a água


com 50% de seu volume imerso. Um bloco de ouro é colocado
sobre o bloco de madeira, fazendo com que este fique submerso,
mas o bloco de ouro permanece totalmente emerso.
Assinale a alternativa que corresponde à massa do bloco de ouro.
a) 0,60 kg
b) 0,80 kg
c) 1,00 kg
d) 1,20 kg
e) 2,40 kg

06. (ESPCEX - AMAN) Um cubo homogêneo de densidade


ρ e volume V encontra-se totalmente imerso em um líquido
homogêneo de densidade ρ0 contido em um recipiente que está
fixo a uma superfície horizontal.
Uma mola ideal, de volume desprezível e constante elástica
k, tem uma de suas extremidades presa ao centro geométrico da
superfície inferior do cubo, e a outra extremidade presa ao fundo do
recipiente de modo que ela fique posicionada verticalmente.
Um fio ideal vertical está preso ao centro geométrico da
superfície superior do cubo e passa por duas roldanas idênticas e
ideais A e B. A roldana A é móvel a roldana B é fixa e estão montadas
conforme o desenho abaixo.
Sabendo que a densidade da esfera B é de 2,5 kg/dm³, o volume
da esfera A é de Uma força vertical de intensidade F é aplicada ao eixo central
da roldana A fazendo com que a distensão na mola seja X e o
Dado: considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s².
sistema todo fique em equilíbrio estático, com o cubo totalmente
a) 2 dm³. c) 4 dm³. e) 6 dm³. imerso no líquido.
b) 3 dm³. d) 5 dm³.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 181


FÍSICA I 28 HIDROSTÁTICA II: TEOREMA DE ARQUIMEDES

09. (ENEM PPL) Um navio petroleiro é capaz de transportar milhares


de toneladas de carga. Neste caso, uma grande quantidade de
massa consegue flutuar.
Nesta situação, o empuxo é
a) maior que a força peso do petroleiro.
b) igual à força peso do petroleiro.
c) maior que a força peso da água deslocada.
d) igual à força peso do volume submerso do navio.
e) igual à massa da água deslocada.

10. (PUCRS) Para responder à questão, analise a situação


representada na figura abaixo, na qual uma esfera de isopor
encontra-se totalmente submersa em um recipiente contendo
Considerando a intensidade da aceleração da gravidade igual a g, água. Um fio ideal tem uma de suas extremidades presa à esfera,
o módulo da força F é: e a outra está fixada no fundo do recipiente. O sistema está em
equilíbrio mecânico.
a) [V g(ρ0 − ρ) + kx]
b) 2[V g(ρ − ρ0 ) − kx]
c) 2[V g(ρ0 + ρ) + kx]
d) [V g(ρ0 − ρ) − kx]
e) 2[V g(ρ − ρ0 ) + kx]

07. (FUVEST) Um objeto homogêneo colocado em um recipiente


com água tem 32% de seu volume submerso; já em um recipiente
com óleo, tem 40% de seu volume submerso. A densidade desse
óleo, em g/cm³, é

Note e adote: Densidade da água = 1 g/cm³ Considerando  que atuam na esfera sejam o peso (P),
 que as forças
a) 0,32 d) 0,80 o empuxo (E) e a tensão (T), a alternativa que melhor relaciona suas
b) 0,40 e) 1,25 intensidades é

c) 0,64 a) E = P + T d) P > E + T
b) E > P + T e) P = E e T = 0
08. (UNESP) Um filhote de cachorro cochila dentro de uma c) P = E + T
semiesfera de plástico de raio 10 cm, a qual flutua em uma piscina
de águas paradas, totalmente submersa e em equilíbrio, sem que 11. (UERJ) Uma barca para transportar automóveis entre as
a água entre nela. margens de um rio, quando vazia, tem volume igual a 100 m³ e
massa igual a 4,0 × 104 kg. Considere que todos os automóveis
transportados tenham a mesma massa de 1,5 × 10³ kg e que a
densidade da água seja de 1000 kg × m-3.
O número máximo de automóveis que podem ser simultaneamente
transportados pela barca corresponde a:
a) 10 c) 80
b) 40 d) 120

12. (FMP) Um objeto de massa m e densidade ρ está em equilíbrio,


totalmente imerso dentro de um fluido.
O empuxo exercido pelo fluido sobre o objeto
a) tem módulo menor que o do peso do objeto, é vertical e para
baixo.
b) tem módulo maior que o do peso do objeto, é vertical e para
Desprezando a massa da semiesfera, considerando a densidade cima.
da água da piscina igual a 10³ kg/m³, g = 10 m/s², π = 3 e sabendo c) é nulo.
que o volume de uma esfera de raio R é dado pela expressão d) depende da profundidade em que o objeto está mergulhado.
4 ⋅ π ⋅ R3 e) tem módulo igual ao do peso do objeto, é vertical e para cima.
V= , é correto afirmar que a massa do cachorro, em kg,
3
é igual a 13. (EFOMM) Em um recipiente contendo dois líquidos imiscíveis,
a) 2,5. com densidade ρ1 = 0,4 g/cm³ e ρ2 = 1,0 g/cm³, é mergulhado um
b) 2,0. corpo de densidade ρc = 0,6 g/cm³, que flutua na superfície que
separa os dois líquidos (conforme apresentado na figura). O volume
c) 3,0.
de 10,0 cm³ do corpo está imerso no fluido de maior densidade.
d) 3,5. Determine o volume do corpo, em cm³, que está imerso no fluido
e) 4,0. de menor densidade.

182 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


28 HIDROSTÁTICA II: TEOREMA DE ARQUIMEDES FÍSICA I

16. (UPF) A tirinha abaixo mostra um iceberg que tem seu volume
parcialmente imerso (9/10 de seu volume total) na água do mar.
Considerando que a densidade da água do mar é 1,0 g/cm³,
assinale a alternativa que indica a densidade do gelo, em g/cm³,
que compõe o iceberg.

a) 5,0 b) 10,0 c) 15,0 d) 20,0 e) 25,0

14. (ESPCEX (AMAN)) Quatro objetos esféricos A, B, C e D, sendo


respectivamente suas massas mA, mB, mC e mD, tendo as seguintes a) 0,5 d) 0,1
relações mA > mB e mB = mC = mD, são lançados dentro de uma b) 1,3 e) 1
piscina contendo um líquido de densidade homogênea. Após c) 0,9
algum tempo, os objetos ficam em equilíbrio estático. Os objetos A
e D mantêm metade de seus volumes submersos e os objetos C e
B ficam totalmente submersos conforme o desenho abaixo. 17. (FGV) A figura a seguir ilustra três cilindros sólidos maciços e
homogêneos, de mesma área da base e altura (volumes iguais),
em equilíbrio em um líquido. O cilindro A está completamente
submerso, sem tocar no fundo do recipiente, o cilindro B está com
metade de seu volume emerso, enquanto o cilindro C apresenta 1/3
de seu volume abaixo da superfície livre do líquido.

Sendo VA, VB, VC e VD os volumes dos objetos A, B, C e D,


respectivamente, podemos afirmar que
a) VA = VD > VC = VB d) VA < VD = VB = VC Sobre essa situação, é correto afirmar que
a) a densidade do cilindro A é maior do que a do líquido, pois ele
b) VA = VD > VC > VB e) VA = VD < VC < VB está completamente submerso.
c) VA > VD > VB =
VC b) a densidade do cilindro B é igual ao dobro da do líquido, pois ele
desloca metade do seu volume no líquido.
15. (UNIGRANRIO) Uma pedra cujo peso vale 500 N é mergulhada c) a densidade do cilindro A é maior do que a do cilindro B, que é
e mantida submersa dentro d’água em equilíbrio por meio de um fio maior do que a do cilindro C, em razão dos volumes deslocados
inextensível e de massa desprezível. Este fio está preso a uma barra no líquido.
fixa como mostra a figura. Sabe-se que a tensão no fio vale 300 N. d) pelo fato de estar completamente submerso, o peso do cilindro
Marque a opção que indica corretamente a densidade da pedra em A é maior do que o empuxo sobre ele e maior que os pesos de
kg/m³. Dados: Densidade da água = 1 g/cm³ e g = 10 m/s². B e de C.
e) o peso do cilindro C é menor do que o empuxo sobre ele porque
apenas 1/3 de seu volume está submerso.

18. (IMED) Uma criança brincando com uma balança de verdureiro,


instrumento utilizado para a medição de massas, mergulha e tira
uma caneca de porcelana de uma bacia cheia de água. Fora da
água, a balança registra uma massa de 360 g para a caneca e,
mergulhada totalmente, uma massa de 320 g.
Com base nessas informações, qual a força de empuxo sobre a
caneca quando ela está totalmente mergulhada? Considere a
aceleraçăo da gravidade igual a 10 m/s².
a) 200 d) 2.500 a) 0,4 N d) 3,6 N
b) 800 e) 2.800 b) 1,2 N e) 4,0 N
c) 2.000 c) 3,2 N

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 183


FÍSICA I 28 HIDROSTÁTICA II: TEOREMA DE ARQUIMEDES

19. (ENEM) Em um experimento realizado para determinar a


densidade da água de um lago, foram utilizados alguns materiais
conforme ilustrado: um dinamômetro D com graduação de 0 N a
50 N e um cubo maciço e homogêneo de 10 cm de aresta e 3 kg
de massa. Inicialmente, foi conferida a calibração do dinamômetro,
a) Determine a massa do balão, em kg,
constatando-se a leitura de 30 N quando o cubo era preso ao
e a sua densidade, em kg/m3.
dinamômetro e suspenso no ar. Ao mergulhar o cubo na água
do lago, até que metade do seu volume ficasse submersa, foi b) Considerando a densidade do ar igual
registrada a leitura de 24 N no dinamômetro. a 1,3 kg/m³, calcule a intensidade da
força, em newtons, que o teto exerce
sobre o balão.

02. (UNIFESP) Para determinar a densidade de uma coroa metálica


maciça, foi realizado um experimento em que ela foi pendurada em
um dinamômetro ideal por dois modos diferentes: um no ar e outro
totalmente imersa na água em equilíbrio contida em um recipiente, de
acordo com as figuras 1 e 2, respectivamente. Na primeira situação,
o dinamômetro indicou 8,0 N e, na segunda situação, indicou 7,6 N.

Considerando que a aceleração da gravidade local é de 10 m/s², a


densidade da água do lago, em g/cm³, é
a) 0,6.
b) 1,2.
c) 1,5.
d) 2,4.
e) 4,8.

20. (ENEM) Durante uma obra em um clube, um grupo de Sabendo que a densidade da água é 10³ kg/m³ e adotando g = 10 m/s²,
trabalhadores teve de remover uma escultura de ferro maciço
a) represente as forças que agem na coroa na situação da figura
colocada no fundo de uma piscina vazia. Cinco trabalhadores
2 e calcule a massa dessa coroa, em kg.
amarraram cordas à escultura e tentaram puxá-la para cima, sem
sucesso. b) calcule a densidade, em kg/m³, dessa coroa.
Se a piscina for preenchida com água, ficará mais fácil para os
trabalhadores removerem a escultura, pois a 03. (UNIFESP) Dois corpos, A e B, de massas 10 kg e 8 kg,
respectivamente, cinco polias e dois fios constituem um sistema
a) escultura flutuará. Dessa forma, os homens não precisarão
em equilíbrio, como representado na figura. O corpo A está
fazer força para remover a escultura do fundo.
parcialmente mergulhado na água, com 40 cm de sua altura
b) escultura ficará com peso menor, Dessa forma, a intensidade imersos e com sua base inferior paralela ao fundo do recipiente e
da força necessária para elevar a escultura será menor. ao nível da água.
c) água exercerá uma força na escultura proporcional a sua
massa, e para cima. Esta força se somará á força que os
trabalhadores fazem para anular a ação da força peso da
escultura.
d) água exercerá uma força na escultura para baixo, e esta
passará a receber uma força ascendente do piso da piscina.
Esta força ajudará a anular a ação da força peso na escultura.
e) água exercerá uma força na escultura proporcional ao seu
volume, e para cima. Esta força se somará à força que
os trabalhadores fazem, podendo resultar em uma força
ascendente maior que o peso da escultura.

EXERCÍCIOS DE
APROFUNDAMENTO Adotando g = 10 m/s², densidade da água igual a 10³ kg/m³ e
considerando que os fios e as polias sejam ideais e que o teto seja
paralelo ao solo horizontal, calcule:
01. (FAMERP) Durante uma festa infantil, em um local em que a a) a diferença entre as pressões, em Pa, às quais estão submetidas
aceleração gravitacional é igual a 10 m/s², um balão de gás, de as bases superior e inferior do corpo A.
volume 3,0 × 10-3 m³ e peso 3,3 × 10-2 N, escapou da mão de uma
b) o volume do corpo A, em m³, que se encontra abaixo da
criança e atingiu o teto da sala, onde ficou em equilíbrio estático.
superfície da água.

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28 HIDROSTÁTICA II: TEOREMA DE ARQUIMEDES FÍSICA I

04. (UERJ) Em uma experiência de hidrostática, uma bola de ANOTAÇÕES


futebol foi presa com um fio ideal no fundo de um recipiente com
água, conforme representado na figura.

Sabe-se que a bola possui massa de 0,45 kg e volume de 5,7 × 10-3 m³.
Dados: gravidade local, g = 10 m/s² e densidade da água, ρ = 10³ kg/m³.
Determine, em newtons, a tração exercida pelo fio.

05. (UERJ) Considere uma balança de dois pratos, na qual são


pesados dois recipientes idênticos, A e B.

Os dois recipientes contêm água até a borda. Em B, no entanto, há


um pedaço de madeira flutuando na água.
Nessa situação, indique se a balança permanece ou não em
equilíbrio, justificando sua resposta.

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. C 05. C 09. B 13. D 17. C
02. D 06. E 10. A 14. C 18. A
03. A 07. D 11. B 15. D 19. B
04. C 08. B 12. E 16. C 20. E

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) m = 3,3 × 10-3 kg; µ = 1,1 kg/m³
b) F = 6,0 × 10-3 N

02. a) m = 0,8 kg
b) ρ = 2⋅104 kg/m³

03. a) ∆p = 4000 Pa
b) VLD = 2⋅10-3 m³

04. T = 52,5 N

05. Analisando as forças atuantes sobre a madeira que flutua no recipiente “B”, temos:

Como podemos perceber, o módulo do empuxo (E) é igual ao peso da madeira (PM),
entretanto o princípio de Arquimedes nos diz que o módulo do empuxo (E) é igual ao
pelos do líquido deslocado (PLD). Assim, podemos concluir que: PLD = PMAD.
Assim sendo, se retirarmos a madeira e completarmos o recipiente com água, a indicação
na balança continuará a mesma, ou seja, equilibrada.

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FÍSICA I 28 HIDROSTÁTICA II: TEOREMA DE ARQUIMEDES

ANOTAÇÕES

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29
FÍSICA I
ONDULATÓRIA

INTRODUÇÃO
As ondas se caracterizam por propagarem energia, sem haver
transporte de matéria, ou seja, a onda não transporta o meio onde
se propaga; é a energia que se propaga, passando de partícula para
partícula ou através de um campo eletromagnético.
Veja, na figura, que a onda passa, e o ponto P continua na
mesma abscissa todo o tempo.

QUANTO À DIREÇÃO DE VIBRAÇÃO


As ondas longitudinais produzem vibrações na mesma direção
da propagação, por exemplo, os sons.
direção de vibração direção de propagação

As ondas transversais provocam perturbações no meio em


uma direção perpendicular à direção de vibração. Toda onda
eletromagnética é transversal, mas nem toda onda transversal é
eletromagnética.

Nem todas as ondas podem ser percebidas pelo sentido da


visão, algumas só podem ser ouvidas e outras nem vistas e nem
As ondas mistas são longitudinais e transversais; e têm como
ouvidas.
exemplo as ondas em superfícies de líquidos.

ONDAS PERIÓDICAS
Uma onda periódica é gerada por abalos sucessivos idênticos
em intervalos de tempo iguais. A propagação de um único abalo
recebe o nome de pulso de onda.
Chamamos de elongação a altura y de cada ponto em relação
à posição inicial.

CLASSIFICAÇÃO DAS ONDAS


QUANTO À NATUREZA
Em relação à sua natureza, as ondas podem ser: mecânicas ou
eletromagnéticas.
As ondas mecânicas necessitam de um meio material para se
propagarem, ou seja, não se propagam no vácuo. As ondas que se
propagam em cordas e os sons são exemplos de ondas mecânicas.
As ondas eletromagnéticas conseguem se propagar no vácuo
e são formadas por um campo elétrico e um campo magnético QUANTO AO NÚMERO DE DIMENSÕES
perpendiculares entre si e a direção de propagação. No vácuo, Quando a onda se distribui linearmente, dizemos que ela se
todas as ondas eletromagnéticas se propagam com a velocidade constitui em uma onda unidimensional (uma dimensão), como
de aproximadamente 300.000 km/s e em meios materiais essa exemplo, uma onda que se propaga em um fio esticado. Em duas
velocidade diminui. O espectro eletromagnético mostra todas as dimensões, chama-se bidimensional, como exemplo, uma onda
ondas eletromagnéticas: que se propaga na superfície de uma lagoa. Caso se propague
nas três dimensões, receberá o nome de tridimensional, como
exemplo, o som emitido por uma fonte pontual.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 187


FÍSICA I 29 ONDULATÓRIA

CONCEITOS IMPORTANTES
AMPLITUDE (A)
Podemos definir amplitude como a máxima deformação de
uma onda. Sabe-se que em uma corda todos os pontos oscilam
apenas verticalmente. Nesse caso, a amplitude é a distância entre
a posição de equilíbrio deste ponto e a altura máxima ou mínima.
Em uma propagação conservativa onde não há perdas de
energia, a amplitude se conserva, porém, quando ocorre perdas, ou Na figura acima, todas as cristas estão em concordância de
seja, propagação dissipativa; a amplitude vai diminuindo. fase, todos os vales também, mas uma crista e um vale estão em
Dizemos que um ponto se constitui de um vale ou depressão oposição de fase.
quando ele está localizado, em relação ao eixo Y, o mais abaixo Em uma onda periódica, podemos identificar infinitos pontos em
possível, isto é, ordenada -A. Na figura, o ponto D caracteriza um concordância de fase e em oposição de fase. A distância horizontal
vale. entre dois pontos em concordância de fase é sempre igual ao
Os pontos de crista são exatamente o contrário, a ordenada é comprimento de onda, enquanto a distância, na horizontal, entre dois
máxima (igual a A). Na figura, A representa crista. pontos em oposição de fase é igual a meio comprimento de onda.
Veja a figura:
FRENTE E RAIO DE ONDA
Estes são conceitos usados somente no estudo de ondas bi e
tridimensionais. A frente de onda é a fronteira entre a região já atingida
pela onda e a região ainda não atingida.
Apesar do nome, o raio de onda não indica a distância da frente
de onda até a fonte, mas corresponde a uma reta orientada que diz
a direção e o sentido de propagação da onda no meio.

COMPRIMENTO DE ONDA
Podemos definir comprimento de onda (λ) como sendo a
distância entre duas cristas ou dois vales sucessivos.
Porém, observamos que ao marcarmos um ponto qualquer
e começarmos a analisar a onda para qualquer um dos lados,
podemos notar que após um certo tempo a onda volta a repetir seu
desenho. A distância deste ponto ao ponto inicial é um comprimento
de onda que se repetirá novamente e indefinidamente.

PERÍODO (T)
O período é o tempo que uma onda leva para avançar de uma
distância igual ao seu comprimento de onda ou também podemos
dizer que significa o tempo que um ponto qualquer da corda
(tratando-se de uma oscilação em uma corda) leva para fazer uma
oscilação completa.
No SI, a unidade do período, assim como de tempo, é o
segundo (s).

VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE
FREQUÊNCIA (f)
A frequência é o inverso do período; dessa forma, como o
UMA ONDA
período diz o tempo necessário para uma oscilação, a frequência
diz o número de oscilações em uma unidade de tempo que, no SI, EQUAÇÃO DA ONDA HARMÔNICA
é o hertz (Hz), ou s-1. Sabemos que, se a velocidade de um movimento permanece
1 constante considera-se a fórmula abaixo, sendo ∆s o espaço
f= percorrido e ∆t o tempo usado.
T

CONCORDÂNCIA E OPOSIÇÃO DE FASE


Dizemos que dois pontos estão em concordância de fase Pelo estudo de ondas, sabe-se que para percorrer uma
quando eles possuem a mesma elongação e se movem da mesma distância igual a seu comprimento de onda (λ), o tempo é o período
maneira, isto é, ambos subindo ou descendo. (T), isto é, em um intervalo de tempo igual a seu período, a onda
percorre uma distância igual a seu comprimento. Assim, temos:

188 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


29 ONDULATÓRIA FÍSICA I

1 Determine:
Como f = , chegamos à equação da onda harmônica, que
T a) A amplitude da onda;
pode ser utilizada para qualquer onda periódica, seja mecânica ou b) O comprimento de onda;
eletromagnética:
c) A frequência, em Hz, sabendo que ela se move a 2 m/s.

04. Sabendo que o ponto A completa uma oscilação em


0,5 segundos, ou seja, o ponto vai do vale até a crista e retorna ao
RELAÇÃO DE TAYLOR ponto do vale em 0,5 segundos.
A Relação de Taylor consiste em uma expressão que pode ser
utilizada para obter a velocidade de uma onda em uma corda tensa
devido a uma força de módulo F. Para essa fórmula, foi definida
uma grandeza chamada densidade linear e utilizaremos a letra
grega ρ para representá-la. A densidade linear de uma corda de
massa m e comprimento L é dada pela fórmula:

Segundo a Relação de Taylor, em uma corda com tração de


intensidade F e de densidade linear ρ , a velocidade da onda é:

F
v=
ρ

PROEXPLICA
Determine a velocidade de propagação da onda.
O que a relação de Taylor indica?
05. A imagem representa uma harmônica transversal, que se
A relação de Taylor indica que quanto mais esticada,
propaga no sentido positivo do eixo x, em dois instantes de tempo:
ou seja, quanto maior a intensidade da força de tração no
t = 1 s (linha cheia) e t = 5 s (linha tracejada).
fio, maior será a velocidade de propagação, por outro lado,
quanto maior a densidade linear da corda, menor será a
velocidade de propagação.

EXERCÍCIOS
PROTREINO
01. Um jovem ao observar um barco de brinquedo na piscina
percebe que ele oscila na direção vertical, para baixo e para cima
30 vezes por minuto. Determine a frequência, Hz, de oscilação do
barco. Calcule a velocidade de propagação da onda.

02. Uma onda eletromagnética de comprimento 600 nm se


propaga com velocidade de 1,5⋅108 m/s em um meio material.
Calcule a frequência, em Hz, dessa onda.
EXERCÍCIOS
03. A imagem abaixo representa um trecho de uma onda senoidal
que se propaga no sentido positivo do eixo x. PROPOSTOS
01. (EEAR) Um garoto mexendo nos pertences de seu pai, que é
um professor de física, encontra um papel quadriculado como a
figura a seguir.

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FÍSICA I 29 ONDULATÓRIA

Suponha que a figura faça referência a uma onda periódica, propagando-se da esquerda para a direita. Considerando que no eixo das abscissas
esteja representado o tempo (em segundos), que no eixo das ordenadas esteja representada a amplitude da onda (em metros), que o comprimento
de onda seja de 8 m e que cada quadradinho da escala da figura tenha uma área numericamente igual a 1, a sua velocidade de propagação (em
metros por segundo) será de:
a) 0,25 b) 1 c) 8 d) 16

02. (UNESP) Radares são emissores e receptores de ondas de rádio e têm aplicações, por exemplo, na determinação de velocidades
de veículos nas ruas e rodovias. Já os sonares são emissores e receptores de ondas sonoras, sendo utilizados no meio aquático para
determinação da profundidade dos oceanos, localização de cardumes, dentre outras aplicações.
Comparando-se as ondas emitidas pelos radares e pelos sonares, temos que:
a) as ondas emitidas pelos radares são mecânicas e as ondas emitidas pelos sonares são eletromagnéticas.
b) ambas as ondas exigem um meio material para se propagarem e, quanto mais denso for esse meio, menores serão suas velocidades
de propagação.
c) as ondas de rádio têm oscilações longitudinais e as ondas sonoras têm oscilações transversais.
d) as frequências de oscilação de ambas as ondas não dependem do meio em que se propagam.
e) a velocidade de propagação das ondas dos radares pela atmosfera é menor do que a velocidade de propagação das ondas dos sonares
pela água.

03. (IFSUL) Quem é o companheiro inseparável do gaúcho na lida do campo?


O cachorro, que com seu latido, ajuda a manter o gado na tropa.
Com base nessa afirmação, preencha as lacunas da frase a seguir.
As ondas sonoras são classificadas como ondas __________ e as de maior __________ têm menor __________.
Os termos que preenchem correta e respectivamente o período acima são:
a) longitudinais - frequência – comprimento de onda.
b) transversais - frequência – velocidade.
c) longitudinais - velocidade - comprimento de onda.
d) transversais - velocidade – frequência.

04. (MACKENZIE) Um pescador observa que seu barco oscila na direção vertical, para baixo e para cima 200 vezes em 50 s. O período de
uma oscilação do barco é
a) 4,0 s b) 2,0 s c) 1,0 s d) 0,50 s e) 0,25 s

05. (FUVEST) A figura representa uma onda harmônica transversal, que se propaga no sentido positivo do eixo x, em dois instantes de
tempo: t = 3 s (linha cheia) e t = 7 s (linha tracejada).

Dentre as alternativas, a que pode corresponder à velocidade de propagação dessa onda é


a) 0,14 m/s b) 0,25 m/s c) 0,33 m/s d) 1,00 m/s e) 2,00 m/s

06. (EBMSP) Na opinião de especialistas, a descoberta do mecanismo da autofagia, que levou ao Prêmio Nobel de Medicina 2016, pode
contribuir para uma melhor compreensão de patologias, como as vinculadas ao envelhecimento. Na maioria das patologias, a autofagia
deve ser estimulada, como nas doenças neurodegenerativas, para eliminar os aglomerados de proteínas que se acumulam nas células
enfermas.
A tabela mostra, aproximadamente, as faixas de frequência de radiações eletromagnéticas e a figura da escala nanométrica mostra, entre
outras, as dimensões de proteínas e de células do sangue.

Faixas de frequência de radiações eletromagnéticas


Radiação Micro-ondas Infravermelho Ultravioleta Raios X Raios gama
Faixas de frequências 10 - 10
8 11
10 - 10
12 14
10 - 10
15 16
10 - 10
17 19
1020 - 1022

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29 ONDULATÓRIA FÍSICA I

Considerando-se essas informações e sabendo-se que a velocidade de propagação da luz no ar é igual a 3,0⋅108 m/s, para que se observem
proteínas e células sanguíneas, podem-se utilizar, respectivamente, as radiações
a) raios X e raios gama. d) ultravioleta e infravermelho.
b) micro-ondas e raios X. e) infravermelho e micro-ondas.
c) raios gama e micro-ondas.

07. (UNESP) Uma corda elástica está inicialmente esticada e em 09. (UNESP) A sensibilidade visual de humanos e animais
repouso, com uma de suas extremidades fixa em uma parede e encontra-se dentro de uma estreita faixa do espectro da radiação
a outra presa a um oscilador capaz de gerar ondas transversais eletromagnética, com comprimentos de onda entre 380 nm e 760
nessa corda. A figura representa o perfil de um trecho da corda nm. É notável que os vegetais também reajam à radiação dentro
em determinado instante posterior ao acionamento do oscilador e desse mesmo intervalo, incluindo a fotossíntese e o crescimento
um ponto P que descreve um movimento harmônico vertical, indo fototrópico. A razão para a importância dessa estreita faixa de
desde um ponto mais baixo (vale da onda) até um mais alto (crista radiação eletromagnética é o fato de a energia carregada por um
da onda). fóton ser inversamente proporcional ao comprimento de onda.
Assim, os comprimentos de onda mais longos não carregam
energia suficiente em cada fóton para produzir um efeito
fotoquímico apreciável, e os mais curtos carregam energia em
quantidade que danifica os materiais orgânicos.
(Knut Schmidt-Nielsen. Fisiologia animal:adaptação e meio ambiente, 2002. Adaptado.)

A tabela apresenta o comprimento de onda de algumas cores do


espectro da luz visível:

Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com velocidade


constante de 10 m/s e que a frequência do oscilador também é
constante, a velocidade escalar média do ponto P, em m/s, quando
ele vai de um vale até uma crista da onda no menor intervalo de
tempo possível é igual a
a) 4 b) 8 c) 6 d) 10 e) 12

08. (UNICAMP) Em 2019 foi divulgada a primeira imagem de


um buraco negro, obtida pelo uso de vários radiotelescópios.
Também recentemente, uma equipe da NASA propôs a utilização
de telescópios de infravermelho para detectar antecipadamente
asteroides que se aproximam da Terra. Considere que um Sabendo que a energia carregada por um fóton de frequência f é
radiotelescópio detecta ondas eletromagnéticas provenientes de dada por E = h × f, em que h = 6,6 × 10-34 J⋅s, que a velocidade da luz
objetos celestes distantes na frequência de fradio = 1,5 GHz, e que é aproximadamente c = 3 × 108 m/s e que 1 nm = 10-9 m, a cor da luz
um telescópio de infravermelho detecta ondas eletromagnéticas cujos fótons carregam uma quantidade de energia correspondente
originadas em corpos do sistema solar na frequência de a 3,96 × 10-19 J é
finfravermelho = 30 THz. Qual é a razão entre os correspondentes
a) azul.
λ
comprimentos de onda no vácuo, rádio ? b) verde.
λinfravermelho
c) amarela.
a) 5,0 × 10-5
d) laranja.
b) 6,7 × 10-5
e) vermelha.
c) 2,0 × 104
d) 6,0 × 1012

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 191


FÍSICA I 29 ONDULATÓRIA

10. (CN) Um certo submarino, através do seu sonar, emite 13. (ENEM) O sonorizador é um dispositivo físico implantado sobre
ondas ultrassônicas de frequência 28 kHz, cuja configuração é a superfície de uma rodovia de modo que provoque uma trepidação
apresentada na figura abaixo: e ruído quando da passagem de um veículo sobre ele, alertando para
uma situação atípica à frente, como obras, pedágios ou travessia
de pedestres. Ao passar sobre os sonorizadores, a suspensão do
veículo sofre vibrações que produzem ondas sonoras, resultando
em um barulho peculiar. Considere um veículo que passe com
velocidade constante igual a 108 km/h sobre um sonorizador cujas
faixas são separadas por uma distância de 8 cm.
Disponível em: www.denatran.gov.br. Acesso em: 2 set. 2015 (adaptado).
Em uma missão, estando em repouso, esse submarino detectou
um obstáculo a sua frente, medido pelo retorno do sinal do sonar A frequência da vibração do automóvel percebida pelo condutor
1,2 segundos após ter sido emitido. durante a passagem nesse sonorizador é mais próxima de
Para essa situação, pode-se afirmar que a velocidade da onda a) 8,6 hertz. c) 375 hertz. e) 4.860 hertz.
sonora nessa água e a distância em que se encontra o obstáculo b) 13,5 hertz. d) 1.350 hertz.
valem, respectivamente:
a) 340 m/s e 460 m. 14. (ENEM) Muitos primatas, incluindo nós humanos, possuem
b) 340 m/s e 680 m. visão tricromática: têm três pigmentos visuais na retina sensíveis
à luz de uma determinada faixa de comprimentos de onda.
c) 340 m/s e 840 m.
Informalmente, embora os pigmentos em si não possuam cor,
d) 1400 m/s e 680 m. estes são conhecidos como pigmentos “azul”, “verde” e “vermelho”
e) 1400 m/s e 840 m. e estão associados à cor que causa grande excitação (ativação).
A sensação que temos ao observar um objeto colorido decorre da
11. (MACKENZIE) O gráfico a seguir representa uma onda sonora ativação relativa dos três pigmentos. Ou seja, se estimulássemos a
que se propaga com uma velocidade de 340 m/s. retina com uma luz na faixa de 530 nm (retângulo I no gráfico), não
excitaríamos o pigmento “azul”, o pigmento “verde” seria ativado ao
máximo e o “vermelho” seria ativado em aproximadamente 75%, e
isso nos daria a sensação de ver uma cor amarelada. Já uma luz na
faixa de comprimento de onda de 600 nm (retângulo II) estimularia
o pigmento “verde” um pouco e o “vermelho” em cerca de 75%, e
isso nos daria a sensação de ver laranja-avermelhado. No entanto,
há características genéticas presentes em alguns indivíduos,
conhecidas coletivamente como Daltonismo, em que um ou mais
pigmentos não funcionam perfeitamente.
Sabendo que o ser humano, em média, consegue ouvir sons de
frequência em um espectro de 20 Hz até 20000 Hz, esta onda
sonora
a) não pode ser ouvida pelo ser humano, pois apresenta
frequência igual a 34000 Hz.
b) não pode ser ouvida pelo ser humano, pois apresenta
frequência igual a 22000 Hz.
c) pode ser ouvida pelo ser humano, pois apresenta frequência de
aproximadamente 11300 Hz.
d) pode ser ouvida pelo ser humano, pois apresenta frequência de
aproximadamente 113 Hz.
e) pode ser ouvida pelo ser humano, pois apresenta frequência
igual a 340 Hz.

12. (UNICAMP) Texto para a questão a seguir.


A depilação a laser é um procedimento de eliminação dos
pelos que tem se tornado bastante popular na indústria de beleza
e no mundo dos esportes. O número de sessões do procedimento Caso estimulássemos a retina de um indivíduo com essa
depende, entre outros fatores, da coloração da pele, da área a ser característica, que não possuísse o pigmento conhecido como
tratada e da quantidade de pelos nessa área. “verde”, com as luzes de 530 nm e 600 nm na mesma intensidade
Três tipos de laser comumente utilizados para depilação têm luminosa, esse indivíduo seria incapaz de
comprimentos de onda λ1 ≈ 760 nm, λ2 ≈ 800 nm e λ3 ≈ 1.060 nm, a) identificar o comprimento de onda do amarelo, uma vez que
respectivamente. Se a velocidade da luz vale c = 3,0 × 108 m/s, o não possui o pigmento “verde”.
laser de maior frequência tem uma frequência de aproximadamente b) ver o estímulo de comprimento de onda laranja, pois não
Dados: Se necessário, use aceleração da gravidade g = 10 m/s², haveria estimulação de um pigmento visual.
aproxime π = 3,0 e 1 atm = 105 Pa. c) detectar ambos os comprimentos de onda, uma vez que a
a) 3,9 × 1014 Hz. estimulação dos pigmentos estaria prejudicada.
b) 2,8 × 105 Hz. d) visualizar o estímulo do comprimento de onda roxo, já que este
c) 2,5 × 10 Hz.
15 se encontra na outra ponta do espectro.
d) 3,7 × 1012 Hz. e) distinguir os dois comprimentos de onda, pois ambos
estimulam o pigmento “vermelho” na mesma intensidade.

192 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


29 ONDULATÓRIA FÍSICA I

15. (ENEM PPL) O osciloscópio é um instrumento que permite


observar uma diferença de potencial (ddp) em um circuito elétrico
em função de tempo ou em função de outra ddp. A leitura do sinal é
feita em uma tela sob a forma de um gráfico tensão x tempo.

a) 4 V e 2,5 Hz. c) 4 V e 400 Hz.


b) 8 V e 2,5 Hz. d) 8 V e 400 Hz.
A frequência de oscilação do circuito elétrico estudado é mais
19. (EEAR) Se o ser humano pode ouvir sons de 20 a 20.000 Hz e
próxima de
sendo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, qual o menor
a) 300 Hz. b) 250 Hz. c) 200 Hz. d) 150 Hz. e) 125 Hz. comprimento de onda audível pelo ser humano, em m?
a) 17 b) 1,7 c) 1,7 ⋅ 10-1 d) 1,7 ⋅ 10-2
16. (FMP) A frequência cardíaca de um atleta, medida após uma
corrida de 800 m, era de 90 batimentos por minuto.
20. (UECE) Os parâmetros que caracterizam tanto ondas
Essa frequência, expressa em Hertz, corresponde a eletromagnéticas quanto ondas sonoras são:
a) 1,5 b) 3,0 c) 15 d) 30 e) 60 a) frequência, velocidade de propagação e comprimento de onda.
b) velocidade de propagação, comprimento de onda e cor.
17. (UNICAMP) Considere que, de forma simplificada, a resolução
máxima de um microscópio óptico é igual ao comprimento de c) comprimento de onda, cor e intensidade.
onda da luz incidente no objeto a ser observado. Observando a d) comprimento de onda, frequência e energia dos fótons.
célula representada na figura abaixo, e sabendo que o intervalo
de frequências do espectro de luz visível está compreendido entre
4,0 × 1014 Hz e 7,5 × 1014 Hz, a menor estrutura celular que se EXERCÍCIOS DE
poderia observar nesse microscópio de luz seria
(Se necessário, utilize c = 3 × 108 m/s.) APROFUNDAMENTO
01. (UNIFESP) Uma corda elástica homogênea tem uma de suas
extremidades fixa em uma parede e a outra é segurada por uma
pessoa. A partir do repouso, com a corda esticada na horizontal,
a pessoa inicia, com sua mão, um movimento oscilatório vertical
com frequência constante, gerando pulsos que se propagam pela
corda. Após 2 s do início das oscilações, a configuração da corda
encontra-se como mostra a figura.

a) o ribossomo. c) a mitocôndria.
b) o retículo endoplasmático. d) o cloroplasto.

18. (UNICAMP) Um osciloscópio é um instrumento muito útil no Sabendo que os pulsos gerados na corda estão se propagando
estudo da variação temporal dos sinais elétricos em circuitos. No para a direita com velocidade escalar constante:
caso de um circuito de corrente alternada, a diferença de potencial
(U) e a corrente do circuito (i) variam em função do tempo. a) copie a figura da corda no campo de Resolução e Resposta e
represente com setas para cima (↑), para baixo (↓), para direita
Considere um circuito com dois resistores R1 e R2 em série, (→) ou para esquerda (←) a velocidade vetorial instantânea dos
alimentados por uma fonte de tensão alternada. A diferença de pontos da corda P, Q, R e S indicados, no instante representado
potencial nos terminais de cada resistor observada na tela do na figura. Caso a velocidade de algum deles seja nula, escreva
osciloscópio é representada pelo gráfico abaixo. Analisando o v = 0.
gráfico, pode-se afirmar que a amplitude e a frequência da onda
que representa a diferença de potencial nos terminais do resistor b) calcule a velocidade de propagação, em m/s, da onda nessa
de maior resistência são, respectivamente, iguais a corda.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 193


FÍSICA I 29 ONDULATÓRIA

02. (FUVEST) Uma pessoa produz oscilações periódicas em uma 05. (UNICAMP) Ondas são fenômenos nos quais há transporte
longa corda formada por duas porções de materiais diferentes de energia sem que seja necessário o transporte de massa. Um
1 e 2, nos quais a velocidade de propagação das ondas é, exemplo particularmente extremo são os “tsunamis”, ondas que
respectivamente, de 5 m/s e 4 m/s. Segurando a extremidade feita se formam no oceano, como consequência, por exemplo, de
do material 1, a pessoa abaixa e levanta sua mão regularmente, terremotos submarinos.
completando um ciclo a cada 0,5 s, de modo que as ondas a) Se, na região de formação, o comprimento de onda de um
propagam-se do material 1 para o material 2, conforme mostrado “tsunami” é de 150 km e sua velocidade é de 200 m/s, qual é o
na figura. Despreze eventuais efeitos de reflexão das ondas. período da onda?
b) A velocidade de propagação da onda é dada por v = ( gh) ,
onde h é a profundidade local do oceano e g é a aceleração da
gravidade. Qual é a velocidade numa região próxima à costa,
onde a profundidade é de 6,4 m?
c) Sendo A a amplitude (altura) da onda e supondo-se que a
energia do “tsunami” se conserva, o produto vA2 mantém-se
constante durante a propagação. Se a amplitude da onda na
a) Circule, dentre os vetores abaixo, aquele que melhor representa região de formação for de 1,0 m, qual será a amplitude perto da
a velocidade do ponto P da corda no instante mostrado na costa, onde a profundidade é de 6,4 m?
figura.

GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
b) Calcule a frequência e o comprimento de onda no material 1. 01. B 05. B 09. B 13. C 17. B
02. D 06. D 10. E 14. E 18. D
c) Calcule a frequência e o comprimento de onda no material 2.
03. A 07. B 11. C 15. E 19. D
04. E 08. C 12. A 16. A 20. A
03. (UNESP) Em ambientes sem claridade, os morcegos utilizam
a ecolocalização para caçar insetos ou localizar obstáculos. Eles EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
emitem ondas de ultrassom que, ao atingirem um objeto, são 01. v = 5,6 m/s
refletidas de volta e permitem estimar as dimensões desse objeto 02. a) Sendo a onda estacionária, os pontos da corda podem ter velocidades para cima,
e a que distância se encontra. Um morcego pode detectar corpos para baixo ou nulas. Como o ponto P encontra-se na parte superior da onda, a sua
muito pequenos, cujo tamanho seja próximo ao do comprimento velocidade deve estar dirigida para baixo. Portanto:
de onda do ultrassom emitido.

b) λ1 = 2,5 m 05. a) T = 750 s


c) λ2 = 2 m b) V = 8,0 m/s

03. d = 34 m; L = 5,7 mm c) A2 = 5,0 m

04. a) λ = 5 × 10 m.
6

b) i = 800 A

ANOTAÇÕES

Suponha que um morcego, parado na entrada de uma caverna,


emita ondas de ultrassom na frequência de 60 kHz, que se
propagam para o interior desse ambiente com velocidade de
340 m/s. Estime o comprimento, em mm, do menor inseto que
esse morcego pode detectar e, em seguida, calcule o comprimento
dessa caverna, em metros, sabendo que as ondas refletidas na
parede do fundo do salão da caverna são detectadas pelo morcego
0,2 s depois de sua emissão.

04. (UNICAMP) Uma forma alternativa de transmissão de energia


elétrica a grandes distâncias (das unidades geradoras até os
centros urbanos) consiste na utilização de linhas de transmissão
de extensão aproximadamente igual a meio comprimento de onda
da corrente alternada transmitida. Este comprimento de onda é
muito próximo do comprimento de uma onda eletromagnética que
viaja no ar com a mesma frequência da corrente alternada.
a) Qual é o comprimento de onda de uma onda eletromagnética
que viaja no ar com uma frequência igual a 60 Hz? A velocidade
da luz no ar é c = 3 × 108 m/s.
b) Se a tensão na linha é de 500 kV e a potência transmitida é de
400 MW, qual é a corrente na linha?

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30
FÍSICA I
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

REFLEXÃO LEIS DA REFLEXÃO


Dizemos que uma onda sofre reflexão quando esta, após se 1ª) O raio incidente, o raio refletido e a reta normal à superfície
chocar com a fronteira que divide o meio em que está e outro de refletora no ponto de incidência estão contidos sempre no
características diferentes, permanece no mesmo meio. mesmo plano.
Sabe-se que a frequência é característica da onda, isto é, não 2ª) O ângulo formado pelo raio incidente e a normal, ou seja, o
importa o meio em que a onda está, sua frequência e período são ângulo de incidência, e o ângulo formado pelo raio refletido
sempre os mesmos. A velocidade e, logicamente, o comprimento e a mesma normal, o ângulo de reflexão, são iguais.
de onda dependem do meio. Como não ocorre mudança de meio, a
onda após a reflexão mantém a mesma velocidade e comprimento
de ondas. REFRAÇÃO
No estudo da reflexão das ondas, devemos dividi-las em ondas Uma onda sofre refração quando esta passa de um meio para
unidimensionais e bidimensionais. outro de características diferentes.
Quando uma onda sofre uma refração é importante que
se saiba que a frequência da onda não se altera. A frequência é
REFLEXÃO DE ONDAS uma característica da onda e esta pode passar por muitos meios
UNIDIMENSIONAIS diferentes que sua frequência será sempre a mesma.

Numa corda existem dois tipos: com extremidade fixa ou livre,


que se portam de formas diferentes. LEIS DA REFRAÇÃO
Com a extremidade fixa, o pulso ao se refletir fica em oposição Assim como a reflexão, a refração possui duas leis:
de fase em relação ao pulso original, ou seja, se inverte. 1ª) O raio incidente, o raio refratado e a normal à fronteira que
separa os meios no ponto de incidência estão num mesmo
plano.
2ª) A segunda lei da refração, ou Lei de Snell, consiste na
seguinte relação:

Portanto, a velocidade de propagação da onda e seu


comprimento de onda dependem do meio que estão atravessando.
Caso a reflexão seja em extremidade livre, não ocorre a Mas a frequência não é alterada na mudança de meio, esta depende
inversão, a fase do pulso original e do pulso refletido é a mesma. apenas da fonte que emitiu a onda.

REFRAÇÃO DE ONDAS
UNIDIMENSIONAIS
A refração com ondas transversais em cordas acontece quando
ocorre a presença de duas cordas de densidades lineares diferentes
que são ligadas e por meio delas propaga-se um pulso. Nesse caso,
além da refração, ocorre uma reflexão, como veremos a seguir.
Existem duas possibilidades: a primeira corda possuir uma
densidade linear maior (ser mais “grossa”) ou a segunda corda ser
REFLEXÃO DE ONDAS mais densa.
A figura abaixo exemplifica o primeiro caso, em que o pulso
BIDIMENSIONAIS percorre a corda mais “fina” e irá incidir na corda mais grossa.
Ao se lidar com ondas bi e tridimensionais, basta dizer que elas
são regidas pelas leis da reflexão.

Após incidir na fronteira, haverá um pulso refratado (que


seguirá pela corda grossa) que estará em concordância de fase
com o pulso original e um pulso refletido (continuará na corda fina)
que terá uma fase oposta ao pulso incidente.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 195


FÍSICA I 30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

No segundo caso, também ocorrerá uma refração e uma


reflexão, porém com algumas mudanças. Tanto a onda refratada PROEXPLICA
como a onda refletida estarão em fase com o pulso incidente.
Condições de Interferência
a) Ondas em Fase
Considerando duas ondas em fase, conforme
representado na figura:

INTERFERÊNCIA DE ONDAS
UNIDIMENSIONAIS
Existem dois tipos de interferência ou superposição de pulsos:
a interferência construtiva e a destrutiva. λ
A figura abaixo expressa uma interferência construtiva em que
os pulsos estão na mesma fase e, por isso, havendo a superposição
Com as fontes em fase observa-se uma interferência
das ondas ocorre a soma das elongações.
construtiva em um ponto P quando a diferença entre as
distâncias ∆d das fontes até esse ponto seja nula ou um
número par de meios comprimentos de onda.

λ
∆d=N ⋅ em que N = 0,2,4,6,...
2
Com as fontes em fase observa-se uma interferência
destrutiva em um ponto P quando a diferença entre as
distâncias ∆d das fontes até esse ponto seja um número
Na interferência destrutiva, os pulsos estarão em oposição ímpar de meios comprimentos de onda:
de fase e, dessa forma, haverá uma subtração para obtenção de
enlongação em cada ponto e amplitude resultantes.

λ em que N = 1,3,5,7,...
∆d=N ⋅
2
b) Ondas em Oposição de Fase
Considerando duas ondas em oposição de fase,
conforme representado na figura:

λ/2

196 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS FÍSICA I

Com as fontes em oposição de fase observa-se uma O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela fonte
interferência construtiva em um ponto P quando a diferença sonora é
entre as distâncias ∆d das fontes até esse ponto seja um a) 3.200.
número ímpar de meios comprimentos de onda:
b) 1.600.
c) 800.
d) 640.
e) 400.

Resolução: C
Como a intensidade do som foi de muito intensa para nula,
a interferência no ponto C foi de construtiva para destrutiva,
λ sendo a condição para esta última dada por:
∆d=N ⋅ em que N = 1,3,5,7,...
2 λ
dADC − dAEC =
Com as fontes em oposição de fase observa-se uma 2
interferência destrutiva em um ponto P quando a diferença
Logo, o comprimento de onda deverá ser de:
entre as distâncias ∆d das fontes até esse ponto seja nula ou
λ
um número par de meios comprimentos de onda. 2 ( 40 − 30 )= ⇒ λ= 40 cm= 0,4 m
2

Pela Equação Fundamental da Ondulatória, obtemos a


frequência pedida:
v = λf
320 = 0,4f
∴ f =800 Hz

λ
∆d=N ⋅ em que N = 0,2,4,6,...
2
BATIMENTO
Quando duas ondas de frequências muito próximas interferem
entre si, a superposição das duas resulta no fenômeno conhecido
EXERCÍCIO RESOLVIDO como batimento.

01. (ENEM) O trombone de Quincke é um dispositivo


experimental utilizado para demonstrar o fenômeno da
interferência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas
sonoras de determinada frequência na entrada do dispositivo.
Essas ondas se dividem pelos dois caminhos (ADC e AEC)
e se encontram no ponto C, a saída do dispositivo, onde se
posiciona um detector. O trajeto ADC pode ser aumentado
pelo deslocamento dessa parte do dispositivo. Com o trajeto
ADC igual ao AEC, capta-se um som muito intenso na saída.
Entretanto, aumentando-se gradativamente o trajeto ADC,
até que ele fique como mostrado na figura, a intensidade do
som na saída fica praticamente nula. Desta forma, conhecida
a velocidade do som no interior do tubo (320 m/s), é possível
determinar o valor da frequência do som produzido pela fonte.
A frequência da onda obtida é:
fR = (fa + fb)/2

EXERCÍCIO RESOLVIDO

02. A corda lá de um violino está muito esticada. São ouvidos


4 batimentos por segundo quando a corda é tocada junto
com um diapasão que oscila exatamente na frequência do lá
de concerto (440 Hz). Qual é aproximadamente o período de
oscilação, em ms, da corda do violino?
a) 2,25 d) 5,20
b) 3,33 e) 6,40
c) 4,45

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 197


FÍSICA I 30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

DIFRAÇÃO
Resolução:
Consiste na propriedade que a onda possui de contornar
fbatimento= fa − fb obstáculos ou fendas.
4= fa − 440
fa= 4 + 440
fa = 444Hz
1
T=
f
1
=T = 0,00225
444
T 2,25 ⋅ 10−3 segundos
=
T = 2,25ms

O fenômeno da difração ocorrerá quando as dimensões do


obstáculo ou fenda forem da mesma ordem de grandeza do
PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DA comprimento de onda.

PROPAGAÇÃO ONDULATÓRIA
O princípio acima enuncia que após a superposição os pulsos PROEXPLICA
continuam seu trajeto inicial sem nenhuma modificação.

A difração pode ser explicada utilizando-se o Princípio


ONDAS ESTACIONÁRIAS de Huygens. No final do século XVII, Huygens publicou seu
As ondas estacionárias são resultado da superposição de Tratado da luz, ele afirmou que:
ondas idênticas que estão na mesma direção, porém, em sentidos Cada ponto de uma frente de onda comporta-se como
opostos. uma nova fonte de ondas elementares, que se propagam para
além da região já atingida pela onda original. A frequência não
é alterada na difração.
a) Frente de onda circular

b) Frente de onda Plana

Na figura acima, podemos identificar alguns elementos em:


• Nós ou nodos: os pontos brancos, são pontos que não
vibram.
• Ventres, antinós ou antinodos: são as bolinhas pretas que
vibram com amplitude igual a 2A.

198 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS FÍSICA I

RESSONÂNCIA
Com esse princípio concluímos que, em meios
homogêneos e isótropos, a frente de onda mantém sua Todo sistema físico possui uma frequência própria, uma
forma geométrica, seja plana ou circular, desde que não haja frequência natural de movimento devido às suas moléculas e vibra
obstáculos que afetem sua propagação. Quando a onda de acordo com esta. Existe a possibilidade de um sistema físico
encontra um obstáculo o fenômeno da difração pode ocorrer ser excitado (ganhar energia) por um agente externo através de
de forma acentuada, dependendo das dimensões da onda e vibrações de frequência igual a uma de suas frequências naturais.
do obstáculo, gerando um encurvamento na frente de onda. Dizemos que um sistema físico está em ressonância, quando este
passa a vibrar devido a influência de um agente externo, que vibra
em uma de suas vibrações naturais.

PROEXPLICA

Situações cotidianas que podemos observar a


ressonância:
I. A caixa do violão vibra com frequência igual à frequência
emitida pelas cordas, o que amplifica o som.
II. Uma cantora de ópera despedaça uma taça de cristal
ao emitir uma nota musical muito alta (aguda), cuja
frequência é igual à frequência natural de vibração da
taça.
III. Uma emissora de rádio consegue enviar o sei sinal para a
antena de um automóvel pois ambas estão com a mesma
frequência, essa transferência de energia é traduzida pela
informação transmitida.

EXPERIMENTO DE YOUNG EXERCÍCIO RESOLVIDO


Nesse experimento podemos observar o caráter ondulatório da
luz através de dois fenômenos: Difração e Interferência. 03. (ENEM) Ao sintonizarmos uma estação de rádio ou um
canal de TV em um aparelho, estamos alterando algumas
características elétricas de seu circuito receptor. Das inúmeras
ondas eletromagnéticas que chegam simultaneamente ao
receptor, somente aquelas que oscilam com determinada
frequência resultarão em máxima absorção de energia.
O fenômeno descrito é a
a) difração.
b) refração.
c) polarização.
d) interferência.
e) ressonância.

Resolução: E
Para ocorrer máxima absorção de energia, o circuito
receptor deve oscilar com a mesma frequência das ondas
emitidas pela fonte, a estação de rádio ou o canal de TV. Isso
caracteriza o fenômeno da ressonância.

POLARIZAÇÃO
Considere uma corda que vibra transversalmente em várias
direções. Polarizar esta corda seria o mesmo que fazê-la vibrar
somente em um determinado plano. Portanto, um polarizador
privilegia certas direções de propagação. Um bom exemplo de
polarizador é o óculos de Sol (alguns deles), já que uma luz polarizada
se torna mais confortável para os olhos de um observador. Uma
onda longitudinal não pode ser polarizada, , por exemplo, o Som que
A luz sofre Difração na fenda do obstáculo A e em seguida é uma onda longitudinal não pode ser polarizado, por outro lado.
sofre difração nas duas fendas do obstáculo B. Isso provoca Todas as ondas do espectro eletromagnético são transversais,
interferências construtivas e destrutivas que dependem da portanto, toda onda eletromagnética pode ser polarizada.
diferença de caminhos percorridos pelas ondas até atingirem o
anteparo. O resultado são franjas claras (interferência construtiva)
e escuras (interferência destrutiva) observados na figura da direita.

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FÍSICA I 30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

EXERCÍCIO RESOLVIDO

04. Uma pessoa está sentada em uma praça quando se


aproxima um carro de polícia com velocidade de 72 km/h. A
sirene do carro está ligada e emite um som de frequência de
800 Hz. Sabendo que a velocidade do som no ar é 340 m/s,
calcule a frequência aparente percebida pelo observador
percebido pelo observador e indique a alternativa correta
a) 850 Hz
b) 880 Hz
c) 920 Hz
EFEITO DOPPLER d) 980 Hz
O movimento relativo entre a fonte emissora das ondas e o e) 1020 Hz
receptor provoca uma alteração na frequência percebida (não a
emitida). Quando há a aproximação relativa entre eles, a frequência Resolução: A
de recebimento será maior, pois o receptor passará a receber
mais ondas por unidade de tempo. O caso contrário, quando há Vfonte 72Km
= = / h 20m / s
afastamento relativo, a frequência de recebimento será menor que Vonda = 340m / s
a emitida. f0 = 800Hz
Para o som, uma frequência maior resulta em um som mais
agudo e uma frequência menor resulta em um som mais grave, Deve-se considerar como positivo o sentido do observador
podemos observar esse fenômeno quando um carro de fórmula 1 para a fonte.
se aproxima de nós: o som que recebemos é mais agudo que o V ± Vobservador
emitido. Porém, quando o carro iniciar o afastamento, o som que f= f0 ⋅
V ± Vfonte
ouviremos será mais grave que o emitido, isso porque o receptor
receberá menos ondas por unidade de tempo. Abaixo temos uma V
f= f0 ⋅
representação das frentes de ondas emitidas quando existe o V − Vfonte
movimento da fonte (o mesmo aconteceria no caso de uma fonte 340 272000
em repouso e o receptor em movimento): f =⋅
800 =
340 − 20 320
f = 850Hz

PROEXPLICA

Como Radar pode cair no Enem?


O Efeito Doppler é um fenômeno muito comum em nosso
cotidiano. Ele consiste na mudança da frequência do som
emitido quando existe movimento relativo entre o observador
e a fonte. Podemos perceber esse fato quando um ambulância
passa na rua. Ao se aproximar, o som fica mais agudo e ao se
A frequência aparente é dada pela relação: afastar, o som fica mais grave.

V ± Vobservador
f= f0 ⋅
V ± Vfonte
EXERCÍCIOS
PROTREINO
01. A imagem abaixo representa um pulso que se propaga em uma
corda tracionada.

Desenhe o pulso após refletir na extremidade fixa e indique o


sentido de propagação.
*Considerando o referencial positivo do observador para fonte.

200 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS FÍSICA I

02. A imagem abaixo representa um pulso que se propaga em uma


corda tracionada.
EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
01. (UNISINOS) Na Bíblia Sagrada, em GÊNESIS, capítulo 1,
versículos 1 a 5, lê-se:
1. No princípio, Deus criou os céus e a terra.
Desenho o pulso após refletir na extremidade móvel e indique o 2. A terra, entretanto, era sem forma e vazia. A escuridão cobria
sentido de propagação. o mar que envolvia toda a terra, e o Espírito de Deus se movia
sobre a face das águas.
03. A corda Sol do violão está com uma tração inferior à necessária 3. Disse Deus: “Haja luz!”, e houve luz.
para a perfeita afinação. São ouvidos 2 batimentos por segundo
4. Viu Deus que a luz era boa; e separou a luz das trevas.
quando a corda é tocada junto com outro violão perfeitamente
afinado, que emite um som de frequência 196 Hz. Determine a 5. Chamou Deus à luz “Dia”, e às trevas chamou “Noite”. Houve,
frequência, em Hz, do violão desafinado. então, a tarde e a manhã: o primeiro dia.
Ao comparar-se a luz (onda luminosa) com o som (onda sonora),
04. O diagrama do aparato utilizado por Thomas Young é mostrado afirma-se que
a seguir: I. a luz é uma onda transversal, e o som, uma onda longitudinal.
II. a luz é uma onda eletromagnética, e o som, uma onda
mecânica.
III. no ar, a velocidade com que a luz se propaga é menor que a
do som.
Sobre as proposições anteriores, pode-se afirmar que
a) apenas I está correta.
b) apenas I e II estão corretas.
c) apenas I e III estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.

02. (IFSC) O que define a frequência de uma onda, seja mecânica


ou eletromagnética, é a fonte. Mas existe uma situação em que a
frequência percebida por um observador é diferente da frequência
emitida pela fonte. Esta diferença entre a frequência percebida
e a emitida é explicada pelo Efeito Doppler. Este fenômeno é
consequência do movimento relativo entre fonte e observador.
Vamos analisar a seguinte situação: Uma viatura da polícia se
move com velocidade constante, com a sirene ligada, emitindo
uma frequência de 900Hz. Um observador parado na calçada
observa o movimento da viatura e ouve o som da sirene com
uma frequência de 1000Hz. Sabendo que a velocidade do ar é de
340 m/s, é CORRETO afirmar que a viatura se:
a) aproxima do observador com uma velocidade de 68 m/s.
b) afasta do observador com uma velocidade de 34 m/s.
Aponte os fenômenos ondulatórios envolvidos e explique as
indicações de “Máx” e “mín” mostrado na tela da imagem. c) aproxima do observador com uma velocidade de 37,77 m/s.
d) afasta do observador com uma velocidade de 37,77 m/s.
05. Ao assistir uma corrida de F1 um jovem cutucou seu e) aproxima do observador com uma velocidade de 34 m/s.
acompanhante e afirmou que o som do carro ao se aproximar
parecia diferente do som do carro comparado quando se afastava. 03. (IMED) Na medida em que se aproximam da beira da praia, as
ondas reduzem a sua velocidade de propagação. Isso ocasiona
uma redução no comprimento da onda, deixando as cristas
mais próximas. Além disso, outra consequência da redução da
velocidade da onda é a mudança na direção de propagação das
ondas, o que faz com que as ondas cheguem com velocidades
perpendiculares à orla da praia.
Esse fenômeno ondulatório é entendido como:
a) Reflexão.
b) Refração.
c) Interferência.
Identifique e explique o fenômeno ondulatório que esclarece o d) Polarização.
motivo dessa percepção apontada pelo jovem. e) Difração.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 201


FÍSICA I 30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

04. (IFSUL) Baseado nos conceitos e fenômenos ondulatórios é 07. (UECE) Um apontador laser, também conhecido como “laser
correto afirmar que pointer”, é direcionado não perpendicularmente para a superfície
a) as ondas sonoras não sofrem refração, pois o som se propaga da água de um tanque, com o líquido em repouso. O raio de luz
apenas no ar. monocromático incide sobre a superfície, sendo parcialmente
refletido e parcialmente refratado. Em relação ao raio incidente, o
b) a frequência de uma onda que se propaga na superfície da refratado muda
água aumenta quando a profundidade da água aumenta.
a) a frequência.
c) o som é uma onda mecânica e como tal não pode sofrer
difração, pois esse é um fenômeno exclusivo das ondas b) o índice de refração.
eletromagnéticas. c) a velocidade de propagação.
d) a frequência do som percebida por um observador em d) a densidade.
movimento em relação à fonte é diferente da frequência do
som emitida pela fonte. 08. (IFSUL) Para que haja interferência destrutiva total entre duas
ondas de mesma frequência é necessário que elas possuam
05. (IFSUL) Leia com atenção o texto que segue: a) mesma amplitude e estejam em oposição de fase.
O som é um tipo de onda que necessita de um meio para se b) amplitudes diferentes e estejam em oposição de fase.
propagar. Quando estamos Analisando a produção e a captação
de uma onda sonora, estamos diante de três participantes: a c) mesma amplitude e estejam em concordância de fase.
fonte sonora, o meio onde ela se propaga e o observador que está d) amplitudes diferentes e estejam em concordāncia de fase.
captando as ondas. Temos então três referenciais bem definidos.
O tipo de onda captada dependerá de como a fonte e o 09. (FGV) As figuras a seguir representam uma foto e um esquema
observador se movem em relação ao meio de propagação da onda. em que F1 e F2 são fontes de frentes de ondas mecânicas planas,
Vamos considerar o meio parado em relação ao solo. Neste caso coerentes e em fase, oscilando com a frequência de 4,0 Hz. As
temos ainda três situações diferentes: a fonte se movimenta e o ondas produzidas propagam-se a uma velocidade de 2,0 m/s.
observador está parado; a fonte está parada e o observador está Sabe-se que D > 2,8 m e que P é um ponto vibrante de máxima
em movimento; a fonte e o observador estão em movimento. Nos amplitude.
três casos podemos ter uma aproximação ou um afastamento
entre a fonte e o observador.
Adaptado de:< http://www.fisica.ufpb.br/~romero/ -
Notas de Aula – Física Básica Universitária: Ondas Sonoras>

O texto refere-se a um fenômeno ondulatório facilmente observado


nas ondas sonoras. Esse fenômeno é denominado
a) Superposição. c) Polarização.
b) Ressonância. d) Efeito Doppler.

06. (CFTSC)

Nessas condições, o menor valor de D deve ser


a) 2,9 m c) 3,1 m e) 3,3 m
b) 3,0 m d) 3,2 m

10. (ENEM PPL) Ao sintonizar uma estação de rádio AM, o ouvinte


está selecionando apenas uma dentre as inúmeras ondas que
chegam à antena receptora do aparelho. Essa seleção acontece
em razão da ressonância do circuito receptor com a onda que se
propaga.
O fenômeno físico abordado no texto é dependente de qual
característica da onda?
a) Amplitude. d) Intensidade.
b) Polarização. e) Velocidade.
Quando um carro com som alto se afasta ou se aproxima de uma c) Frequência.
pessoa, percebe-se uma mudança no som. Isso é devido:
a) ao movimento relativo entre a pessoa e o carro (fonte de som), 11. (ENEM) A epilação a laser (popularmente conhecida como
conhecido como Efeito Doppler. depilação a laser) consiste na aplicação de uma fonte de luz para
b) à mudança na velocidade do som, quando o carro se afasta ou aquecer e causar uma lesão localizada e controlada nos folículos
se aproxima da pessoa. capilares. Para evitar que outros tecidos sejam danificados,
selecionam-se comprimentos de onda que são absorvidos pela
c) ao movimento de rotação da Terra.
melanina presente nos pelos, mas que não afetam a oxi-hemoglobina
d) à umidade relativa do ar. do sangue e a água dos tecidos da região em que o tratamento
e) ao som percebido que é sempre o mesmo, independente de será aplicado. A figura mostra como é a absorção de diferentes
movimento entre fonte e a pessoa. comprimentos de onda pela melanina, oxi-hemoglobina e água.

202 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS FÍSICA I

13. (ENEM PPL)

A faixa espectral da radiação solar que contribui fortemente para o


efeito mostrado na tirinha é caracterizada como
a) visível. d) ultravioleta.
b) amarela. e) infravermelha.
c) vermelha.

14. (ENEM) O morcego emite pulsos de curta duração de ondas


Qual é o comprimento de onda, em nm, ideal para a epilação a ultrassônicas, os quais voltam na forma de ecos após atingirem
laser? objetos no ambiente, trazendo informações a respeito das suas
a) 400 d) 900 dimensões, suas localizações e dos seus possíveis movimentos.
b) 700 e) 500 Isso se dá em razão da sensibilidade do morcego em detectar
o tempo gasto para os ecos voltarem, bem como das pequenas
c) 1.100 variações nas frequências e nas intensidades dos pulsos
ultrassônicos. Essas características lhe permitem caçar pequenas
12. (ENEM PPL) O debate a respeito da natureza da luz perdurou por presas mesmo quando estão em movimento em relação a si.
séculos, oscilando entre a teoria corpuscular e a teoria ondulatória. Considere uma situação unidimensional em que uma mariposa
No início do século XIX, Thomas Young, com a finalidade de se afasta, em movimento retilíneo e uniforme, de um morcego em
auxiliar na discussão, realizou o experimento apresentado de repouso.
forma simplificada na figura. Nele, um feixe de luz monocromático
A distância e velocidade da mariposa, na situação descrita, seriam
passa por dois anteparos com fendas muito pequenas. No primeiro
detectadas pelo sistema de um morcego por quais alterações nas
anteparo há uma fenda e no segundo, duas fendas. Após passar
características dos pulsos ultrassônicos?
pelo segundo conjunto de fendas, a luz forma um padrão com
franjas claras e escuras. a) Intensidade diminuída, o tempo de retorno aumentado e a
frequência percebida diminuída.
b) Intensidade aumentada, o tempo de retorno diminuído e a
frequência percebida diminuída.
c) Intensidade diminuída, o tempo de retorno diminuído e a
frequência percebida aumentada.
d) Intensidade diminuída, o tempo de retorno aumentado e a
frequência percebida aumentada.
e) Intensidade aumentada, o tempo de retorno aumentado e a
frequência percebida aumentada.

15. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) Nas rodovias, é comum motoristas


terem a visão ofuscada ao receberem a luz refletida na água
empoçada no asfalto. Sabe-se que essa luz adquire polarização
horizontal. Para solucionar esse problema, há a possibilidade
de o motorista utilizar óculos de lentes constituídas por filtros
polarizadores. As linhas nas lentes dos óculos representam o eixo
de polarização dessas lentes.
Quais são as lentes que solucionam o problema descrito?
Com esse experimento, Young forneceu fortes argumentos para a) d)
uma interpretação a respeito da natureza da luz, baseada em uma
teoria
a) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz
sofrer dispersão e refração.
b) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz b) e)
sofrer dispersão e reflexão.
c) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz
sofrer difração e polarização.
d) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz c)
sofrer interferência e reflexão.
e) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz
sofrer difração e interferência.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 203


FÍSICA I 30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

16. (ENEM) Uma ambulância A em movimento retilíneo e uniforme


aproxima-se de um observador O, em repouso. A sirene emite um
som de frequência constante fA. O desenho ilustra as frentes de
onda do som emitido pela ambulância.
O observador possui um detector que consegue registrar, no esboço
de um gráfico, a frequência da onda sonora detectada em função
do tempo fo(t), antes e depois da passagem da ambulância por ele.

Qual esboço gráfico representa a frequência fo(t) detectada pelo


observador?
a)

Relacionando as informações presentes nas figuras 1 e 2, como a


intensidade sonora percebida é afetada pelo aumento da distância
do microfone ao alto-falante?
a) Aumenta na faixa das frequências médias.
b) Diminui na faixa das frequências agudas.
b) c) Diminui na faixa das frequências graves.
d) Aumenta na faixa das frequências médias altas.
e) Aumenta na faixa das frequências médias baixas.

18. (ENEM) Certos tipos de superfícies na natureza podem refletir


luz de forma a gerar um efeito de arco-íris. Essa característica é
conhecida como iridescência e ocorre por causa do fenômeno da
c)
interferência de película fina. A figura ilustra o esquema de uma fina
camada iridescente de óleo sobre uma poça d’água. Parte do feixe de
luz branca incidente (1) reflete na interface ar/óleo e sofre inversão
de fase (2), o que equivale a uma mudança de meio comprimento
de onda. A parte refratada do feixe (3) incide na interface óleo/água
e sofre reflexão sem inversão de fase (4). O observador indicado
enxergará aquela região do filme com coloração equivalente à
d) do comprimento de onda que sofre interferência completamente
construtiva entre os raios (2) e (5), mas essa condição só é possível
para uma espessura mínima da película. Considere que o caminho
percorrido em (3) e (4) corresponde ao dobro da espessura E da
película de óleo.

e)

17. (ENEM) A Figura 1 apresenta o gráfico da intensidade, em


decibels (dB), da onda sonora emitida por um alto-falante, que está
em repouso, e medida por um microfone em função da frequência Expressa em termos do comprimento de onda (λ), a espessura
da onda para diferentes distâncias: 3 mm, 25 mm, 51 mm e 60 mm. mínima é igual a
A Figura 2 apresenta um diagrama com a indicação das diversas
faixas do espectro de frequência sonora para o modelo de alto- λ λ 3λ
a) . b) . c) . d) λ. e) 2λ.
falante utilizado neste experimento. 4 2 4

204 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS FÍSICA I

19. (ENEM) Ao sintonizarmos uma estação de rádio ou um canal 02. (FUVEST) Miguel e João estão conversando, parados em
de TV em um aparelho, estamos alterando algumas características uma esquina próxima a sua escola, quando escutam o toque
elétricas de seu circuito receptor. Das inúmeras ondas da sirene que indica o início das aulas. Miguel continua parado
eletromagnéticas que chegam simultaneamente ao receptor, na esquina, enquanto João corre em direção à escola. As ondas
somente aquelas que oscilam com determinada frequência sonoras propagam-se, a partir da sirene, em todas as direções,
resultarão em máxima absorção de energia. com comprimento de onda λ = 17 cm e velocidade Vs = 340 m/s,
O fenômeno descrito é a em relação ao ar. João se aproxima da escola com velocidade de
módulo v = 3,4 m/s e direção da reta que une sua posição à da
a) difração. c) polarização. e) ressonância. sirene. Determine
b) refração. d) interferência. a) a frequência fM do som da sirene percebido por Miguel parado
na esquina;
20. (ENEM PPL) Visando reduzir a poluição sonora de uma cidade, a
b) a velocidade vR do som da sirene em relação a João correndo;
Câmara de Vereadores aprovou uma lei que impõe o limite máximo
de 40 dB (decibéis) para o nível sonoro permitido após as 22 horas. c) a frequência fJ do som da sirene percebido por João quando
está correndo.
Ao aprovar a referida lei, os vereadores estão limitando qual
característica da onda? Miguel, ainda parado, assobia para João, que continua correndo.
Sendo o comprimento de onda do assobio igual a 10 cm determine
a) A altura da onda sonora.
d) a frequência fA do assobio percebido por João.
b) A amplitude da onda sonora.
Note e adote:
c) A frequência da onda sonora.
Considere um dia seco e sem vento.
d) A velocidade da onda sonora.
e) O timbre da onda sonora. 03. (EBMSP) A estrutura da “nova família brasileira” aliada ao
intenso ritmo de vida daqueles que vivem em grandes cidades e
capitais do País são fatores sociais que refletem diretamente no
EXERCÍCIOS DE conceito atual do mercado imobiliário. O século XXI identifica
APROFUNDAMENTO significativa redução no número de membros da família que
dividem o mesmo teto, resultando no crescimento da procura por
apartamentos menores, cerca de 40 a 70 metros quadrados, e por
01. (FUVEST) Em uma cuba de ondas contendo água, uma haste edifícios residenciais que possuam maior distância entre eles.
vibra com frequência 5 Hz, paralelamente à superfície da água e Disponível em: <http://www.conviverurbanismo.com.br/index.php?option=com_
à lateral esquerda da cuba. A haste produz ondas planas que se content&view=article&id=225:estrutura-familiar-brasileira-muda-e-reflete-novo-com>.
propagam para a direita, como ilustra a figura. Acesso em: 6 out. 2015.

Em um condomínio com edifícios residenciais, a distância entre os


prédios é igual a 10,0 m, sabendo-se que um operário, que realiza
uma obra em um prédio, ao ligar uma serra elétrica, esta emite
uma onda sonora de intensidade média igual a 1,0 ⋅ 10-1 W/m²,
determine a potência total irradiada por essa fonte nos primeiros
prédios que o circunda, considerando π igual a 3.

04. (UFJF-PISM) Uma corda de comprimento L = 10 m tem fixas


ambas as extremidades. No instante t = 0,0 s, um pulso triangular
inicia-se em x = 0,0 m, atingindo o ponto x = 8,0 m no instante
t = 4,0 s, como mostra a figura abaixo. Com base nessas
informações, faça o que se pede.

a) Determine, a partir da figura, o comprimento de onda λ da onda


plana.
Na cuba, em x = 0, há um anteparo rígido, paralelo às frentes da
onda plana, com duas pequenas fendas cujos centros estão em
y = ±b/2. O lado direito da figura mostra o resultado da interferência
das duas ondas que se propagam a partir das fendas. a) Determine a velocidade de propagação do pulso.
Determine b) Desenhe o perfil da corda no instante t = 7,0 s.
b) a coordenada y1, para y > 0, do primeiro mínimo de interferência
na parede do lado direito da cuba. Calcule o valor da distância
b, entre os centros das fendas, considerando que a posição do

primeiro mínimo pode ser aproximada por y1 = , em que D é
2b
a distância entre as fendas e o lado direito da cuba;
c) a frequência f de vibração da haste para que o primeiro mínimo
de interferência, na parede do lado direito da cuba, esteja na
coordenada y = 15 cm, considerando que a velocidade da onda
não depende da frequência.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 205


FÍSICA I 30 FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

05. (UERJ) Para localizar obstáculos totalmente submersos,


GABARITO
determinados navios estão equipados com sonares, cujas ondas se
propagam na água do mar. Ao atingirem um obstáculo, essas ondas EXERCÍCIOS PROPOSTOS
retornam ao sonar, possibilitando assim a realização de cálculos que 01. B 05. D 09. E 13. D 17. C
permitem a localização, por exemplo, de um submarino. 02. E 06. A 10. C 14. A 18. A
03. B 07. C 11. B 15. A 19. E
04. D 08. A 12. E 16. D 20. B

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) λ = 2 cm
b) b = 4 cm
c) f' = 2,5 Hz

02. a) fM = 2000 hz
b) vR = 343,4 m/s
c) fJ = 2020 Hz
d) fA = 3366,3 Hz

03. P = 120 W

04. a) v = 2 m/s
b) Após a reflexão na extremidade fixa, o pulso terá o seguinte perfil:

Admita uma operação dessa natureza sob as seguintes condições:


–– Temperatura constante da água do mar;
–– Velocidade da onda sonora na água igual a 1450 m/s;
–– Distância do sonar ao obstáculo igual a 290 m.
Determine o tempo, em segundos, decorrido entre o instante da
emissão da onda pelo sonar e o de seu retorno após colidir com 05. ∆t = 0,4 s
o submarino.

ANOTAÇÕES

206 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


31
FÍSICA I
ONDAS ESTACIONÁRIAS

ONDAS ESTACIONÁRIAS EXERCÍCIO RESOLVIDO


Se duas ondas senoidais de mesma amplitude e mesmo
comprimento de onda se propagam em sentidos opostos, a 01. (FGV) As figuras 1 e 2 representam a mesma corda de um
superposição (interferência) entre as ondas produz uma onda instrumento musical percutida pelo músico e vibrando em
estacionária. Normalmente ocorre quando as ondas estão situação estacionária.
confinadas no espaço como ondas sonoras em um tubo fechado
e ondas de uma corda com as extremidades fixas. Os pontos que
não sofrem vibração são chamados de nós e a região de máximos
e mínimos, com vibração intensa é chamada de ventre.

CORDAS VIBRANTES
Consideremos uma corda presa nas duas pontas e esticada.
Uma corda elástica esticada, como de um violão, possui
frequências naturais de vibração, chamadas de modos de vibração
ou harmônicos.
De uma figura para outra, não houve variação na tensão da
As figuras abaixo trazem os quatro primeiros harmônicos:
corda. Assim, é correto afirmar que, da figura 1 para a figura
2, ocorreu
a) um aumento na velocidade de propagação das ondas
formadas na corda e também na velocidade de
propagação do som emitido pelo instrumento.
b) um aumento no período de vibração das ondas na corda,
mas uma diminuição na velocidade de propagação do
som emitido pelo instrumento.
c) uma diminuição na frequência de vibração das ondas
formadas na corda, sendo mantida a frequência de
vibração do som emitido pelo instrumento.
d) uma diminuição no período de vibração das ondas
formadas na corda e também na velocidade de
propagação do som emitido pelo instrumento.
e) um aumento na frequência de vibração das ondas
formadas na corda, sendo mantida a velocidade de
propagação do som emitido pelo instrumento.

Resolução: E
Pelas figuras, temos que:
Sabendo o modo de vibração, podemos obter o comprimento
da onda através do comprimento da corda. λ1 = 2λ2
Observe que para o primeiro harmônico ou harmônico Logo, mantendo a velocidade de propagação do som no
instrumento:
fundamental (n = 1), temos:
v = λf
Para o segundo, harmônico, temos: λ1f1 =λ2f2
2λ2f1 =λ2f2
No caso geral: como , teremos: ∴ f2 =
2f1
v
fn = n .
2
Onde n é o número do harmônico. TUBOS SONOROS
Existem dois tipos de tubos sonoros: fechados (uma das
extremidades fechada) e abertos (as duas extremidades abertas).
Nos tubos sonoros, nas extremidade abertas o som reflete-se
em fase, produzindo uma região de ventre de deslocamento, nas
extremidades fechadas o som reflete-se com inversão de fase,
produzindo uma região de nó de deslocamento. Instrumentos
musicais como a flauta e o saxofone utilizam tubos sonoros como
ressoadores. As figuras abaixo trazem os principais harmônicos
dos tubos aberto e fechado.

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 207


FÍSICA I 31 ONDAS ESTACIONÁRIAS

TUBOS ABERTOS TUBOS FECHADOS

Observe que para o primeiro harmônico ou harmônico


fundamental (n = 1), temos:

Para o segundo, harmônico, temos:

Para o terceiro, temos: e assim sucessivamente.


Observe que para o primeiro harmônico ou harmônico
No caso geral: como , teremos:
fundamental (n = 1), temos:
v
fn = n .
2 Para o 3º harmônico, temos:
Onde n é o número do harmônico.
Para o 5º, temos: e assim sucessivamente.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
No caso geral: como , teremos:
02. (UFRGS) Uma onda sonora propagando-se no ar é uma v
sucessão de compressões e rarefações da densidade do ar. fn = n .
Na figura abaixo, estão representadas, esquematicamente, 4
ondas sonoras estacionárias em dois tubos, 1 e 2, abertos em Onde n é o número do harmônio.
ambas as extremidades. Os comprimentos dos tubos 1 e 2 são,
respectivamente, L e L/2.
PROEXPLICA

Só existem harmônicos ímpares em tubos fechados.

03. (EFOMM) Um diapasão com frequência natural de


400 Hz é percutido na proximidade da borda de uma proveta
graduada, perfeitamente cilíndrica, inicialmente cheia de água,
mas que está sendo vagarosamente esvaziada por meio de
uma pequena torneira na sua parte inferior. Observa-se que o
Sendo λ1 e λ2 os respectivos comprimentos de onda volume do som do diapasão torna-se mais alto pela primeira
das ondas representadas nos tubos 1 e 2, e f1 e f2 suas vez quando a coluna de ar formada acima d’água atinge uma
frequências, as razões entre os comprimentos de onda certa altura h. O valor de h, em centímetros, vale
λ1/ λ2 e as frequências f1/f2 são, nessa ordem,
Dado: velocidade do som no ar Vsom = 320 m / s
a) 1 e 1. c) 2 e 1/2. e) 1/2 e 2.
a) 45 c) 28 e) 18
b) 2 e 1. d) 1/2 e 1.
b) 36 d) 20
Resolução: C
Percebe-se que ambos os tubos estão representando o 1º Resolução: D
harmônico, assim cada um deles apresenta meio comprimento Quando o volume do som do diapasão torna-se mais alto
de onda. Assim, a razão entre os comprimentos dos tubos pela primeira vez, a coluna de água corresponde ao primeiro
representa também a razão entre os comprimentos de onda. harmônico obtido na coluna de água.
λ1 L λ
= ∴ 1= 2
λ2 L 2 λ2
A razão entre as frequências é obtida através da equação
fundamental que relaciona também velocidade de propagação
e comprimentos de onda.
v = λ ⋅ f; v1 = v2
−1
f1 λ2 f  λ1  f1 1
λ1 ⋅ f1 =
λ2 ⋅ f2 ⇒ = ⇒ 1=   ∴ =
f2 λ1 f2  λ2  f2 2

208 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


31 ONDAS ESTACIONÁRIAS FÍSICA I

Logo, de acordo com o desenho, a altura de líquido h é a EXERCÍCIOS


quarta parte do comprimento da onda sonora. PROTREINO
λ
h= ∴λ= 4h
4 01. A figura abaixo representa um instrumento musical de corda
vibrante.
E a expressão da velocidade da onda com a frequência e o
comprimento de onda é dada por:
v
v = λ ⋅ f ⇒ v = 4 hf ∴ h =
4f
320 m / s
h
= h 0,2m
⇒= = 20 cm
4 ⋅ 400 Hz

Determine o comprimento de onda, em metros, formado nessa


04. (UNESP) Na geração da voz humana, a garganta e a onda estacionária.
cavidade oral agem como um tubo, com uma extremidade
aproximadamente fechada na base da laringe, onde estão as 02. Considere uma onda estacionária em uma corda vibrante com
cordas vocais, e uma extremidade aberta na boca. Nessas frequência de 440 Hz.
condições, sons são emitidos com maior intensidade nas
frequências e comprimentos de ondas para as quais há um
nó (N) na extremidade fechada e um ventre (V) na extremidade
aberta, como ilustra a figura. As frequências geradas são
chamadas harmônicos ou modos normais de vibração. Em um
adulto, este tubo do trato vocal tem aproximadamente 17 cm.
A voz normal de um adulto ocorre em frequências situadas Calcule a velocidade de propagação, em m/s, da onda nessa corda.
aproximadamente entre o primeiro e o terceiro harmônicos.
03. O ser humano consegue ouvir sons na faixa entre 20 Hz e 20.000
Hz de frequência. O tubo aberto, representado abaixo, possui em seu
interior uma onda em regime estacionário que provoca a emissão de
som no ar, que se propaga numa velocidade de 320 m/s.

Considerando que a velocidade do som no ar é 340 m/s,


os valores aproximados, em hertz, das frequências dos três
Avalie se o som produzido poderá ser captado pelo ouvido humano.
primeiros harmônicos da voz normal de um adulto são
a) 50, 150, 250. d) 340, 1 020, 1 700. 04. Uma onda estacionária se forma em um tubo fechado,
b) 100, 300, 500. e) 500, 1 500, 2 500. conforme representado na imagem abaixo:
c) 170, 510, 850.

Resolução: E
A figura mostra o quinto harmônico.

Anuncie o harmônico formado na imagem e determine o


comprimento de onda, em cm, e a frequência de oscilação, em Hz,
sabendo que a velocidade de propagação é de 324 m/s.

05. O harmônico fundamental de uma onda sonora estacionária se


forma em um tubo fechado de 12 cm de comprimento, conforme
mostra a ilustração abaixo:
λ 4L 4 × 0,17
L 5.
Observe que = ⇒=
λ = = 0,136 m
4 5 5
V 340
Como V =λf → f = → f5 = =2500 Hz
λ 0,136
f5 2500
f=
1 = = 500Hz
5 5
f3 3f
= =1 3x500
= 1500Hz

f5 = 2500 Hz Calcule a frequência no harmônico fundamental e calcule a


frequência quando se forma nesse tubo uma onda no 3º Harmônico.
Adote: Vsom = 336 m/s

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 209


FÍSICA I 31 ONDAS ESTACIONÁRIAS

05. (UNESP) Um experimento foi feito com a finalidade de determinar


a frequência de vibração de um diapasão. Um tubo cilíndrico aberto
em suas duas extremidades foi parcialmente imerso em um
EXERCÍCIOS recipiente com água e o diapasão vibrando foi colocado próximo
PROPOSTOS ao topo desse tubo, conforme a figura 1. O comprimento L da
coluna de ar dentro do tubo foi ajustado movendo-o verticalmente.
Verificou-se que o menor valor de L, para o qual as ondas sonoras
01. (UECE) Uma corda de 60 cm, em um violão, vibra a uma
geradas pelo diapasão são reforçadas por ressonância dentro do
determinada frequência. É correto afirmar que o maior comprimento
tubo, foi de 10 cm, conforme a figura 2.
de onda dessa vibração, em cm, é
a) 60
b) 120
c) 30
d) 240

02. (UFRGS) O oboé é um instrumento de sopro que se baseia na


física dos tubos sonoros abertos. Um oboé, tocado por um músico,
emite uma nota dó, que forma uma onda estacionária, representada
na figura a seguir.

Considerando a velocidade de propagação do som no ar igual a


340 m/s, é correto afirmar que a frequência de vibração do
diapasão, em Hz, é igual a
a) 425 d) 3.400
b) 850 e) 1.700
Sabendo-se que o comprimento do oboé é L = 66,4 cm, quais c) 1.360
são, aproximadamente, o comprimento de onda e a frequência
associados a essa nota?
06. (EBMSP)
(Dado: a velocidade do som é igual a 340 m/s.)
a) 66,4 cm e 1024 Hz.
b) 33,2 cm e 512 Hz.
c) 16,6 cm e 256 Hz.
d) 66,4 cm e 113 Hz.
e) 33,2 cm e 1024 Hz.

03. (UECE) Uma corda de 90 cm é presa por suas extremidades, em


suportes fixos, como mostra a figura.

O canal auditivo da figura representa o órgão de audição humano


que mede, em média, cerca de 2,5 cm de comprimento e que pode
ser comparado a um tubo sonoro fechado, no qual a coluna de ar
Assinale a alternativa que contém os três comprimentos de onda oscila com ventre de deslocamento na extremidade aberta e nó de
mais longos possíveis para as ondas estacionárias nesta corda, em deslocamento na extremidade fechada.
centímetros. Considerando-se que a velocidade de propagação do som no ar
a) 90,60 e 30 é igual a 340 m/s e que a coluna de ar oscila segundo um padrão
estacionário fundamental no canal auditivo, pode-se afirmar – pela
b) 180,90 e 60
análise da figura associada aos conhecimentos da Física – que
c) 120,90 e 60
a) o comprimento da onda sonora que se propaga no canal
d) 120,60 e 30 auditivo é igual a 2,5 cm.
b) a frequência das ondas sonoras que atingem a membrana
04. (UECE) Considere duas cordas vibrantes, com ondas timpânica é, aproximadamente, igual a 13.600,0 Hz.
estacionárias e senoidais, sendo uma delas produzida por um
c) a frequência fundamental de oscilação da coluna de ar no
violino e outra por uma guitarra. Assim, é correto afirmar que nos
canal auditivo é igual a 340,0 Hz.
dois tipos de ondas estacionárias, têm-se as extremidades das
cordas vibrando com amplitudes d) a frequência de vibração da membrana timpânica produzida
pela oscilação da coluna de ar é igual a 3.400,0 Hz.
a) nulas.
e) a frequência do som transmitido ao cérebro por impulsos
b) máximas.
elétricos é o dobro da frequência da vibração da membrana
c) variáveis. timpânica.
d) dependentes da frequência das ondas.

210 PROENEM.COM.BR PRÉ-VESTIBULAR


31 ONDAS ESTACIONÁRIAS FÍSICA I

07. (ACAFE) Um professor de Física, querendo ensinar ondas 10. (UFPR) Um órgão é um instrumento musical composto por
estacionárias aos seus alunos, construiu um experimento com diversos tubos sonoros, abertos ou fechados nas extremidades,
duas cordas, como mostra a figura. Pressionou a corda 1 a 80 cm com diferentes comprimentos. Num certo órgão, um tubo A é
do ponto fixo e, tocando na corda, criou o primeiro harmônico de aberto em ambas as extremidades e possui uma frequência
uma onda estacionária. Sabendo que a frequência conseguida na fundamental de 200 Hz. Nesse mesmo órgão, um tubo B tem uma
corda 1 e 440 Hz, e que a velocidade da onda na corda 2 é o dobro das extremidades aberta e a outra fechada, e a sua frequência
da velocidade da onda na corda 1, determine a posição que alguém fundamental é igual à frequência do segundo harmônico do
deverá pressionar a corda 2 para conseguir o primeiro harmônico tubo A. Considere a velocidade do som no ar igual a 340 m/s. Os
de uma onda estacionária com o dobro da frequência conseguida comprimentos dos tubos A e B são, respectivamente:
na corda 1. a) 42,5 cm e 31,9 cm. d) 85,0 cm e 42,5 cm.
b) 42,5 cm e 63,8 cm. e) 85,0 cm e 127,0 cm.
c) 85,0 cm e 21,3 cm.

11. (ENEM PPL) Em um violão afinado, quando se toca a corda Lá


com seu comprimento efetivo (harmônico fundamental), o som
produzido tem frequência de 440 Hz.
Se a mesma corda do violão é comprimida na metade do seu
comprimento, a frequência do novo harmônico
A alternativa correta é: a) se reduz à metade, porque o comprimento de onda dobrou.
a) C. b) dobra, porque o comprimento de onda foi reduzido à metade.
b) A. c) quadruplica, porque o comprimento de onda foi reduzido à
metade.
c) B.
d) quadruplica, porque o comprimento de onda foi reduzido à
d) D.
quarta parte.
08. (UERN) Uma pessoa, ao soprar na extremidade aberta de um e) não se modifica, porque é uma característica independente do
tubo fechado, obteve o som do primeiro harmônico cuja frequência comprimento da corda que vibra.
é 375 Hz. Se o som no local se propaga com velocidade de 330 m/s,
então o comprimento desse tubo é de 12. (FMP) Instrumentos musicais como o violão geram som a partir
da vibração de suas cordas. A Figura abaixo é o esquema de uma
a) 20 cm.
corda de violão, vibrando e emitindo a nota lá, de frequência 110 Hz.
b) 22 cm.
c) 24 cm.
d) 26 cm.

09. (ENEM PPL) Em uma flauta, as notas musicais possuem


frequências e comprimentos de onda (λ) muito bem definidos. As
figuras mostram esquematicamente um tubo de comprimento
L, que representa de forma simplificada uma flauta, em que
A velocidade de propagação, em m/s, da onda nessa corda é,
estão representados: em A o primeiro harmônico de uma nota
aproximadamente,
musical (comprimento de onda λA), em B seu segundo harmônico
(comprimento de onda λB) e em C o seu terceiro harmônico a) 46,5 b) 84,6 c) 169 d) 71,5 e) 143
(comprimento de onda λC), onde λA > λB > λC.
13. (IFSUL) A figura a seguir representa um aparato experimental
para demonstração de ondas estacionárias em cordas. O
experimento, conhecido como gerador de ondas estacionárias, é
composto por um vibrador, um dinamômetro, uma corda e uma
base sólida para fixação do aparato. Sabe-se que a corda utilizada
tem comprimento igual a 1 metro e massa igual a 10 gramas.

Em função do comprimento do tubo, qual o comprimento de onda


da oscilação que forma o próximo harmônico?
L L 6L
a) c) e) Considerando a onda estacionária gerada no momento em que
4 2 8
a foto do experimento foi registrada e o fato de, nesse instante, o
dinamômetro indicar uma força de tensão de 156,25 Newtons, a
b) L d)
L
5 8
frequência de vibração da fonte é igual a
a) 6,00 Hz b) 93,75 Hz c) 156,25 Hz d) 187,50 Hz

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FÍSICA I 31 ONDAS ESTACIONÁRIAS

14. (EPCAR (AFA)) Nas questões a seguir, quando necessário, use: 17. (UDESC) A frequência fundamental de um tubo de órgão
–– Aceleração da gravidade: g = 10 m/s²; fechado é igual a 170,0 Hz. O comprimento do tubo fechado e a
frequência do terceiro harmônico são, respectivamente:
–– Calor específico da água: c = 1,0 cal/g ºC;
a) 0,5 m e 850 Hz
–– sen=
45° cos=
45° 2 2.
b) 1,0 m e 850 Hz
A figura abaixo representa dois harmônicos A e B, de frequências,
respectivamente, iguais a fA e fB, que podem ser estabelecidos em c) 1,0 m e 510 Hz
uma mesma corda, fixa em suas extremidades, e tracionada por d) 0,5 m e 510 Hz
uma força de módulo F. e) 2,0 m e 340 Hz

18. (ENEM SIMULADO) Um dos modelos usados na caracterização


dos sons ouvidos pelo ser humano baseia-se na hipótese
de que ele funciona como um tubo ressonante. Neste caso,
os sons externos produzem uma variação de pressão do ar
no interior do canal auditivo, fazendo a membrana (tímpano)
vibrar. Esse modelo pressupõe que o sistema funciona de forma
equivalente à propagação de ondas sonoras em tubos com uma
das extremidades fechadas pelo tímpano. As frequências que
fA apresentam ressonância com o canal auditivo têm sua intensidade
Nessas condições, a mesma razão, entre as frequências ,
fB reforçada, enquanto outras podem ter sua intensidade atenuada.
pode ser obtida entre as frequências das ondas estacionárias
representadas nos tubos sonoros abertos e idênticos A’ e B’,
indicados na opção
a)

b)

c)

Considere que, no caso de ressonância, ocorra um nó sobre o


tímpano e ocorra um ventre da onda na saída do canal auditivo,
de comprimento L igual a 3,4 cm. Assumindo que a velocidade do
som no ar (v) é igual a 340 m/s, a frequência do primeiro harmônico
d) (frequência fundamental, n = 1) que se formaria no canal, ou seja, a
frequência mais baixa que seria reforçada por uma ressonância no
canal auditivo, usando este modelo é
a) 0,025 kHz, valor que considera a frequência do primeiro
harmônico como igual a nv/4L e equipara o ouvido a um tubo
com ambas as extremidades abertas.
15. (UDESC) Dois tubos sonoros de mesmo comprimento se b) 2,5 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico
diferem pela seguinte característica: o primeiro é aberto nas duas como igual a nv/4L e equipara o ouvido a um tubo com uma
extremidades e o segundo é fechado em uma das extremidades. extremidade fechada.
Considerando que a temperatura ambiente seja de 20 ºC e a c) 10 kHz, valor que considera a frequência do primeiro harmônico
velocidade do som igual a 344 m/s, assinale a alternativa que como igual a nv/L e equipara o ouvido a um tubo com ambas
representa a razão entre a frequência fundamental do primeiro tubo as extremidades fechadas.
e a do segundo tubo. d) 2.500 kHz, valor que expressa a frequência do primeiro
a) 2,0 b) 1,0 c) 8,0 d) 0,50 e) 0,25 harmônico como igual a nv/L, aplicável ao ouvido humano.
e) 10.000 kHz, valor que expressa a frequência do primeiro
16. (UDESC) Dois tubos sonoros de um órgão têm o mesmo harmônico como igual a nv/L, aplicável ao ouvido e a tubo
comprimento, um deles é aberto e o outro fechado. O tubo fechado aberto e fechado.
emite o som fundamental de 500 Hz à temperatura de 20 ºC e à
pressão atmosférica. Dentre as frequências abaixo, indique a que
esse tubo não é capaz de emitir.
a) 1500 Hz c) 1000 Hz e) 3500 Hz
b) 4500 Hz d) 2500 Hz

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31 ONDAS ESTACIONÁRIAS FÍSICA I

19. (MACKENZIE) Uma corda feita de um material, cuja densidade a) As frequências de ressonância acústica entre duas placas,
linear é 10 g/m, está sob tensão provocada por uma força de ou num tubo fechado nas duas extremidades, são dadas
900 N. Os suportes fixos distam de 90 cm. Faz-se vibrar a corda nv
por fn = , sendo L a distância entre as placas, v = 340 m/s
transversalmente e esta produz ondas estacionárias, representadas 2L
na figura a seguir. A frequência das ondas componentes, cuja a velocidade do som no ar, e n um número inteiro positivo e
superposição causa esta vibração, é: não nulo que designa o modo. Qual é a frequência do modo
ilustrado na figura B?
b) A força acústica aplicada numa pequena esfera aponta sempre
na direção z e no sentido do nó de pressão mais próximo.
Nas proximidades de cada nó, a força acústica pode ser
aproximada por Fac = -k ∆z, sendo k uma constante e ∆z = z – znó.
Ou seja, a força aponta para cima (positiva) quando a esfera está
abaixo do nó (∆z negativo), e vice-versa. Se k = 6,0 × 10-2 N/m
e uma esfera de massa m = 1,5 × 10-6 kg é solta a partir do
repouso na posição de um nó, qual será a menor distância
percorrida pela esfera até que ela volte a ficar instantaneamente
a) 100 Hz c) 300 Hz e) 500 Hz em repouso? Despreze o atrito viscoso da esfera com o ar.
b) 200 Hz d) 400 Hz
02. (UNESP) Uma corda elástica, de densidade linear constante
µ = 0,125 kg/m, tem uma de suas extremidades presa a um vibrador
20. (ENEM) Um experimento para comprovar a natureza que oscila com frequência constante. Essa corda passa por uma
ondulatória da radiação de micro-ondas foi realizado da seguinte polia, cujo ponto superior do sulco alinha-se horizontalmente
forma: anotou-se a frequência de operação de um forno de micro- com o vibrador, e, na outra extremidade, suspende uma esfera de
ondas e, em seguida, retirou-se sua plataforma giratória. No seu massa 1,8 kg, em repouso. A configuração da oscilação da corda é
lugar, colocou-se uma travessa refratária com uma camada grossa mostrada pela figura 1.
de manteiga. Depois disso, o forno foi ligado por alguns segundos.
Ao se retirar a travessa refratária do forno, observou-se que havia
três pontos de manteiga derretida alinhados sobre toda a travessa.
Parte da onda estacionária gerada no interior do forno é ilustrada
na figura.

Em seguida, mantendo-se a mesma frequência de oscilação


constante no vibrador, a esfera é totalmente imersa em um
recipiente contendo água, e a configuração da oscilação na corda
De acordo com a figura, que posições correspondem a dois pontos se altera, conforme figura 2.
consecutivos da manteiga derretida?
a) I e III b) I e V c) II e III d) II e IV e) II e V

EXERCÍCIOS DE
APROFUNDAMENTO
01. (UNICAMP) A levitação acústica consiste no emprego de ondas
acústicas para exercer força sobre objetos e com isso mantê-los
suspensos no ar, como a formiga representada na figura A, ou
movimentá-los de forma controlada. Uma das técnicas utilizadas Adotando g = 10 m/s² e sabendo que a velocidade de propagação
baseia-se na formação de ondas acústicas estacionárias entre de uma onda em uma corda de densidade linear µ, submetida a
duas placas, como ilustra a figura B, que mostra a amplitude da T
uma tração T, é dada por v = , calcule:
pressão em função da posição vertical. µ
a) a frequência de oscilação, em Hz, do vibrador.
b) a intensidade do empuxo, em N, exercido pela água sobre a
esfera, na situação da figura 2.

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FÍSICA I 31 ONDAS ESTACIONÁRIAS

03. (UFJF-PISM) Ondas periódicas são aquelas em que a


GABARITO
perturbação do meio se repete periodicamente. Uma onda periódica
pode ser visualizada como uma sucessão de pulsos gerados a EXERCÍCIOS PROPOSTOS
intervalos de tempo constantes. 01. B 05. B 09. C 13. D 17. D
02. E 06. D 10. C 14. D 18. B
As ondas peródicas podem ser caracterizadas por cinco
parâmetros: amplitude, polarização, velocidade de propagação, 03. B 07. C 11. B 15. A 19. E

frequência e comprimento de onda. 04. A 08. B 12. E 16. C 20. A

a) Considerando que, na superfície de um líquido contido num EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO


recipiente, são gerados dez pulsos por segundo e sabendo 01. a) Da figura, observamos que n = 3 (três nós) e L = 3,4 cm. Substituindo esses valores
que a distância entre duas cristas consecutivas é de 2,5 cm, na equação dada, obtemos:
nv 3 ⋅ 340
determine a velocidade e o período das ondas. fn =
2L
⇒ f3 =
2 ⋅ 3,4 ⋅ 10−2
b) Considere que duas barreiras são colocadas à direita e à ∴ f3 = 15 kHz
esquerda do sentido positivo da propagação da onda e que, b) A esfera executará um MHS a partir da região do nó (região de força nula), e o seu peso
neste caso, ocorra uma onda estacionária com cinco ventres será a força resultante. Sendo A a amplitude do movimento, vem:
Fr =P ⇒ kA =mg
e seis nós para a frequência de 10 Hz, conforme o esquema da
6 ⋅ 10−2 ⋅ A = 1,5 ⋅ 10−6 ⋅ 10 ⇒ A = 0,25 mm
figura. Determine: (i) a distância entre as barreiras; (ii) qual seria
a frequência fundamental. A distância procurada é dada por:
d= 2A= 2 ⋅ 0,25 mm
∴d =0,5 mm
02. a) f = 5 Hz 04. a) V = 0,25 cm/s 05. a) λ = 0,40 m
b) E = 16 N b) f = 1700 Hz b) v = 2,4 m/s

03. a) T = 0,1 s c) λ = 1 m

b) ff = 2 Hz d) L = 0,5 m

04. (FUVEST) Um alto-falante emitindo som com uma única ANOTAÇÕES


frequência é colocado próximo à extremidade aberta de um tubo
cilíndrico vertical preenchido com um líquido. Na base do tubo,
há uma torneira que permite escoar lentamente o líquido, de
modo que a altura da coluna de líquido varie uniformemente no
tempo. Partindo-se do tubo completamente cheio com o líquido e
considerando apenas a coluna de ar criada no tubo, observa-se que
o primeiro máximo de intensidade do som ocorre quando a altura
da coluna de líquido diminui 5 cm e que o segundo máximo ocorre
um minuto após a torneira ter sido aberta.
Determine
a) o módulo da velocidade V de diminuição da altura da coluna
de líquido;
b) a frequência f do som emitido pelo alto-falante.
Sabendo que uma parcela da onda sonora pode se propagar no
líquido, determine
c) o comprimento de onda λ deste som no líquido;
d) o menor comprimento L da coluna de líquido para que haja
uma ressonância deste som no líquido.
Note e adote:
Velocidade do som no ar: var = 340 m/s.
Velocidade do som no líquido: vliq = 1.700 m/s.
Considere a interface ar-líquido sempre plana.
A ressonância em líquidos envolve a presença de nós na sua superfície.

05. (UFPR) Num estudo sobre ondas estacionárias, foi feita uma
montagem na qual uma fina corda teve uma das suas extremidades
presa numa parede e a outra num alto-falante. Verificou-se que o
comprimento da corda, desde a parede até o alto-falante, era de
1,20 m. O alto-falante foi conectado a um gerador de sinais, de
maneira que havia a formação de uma onda estacionária quando
o gerador emitia uma onda com frequência de 6 Hz, conforme é
mostrado na figura a seguir.

Com base nessa figura, determine, apresentando os respectivos


cálculos:
a) O comprimento de onda da onda estacionária.
b) A velocidade de propagação da onda na corda.

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32
FÍSICA I
ACÚSTICA

INTRODUÇÃO Vsólidos > Vlíquidos > Vgases


A maior parte dos sons são produzidos por vibrações de
objetos. Em um cavaquinho, em um violão e em um piano, o som
é produto das vibrações das cordas e é amplificado pela caixa de Altura
ressonância, modelo que estudamos em cordas vibrantes; em uma Existe uma classificação quanto a extensão vocal de cantores,
flauta e em instrumentos de sopro de forma geral, o som é produto as vozes masculinas são divididas em Tenor, Barítono e Baixo,
de vibrações de uma coluna de ar. Sua própria voz é o resultado da as vozes femininas são divididas em Soprano, Mezzo-soprano e
vibração de suas cordas vocais, que estimulam a vibração do ar Contralto. Existem ainda classificações intermediárias, mas tal
na garganta e do ar próximo a boca, essa perturbação gerada pela aprofundamento foge ao interesse desse módulo. A música é
vibração original se propaga pelo ambiente que o cerca levando organizada em diferentes níveis, o mais conhecido são as notas
energia até o receptor/ouvinte que, ao receber essa energia, vai musicais, aprendidas didaticamente pela sequência “dó, ré, mi, fá,
vibrar, a partir da interpretação das vibrações recebidas poderá sol, lá, si e dó”. Cada nota possui uma altura, cada cantor que se
entender o que foi comunicado. encaixa numa classificação mostrada, possui uma voz que está
Estudaremos nesse módulo as características do som e alguns contida numa altura mínima e máxima, o Tenor alcança uma altura
fenômenos associados e essa onda. maior que Baixo, por exemplo.
Diferente do senso comum, que associa altura da nota musical
com volume, a altura de uma nota depende da frequência de
CARACTERÍSTICAS DO SOM vibração. Observa a tabela que relaciona as notas emitidas por um
violão de 6 cordas afinado numa escala usual:
Velocidade do Som
A velocidade de propagação de uma onda emitida por uma Corda Nota Frequência (Hz)
fonte não depende da velocidade da fonte, mas das características 6 Mi 82
do meio, essa afirmativa vale para qualquer onda, inclusive as
sonoras, portanto, quando uma ambulância se move com a sirene 5 Lá 110
ligada, o som emitido propaga-se com mesma velocidade que se
4 Ré 147
propagaria se a ambulância estivesse em repouso. Outra regra
geral para ondas é que a velocidade de propagação não depende 3 Sol 196
da frequência. Considere um show de música com instrumentos
variados como guitarra, baixo, bateria, ... cada um emitindo uma 2 Si 247
nota musical diferente com intensidades diferentes, caso essas 1 Mi 330
ondas se propagassem com velocidades diferentes não seria
agradável ao público, que teria dificuldade em acompanhar as Observe que a frequência está associada ao som agudo ou
músicas, visto que o som de cada instrumento chegaria ao seu grave. O Tenor atinge notas mais agudas (de maior frequência) que
ouvido num instante diferente. A velocidade de propagação do o Baixo, que canta notas mais graves (de menor frequência).
som será a mesma independente da fonte sonora ter sido o violão Notas altas →
ou a bateria, independente da fonte estar em movimento ou em alta frequência →
repouso, desde que o meio de propagação seja o mesmo. Agudo
Altura → Frequência
A velocidade de propagação do som depende do meio. Notas baixas →
A velocidade do som em um meio não depende do volume baixa frequência →
(intensidade), de sua frequência, nem da velocidade da fonte Grave
emissora; todos os sons no mesmo meio se propagam com
O ser humano, de forma geral, é capaz de ouvir ondas
mesma rapidez.
mecânicas com frequências compreendidas entre 20 Hz e 20
000Hz, esse intervalo é conhecido como zona ou faixa audível.
Observe a tabela com a velocidade de propagação do som em Vibrações acima de 20 000 Hz são chamadas de ultrassons e
alguns meios. vibrações abaixo de 20 Hz são chamadas infrassons.

Meio Velocidade do som(m/s)

Ar (0 °C) 331
Ar (15 °C) 340
Mercúrio (20 °C) 1450
Volume e Intensidade
Água (20 °C) 1482 A intensidade sonora é diretamente proporcional ao quadrado
Alumínio 5000 da amplitude da onda, ela depende da quantidade de energia por
unidade de área e por unidade de tempo.
Percebe-se que, de forma geral, o som se propaga com maior A unidade medida no Sistema Internacional é o watts/metro².
velocidade nos meios sólidos que nos líquidos, e maior nos líquidos
Observe que:
que nos gasosos.

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FÍSICA I 32 ACÚSTICA

Entretanto, pelo fato de a unidade bel ser muito grande, é mais


usual a unidade decibel (dB), nesse caso o nível N é dado pela
expressão:
I
N
= 10 ⋅ log , em decibel (dB)
Iref

PROEXPLICA

Já percebeu que sons de mesma intensidade podem nos


causar sensações diferentes?
A sonoridade ou sensação sonora depende da
intensidade sonora, do ouvinte e da frequência do som
Considerando uma fonte sonora puntiforme, que está emitindo considerado.
um som num meio homogêneo e isotrópico, ou seja, a velocidade
Isso porque o ouvido (aparelho auditivo humano) é
de propagação é a mesma em todas as direções e supondo que
mais sensível a algumas frequências que outras. A máxima
a onda se propague sem dissipação de energia, com o aumento
sensibilidade é verificada entre 2 KHz e 4 KHz.
da distância a potência emitida se “dilui” cada vez mais, pois fica
espalhada numa superfície (área) cada vez maior. Weber e Fechner mediram as sensações sonoras e
constaram que, para cada ouvinte, são proporcionais a
A intensidade sonora I é medida pela relação:
intensidade sonora, medidas em laboratório levaram a
Pot construção da curva de audibilidade ou audiograma:
I=
A

Onde:
• Pot é a potência da fonte;
• A é a área.
Obs.: lembre-se que a área da esfera = 4 ⋅ π R² , onde R é o raio
da esfera.
O ouvido humano é apto a reagir a intensidades desde
1 ⋅ 10-12 W/m² (limiar da audição) que é a intensidade mínima que
um som precisa ter para ser ouvido, até aproximadamente 1 W/m²
(o limiar da dor) que é a intensidade cuja sensação sonora causa
desconforto ou dor.
Alexandre Grahan Bell (1847-1922) criou uma escala de
potências de dez para representar as intensidades, o limiar da
audição é o chamado 0 bel (unidade bel em homenagem ao criador
da escala). Um som dez vezes mais intenso que o 0 bel tem uma
intensidade de 1 bel (1 ⋅ 10-11 W/m²) ou 10 decibels. Logo, um som
de 2 bels = 20 decibels é 100 vezes ou 10² vezes mais intenso que
o limiar da audição, um som de 3 bels = 30 decibels é 1000 vezes Vale lembrar que essa curva varia de pessoa para pessoa,
ou 10³ vezes mais intenso que o limiar da audição. Reflita que um mas, de forma geral, podemos entender pelo gráfico que
som de 6 bels = 60 decibels é 1000 000 (um milhão de vezes) ou conseguimos ouvir sons de menor intensidade quando estão
106 vezes mais intenso que limiar da audição. Observe a tabela com compreendidos entre 2 KHz e 4 KHz.
fontes e intensidades de som presentes no cotidiano

Intensidade Nível Sonoro


Fonte Sonora
(W/m²) (dB)
Timbre
Avião a jato a 30 m de distância 10² 140 Podemos facilmente distinguir o som produzido por uma
Show de Rock 1 120 guitarra de um som produzido por um piano, mesmo que estejam
emitindo a mesma nota musical, podemos identificar o som da voz
Tráfego na rua movimentada 10-5 70 de cada cantor, mesmo que estejam cantando a mesma música
Conversação em casa 10-6 60 no mesmo tom. A característica sonora que os difere é o timbre.
Os sons musicais, de forma geral, são formados pela
Torneira gotejando 10-10
20 superposição de muitas frequências diferentes, esses sons são
Respiração normal 10-11 10 chamados de componentes de frequência, ou simplesmente
componentes. A frequência mais baixa deles, chamada de
Limiar de audibilidade 10-12 0 frequência fundamental, determina a altura da nota, àquelas que
são múltiplas inteiras da frequência fundamental são chamadas
O nível sonoro N medido em bels é medido pela expressão: de harmônicos. A presença dos harmônicos, em quantidades e
I intensidades diferentes, determina formas variadas que a onda
N = log , em bels pode ter.
Iref

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32 ACÚSTICA FÍSICA I

Timbre → Associado ao formato da onda.


Permite diferenciar sons de instrumentos mesmo que
estejam emitindo mesma nota.

Denominamos ƒap(frequência aparente) a frequência recebida


pelo observador e ƒF a frequência emitida pela fonte. Resumindo:
• Efeito Doppler é a alteração da frequência percebida
pelo observador gerado pelo movimento relativo de
aproximação ou de afastamento entre fonte e observador.
• Na aproximação: ƒap > ƒF , ou seja, o observador percebe
o som mais agudo (maior frequência) que o emitido pela
fonte.
• No afastamento: ƒap < ƒF , ou seja, o observador percebe
o som mais grave (menor frequência) que o emitido pela
fonte.
A frequência aparente pode ser calculada pela relação geral:
Vsom ± V0
ƒap = ƒF ⋅
Vsom ± VF
Onde:
• Vsom é a velocidade do som no meio;
• V0 é a velocidade do observador;
• VF é a velocidade da fonte.
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS Os sinais ± podem ser obtidos pela seguinte convenção: o
Sendo o som uma onda mecânica longitudinal ela sofrerá sentido positivo é sempre do observador para a fonte. Veja a tabela
fenômenos ondulatórios já estudados em módulos anteriores, que ilustra os casos unidirecionais possíveis.
destacaremos a interferência, o efeito Doppler e a reflexão. f o
• Interferência sonora: Boa parte do estudo da interferência +
sonora tem se desenvolvido para reduzir o nível de ruído
em ambientes. O processo é simples: um microfone recebe
v0
{ + → observador se aproxima da fonte
- → observador se afasta da fonte
os ruídos em determinado ambiente e os transforma em
sinais elétricos, esses sinais são levados e analisado por
um computador que estimula em um alto falante um
vf
{ + → fonte se afasta do observador
- → fonte se aproxima do observador
ruído com fase oposta ao ruído do ambiente, o chamado v0 = 0 o observador está parado
antirruído. A interferência do ruído com o antirruído vf = 0 a fonte está parada
leva a uma interferência destrutiva, o que significa o
cancelamento do ruído.
fonte observador
• O efeito Doppler acústico é um fenômeno produzido  (V + Vo ) 
quando há velocidade relativa entre o emissor F (fonte) e fa = f ⋅  
observador O (ouvinte) do som. Esse efeito recebeu o nome  (V − Vf ) 
do cientista austríaco Christian Doppler (1803-1853), que
foi a primeira pessoa a conseguir explicá-lo. fonte observador
Quando uma fonte de ondas F e um observador O estão em  (V − Vo ) 
fa = f ⋅  
movimento relativo, a frequência percebida pelo observador não  (V + Vf ) 
coincide com a frequência emitida pela fonte.
No dia a dia percebemos isso quando uma ambulância
fonte observador
passa com velocidade VF por um observador, conforme ocorre
 (V − Vo ) 
a aproximação percebe-se o som mais agudo e após, durante o fa = f ⋅  
afastamento, o som fica mais grave.  (V − Vf ) 

fonte observador
 (V + Vo ) 
fa = f ⋅  
 (V + Vf ) 

PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 217


FÍSICA I 32 ACÚSTICA

Reflexão do Som
Ao atingir um obstáculo fixo, uma onda sonora sofre uma
reflexão com inversão de fase, entretanto, como em qualquer
reflexão, são mantidas as características como velocidade,
frequência e comprimento de onda.

Considerando um emissor e uma parede refletora parados em


relação ao solo e sendo V o módulo da velocidade de propagação A ecolocalização usada por animais como a maioria
do som no meio, após emitido o som refletido retornará ao emissor das espécies de morcegos, baleias e golfinhos usa esse
num intervalo de tempo após a emissão, tal que: mesmo princípio. Esses animais emitem sinais ultrassônicos
e a partir do eco desses sinais, após reflexão em qualquer
2⋅d
V= obstáculo, como árvores, insetos, peixes etc. Eles conseguem
∆t se localizar, identificar presas e predadores.
Onde d é a distância entre emissor e parede refletora. Alguns morcegos possuem uma ecolocalização tão
sofisticada que usam o eco associado ao efeito Doppler, o
Perceba que na relação, temos 2 · d, isso ocorre pois deve-
que lhes permite, além de identificar a presença da presa,
se considerar a distância percorrida na ida (d) mais a distância
perceber se a ela está parada, se aproximando ou fugindo.
percorrida na volta (d).
Ao receber um som, a sensação sonora causada por ele dura em
média 0,1 segundos, esse tempo é conhecido como persistência
acústica. Portanto quando falamos temos uma sensação sonora
causada pela nossa própria fala que dura aproximadamente 0,1 EXERCÍCIOS
segundos.
Se intervalo de tempo ∆t for inferior a 0,1 segundos, o som
PROTREINO
refletido retornará à pessoa quando ela ainda estiver com a
sensação gerada pela fala direta, a pessoa então, recebendo o som 01. Duetos são muito comuns em show de música. Considerando
da fala direta e o refletido, praticamente ao mesmo tempo, perceberá dois cantores emitindo a mesma nota musical, na mesma
um prolongamento do som, que é denominado reverberação. Por frequência, ainda consegue-se diferenciar as respectivas vozes.
outro lado, se o intervalo de tempo ∆t for superior a 0,1 segundos Explique qual característica de onda permite essa distinção.
o som refletido retornará após o tempo de persistência acústica
produzida pela fala direta, logo, o som refletido será percebido 02. Leia o texto a seguir e completa as lacunas com a propriedade
separado do som direto, esse fenômeno denominamos eco. de onda adequado.
Considerando a velocidade do som no ar 340 m/s a distância Notas musicais  são os elementos mínimos de um som. Quando
mínima dmín para que ocorra o eco é de 17 metros. uma corda vibra, ela movimenta as moléculas de ar ao seu redor.
Essa agitação das moléculas ocorre na mesma ____________ de
vibração da corda. O ouvido humano capta essa vibração do ar e a
processa atribuindo um som ao cérebro.  Para cada _____________ de
PROEXPLICA vibração, o cérebro atribui um som diferente (uma nota diferente).

Sonar e Ecolocalização 03. Um professor leva seus alunos num show de Rock e pede que
O SONAR, sigla que vem do inglês Sound Navigation and observem características como altura do som, sua intensidade
Ranging, é um instrumento instalado em embarcações que e como é possível diferenciar os instrumentos, mesmo quando
emite um ultrassom dirigido para o fundo do mar. O ultrassom estão emitindo a mesma nota musical. O professor pede que os
é refletido e partir do tempo de retorno e das características alunos associem as características percebidas no show com as
da onda refletida são capazes de detectar a localização de características de ondas sonoras estudadas em sala de aula, como
objetos no fundo do mar, tais como: submarinos, navios amplitude, frequência e timbre.
naufragados, cardumes etc. Associe corretamente as características estudadas em sala de aula
com as observadas no show.

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32 ACÚSTICA FÍSICA I

I
04. Define-se nível sonoro (β) como β =10log , sendo β dado em
I0
decibels (dB), (I) a intensidade sonora e I0 = 10-12 W/m². Calcule
a intensidade sonora, em W/m², emitida por uma fonte sonora de
β = 80 dB.

05. Uma caixa de som, fonte sonora pontual isotrópica, produz um


nível sonoro de 100 dB medido a uma distância de 20 metros da
caixa. Calcule a potência da caixa no instante descrito.
Considere: Área da esfera = 4 ⋅ π ⋅ R²; π = 3; I0 = 10-12 W/m².
a) 340 b) 3.400 c) 6.800 d) 13.600

04. (EEAR) Um adolescente de 12 anos, percebendo alterações em


sua voz, comunicou à sua mãe a situação observada com certa
EXERCÍCIOS regularidade. Em determinados momentos apresentava tom de voz
PROPOSTOS fina em outros momentos tom de voz grossa. A questão relatada
pelo adolescente refere-se a uma qualidade do som denominada:
01. (EEAR) Analisando a figura do gráfico que representa três a) altura. c) velocidade.
ondas sonoras produzidas pela mesma fonte, assinale a alternativa b) timbre. d) intensidade.
correta para os três casos representados.
05. (ENEM) Ao ouvir uma flauta e um piano emitindo a mesma nota
musical, consegue-se diferenciar esses instrumentos um do outro.
Essa diferenciação se deve principalmente ao(a)
a) intensidade sonora do som de cada instrumento musical.
b) potência sonora do som emitido pelos diferentes instrumentos
musicais.
c) diferente velocidade de propagação do som emitido por cada
instrumento musical
d) timbre do som, que faz com que os formatos das ondas de
cada instrumento sejam diferentes.
e) altura do som, que possui diferentes frequências para
a) As frequências e as intensidades são iguais. diferentes instrumentos musicais.
b) As frequências e as intensidades são diferentes.
c) As frequências são iguais, mas as intensidades são diferentes. 06. (ENEM) Quando adolescente, as nossas tardes, após as aulas,
consistiam em tomar às mãos o violão e o dicionário de acordes de
d) As frequências são diferentes, mas as intensidades são iguais. Almir Chediak e desafiar nosso amigo Hamilton a descobrir, apenas
ouvindo o acorde, quais notas eram escolhidas. Sempre perdíamos
02. (EEAR) A qualidade do som que permite distinguir um som a aposta, ele possui o ouvido absoluto.
forte de um som fraco, por meio da amplitude de vibração da fonte
O ouvido absoluto é uma característica perceptual de poucos
sonora é definida como
indivíduos capazes de identificar notas isoladas sem outras
a) timbre referências, isto é, sem precisar relacioná-las com outras notas de
b) altura uma melodia.
LENT, R. O cérebro do meu professor de acordeão.
c) intensidade Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 15 ago. 2012 (adaptado).
d) tubo sonoro
No contexto apresentado, a propriedade física das ondas que
03. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MED) Quando necessário, adote: permite essa distinção entre as notas é a
–– módulo da aceleração da gravidade: 10 m ⋅ s-2 a) frequência. d) amplitude da onda.
–– densidade do ar: 1,2 kg/m³ b) intensidade. e) velocidade de propagação.
–– calor específico do ar: 0,24 cal ⋅ g ⋅ ºC
-1 -1 c) forma da onda.
–– 1 cal = 4,2 J
07. (UFSM) Dois engenheiros chegam à entrada de uma mina de
–– permeabilidade magnética do meio: µ = 4 ⋅ π ⋅ 10-7 T ⋅ m/A extração de sal que se encontra em grande atividade. Um deles
–– valor de pi: π = 3 está portando um decibelímetro e verifica que a intensidade sonora
Definimos o intervalo (i) entre dois sons, como sendo o quociente é de 115 decibéis. Considerando as qualidades fisiológicas do som,
entre suas frequências, i = f2/f1. Quando i = 1, dizemos que os qual é a definição de intensidade sonora?
sons estão em uníssono; quando i = 2, dizemos que o intervalo a) Velocidade da onda por unidade de área.
corresponde a uma oitava acima; quando i = 0,5, temos um intervalo b) Frequência da onda por unidade de tempo.
correspondente a uma oitava abaixo. Considere uma onda sonora
de comprimento de onda igual a 5 cm, propagando-se no ar com c) Potência por unidade de área da frente de onda.
velocidade de 340 m/s. Determine a frequência do som, em hertz, d) Amplitude por unidade de área da frente de onda.
que corresponde a uma oitava abaixo da frequência dessa onda. e) Energia por unidade de tempo.

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FÍSICA I 32 ACÚSTICA

08. (UCS) Um importante componente para um filme é sua trilha A onda sonora produzida pelo menino faz vibrar o fundo de um copo
sonora. Alguns sons, inclusive, já estão associados a certas plástico, em um movimento de vai e vem imperceptível, mas que
emoções que se desejam passar ao espectador em uma cena. Por cria uma perturbação ao longo do barbante esticado. O barbante,
exemplo, em filmes de terror e mistério, é comum o som de fundo por sua vez, conduz o “som” até o outro copo. Essa perturbação
da cena ser mais grave (embora haja exceções). Imagine-se uma faz vibrar o fundo do segundo copo plástico e a energia veiculada
pessoa cuja percepção sonora a permite distinguir os sons graves pelo barbante pode, assim, ser restituída sob a forma de uma onda
e agudos emitidos por um instrumento musical. Se ela receber sonora perceptível. Assim, se a menina colocar o ouvido próximo
do mesmo aparelho de som em sequência, e sem que ocorra ao outro copo, ela poderá escutar a voz do menino de forma nítida.
nenhuma mudança no meio de propagação da onda, primeiro uma Com relação ao assunto tratado no texto e na figura, conclui-se que
onda sonora que ela classifica como de som grave, e depois uma
onda sonora que ela classifica como de som agudo, significa que a) a antena de um telefone celular exerce a mesma função do
ela recebeu, respectivamente, barbante que une os dois copos de plástico.

a) duas ondas mecânicas, sendo a primeira com frequência b) o telefone celular utiliza o mesmo princípio do “telefone de
menor do que a segunda. copos plásticos e barbante” para transmitir o som.

b) uma onda eletromagnética de pequeno comprimento de onda c) as ondas do telefone “com copos de plástico e barbante” são
e uma onda mecânica de grande comprimento de onda. ondas eletromagnéticas, portanto, elas não precisam de um
meio material para se propagar.
c) duas ondas eletromagnéticas com iguais frequências e
diferentes comprimentos de onda. d) o segredo para o telefone “com copos de plástico e barbante”
funcionar está no barbante que une os dois fundos dos copos e
d) duas ondas mecânicas com iguais comprimentos de onda e conduz ondas mecânicas de um copo para o outro.
diferentes frequências.
e) a voz é um sinal complexo constituído de ondas sonoras de
e) duas ondas mecânicas com iguais frequências, iguais mesma frequência. Por esse motivo, o receptor pode ouvir
comprimentos de onda, mas diferentes amplitudes. o emissor através da onda se propagando no fio do telefone
“com copos de plástico e barbante”.
09. (ACAFE) O ouvido humano é o responsável pelo nosso sentido
auditivo. Ele distingue no som três qualidades que são: altura, 12. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) As notas musicais podem ser agrupadas
intensidade e timbre. A altura é a qualidade que permite ao mesmo de modo a formar um conjunto. Esse conjunto pode formar uma
diferenciar sons graves de sons agudos, dependendo somente da escala musical. Dentre as diversas escalas existentes, a mais
frequência do som. difundida é a escala diatônica, que utiliza as notas denominadas
Considerando os conhecimentos sobre ondas sonoras e o exposto dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Essas notas estão organizadas em ordem
acima, assinale a alternativa correta que completa as lacunas das crescente de alturas, sendo a nota dó a mais baixa e a nota si a
frases a seguir. mais alta.
Podemos afirmar que o som será mais _______ quanto ________ Considerando uma mesma oitava, a nota si é a que tem menor
for sua frequência. a) amplitude. d) intensidade.
a) grave - maior b) frequência. e) comprimento de onda.
b) agudo - menor c) velocidade.
c) agudo - maior
d) intenso - maior 13. (UNESP) Define-se a intensidade de uma onda (I) como potência
transmitida por unidade de área disposta perpendicularmente
10. (ENEM PPL) Visando reduzir a poluição sonora de uma cidade, a à direção de propagação da onda. Porém, essa definição não
Câmara de Vereadores aprovou uma lei que impõe o limite máximo é adequada para medir nossa percepção de sons, pois nosso
de 40 dB (decibéis) para o nível sonoro permitido após as 22 horas. sistema auditivo não responde de forma linear à intensidade das
ondas incidentes, mas de forma logarítmica. Define-se, então, nível
Ao aprovar a referida lei, os vereadores estão limitando qual I
característica da onda? sonoro (β) como β =10log , sendo β dado em decibels (dB) e
I0
a) A altura da onda sonora. I0 = 10-12 W/m².
b) A amplitude da onda sonora. Supondo que uma pessoa, posicionada de forma que a área de
6,0 × 10-5 m² de um de seus tímpanos esteja perpendicular à
c) A frequência da onda sonora.
direção de propagação da onda, ouça um som contínuo de nível
d) A velocidade da onda sonora. sonoro igual a 60 dB durante 5,0 s, a quantidade de energia que
e) O timbre da onda sonora. atingiu seu tímpano nesse intervalo de tempo foi
a) 1,8 × 10-8 J. d) 1,8 × 10-14 J.
11. (ENEM PPL) Na era do telefone celular, ainda é possível se b) 3,0 × 10-12 J. e) 6,0 × 10-9 J.
comunicar com um sistema bem mais arcaico e talvez mais
c) 3,0 × 10-10 J.
divertido: o “telefone com copos de plástico e barbante”.

14. (EEAR) Um professor de música esbraveja com seu discípulo:


“Você não é capaz de distinguir a mesma nota musical emitida
por uma viola e por um violino!”.
A qualidade do som que permite essa distinção à que se refere o
professor é a (o)
a) altura.
b) timbre.
c) intensidade.
d) velocidade de propagação.

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32 ACÚSTICA FÍSICA I

15. A avaliação audiológica de uma pessoa que apresentava Sobre a propagação de ondas sonoras, pode-se afirmar que:
dificuldades para escutar foi realizada determinando-se o limiar a) O som é uma onda mecânica do tipo transversal que necessita
de nível sonoro de sua audição (mínimo audível), para várias de um meio material para se propagar.
frequências, para os ouvidos direito e esquerdo separadamente. Os
resultados estão apresentados nos gráficos abaixo, onde a escala b) O som também pode se propagar no vácuo, da mesma forma
de frequência é logarítmica, e a de nível sonoro, linear. que as ondas eletromagnéticas.
c) A velocidade de propagação do som nos materiais sólidos em
geral é menor do que a velocidade de propagação do som nos
gases.
d) A velocidade de propagação do som nos gases independe da
temperatura destes.
e) O som é uma onda mecânica do tipo longitudinal que necessita
de um meio material para se propagar.

18. (UFTPR) Sobre ondas sonoras, considere as seguintes


afirmações:
I. As ondas sonoras são ondas transversais.
II. O eco é um fenômeno relacionado com a reflexão da onda
sonora.
III. A altura de um som depende da frequência da onda sonora.
Está(ão) correta(s) somente:
a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.

19. (UFG) Os morcegos são mamíferos voadores que dispõem


de um mecanismo denominado bio-sonar ou ecolocalizador que
A partir desses gráficos, pode-se concluir que essa pessoa permite ações de captura de insetos ou o desvio de obstáculos.
Para isso, ele emite um ultrassom a uma distância de 5 m do
a) não escuta um sussurro 18 dB, de independente de sua objeto com uma frequência de 100 kHz e comprimento de onda
frequência. de 3,5 × 10-3 m. Dessa forma, o tempo de persistência acústica
b) percebe o som da nota musical lá, de 440 Hz apenas com o (permanência da sensação auditiva) desses mamíferos voadores
ouvido esquerdo, independente do nível sonoro. é, aproximadamente,
c) é surda do ouvido esquerdo. a) 0,01 s. c) 0,03 s. e) 0,30 s.
d) escuta os sons de frequências mais altas melhor com o ouvido b) 0,02 s. d) 0,10 s.
direito do que com o esquerdo.
e) escuta alguns sons sussurrados, de frequência abaixo de 200 20. (CFTMG) Consulte os dados a seguir, para resolver a questão,
Hz apenas com o ouvido direito. quando for necessário.
–– aceleração da gravidade: g = 10 m/s².
16. (UNIOESTE) O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) –– densidade da água: 1,0 g/cm³.
recentemente alterou a resolução que regulamentava o valor do
nível sonoro permitido que poderia ser emitido por um veículo –– densidade da madeira: 0,80 g/cm³.
automotor. A norma antiga, no seu artigo primeiro, diz o seguinte: Em uma orquestra, uma flauta e um violino emitem sons de mesma
“A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento altura e de mesma amplitude. Uma pessoa sentada à mesma
que produza som só será permitida, nas vias terrestres abertas à distância desses instrumentos perceberá sons de:
circulação, em nível sonoro não superior a 80 decibéis, medido a 7 a) frequências e timbres iguais.
metros de distância do veículo” (BRASIL, 2006). b) frequências e intensidades iguais.
Considerando-se um alto-falante como uma fonte pontual e c) mesmo timbre e intensidades diferentes.
isotrópica de som, que emite ondas sonoras esféricas, assinale a
d) mesma frequência e intensidades diferentes.
alternativa CORRETA que indica a potência mínima que ele deve
possuir para produzir um nível sonoro de 80 decibéis a 7 metros
de distância.
Dados: Limiar de audibilidade I0 = 10-12 W/m² e π = 3. EXERCÍCIOS DE
Fonte: BRASIL, Min. das Cidades. CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.
Resolução nº 204, de 20-10-2006 regulamenta o volume e a frequência dos sons
APROFUNDAMENTO
produzidos por equipamentos utilizados em veículos. p. 1-4, out. 2006.
01. (FUVEST) O nível de intensidade sonora β, em decibéis (dB), é
a) 5,88 × 10-2 W. c) 2,94 × 10-2 W. e) 5,60 × 10-2 W. definido pela expressão β = 10 log10(I/I0) na qual I é a intensidade do
b) 11,76 × 10-2 W. d) 3,14 × 10-2 W. som em W/m² e I0 = 10-12 W/m² é um valor de referência. Os valores
de nível de intensidade sonora β = 0 e β = 120 dB correspondem,
respectivamente, aos limiares de audição e de dor para o ser
17. (UEL) Os morcegos, mesmo no escuro, podem voar sem colidir
humano. Como exposições prolongadas a níveis de intensidade
com os objetos a sua frente. Isso porque esses animais têm a
sonora elevados podem acarretar danos auditivos, há uma norma
capacidade de emitir ondas sonoras com frequências elevadas,
regulamentadora (NR-15) do Ministério do Trabalho e Emprego do
da ordem de 120.000 Hz, usando o eco para se guiar e caçar. Por
Brasil, que estabelece o tempo máximo de 8 horas para exposição
exemplo, a onda sonora emitida por um morcego, após ser refletida
ininterrupta a sons de 85 dB e especifica que, a cada acréscimo de
por um inseto, volta para ele, possibilitando-lhe a localização do
mesmo.

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FÍSICA I 32 ACÚSTICA

5 dB no nível da intensidade sonora, deve-se dividir por dois o tempo 04. (UFPE) Quando uma pessoa se encontra a 0,5 m de uma fonte
máximo de exposição. A partir dessas informações, determine sonora puntiforme, o nível de intensidade do som emitido é igual a
a) a intensidade sonora Id correspondente ao limiar de dor para o 90 dB. A quantos metros da fonte ela deve permanecer de modo
ser humano; que o som tenha a intensidade reduzida ao nível mais suportável
de 70 dB? O nível de intensidade sonora, medido em decibéis (dB), é
b) o valor máximo do nível de intensidade sonora β em dB, a calculado através da relação: N = 10 log (I/I0), onde I0 é uma unidade
que um trabalhador pode permanecer exposto por 4 horas padrão de intensidade.
seguidas;
c) os valores da intensidade I e da potência P do som no tímpano de 05. (UFMG) Bruna afina a corda mi de seu violino, para que ela vibre
um trabalhador quando o nível de intensidade sonora é 100 dB. com uma frequência mínima de 680 Hz.
Note e adote: A parte vibrante das cordas do violino de Bruna mede 35 cm de
π=3 comprimento, como mostrado nesta figura:
Diâmetro do tímpano = 1 cm

02. (EBMSP) A estrutura da “nova família brasileira” aliada ao


intenso ritmo de vida daqueles que vivem em grandes cidades e
capitais do País são fatores sociais que refletem diretamente no
conceito atual do mercado imobiliário. O século XXI identifica
significativa redução no número de membros da família que
dividem o mesmo teto, resultando no crescimento da procura por
apartamentos menores, cerca de 40 a 70 metros quadrados, e por
Considerando essas informações,
edifícios residenciais que possuam maior distância entre eles.
Disponível em: <http://www.conviverurbanismo.com.br/index.php?option=com_ a) CALCULE a velocidade de propagação de uma onda na corda
content&view=article&id=225:estrutura-familiar-brasileira-muda-e-reflete-novo-com>. mi desse violino.
Acesso em: 6 out. 2015.
b) Considere que a corda mi esteja vibrando com uma frequência
Em um condomínio com edifícios residenciais, a distância entre os de 680 Hz. DETERMINE o comprimento de onda, no ar, da onda
prédios é igual a 10,0 m, sabendo-se que um operário, que realiza sonora produzida por essa corda.
uma obra em um prédio, ao ligar uma serra elétrica, esta emite Velocidade do som no ar = 340 m/s
uma onda sonora de intensidade média igual a 1,0 ⋅ 10-1 W/m²,
GABARITO
determine a potência total irradiada por essa fonte nos primeiros
prédios que o circunda, considerando π igual a 3. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. D 03. C 05. E 07. E 09. C
03. (UNICAMP) O nível sonoro S é medido em decibéis (dB) de 02. E 04. B 06. A 08. E 10. B
I
acordo com a expressão S = (10dB)log , onde I é a intensidade EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
I0
01. a) I = 1 W/m²
da onda sonora e I0 = 10-12 W/m² é a intensidade de referência
b) Recomenda-se que a exposição ininterrupta a um nível de intensidade sonora de β = 85
padrão correspondente ao limiar da audição do ouvido humano. dB não dure mais que 8 horas. O texto mostra que a norma regulamentadora especifica
Numa certa construção, o uso de proteção auditiva é indicado para que com um acréscimo de 5 dB, o tempo de exposição deve ser reduzido pela metade.
trabalhadores expostos durante um dia de trabalho a um nível igual Para que o tempo de exposição seja de 4 horas, o máximo nível de intensidade sonora
deve ser, então, β = 90 dB
ou superior a 85 dB. O gráfico a seguir mostra o nível sonoro em
c) P = 7,5 × 10-7 w
função da distância a uma britadeira em funcionamento na obra.
02. P = 120 W
03. a) No gráfico está mostrado o nível sonoro suportável (85 dB) e este nível é atingido
a 10 m da britadeira. Como para 85 dB os trabalhadores ainda devem usar protetores
auriculares, a menor distância é imediatamente maior que 10 m.

b) λ = 3,4 m.
c) I = 10-5 W/m²
a) A que distância mínima da britadeira os trabalhadores podem
04. R2 = 5 m
permanecer sem proteção auditiva?
05. a) V = 476 m/s
b) A frequência predominante do som emitido pela britadeira é b) V = 50 cm
de 100 Hz. Sabendo-se que a velocidade do som no ar é de
340 m/s, qual é o comprimento de onda para essa frequência?
c) Qual é a intensidade da onda sonora emitida pela britadeira a
uma distância de 50 m?

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