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INTRODUÇÃO

Mecânica dos sólidos


Antonio Dias
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Ponto Material x Corpo Rígido


• Ponto Material : pequena porção de matéria que pode ser
considerada como se ocupasse um ponto no espaço
• Corpo Rígido : combinação de um grande número de pontos
materiais que ocupam posições fixas, relativamente uns aos
outros

Resultados obtidos para um ponto material


pode ser usado para um grande número de
problemas referentes a condição de repouso e
de movimento de corpos rígidos
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Os seis princípios da mecânica elementar


• Lei do paralelogramo para adição de forças
• O princípio da transmissibilidade
• As três Leis fundamentais de Newton:
• Primeira Lei: Lei da inércia
• Segunda Lei: Lei fundamental da mecânica Newtoniana – F = m . A
• Terceira Lei: Lei da ação e reação
• Lei de gravitação de Newton:
.

• Caso particular - Peso:


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Coerência do Sistema de Unidades

Espaço Tempo Massa


Metro Segundo Quilograma
Polegada Segundo Slug

Unidades Fundamentais

Força
Newton [N] ou Libra [Lb]
Unidade derivada
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Prefixos SI
Potência Prefixo Símbolo Nome Comum
1012 Tera T Trilhão
109 Giga G Bilhão
106 Mega M Milhão
103 Quilo k Mil
102 Hecto h Cem
101 Deca da Dez
10-1 Deci d Décimo
10-2 Centi c Centésimo
10-3 Mili m Milésimo
10-6 Micro µ Milionésimo
10-9 Nano n Bilionésimo
10-12 Pico p Trilionésimo
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Principais Unidades do SI usadas na


Mecânica
Grandeza Unidade Símbolo Fórmula
Aceleração Metro por segundo, por segundo .... m/s²
Ângulo Radiano rad ...
Aceleração angular Radiano por segundo, por segundo ... rad/s²
Área Metro quadrado ... m²
Comprimento Metro m ***
Energia Joule J N.M
Força Newton N kg . m/s²
Frequência Hertz Hz s-1
Impulso Newton – segundo ... N.s
Massa Quilograma kg ***
Massa específica Quilograma por metro cúbico ... kg/m³
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Principais Unidades do SI usadas na


Mecânica (2)
*** Unidade fundamental
Grandeza Unidade Símbolo Fórmula
Momento de uma força –
Newton-metro ... N.m
Torque
Potência Watt W J/s
Pressão Pascal P N/m²
Tensão Pascal P N/m²
Tempo Segundo s ***
Trabalho Joule J N.m
Velocidade Metro por segundo ... m/s
Velocidade angular Radiano por segundo ... rad/s
Volume, sólidos Metro cúbico ... m³
Volume, líquidos Litro l 10-3 m³
Intr. - 8
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MECÂNICA DOS SÓLIDOS


Estudo das relações entre as cargas EXTERNAS
aplicadas a um corpo deformável e a
intensidade das forças internas que atuam
neste corpo. Envolvendo:
• Deformações
• Estabilidade
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Conceitos fundamentais prévios (1)


• Cargas Externas => força de superfície ou força de corpo
• Forças de Superfície => contato direto de um corpo com outro
• Força concentrada => quando a área da carga distribuída é
muito pequena
• Carga distribuída linear => intensidade de força por
comprimento
• A força resultante de é equi-
valente a área sob a curva da carga
distribuída, e essa resultante age no
centroide C ou centro geométrico
desta área.
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Conceitos fundamentais prévios (2)


• Força de corpo => desenvolvida sem haver contato entre os
corpos, podem ser força de atração gravitacional ou
eletromagnéticas
• Reações do apoio => forças de superfície desenvolvidas nos
apoios:

“Se o apoio impedir a translação em


uma determinada direção, então
uma força deve ser desenvolvida no
elemento naquela direção. Da
mesma forma, se o apoio impedir a
rotação, um momento deve ser
exercido no elemento.”
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Reações nos apoios


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Equações de Equilíbrio

A melhor maneira de visualizar todas as


forças conhecidas e desconhecidas que
agem sobre o corpo é desenhar o
DIAGRAMA DE CORPO LIVRE
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Cargas Resultantes interna


Força e momento resultantes que agem no interior do corpo e
que são necessários para manter a integridade do corpo quando
submetido a cargas externas.
Para obtenção das cargas internas que agem sobre uma região
específica no interior do corpo, deve-se utilizar o método das
seções:
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Nas três dimensões


• Força Normal
• Força de cisalhamento
• Momento de torção ou
torque
• Momento Fletor
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Cargas Coplanares
Haverão apenas componentes de:
• Força Normal
• Força de Cisalhamento
• Momento Fletor
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Exemplo
Determine as cargas internas que agem na seção transversal em C:
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Resolução
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Resolução 2
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Exemplo 2
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Diagrama de corpo livre


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Diagrama de corpo livre da seção


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Exemplo 3
O guindaste é composto pela viga AB e roldanas acopladas, além
do cabo motor Determine as cargas internas resultantes que
agem na seção transversal em C, se o motor estiver levantando
uma carga W de 500 Lb.
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Diagrama de Corpo Livre


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Exemplo 4
Determinar as cargas internas resultantes que agem na seção
transversal em G da viga de madeira mostrada na figura.
Considere que as articulações em A, B, C, D e E estejam
acopladas por pinos.
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Diagrama de corpo livre


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Diagrama de corpo livre


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Exemplo 4
Determine a resultante das cargas internas que atuam na seção
transversal em B do tubo mostrado. O tubo tem carga de 2 kg/m
e esta submetida a uma força de 50 N, e um conjugado de 70
N.m em sua extremidade A. O tubo está fixado na parede em C.
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Diagrama de corpo livre


Intr. - 29
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TENSÃO
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Cisalhamento simples
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Axial simples
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Axial análise obliqua


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ESTADO GERAL DE
TENSÕES
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Conceito(1)
• Caso Geral
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Conceito(2)
• Analisando um ponto Q

e são forças que agem Projeção da força Cortante


numa superfície perpendicular ao ( ) no plano cartesiano
eixo .
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Conceito(3)
Dividindo a intensidade de cada força por
e levando o valor de a zero:

→ → →

• 1º índice indica que são aplicados numa


superfície perpendicular ao eixo “x”
• 2º índice indica a direção da componente
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Conceito(4)
A mesma análise pode ser feita na parte do corpo localizada a direita
do plano vertical através de Q:
Mesmas intensidades de tensão só que sentido contrário.
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Conceito(5)
Analogamente podemos fazer cortes paralelos aos planos zx
(perpendicular ao eixo y) e xy (perpendiculares ao plano z) e
chegamos as seguintes componentes:
, , , , , ,

Aplicando num
elemento cúbico de
volume com lado “a”,
ao redor do ponto “Q”

Apenas 3 faces estão visíveis,


as outras três possuem as
mesmas tensões com mesma
intensidade e sentidos
contrários
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Conceito(6)
Apesar das tensões serem ligeiramente diferentes no Cubo em
relação ao ponto “Q”, este erro desaparece a medida que o lado
do cubo tende a zero.
Transformando as tensões em forças aplicadas nas faces do
cubo, multiplicando a tensão pela área :
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Conceito(7)
Considerando o diagrama de corpo livre do pequeno cubo centrado no ponto
“Q”, podemos escrever as seguintes relações:
     
     
Como está claro que há forças iguais (mesma intensidade) de sentido oposto
nas faces ocultas do cubo. O equilíbrio acima é confirmado.
y’
Considerando os momentos
relativos aos eixos: Qx’, Qy’ e Qz’,
podemos escrever as três equações
adicionais referente ao momento:

     
x’      

z’
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Conceito(8)
Usando uma projeção do cubo no plano x’y’ notamos que
apenas as forças de cisalhamento geram momento diferente de
zero em relação ao eixo z’. Estas forças formam dois conjugados:
e (sentido contrário)

Por analogia:
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Conceito(8)
Concluímos que são necessárias somente 6 componentes de
tensão para definir o estado de tensões de um dado ponto “Q”:
, , , , ,

O cisalhamento não pode ocorrer em apenas um plano, deve


sempre existir uma tensão de cisalhamento igual em um outro
plano perpendicular ao primeiro.
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Tensões com carga cisalhante


O cisalhamento não pode ocorrer em apenas um plano, deve
sempre existir uma tensão de cisalhamento igual em um outro
plano perpendicular ao primeiro.
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Tensões com carga axial

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