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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS – CONCEITOS E EQUILÍBRIO DE FORÇAS E MOMENTOS

A Resistência dos Materiais fornece métodos para a análise dos elementos mais comuns em estruturas.

O projeto da estrutura de qualquer edifício, máquina ou outro elemento qualquer, é um estudo através do
qual a estrutura em si e suas partes componentes são dimensionadas de forma que tenham resistência
suficiente para suportar os esforços para as condições de uso a que serão submetidas.

A análise de tensões, esforços e propriedades mecânicas dos materiais são os principais aspectos da
resistência dos materiais.

Com base em um fator ou coeficiente de segurança desejável e na análise estrutural chega-se às


dimensões dos elementos estruturais.

Algumas causas de falhas das estruturas:


Erro de projeto
Fadiga
Falha de material
Má utilização
Falha das juntas

Falhas ocorrem por forças:


Estáticas
Peso próprio
Cargas elevadas
Dinâmicas
Forças em movimento
Ventos
Mar
Veículos
Pessoas

As cargas que solicitam uma estrutura são classificadas em dois tipos:


Permanentes: atuam de forma constante sobre a estrutura - como o peso próprio.
Acidentais: atuam em determinados momentos e em outros não - como um veículo passando por
uma ponte, ou as pessoas em uma sala de aula.

Exemplos de cargas
Um navio sendo solicitado pela ação das ondas é
um dos exemplos em que não se conhece com
exatidão os esforços que a estrutura deverá ser
capaz de suportar, e nesse caso o
dimensionamento da estrutura é feito com base em
dados estatísticos.

Força exercida pelo vento. Um exemplo bastante


conhecido desse tipo de solicitação é a Ponte de
Tacoma, que acabou por entrar em colapso devido
à ação do vento.

Notas de aula 1
Exemplos de estruturas

Armação de carroceria de veículos de passeio


Cobertura de casas, galpões e armazéns

Ponte

Torre de transmissão

FORÇAS QUE ATUAM EM UMA ESTRUTURA Torre de transmissão

SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)


Unidade Símbolo Grandeza
metro m comprimento
quilograma Kg massa
segundo s tempo
ampère A corrente elétrica
Kelvin K temperatura termodinâmica
mol mol quantidade de matéria
Notas de aula 2
candela cd intensidade luminosa
radiano (*) rad ângulo plano
esterradiano (*) sr ângulo sólido
(*) unidades suplementares

A força é derivada das unidades básicas pela segunda lei de Newton. Por definição, um Newton é a força
que fornece a um quilograma massa a aceleração de um metro por segundo ao quadrado.
2
1N = 1 kg .1 m/s

Outras unidades derivadas do SI


Quantidade Unidade Básica
Área Metro quadrado (m2)
Tensão Newton por metro quadrado (N/m2) ou Pascal (Pa)

Unidades admitidas temporariamente


Unidade Símbolo Valor no sistema internacional
5
bar bar 10 Pa
cavalo-vapor cv 735,5 w
quilograma-força Kgf 9,80665 N

Prefixos de Unidades
Múltiplos e submúltiplos do metro conforme o Sistema Internacional de Medidas (SI)
Nome Símbolo Fator de multiplicação
12
tera T 10 = 1.000.000.000.000
9
giga G 10 = 1.000.000.000
6
mega M 10 = 1.000.000
3
quilo k 10 = 1.000
2
hecto h 10 = 100
1
deca da 10 = 10
1=1
-1
deci d 10 = 0,1
-2
centi c 10 = 0,01
-3
mili m 10 = 0,001
micro  10
-6
= 0,000 001
-9
nano n 10 = 0,000 000 001
-12
pico p 10 = 0,000 000 000 001

Exemplos de conversões de unidades de medida:

a)
1MPa = 1N/mm2
1Kgf = 9,8N = aproximadamente 10N
1cm2 = 100mm2
1kN = 1 x 103N = 1.000N
1mm = 1 x 10-3m = 0,001m ou 1m = 103mm
1GPa = 1.000MPa

b) Conversão de 150kgfcm para Nmm:


1kgf = 10N
1cm = 10mm
Substituindo kgf e cm, por seu equivalente em N e mm:
Notas de aula 3
150kgfcm = 150 x 10N x 10mm = 15.000Nmm

c) Conversão de 20kN/cm2 para N/mm2:


1kN = 103 N
1cm2 = 100mm2
Substituindo kN e cm2, por seu equivalente em N e mm2:
20kN/cm2 = 20 x 103N / 100mm2 = 200N/mm2

d) Conversão de 150MPa para N/mm2 :


1MPa = 1N/mm2
Aplicando regra de três:
150MPa = 150N/mm2

e) Conversão de 210GPa para N/mm2:


1GPa = 103MPa
Aplicando regra de três:
1GPa 103MPa
= , então X = 210x103MPa = 210.000MPa = 210.000N/mm2
210GPa X

VETORES
Indicado através do módulo (intensidade), direção e sentido.

a) Decomposição

Módulo = 15kN
Direção = inclinado de 40° em relação ao plano horizontal
Sentido = para cima e para o lado direito

Decomposição da força (projeção nos eixos X – horizontal e Y – vertical):

Fy
sen 40° = , então Fy = 0,64 x 15 = 9,6kN
15
Fx
cos 40 = , então Fx = 0,77 x 15 = 11,5kN
15

b) Decomposição

Módulo = 50kN
Direção = inclinado de 75° em relação ao plano horizontal
Sentido = para baixo e para o lado esquerdo
Notas de aula 4
Decomposição da força (projeção nos eixos X – horizontal e Y – vertical):

Fy
sen 75° = , então Fy = 0,97 x 50 = 48,5kN
50
Fx
cos 75 = , então Fx = 0,26 x 50 = 13kN
50

c) Soma vetorial (vide exemplo a) decomposição)

Pitágoras:
R2 = 11,52 + 9,62 , então R = 11,52 + 9,62 = 15kN

Lei dos senos:


seno do ângulo interno
Pela lei dos senos, em qualquer triângulo, é constante a relação da divisão .
lado oposto a este ângulo
Triângulo retângulo, então 40 + 90° +  = 180, então  = 180 - 130 = 50
sen90° sen40° sen50°
Aplicando a Lei dos senos: = =
R 9,6 11,5
sen90° sen40° sen90° x 9,6
= , então = R, então R = 15kN
R 9,6 sen40°

d) Soma vetorial R (vetores na mesma direção)

Notas de aula 5
VÍNCULOS ESTRUTURAIS
São elementos de uma estrutura que impedem o seu movimento. Também chamados de apoios.

Tipos de Apoio

Apoio móvel ou vínculo simples ou móvel – é capaz de impedir o movimento do corpo numa direção
pré-determinada (uma única reação ao movimento).

A representação esquemática indica a reação de apoio R na direção do único movimento impedido


(deslocamento na vertical).

Apoio fixo ou vínculo duplo ou fixo – é capaz de impedir qualquer movimento do corpo em todas as
direções, permanecendo livre apenas a rotação.

Engaste ou engastamento – é capaz de impedir qualquer movimento do corpo e o movimento de


rotação do corpo em relação a esse ponto (fornece 2 reações ao movimento e um contra-momento).

Notas de aula 6
Ligação ou Nó - Ponto de interligação dos elementos de construção que fazem parte de uma estrutura.
Podem ser utilizados parafusos, rebites, solda, etc.

ESTRUTURA
É um conjunto de elementos de construção, composto com a finalidade de receber e transmitir
esforços.

CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO À SUA FIXAÇÃO

Simplesmente apoiadas

b) Bi-engastada (fixa) c) Engastada-apoiada

d) Em balanço e) Em balanço nas extremidades

Notas de aula 7
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO A SUA ESTATICIDADE (POSSIBILIDADE DE
MOVIMENTO)

Estruturas isostáticas

Quando o número de movimentos impedidos é igual ao estritamente necessário para impedir o


movimento de corpo rígido da estrutura, diz-se que a estrutura é isostática, ocorrendo uma situação
de equilíbrio estável.
N.o de reações = n.o de equações de equilíbrio

Estruturas hipoestáticas

Quando o número de movimentos impedidos é menor que o necessário para impedir o movimento de
corpo rígido da estrutura, diz-se que a estrutura é hipoestática, ocorrendo uma situação indesejável de
equilíbrio instável.

Estruturas hiperestáticas

Quando o número de movimentos impedidos é maior que o necessário para impedir o movimento de
corpo rígido da estrutura, diz-se que a estrutura é hiperestática, ocorrendo uma situação indesejável de
equilíbrio estável.

Nesse caso, as equações universais da Estática não são suficientes para a determinação das reações
de apoio, sendo necessárias equações adicionais de compatibilidade de deformações.

TIPOS DE CARREGAMENTO EM ESTRUTURAS

Cargas concentradas – são uma forma aproximada de tratar cargas distribuídas em áreas muito reduzidas
(em comparação com as dimensões da estrutura). São representadas por cargas aplicadas pontualmente.

Notas de aula 8
Cargas distribuídas – são cargas distribuídas continuamente, atuando ao longo de um dado trecho. Os
tipos mais usuais são as cargas uniformemente distribuídas e as cargas uniformemente variáveis –
triangulares.

Exemplos:

Outros exemplos: barragens, comportas, tanques, pontes, carga em um caminhão, etc.

A carga distribuída é substituída por uma carga resultante concentrada, que corresponde à área da figura
representativa da carga distribuída.
O ponto de aplicação da carga resultante está localizado no centro de gravidade da figura.

Exemplos de transformação de uma carga distribuída em uma carga concentrada:

Notas de aula 9
Cargas-momento – são cargas do tipo momento fletor (ou torsor) aplicadas em um ponto qualquer da
estrutura.

EQUILÍBRIO DE FORÇAS E MOMENTOS

Força
As forças são grandezas vetoriais caracterizadas por direção, sentido e intensidade.

Momento
O momento representa a tendência de giro (rotação) em torno de um ponto, provocada por uma força.

Condições de Equilíbrio
Um corpo qualquer, submetido a um sistema de forças, está em equilíbrio estático caso não haja
qualquer tendência à sua translação ou à rotação.

Para que um corpo seja considerado em equilíbrio, é necessário que sejam satisfeitas as seguintes
condições:

Notas de aula 10
Convenção de sinais para forças e momentos (utilizada quando houver o cálculo de forças ou momentos
resultantes)

EIXO X – FORÇAS HORIZONTAIS


EIXO Y – FORÇAS VERTICAIS
M – MOMENTO DE UMA FORÇA OU SIMPLESMENTE MOMENTO

SE AS FORÇAS E/OU MOMENTOS TIVEREM OS MESMOS SENTIDOS DOS INDICADOS


NA FIGURA AO LADO, SERÃO CONSIDERADOS POSITIVOS.
PODEMOS TAMBÉM ADOTAR O MOMENTO POSITIVO NO SENTIDO HORÁRIO.

Momento M provocado por uma força, em relação a um dado ponto da estrutura


M=Fxd
M: Momento
F: Força aplicada
d: Distância entre o ponto de aplicação da força e o ponto considerado para cálculo do momento.

A cota da distância entre a força e o ponto de referência será sempre perpendicular à direção da força.

Exemplo A: 20 Newtons x 1 metros = 20 N.m (Newton metros)


Exemplo B: 10 Newtons x 2 metros = 20 N.m (Newton metros)

Teorema de Varignon
Momento resultante de uma força em um dado ponto é igual à soma dos momentos de seus
componentes (decomposição de forças).

MA = F1.a = F1senX.b + F1cosX.c

Notas de aula 11
SISTEMA EM EQUILÍBRIO ESTÁTICO DE FORÇAS E MOMENTOS
O sistema tem que satisfazer as 3 seguintes condições:
Soma de todas as forças horizontais atuantes no sistema deve ser igual a ZERO.
Soma de todas as forças verticais atuantes no sistema deve ser igual a ZERO.
Soma dos momentos em qualquer ponto definido do sistema deve ser igual a ZERO.

Soma das forças e momentos atuantes no sistema se anulam pela reações nos apoios.

No cálculo de equilíbrio de forças serão utilizados apenas os eixos de coordenadas cartesianas


ortogonais.

Quando houver alguma força inclinada, a mesma deverá ser decomposta nestes dois eixos.

CÁLCULO DE REAÇÕES NOS APOIOS

Nota: Os apoios podem ser identificados da seguinte forma, conforme os exemplos citados nesta apostila:
VA, RAy, Rv – Reações no apoio A na direção vertical (eixo y).
HA, RAx, Rh – Reações no apoio A na direção horizontal (eixo x).

Exemplo 1)
a) Identificar o tipo de apoio – viga biapoiada.

A: Apoio fixo
B: Apoio móvel

b) Substituir o apoio pelas suas reações.

c) Calcular as reações, supondo que o sistema se encontre em equilíbrio estático.


O sistema deve atender às seguintes situações: ∑Fx = 0, ∑Fy = 0, ∑Mponto da estrutura = 0

Utilizando a seguinte convenção de sinais

Transformação da carga distribuída em concentrada:

Notas de aula 12
Fx = 0
RAx = 0
Fy = 0
RAy + RBy - 24 - 15 = 0, então RAy + RBy = 39 (equação I)
MA = 0, então RAx x 0 + RAy x 0 - RBy x 4 + 24 x 3 - 20 - 15 x 1,5 = 0,
29,5
4RBy = 72 - 20 - 22,5, então RBy = = 7,38kN
4
Subst na eq I, então RAy + 7,38 = 39, então RAy = 39 - 7,38 = 31,62kN

Exemplo 2)
a) Identificar o tipo de apoio – viga engastada.

C: Engastamento

b) Substituir o apoio pelas suas reações.

c) Calcular as reações, supondo que o sistema se encontre em equilíbrio estático.


O sistema deve atender às seguintes situações: ∑Fx = 0, ∑Fy = 0, ∑Mponto da estrutura = 0

Utilizando a seguinte convenção de sinais

Decomposição das forças e transformação da carga distribuída em concentrada:

 Fx = 0
RAx – 2,5 = 0
RAx = 2,5 kN
 Fy = 0
RAy – 4,33 – 6 = 0
RAy = 10,33 kN

 MA = 0
+M + RAx x 0 + RAy x 0 - 4,33 x 3 - 6 x (7 – 0,75) = 0
M = 12,99 + 37,5 = 50,49 kNm

Notas de aula 13
Exemplos de cálculo:

1) Nas figuras a seguir, estão representadas as forças que estão atuando em uma estrutura qualquer.
Correlacionar cada figura com o esforço (carga) que está sendo submetida.

2) A figura dada, representa uma escada de comprimento igual a 7m e peso desprezível. A altura onde a escada está
apoiada é de 6 m. A 1m da parede está um homem de peso P = 90 Kgf, subindo a escada. A parede vertical não
apresenta atrito. Determinar a reação da parede sobre a escada e as reações do piso sobre a escada.

Cálculo da distância X:
Por Pitágoras, 72 = 62 + X2, então 49 = 36 + X2
49 – 36 = X2
X = √ 13 = 3,6

Por equilíbrio de forças:

Forças horizontais: RAH = RBH (Equação I) Forças

verticais: -90 + RBV = 0, então


RBV = 90 Kgf

Momentos no apoio B: RBH x 0 + RBV x 0 + 90 x (3,6 – 1) - RAH x 6 = 0, então


+ 234 - 6RAH = 0, então
RAH = 39 Kgf

Substituindo na equação I, temos


RAH = RBH, então RBH = 39 Kgf

3) Para suportar um peso de um determinado valor, foi projetada uma estrutura composta por 2 perfis no
formato de barras quadradas fixadas numa coluna de concreto armado em 2 pontos e unidas no ponto de
aplicação da força conforme o desenho abaixo.

Estas barras devem possuir resistência mecânica suficiente para suportar esta carga sem se deformar e romper.
Para tanto, o sistema deve se encontrar em equilíbrio estático.

Notas de aula 14
O primeiro passo para o projeto é o cálculo das forças que estão agindo em cada barra. Quais são as
forças que agem nas barras (1) e (2)?

Substituição das barras (1) e (2) pelas forças atuantes:

Decomposição da força F1, em suas componentes horizontal e vertical;

sen 70º = FV / F1, então FV = sen 70º x F1 = 0,94F1 cos


70º = FH / F1, então FH = cos 70º x F1 = 0,34F1

Representação das forças decompostas na estrutura:

Sistema em equilíbrio de forças:


FH = 0
-F2 + 0,34F1 = 0, F2 = 0,34F1 (EQ 1)

FV = 0
0,94F1 – 1500 = 0
0,94F1 = 1500
F1 = 1500 / 0,94 = 1596 Kgf

Substituindo F1 na EQ 1 temos: F2 =
0,34 x 1596 = 543 Kgf

Notas de aula 15
4) Para suportar um peso de um determinado valor, foi projetada uma estrutura composta por 2 perfis no formato
de barras quadradas fixadas numa laje de concreto armado em 2 pontos e unidas no ponto de aplicação da força
conforme o desenho abaixo.

Estas barras devem possuir resistência mecânica suficiente para suportar esta carga sem se deformar e romper.
Para tanto, o sistema deve se encontrar em equilíbrio estático.

O primeiro passo para o projeto é o cálculo das forças que estão agindo em cada barra. Quais são as forças
que agem nas barras (1) e (2)?

Substituição das barras (1) e (2) pelas forças atuantes:

Decomposição da força F1, em suas componentes horizontal e vertical; sen 40º = Fy /


F1, então Fy = sen 40º x F1 = 0,64 F1 (cima)
cos 40º = Fx / F1, então Fx = cos 40º x F1 = 0,77 F1 (esquerda) Decomposição da força
F2, em suas componentes horizontal e vertical;
sen 65º = Fy / F2, então Fy = sen 65º x F2 = 0,91 F2 (cima)
cos 65º = Fx / F2, então Fx = cos 65º x F2 = 0,42 F2 (direita)

Sistema em equilíbrio de forças:


Fx = 0
-0,77F1 + 0,42F2 = 00,42F2
= 0,77F1 (EQ 1) F2 =
1,83F1

Fy = 0
0,64F1 + 0,91F2 - 14 = 0
0,64F1 = 14 – 0,91F2
F1 = 14 / 0,64 – 0,91F2 / 0,64 = 21,88 – 1,42F2

Substituindo F2 nesta equação temos: F1 =


21,88 – 1,42 x 1,83F1
3,60F1 = 21,88
F1 = 6,08kN

F2 = 1,83 x 6,08 = 11,12kN

5) Um grifo é utilizado para rosquear um tubo de diâmetro de 20 mm conforme mostrado na figura.


Determinar a intensidade da força F exercida pelo grifo no tubo, quando a força de aperto aplicada for de 45N.
Notas de aula 16
 MA = 0
+45 x 170 - F x 30 = 0
30F = 7.650
F = 7.650 / 30 = 255N

6) Supondo que o sistema abaixo encontra-se em equilíbrio de forças e momentos, calcular a intensidade da força F
aplicada no ponto B da chave para que o torque no eixo A seja de 50 Nm.

Distância entre um ponto e uma reta: a cota (linha) de distância deve estar perpendicular a esta reta.

20 20
cos 20° = , então a = = 21,28cm = 0,213m
a 0,94
50
 MA =0, então 50 - F x 0,213 = 0, então F = 0,213 = 234,74N

7) Uma estrutura representada na figura, é composta por uma viga sobre a qual agem esforços na sua parte
superior.
Esta estrutura se encontra bi-apoiada, para mantê-la na posição de equilíbrio estático.
Nesta condição, quais são as suas reações nos apoios?
Desprezar o peso próprio da viga.

Fx = 0
RAx = 0
Fy = 0
RAy + RBy - 20 - 15 = 0, então RAy + RBy = 35 (equação I)
MA = 0, então RAx x 0 + RAy x 0 - RBy x 4 + 20 + 20 x 1 - 15 x 1,5 = 0,
17,5
4RBy = 17,5, então RBy = = 4,38kN
4
Subst na eq I, então RAy + 4,38 = 35, então RAy = 30,62kN

Notas de aula 17
8) A estrutura, mostrada na figura, é
suportada por um apoio A (fixo) e uma barra
articulada no apoio B.
Sabe-se que as reações no apoio A são as
seguintes:
RAx = 5kN (para esquerda) e RAy = 9,32kN
(para cima).

Determinar a força que está agindo na barra


(1) e indicar se a mesma está tracionando ou
comprimindo a barra.

∑MA = 0, então RAx x 0 + RAy x 0 - 20 + 15 x 6 - 5 x 1,5 - F1 x 11 = 0


62,5 = 11F1
F1 = 62,5 / 11 = 5,68 kN = 5.680 N

9) Um eixo de um motor elétrico está representado na figura com uma força de 20 kN para baixo agindo na polia que
está acoplada na sua extremidade. Calcular as reações nos seus apoios (mancais) A e B.
Representação da estrutura

Representação das reações:

Forças horizontais: RAx = 0

Forças verticais: RAy + RBy – 20 = 0, então RAy + RBy = 20 (Equação I)

Momentos no apoio A: RAx x 0 + RAy x 0 + 20 x 200 + RBy x 600 = 0, então


4000 + 600RBy = 0, então – 4000 = 600 RBy, então
RBy = -4000 / 600 = -6,67 KN.

Substituindo na equação I, temos Rav – 6,67 = 20, então


RAy = 20 + 6,67 = 26,67 KN.

10) Determinar a força F que está agindo na corrente da estrutura.

Notas de aula 18
Transformação da carga uniformemente variável em carga concentrada: F conc = 20 x 1,5 / 2 = 15kN
Localização da força: 1/3 do comprimento em relação à extremidade direita da estrutura = 1/3 x 1,5 = 0,5m

Decomposição da força F agindo na corrente:

FV = cos 37º x F = 0,8F


FH = sen 37º x F = 0,6F

Representação da força F decomposta e carga concentrada na estrutura:

∑MA = 0

+0,6F x 2 + 0,8F x 2 - 10 x 1 - 2 - 15 x 1,5 = 0


2,8F - 10 - 2 - 22,5 = 0

34,5 = 2,8F
F = 34,5 / 2,8 = 12,3kN = 12.300N

11) A estrutura, no formato L, mostrada na figura, é suportada por um apoio A (fixo) e uma barra
articulada no apoio B (móvel).
Calcular as reações nos apoios A e B, devido às forças concentrada e distribuída, e o momento agindo na estrutura.

Notas de aula 19
Por equilíbrio de forças:

Transformação de carga uniformemente distribuída em concentrada: F = 500 x 3 = 1.500 Kgf Forças horizontais:

RAx – RBx + 700 = 0, então RAx – RBx = -700 (Equação I)

Forças verticais: RAy -1500 = 0, então RAy = 1.500Kgf.

Momentos no apoio A: RAx x 0 + RAy x 0 + RBx x 6 - 700 x 4 - 300 - 1500 x 3,5 = 0, então
6RBx - 2800 - 300 - 5250 = 0, então 6RBx - 8350 = 0, então
RBx = 8350 / 6 = 1.392 Kgf.

Substituindo na equação I, temos RAx – 1.392 = -700, então


RAx = -700 + 1.392 = 692 Kgf.

12) Uma viga, engastada em uma coluna no ponto A, está sujeita a esforços conforme indicação no desenho
abaixo.
Esta viga deve suportar os esforços que agem sobre ela.
Indicar e calcular as reações no ponto A, para que haja equilíbrio estático.

Decomposição da força de 5kN:

sen 50º = Fy / 5, então Fy = sen 50º x 5 = 3,83kN


Notas de aula 20
cos 50º = Fx / 5, então Fx = cos 50º x 5 = 3,21kN

Transformação da carga distribuída em concentrada: Fequivalente =


1,5 x 3 = 4,5kN

Fx = 0
RAx – 3,21 = 0
RAx = 3,21 kN

Fy = 0
RAy – 3,83 – 4,5 = 0
RAy = 8,33 kN

MA = 0
M + RAx x 0 + RAy x 0 – 3,83 x 3 – 4,5 x (6 – 0,75) = 0
M = 11,49 + 23,625 = 35,115 kNm

13) A estrutura mostrada na figura, é suportada por um apoio A (fixo) e uma barra de secção redonda
identificada como (1) fixada nos vínculos B e C.

As cargas agindo na parte superior e lateral da viga fazem com que ela apresente uma tendência de giro em torno
do apoio A. Isto é evitado por uma força de reação provocada pela barra que puxa a viga para cima. Como
conseqüência a barra fica sujeita a um esforço de tração.

Supor que o sistema se encontre em equilíbrio estático e desprezando o peso próprio da viga e da barra,
determinar:

Força F1 que atua na barra e as reações no apoio A.

Decomposição da força F1, em suas componentes horizontal e vertical;


sen 30º = Fx / F1, então Fx = sen 30º x F1 = 0,5 F1 (esquerda)
cos 30º = Fy / F1, então Fy = cos 30º x F1 = 0,87 F1 (cima)

Por equilíbrio de forças: Momentos no apoio A:


RAx x 0 + RAy x 0 + 0,5F1 x 1 + 0,87F1 x 1,2 – 5 – 10 x 0,5 – 30 x (1 + 1,2) = 0
1,54 F1 = 76
F1 = 76 / 1,54 = 49,35 kN

Soma de forças em x: Rax para a esquerda


Notas de aula 21
-RAx – 0,5F1 + 10 = 0
Substituindo F1, então –RAx – 0,5 x 49,35 = -10
RAx = 10 – 24,67 = - 14,67 kN

Soma de forças em y: RAy para cima


RAy + 0,87F1 – 30 = 0
Substituindo F1, então RAy + 0,87 x 49,35 = 30
RAy = 30 – 42,93 = - 12,93 kN

14) Um braço metálico, representado esquematicamente abaixo e utilizado para movimentar verticalmente uma
carga qualquer, é fixado em uma coluna através de parafusos.
Estes parafusos devem suportar o peso próprio do braço, bem como a carga movimentada, sem se romper.
Calcular as forças resultantes que estão agindo em cada parafuso.
Desprezar o peso próprio do braço.
Indicar os vetores força agindo em cada parafuso, bem como a sua resultante.
Unidades de medida não indicadas em mm.

Sistema em equilíbrio estático


Tipo de fixação: engastamento

Equilíbrio de forças no eixo y: ∑Fy = 0


Reação vertical em cada parafuso = 3 / 5 = 0,6 kN

Equilíbrio de momentos no parafuso central: ∑M = 0

A força de 3kN deslocada em relação ao parafuso central 5 (ponto teórico de giro) provoca um momento em relação
a este ponto no sentido horário.
Para equilibrar, existem reações nos parafusos, indicadas como Fm, que provocarão um momento no sentido anti-
horário, com o mesmo valor.
Parafuso central não provoca momento.

Notas de aula 22
100Fm + 100Fm + 100Fm + 100Fm = 3 x 1200
400Fm = 3600, então Fm = 3600 / 400 = 9kN

Soma Vetorial:

R1 = R3 = 92 +0,62 = 9,02kN
R2 = 9 - 0,6 = 8,4kN
R4 = 9 + 0,6 = 9,6kN
R5 = 0,6kN

Notas de aula 23
Exercícios para resolver:

1) Calcular as reações nos apoios da viga. Desprezar o peso próprio da viga.

a) b)

RAY=14 kN, RBY=18 kN RAY=28 kN, RBY= 62kN


c) d)

RAY=4,75 kN, RAX=8kN (esquerda), RBY=5,25 kN


RAY=2,55 kN, RAX=4,95 kN (esquerda), RBY=2,40 kN
e) f)

RAY=60 kN, RBY= 20 kN

RAY=9,9 kN, RAX=12 kN (direita), RBY=7,1 kN


g) h)

RAY=13 kN, RBY=7 kN

RAY=14,58 kN,RAX=2 kN (esquerda),RBY= 13,42 kN


i)

RAY=5,10 kN, RAX=4 kN (esquerda), RBY=24,90 kN

REFERÊNCIA BÁSICA:
Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – Sarkis Melconian
Notas de aula 24

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