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CURSO DE FÍSICA I

1 Profa. Danielle Amorim


Fatec- São José dos Campos
2019
GRANDEZAS FÍSICAS: UNIDADES,
DIMENSÕES E MEDIÇÕES
2
GRANDEZAS FÍSICAS
Grandeza Física é uma propriedade de um corpo ou particularidade
de um fenômeno que pode ser medida, através de métodos diretos
ou indiretos.
O resultado da medição é um número acompanhado por uma
unidade. Onde o nº é um múltiplo ou submúltiplo da unidade.
Método direto: comparação com um padrão de medida;
Método indireto: medidas obtidas através de expressões que
relacionam grandezas conhecidas.
Exemplo: a velocidade é definida através de uma relação entre as
grandezas comprimento e tempo, sendo sua unidade em m/s.
Grandezas obtidas pelo método direto são denominadas Grandezas
Fundamentais, enquanto que as obtidas pelo método indireto são
3
Grandezas Derivadas.
Grandezas Físicas
As unidades físicas devem respeitar um padrão, onde existe uma
unidade para cada grandeza. O Sistema Internacional de Unidades
(SI), é um sistema padrão de unidades de medida utilizado em
quase todo o mundo moderno, que visa a uniformizar e facilitar as
medições e as relações internacionais daí decorrentes.
Unidades fundamentais
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura
kelvin K
termodinâmica
Quantidade de
mol mol
matéria
4
Intensidade
candela cd
luminosa
Grandezas Físicas
Algumas unidades derivadas

Grandeza Unidade Símbolo


Área metro quadrado m²
quilograma por metro
Densidade kg/m³
cúbico
Velocidade metro por segundo m/s
Força newton N

Pressão pascal Pa

5
Prefixos e notação científica
Quando precisamos trabalhar com medidas muito maiores ou muito
menores que as unidades padrão do SI, podemos utilizar prefixos e
potências de base 10.

6
Prefixos e notação científica
Prefixos no SI

Múltiplo Prefixo Símbolo

1012 tera T
109 giga G
106 mega M
103 quilo k
10-3 mili m

10-6 micro µ

10-9 nano n

10-12 pico p

7
8
CONVERSÃO DE UNIDADES DE MEDIDA: CONVERSÃO EM
CADEIA

Exemplo: Em 12g de uma amostra de carbono, existem


6,02.1023 átomos de carbono. Se pudéssemos contar 1
átomo por segundo, quanto tempo, em anos, levaríamos
para contar os átomos presentes em 1g de carbono?

Resolução: Devemos expressar o tempo para contar os


átomos em 1g de carbono, em anos.
Primeiro: calcular o número de átomos em 1g de carbono.
Consequentemente saberemos o tempo em segundos.
Segundo: Converter o tempo de segundos para anos.
Isso pode ser feito usando a conversão em cadeia. Observe:
6,22.10 23 átomos
1
12 g
1ano
7
1
3,15.10 s
1s
1
1átomo
Isto posto, podemos fazer a conversão em cadeia:

6,02.1023 átomos 1s 1ano


1g. . . 7
 1,57.1015
anos
12 g 1átomo 3,15.10 s
Conversão p/ anos
Conversão p/ átomos
O que eu quero
Conversão p/ segundos
converter
Exercícios:
1 – Converter 50m² para mm². (R.5.107 mm²)
2 – Converter a aceleração da gravidade g=9,8 m/s² em
pés/min². (R. 1,16.105 pés/min²)

3 – Converter 5N em dinas. Obs: 1N=1 kg.m/s² e 1


dina=1g.cm/s². (R. 5.105 dinas)
4 – Um cavalo-vapor (cv) equivale a 735,5W. Qual é o
consumo de energia de uma máquina de 10 cv, que
funciona 8 horas, em Joules? (1W=1 J/s) (R. 2,11.108 J)
2. Um elevador de um prédio de altura média consegue suportar
no máximo 1 tonelada e meia de massa. Supondo que um
adulto tem massa média de 160 libras, qual é o número máximo
de adultos que poderiam usar o elevador com segurança?

3. Uma indústria farmacêutica dispõe, em estoque, de 21,6 litros


de certo medicamento. O medicamento deve ser colocado em
frascos, cada qual com capacidade de 0,000 003 m³. Qual a
quantidade mínima de frascos para acomodar todo o
medicamento?

4. Um caminhão tem seu compartimento de carga em formato de


um paralelepípedo com 9 m de comprimento, 3,5 m de largura e
4 m de altura. Deseja-se estimar quantas caixas cúbicas de 25
12
cm de aresta cabem dentro do caminhão.
Algarismos significativos
•Para expressar uma medida física, utilizamos todos os algarismos
corretos mais o primeiro algarismo duvidoso. E todos esses
algarismos são chamados algarismos significativos.
Exemplos
•13,2 m: 3 algarismos significativos, sendo 1 e 3 exatos, e 2 o
duvidoso

•34,17 m/s: 4 algarismos significativos (3,4 e 1 são exatos e 7 é o


duvidoso)

•16,0 m/s2: temos 3 algarismos significativos ( 1 e 6 são exatos e 0 é o


duvidoso)

•6 N: 1 algarismo significativo e ele próprio é o duvidoso


13

•1,6 x 10-19C : 2 algarismos significativos


Observações importantes

• Deve-se notar que grandezas, como por exemplo, 0,3 m e 0,300 m


são diferentes, pois representam medidas com diferentes graus de
precisão. Neste caso, 0,3 m tem 1 algarismo significativo e 0,300 m
tem 3 algarismos significativos.

• Nem sempre o número de algarismos significativos de um número


corresponde ao número de dígitos com que o mesmo é expresso.
Exemplo: o número 0,0025 tem somente 2 algarismos
significativos.

14
Exercícios

1 – Determine o número de algarismos significativos das medidas seguintes:


a) 702 cm b) 36,00 kg c) 0,00815 m d) 0,05080 l

2 – Em um voo internacional, um avião viaja a altitude aproximada de 11


km.
a) qual o algarismo duvidoso desta medida?
b) Seria aceitável escrever esta medida como 11000 m?
c) Qual a maneira de expressar esta medida em metros, sem deixar
dúvidas quanto aos algarismos significativos?

3 – Qual o volume de um cone, cuja área da base é A = 0,302 m2 e a altura é


h = 1,020 m?

15
Exercícios

4 – Efetue as operações indicadas dando o resultado em notação científica


com o número correto de algarismos significativos.
a) 8,20 x 108 + 5,4 x 104 =
b) 3,72 x 10-4 – 2,65 x 10-2 =
c) 700 / 0,0035 =
d) 0,052 x 0,0084 / 420 =

5- Considerando o que foi aprendido sobre algarismos significativos, quais


das seguintes igualdades estão expressas corretamente?
a) 1,50 x 10-3 x 2,0 x 10-1 = 3 x 10-4
b) 3,41 x 108 – 5,2 x 102 = 3,41 x 108
c) 1,701 x 2,00 x 10-3 = 3,4 x 10-3
d) 9,2 x 105 / 3,0 x 102 = 3,1 x 103

16
Grandezas físicas que são perfeitamente definidas por
sua intensidade e unidade de medida, são chamadas
grandezas escalares. Ex.: massa, tempo, temperatura e
volume.

Agora imagine que o ponto na figura abaixo seja um


pequeno barco, visto de cima, navegando. Se o barco
deslocar 5km, qual será sua nova posição?

Neste caso, indicar somente o valor numérico e a


unidade da grandeza não é suficiente. É necessário
indicar a orientação do objeto. Neste caso, temos uma
grandeza vetorial. 17
Um vetor representa a magnitude, direção e sentido
de uma grandeza física. É representado por uma
seta, cujo comprimento, quando desenhado em
escala, indica a magnitude da quantidade vetorial, e
a orientação da seta indica a direção e o sentido da
quantidade vetorial.
 
A B

A representação de uma grandeza vetorial é


indicada com o acréscimo de uma seta sobre
símbolo que representa.
Ex: Força (F ).
18
Y F x = F.cos F  F2x  F2y
F y = F.sen
FY
F Fy
  arctan
0 FX X
Fx 19
Assim, ao invés de somarmos os vetores A e B da
figura anterior, utilizando as regras do polígono ou
paralelogramo, podemos decompor os vetores em
suas componentes vertical e horizontal e somá-las
separadamente. Onde:

A  A x î  A y ĵ

B  Bx î  B y ĵ
E a resultante C, fica sendo:

C  Cx î  C y ĵ
20
As letras î e ĵ são vetores unitários, os quais são
comumente utilizados para expressar vetores em
termos de suas componentes retangulares.
Estes possuem módulo igual a 1 e todos os vetores
em sua direção podem ser escritos como seus
múltiplos.

A
O vetor î  é um exemplo de vetor unitário que
Ax

aponta no sentido de A x.
 
Exercício:Dados os vetores A  4m î  3mĵ e B  2m î  3mĵ
Encontre a soma e a diferença entre os dois vetores.

21
Exercício: Duas forças A e B atuam no bloco.
Determine a força resultante.
B=60N
15º A=30N
20º

22
23
24
CINEMÁTICA
25
INTRODUÇÃO
 Em nossa vida cotidiana, observamos que o movimento
está sempre presente nas mais variadas situações.

26
Introdução
 A compreensão desses movimentos que observamos permite-
nos um melhor entendimento do mundo em que vivemos, bem
como o desenvolvimento de novas tecnologias importantes ao
homem contemporâneo.

 Para que possamos adquirir os conhecimentos que nos


permitam entender os movimentos mais complexos,
começamos pelas análises dos mais simples, tais como alguns
que ocorrem sobre uma reta, ou seja, os movimentos
denominados unidimensionais.

 Convém ressaltar que vários movimentos na Natureza


acontecem dessa forma: a queda de um corpo nas 27

proximidades da Terra é um bom exemplo disso.


Introdução
• O estudo do movimento, tal qual o faremos, sem
considerar suas causas é chamado cinemática.
Aqui iremos descrever o movimento de um
ponto material através da caracterização de
sua posição, da variação temporal da sua posição
(velocidade) e da variação temporal da
velocidade (aceleração).

• Também iremos considerar objetos de estudo


como pontos materiais, ou seja, sem levar em
consideração sua forma. Iremos estudar apenas
o movimento de translação dos objetos, sendo
que o movimento de rotação será estudado 28
posteriormente.
Posição e deslocamento
• Imagine um avião se deslocando em linha reta:

• Como sabemos que o avião está se deslocando?


• Para onde ele se desloca?
• Portanto, a posição do objeto é sua localização
com relação a um ponto de referência.
29
Posição e deslocamento

• Deslocamento indica mudança de posição do


objeto:
x  x  x0
• Se x>x0  Deslocamento positivo
• x=x0  Deslocamento nulo 30

• x<x0  Deslocamento negativo


Posição e deslocamento
• Deslocamento≠Distância percorrida

• Deslocamento é uma grandeza vetorial! Deve


ser indicada expressando-se módulo, direção
31

e sentido.
Velocidade média e velocidade
escalar média
• Velocidade média: Deslocamento pelo
tempo Grandeza Vetorial;
x
vmed 
t
• Velocidade escalar média: Distância
percorrida pelo tempo Grandeza escalar;
d
vescalar 
t
32

• Onde d é a distância percorrida.


Aceleração
• Variação da velocidade no tempo  Grandeza
vetorial.
v
a
t

33
Exercícios

34
MRU e MRUV

35
MRU – Posição varia
linearmente, velocidade
constante, aceleração nula.

MRUV – Posição varia conforme


uma função de segundo grau,
velocidade varia linearmente,
aceleração constante.

36
Equações para o MRU e MRUV

MRU MRUV
1 2
x  x0  vt x  x0  v0t  at
2
x
v v  v0  at
t
v  v  2ax
2 2
0
37
Exercícios – MRU e MRUV
1- A velocidade de um móvel que parte da origem dos
espaços e move-se em linha reta, varia com o tempo segundo
o gráfico da velocidade, mostrado abaixo.

Calcule:
a) a aceleração (resp: 2,5 m/s2);
b) a velocidade em t = 30 segundos (resp: 80 m/s);
c) o instante em que a velocidade é 100 m/s (resp: 38 s);
d) a posição em t = 10 segundos (resp: 175 m);
e) a posição em t = 50s (resp: 3375 m);
f) a distância percorrida entre t = 5 s e t = 20 s (resp:543,75 m)
2- Duas partículas movem-se em linha reta segundo as
funções horárias XA = 100 + 20t e XB = - 44 + 20t + t² (SI).
Determine:

a) o instante que elas se encontram (resp: 12 s);

b) a distância percorrida por cada uma até o


encontro (resp: dA = 240 m; dB = 384 m);

c) as velocidades das partículas em t = 4s (resp: vA = 20


m/s; vB = 28 m/s);

d) a distância que separa as partículas em t = 20s (resp:


256 m);

e) O instante que a partícula B inverte o sentido do


movimento. Não inverte o sentido.
3- A velocidade de um móvel que passa pela posição X0 = 10
m em t = 0, varia com o tempo segundo o gráfico abaixo. A
trajetória é retilínea.

Calcule:
a) a aceleração (resp: - 5 m/s2);
b) a velocidade em t = 20 segundos (resp: - 80 m/s);
c) o instante em que a velocidade é -60 m/s (resp: 16 s);
d) a posição em t = 10 segundos (resp: - 40 m);
e) a posição em t = 14 s (resp: - 300m);
f) a distância percorrida entre t = 20 s e t = 30s (resp: 1050 m)
Objeto em queda livre
• Executa um MRUV, pois está sendo
acelerado devido à gravidade. Valem as
equações do MRUV para descrever o
movimento de um objeto em queda livre.

• Como o movimento é na vertical, trocam-se


os x por y nas equações do MRUV.

• A aceleração é a da gravidade, sempre 41

apontando para o centro da Terra.


42
43
Exercícios

44
45
46
47
DINÂMICA
48 Leis de Newton
INTRODUÇÃO
 Na cinemática, estudamos o movimento dos
corpos, sem considerar suas causas.

 Em dinâmica, veremos que existe uma grandeza


física responsável pelo movimento dos corpos.

 Qual a entidade Física capaz de causar ou


influenciar no movimento dos corpos?
A Força!!

49
INTRODUÇÃO
 E o que é a força? É a ação exercida por um corpo
sobre o outro. E isso pode ser por contato ou por ação
a distância. A força é uma grandeza vetorial.

Ex. de Forças de Ação a Distância

 A) B)
F
F Elétron
F F
TERR
+ -
A Próton

A Terra atrai a Lua mesmo a Força Elétrica é de ação a


distância.Esta é uma força Distância
GRAVITACIONAL.
Ferro
Imã O Imã atrai o 50
F F
C) Ferro:Força
MAGNÉTICA
1ª LEI DE NEWTON - INÉRCIA
• A primeira lei de Newton estabelece que cada objeto
permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme,
a menos que seu estado seja alterado por uma força externa.

Equilíbrio Estático Equilíbrio Dinâmico


• Em ambos os casos:
• R   F  0 , o que também se estende às componentes:
51
 F î   F ĵ  0
x y
ou F
x 0 e F
y 0
EXERCÍCIO
 Considere o caixote que possui massa de 75 kg. O caixote
é mantido em equilíbrio por duas cordas que passam por
duas polias, conforme mostrado na figura. Qual a tensão
em cada uma das cordas?

52
2ª LEI DE NEWTON – PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
DA DINÂMICA
 Quando a resultante das forças que agem sobre
determinado corpo não é nula, então esse corpo é acelerado.
A aceleração é diretamente proporcional à Força aplicada
sobre o corpo e inversamente proporcional à massa desse
corpo. 
 F  
a
m
  F  ma
 O que também se estende às componentes:

F x  ma x e F y  ma y

 A unidade de força no SI é o newton, que é definida como a


força que ao atuar em 1 kg de massa, produz aceleração de
53

1 m/s². Portanto, 1N=1kg.m/s²


EXERCÍCIO
 Um disco de hóquei de 0,30 kg desliza sobre uma
superfície sem atrito horizontal de um rinque de gelo. Ele
é golpeado simultaneamente por dois bastões diferentes.
As duas forças constantes que agem sobre o disco são
F1=5 N e F2=8 N. Determine a aceleração do disco
enquanto ele está em contato com os dois bastões.

54
3ª LEI DE NEWTON – AÇÃO E REAÇÃO

 A terceira lei estabelece que para cada ação (força) na


natureza, há uma reação de mesma direção e magnitude,
mas no sentido oposto. Se um objeto A exerce uma força no
objeto B, então o objeto B irá exercer uma força igual e
oposta no objeto A.

 Podemos citar a atuação da 3ª lei de Newton na


sustentação do avião e na turbina.

55
EXERCÍCIO

56
FORÇAS ESPECIAIS
 Força gravitacional (Fg) – É a força de atração exercida
pela Terra sobre um corpo em suas proximidades e tem
módulo:
Fg  mg
Onde m é a massa do corpo e g é a aceleração da gravidade.

 Força peso (P) – É o módulo da força necessária para


impedir que o corpo caia livremente, medida em relação
ao solo. Sua intensidade é a mesma da força da
gravidade.
P  mg 57
FORÇAS ESPECIAIS
 Força normal (Fn) – Quando um corpo exerce uma força
sobre uma superfície, esta (mesmo rígida) se deforma e
empurra o corpo com uma força perpendicular à superfície.
Essa força de contato é a força normal.
N

P
P

58

P
FORÇAS ESPECIAIS
 Força de atrito (Fat) – Força de resistência ao movimento de
um objeto e atua sempre no sentido contrário ao movimento.
Ela existe devido à interação entre os átomos do objeto e da
superfície.

 Tração (T) – Quando uma corda é presa a um corpo e


esticada, aplica-se uma força de tração ao longo da corda a
fim de movimentar o objeto.

59
EXERCÍCIOS

60
EXERCÍCIOS

61
FORÇA DE ATRITO

(a) Não existe força de atrito. (b,c e d) A força de atrito tem o


mesmo módulo da força externa e, portanto, não há movimento.

(e) A força externa vence o atrito estático e coloca o objeto em


63
movimento. (f) A força de atrito cinético é constante e menor
que a força de atrito estático.
FORÇA DE ATRITO
 A força de atrito estático é variável e com módulo igual à
força externa. Ela atua enquanto o objeto está parado.
Isso é verdadeiro até um determinado limite, chamado
força de atrito estático máxima.

f e  e N , e no limite: f emáx  e N
Onde, fe é a força de atrito estático, µe é o coeficiente de
atrito estático, N é a força normal e femáx é a força de
atrito estático máxima. Quando atinge essa condição,
dizemos que o objeto está na iminência do movimento.

64
FORÇA DE ATRITO
 A força de atrito cinético é constante e atua enquanto o
objeto está em movimento.

f c  c N
Onde, fc é a força de atrito cinético, µc é o coeficiente de
atrito cinético e N é a força normal.

o Os valores de µe e µc dependem da natureza das superfícies,


mas o µc é geralmente menor que µe.

65
NATUREZA DA FORÇA DE ATRITO
 Quando as superfícies estão em contato, criam-se pontos de
aderência ou colagem (ou ainda solda) entre as superfícies. É
o resultado da força atrativa entre os átomos próximos uns
dos outros.

 Se as superfícies forem muito rugosas, a força de atrito é


grande porque a rugosidade pode favorecer o aparecimento de
vários pontos de aderência, como mostra a figura abaixo.

66
NATUREZA DA FORÇA DE ATRITO
 Objetos comuns que parecem lisos, em escala microscópica
são ásperos e corrugados. Isto ocorre mesmo em superfícies
muito bem polidas.

67
EXERCÍCIO
 Suponha que seja aplicada uma força ao bloco da
figura abaixo, inclinada em 27º com a horizontal.
Determine o valor máximo da força para que o bloco
não se mova, sendo o coeficiente de atrito estático 0,35
e a massa do bloco 15 kg.

68
69
FORÇA DE ARRASTO
 A força de arrasto é uma força de resistência de um objeto
sólido que se movimenta através de um fluido.

 Seu módulo depende das propriedades do fluido, da forma


do objeto e do módulo da velocidade do objeto. Em geral, o
módulo da força de arrasto aumenta com a velocidade do
objeto.
1
D  CAv ²
2
Onde D é a força de arrasto, C é o coeficiente de arrasto
(valor experimental), ρ é a densidade do fluido, A é a área
da figura obtida pela projeção dos pontos do objeto num
plano perpendicular à sua velocidade e v é a velocidade do
objeto. 70
VELOCIDADE TERMINAL

 É atingida quando a força de arrasto se iguala à força peso


do objeto em queda.

71
EXERCÍCIO
 Uma gota de chuva de raio R=1,5 mm cai de uma
nuvem que está a uma altura h=1200m acima do
solo. O coeficiente de arrasto C da gota é 0,6.
suponha que a gota permanece esférica durante
toda a queda. A massa específica da água
ρa=1000 kg/m³ e a massa específica do ar ρar=1,2 kg/m³.
Com qual velocidade a gota atinge o solo?

72
FORÇA CENTRÍPETA
 Quando um objeto está realizando um movimento circular
uniforme, ele está sujeito a uma aceleração centrípeta, cujo
módulo é constante.

 Se existe aceleração, há uma força resultante na direção da


aceleração e essa força é chamada Força centrípeta. Sem
ela, nenhum corpo realizaria um movimento circular.

v² v²
 Sendo acp  e F=ma, então Fcp  m
R R

73
FORÇA CENTRÍPETA
 Vale lembrar, que a força centrípeta é o resultado das forças
que agem sobre um corpo, ou seja, em cada situação, uma ou
mais forças podem exercer o papel da força centrípeta.
Vejamos, agora, alguns exemplos:

 1. Quando giramos uma pedra presa à extremidade de um


fio, a tração no fio faz o papel da força centrípeta

74
FORÇA CENTRÍPETA

2. A Lua se movimenta em órbita circular devido a uma força


centrípeta, que é a própria força de atração que a Terra exerce
sobre a Lua;

Fg

Fg

75
FORÇA CENTRÍPETA

3. No caso de um carro
que descreve uma curva
horizontal, as forças de
atrito originam a
resultante centrípeta

4. No looping, um
carrinho de montanha-
russa está sujeito a uma
resultante centrípeta
76
EXERCÍCIO
 As curvas da rodovia costumam ser compensadas
(inclinadas) para evitar que os carros derrapem.
Supondo uma pista molhada,sem atrito, qual deve ser
o menor ângulo de elevação para que um carro com
velocidade de 20 m/s não derrape? R=190 m.

77
Capítulo 6

78
F
F
F

79
EXERCÍCIOS DA LISTA
7- Três astronautas, impulsionados
por mochilas a jato, empurram e
guiam um asteroide de 120 kg em
direção a uma base de manutenção,
exercendo as forças mostradas na
figura. F1=32 N, F2=55 N, F3= 41 N,
θ1=30° e θ3=60°. Determine a
aceleração do asteróide e vetores
unitários e em módulo e ângulo.
81
INTRODUÇÃO AO TRABALHO E
ENERGIA
82
 Em física, o trabalho é definido como a capacidade que um
corpo tem de transferir energia. Se você estica uma mola,
puxando-a com sua mão, você transfere parte de sua energia
para a mola e esta energia é igual ao trabalho realizado pela
força de sua mão sobre a mola.

83
• Para ter uma ideia quantitativa do
significado dessa grandeza, vamos usar a
fórmula que define o trabalho em mecânica:

• Onde a letra grega τ denomina o trabalho


realizado pela força F aplicada a um corpo de
massa m, a qual é capaz de movimentar o
corpo por uma distância d.
84
• Exemplo: Uma força aplicada
horizontalmente sobre uma caixa, produz um
deslocamento na mesma direção:

F M

85
• Exemplo: Uma força aplicada sobre a caixa
faz um ângulo com a horizontal e produz um
deslocamento somente na horizontal:

86
A unidade de medida que expressa o trabalho é
o Newton vezes metro (N.m) que, quando
referido a trabalho e energia é chamado Joule
(J).

87
Exercícios

1) Um caminhão de 3000 kg deve ser carregado


para dentro de um navio por um guindaste que
exerce uma força para cima de 31 kN sobre o
caminhão. Esta força, que é intensa o suficiente
para suplantar a força da gravidade e manter o
caminhão em movimento para cima, é aplicada ao
longo de uma distância de 2,0 m. Encontre (a) O
trabalho realizado sobre o caminhão pelo
guindaste, (b) o trabalho realizado sobre o
caminhão pela gravidade e (c) o trabalho
resultante realizado sobre o caminhão.
88
Exercícios

2) Um homem ao limpar seu apartamento


puxa um aspirador de pó com uma força de
módulo F=50 N. A força faz um ângulo de 30°
com a horizontal. O aspirador de pó é deslocado
3 m para a direita. Calcule o trabalho feito pela
força de 50N sobre o aspirador de pó.

89
Teorema do trabalho-energia cinética

Acabamos de aprender que o trabalho é a energia


transferida por uma força. A energia, por sua vez, é
definida como sendo a capacidade que um corpo tem
de realizar trabalho. Como vimos, um define o outro, e
isso faz sentido, pois são grandezas dependentes, ou
seja, não podemos obter uma sem que a outra exista.

• Suponhamos que uma força F seja aplicada a um


bloco, enquanto ele se desloca do ponto i ao ponto f,
separados por uma distância d. Qual a velocidade do
bloco quando o mesmo estiver na posição f?

90
91
Essa expressão determina o quanto de trabalho foi
empregado no objeto para que ele atingisse a
velocidade vf. E cada um dos termos do lado direito
da equação é, por definição, chamado Energia
Cinética. Assim, concluímos que a variação da
energia cinética é igual ao trabalho necessário para
acelerar o objeto da posição i à posição f.

Este resultado é conhecido como o teorema trabalho-


energia cinética e nos informa que, quando o
trabalho é positivo, a energia cinética aumenta, o
que significa que uma partícula está se movendo
mais rapidamente no final do deslocamento do que
no início. Quando o trabalho é negativo, então a
energia cinética diminui e, se o trabalho é zero, a
energia cinética não varia, e a velocidade do objeto
também não varia. 92
Exercício

Um bloco de 6 kg inicialmente em repouso é


puxado para a direita ao longo de uma
superfície sem atrito horizontal por uma força
horizontal constante de 12 N. Encontre a
velocidade do bloco após um deslocamento de
3m.

93
Trabalho de uma força variável

Fazendo o gráfico da variação de uma força


constante com relação ao deslocamento, temos o
seguinte resultado.

Fx

X1 X2

Se calcularmos a área do retângulo sob a reta,


obtemos o trabalho realizado pela força enquanto
94
desloca o objeto do ponto x1 ao ponto x2.
No caso de uma força variável, a mesma regra
se aplica, porém, a área sob a curva deve ser
dividida em várias áreas menores a fim de
aproximar a curva para pequenas retas

95
96
Exercício

1) A força varia com x, conforme mostrado na


figura abaixo. Encontre o trabalho realizado
pela força sobre uma partícula, enquanto esta
se move de x=0m até x=6m.

97
Trabalho de uma força que obedece à Lei
de Hooke

Considere a mola:

Se ela for esticada ou comprimida, irá exercer


uma força igual a –kx sobre o objeto que a
deformou.
Como a força varia com o deslocamento (x),
podemos utilizar a equação da integral da força
variável para encontrar o trabalho realizado pela
força elástica, cujo resultado é:
98
99
100
101
102
103
Potência

Discutimos a transferência de energia, porém


não levamos em consideração a taxa temporal
de transferência de energia, ou seja, qual o
tempo gasto para que determinada força
realize trabalho sobre um objeto. A essa taxa,
dá-se o nome de potência.

104
Exercício

Um elevador de 1000 kg leva uma carga


máxima de 800 kg. Uma força de atrito
constante de 4000 N retarda o seu movimento
para cima. Qual a potência mínima fornecida
pelo motor para que o elevador suba a uma
velocidade constante de 3 m/s?

105
Energia Potencial

Vamos entender o que é a Energia potencial


através de um exemplo prático: Imagine um
sistema consistindo em um livro e a Terra,
interagindo por meio da força gravitacional.
V=constante,
Δy logo F=P

yf mg
F
y0
106
Energia Potencial

É importante nos atentar a alguns pontos:


•A força externa realiza trabalho sobre o livro;
•O trabalho realizado pela força sobre o livro
acrescenta energia ao sistema;
• Considerando que o objeto estava em repouso
imediatamente antes e imediatamente depois
do deslocamento, verificamos que não houve
variação na energia cinética do sistema;
•Essa energia acrescentada ao sistema, é então
armazenada na forma de energia potencial; 107
Energia Potencial

O trabalho realizado por uma força externa


para elevar o livro da altura y0 até yf a uma
velocidade constante é:

Onde F é a força externa e sua magnitude é


igual à da força peso do objeto, d é o
deslocamento Δy=yf-y0 e o ângulo entre a
direção da força e do deslocamento é igual a
zero.
108
Energia Potencial

Essa expressão representa a variação da


energia potencial gravitacional armazenada em
um corpo que está a determinada altura acima
da superfície da Terra. A expressão para a
energia potencial gravitacional é:

Ug=mgh

Assim como o trabalho e a energia cinética, a


unidade de medida para a energia potencial é
109
também o Joule (J).
Conservação da energia mecânica em um
sistema isolado

Consideremos o sistema livro-Terra, onde o


livro cai pela ação da força da gravidade.

Δy mg

yf mg
y0
110
Conservação da energia mecânica em um
sistema isolado

O trabalho realizado agora, foi para levar o


livro da altura yf para y0. E, portanto:

Por outro lado, o trabalho é igual à variação de


energia cinética do sistema. Inicialmente, a
velocidade do livro era nula e durante a queda
a velocidade aumenta devido à aceleração g.
Então:
111
Conservação da energia mecânica em um
sistema isolado

Podemos relacionar as duas expressões da


seguinte forma:

Manipulando a equação, chegamos a um


resultado muito importante:

112
Conservação da energia mecânica em um
sistema isolado

•Definimos a soma da energia potencial e cinética


como energia mecânica, e da expressão anterior,
concluímos que a energia mecânica se conserva
para um sistema isolado.
•Um sistema isolado é aquele no qual não
ocorrem transferências de energia através da
fronteira.
•Quando o livro cai em direção à superfície da
Terra, ele perde energia potencial, mas ganha
energia cinética, de forma que a soma dos dois
tipos de energia permanece sempre constante.113
Exercícios

1) Lança-se uma caixa de massa 2 kg


com velocidade inicial de 4 m/s, a partir
do topo de um escorregador de altura
2m. Qual a velocidade da caixa na base
da rampa, supondo o sistema isolado?

114
Exercícios

2) Um bloco de 2kg, sobre uma superfície


horizontal sem atrito, é empurrado contra
uma mola de constante elástica igual a 500
N/m, comprimindo a mola de 20 cm. O bloco
é então liberado e a força da mola o acelera à
medida que a mola descomprime. Depois, o
bloco desliza ao longo da superfície e sobe
um plano sem atrito, inclinado em 45°. Qual
a distância que o bloco percorre rampa
acima, até atingir momentaneamente o
115
repouso?
Exercícios

3) Próximo à borda de um telhado de um


prédio de 12 m de altura, você chuta uma
bola com uma velocidade inicial v0=16 m/s,
formando um ângulo de 60° com a

horizontal. Desprezando a resistência do


ar, encontre:
a) A altura máxima, acima do telhado,
atingida pela bola;
b) A velocidade da bola imediatamente
antes de atingir o solo. 116
Dissipação da energia mecânica

Em um sistema não isolado, o trabalho realizado


sobre o sistema, transfere energia do mesmo para
sua vizinhança. Colocando isso em uma expressão
matemática:
ΔEmec=τdiss

A variação da energia mecânica do sistema é igual


ao trabalho das forças dissipativas. No sistema
não isolado, a energia mecânica final será sempre
menor que a energia mecânica inicial, logo o
trabalho das forças dissipativas é sempre
negativo, ou seja, retira energia do sistema.
117
Conservação da energia mecânica

A energia do sistema pode ser convertida em


energia térmica (devido ao atrito e colisões),
ondas mecânicas (quando uma perturbação se
propaga pelo ar ou outro meio), calor
(transferência de energia por condução devido a
diferença de temperatura entre duas regiões),
entre outros.
Assim chegamos à lei da conservação da
energia, que nos diz que a energia não é criada
nem destruída, mas convertida em outras
formas ou transferida de uma região para
outra. 118
Exercícios

1) Lança-se uma caixa de massa 2 kg com


velocidade inicial de 4 m/s, a partir do topo de
um escorregador de altura 2m. A caixa desliza
até parar na base da rampa. Qual o trabalho
total realizado pelo atrito da rampa sobre a
caixa.

119
Exercícios

2) Uma caixa de 4 kg está inicialmente em


repouso sobre uma mesa horizontal. Você
empurra a caixa por uma distância de 3 m ao
longo da mesa, com uma força horizontal de 25
N. O coeficiente de atrito cinético entre a caixa
e a mesa é 0,35. Determine:
a) O trabalho externo realizado sobre o
sistema bloco-mesa;
b) A energia dissipada pelo atrito;
c) A energia cinética final da caixa;
d) A velocidade final da caixa;
120
Exercícios

3) Um trenó está deslizando sobre uma


superfície horizontal coberta de neve, com
uma rapidez inicial de 4 m/s. Se o
coeficiente de atrito cinético entre o trenó e
a neve é 0,14, que distância o trenó
percorrerá até parar?

121
Exercícios

4) Uma criança de 40 kg de massa desce por


um escorregador de 8 m de comprimento,
inclinado de 30° com a horizontal. O
coeficiente de atrito cinético entre a criança
e o escorregador é 0,35. Se a criança parte
do repouso do topo do escorregador, qual
sua velocidade ao chegar à base?

122
Cap. 7

123
124
125
ESTÁTICA DE CORPOS RÍGIDOS
ESTÁTICA DE CORPOS RÍGIDOS
 Estuda o equilíbrio dos corpos.
 Estática de um ponto material - 1 condição de
equilíbrio: que a força resultante seja igual a
zero.
ESTÁTICA DE CORPOS RÍGIDOS

• Estática de um corpo extenso – 2


condições: que a força resultante seja
zero e o torque resultante seja zero.
CORPO EXTENSO
 Um corpo de formato definido e massa
distribuída em toda sua extensão.
TRANSLAÇÃO E ROTAÇÃO
 Um corpo extenso, ao sofrer a ação de uma força, pode
executar movimento de rotação e translação. O movimento de
translação ocorre quando a força resultante não é nula e a
rotação ocorre quando o torque resultante não é nulo.
EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL
 Uma esfera homogênea de peso 300N está em equilíbrio,
conforme mostrado na figura. Dados cosθ=0,8 e sen θ=0,6,
calcule a força de tração e a força normal.
MOMENTO DE UMA FORÇA (TORQUE)
 Polo é o ponto sobre o qual
todo o corpo irá girar.
 Linha de ação é a direção
na qual a força atua.
 Braço é a distância entre o
polo e a linha de ação da
força.
M   F.d
M é o momento da força, F é a força e d é o braço. A
unidade de medida é N.m (não é Joule). O sinal será
positivo, caso o giro seja no sentido anti-horário e negativo
no sentido horário (convenção do círculo trigonométrico).
EXERCÍCIO 1
 1) Calcule o torque devido a cada força no
esquema abaixo:

F=10 F=10
N N
• Com esse exemplo simples, vemos que
quanto maior o braço de alavanca, menor o
esforço necessário para girar a porca.
EXERCÍCIO 2
 A chave fixa é submetida ao sistema de forças
mostrado na figura. Determine o momento de
cada força em relação ao ponto O. Determine
também o momento resultante.
EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO
 Considere a alavanca interfixa da figura abaixo:

 Para que esse sistema se mantenha em equilíbrio, é


necessário que a força resultante e o torque resultante
sejam iguais a zero.
EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO
 Vamos calcular o valor da força F para que o
sistema se mantenha em equilíbrio:
Fn

Fr=0 Mr=0
Fn-F-20N=0 20.0,3-F.0,6+0=0
F=(20x0,3)/0,6
F=10N
EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO
 Como o braço é 2x maior que a distância do objeto
até o polo, a força aplicada necessária para
manter o equilíbrio é de metade do peso do objeto.

 Assim, quanto maior o braço, menor a força


necessária para manter o equilíbrio, ou para
erguer o objeto.
EXERCÍCIO 1
 Na figura temos uma barra homogênea AB de peso 80 N, que
está em equilíbrio sob ação das forças F1 e F2, apoiadas no
suporte S, no ponto O. Sendo F1= 200 N, qual será a
intensidade de F2 e da força normal exercida pelo suporte S
sobre a barra?
EXERCÍCIO 2
 Na figura abaixo, os dois blocos, A e B, estão em
equilíbrio. Calcule a massa do bloco A, sabendo
que a massa do bloco B é 5 kg.
Considere =10m/s².
ALAVANCAS
 A alavanca é uma máquina simples que tem a
função de facilitar a execução de um trabalho.
 Ela pode ser de três tipos: interfixa, inter-
resistente ou interpotente.
 Uma alavanca possui 3 elementos: ponto de
apoio, força potente e força resistente.
TIPOS DE ALAVANCAS

Interfixa

Interpotente

Inter-
resistente
MAIS EXEMPLOS DE ALAVANCAS
ROLDANA FIXA

É um tipo de alavanca interfixa. O


ponto fixo é o centro. A força
resistente é na extremidade
esquerda e a força potente é na
extremidade direita.
Como o braço de resistência e
potência são iguais, a força
resistente e potente também são
iguais.
ROLDANA MÓVEL

É um tipo de alavanca inter-


resistente. O ponto fixo é na
extremidade esquerda. A força
resistente é no centro e a força
potente é na extremidade direita.
O braço de resistência é igual ao
raio da roldana e o braço de
potência é igual ao diâmetro da
roldana. Por isso, a força necessária
para erguer o peso é somente
metade dele.
EXERCÍCIOS
1) Para levantar 500 kg, emprega-se uma alavanca de 1,50m.
O ponto de aplicação e o ponto de apoio distante 0,30m. Qual
a força que se deve aplicar na extremidade da alavanca para
erguer a pedra?

2) É preciso erguer um peso de 1000 kg por meio de uma


alavanca; qual deve ser a força potente (P) , se os braços de
alavanca são 1,20m para a força potente (P) e 0,24m para a
resistência?
3) Um bloco de massa 20,0 kg está suspenso por um sistema
de roldanas, sendo duas delas móveis acopladas a uma fixa,
conforme ilustrado na figura. Os cabos são inextensíveis e têm
massas desprezíveis. O Bloco 2 faz com que o sistema
permaneça em equilíbrio.
Se os blocos estão em repouso, a massa do Bloco 2, em kg,
vale
4) A barra homogênea da figura tem peso P = 120 N.
A polia é ideal. Determine o peso do bloco e a
intensidade da força que o apoio A exerce na barra,
estando o sistema em equilíbrio.

5) O sistema da figura está em


equilíbrio e os pesos da barra e
das polias podem ser
ignorados. A razão entre as
massas M/ m é:
6) A barra homogênea de peso P = 30 N
estáAarticulada no ponto A. O fio DC é ideal e forma
com a barra, naAposição horizontal, um ângulo de
30º. O bloco tem peso PBx=x10 N. Sendo sen 30º =
1/2 e cos 30º = √3/2, determine a intensidadeAda
força de tração no fio e as componentes XA e YA da
força que a articulação exerce na barra.
7)Uma escada uniforme de 5 m, pesando 60 N, está
apoiada sobre uma parede sem atrito. A base está a 3
m da parede. Qual o menor coeficiente de atrito
estático necessário entre a escada e o piso para que a
escada não escorregue?
8) A figura abaixo mostra um móbile constituído de
quatro objetos pendurados em três barras de massas
desprezíveis. Determine os valores das massas
desconhecidas dos objetos, sabendo que o móbile está
em equilíbrio.
FLUIDOS
INTRODUÇÃO

 Fluidoé o nome dado a substâncias cuja forma se


modifica de acordo com o recipiente no qual está
contido. Líquidos e gases são fluidos.

 Ascaracterísticas comuns a ambos são o formato


definido pelo recipiente em que se encontram e o fato
de ambos transmitirem pressão prontamente.

O que difere gases dos líquidos é que os gases ocupam


todo o volume do recipiente, são mais leves em iguais
volumes e são altamente compressíveis.
FLUTUABILIDADE - EMPUXO

 Princípio de Arquimedes: Todo corpo imerso em um fluido


sofrerá a ação de uma força vertical para cima, igual ao
peso do fluido deslocado.

E  d.Vd .g
Onde: E=empuxo (N)
d=densidade do fluido (kg/m³)
Vd = volume do fluido deslocado (m³)
g = aceleração da gravidade (m/s²)
FLUTUABILIDADE - EMPUXO
FLUTUABILIDADE - EMPUXO

 O peso dos objetos imersos (peso aparente) será sempre


menor que seu peso real. (Pa=P-E)

 Se o empuxo for maior que o peso real do objeto, ele irá


flutuar, caso contrário, irá afundar.

 Exercício: O empuxo exercido pelo ar sobre um balão cheio


de gás é igual a 130 N. A massa total do balão é de 10,0
kg. Sendo a densidade do ar igual a 1,30 kg/m³, qual o
volume ocupado pelo balão e qual a força que uma pessoa
deve exercer para mantê-lo no chão?
Exercício 2 - Um balão cheio de certo gás tem volume igual a 5,0 m3. A
massa total do balão (incluindo o gás) é de 4,0 kg. Considerando a
densidade do ar igual a 1,3 kg/m3 e g =10,0 m/s2, assinale o que for
correto e justifique:
a) O peso do balão é 40,0 N.
b) Se o balão for abandonado, ele cairá, porque sua densidade é maior
que a do ar.
c) O empuxo que o balão recebe do ar é de 65,0 N.
d) Para uma pessoa manter o balão em equilíbrio, ela deverá exercer
sobre ele uma força igual e contrária ao empuxo que ele sofre do ar.
e) Se esse balão fosse abandonado na Lua, ele não receberia empuxo,
pois lá não existe atmosfera.

Exercício 3 – Na figura a seguir, ordene as situações do maior para o


menor empuxo:
Exercício 4 - Numa experiência de laboratório, os alunos observaram
que uma bola de massa especial afundava na água. Arquimedes, um
aluno criativo, pôs sal na água e viu que a bola flutuou. Já Ulisses
conseguiu o mesmo efeito modelando a massa sob a forma de barquinho.
Explique, com argumentos de Física, os efeitos observados por
Arquimedes e por Ulisses.
 Exercício 5: Um bloco de madeira flutua em
água com dois terços do seu volume submerso.
Em óleo, flutua com 0,90 do seu volume
submerso. (a) Encontre a densidade da madeira.
(b) Encontre a densidade do óleo. ( Resp. a) dM=
666,7kg/m³ b) dO = 740,7kg/m³)

 Exercício 6: Um balão esférico cheio de hélio


tem raio de 12 m. A massa total do balão,
incluindo todo o seu material, os cabos e a cesta, é
igual a 196 kg. Calcule a carga máxima M que
este balão pode transportar. Considere dHe=0,16
kg/m³; dar=1,25 kg/m³.(r. 7690 kg)
TEMPERATURA
 Neste tópico vamos estudar as escalas de temperatura.
Posteriormente, iremos aplicar esses conceitos no estudo de
termometria e calorimetria.

160
 Temperatura: Número associado ao grau de agitação das
partículas de um determinado corpo.

 Está relacionada à energia cinética das partículas. Quanto


maior a energia cinética, maior o grau de agitação das
partículas e, consequentemente, maior a temperatura.

161
• Para criar uma escala de temperatura, devemos escolher um
fenômeno físico reprodutível e atribuirmos a ele uma
temperatura.
• Escala Celsius: construída em 1792 por Anders Celsius.

• Calibração da escala Celsius:

162
• Escala Fahrenheit:
Construída em 1727 por
Daniel Fahrenheit. O
ponto zero da escala se
deve à temperatura de
uma mistura de água,
gelo e sal e à
temperatura do corpo
humano foi atribuído o
valor 100.

• Escala Kelvin (escala


absoluta) : Criada em
1848 por William
Thomson (Lorde Kelvin).
O ponto zero se refere ao
163
grau zero de agitação das
moléculas do corpo
• Conversões entre as escalas: interpolação
Exercícios
1. A temperatura em que a indicação da escala Fahrenheit é o dobro
da indicação da escala Celsius é:
a) 160°C b) 160°F c) 80°C d) 40°F e) 40°C

2. O gráfico a seguir mostra a correspondência entre a temperatura T, em


°C, e a resistência elétrica R em dado condutor, em Ω. Qual a função que
relaciona as duas grandezas?

a) T = 100.(R - 16) / 6,6.


b) T = 100.6,6 / (R - 16).
c) T = (R - 6,6) / (6,6.100).
165
d) T = 100.(R - 16) / 16.
e) T = 100.(R - 6,6) / 16.
3. Em uma escala linear de temperatura X, a água
evapora a -53,5°X e congela a -170 °X. Quanto vale a
temperatura de 340 K na escala X?

4. Dois termômetros, Z e W, marcam, nos pontos de fusão


do gelo e de ebulição da água, os valores mostrados na
tabela. Em qual temperatura as escalas apresentam a
mesma leitura?

166
PRESSÃO
Ao entrar em contato com uma superfície sólida, o fluido
exerce sobre ela uma força normal em cada ponto da
superfície.

A força por unidade de área é chamada pressão do fluido


P:
F
P
A
F
P
A
•A unidade de medida de pressão (SI) é o Pascal [Pa].
•A pressão atmosférica no nível do mar corresponde a
aproximadamente 1,01.105 Pa e essa medida é conhecida
como 1 atmosfera [atm].
•No sistema inglês, a pressão é dada em libras por
polegada quadrada [lb/in²] e 1atm≈14,7 lb/in²
EXERCÍCIOS
1- Uma sala de estar tem 4,2 m de comprimento, 3,5 m de
largura e 2,4 m de altura.
a) Qual o peso do ar contido na sala se a pressão do ar é 1 atm?
Resp. 449N
b) Qual o módulo da força que a atmosfera exerce, de cima para
baixo, sobre a cabeça de uma pessoa, que tem uma área da
ordem de 0,040 m²? Resp.: 4040 N

2- A janela de um escritório tem dimensões de 3,4 m por 2,1 m.


Como resultado de uma tempestade a pressão no lado de fora cai
para 0,96 atm, mas a pressão de dentro permanece de 1atm.
Qual o valor da força que puxa a janela para fora? Resp. 2,88.104
N

3- Determine o aumento de pressão do fluido de uma seringa


quando uma enfermeira aplica uma força de 42 N ao embolo
circular da seringa, que tem raio de 1,1 cm. Resp.:110487 Pa.
Princípio de Pascal: Uma variação de pressão aplicada
em um fluido confinado é transmitida, sem redução, a
todos os pontos do fluido e às paredes do recipiente.

Esse princípio nos permite estudar os sistemas


hidráulicos e o mais conhecido é o elevador hidráulico:
A pressão feita no pistão menor será transmitida,
integralmente, a todo o fluido.

𝑃1 = 𝑃2
𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2
Assim, com uma pequena força F1, é possível elevar o carro
que está sobre a base maior.
EXERCÍCIOS
 Na prensa hidráulica na figura , os diâmetros dos tubos 1 e
2 são , respectivamente, 4 cm e 20 cm. Sendo o peso do
carro igual a 10 kN, determine a força que deve ser aplicada
no tubo 1 para equilibrar o carro;
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Sabemos que a pressão atmosférica diminui com a
altitude, pois a densidade atmosférica também diminui
com a altitude.

Já a pressão no oceano ou em um lago aumenta


linearmente com a profundidade, segundo a equação que
será deduzida a seguir:
P  P0  gh
P é a pressão em determinada altura
P0 é a pressão atmosférica
Ρ é a densidade do fluido
g é a aceleração da gravidade
h é a profundidade
Exercício 1: A que profundidade, abaixo da superfície de um lago,
está um mergulhador, se a pressão é igual a 2 atm?

Exercício 2: Com uma profundidade de 10, 9 km, a fossa das


Marianas, no oceano Pacífico, é o lugar mais profundo dos oceanos.
Em 1960, Donald Walsh e Jacques Piccard chegaram a fossa das
Marinas no batiscafo Trieste. Supondo que a água do mar tem uma
massa específica uniforme de 1024 kg/m³, calcule a pressão
hidrostática aproximada (em atmosferas) que o Trieste teve que
suportar.

Exercícios 3: Alguns membros da tripulação tentam escapar de um


submarino avariado 100m abaixo da superfície. Que força deve ser
aplicada a uma escotilha de emergência, de 1, 2 m por 0, 6 m, para
abri-la para fora nessa profundidade? Suponha que a massa
específica da água do oceano é 1024 kg/m³ e que a pressão do ar no
interior do submarino é 1 atm.
4.

5. Plasma sanguíneo flui de uma bolsa, através de um tubo, para a veia de um


paciente, onde a pressão sanguínea é 12 mmHg. A densidade do plasma a 37°C
é 1,03 g/cm³. Qual é a menor elevação que a bolsa deve ter para que o plasma
flua para dentro da veia?
Teoria cinética dos gases

É uma descrição das propriedades macroscópicas


dos gases, partindo do princípio que todos os gases
são formados por átomos em movimento contínuo.

Para estudar os gases, devemos conhecer as


variáveis macroscópicas do gás: Pressão (p),
volume (V) e temperatura (T). Essas três variáveis
são conhecidas como variáveis de estado.

177
As variáveis de estado estão relacionadas ao
movimento dos átomos:

•O volume é consequência da liberdade que os átomos


têm de se espalhar por todo o recipiente;

•A pressão é causada por colisões dos átomos com as


paredes do recipiente;

•A temperatura está associada à energia cinética dos


átomos.

178
LEI DE BOYLE
O cientista Robert Boyle observou,
experimentalmente, que, mantendo
constante a temperatura de um gás
confinado e dobrando sua pressão, seu
volume cairia pela metade. Por outro lado,
se reduzisse a pressão, o volume
aumentaria proporcionalmente. Assim,

V1P1=V2p2
EXERCÍCIO
4 pés cúbicos de nitrogênio estão sob uma
pressão de 100 p.s.i.g. Ao nitrogênio é
permitida uma expansão para um volume
de 6 pés cúbicos. Qual é a nova pressão
indicada ?
LEI DE CHARLES
 Charlestambém observou
experimentalmente a variação do volume,
porém, essa variação ocorria de acordo
com a temperatura e a uma pressão
constante. Matematicamente:

V1 T1

V2 T2
EXERCÍCIO
 Em um recipiente fechado, certa massa de
gás ideal ocupa um volume de 12 L a 293
K. Se este gás for aquecido a 302 K, sob
pressão constante, qual será seu novo
volume?
LEI GERAL DOS GASES
 Combinando as leis de Boyle e Charles,
podemos encontrar uma expressão única
que estabelece todas as informações
encontradas em ambas:

P1V1 P2 V1

T1 T2
LEI GERAL DOS GASES
 Essalei se aplica a gases perfeitos, ou
ideais, que são aqueles nos quais as
moléculas são perfeitamente elásticas.
EXERCÍCIO
 Doispés cúbicos de um gás a 75 libras por
polegada quadrada e a 80ºF, são
comprimidos para um volume de 1 pé
cúbico e, então, aquecido a uma
temperatura de 300ºF. Qual a nova
pressão indicada?
EXERCÍCIO
 Quatro pés cúbicos de um gás a 75 p.s.i.g.
e 80ºF. são comprimidos a 237,8 p.s.i.g. e
aquecidos para uma temperatura de
300ºF. Qual é o volume de gás resultante
desta operação?
LEI GERAL DOS GASES
 Existe uma constante de proporcionalidade entre
as variáveis macroscópicas dos gases. Essa
constante relaciona o nº de mols do gás e uma
constante R, chamada constante dos gases ideais
(R=8,31 J/mol.K). Essa relação pode ser vista na
equação de estado:

pV=nRT
Onde:
p=pressão
V=volume
n=número de mols do gás
R= constante dos gases ideais (R=8,31 J/mol.K)
T = temperatura

O número de mols de um gás pode ser relacionado ao


número de moléculas existentes nesse gás através do
número de Avogadro.

188
Definição: Um mol é o número de átomos em uma
amostra de 12g de carbono 12.

O número de Avogadro informa quantos átomos ou


moléculas existem em um mol de um gás:

Na= 6,02x1023 mol -1

Assim, n=N/Na
Onde n é o número de mols, N é o número de átomos
ou moléculas contidos em um gás e Na o número de
Avogadro. Substituindo n na equação anterior,

pV=N/NaRT 189
As constantes R e Na dão origem à constante de
Boltzman, k, onde:
J
8,31
R mol .K 23 J
k   1,38  10
Na 6,02  10²³mol 1
K
E a equação de estado tem sua forma final

pV=NkT

190
EXERCÍCIOS
1. Uma amostra de um gás ideal ocupa um volume de 20
litros, à temperatura de 227°C e sob pressão de 16,6
atm. Sabe-se que: 1atm = 105 Pa; R= 8,3J/mol.K; NA =
6,023.1023 moléculas/mol.
Calcule:
a) o número de mols de moléculas de gás nessa
amostra;
b) o número de moléculas nessa amostra.

2. 0,5 mols de um gás ocupam um volume V de 0,1 m3


quando a uma temperatura de 300 K. Qual é a pressão
do gás a 300 K? Considere R = 8,3 J/ mol K.
 Uma amostra de um gás ideal sofre a sequencia de processos
descrita pelo gráfico pressão versus temperatura mostrado.

 É correto afirmar que o volume do gás:


 A) diminui no trecho AB, permanece constante no trecho BC, aumenta no
trecho CD;
 B) aumenta no trecho AB, permanece constante no trecho BC, diminui no
trecho CD;
 C) aumenta no trecho AB, diminui no trecho BC, permanece constante no
trecho CD;
 D) permanece constante no trecho AB, aumenta no trecho BC, diminui no
trecho CD;
 E) permanece constante no trecho AB, aumenta no trecho BC, permanece
constante no trecho CD.
OSCILAÇÕES
Movimento Harmônico Simples
INTRODUÇÃO
 O estudo de oscilações em Física é muito importante,
uma vez que a oscilação está presente na natureza, como
por exemplo, o movimento orbital de um planeta ao redor
do Sol, o movimento de rotação de um CD em um
computador, o movimento de vai e vem de um pistão em
uma engrenagem de um automóvel, a vibração de uma
corda em uma guitarra, o movimento vibratório de uma
ponte ou edifício, etc.

 Quando estudamos em detalhes um sistema massa-mola,


as equações matemáticas que se desenvolvem para
descrever tal sistema são de grande importância, pois
equações análogas são utilizadas na descrição de todos
outros sistemas oscilantes.
MOVIMENTO OSCILATÓRIO
 É o movimento de um corpo que descreve uma
trajetória e, após um certo intervalo de tempo,
repete essa mesma trajetória. Esse movimento é
periódico e se repete em intervalos regulares de
tempo.

 O Movimento Harmônico Simples (MHS) é um


movimento periódico, e iremos estudá-lo através
da análise de um sistema massa mola.
MHS – SISTEMA MASSA-MOLA
 Um MHS é um movimento executado por uma partícula sujeita
a uma força restauradora. No caso do sistema massa-mola, essa
força restauradora é a força elástica.

 Um sistema massa mola é representado na figura abaixo. Uma


mola tem uma de suas extremidades presa em uma parede
rígida e a outra extremidade está presa em um corpo que está
sobre um superfície sem atrito.

 Quando deslocado de sua posição de equilíbrio o corpo começa a


oscilar.
MHS – SISTEMA MASSA-MOLA
 Quando deslocamos o bloco de sua posição de equilíbrio,
estamos inserindo energia no sistema que, na ausência de
atrito, será conservada.

 Nos pontos de distensão e compressão máxima (situações


1, 3 e 5), toda energia mecânica do sistema está sob a
forma de energia potencial elástica. Nesses pontos, a força
restauradora da mola (Força elástica) também é máxima,
pois a força é proporcional ao deslocamento.

 Quando o sistema passa pela posição de equilíbrio


(situações 2 e 4), toda energia mecânica está sob a forma
de energia cinética. Nesse ponto a força é nula e a
velocidade do bloco é máxima.
MHS – SISTEMA MASSA-MOLA
A figura mostra uma oscilação
completa: O sistema é retirado do
equilíbrio (1), onde lhe é fornecida
energia. Ao liberar o bloco, a mola
1
força o movimento para a esquerda e
a energia potencial elástica se
2 converte em energia cinética,
atingindo o máximo no ponto (2).
Como a velocidade é máxima nesse
3
ponto, o movimento continua para a
esquerda até que toda energia
4 cinética se converta novamente em
potencial elástica (3). A força elástica
direciona então o movimento para a
5
direita, a energia se converte em
cinética (4), e sendo a velocidade
Xmin 0 Xmax
máxima, o movimento continua para
a direita até atingir o deslocamento
máximo (5). A partir daí todo o
movimento se repete e, na ausência
de atrito, esse movimento é perpétuo.
MHS – SISTEMA MASSA-MOLA
 O movimento descrito na figura anterior pode ser
expresso graficamente:

Características de um MHS

Amplitude (A): Deslocamento máximo


a partir da posição de equilíbrio. No
gráfico 1 é a distância entre o e xm.

Período (T): Tempo de uma oscilação


completa.

Frequência (f): Número de oscilações


por segundo.

f=1/T e T=1/f
MHS – SISTEMA MASSA-MOLA
 A função matemática que descreve a posição de um
objeto no MHS é dada por:

x  xm cos(t   )
 Onde x é a posição em qualquer instante de tempo, xm é a
amplitude, ω é a velocidade angular, t é o tempo e φ é a
constante de fase.

 Velocidade angular: relaciona a distância percorrida em


ângulo e o período necessário para se completar um ciclo:
ω=2π/T.

 Fase: argumento do cosseno ou seno na função. (ωt+ φ),


onde φ é a constante de fase.
MHS – SISTEMA MASSA-MOLA
 A velocidade e aceleração da partícula
executando um MHS pode ser encontrada através
da derivação da função da posição.

x  xm cos(t   )
dx
v   xmsen(t   )
dt
2
d x
a  2   xm ² cos(t   )   ² x
dt
LEI DO MHS
 Dissemos que o MHS é caracterizado por ser um movimento
executado por uma partícula sujeita a uma força restauradora.
 A força restauradora no sistema massa mola é a força elástica:
F  kx
ma  kx
 m²x  kx
k

m
m
T  2
k
 A constante k está relacionada à elasticidade da mola e a massa
do bloco, à inércia. Quanto maior a massa, menor a frequência
de oscilação e maior o período. O mesmo acontece para uma
mola com maior elasticidade.
EXEMPLO – HALLIDAY PÁG 91
EXEMPLO – HALLIDAY PÁG 92
ENERGIA NO MHS
 Na ausência de forças dissipativas, a energia
mecânica no MHS se conserva.

1 1 2
E pel  kx²  kxm cos ²(t   )
2 2
1 1
Ecin  mv²  m ² xm sen²(t   )
2

2 2
1 2
Emec  Ep  Ec  kxm
2
RESUMO
x  xm cos(t   )
Posição

v   xmsen(t   )
Velocidade

a   xm ² cos(t   )
Aceleração

1 2
Emec  Ep  Ec  kxm
2
Energia
EXEMPLO – HALLIDAY PÁG 93
OSCILADOR HARMÔNICO ANGULAR
SIMPLES – PÊNDULO DE TORÇÃO
Extremidade fixa

Fio de suspensão

Deslocamento θ

O movimento descrito pelo disco é de rotação em torno da posição de


equilíbrio, com amplitude θm, cujo torque restaurador é:

  
Onde κ é a constante de torção (depende do comprimento, diâmetro e material
do qual é feito o fio) e θ é o deslocamento angular.

Torque= Fxd (vetor) produz um movimento de rotação ao longo de um eixo fixo.


OSCILADOR HARMÔNICO ANGULAR
SIMPLES – PÊNDULO DE TORÇÃO
 Adaptando a equação do período de um sistema massa-mola
para o pêndulo de torção, teremos:

I
T  2

 Onde I é o momento de inércia, que depende da distribuição
de massa de um objeto em torno do eixo de rotação. Para cada
objeto existe um momento de inércia específico, dependente do
formato desse objeto.

 Portanto, quanto maior a inércia, menor a frequência, mais


demorado o movimento oscilatório. Quanto maior a constante
de torção, mais rápido é o movimento (frequência) e menor o
período.
PÊNDULO SIMPLES E PÊNDULO FÍSICO –
TAMBÉM EXECUTAM MHS Físico
Simples h

Considera-se um objeto com


distribuição específica de
Considera-se uma esfera massa preso a uma
presa na extremidade de um extremidade fixa.
fio de massa desprezível.
I
I T  2
T  2 mgh
mgL
L é o comprimento do fio h é a distância do ponto fixo ao centro
I é o momento de inércia da de massa do objeto.
esfera I é o momento de inércia do objeto
MHS AMORTECIDO
 Na ausência de forças dissipativas (atrito e arrasto),
um sistema massa-mola ou um pêndulo oscilariam
eternamente.

 Porém, numa situação real isso não acontece, e as


forças dissipativas reduzem a amplitude das oscilações
de um determinado sistema até que toda energia se
dissipe e a amplitude chegue a zero.

 Em um MHS amortecido, a equação do deslocamento é:


bt Amplitude decresce
exponencialmente

x  xme 2m
cos(' t  )
MHS AMORTECIDO
 Onde b é uma constante de amortecimento e
2
k b
'   2
m 4m
 Quando b<< k.m , então podemos fazer ω’= ω

 No MHS amortecido, a força de arrasto dissipa energia do


sistema. A equação da energia então, se torna:
bt
1 2
E(t)  kxme m
2
MHS AMORTECIDO
Amplitude de um oscilador amortecido decai exponencialmente com o
tempo.
OSCILAÇÕES FORÇADAS E RESSONÂNCIA
 Sempre que um sistema oscila após ser perturbado de seu
estado de equilíbrio, ele executa uma oscilação livre. Uma
cadeira de balanço é um exemplo.

 Se após a perturbação, a força externa continuar agindo no


sistema, a oscilação produzida por ele será uma oscilação
forçada.

 Um sistema que executa oscilações forçadas tem 2


frequências angulares características:
 Frequência natural de oscilação: aquela que ele teria ao oscilar
livremente após sofrer uma perturbação brusca de curta
duração;
 Frequência da força externa: que produz as oscilações forçadas.
OSCILAÇÕES FORÇADAS E RESSONÂNCIA

 Suponha que o suporte rígido oscila com uma frequência


externa ωe.
 Se a frequência externa se igualar
com a frequência natural de
v  exmsen(e t  ) oscilação ω do sistema, a amplitude da
velocidade será máxima. A esse
fenômeno chamamos ressonância.
EXEMPLOS QUE ILUSTRAM O FENÔMENO
DA RESSONÂNCIA
ONDAS
 Vamos observar as características de uma onda, usando
a simulação: http://phet.colorado.edu/sims/wave-on-a-
string/wave-on-a-string_pt_BR.html

 A figura ilustra uma corda esticada. Essa corda é


dividida em pequenos elementos de corda.

 Executando um movimento de subida e descida na


corda, o que acontece?

 O movimento de subida e descida será transmitido a


cada elemento de corda, através da tensão que o
anterior exerce sobre o posterior.

 Essa perturbação que se propaga é chamada onda.


ONDAS

 Fixe sua atenção em um dos pontinhos verdes. Ao


ser perturbado, como ele se movimenta?

 O ponto executa um movimento idêntico ao do


oscilador, sobe e desce, mas não se propaga com a
onda.

 Portanto, a onda não transmite matéria, mas


somente energia.

 Esse tipo de onda na corda é uma onda mecânica,


que precisa de um meio físico para se propagar.
TIPOS DE ONDAS
 Ondas mecânicas: Necessitam de um meio físico
para se propagar.

 Ondas eletromagnéticas: também se propagam


no vácuo. Exemplo: A luz do sol percorre um
grande caminho até nos atingir.
ONDAS TRANSVERSAIS E LONGITUDINAIS

 A onda em uma corda é uma onda transversal, ou seja,


possui direção de vibração perpendicular à direção de
propagação.

 Ondas sonoras são exemplos de ondas longitudinais,


cuja direção de vibração é paralela à direção de
propagação.
PARÂMETROS DA ONDA

 Olhe novamente para a simulação. Vamos observar


alguns parâmetros da onda.

 Amplitude (ymáx). : Distância máxima transversal do


ponto de origem

 Frequência (f): Número de vezes que o oscilador repete


seu movimento em 1 segundo.

 Período (T): Tempo que o oscilador leva para completar 1


ciclo.
PARÂMETROS DA ONDA

 Comprimento de onda (λ): Distância longitudinal (x)


entre dois picos ou dois vales de uma onda.

 Velocidade de propagação (v): é constante e dada por


v=λ/T

 Número de onda: k=2π/λ. Indica o número de oscilações


necessárias para que a onda se desloque 1 metro.
PARÂMETROS DA ONDA

 A velocidade de propagação também pode ser expressa


como: v=λf ou v=ω/k.

 A equação que se segue serve para determinar a


posição y de um elemento de corda que se situa numa
posição x em um determinado instante de tempo t:

y(x , t)  ymáxsen(kx  t)


ONDAS EM CORDAS
 Vimos que a função que descreve uma onda progressiva
em uma corda é dada por:

y( x, t )  ym sen(kx  t )
 Onde:
 ym é a amplitude da onda, k é o número de onda, ω é a
frequencia angular, x é a posição horizontal de um
elemento de corda e t é o tempo.
EXERCÍCIO
 Uma onda em uma corda é descrita pela equação

y( x, t )  0,00327sen(72,1x  2,72t )
Qual a amplitude da onda?
Qual a velocidade de propagação da onda?
Qual o deslocamento y para x=22,5 cm e t=18,9 s?
Qual a velocidade transversal u (vibração) desse
elemento de corda, nesse instante?
Qual a aceleração transversal?
PARÂMETROS DA ONDA

 Velocidade transversal (vibração)


dy
u   ymáx cos(kx  t)
dt
 Aceleração transversal
2
dy
ay   ²ymáxsen(kx  t)
dt²
VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO E ENERGIA
 Como vimos, uma onda transporta energia. E isso
é possível uma vez que o meio possua massa e
tenha elasticidade. A massa está relacionada à
energia cinética. E a elasticidade à energia
potencial.

 Embora possamos determinar a velocidade da


onda se soubermos seu comprimento de onda e
período, são as propriedades físicas massa e
elasticidade que determinam essas
características.
VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO E ENERGIA
 Outra forma de determinar a velocidade de
propagação da onda é pela expressão:

v

 Onde τ é a tensão na corda e μ=m/l é conhecida como
massa especifica linear da corda (sendo m a massa e l o
comprimento da corda).
EXEMPLO 16.5 – HALLIDAY PÁG 127
 Uma corda de uma massa específica μ=0,525 kg/m e
está submetida a uma tensão de 45 N. Uma onda
senoidal de frequência 120 Hz e amplitude 8,5mm é
produzida na corda. Qual a velocidade da onda? E o
período? E a frequência angular?
ENERGIA E POTÊNCIA EM UMA ONDA
PROGRESSIVA
1
 Energia cinética: Ec  mu ²
2

Sendo u a vel. transversal: u  ym cos(kx  t )


A máxima velocidade é em y=0 e, portanto, também
a máxima energia cinética é alcançada em y=0.

 Energia potencial elástica: Observe a figura


 Quanto maior a variação de comprimento da
corda, mais energia é armazenada na forma
potencial elástica. Portanto, nesse caso, a energia
potencial é máxima em y=0.
TRANSPORTE DE ENERGIA
 Tanto a energia potencial quanto a cinética são
máximas em y=0 e nulas em y=ym.
 A energia é transportada ao longo da corda por
forças de tensão que realizam trabalho
continuamente transferindo energia das regiões
de máximos para os pontos onde ela é nula.
Interferência de ondas
Considere duas ondas senoidais de mesma amplitude e comprimento de
onda, propagando-se na mesma direção e sentido, com uma diferença de
fase φ:

y1 ( x, t )  ymsenkx  t   
y2 ( x, t )  ymsenkx  t 

Onda resultante:

y( x, t )  y1 ( x, t )  y2 ( x, t )
 ymsenkx  t     ymsenkx  t 
Usamos o resultado:
       
sen  sen  2sen  cos 
 2   2 
Onda resultante:

     
y ( x, t )  2 ym cos sen kx  t  
  2   2

Amplitude da onda
resultante
Casos especiais:

1.   0
y( x, t )  2 ymsenkx  t 
(interferência
construtiva)

2.   
y( x, t )  0
(interferência
destrutiva)
Ondas estacionárias
Vamos considerar agora duas ondas senoidais de mesma amplitude e
comprimento de onda, propagando-se em sentidos contrários:

y1 ( x, t )  ymsenkx  t 
y2 ( x, t )  ymsenkx  t 
Onda resultante:

y( x, t )  y1 ( x, t )  y2 ( x, t )  ymsenkx  t   ymsenkx  t 
Usamos novamente o resultado:
       
sen  sen  2sen  cos 
 2   2 

y( x, t )  2 ymsenkxcost 
y( x, t )  2 ymsenkxcost 
Amplitude da onda
resultante
ONDAS SONORAS
 As ondas sonoras são ondas longitudinais, cuja direção
de propagação é a mesma direção de vibração.
VELOCIDADE DO SOM
 A velocidade do som depende das propriedades inerciais e elásticas
do meio (capacidade de armazenar energia).

 Vimos em ondas transversais que:


v

 Onde τ se refere às propriedades elásticas e μ às propriedades
inerciais.

 Em ondas sonoras, as propriedades elásticas estão relacionadas


à compressão e rarefação de pequenos elementos de volume do
meio, enquanto que as propriedades inerciais se relacionam à
massa específica do meio.
VELOCIDADE DO SOM
 Para ondas longitudinais, a equação anterior fica:
B
v

 Onde ρ é a massa específica do meio e B é o módulo de
elasticidade volumétrico, dado por:
p
B
V / V
 Sendo Δp a variação de pressão e ΔV variação de
volume.
VELOCIDADE DO SOM
APLICAÇÃO: NÚMERO MACH
 No estudo de aeronaves que voam em velocidades
supersônicas é costumeiro discutir a velocidade da
aeronave em relação a velocidade do som.
 O termo “Número Mach” foi dado para a razão da
velocidade da aeronave com a velocidade do som, em
homenagem a Ernst Mach, um cientista austríaco.
V0
M
Vs
 Assim, se a velocidade do som no ar é ~340 m/s, uma
aeronave voando em um número Mach de 2,2 estaria
viajando em uma velocidade de 748 m/s (~2692 km/h)
FUNÇÃO DESLOCAMENTO
 Quando ondas sonoras são emitidas de uma fonte, a variação
de pressão do meio provoca deslocamento das partículas de ar
em torno de sua região de equilíbrio como em um MHS. Por
isso, podemos representar o deslocamento por uma função
seno ou cosseno:

s(x , t)  sm cos(kx  t)

 Onde Sm é a amplitude do deslocamento.


FUNÇÃO DESLOCAMENTO
 E a variação de pressão responsável pelo deslocamento é
dada por:
p(x , t)  pmsen(kx  t)
 A relação entre pressão e deslocamento é dada por
pm  vSm
 V é a velocidade do som em determinado meio
 Ρ é a massa específica do meio
 ω é a frequência angular da onda
 Sm é a amplitude do deslocamento
INTERFERÊNCIA
 Considere duas fontes pontuais de ondas sonoras,
que emitem ondas de mesma amplitude, período
e fase. A duas estão distantes do observador.
 Vejamos quando a interferência será construtiva
e quando ela será destrutiva.
EXEMPLO
QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
 Os seres humanos podem distinguir os sons uns
dos outros pelas suas qualidades fisiológicas:
altura, intensidade e timbre. Essas qualidades
fisiológicas estão relacionadas às diferentes
propriedades das ondas sonoras.
PERCEPÇÃO DO SOM
QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
 Altura: Faz com que o ouvido possa distinguir um
som baixo (grave) de um som alto (agudo).

 Um som alto tem alta


frequência e um som baixo
tem baixa frequência.
QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
 Intensidade (volume) – é a qualidade que diferencia sons
fracos de sons fortes.

A intensidade sonora é
a potência sonora por
unidade de área, e a
potência é a taxa de
variação com o tempo
da transferência de
energia. E, portanto,
está relacionada com a
amplitude da onda.
QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
 A intensidade mínima percebida pelo ouvido
humano é 10-12 W/m²(limiar da audibilidade) e a
máxima 1 W/m² (limiar da dor).
 Considerando uma fonte isotrópica:

P P
I 
A 4 r²
 A intensidade diminui com o quadrado da
distância r da fonte.
QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
 Nível sonoro – devido à ampla faixa de intensidades que
o ouvido humano pode ouvir, utiliza-se uma escala
logarítmica para representar a intensidade sonora em
nível sonoro, definido pela expressão:

I
  (10dB)log
I0
dB é abreviação de decibel.
QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM
 Timbre: Timbre é a qualidade fisiológica que nos permite
distinguir os sons de diferentes instrumentos mesmo que
eles estejam produzindo a mesma nota musical. Um
diapasão, por exemplo, produz uma onda sonora pura, isto
é, associada a uma única freqüência. Os instrumentos
musicais, ao contrário, produzem ondas mais complexas,
que resultam da superposição do modo fundamental (que
define a nota) com um conjunto de harmônicos superiores.
O conjunto e a intensidade desses harmônicos diferem de
um instrumento para outro e definem o timbre do
instrumento.
 Exercício 1: Audiometria é um exame que avalia as
capacidades auditivas de uma pessoa. Numa
audiometria, uma pessoa foi capaz de escutar ondas
sonoras com freqüências entre 60 Hz e 3400 Hz.
Sabendo que o módulo da velocidade do som naquele dia
era de 340 m/s, calcule o comprimento de onda do som
mais agudo que esta pessoa escutou.

 Exercício 2:Numa discussão, o nível sonoro da voz de


uma pessoa passa de 60 dB para 70 dB. Calcule o
aumento na intensidade das ondas sonoras provocadas
pela pessoa.

 Exercício 3: Um automóvel vem de fábrica com uma


buzina cujo nível sonoro é de 100 dB. Calcule o nível
sonoro produzido por dois desses automóveis buzinando
juntos.
REFLEXÃO
 As ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, são
refletidas.

 A onda refletida mantém suas características como


velocidade de propagação, frequência e comprimento de
onda.

 O Eco e a Reverberação são efeitos da reflexão do som.


REFLEXÃO
 Quando ouvimos um som, esse permanece em nosso
ouvido por 0,1 s. Esse tempo é chamado persistência
acústica e se, o som que ouvimos é refletido e chega
novamente em nosso ouvido antes desse tempo, não o
percebemos.

 O eco é o som que ouvimos quando emitido e refletido. Isso


acontece em ambientes que possuem dimensões em que o
tempo de retorno do som refletido seja maior que 0,1s.
REFLEXÃO
 Se o intervalo de tempo for menor que a persistência
acústica, o som ouvido parecerá apenas um
prolongamento do som direto. A esse efeito, chamamos
reverberação.
INTERFERÊNCIA
 Ocorre quando duas ou mais ondas emitidas de fontes
diferentes chegam ao mesmo receptor. O que o receptor
ouvirá é a soma de todas as ondas.

 Ressonância: Se duas ondas de mesma frequência


chegam em fase ao observador, haverá uma
interferência construtiva e a energia da onda resultante
será a soma da energia das duas ondas.
INTERFERÊNCIA
 Batimento: Ondas com frequências muito
próximas, quando somadas, produzem um som
com grande variação de intensidade, como
mostrado na figura.
EFEITO DOPPLER
 É a percepção da frequência do som diferente da
frequência emitida.

 Ocorre quando há movimento relativo entre o observador e


a fonte.

 Quando o observador se aproxima da fonte (ou vice versa)


a frequência aumenta e,

 Quando o observador se afasta da fonte (ou vice versa) a


frequência diminui.
EFEITO DOPPLER
 A frequência original (f) e a frequência que o observador
ouve (f’), devido ao movimento relativo, são relacionadas
pela equação:
vs  vo
f'  f
vs  v f
 Onde vs é a velocidade do som, vo a velocidade do
observador e vf a velocidade da fonte.
EFEITO DOPPLER
 Quando o movimento do detector ou da fonte é no
sentido de aproximá-los, o sinal da velocidade deve
resultar em um aumento da frequência. Quando o
movimento do detector ou da fonte é no sentido de
afastá-los, o sinal da velocidade deve resultar em uma
diminuição da frequência.
TERMODINÂMICA
TERMOMETRIA
 Física térmica: É o ramo da física que estuda medidas de
temperatura e calor, trocas de calor e transformação de calor
em trabalho mecânico.

278
DIFERENÇAS ENTRE CALOR E
TEMPERATURA

 É correto afirmar: Hoje está muito calor!?

279
 Temperatura: Número associado ao grau de agitação das
partículas de um determinado corpo.

 Está relacionada à energia cinética das partículas. Quanto


maior a energia cinética, maior o grau de agitação das
partículas e, consequentemente, maior a temperatura.

280
• Quando dois objetos com temperaturas diferentes entram em
contato, o objeto mais quente (de maior temperatura -maior
energia cinética) irá transferir parte de sua energia para o
objeto mais frio (menor temperatura – menor energia
cinética), até que os dois obtenham a mesma temperatura.

• Quando isso ocorre, dizemos que o sistema está em equilíbrio


térmico e a transferência de energia cessa. A esse fluxo de
energia que vai do corpo mais quente para o mais frio,
denominamos Calor. Assim, quando ocorre o equilíbrio
térmico, cessa o calor.

• Essa é a lei zero da termodinâmica: Todo corpo possui uma


propriedade chamada temperatura. Quando dois corpos
possuem a mesma temperatura, eles estão em equilíbrio
281
térmico.
282
• Esse princípio é usado na medição de temperatura com
termômetros. Ao entrar em contato com um objeto cuja
temperatura se quer ser medida, o sistema entra em
equilíbrio térmico e o calor transferido do objeto para o
termômetro faz com que o líquido interno (mercúrio) seja
dilatado. A variação de volume indica a variação de
temperatura.

Porém, sem uma escala de


medida adequada, o termômetro
não será útil.

283
• Dilatação térmica: A temperatura de determinado material
aumenta devido ao aumento de energia cinética dos átomos
que compõem o material. O aumento da energia cinética faz
com que os átomos se afastem mais uns dos outros,
resultando na dilatação dos objetos.

• Esse conceito é importante para entender o funcionamento


de um termômetro. Agora vamos ver as escalas
termométricas e depois voltaremos a falar sobre dilatação.

284
• Para criar uma escala de temperatura, devemos escolher um
fenômeno físico reprodutível e atribuirmos a ele uma
temperatura.
• Escala Celsius: construída em 1792 por Anders Celsius.

• Calibração da escala Celsius:

285
• Escala Fahrenheit:
Construída em 1727 por
Daniel Fahrenheit. O
ponto zero da escala se
deve à temperatura de
uma mistura de água,
gelo e sal e à
temperatura do corpo
humano foi atribuído o
valor 100.

• Escala Kelvin (escala


absoluta) : Criada em
1848 por William
Thomson (Lorde Kelvin).
O ponto zero se refere ao
286
grau zero de agitação das
moléculas do corpo
• Conversões entre as escalas: interpolação

Celsius Fahrenheit Kelvin

Ponto de ebulição da
água

Ponto de fusão do
gelo

287
Exercícios
1. FATEC-SP - A temperatura em que a indicação da escala
Fahrenheit é o dobro da indicação da escala Celsius é:
a) 160°C b) 160°F c) 80°C d) 40°F e)
40°C
2. UNESP-SP - Um estudante
desenvolve um termômetro para ser
utilizado especificamente em seus
trabalhos de laboratório. Sua ideia é
medir a temperatura de um meio
fazendo a leitura da resistência
elétrica de um resistor, um fio de
cobre, por exemplo, quando em
equilíbrio térmico com esse meio.
Assim, para calibrar esse termômetro
a) T = 100.(R - 16) / 6,6.
na escala Celsius, ele toma como
b) T = 100.6,6 / (R - 16).
referências as temperaturas de fusão
c) T = (R - 6,6) / (6,6.100).
do gelo e de ebulição da água. Depois
d) T = 100.(R - 16) / 16.
de várias medidas, ele obtém a curva 288
e) T = 100.(R - 6,6) / 16.
apresentada na figura. A
correspondência entre a temperatura
3. PUC-PR – Um cientista russo cria uma nova escala de
temperatura e dá a ela o nome de seu filho Yuri. Nessa
escala, a temperatura de fusão de gelo vale – 20ºY e a
temperatura de ebulição da água vale 120ºY. Utilizando um
termômetro graduado nessa escala para medir a temperatura
corporal de seu filho, o cientista encontra o valor de 36ºY.
Pode-se afirmar:
a) o garoto tem febre pois possui temperatura de 40ºC.
b) o garoto tem hipotermia, pois a temperatura de 32ºC.
c) O garoto possui temperatura normal, de aproximadamente
36ºC.
d) A temperatura de 36ºY é impossível, pois é menor do que o
zero absoluto.
e) A medida está errada, pois a temperatura de 36ºY será
corresponde a 90ºC.

289
 Por que ...

Ao ferver, o leite derrama?

Em calçadas, viadutos e lajes, deixam-se pequenas fendas,


e nas ferrovias existem espaços entre os trilhos?
 Para abrir um pote de vidro, basta aquecer a tampa?
Dilatação térmica

Em todas as situações, ocorre o fenômeno da dilatação


térmica . Quando um corpo recebe uma certa
quantidade de calor (que vamos nos referir pela letra Q),
sua temperatura aumenta, significando que o grau de
agitação de suas moléculas aumentou. Isso resulta no
aumento do espaçamento entre as moléculas, o que
visualizamos macroscopicamente como dilatação.
Dilatação térmica

Se isso ocorre em uma dimensão, temos a dilatação linear:

ΔL=LF-L0 (1)
Onde a constante de proporcionalidade entre o comprimento final e o
comprimento inicial dependem das propriedades do material α
(coeficiente de dilatação linear α) e da agitação das moléculas (ΔT).
ΔL=L0 α ΔT (2)
Combinando (1) e (2), podemos obter o comprimento final:
LF=L0 (1+α ΔT) (3)

293
Dilatação térmica

Em duas dimensões, temos a dilatação superficial:

ΔS=SF-S0 (4)
Onde a constante de proporcionalidade entre a área final e a área
inicial dependem das propriedades do material β (coeficiente de
dilatação superficial) e da agitação das moléculas (ΔT).
ΔS=S0 β ΔT (5)
Combinando (4) e (5), podemos obter a área final:
SF=S0 (1+ β ΔT) (6)

294
Dilatação térmica

Em duas dimensões, temos a dilatação volumétrica:

ΔV=VF-V0 (4)
Onde a constante de proporcionalidade entre o volume final e o
volume inicial dependem das propriedades do material γ (coeficiente
de dilatação volumétrica) e da agitação das moléculas (ΔT).
ΔV=V0 γ ΔT (5)
Combinando (4) e (5), podemos obter o volume final:
VF=V0 (1+ γ ΔT) (6)

295
A dilatação térmica, depende de alguns fatores:

O tamanho inicial do objeto. Um exemplo para entender por que:


duas barras de metal, uma com 10 metros e outra com 10
centímetros de comprimento, inicialmente à mesma temperatura,
recebem a mesma quantidade de calor; se verificarmos que a barra
de 10 metros passa a medir 11 metros, não podemos afirmar que a
barra de 10 centímetros também aumentará em 1 metro seu
comprimento. Isso porque o aumento é proporcional ao
tamanho:quanto menor um corpo, menor será sua dilatação.

A variação de temperatura que o corpo sofre. Quanto mais sua


temperatura varia, maior será sua dilatação.

O coeficiente de dilatação térmica do corpo. Materiais


diferentes sofrem dilatação diferente. Isso se deve à estrutura
molecular do corpo. Quanto maior é esse coeficiente, maior será a
dilatação do corpo.
297
Exemplo 18-2, pág. 189.
Em um dia quente, um caminhão tanque foi carregado com 37000
L de óleo diesel. A carga foi entregue em outra cidade, cuja
temperatura estava 23 K mais baixa. Quantos litros foram
descarregados? O coeficiente de dilatação volumétrica do óleo diesel
é 9,50×10-4/C°.

298
3. Duas barras metálicas A e B de substâncias diferentes sofrem uma mesma
variação de temperatura. A maior variação no comprimento é para a barra de
maior:
(A) coeficiente de dilatação linear.
(B) comprimento.
(C) produto entre o comprimento e o coeficiente de dilatação linear.
(D) quociente entre o comprimento e coeficiente de dilatação linear.
(E) produto entre o comprimento e a temperatura.

4.Na figura está representada uma lâmina bimetálica. O coeficiente de


dilatação do metal da parte superior (A) é o dobro do coeficiente do metal da
parte inferior (B). À temperatura ambiente, a lâmina é horizontal. Se a
temperatura for aumentada consideravelmente, a lâmina:

(A) continuará horizontal.


(B) curvará para baixo.
(C) curvará para cima.
(D) curvará para a direita.
(E) curvará para a esquerda
 Sabemos, portanto, que para abrir um pote de vidro ou
desprender dois copos, basta aquecer a tampa do
primeiro e o copo externo do segundo caso.

 Mas nesses casos, o pote de vidro e o copo interno não


iriam se expandir também devido ao aquecimento?

 Isso não ocorre porque o vidro é um mau condutor de


calor, enquanto que os metais em geral são bons
condutores de calor.

 O que diferencia um bom condutor de um mal


condutor é sua estrutura molecular. Os metais
possuem elétrons mais externos fracamente ligados, o
que os torna livres para transportar energia por meio
de colisões através do metal.
 Materiais como vidro, lã, madeira e isopor são maus
condutores de calor devido à forte ligação dos elétrons
mais externos.

 Líquidos e gases são geralmente maus condutores de


calor.

 Por que, colocando a mão dentro de um forno


aquecido, uma pessoa não se queima, mas se encostar
no fogão ou em forma dentro dele, a pessoa pode se
queimar?
Calor

Vimos que o calor é o fluxo de energia que vai de um corpo com


temperatura maior para um corpo de temperatura menor. Se
olharmos em um corpo isolado, calor é a quantidade de energia que
entra ou sai desse corpo, deixando-o mais quente ou menos quente.

A unidade de medida para o calor é Joule (J), pois assim como o


trabalho, trata-se da quantidade de energia inserida ou retirada de
um sistema. Porém, antes de se descobrir que calor era
transferência de energia, o mesmo era medido em termos da
capacidade de aumentar a temperatura da água.

A definição mais antiga para calor define a unidade de medida


como caloria, que é a quantidade necessária para elevar a
temperatura de 1g de água em 1°C (14,5°C para 15,5 °C).

1cal=4,1868J 302
COMO OCORRE A TRANSFERÊNCIA DE
CALOR?

O cobertor nos aquece?


Capacidade térmica

Quantidade de calor que um objeto deve ceder ou receber para


que sua temperatura sofra certa variação.

Q=CΔT
Variação de temperatura (TF-T0)

Capacidade térmica

Quantidade de calor

304
Calor específico

Tem o mesmo significado da capacidade térmica, porém seu


valor é dado por unidade de massa de determinada substância:

Q=mcΔT
Variação de temperatura (TF-T0)

Calor específico

massa
Quantidade de calor

Ex.: Uma placa de mármore de 100 kg tem capacidade térmica


diferente de uma placa de 80 kg do mesmo material, mas o
calor específico de ambas é o mesmo, pois esse valor está 305
diretamente relacionado às propriedades do material.
2. Para aquecer 500 g de certa substância de 20 ºC para 70 ºC, foram
necessárias 4 000 calorias. A capacidade térmica e o calor específico valem
respectivamente:

a) 8 cal/ ºC e 0,08 cal/g .ºC


b) 80 cal/ ºC e 0,16 cal/g. ºC
c) 90 cal/ ºC e 0,09 cal/g. ºC
d) 95 cal/ ºC e 0,15 cal/g. ºC
e) 120 cal/ ºC e 0,12 cal/g. ºC

306
3. Em uma manhã de céu azul, um banhista na praia
observa que a areia está muito quente e a água do mar está
muito fria. À noite, esse mesmo banhista observa que a
areia da praia está fria e a água do mar está morna. O
fenômeno observado deve-se ao fato de que:

a) a densidade da água do mar é menor que a da areia.


b) o calor específico da areia é menor que o calor específico
da água.
c) o coeficiente de dilatação térmica da água é maior que o
coeficiente de dilatação térmica da areia.
d) o calor contido na areia, à noite, propaga-se para a água
do mar.
e) a agitação da água do mar retarda seu resfriamento.
Calores de transformação

Ao transferir uma certa quantidade de calor para um sistema,


podemos obter, ao invés da mudança de temperatura, a
mudança de estado de determinada substância. À quantidade
de calor necessária para mudança de estado de uma amostra de
determinada substância, chamamos calor de transformação,
que é expresso como:

Q=mL

Calor de transformação

massa
Quantidade de calor
308
Calores de transformação

A matéria em estado sólido possui uma estrutura rígida devido


à atração mútua entre as moléculas. Em estado líquido, a
energia cinética das partículas é maior e as moléculas possuem
mais mobilidade. No estado gasoso, a energia cinética é ainda
maior e não existe interação mútua entre as partículas.

309
Calores de transformação

As mudanças de fase se caracterizam por:

Fusão – mudança do estado sólido para o estado líquido


Solidificação – mudança do estado líquido para o estado sólido
Vaporização – mudança do estado líquido para o gasoso
Condensação – mudança do estado gasoso para o líquido

310
Calores de transformação

Ao mudar o estado líquido para o gasoso ou vice versa, temos o


calor de vaporização (Lv), onde
Q=mLv
Para a água em temperatura normal de vaporização ou
condensação, Lv=539 cal/g=40,7kJ/mol=2256kJ/kg

Quando a matéria passa do estado sólido para o líquido ou do


líquido para o sólido, temos o calor de fusão (LF), onde
Q=mLF
Para a água em temperatura normal de fusão ou solidificação,
LF=79,5 cal/g=6,01kJ/mol=333kJ/kg

311
312
313
1ª Lei da Termodinâmica

Ou princípio de conservação de energia


estabelece que a energia não pode ser criada ou
destruída, a energia se transforma.

314
1ª Lei da Termodinâmica
Como medir isso?

Vamos analisar , através de dois casos


diferentes, um exemplo muito simples: imagine
que eu arremesso uma maçã para cima.

315
1ª Lei da Termodinâmica
1º Considerando o sistema isolado.

V=0

V0

Um sistema é uma determinada região, onde são


analisadas variações de energia. Tudo o que está
fora do sistema são os arredores.
Em um sistema isolado, não há interação entre o 316
sistema e os arredores. Portanto, a energia interna
do sistema é constante.
1ª Lei da Termodinâmica
2º Considerando o sistema não isolado.

V=0

V0

Ao voltar à posição inicial, a maçã tem velocidade menor


do que tinha inicialmente à mesma altitude. O que
aconteceu com a energia cinética restante? Se perdeu?
Foi convertida em energia térmica através das 317
colisões da maçã com as partículas do ar, aumentando
o grau de agitação das mesmas.
1ª Lei da Termodinâmica
Como medir a variação da energia interna de um
sistema:

A energia interna é a soma de todas as formas de


energia presentes dentro do sistema.

Se a energia interna varia, significa que o


sistema está recebendo ou transferindo energia
para seus arredores através de calor ou trabalho.

Eint  Q   318
Eint  Q  
Se o sistema realiza trabalho sobre seus
arredores, então o trabalho na fórmula é
negativo, ou seja, sai energia do sistema.

Se um agente externo realiza trabalho sobre o


sistema, então o trabalho é positivo, ou seja,
entra energia no sistema.

319
Exercício: Ao receber uma quantidade de calor de
50 J, um gás realiza trabalho igual a 12 J. Sabendo
que a energia interna inicial era de 100 J, qual será
a energia interna final do sistema?

320
Como a energia é adicionada ou removida do
sistema através do calor?

321
Como o trabalho é realizado pelo sistema e sobre o
sistema?

Imagine um gás contido em um cilindro que tem um


pistão móvel

Em equilíbrio, o gás ocupa um volume V e exerce


322
uma pressão P sobre as paredes do cilindro e sobre
o pistão.
O que acontece se removermos uma das bolinhas de
chumbo?

Diminui-se a pressão acima do pistão e o mesmo é


empurrado para cima pelo gás interno. Nessa
situação o gás realizou trabalho sobre o cilindro.

Lembrando que:
F – Força
  Fd d – deslocamento
P – pressão
F  P.A A – Área
323
  PAd
Ad é a variação de volume.
A
dy

Para cada bolinha de chumbo retirada, teremos um


trabalho infinitesimal realizado pelo gás, dado por:

d  PAdy
324

d  PdV
O processo aqui descrito é muito lento, chamado
quase estático. Essa situação permite que o sistema
permaneça essencialmente em equilíbrio térmico
interno em todos os momentos.

Para calcular a integral devemos saber como a


pressão varia com o volume durante o processo.
Usamos o diagrama PV para essa análise:

325
Trabalho realizado
1 pelo sistema – sai
P
energia do sistema.
2
τ≡−(Área sob a curva)

V V2
    PdV
V1

326
Trabalho realizado
2 sobre o sistema – entra
P
energia no sistema.
1
τ≡+(Área sob a curva)

V V2
   PdV
V1

327
Os diagramas PV abaixo, mostram outras formas de
levar o gás do estado 1 ao 2:

Temperatura constante
τ<0

i-a – pressão constante


τ<0 a-f – volume constante
328
1º volume constante – Não há
realização de trabalho, então
Eint  Q
2º Pressão constante
τ<0

As linhas verde e rosa indicam


caminhos diferentes para levar
um gás de um estado inicial para
um mesmo estado final,
realizando mais ou menos
trabalho.
329
Trabalho realizado sobre o
sistema
τ >0

i-f – trabalho realizado pelo


sistema
τ <0 f-i – trabalho realizado sobre
o sistema
A área amarela corresponde
ao trabalho total realizado 330
pelo sistema durante um
ciclo completo.
Em um processo cíclico, não há variação de energia
interna do sistema. Dessa forma;

Q

O que significa que o trabalho total é igual à energia


transferida na forma de calor.

331
De acordo com a variável que se mantém constante
durante o processo, o mesmo pode ser chamado:

Isobárico – pressão constante durante o processo

Isovolumétrico – volume constante durante o processo

Isotérmico – temperatura constante durante o


processo

332
333
334
Teoria cinética dos gases

É uma descrição das propriedades macroscópicas


dos gases, partindo do princípio que todos os gases
são formados por átomos em movimento contínuo.

Para estudar os gases, devemos conhecer a


equação que relaciona as variáveis macroscópicas
do gás: Pressão (p), volume (V) e temperatura (T).
Essas três variáveis são conhecidas como
variáveis de estado e a equação que as relaciona,
Equação de estado.
335
As variáveis de estado estão relacionadas ao
movimento dos átomos:

•O volume é consequência da liberdade que os átomos


têm de se espalhar por todo o recipiente;

•A pressão é causada por colisões dos átomos com as


paredes do recipiente;

•A temperatura está associada à energia cinética dos


átomos.

336
A equação do estado é escrita da seguinte forma:

pV=nRT

Onde:
p=pressão
V=volume
n=número de mols do gás
R= constante dos gases ideais (R=8,31 J/mol.K)
T = temperatura

O número de mols de um gás pode ser relacionado ao337


número de moléculas existentes nesse gás através do
número de Avogadro.
Definição: Um mol é o número de átomos em uma
amostra de 12g de carbono 12.

O número de Avogadro informa quantos átomos ou


moléculas existem em um mol de um gás:

Na= 6,02x1023 mol -1

Assim, n=N/Na
Onde n é o número de mols, N é o número de átomos
ou moléculas contidos em um gás e Na o número de
Avogadro. Substituindo n na equação anterior,

pV=N/NaRT 338
As constantes R e Na dão origem à constante de
Boltzman, k, onde:
J
8,31
R mol .K 23 J
k   1,38  10
Na 6,02  10²³mol 1
K
E a equação de estado tem sua forma final

pV=NkT

339
Trabalho realizado por um gás ideal à
Temperatura constante

Expansão isotérmica –
Variou volume e pressão,
porém a temperatura se
manteve constante.
Nesse exemplo, o gás
realiza trabalho, cedendo
energia para o ambiente.
Para que a temperatura se
mantenha constante, é
necessário energia
Q
adicional na forma de
340
calor.
Vimos anteriormente que, para calcular o trabalho
realizado por um gás, usamos a equação:

V2
   pdV
V1

Substituindo na equação de estado:

nRT
V2
  dV
V1 V
341
Sendo N, k e T constantes, temos:

V21
  nRT  dV  nRT ln(V2  V1 )
V1 V

V2
  nRT ln
V1

342
Trabalho realizado por um gás ideal à pressão e
volume constante

Processo Isobárico (pressão constante) – Em um


processo isobárico, o trabalho realizado pelo gás é:
  p(V2  V1 )  pV
Processo Isovolumétrico (volume constante) – Em um
processo isovolumétrico, o trabalho realizado pelo gás é
zero: V2
   pdV  0
V1

343
EXERCÍCIOS

1- Um cilindro contém 12L de oxigênio a 20°C e 15


atm. A temperatura é aumentada para 35°C e o
volume é reduzido para 8,5 L. Qual a pressão final
do gás em atmosferas? Suponha um gás ideal.

2- Um mol de oxigênio se expande a uma temperatura


constante T de 310 K de um volume inicial de 12 L
para um volume final de 19 L. Qual é o trabalho
realizado pelo gás durante a expansão?

344
VELOCIDADE MÉDIA QUADRÁTICA

 Anteriormente dissemos que as variáveis de estado


estão relacionadas ao movimento das partículas de um
gás.
 Se considerarmos n mols de um gás ideal em uma
caixa cúbica de volume V, cujas paredes são mantidas
a uma temperatura V, podemos determinar a relação
existente entre a pressão exercida pelo gás sobre as
paredes da caixa e a velocidade das moléculas.
 A dedução dessa relação matemática é feita no
Halliday, pág. 220.
345
A velocidade média das partículas é conhecida
como velocidade média quadrática e representada
pelo símbolo vrms. A relação com a pressão é dada
pela expressão:
p=pressão
n=n° de mols de um gás
2
nMvrms M= massa molar do gás (massa de
p 1 mol de gás)
3V vrms= velocidade média
quadrática
V=volume do gás

Combinando a equação acima com a equação do


estado, podemos determinar vrms:
346
3RT
vrms 
M

Quanto maior a
temperatura, maior a
velocidade das moléculas e
quanto maior a massa,
menor a velocidade.

347
ENERGIA CINÉTICA DE TRANSLAÇÃO
Sabemos que:
1 2
Ecinméd  mvméd m
 Na e
R
k
2 M Na
Sendo Logo:
3RT
vméd  vrms  3
Ecinméd  kT
M 2

Então A equação mostra que a


energia cinética média de
translação das moléculas de
1 3RT um gás depende
Ecinméd  m exclusivamente da
2 M temperatura do gás e é
348

independente da massa.
EXERCÍCIOS

3- Uma mistura de gases contém moléculas dos tipos


1,2 e 3, com massas moleculares m1>m2>m3. ordene os
três tipos de acordo com (a) a energia cinética média e
(b) com a velocidade média quadrática.

349
LIVRE CAMINHO MÉDIO
É a distância média percorrida por uma molécula
entre duas colisões. O livre caminho médio pode ser
expresso matematicamente pela seguinte relação:

1 Quanto maior o número de


 moléculas e maior a área
N de secção de choque da
2d² molécula, menor o livre
V caminho médio;
d=diâmetro da molécula
N=número de moléculas Quanto maior o volume,
V=volume do gás mais espaçadas estão as
moléculas e maior é o livre350
caminho médio delas.
EXERCÍCIOS

 4-(a)Qual é o livre caminho médio de moléculas de


oxigênio a uma temperatura T=300K e a uma pressão
p=1,0atm? Suponha que o diâmetro das moléculas
seja d=290 pm e que o gás seja ideal.
(b) Suponha que a velocidade média das moléculas de
oxigênio é v=450 m/s. qual é o tempo médio t entre
colisões para qualquer molécula? Qual a frequência
das colisões?

351
CALORES ESPECÍFICOS MOLARES DE UM GÁS IDEAL
 Primeiro, vamos obter uma expressão para a energia
associada aos movimentos aleatórios dos átomos e
moléculas dentro de um gás e depois, calcularemos os
calores específicos molares de um gás ideal.

ENERGIA INTERNA

 Considerando que a energia cinética do sistema seja a


soma da energia cinética de translação de cada um dos
átomos que compõem o gás, a energia interna do sistema
é:
3
Ei nt  nRT 352
2
CALOR ESPECÍFICO MOLAR A VOLUME CONSTANTE
 As figuras mostram o estado
inicial e final de um gás a volume
constante que sofre aumento de
temperatura e pressão. Nesse
caso, o calor se relaciona ao
aumento de temperatura pela
expressão:
Q  nCv T
 Onde Cv é uma constante
chamada calor específico molar a
volume constante. Substituindo na
primeira lei:
Eint  nCv T  W
353
 Sendo o volume constante, o gás não realiza
trabalho, e manipulando a equação anterior,
chegamos a uma expressão que permite calcular o
valor de Cv:
Ei nt
Cv 
nT
3
 Vimos que a energia interna é Ei nt  nRT
2
3
Portanto: Ei nt  nRT
2
354
 Substituindo na equação para Cv, temos:

3 J
C v  R  12,5
2 mol.K
 Essa constante só é válida para um gás ideal
monoatômico, no entanto, sendo conhecido o valor de
Cv a variação de energia interna em qualquer gás a
volume constante pode ser calculada pela expressão,

Eint  nCv T

355
CALOR ESPECÍFICO MOLAR A PRESSÃO CONSTANTE

 Neste caso, temperatura e


volume são aumentados, porém
a pressão permanece constante.
O calor Q está relacionado à
variação de temperatura
através da equação:

Q  nCp T

356
Onde Cp é uma constante chamada calor específico
molar a pressão constante. Cp é maior que Cv, pois
agora, além de aumentar a temperatura, também
realiza-se trabalho. Através da primeira lei, iremos
obter uma expressão que relaciona os calores
específicos: Eint  Q  W

Vimos que Substituindo na equação da


energia
Eint  nCv T
nCv T  nCp T  nRT
Q  nCp T
τ=pΔV Dividindo tudo por nΔT
C v  Cp  R
E, sendo pV=nR T, logo 357

τ=nRΔT Logo, Cp  C v  R
EXERCÍCIOS
5- Uma bolha de 5 mols de hélio está submersa em água
a uma certa profundidade quando a água sofre um
aumento de temperatura de 20°C à pressão constante.
Em consequência, a bolha se expande. O hélio é
monoatômico e se comporta como um gás ideal.
A) qual a energia recebida pelo hélio na forma de calor
durante esse aumento de temperatura acompanhado por
expansão?
B) Qual a variação de energia interna do hélio durante o
aumento de temperatura?
C) Qual é o trabalho realizado pelo hélio ao se expandi
contra a pressão da água que está em volta da bolha
358
durante o aumento de temperatura?,
EFEITOS QUÂNTICOS

359
EXPANSÃO ADIABÁTICA DE UM GÁS IDEAL

 Um processo adiabático é aquele no qual não há variação


de energia interna através de calor (Q=0). Isso pode
ocorrer, executando-se o processo rapidamente ou
executando-o em um recipiente bem isolado
termicamente.
 A relação entre pressão e temperatura em um processo
adiabático é:
pV  cons tan te

Cp
 Onde 
Cv

360
EXPANSÃO ADIABÁTICA DE UM GÁS IDEAL

 E a relação entre temperatura e volume é

TV  1  cons tan te
 Quando um gás passa adiabaticamente de um estado
inicial para um estado final ,podemos escrever a relação
anterior como:
 1  1
TiVi  Tf Vf

361
EXERCÍCIOS
6- Inicialmente, 1 mol de oxigênio (considerado um gás
ideal) está a uma temperatura de 310 K com um volume
de 12 L. Permitimos que o gás se expanda para um
volume final de 19 L. Qual será a temperatura final se o
gás se expandir adiabaticamente? O oxigênio é um gás
diatômico e neste caso possui rotação, mas não oscilação.

362
RESUMO GRÁFICO DOS PROCESSOS EM GASES

363
UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI

Comprimento: O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz


no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo.

Massa: O quilograma é a unidade de massa (e não de peso, nem força);


ele é igual à massa do protótipo internacional do quilograma (platina
iridiada).

Tempo: O segundo é a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação


correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado
fundamental do átomo de césio 133 a 0 K.

Intensidade de corrente elétrica: O ampère é a intensidade de uma


corrente elétrica constante que, mantida em dois condutores paralelos,
retilíneos, de comprimento infinito, de seção circular desprezível, e
situados à distância de 1 metro entre si, no vácuo, produz entre estes
condutores uma força igual a 2 x 10-7 newton por metro de
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comprimento.
UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI

Temperatura termodinâmica: O kelvin, unidade de temperatura


termodinâmica, é a fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica no
ponto tríplice da água.

Quantidade de matéria: 1º) O mol é a quantidade de matéria de um


sistema contendo tantas entidades elementares quantos átomos
existem em 0,012 quilograma de carbono 12. 2º) Quando se utiliza o
mol, as entidades elementares devem ser especificadas, podendo ser
átomos, moléculas, íons, elétrons, assim como outras partículas, ou
agrupamentos especificados em tais partículas.

Intensidade luminosa: A candela é a intensidade luminosa, numa dada


direção de uma fonte que emite uma radiação monocromática de
freqüência 540 x 1012 hertz e cuja intensidade energética nessa direção
é 1/683 watt por esterradiano.
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