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Grandeza Unidade Símbolo Definição moderna
Zepto z 10-21
Yocto y 10-24
Grandezas derivadas do SI
São aquelas expressas como o produto entre as sete grandezas fundamentais
do SI, elevadas a diferentes potências. Vamos analisar o caso de uma dessas
grandezas, a aceleração, cuja fórmula e dimensionalidade são estas:
A aceleração é
uma grandeza derivada cuja dimensão é de L¹T .
-2
Dimensionalidade
Às vezes, algumas grandezas têm suas unidades expressas em termos de
sua dimensionalidade, por exemplo, a grandeza velocidade, que relaciona o
deslocamento e o intervalo de tempo, pode ser expressa em qualquer sistema de
unidades de acordo com a equação dimensional a seguir:
L – distância ou comprimento
T – tempo ou duração
Após essa análise dimensional, é possível determinar a unidade correta para
velocidade em qualquer sistema utilizado, alguns exemplos possíveis são
o m/s (metro por segundo), o km/h (quilômetros por hora) e a mi/h (milha por
hora).
Kelvin
, candela, quilograma, mol, segundo, ampére e metro — unidades básicas do SI.
Massa Kg - quilograma
Temperatura K - Kelvin
Corrente
A - Ampère
elétrica
→ Grandezas vetoriais
Grandezas vetoriais precisam ser expressas por um número (módulo),
uma direção, um sentido e uma unidade de medida. Isso equivale a dizer que
essas grandezas podem ser expressas por meio de uma seta (vetor), ou seja, para
defini-las, é necessário levar em conta o ponto de vista do observador.
A
figura mostra que a posição da casa é uma grandeza vetorial, já que ela depende
dos pontos de vista dos observadores A e B.
Antes de continuarmos a discutir o que são as grandezas vetoriais, é preciso
compreender a diferença entre módulo, direção e sentido:
Módulo: medida ou o tamanho do vetor que representa a grandeza vetorial.
Direção: dimensão do espaço que depende do sistema de orientação que é usado.
Existem direções tais como largura, altura e profundidade, ou ainda a direção
horizontal e vertical, ou direção x, y e z (usadas no sistema cartesiano), ou até
mesmo direção leste-oeste, norte-sul.
Sentido: a orientação se é para cima ou para baixo, para direita ou para esquerda,
positivo ou negativo, leste ou oeste, norte ou sul. Toda direção apresenta dois
sentidos, que são como a ponta da seta de cada vetor.
Confira alguns exemplos de grandezas vetoriais:
Posição
Deslocamento
Velocidade
Força
Aceleração
Além de serem grandezas vetoriais, o que há de comum em todas essas grandezas
listadas acima? Todas dependem de uma direção e um sentido. Por exemplo, se
alguém lhe pergunta onde fica a padaria, não basta responder que ela fica a 50
m de distância, é necessário que se estabeleça algum sistema de referência,
como o seguinte:
Para chegar à padaria, vire à direita (sentido) a partir daqui (origem do
sistema de referência) e mova-se em linha reta (direção), percorrendo 50
m (módulo e unidade de medida).
Resumindo:
Grandezas vetoriais são completamente definidas por um número, uma unidade de
medida, uma direção e um sentido.
Grandezas físicas
Já que estamos tratando das grandezas vetoriais e escalares, é pertinente entender
o que é uma grandeza física. Grandezas físicas são todas as características
inerentes a um corpo ou a um tipo qualquer de fenômeno que possa ser medido.
A partir de um conjunto básico de grandezas físicas, conhecido como grandezas
fundamentais, é possível expressar todas as demais grandezas. Além disso, para
serem expressas de forma quantitativa, ou seja, em números, as grandezas físicas
devem ser definidas a partir de um sistema de medidas. Atualmente, o sistema
de medidas usado pela comunidade científica e em quase todo o mundo é
o Sistema Internacional de Unidades, também conhecido com SI.
Compr
imento é uma grandeza escalar, e posição é uma grandeza vetorial, uma vez que a
posição, diferentemente do comprimento, depende do observador.
Se quiser entender mais profundamente sobre como funcionam as grandezas,
sugerimos que acesse o nosso texto – com conteúdo um pouco mais avançado –
sobre a análise dimensional, que é uma ferramenta usada para o estudo das
grandezas físicas.
Grandezas e medidas
As grandezas físicas fundamentais, bem como suas medidas, são mostradas na
tabela abaixo. Nessa tabela você encontrará tais grandezas organizadas de acordo
com seu nome e seu símbolo, conforme o SI. Confira:
Grandeza Símbolo e nome
Comprimento m - metro
Tempo s - segundo
Massa kg - quilograma
Temperatura K - kelvin
Regra do Paralelogramo
1.º Junte as origens dos vetores.
2.º Trace uma linha paralela a cada um dos vetores, formando um paralelogramo.
3.º Some a diagonal do paralelogramo.
Importa referir que nesta regra podemos somar apenas 2 vetores de cada vez. Para somar
três ou mais vetores, fazemos a soma de e, a resultante, somamos ao terceiro vetor , e
assim por diante.
Regra da Poligonal
1.º Junte os vetores, um pela origem, outro pela extremidade (ponta). Faça assim
sucessivamente, conforme o número de vetores que precisa somar.
2.º Trace uma linha perpendicular entre a origem do 1.º vetor e a extremidade do último
vetor.
3.º Some a linha perpendicular.
Importa referir que nesta regra podemos somar vários vetores por vez.
Vale a propriedade comutativa da adição, por isso, a ordem em que se somam os vetores,
não altera o resultado.
Caso a linha poligonal formada pelos vetores for fechada, o vetor resultante será nulo.
Subtração de Vetores
A operação de subtração de vetores pode ser feita pelas mesmas regras da adição.
Regra do Paralelogramo
1.º Faça linhas paralelas a cada um dos vetores, formando um paralelogramo.
2.º De seguida, faça o vetor resultante, o vetor que liga a extremidade do segundo para o
primeiro vetor.
3.º Faça a subtração, considerando que -B é o vetor oposto de B.
Regra da Poligonal
1.º Junte os vetores, um pela origem, outro pela extremidade (ponta). Faça assim
sucessivamente, conforme o número de vetores que precisa somar.
2.º Faça uma linha perpendicular entre a origem do 1.º vetor e a extremidade do último
vetor.
3.º Faça a subtração da linha perpendicular, considerando que -B é o vetor oposto de B.
Decomposição de Vetores
Na decomposição vetorial, através de um único vetor podemos encontrar as componentes
em dois eixos. Esses componentes são a soma de dois vetores que resultam no vetor
inicial.
1.º Trace dois eixos perpendiculares entre si com origem no vetor existente.
2.º Trace uma linha paralela a cada um dos vetores, formando um paralelogramo.
3.º Some as componentes e e verifique que o seu resultado é igual ao do vetor que havia
inicialmente.
Mecânica
Mecânica é uma grande área da física que se concentra
no estudo do movimento e repouso dos corpos, estejam estes ou não sob a ação
de forças. A mecânica divide-se nas áreas de cinemática, dinâmica e estática.
Praticamente todos os movimentos que acontecem em nosso cotidiano podem ser
descritos pelas equações dessa área.
O estudo da mecânica é de grande importância para uma enorme gama de
profissões, além de ser o conteúdo de física que é mais cobrado
no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Alguns profissionais lidam
diariamente com ela,
como engenheiros civis, engenheiros agrônomos, engenheiros mecânicos, eng
enheiros hidráulicos, arquitetos, pilotos de avião, físicos e outros.
O que a mecânica estuda?
O objeto do estudo da mecânica é o movimento, por isso se trata de uma área de
estudo bastante extensa. Dentre as diversas possibilidades de estudo, destacamos
algumas que foram desenvolvidas pela pesquisa em mecânica:
As órbitas de planetas, satélites e asteroides, descritas pela lei da gravitação
universal e pelas leis de Kepler.
A trajetória de foguetes, balas, dardos e flechas explicada por meio das
equações de lançamento de projéteis.
O escoamento de fluidos, descrito pela equação da continuidade, capaz de
explicar o voo dos aviões bem como as situações hidrostáticas, em que os fluidos
encontram-se em repouso.
O funcionamento de máquinas simples, tais como planos inclinados, roldanas,
talhas, balanças etc.
A trajetória de partículas eletricamente carregadas movendo-se sob a ação
de campos elétricos e magnéticos, como ocorre no fenômeno da aurora boreal.
Corpos em queda livre ou até mesmo corpos que caem acelerados pela
gravidade, mas que sofrem a ação da resistência do ar.
Durante o estudo da física, é possível que você se depare com o
termo mecânica clássica, tal termo relaciona-se com os conhecimentos da
área que são aplicáveis exclusivamente às situações macroscópicas. Para
os outros casos, que requerem a explicação do movimento de partículas
diminutas, tais como átomos e moléculas, recorre-se a outro tipo de
mecânica, chamada de mecânica quântica.
Para além da mecânica clássica e da mecânica quântica, existe a mecânica
relativística, um ramo da física proveniente das descobertas do físico
Albert Einstein. Esse ramo da mecânica estuda o comportamento de corpos
que se movem a velocidades próximas à velocidade da luz.
Cinemática
Cinemática é a área da mecânica que estuda o movimento dos corpos sem
levar em conta as causas desse movimento. Em outras palavras, estuda-se
situações que ocorrem a partir do instante em que um corpo inicia o seu
estado de movimento.
No âmbito da cinemática, que é vista no Ensino Médio, estuda-se os
seguintes tipos de movimento:
Movimento uniforme
Movimento uniforme é aquele em que a velocidade de um corpo é
constante, deslocando-se apenas em linha reta. A principal equação usada
para o estudo do movimento uniforme é a função horária da posição,
mostrada a seguir:
Movimento uniformemente variado
Movimento uniformemente variado é nome dado ao tipo de movimento em
que a velocidade de um corpo muda a taxas constantes. No caso em que o
movimento tem a sua velocidade incrementada, dizemos tratar-se de
um movimento acelerado, se a velocidade diminui, dizemos tratar-se de
um movimento retardado.
As equações mais importantes para a descrição do movimento
uniformemente variado são as funções horárias da posição, da velocidade e
a equação de Torricelli, confira cada uma dessas equações agora:
Movimento circular uniforme
Movimento circular é aquele em que a direção da velocidade de um
móvel muda constantemente, de modo que a sua distância a um ponto do
espaço permaneça constante. Mesmo que chamado de movimento circular
uniforme, esse movimento é acelerado, uma vez que, para que se possa
descrever uma trajetória circular, é necessária a existência de
uma aceleração centrípeta.
No estudo do movimento circular, deparamo-nos com uma grande
quantidade de equações, uma vez que existem: equações que
calculam deslocamento e velocidade escalar; equações que
calculam grandezas angulares, tais como velocidade angular; e, por fim,
equações que servem para relacionar esses dois tipos de grandezas.
Confira algumas das mais importantes equações do movimento circular:
A velocidade angular é determinada pela frequência ou pelo período da
rotação.
A velocidade escalar é determinada pelo produto da velocidade angular
com o raio de rotação.
A frequência de um movimento circular corresponde ao inverso de seu
período.
Movimento circular uniformemente variado
Movimento circular uniformemente variado (MCUV) é um caso um
pouco mais geral do MCU. Nele, além de
uma aceleração centrípeta, há acelerações angular e
tangencial constantes, que fazem com que a velocidade angular do móvel
varie de maneira uniforme. Assim como fazemos no movimento
uniformemente variado, no estudo do MCUV usamos funções horárias de
posição e velocidade bastante similares, confira:
A fórmula, similar àquela do MUV, pode ser usada para determinar a
posição angular.
Função horária da velocidade angular para o movimento circular
uniformemente variado.
Dinâmica
Na dinâmica estuda-se as causas que deram origem a algum movimento. Nesse
sentido, estudamos as forças que atuam sobre um corpo, as quantidades de
movimento, a energia mecânica, o impulso e as grandezas relacionadas aos
movimentos de rotação, tais como o torque e o momento angular.
As bases do estudo da dinâmica do Ensino Médio são as três leis de Newton,
com base nelas derivam-se as demais equações da subárea, e também
da cinemática. Confira algumas das mais importantes fórmulas utilizadas no
estudo da dinâmica:
Estática
Estática estuda as condições de equilíbrio em corpos extensos, ou seja,
determina quais devem ser as medidas ou ainda a intensidade de forças e torques
para que um corpo de dimensões não desprezíveis possa permanecer em
equilíbrio. No estudo da estática, as leis de Newton são largamente utilizadas.
Mecânica no Enem
Entre todas as áreas da física, a mecânica é aquela que está presente em maior
quantidade nas questões do ENEM, por isso, é de grande importância que você
seja capaz de:
compreender o significado por trás das equações da cinemática, conseguindo
relacioná-las a situações reais bem como aos seus gráficos;
identificar e classificar movimentos progressivos, regressivos, acelerados e
uniformes;
compreender o conceito de referencial e entender o que são movimentos
relativos;
saber aplicar as três leis de Newton nos mais diferentes contextos;
compreender o conceito de energia mecânica, cinética e potencial e saber operar
com essas quantidades;
fazer cálculos de colisões utilizando a quantidade de movimento, bem como a
conservação da energia mecânica;
conhecer e compreender o funcionamento das leis de Kepler e de sua relação
com a lei da gravitação universal;
entender como devem ser aplicadas as condições de equilíbrio estático a corpos
cujas dimensões não podem ser desprezadas;
compreender as causas e efeitos dos movimentos de partículas e saber descrevê-
las em forma de equações.
Cinemática
Conceitos fundamentais
Veja a seguir alguns conceitos importantes no estudo da Cinemática.
Fórmulas da Cinemática
Velocidade escalar média
A rapidez com que é realizado o deslocamento por um corpo recebe o nome de velocidade
média, que pode ser calculada através da seguinte fórmula:
No Sistema Internacional (SI) a unidade de velocidade média é o metro por segundo (m/s).
A posição do corpo na trajetória pode ser calculada pela função horária da posição:
Onde,
Onde,
Onde,
Onde,
A seta vermelha, que liga A até B, é o vetor deslocamento. Em traços azuis, vê-se
o espaço percorrido.
O módulo do vetor deslocamento (ΔS) nos informa qual é a distância entre o
ponto de partida e chegada de um móvel. Tal distância pode ser obtida pelos
valores das componentes do vetor deslocamento. No caso de um deslocamento
que ocorre em duas direções (x e y), o módulo do vetor deslocamento pode ser
obtido a partir do teorema de Pitágoras. A situação nesse caso é análoga ao que
estudamos na Matemática para a distância entre dois pontos.
Outra forma de se calcular é somando os diferentes vetores de deslocamento que
originam o deslocamento resultante. Na figura abaixo, podemos observar duas
setas, d1 e d2, que representam dois deslocamentos distintos.
Espaço percorrido
Espaço percorrido é uma grandeza escalar, diferentemente do deslocamento. O
espaço ou distância percorrida é a soma dos módulos de cada deslocamento
retilíneo que resulta no deslocamento total do corpo. Além disso, o espaço
percorrido pode ser calculado somando-se todas as distâncias que o corpo
percorre até chegar à posição final. O espaço percorrido também costuma ser
chamado de deslocamento escalar.
Desl
ocamento – plano cartesiano
Outra forma de escrevermos o vetor deslocamento é por meio do uso
de vetores unitários (um vetor que aponta nas direções x, y ou z e que tem
módulo igual a 1). Os vetores unitários são usados para definir o módulo de cada
componente do deslocamento ou da velocidade
nas direções horizontal e vertical, representados pelos símbolos i e j,
respectivamente.
Na figura seguinte, mostraremos as componentes do vetor deslocamento de um
móvel que se encontrava na posição S0 = 4,0i + 3,0j, e então se move para a
posição SF = 6,0i e 10,0j. O deslocamento, nesse caso, é dado pela diferença entre
essas posições e é igual a ΔS = 2,0i + 7,0j.
O
deslocamento na velocidade vetorial deve ser calculado pela adição vetorial.
Conhecendo-se as componentes do vetor velocidade, é possível calcular
o módulo do deslocamento, para tanto, devemos utilizar o teorema de Pitágoras,
uma vez que essas componentes são perpendiculares entre si, observe:
v — velocidade média
ΔS — deslocamento
Δt — intervalo de tempo
Na fórmula da velocidade média, chamamos ΔS de deslocamento. O
deslocamento de um móvel pode ser facilmente calculado se soubermos de onde
ele saiu (S0 — posição inicial) e onde ele chegou (Sf — posição final) ao término
do movimento, que é delimitado por um intervalo de tempo (Δt), calculado pela
diferença de tempo entre os instantes final e inicial (Δt = tf – t0). Confira essa
fórmula, de forma mais detalhada, a seguir:
Exemplos:
72 km/h / 3,6 = 20 m/s
108 km/h /3,6 = 30 m/s
Mapa Mental: Movimento Uniforme
Gráficos do movimento uniforme
Podemos relacionar a posição de um móvel em função do tempo usando os
gráficos. Para o movimento uniforme, os gráficos de posição em função do tempo
formam retas com inclinação para cima ou para baixo, relacionadas ao
movimento progressivo e regressivo, respectivamente. Confira um exemplo de
gráfico da posição em função do tempo para
o movimento uniforme progressivo:
Na figura abaixo, temos um gráfico que representa a posição em função do tempo
para um móvel que executa um movimento uniforme e regressivo (ou
retrógrado).
A — área
b — aresta da base
h — altura
Movimento uniformemente variado
O movimento uniformemente variado é um movimento cuja velocidade
aumenta ou diminui de forma constante em relação ao tempo. Esse tipo de
movimento não é necessariamente retilíneo e está sujeito a
uma aceleração constante.
No gráfico, vemos duas retas, uma vermelha e uma azul, que representam o
movimento de dois móveis. Estes partem do repouso (v0 = 0) e passam a
acelerar de forma constante. Um segundo após sua partida, o móvel em azul está
com uma velocidade de 4 m/s, enquanto o móvel vermelho está a 2 m/s.
Analisando a inclinação das retas, é fácil perceber que a aceleração do móvel azul
é maior que a do móvel em vermelho.
É possível perceber, com base na leitura do gráfico, que a velocidade do móvel
em azul aumenta 4 m/s, a cada segundo que se passa, enquanto a velocidade do
móvel B aumenta em apenas 2m/s, para o mesmo intervalo de tempo. Desse
modo, podemos escrever as funções horárias dos movimentos representados pelas
retas azul e vermelha, confira:
Queda livre
Confira a seguir quais são as principais fórmulas que são usadas para os
cálculos de queda livre:
Velocidade
v – velocidade
g – gravidade
t – tempo
H – altura
Lançamento vertical
Y – altura
Y0 – altura inicial
v0y – velocidade vertical inicial
Velocidade angular
Antes de analisarmos o MCUV, é preciso lembrarmos um pouco sobre
o movimento circular uniforme (MCU), ou seja, o movimento ao longo de
uma trajetória circular que ocorre com velocidade angular constante.
Vale lembrar que, no MCUV, a velocidade angular é variável. Isso indica
que, numa partícula que se move em MCUV, o vetor que a liga até o centro
da trajetória percorre ângulos diferentes a cada intervalo de tempo.
Quando uma partícula em MCUV apresenta uma aceleração positiva, o
tempo necessário para ela completar uma volta diminui, do contrário,
aumenta.
Vamos considerar uma partícula que, no instante inicial t0, encontra-se
posicionada sobre o ângulo inicial φ0, como mostra a figura:
progressivo e retrógrado
Legenda:
vf – velocidade final (m/s)
v0 – velocidade inicial (m/s)
a – aceleração média (m/s²)
t – intervalo de tempo (s)
Legenda:
Sf – posição final (m)
S0 – posição inicial (m)
ΔS = Sf - S0 – deslocamento (m)
vf – velocidade final (m/s)
v0 – velocidade inicial (m/s)
a – aceleração média (m/s²)
t – intervalo de tempo (s)
A função horária da posição para o MUV indica que o gráfico de posição
(S) em função do tempo (t) terá o formato de parábola. Quando a
velocidade do móvel aumentar em função do tempo, teremos
uma parábola com a concavidade voltada para cima. Observe:
Dinâmica
Dinâmica é a área de conhecimento da Física que estuda a causa dos
movimentos, analisando-os e descrevendo-os de acordo com as forças que são
responsáveis por produzi-los. A dinâmica é, portanto, uma das áreas da mecânica,
juntamente com a cinemática e a estática.
Quais os principais temas estudados na dinâmica?
Os principais temas de estudo na dinâmica são as leis de Newton, a gravitação
universal e o estudo das energias mecânica, cinética e potencial.
Leis de Newton: descrevem os movimentos dos corpos por meio das forças que
atuam sobre eles. Ao todo, existem três leis de Newton: a lei
da inércia, o princípio fundamental da dinâmica e a lei da ação e reação. A
partir das leis de Newton, também se estuda o comportamento das forças de
atrito, empuxo, tração, forças centrípetas etc.
Gravitação universal: área da dinâmica que estuda o movimento dos corpos
celestes. Além da lei da gravitação universal, que é utilizada para calcular a
força e atração que um corpo exerce sobre outro, há também as leis de Kepler,
usadas para descrever as órbitas planetárias.
Energia mecânica: o estudo dessa forma de energia relaciona as
energias cinética e potencial, entre outras. Aqui também se estuda o princípio da
conservação da energia mecânica, além dos cálculos de trabalho mecânico e
potência.
Fórmulas da dinâmica
Confira as principais fórmulas da dinâmica e aprenda o que significa cada uma de
suas variáveis.
→ Força resultante
A força resultante pode ser obtida por meio do cálculo vetorial. De acordo com
a 2ª lei de Newton, ela é igual ao produto entre a massa do corpo e sua
aceleração.
→ Energia cinética
Energia cinética é a quantidade de energia armazenada em qualquer corpo de
massa m que se move com velocidade v, como se vê na fórmula a seguir:
Legenda:
|a| – módulo da aceleração (m/s²)
|F| - módulo da força (N ou kg.m/s²)
m – massa do corpo (kg)
As forças são grandezas vetoriais, portanto, são escritas com uma seta apontada
sempre para direita acima de seu símbolo. Essa seta não indica o módulo ou a
direção da grandeza vetorial, indica somente que elas são vetoriais. De acordo
com a Segunda Lei de Newton, a força resultante aplicada sobre um corpo produz
nele uma aceleração na mesma direção e sentido da força resultante:
FR – Força resultante (N ou kg.m/s²)
m – massa do corpo (kg)
a – aceleração (m/s²)
A aceleração produzida sobre um corpo tem a mesma direção e sentido da força resultante sobre ele e é
inversamente proporcional à sua massa.
Além disso, o Princípio da Superposição pode ser calculado
pela soma vetorial de todas as forças que atuam sobre o corpo:
A forma como Isaac Newton apresentou sua segunda lei foi um pouco diferente
da forma atual. Newton enunciou essa lei em função de uma outra grandeza
física: o impulso. De acordo com esse enunciado, a força resultante (FR)
aplicada sobre um corpo durante um intervalo de tempo (Δt) produz
uma mudança em sua quantidade de movimento (ΔQ), que é igual
ao impulso (I) produzido sobre esse corpo. Assim, a força resultante (F R) pode
ser escrita como a mudança na quantidade de movimento (ΔQ) durante
um intervalo de tempo (Δt):
Legenda:
F – força aplicada sobre um corpo (N)
ΔQ – variação da quantidade de movimento (kg.m/s ou N.s)
Δt – intervalo de tempo (s)
m – massa do corpo (kg)
vF – velocidade final (m/s)
vi – velocidade final (m/s)
3ª Lei de Newton
A Terceira Lei de Newton recebe o nome de Lei da Ação e Reação. Essa lei diz
que todas as forças surgem aos pares: ao aplicarmos uma força sobre um corpo
(ação), recebemos desse corpo a mesma força (reação), com mesmo módulo e na
mesma direção, porém com sentido oposto. O enunciado original da Terceira Lei
de Newton encontra-se traduzido abaixo:
“A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações
mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em
sentidos opostos.”
Essa lei permite-nos entender que, para que surja uma força, é necessário
que dois corpos interajam, produzindo forças de ação e reação. Além disso, é
impossível que um par de ação e reação forme-se no mesmo corpo.
Outra informação contida no enunciado da Terceira Lei de Newton indica que
os pares de ação e reação têm
a mesma intensidade, mesma direção, porém sentidos opostos. Assim, se
produzirmos uma força direcionada para baixo sobre um corpo, receberemos
dele uma força de reação direcionada para cima. Por exemplo: se estivermos
usando patins e empurrarmos um carrinho de supermercado lotado de compras,
seremos empurrados para trás, em decorrência da fraca intensidade da força de
atrito entre as rodas dos patins e o piso.
Para toda força de ação, surge uma força de reação, com mesmo módulo e direção, porém em sentido oposto.
Observe a figura abaixo. Nela temos a força que o corpo 1 faz no corpo 2 (F 1,2).
Ela é equivalente, em módulo, à força que o corpo 2 faz sobre o corpo 1 (F2,1), no
entanto, com sentido contrário. Por isso, adotamos o sinal negativo:
Fórmulas das Leis de Newton
As fórmulas utilizadas para definir as três leis de Newton são mostradas abaixo.
Confira:
Primeira Lei de Newton
Apesar de ser uma lei qualitativa, podemos esquematizá-la da seguinte forma:
Legenda:
Δv – variação da velocidade (m/s)
Terceira Lei de Newton
As forças de ação e reação em dois corpos distintos apresentam módulos e
direções iguais, porém com sentidos opostos. Assim:
O teorema
estabelece a relação entre força e variação da quantidade de movimento.
A
força que o canhão faz sobre a bola é igual e oposta à força que a bola faz sobre o
canhão.
Exemplos da terceira lei de Newton
Quando andamos, empurramos o chão para trás e o chão nos empurra para
frente. Isso só acontece em virtude da existência de uma força de atrito entre as
superfícies dos nossos pés e o chão.
A hélice de um helicóptero produz sua força de sustentação ao empurrar o ar
para baixo, que, consequentemente, empurra-a para cima.
Ao dispararmos um projétil, é possível sentir que a arma de fogo sofre um
recuo, uma vez que a força aplicada à bala é devolvida à arma em igual
intensidade, porém, em sentido oposto.
Quando sobem, os foguetes expelem grandes quantidades de gases aquecidos
para baixo, desse modo, esses gases empurram o foguete para cima.
Força peso e força normal
É comum pensarmos que as forças peso e normal formam um par de ação e
reação, no entanto, isso não é verdade. A força peso é a força que os astros fazem
em todos os corpos que se encontram sujeitos ao seu campo
gravitacional. Quando a Terra nos puxa para baixo, por exemplo, puxamos a
Terra para cima, no entanto, se houver alguma superfície que possa nos impedir
de continuarmos caindo em direção ao centro da Terra, faremos sobre essa
superfície uma força de contato. Consequentemente, essa superfície reagirá à
aplicação dessa força com uma reação, chamada de força normal.
Quando nos encontramos alinhados perfeitamente com a horizontal,
a força normal e a força peso atuam na mesma direção e em sentidos opostos,
cancelando-se. No entanto, por atuarem no mesmo corpo, não podem ser
consideradas como pares de ação e reação.
Quando nos encontramos em uma superfície inclinada, as forças normal e peso
não atuam na mesma direção, portanto, não se cancelam completamente. Desse
modo, uma das componentes da força peso atua na direção do plano, fazendo
com que deslizemos, caso não haja alguma força de atrito.
O
campo magnético do imã interage com as cargas em movimento do pó de ferro,
movendo-as.
→ Força de atrito
μ – coeficiente de atrito
N – Força normal
A força de atrito surge em decorrência das atrações moleculares, como as forças
de dipolo-induzido, também conhecidas como forças de Van der Waals.
→ Força elástica
Pode-se interpretar que existe uma força que age na superfície do líquido causando
essa inclinação, mas essa força não é resultado das forças
gravitacionais ou eletromagnéticas, ela existe devido à inércia do fluido, ao movimento
relativo do fluido em relação ao recipiente. Logo, essa força é chamada de força de inércia
ou de força fictícia.
Esse efeito é observado pelos passageiros de um ônibus, que são lançados para frente
quando o veículo freia. Outro exemplo é o caso de um pêndulo preso no teto de um carro,
que é lançado para trás quando este entra em movimento. Esse princípio da inércia é o
verdadeiro responsável pelo comportamento cinemático do sistema que é incorporado à
representação das forças fictícias ou inerciais.
Nota: Embora a força seja denominada fictícia, perceba que seu efeito é real e observável,
causado pelo movimento relativo dos sistemas.
Fórmulas
Plano inclinado
O plano inclinado é uma superfície plana, elevada e inclinada, por exemplo, uma rampa.
Na física, estudamos o movimento dos objetos bem como a aceleração e as forças atuantes
que ocorrem num plano inclinado.
Para calcular a força normal numa superfície plana horizontal, utiliza-se a fórmula:
Sendo,
N: força normal
m: massa do objeto
g: gravidade
Já a força peso, atua em virtude da força da gravidade que “puxa” todos os corpos da
superfície em direção ao centro da Terra. Ela é calculada pela fórmula:
Onde:
P: força peso
m: massa
g: aceleração da gravidade
Plano Inclinado com Atrito
Quando há o atrito entre o plano e o objeto temos mais uma força atuante: a força atrito.
Para calcular a força atrito utiliza-se a expressão:
Onde:
Obs: O coeficiente de atrito (µ) dependerá do material de contato entre os corpos e sua
condição.
Aceleração no Plano Inclinado
No plano inclinado há uma altura correspondente a elevação da rampa e um ângulo
formado em relação à horizontal.
Para determinar o valor da aceleração num plano inclinado, precisamos encontrar a força
resultante, decompondo a força peso em dois planos (x e y).
Px = P . sen θ
Py = P . cos θ
De acordo com a segunda Lei de Newton:
F=m.a
Onde,
F: força
m: massa
a: aceleração
Logo,
Px = m .a
P . sen θ = m .a
m . g . sen θ = m .a
a = g . sen θ
Assim, temos a fórmula da aceleração utilizada no plano inclinado sem atrito, a qual não
dependerá da massa do corpo.
Legenda:
|F| – módulo da força de atração gravitacional (N – Newton)
G – constante de gravitação universal (6,67408.10-11 N.kg²/m²)
M – massa gravitacional ativa (kg – quilogramas)
m – massa gravitacional passiva (kg – quilogramas)
d² – distância entre as massas ao quadrado (m²)
Chamamos de peso a força de atração gravitacional que uma massa exerce sobre
outra. Além disso, são denominadas de massa gravitacional ativa e passiva a
massa que produz um campo gravitacional ao seu redor e a massa que é atraída
por tal campo gravitacional, respectivamente.
A força peso, ou simplesmente o peso de um corpo sujeito a uma gravidade de
módulo g, é dada por:
Legenda:
P – módulo da força peso (N – Newton)
m – massa gravitacional passiva (kg – quilogramas)
g – módulo da gravidade local (m/s² – metro por segundo ao quadrado)
Comparando as duas equações acima, podemos perceber que a gravidade de um
corpo pode ser calculada pela fórmula a seguir:
Para tanto, basta recordar que a força de atração gravitacional aponta sempre na
direção que liga os dois corpos, tratando-se, portanto, de um tipo
de força central, assim como a força centrípeta, que atua nos corpos em
movimento circular. Assim:
Legenda:
v – velocidade de translação do corpo (m/s – metros por segundo)
ω – velocidade angular (rad/s – radianos por segundo)
T – período de translação (s – segundos)
A fórmula indica que a razão do quadrado do período de translação de um corpo
em torno de sua massa gravitacional ativa (por exemplo, a translação da Terra
em torno do Sol) pelo cubo do raio médio da órbita (distância média entre a Terra
e Sol, por exemplo) tem módulo constante, que depende da constante de
gravitação universal (G) e da massa gravitacional ativa M (a massa do Sol, por
exemplo).
Constante de gravitação universal
A constante de gravitação universal é uma constante de proporcionalidade de
módulo igual a 6,67408.10-11 N.m²/kg²., presente na Lei da Gravitação Universal
e usada para igualar a razão do produto da massa de dois corpos pelo quadrado de
sua distância com o módulo da força de atração entre eles. A constante de
gravitação universal é dada, em unidades do Sistema Internacional de Unidades,
em N.m²/kg².
A constante da gravitação universal foi determinada entre 1797 e 1798 pelo
experimento da balança de torção, realizado pelo físico e químico
britânico Henry Cavendish. O experimento tinha como objetivo inicial a
determinação da densidade da Terra, mas na época também pôde determinar a
constante da gravitação universal com menos de 1% de erro em relação ao valor
conhecido atualmente.
A
figura (fora de escala) mostra que a órbita da Terra é elíptica e que o Sol está em
um dos focos.
2ª lei de Kepler: lei das áreas
A segunda lei de Kepler afirma que a linha imaginária que liga o Sol aos planetas
que o orbitam varre áreas em intervalos de tempo iguais. Em outras palavras, essa
lei afirma que a velocidade com que as áreas são varridas é igual, isto é, a
velocidade aureolar das órbitas é constante.
“A linha imaginária que liga o Sol aos planetas que o orbitam varre áreas iguais
em intervalos de tempos iguais.”
De
acordo com a lei das áreas, para o mesmo intervalo de tempo, as áreas A 1 e A2 são
iguais.
3ª lei de Kepler: lei dos períodos ou lei da harmonia
A terceira lei de Kepler afirma que o quadrado do período orbital (T²) de um
planeta é diretamente proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol (R³).
Além disso, a razão entre T² e R³ tem exatamente a mesma magnitude para todos
os astros que orbitam essa estrela.
“A razão entre o quadrado do período e o cubo do raio médio da órbita de um
planeta é constante.”
A expressão usada para o cálculo da terceira lei de Kepler é mostrada a seguir,
confira:
O raio médio das órbitas, na tabela, é medido em unidades astronômicas (ua).
Uma unidade astronômica corresponde à distância média entre a Terra e o Sol,
cerca de 1,496.1011 m. Além disso, as pequenas variações nas razões T² sobre R³
devem-se às limitações de precisão nas medidas do raio orbital e do período
de translação de cada planeta.
Quantidade de movimento linear (momento linear) e impulso de
uma força
Impulso e quantidade de movimento são grandezas físicas vetoriais utilizadas no
estudo da dinâmica. A unidade de medida de ambos é a mesma (kg.m/s), e eles
estão relacionados pelo teorema do impulso e também pela segunda lei de
Newton.
O que é quantidade de movimento?
Quantidade de movimento é o produto entre a massa de um corpo e sua
velocidade. Trata-se de uma grandeza vetorial cuja unidade de medida, de acordo
com o Sistema Internacional de Unidades (SI), tanto pode ser o kg.m/s quanto o
N.s.
A fórmula utilizada para calcular a quantidade de movimento é a seguinte:
Por fim, as duas expressões mostradas acima podem ser combinadas de modo que
a variação da quantidade de movimento seja igual ao produto da força resultante
e o intervalo de tempo de aplicação da força. Essa identidade recebe o nome de
teorema do impulso.
O torque é o produto
vetorial entre a distância ao eixo de rotação e a força aplicada.
É necessário que se observe um importante detalhe a respeito do cálculo
do torque: seu sinal. Quando um torque produz uma rotação no sentido
anti-horário, seu sinal é positivo, quando a rotação produzida acontece
no sentido horário, ele é negativo. Além disso, é necessário ressaltar que
o vetor torque é sempre perpendicular ao plano formado pelos
vetores r e F.
O
sentido do torque pode ser determinado pela regra do parafuso, pela
direção do polegar.
O que é torque?
Torque resultante
Quanto mais próximo à distribuição de massa estiver do eixo de rotação, menor é o seu
momento de inércia e, por conseguinte, o corpo ganha mais velocidade angular, pois
oferece menor resistência a variação da velocidade de rotação. Este fato está relacionado
com a conservação do momento angular.
No caso da bailarina, quando ela diminui o seu momento de inércia aproximando os braços
do corpo (eixo de rotação) a velocidade angular aumenta para conservar o seu momento
angular. Estamos supondo que não haja torque nas pontas dos pés, que aumente ou
desacelere a rotação da bailarina, então L1 = L2 ,ou seja, momento angular inicial (braços
abertos) é igual ao momento angular final (braços fechados)
I1w1 =I2w2
Observe a figura acima. Nela, temos dois corpos que estão prestes a cair de uma
mesma altura. A mudança na energia potencial gravitacional que cada um deles
sofrerá é exatamente a mesma, uma vez que a força peso, responsável pelo
movimento de queda dos corpos, é uma força conservativa. Apesar de o corpo à
esquerda percorrer um caminho maior, a diferença de altura dos corpos em
relação ao solo é a mesma.
Um exemplo de força não conservativa é a força de atrito. Se houvesse atrito na
situação ilustrada na figura acima, ele não seria exatamente o mesmo para os dois
casos, uma vez que a distância percorrida por um dos corpos é maior que a
distância percorrida pelo outro. Logo, o atrito é uma força não conservativa e não
é capaz de armazenar energia em forma de energia potencial.
O que é energia potencial gravitacional?
Energia potencial gravitacional é a energia relacionada à altura de um corpo
em relação ao solo. Trata-se de uma grandeza escalar, definida unicamente pelo
seu módulo, medido em joules (J). A energia potencial gravitacional é definida
por meio da seguinte equação:
Legenda:
Ep – energia potencial gravitacional (J – joules)
m – massa do corpo (kg – quilogramas)
h – altura do corpo em relação ao solo (m – metros)
Como a energia potencial é escalar, ela pode ser definida em relação a qualquer
referencial. Por exemplo: um corpo que se encontra na cobertura de um prédio
tem uma grande energia potencial gravitacional em relação à rua, entretanto, sua
energia potencial relativa àquela cobertura é nula.
O que é energia potencial elástica?
Energia potencial elástica é uma forma de energia relacionada à compressão ou
elongação de um corpo que tende a voltar ao seu formato original, como
molas e elásticos.
Quando algum corpo tem tendência a voltar à sua posição de equilíbrio em razão
de uma força restauradora, assim como uma mola esticada ou comprimida,
dizemos que ele é capaz de armazenar energia em forma
de energia potencial elástica.
A energia potencial elástica, assim como todas as outras formas de energia
potencial, também é escalar. Dessa forma, o caminho tomado pelo corpo não
afeta o módulo de sua energia potencial, que é afetado somente pela diferença
entre as posições final e inicial do corpo. Por exemplo: um corpo elástico,
quando esticado ou comprimido em dois centímetros, apresentará a mesma
quantidade de energia potencial elástica para ambos os casos.
Podemos calcular a energia potencial elástica de um corpo por meio da equação
apresentada abaixo:
Legenda:
Ep – energia potencial elástica (J)
k – constante elástica do corpo (N/m – Newton por metro)
x – deformação do corpo (m)
Na equação acima, k recebe o nome de constante elástica. Essa constante é uma
propriedade do corpo e mede a intensidade da força necessária para deformar o
corpo em um metro. Já a variável x mede a deformação do corpo em metros. Se
o corpo estiver em seu tamanho original, sua deformação será nula, de forma
que x = 0. Portanto, esse corpo não apresentará qualquer energia potencial
elástica.
Fórmulas de energia potencial
Para calcularmos a energia potencial gravitacional contida em um corpo,
utilizamos a fórmula abaixo:
Legenda:
Ep – energia potencial gravitacional (J)
m – massa do corpo (kg)
h – altura do corpo em relação ao solo (m)
Podemos calcular o módulo da energia potencial elástica de um corpo por meio
da fórmula abaixo:
Legenda:
Ep – energia potencial elástica (J)
k – constante elástica do corpo (N/m)
x – deformação do corpo (m)
De
acordo com a conservação da energia, a energia mecânica do carro na figura é
constante em todos os pontos.
Energia cinética
A energia cinética é a energia contida em qualquer corpo que apresente
uma quantidade de movimento não nula, isto é, desde que o corpo
tenha massa e velocidade, ele será dotado de uma determinada quantidade de
energia cinética.
A energia cinética é uma grandeza escalar cuja unidade, de acordo com
o Sistema Internacional de Unidades, é o joule (J). A fórmula da energia cinética
afirma que essa energia é igual ao produto entre a massa (m) e
o quadrado da velocidade (v²) dividido por 2.
m – massa
v – velocidade
EC – energia cinética
Energia potencial
A energia potencial é uma forma de energia que pode ser armazenada e que
depende diretamente da posição em que um corpo se encontra em relação a
algum campo de força, tais como o campo gravitacional, campo elétrico e campo
magnético.
A energia potencial só pode ser acumulada em um corpo quando este estiver
sujeito à ação de uma força conservativa, isto é, uma força que aplica sempre a
mesma quantidade de energia a um corpo, independentemente do caminho
percorrido.
Um exemplo de força conservativa é a força peso: se um corpo for elevado
contra a ação da força peso a partir do chão até uma certa altura,
independentemente da trajetória percorrida por esse corpo, o ganho de energia
potencial dependerá exclusivamente da diferença entre as duas alturas.
Quando tratamos de exercícios sobre a conservação da energia mecânica, há dois
tipos de energia potencial mais comuns: a energia potencial gravitacional e
a energia potencial elástica. A energia potencial gravitacional é a forma de
energia relativa à altura de um corpo em relação ao chão. Ela depende da massa
do corpo, da aceleração da gravidade no local e da altura
Energia mecânica
A energia mecânica é a soma das energias cinética e potencial. Em outras
palavras, é toda a energia que é relacionada ao movimento de um corpo. A
fórmula da energia mecânica é a seguinte:
Depois do choque:
Durante uma colisão de dois corpos, as forças externas são desprezadas se
comparadas às internas, portanto, o sistema pode ser sempre considerado
mecanicamente isolado:
Tipos de choque
No choque entre dois corpos podem ocorrer perdas de energia em virtude do
aquecimento, da deformação e do som provocados pelo impacto, porém, jamais
haverá ganho de energia.
Período (T): tempo necessário para que o corpo realize uma oscilação completa.
A unidade de medida do período é o segundo (s);
Frequência angular (ω): mede a rapidez em que o ângulo de fase é percorrido.
O ângulo de fase corresponde à posição do corpo em oscilação. Ao final de uma
oscilação, o corpo terá varrido um ângulo de 360º ou 2π radianos.
Além das equações mostradas acima, que são gerais, existem algumas
equações específicas, utilizadas para calcular a frequência ou
o período dos osciladores massa-mola e também do pêndulo simples. A seguir,
explicaremos cada uma dessas fórmulas.
Oscilador massa-mola
No oscilador massa-mola, um corpo de massa m é preso a uma mola ideal
de constante elástica k. Quando retirado da posição de equilíbrio, a força
elástica exercida pela mola faz com que o corpo passe a oscilar em torno dessa
posição. A frequência e o período de oscilação podem ser calculados por meio
das fórmulas a seguir:
Equilíbrio estático
É uma definição baseada no repouso, ou seja, na relação de determinado
referencial externo, quando nenhuma partícula que o constitui se move em
relação a um dado referencial. Em relação a esse mesmo referencial, caso as
partículas apresentem movimento, o corpo rígido estará então em Equilíbrio
dinâmico.
Onde:
M = momento ou torque de uma força
F = Força
d = distância
Observações importantes:
• Momento de uma força é uma grandeza vetorial (apesar de a definição abordar
apenas sua intensidade).
• Sinal positivo (+) representa o momento em que a força tende a produzir
rotação no sentido anti-horário em volta do polo.
• Sinal negativo (-) é adotado quando a força tende a produzir rotação no sentido
horário em volta do polo.
A polia 2 está presa ao objeto erguido e não há contato direto entre ela e o
teto, por isso, ela é denominada de polia móvel. A partir da aplicação da
força F, tanto o objeto quanto a polia assumem posições superiores, mas a
força aplicada não é igual ao peso real do objeto.
Cada polia móvel diminui pela metade a força necessária para levantar
um objeto. Quanto maior for o número de polias móveis, menor será a
força aplicada sobre o sistema para mudar a posição vertical do objeto.
A força F necessária para levantar um objeto de peso P é definida a partir
do número de polias móveis (n), configurando a seguinte equação:
F = P
2N
Isso significa que, se o objeto tiver, por exemplo, peso igual a 640 N, que
corresponde a um corpo de massa de 64 kg, ele será levantado por uma
força oito vezes menor. A força necessária para esse caso corresponde a
80 N, ou seja, como se o objeto apresentasse apenas 8 kg de massa.
Hidrostática e hidrodinâmica
A Hidrostática é uma área da física que estuda os líquidos que estão em repouso. Esse
ramo envolve diversos conceitos como a densidade, a pressão, o volume e a força empuxo.
Principais Conceitos da Hidrostática
Densidade
A densidade determina a concentração de matéria num determinado volume. Ela
representa a relação entre a massa e o volume ocupado por esta massa.
Fórmula da densidade
sendo,
d: densidade
m: massa (em Kg)
v: volume (em m³)
A unidade de medida é o . Também é usualmente expressa em grama por centímetro
cúbico (g/cm3) ou em grama por mililitro (g/mL).
Pressão
A pressão é um conceito essencial da hidrostática, e nessa área de estudo é
chamada pressão hidrostática. Ela determina a pressão que exercem os fluidos.
Como exemplo, podemos pensar na pressão que sentimos quando estamos nadando.
Assim, quanto mais fundo mergulharmos, maior será a pressão hidrostática.
Obs: Note que a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente. Ela depende
da densidade do fluido, da altura da coluna do líquido e da gravidade do local.
Empuxo
O empuxo, também chamado impulsão, é uma força hidrostática que atua num corpo
imerso em um fluido. Dessa forma, a força empuxo é a força resultante exercida pelo fluido
sobre determinado corpo.
Como exemplo, podemos pensar no nosso corpo que parece mais leve quando estamos na
água, seja na piscina ou no mar.
Observe que essa força exercida pelo líquido sobre o corpo já era estudada na Antiguidade.
O matemático grego Arquimedes foi quem realizou uma experiência hidrostática que
permitia calcular o valor da força empuxo (vertical e para cima) que torna um corpo mais
leve no interior de um fluido. Note que ela atua em sentido contrário à força peso.
“Todo corpo mergulhado num fluido recebe um impulso de baixo para cima igual ao peso
do volume do fluido deslocado, por esse motivo, os corpos mais densos que a água,
afundam, enquanto os menos densos flutuam”.
Se a força do empuxo (E) tiver maior intensidade que a força peso (P), o corpo subirá para a
superfície;
Se a força empuxo (E) tiver a mesma intensidade que a força peso (P) o corpo não subirá nem
descerá, permanecendo em equilíbrio;
Se a força empuxo (E) tiver menor intensidade que a força peso (P), o corpo afundará.
Lembre-se que a força empuxo é uma grandeza vetorial, ou seja, possui direção, módulo e
sentido.
No Sistema Internacional (SI), o empuxo (E) é dado em Newton (N) e calculado pela
seguinte fórmula:
Onde,
Baseada no Princípio de Arquimedes, esse instrumento serve para medir a força empuxo
exercida em um corpo imerso em um fluido.
Ou seja, ela determina o peso de um objeto imerso em um líquido, que por sua vez é mais
leve que no ar.
Por meio desse experimento, é possível visualizar que a transmissão de pressão em fluidos ocorre de forma igual em
todas as direções.
Princípio de Stevin
O princípio de Stevin, também conhecido como
o princípio fundamental da Hidrostática, explica a dependência entre a pressão
exercida pelos fluidos em equilíbrio estático e a sua profundidade: Quanto
maior for a altura de um líquido, maior será a pressão que exercida contra as
paredes de seu recipiente.
Δt1 = Δt2
A . v = constante
Mas tem outra coisa: é comum alguns acreditarem que a água que sai
da mangueira com maior velocidade em virtude da redução da área
tem sua pressão aumentada. No entanto acontece exatamente ao
contrário. A pressão, nesta condição é menor. Mas isto é outra história.
É necessário analisarmos do ponto de vista da Equação de Bernoulli.
Equação de Bernoulli
A Equação de Bernoulli é um princípio presente na Hidrodinâmica que
pode ser entendido de maneira análoga ao princípio de
Stevin da Hidrostática. Isso quer dizer que como os fluidos estão em
movimento, deve-se considerar um termo adicional, que não é
considerado no princípio de Stevin, contendo as velocidades dos fluidos
envolvidos.
p+dgh+dv22=constante
Onde p, h e v são as diferenças entre as pressões A e B, alturas A e B e
velocidades A e B respectivamente.
Termologia
O que é Termologia?
Termologia é o estudo científico dos fenômenos relacionados ao calor e
à temperatura, como transferência de calor, equilíbrio térmico, transformações
sofridas por gases, mudanças de estado físico, etc.
Temperatura
Temperatura é a medida do grau de agitação das partículas que constituem um
corpo. A temperatura de um corpo é diretamente proporcional à velocidade com
que seus átomos e moléculas vibram, rotacionam ou, até mesmo, transladam.
A temperatura é uma das grandezas fundamentais da natureza, juntamente com
o metro e com o segundo, por exemplo.
No sistema internacional de unidades (SI), a unidade utilizada para a medida
da temperatura é o Kelvin (K). Essa escala de temperatura é considerada
absoluta, pois não admite valores negativos e pode ser determinada diretamente
pela vibração térmica dos átomos. Por isso, dizemos que a menor temperatura
possível é o 0 K, também conhecido como zero absoluto.
Apesar da existência do Kelvin, outras escalas usuais, baseadas em outras
substâncias, como Celsius e Fahrenheit, continuam sendo usadas no mundo. A
figura abaixo mostra três termômetros graduados nas escalas mais comuns
existentes: Celsius, Kelvin e Fahrenheit:
Escalas termométricas
As escalas termométricas são usadas para medir a temperatura a partir de
alguma referência. Geralmente, tomam-se dois pontos fixos para os quais o corpo
ou a substância de referência apresentaria as mesmas propriedades, como
volume, densidade, condutividade ou resistência elétrica, comprimento, etc.
A escala Celsius é a termométrica mais usada no mundo. Trata-se de uma escala
centígrada, isto é, apresenta 100 divisões de igual tamanho entre seus pontos
fixos, 0 ºC e 100 ºC, chamados de graus. Por ser uma escala usual, admite
temperaturas negativas: seu zero absoluto tem valor de aproximadamente -273,5
ºC.
A escala Fahrenheit, por sua vez, é usada em poucos países, como Estados
Unidos e Inglaterra. Foi desenvolvida para que o ponto de fusão da água seja
igual a 32 ºF. Assim, mesmo atingindo baixas temperaturas, é improvável que se
observem temperaturas negativas em países que utilizam essa escala. A
temperatura de ebulição da água em Fahrenheit é de 212 ºF.
A escala Kelvin foi baseada na agitação térmica de átomos de hélio de forma
que, ao atingirem o repouso total, atribui-se a esses átomos a temperatura de 0 K.
Hoje em dia, sabemos que essa baixíssima temperatura é, na
verdade, inalcançável.
Para convertermos valores de temperatura expressos em uma das escalas citadas
acima, podemos utilizar as seguintes equações:
Q – calor
m – massa
L – calor latente
Dilatação térmica linear
Após a constatação de que o calor é uma forma de energia que poderia ser
transformada em outra, a Termologia passou a ser chamada de
Termodinâmica. Foi no ano de 1930 que se percebeu que, para se obter
uma estrutura lógica na apresentação da Termodinâmica, era necessário
colocar uma outra lei antes das que já haviam sido enunciadas (1º lei e 2º
lei). Assim, essa outra lei recebeu o nome de Lei Zero da Termodinâmica.
Escalas termométricas
As escalas termométricas são utilizadas para medir a temperatura (medida do
grau de agitação das moléculas), ou seja, elas são utilizadas para indicar se um
determinado corpo está quente ou frio.
Já existiram diversas escalas termométricas ao longo da História, mas apenas
três são utilizadas nos dias atuais, sendo elas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin.
Essas escalas utilizam como padrão os pontos de fusão e ebulição da água.
→ Escala Celsius
Trata-se de uma escala termométrica centígrada, ou seja, que apresenta cem
intervalos entre os pontos de fusão e ebulição. Ela foi determinada no ano de
1742 pelo astrônomo sueco Anders Celsius. Quando desenvolveu a escala
Celsius, chamou-a de Centígrado, mas, no ano de 1948, a escala passou a ser
chamada de Celsius em homenagem ao seu criador e para evitar confusões com a
sigla SI (Sistema Internacional), que é utilizada para designar todas as unidades
de medida
Celsius utilizou como referência para a sua escala termométrica os seguintes
valores para os pontos de fusão e ebulição da água:
Ponto de fusão da água = 100oC
Ponto de ebulição da água = 0oC
Porém, os valores atribuídos para os pontos de fusão e ebulição foram
reorganizados por alguns criadores dos termômetros, como os suecos Carolus
Linnaeus e Daniel Ekström, da seguinte forma:
Ponto de fusão da água = 0oC
Ponto de ebulição da água = 100oC
Esses valores são utilizados até os dias atuais. Vale ressaltar que a escala Celsius
é utilizada hoje em quase todos os países.
→ Escala Fahrenheit
A escala Fahrenheit foi desenvolvida pelo físico e
engenheiro Gabriel Fahrenheit, no ano de 1724, após obter conhecimento sobre
a construção de termômetros de mercúrio.
Na sua escala, Fahrenheit utilizou como referência os valores dos pontos de fusão
e ebulição da água, para os quais ele adotou os seguintes valores:
Ponto de fusão da água = 32oC
Ponto de ebulição da água = 212oC
Como temos 180 intervalos entre as temperaturas 32 e 212, a escala Fahrenheit
não é considerada centígrada, como é a escala Celsius.
Trata-se de uma escala que foi muito utilizada nas colônias britânicas, sendo
muito utilizada hoje em países como Inglaterra e Estados Unidos.
→ Escala Kelvin
A escala Kelvin foi proposta em 1864 pelo físico e engenheiro irlandês William
Thomson, o qual também era conhecido como Lord Kelvin. Ele acreditava que
era necessária uma escala termométrica que pudesse atribuir a um material uma
total ausência de movimentação de suas partículas, o que ele chamou de zero
absoluto.
Assim, para Lord Kelvin, sua escala não poderia apresentar valores negativos
para a temperatura. Assim como Celsius e Fahrenheit, ele utilizou como
referência os seguintes pontos de fusão e ebulição da água:
Ponto de fusão da água = 273 K
Ponto de ebulição da água = 373 K
Hoje, Kelvin é a escala termométrica adotada pelo Sistema Internacional.
→ Como converter uma escala termométrica em outra
Como as três escalas termométricas são utilizadas em lugares diferentes, é
interessante saber a forma de converter uma em outra. Para isso, basta utilizar a
seguinte relação:
Tc = Tf-32 = Tk-273
5 9 5
Tc = Temperatura em graus Celsius
Tf = Temperatura em graus Fahrenheit
Tk = Temperatura Kelvin
Dessa forma:
Para transformar Celsius para Kelvin:
Tk = Tc + 273
Para transformar Kelvin para Celsius:
Tc = Tk-273
Para transformar Celsius para Fahrenheit ou Fahrenheit para Celsius:
Tc = Tf-32
5 9
Para transformar Kelvin para Fahrenheit ou Fahrenheit para Kelvin:
Tf-32 = Tk-273
9 5
Veja dois exemplos de transformação de uma escala de temperatura em outra:
1º) Transformar 150 K para a escala Celsius
Para transformar a temperatura 150 K (Kelvin) para graus Celsius, basta utilizar a
expressão:
Tc = Tk - 273
Tc = 150 – 273
Tc = - 123 oC
2º) Transformar 75 oF para a escala Celsius:
Para transformar a temperatura 150 K (Kelvin) para graus Celsius, basta utilizar a
expressão:
Tc = Tf-32
5 9
Tc = 75-32
5 9
9.Tc = 5.43
9Tc = 215
Tc = 215
9
Tc = 23,88oC
No equilíbrio térmico, as temperaturas finais de cada corpo devem ser iguais: T A = TB = TC
Confira o que estabelece o enunciado da lei zero da Termodinâmica:
“Se dois corpos encontrarem-se em equilíbrio térmico com um terceiro
corpo, então, esses corpos estarão em equilíbrio térmico entre si.”
Outra forma de entendermos o equilíbrio térmico é a partir da energia interna dos
corpos. A energia interna, ou simplesmente energia térmica, é uma grandeza
física diretamente proporcional à temperatura do corpo. Por isso, caso haja
corpos com diferentes temperaturas dentro do mesmo sistema termodinâmico,
eles estarão com diferentes módulos de energia interna e, portanto, transferirão
parte dessa energia entre si até que não haja nenhuma diferença entre suas
energias internas.
Calor e equilíbrio térmico
A transferência de calor sempre ocorre de forma espontânea, no sentido do corpo
de maior temperatura para o corpo de menor temperatura. Essa transferência de
energia em forma de calor pode ocorrer por meio de processos como
a condução, convecção e radiação.
Condução: É a transferência de calor entre corpos que ocorre especialmente em
sólidos. Nesse tipo de condução, não ocorrem transferências de massa. Esse tipo
de transferência de calor explica como ocorre o equilíbrio térmico em metais, por
exemplo.
Convecção: É uma transferência de calor que ocorre em fluidos. Nessa
modalidade de transferência de calor, há a transferência de massa, uma vez que o
fluido aquecido move-se, formando correntes de convecção até que todo o fluido
atinja o equilíbrio térmico.
Radiação: É a transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas,
portanto, esse processo ocorre mesmo que não haja um meio físico entre o corpo
e outro corpo em diferentes temperaturas. O calor que é transferido, nesse caso, é
o equivalente a ondas eletromagnéticas de menor energia que a luz visível,
tratando-se, dessa forma, de radiações térmicas, localizadas na região do
infravermelho.
Os dois líquidos da figura transferem calor entre si até que suas temperaturas fiquem iguais.
Calor sensível
Quando há diferença de temperatura entre dois corpos, ou entre um corpo e
suas vizinhanças, haverá troca de calor entre eles de forma espontânea, de modo
que o corpo de temperatura mais elevada resfrie-se, e os corpos de menor
temperatura aqueçam-se até que todos atinjam a temperatura
de equilíbrio térmico.
A quantidade de calor que é trocada entre corpos que se encontram em diferentes
temperaturas é chamada de calor sensível e essa quantidade pode ser calculada a
partir da fórmula mostrada na figura abaixo:
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Equilíbrio térmico
QUÍMICA
Equilíbrio térmico é a situação obtida após dois ou mais corpos trocarem calor e, então,
alcançarem uma temperatura igual entre si.
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No equilíbrio térmico, as temperaturas finais de cada corpo devem ser iguais: T A = TB = TC
Confira o que estabelece o enunciado da lei zero da Termodinâmica:
Os dois líquidos da figura transferem calor entre si até que suas temperaturas fiquem iguais.
Quer saber mais sobre como ocorrem cada um dos processos de transferência de
calor? Acesse o artigo: Processos de propagação de calor.
Calor sensível
Quando há diferença de temperatura entre dois corpos, ou entre um corpo e
suas vizinhanças, haverá troca de calor entre eles de forma espontânea, de modo
que o corpo de temperatura mais elevada resfrie-se, e os corpos de menor
temperatura aqueçam-se até que todos atinjam a temperatura
de equilíbrio térmico.
A quantidade de calor que é trocada entre corpos que se encontram em diferentes
temperaturas é chamada de calor sensível e essa quantidade pode ser calculada a
partir da fórmula mostrada na figura abaixo:
Toda a quantidade de calor que o chá quente ceder para o gelo será absorvida
integralmente por ele, uma vez que a xícara tem capacidade térmica desprezível.
Devemos desconsiderar as perdas de calor para o ar e para quaisquer outras
vizinhanças, de forma que essa xícara de chá possa ser entendida como um
sistema termodinâmico fechado.
Dessa forma, podemos estabelecer que toda a quantidade de calor recebida pelo
gelo foi cedida pelo chá quente, com isso, escrevemos nossa fórmula para o
cálculo do equilíbrio térmico:
Uma xícara, de capacidade térmica desprezível, que contém 200 ml (200g) de chá
à temperatura inicial de 70 ºC, recebe 10g de gelo à temperatura de -10 ºC.
Determine a temperatura de equilíbrio térmico do sistema (considere que o calor
específico do chá seja igual ao calor específico da água):
Dados:
cÁGUA = 1,0 cal/gºC
cGELO = 0,5 cal/gºC
LGELO = 80 cal/g
Primeiramente, consideramos que todo o calor recebido pelo gelo foi cedido pelo
chá:
Chá: O chá cedeu somente calor sensível (QS), já que o seu estado físico não
sofreu mudanças.
Gelo: O gelo estava inicialmente a -10 ºC, por isso, recebeu calor sensível (Q S)
até a temperatura de 0 ºC, em seguida, recebeu calor latente (Q L) para liquefazer-
se. Após tornar-se líquido, recebeu calor latente (QS) até entrar em equilíbrio
térmico (TF) com o chá.
Traduzindo o que foi analisado acima na forma de equação, teremos o seguinte
cálculo para resolver:
Substituindo os dados fornecidos pelo exercício na equação encontrada acima,
teremos que resolver o seguinte cálculo:
Legenda:
Q – Quantidade de calor (J ou cal)
m – Massa do corpo (kg ou g)
c – Calor específico (J/kg.K ou cal/gºC)
ΔT – Variação de temperatura (K ou ºC)
Calor específico
Uma grandeza importante está presente na equação acima, o calor
específico, representado pela letra c. Calor específico é uma unidade que indica a
quantidade de calorias necessárias para se elevar em 1,0 ºC uma massa de 1,0
g de determinada substância. Essa unidade é medida com referência na
água pura, cujo calor específico é igual a 1,0 cal/gºC.
Confira, na tabela a seguir, o calor específico de algumas substâncias:
Substância Calor específico (cal/gºC)
Água 1
Gelo 0,5
Etanol 0,58
Ouro 0,03
Prata 0,06
Legenda:
C – Capacidade térmica (cal/g ou J/kg)
Quando algum corpo apresenta uma grande capacidade térmica, ele é chamado
de reservatório térmico. Todo reservatório térmico
precisa absorver ou ceder grandes quantidades de calor para ter a
sua temperatura alterada. Um bom exemplo de reservatório térmico para a
Terra são os mares, que são compostos majoritariamente por água, uma
substância de alto calor específico. Essa característica torna os mares os grandes
reguladores da temperatura global.
Calor latente
Calor latente, ou calor de transformação, é a quantidade de calor recebida por
um corpo durante uma mudança de estado físico. Se algum corpo constituído
apenas por uma única substância sofrer mudanças em seu estado físico, passando
do estado sólido para o estado gasoso, por exemplo, ele
recebeu calor latente. Durante a mudança de estado físico, todo o calor que um
corpo recebe, ou cede, somente altera o seu estado, sem afetar a sua
temperatura. Quando a água atinge a temperatura de fervura, por exemplo, sob
condições normais de pressão, sua temperatura permanece constante enquanto ela
sofre o processo de vaporização.
Para calcularmos a quantidade de calor latente em alguma mudança de estado
físico, usamos a seguinte fórmula:
Legenda:
Q – Quantidade de calor latente (J ou cal)
m – Massa do corpo (kg ou g)
L – Calor latente de fusão (LF), vaporização (LV), etc. (J/kg ou cal/g)
Confira, na tabela a seguir, os valores de calor latente de fusão para algumas
substâncias conhecidas:
Substância Calor latente de fusão (cal/g)
Água 79,9
Cobre 51
Alumínio 95
Ouro 15,8
Zinco 28,1
Legenda:
Φ – Fluxo de calor (J/s ou cal/s)
k – Condutividade térmica (W/m.K)
A – Área do corpo (m²)
e – Espessura do corpo (m)
Curva de aquecimento
Toda substância pura pode ter a sua curva de aquecimento facilmente
determinada. A curva de aquecimento é um gráfico da temperatura da
substância em função da quantidade de calor recebida ou fornecida. Durante
o aquecimento ou resfriamento da substância, o gráfico toma a forma de uma
reta ascendente ou descendente. Nas mudanças de fase, tem a forma de uma
reta paralela ao eixo horizontal. Observe:
Legenda:
I – Substância no estado sólido sendo aquecida: calor sensível;
II – Substância em processo de fusão: calor latente de fusão;
III – Substância no estado líquido sendo aquecida: calor sensível;
IV – Substância sofrendo evaporação: calor latente de evaporação.
Trocas de calor
Dizemos que, em um sistema fechado, a soma das trocas de calor entre
os corpos é nula, isto é, igual a 0. Essa propriedade decorre da conservação da
energia: toda a quantidade de calor cedida pelo corpo
de maior temperatura é absorvida pelos corpos
com menores temperaturas. Dessa forma, podemos escrever a seguinte relação:
Podemos nos aquecer nas proximidades de uma lareira, sem ter contato direto com o fogo, graças ao processo de condução do
calor por irradiação
O calor também pode ser transferido de um meio para o outro por meio
da condução. Para entender melhor esse processo de transferência de
calor, imagine a seguinte situação: segurando uma barra de ferro em uma
das suas extremidades e colocando a outra ponta sobre uma chama, ela
começará a aquecer. Primeiramente, a parte que está sobre o fogo terá sua
temperatura elevada, pois a chama está transferindo energia para a barra.
As moléculas que a constituem começarão a ficar agitadas e chocar-se-ão
com as outras que não estão em contato com o fogo. Essa agitação será
transmitida de molécula para molécula até que todo o objeto fique aquecido.
É assim que ocorre a condução de calor, a energia propaga-se em virtude
da agitação molecular. Esse processo é mais eficiente em materiais como
os metais, que são bons condutores de calor. Isso também explica o motivo
das panelas serem feitas de metal.
As panelas são feitas de metal porque são os melhores condutores de calor por condução
Por fim, há a convecção, que é a forma de transferência de calor comum
para os gases e líquidos. O exemplo a seguir descreve como acontece a
convecção:
Ao colocar água para ferver, a parte que está próxima ao fogo será a
primeira a aquecer. Quando ela aquece, sofre expansão e fica menos
densa que a água da superfície, sendo assim, ela desloca-se para ficar por
cima, enquanto a parte mais fria e densa move-se para baixo. Esse ciclo
repete-se várias vezes e forma uma corrente de convecção, que é
ocasionada pela diferença entre as densidades, fazendo com que o calor
seja transferido para todo o líquido. Observe a figura:
Como o próprio nome indica, um isolante térmico isola a passagem de calor. Os mais
utilizados são: plástico, borracha, madeira, lã, isopor, dentre outros.
Por sua vez, os condutores térmicos facilitam a passagem de calor, pois possuem grande
condutibilidade térmica. O condutor térmico mais comum é o metal.
Exemplo
Quando estamos fazendo comida, ao mexer na panela com uma colher, devemos escolher
uma de plástico ou madeira. Isso porque elas são isolantes térmicos, os quais impedem a
passagem de calor.
Por outro lado, uma colher de metal (alumínio, ferro, etc.) não é isolante térmico e conduz o
calor rapidamente pelo material.
Isso explica porque a maioria das panelas são feitas de metais e os cabos de plástico ou
madeira. Sendo assim, o metal possui maior capacidade de conduzir calor e, portanto,
aquece rapidamente a comida.
onde,
Q: quantidade de calor
Δt: variação do tempo
K: coeficiente de condutibilidade térmica do material
A: área da superfície
Δθ: variação da temperatura
L: espessura do material
Q -calor (cal ou J)
m – massa (g ou kg)
c – calor específico (cal/gºC ou J/kg.K)
ΔT – variação de temperatura (celsius ou kelvin)
Trabalho
A última das grandezas relacionadas à Primeira Lei da Termodinâmica é o
trabalho (τ), que tem uma fórmula analítica apenas para as transformações que
ocorrem sob pressão constante, também conhecidas como transformações
isobáricas, observe:
Óptica
Óptica é a parte da Física responsável pelo estudo dos fenômenos associados à
luz. Os fenômenos relacionados à Óptica são conhecidos desde a Antiguidade.
Existem registros de que, em 2.283 a.C., já eram utilizados cristais de rocha para
observar as estrelas. Na Idade Antiga, na Assíria, já havia a lente de cristal; e, na
Grécia, utilizava-se a lente de vidro para obter fogo.
O grande salto no estudo da Óptica ocorreu no século XVI. Galileu
Galilei apresentou o primeiro telescópio, em 1609, e Snell Descartes chegou
à Lei da refração. O trabalho mais importante dessa época foi a medição
da velocidade da luz. O valor encontrado foi c = 3,08. 1010 cm/s, obtido por
Bradley, em 1728.
Outro importante nome para a evolução dos estudos sobre a Óptica foi o de
Huygens, que, em 1678, apresentou a hipótese de que a luz seria uma onda. Isaac
Newton também deixou suas contribuições na área, como a teoria da variação do
índice de refração da luz pela variação da cor, que pode ser observada na
dispersão da luz ao passar por um prisma.
O fato de se considerar apenas a natureza corpuscular da luz representou um
atraso nos estudos da Óptica. Somente em 1801 que Young realizou a experiência
da interferência da luz, explicando-a a partir da teoria ondulatória. Em seguida,
por volta de 1815, Fresnell explicou a teoria da difração da luz também por meio
da teoria ondulatória.
Outro cientista importante para o desenvolvimento dessa teoria foi Foucault, que
descobriu que a velocidade da luz era maior no ar do que na água. Essa
descoberta chocava-se com a teoria corpuscular, que afirmava que a velocidade
da luz era maior na água que no ar. Foi de James Clerk Maxwell a principal
evidência de que a luz comportava-se como uma onda eletromagnética, pois ele
provou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no espaço
era igual à velocidade de propagação da luz.
A teoria de que a luz comportava-se apenas como uma onda eletromagnética foi
questionada no final do século XIX. Isso porque não era suficiente para explicar
o efeito fotoelétrico. Einstein utilizou a teoria de Planck para mostrar que a luz
era formada por “pequenos pacotes de energia”, os fótons. A partir dessa
teoria, Arthur Compton demonstrou que, quando um fóton e um elétron colidem,
ambos se comportam como matéria. A partir de então, a luz passou a ser
considerada como onda e como partícula, dependendo do fenômeno estudado.
Essa teoria é denominada de natureza dual da luz.
Os estudos de Óptica são divididos em duas partes:
1. Óptica geométrica: parte da Óptica que estuda a propagação da luz por meio
dos raios de luz. Os fenômenos que essa área abrange são: propagação retilínea
da luz, reflexão e refração da luz, espelhos e lentes;
2. Óptica física: estuda o comportamento ondulatório da luz. Os fenômenos
estudados por essa área são: emissão, composição, absorção, polarização,
interferência e difração da luz.
A Óptica é uma parte da Física que está muito presente no nosso dia a dia.
Algumas de suas aplicações podem ser observadas, por exemplo:
Em instrumentos utilizados para corrigir defeitos visuais, como os óculos e as
lentes;
Instrumentos para observação, como os microscópios, telescópios e lunetas;
Em câmeras fotográficas, filmadoras etc.;
Espelhos.
Óptica geométrica
Óptica é a parte da Física que estuda a luz e os fenômenos luminosos. Seu
desenvolvimento ocorreu a partir da publicação da Teoria Corpuscular da
Luz por Isaac Newton. Essa teoria admite que a luz é formada por um feixe de
partículas.
A luz é uma onda eletromagnética e a sua velocidade no vácuo é de
aproximadamente 3,0 x 105 km/h
A Óptica, por sua vez, é dividida em:
1) Óptica Geométrica: estuda os fenômenos luminosos com base em leis
empíricas (experimentais). Eles são explicados sem que haja necessidade de se
conhecer a natureza física da luz. A Óptica Geométrica usa como ferramenta
de estudo a Geometria.
2) Óptica Física: Estuda a natureza física da luz e fenômenos
como interferência, polarização, difração, dispersão, entre outros.
Raios de Luz
São linhas que representam a direção e o sentido de propagação da luz. A
ideia de raios de luz é puramente teórica e tem como objetivo facilitar o estudo.
Um conjunto de raios de luz que possui uma abertura relativamente pequena
entre os raios é chamado de Pincel Luminoso. O conjunto de raios luminosos cuja
abertura entre os raios é relativamente grande é chamado de Feixe Luminoso.
Os feixes luminosos ou os pincéis luminosos podem ser classificados em:
Cônico divergente
Os raios luminosos partem de um único ponto (P) e espalham-se.
Cônico convergente
Os raios luminosos concentram-se em um único ponto.
Cilíndrico
Os raios luminosos são todos paralelos entre si. Nesse caso, a fonte de luz
encontra-se no infinito e é chamada de fonte imprópria.
Fontes de Luz
As fontes de luz são corpos capazes de emitir luz, seja ela própria, seja refletida.
Fontes de luz podem ser classificadas em:
• Fontes de luz primárias: São fontes de luz que emitem luz própria. Elas podem
ser:
→ Incandescentes: Quando emitem luz em altas temperaturas. Exemplos: o Sol,
a chama de uma vela e as lâmpadas de filamento.
Bússola fosforescente
• Fontes Secundárias: São aquelas que emitem apenas a luz recebida de outros
corpos.
Ex.: Lua, cadeiras, roupas etc.
A Lua é uma fonte secundária de luz
Vértice (V)
O vértice marca a região central dos espelhos esféricos. É sobre esse ponto que
traçamos o eixo principal (ou eixo de simetria) do espelho. Qualquer raio de
luz que incida sobre o vértice de um espelho esférico é refletido com o mesmo
ângulo de incidência, do mesmo modo que um espelho plano o faria.
Centro de curvatura (C)
O centro de curvatura dos espelhos esféricos é o ponto médio da calota esférica
que dá origem ao espelho, portanto, é igual ao raio dessa esfera. Qualquer raio de
luz que incida sobre o centro de curvatura de um espelho esférico deve
ser refletido sobre si mesmo, de modo que os raios de luz incidente e refletido
percorram o mesmo caminho.
Raio de curvatura (R)
O raio de curvatura mede a distância entre o vértice do espelho e o seu centro
de curvatura, é denotado pela letra R e é comumente medido em metros.
Foco (F)
O foco é o ponto em que raios de luz paralelos convergem após serem refletidos
por um espelho côncavo. No caso dos espelhos convexos, os raios de luz
refletidos divergem de sua superfície e, por isso, são os prolongamentos dos
raios de luz que se cruzam, em um ponto localizado “atrás” da superfície desses
espelhos. Por esse motivo, dizemos que o foco dos espelhos convexos é virtual,
enquanto o foco dos espelhos côncavos é real.
Em vermelho é
mostrado o foco do espelho côncavo.
O tipo de foco do espelho influencia diretamente a realização dos cálculos.
Espelhos com foco real (côncavos) têm seu ponto focal escrito com
o sinal positivo, já os espelhos convexos recebem o sinal negativo para o seu
foco:
Espelho côncavo Foco real, sinal positivo, a frente do espelho
Quando um objeto
está suficientemente próximo, o espelho côncavo produz imagens virtuais.
Caso 2 - Objeto posicionado sobre o foco do espelho côncavo
Quando algum objeto é posicionado exatamente sobre o ponto focal do espelho
côncavo, este não conjuga imagem nenhuma, uma vez que nem os raios
refletidos, nem os seus prolongamentos cruzam-se. Nesse caso, dizemos que a
imagem é imprópria ou que é formada no infinito.
Caso 3 - Objeto posicionado entre o foco e o centro de curvatura
Quando posiciona-se algum objeto entre o foco e o centro de curvatura de um
espelho convexo, a imagem produzida será sempre real (portanto invertida)
e maior que o objeto.
Caso 4 - Objeto posicionado sobre o centro de curvatura
Quando algum objeto é colocado à distância do centro de curvatura em relação ao
vértice do espelho côncavo, este conjuga uma imagem real e
do mesmo tamanho do seu objeto.
Caso 5 - Objeto posicionado além do centro de curvatura
Objetos que são posicionados para além do centro de curvatura
produzem imagens reais e menores que os seus objetos.
Resumindo
Espelhos côncavos produzem imagens reais quando posicionamos objetos
próximos à sua superfície, à distância focal não ocorre formação de imagem, para
além do foco, as imagens são reais e seu tamanho diminui de acordo com a
distância entre o objeto e o vértice do espelho.
Espelhos convexos
Os espelhos convexos são como a superfície externa de uma calota refletora.
Esses espelhos só conjugam imagens virtuais, que são aquelas que
são formadas atrás dos espelhos e podem ser vistas graças a uma ilusão de
óptica. Esse tipo de imagem será sempre conjugado na mesma orientação (virado
para cima ou para baixo) que os seus objetos.
Além dessas características, independentemente da posição em que se encontra o
objeto da imagem, as imagens conjugadas pelos espelhos convexos serão
sempre menores que seus objetos. Os espelhos convexos são bastante utilizados
em estabelecimentos comerciais e também no transporte coletivo graças ao
grande campo visual que esse tipo de espelho é capaz de propiciar.
Resumindo
Espelhos convexos só produzem imagens virtuais (diretas) e reduzidas,
independentemente da distância entre o objeto e o vértice do espelho
Espelhos
convexos produzem imagens virtuais independentemente da distância do objeto.
Fórmulas sobre espelhos esféricos
As fórmulas utilizadas para o estudo analítico de espelhos esféricos valem tanto
para os espelhos côncavos como para os espelhos convexos. A principal
diferença entre esse tipo de espelhos é o sinal algébrico que é atribuído ao foco
(f).
Espelhos convexos, que apresentam foco virtual,
apresentam foco negativo, enquanto os espelhos côncavos, cujos focos são reais,
apresentam foco positivo. Além disso, é importante que se defina um referencial
para a utilização de sinais algébricos, para tanto, utiliza-se o referencial de Gauss.
De acordo com o referencial de Gauss:
Qualquer objeto ou imagem que se encontra à frente da superfície refletora do
espelho deverá receber sinal positivo.
Qualquer objeto ou imagem que se encontra atrás da superfície refletora do
espelho deverá receber sinal negativo.
Qualquer objeto ou imagem que tenha orientação vertical para cima deverá
receber sinal positivo.
Qualquer objeto ou imagem que tenha orientação vertical para baixo deverá
receber sinal negativo.
A figura a seguir traz um pequeno esquema para facilitar o entendimento dos
sinais utilizados segundo o referencial de Gauss:
Denotamos pela letra p a posição dos objetos em relação ao vértice dos espelhos.
A posição das imagens conjugadas pelos espelhos, por sua vez, é denotada pela
letra p'. Em posse dessas afirmações, vamos às fórmulas.
Distância focal e raio de curvatura
Há uma fórmula válida para todos os espelhos esféricos que relaciona a distância
focal ao raio de curvatura, confira:
1ª Lei da Refração
2ª Lei da Refração
Para cada par de meios e para cada luz monocromática que se refrata é constante
o produto do seno do ângulo que o raio forma com a normal e o índice de
refração do meio em que o raio se encontra.
Como o ângulo de incidência (i) se forma no meio (1) e o ângulo de refração (r)
se forma no meio (2), verificamos que o produto do índice de refração absoluto
do meio pelo seno do ângulo formado com aquele meio é sempre constante.
sen i ≈ sen r
O valor do seno do ângulo limite é definido pela razão entre o menor e o maior
índice de refração.
Reflexão total da luz
Caso o ângulo de incidência de um raio de luz seja superior ao ângulo limite, o
raio de luz sofre reflexão total.
Observe que o ângulo de incidência do raio de luz verde na imagem acima é
maior que o ângulo limite, por isso, o raio de luz foi totalmente refletido,
permanecendo no meio 2.
Efeitos da reflexão total
→ Miragens
Em dias de calor intenso e muito ensolarados, é possível observar a aparente
formação de poças d’água no asfalto quente. A imagem vista em pontos distantes
no asfalto é uma miragem, resultante do fenômeno da reflexão total.
Você sabia que a cor do pôr do sol tem a ver com a refração da luz?
A refração da luz na atmosfera é o motivo de o pôr do Sol ser
alaranjado. Durante o pôr do Sol, o caminho que a luz percorre até chegar aos
nossos olhos é maior, dessa forma, o desvio angular da luz é mais notório.
Além disso, o fato de o espalhamento ocorrer apenas para a luz azul e violeta faz
com que as menores frequências, como o vermelho e o laranja, sejam mais
presentes a longas distâncias, pois percorrem distâncias muito maiores.
Vamos supor uma lâmina com espessura (e); a distância entre a direção original
de propagação da luz (direção de incidência) e a direção final de propagação
(direção de emergência) é chamada de deslocamento lateral (d).
Lâmina de espessura (e) com 8 cm de distância entre a direção final de propagação.
Portanto,
Aplicando a equação para o cálculo do desvio lateral (d) sofrido por um raio de
luz ao atravessar uma lâmina de faces paralelas, temos:
Lentes delgadas
As lentes são dispositivos ópticos que funcionam por refração da luz e são
muito utilizadas no nosso dia a dia, como nos óculos, nas lupas, nas câmeras
fotográficas, nas filmadoras e em telescópios. O material que as constitui
normalmente é o vidro, mas o plástico também pode ser utilizado. As principais
características desses dispositivos são a transparência e a superfície esférica.
De acordo com a curvatura apresentada, as lentes esféricas podem ser
classificadas como:
Lentes convergentes, ou positivas: quando a parte do centro é mais espessa que
as bordas. Elas podem ser de três tipos:
Lentes biconvexas: apresentam duas partes convexas;
Lentes plano-convexas: possuem um lado plano e outro convexo;
Lentes côncavo-convexas: com um lado côncavo e o outro convexo.
Lentes divergentes, ou negativas: se o centro é mais fino que as bordas. Podem
ser classificadas como:
Lentes bicôncavas: caso apresentem as duas faces côncavas;
Lentes plano-côncavas: quando apresentam um lado plano e o outro côncavo;
Lentes convexo-côncavas: com um lado convexo e outro côncavo.
A figura a seguir mostra o formato de cada um desses tipos de lente:
A figura apresenta os tipos de lentes convergentes e divergentes
Além do formato, as lentes também podem ser classificadas de acordo com o
comportamento óptico dos raios de luz após atingi-las. Nesse caso, elas podem
ser divergentes ou convergentes.
Em uma lente divergente, quando os raios de luz incidem paralelos ao eixo
principal, eles sofrem dupla refração e se expalham . Observe a figura:
Comportamento óptico dos raios de luz em uma lente divergente
Como o foco dessas lentes é formado pelo encontro de projeções dos raios de luz
incidentes, ele é classificado como virtual.
Nas lentes convergentes, os raios de luz incidem paralelos ao eixo principal e,
após sofrerem refração, se concentram em um único ponto, este ponto é o foco.
Óptica física
A óptica é uma área da física que busca compreender um grande número
de fenômenos relacionados à luz. Em vista disso, ela pode ser
compreendida como um caso particular da ondulatória, que estuda o
comportamento das ondas de todo o espectro eletromagnético e não
somente da luz visível.
No âmbito da física clássica, a óptica divide-se em duas subáreas — óptica
geométrica e óptica física. Não obstante, ao levar-se em conta os
conhecimentos da física moderna, há também a óptica quântica — uma
área que estuda o comportamento quântico e corpuscular da luz e de outras
radiações, bem como a sua interação com a matéria.
Óptica geométrica
Os
telescópios são ferramentas de observação que se baseiam nos princípios
da óptica geométrica.
Óptica ondulatória
Fontes de luz
Cores
Quando uma luz branca incide sobre algum objeto, parte dela é
absorvida por ele. Essa luz que foi absorvida pode ser transmitida
diretamente para os átomos, excitando-os e fornecendo-lhes energia
térmica, por exemplo. No entanto, parte da luz incidente será refletida de
volta, e é essa parte que define a cor dos corpos iluminados, portanto,
quando olhamos para uma bola vermelha, só a vemos assim porque seus
átomos não são capazes de absorver a luz vermelha.
As cores são também a forma como o cérebro interpreta os
estímulos visuais. O olho humano é capaz de detectar um intervalo de
frequências de ondas eletromagnéticas conhecido como radiação visível,
que se estende entre o infravermelho e a radiação ultravioleta.
O olho humano conta com diferentes tipos de células sensíveis a três picos
de frequência, que correspondem às cores verde, vermelho e azul. É com
base na combinação desses três estímulos que o cérebro humano “cria” a
nossa percepção das cores.
Luz monocromática
Meios ópticos
Sistemas ópticos
Sombra e penumbra
As sombras são produzidas quando algum meio opaco intercepta os raios
de luz. Quando isso acontece, forma-se uma região do espaço onde não há
incidência direta dos raios de luz, essa região é chamada de sombra.
A penumbra, por sua vez, é parcialmente iluminada pelos raios de luz e
localiza-se em uma região de transição entre a sombra e a luminosidade.
As penumbras são produzidas quando objetos opacos são iluminados por
fontes extensas de luz. Se quiser aprofundar-se mais na formação desses
efeitos, leia: Sombra e penunbra.
Fenômenos ópticos
São eventos que podem ser observados e que ocorrem pela interação da
luz com a matéria. Confira as propriedades dos principais fenômenos desse
tipo:
Reflexão
Refração
Absorção
A
figura ilustra os fenômenos ópticos da reflexão, absorção e transmissão.
Transmissão
Difração
Interferência
Polarização
A
óptica estuda, entre outros fenômenos, a dispersão da luz branca quando
refratada.
Difração da luz
A difração pode ser definida como a capacidade das ondas em contornar
obstáculos. Quando uma onda choca-se com um obstáculo que possui uma
abertura com dimensões comparáveis a seu comprimento, as partes da onda que
passam pelo espaço aberto alargam-se e atingem as regiões opostas ao obstáculo.
Na imagem acima, depois que as ondas passam pela fenda, elas tornam-se
circulares, assim, conseguem atingir toda a região posterior ao obstáculo.
Tamanho da fenda
À medida que o tamanho da fenda por onde as ondas passam aumenta, em
relação ao comprimento de onda, o fenômeno de difração torna-se menos intenso.
Na imagem a seguir, o obstáculo apresenta uma abertura maior que na imagem
anterior. Isso não impede a ocorrência da difração, porém ela acontece de forma
menos intensa.
Ondulatória
Podemos classificar como uma onda qualquer perturbação ou vibração em
um meio específico. As ondas produzem diversos movimentos, já que elas
são formas de transmissão de energia (mecânica ou eletromagnética),
como o movimento que ocorre quando lançamos uma pedra dentro de um
rio.
Chamamos de Ondulatória a parte da Física que é responsável por estudar
as características e propriedades em comum dos movimentos das ondas.
A onda não é capaz de originar-se sozinha, visto que ela apenas faz a
transferência de energia cinética de uma fonte. Portanto, fonte é o objeto
ou meio que pode criar uma onda.
As ondas podem ser classificadas segundo a natureza, o tipo de vibração e
quanto à direção da propagação.
Quanto à natureza:
- Ondas mecânicas: Necessitam de um meio natural para propagar-se.
Ex: ondas sonoras.
- Ondas eletromagnéticas: Não precisam de um meio natural para
propagar-se. Ex: raio-x, ondas de rádio, luz, etc.
Quanto à direção de vibração:
- Ondas transversais: Vibram perpendicularmente à propagação. Ex:
Ondas do mar, ondas em cordas.
- Ondas longitudinais: Vibram de acordo com a propagação. Ex: Ondas
sonoras.
Quanto à direção de propagação:
- Unidimensionais: Propagam-se em apenas uma direção. Ex: onda de
uma corda.
- Bidirecionais: Propagam-se em até duas direções. Ex: onda provocada
pela queda de algum material na água.
- Tridimensionais: Propagam-se em todas as direções. Ex: ondas sonoras.
Características das ondas
- Frequência: Representa o grau de oscilação dos pontos do meio no qual
a onda propaga-se. A frequência de uma onda é medida em Hz (hertz), que
equivale a 1 segundo. Portanto, se a frequência é de 75 Hz, podemos
afirmar que a onda oscila 75 vezes por segundo. Outro fator importante é
que o valor da frequência sempre é igual ao valor da fonte.
- Período: É o tempo que a fonte precisa para gerar uma onda completa.
Relacionando a frequência (f) com o período (T), temos a seguinte equação:
Pulsos e ondas
As ondas periódicas são formadas por pulsos com período constante.
Embora a perturbação do meio seja propagada por ele todo, se
selecionarmos um único ponto da onda, perceberemos que ele permanecerá
no mesmo local durante o movimento. Como qualquer onda, as periódicas
possuem crista, vale, frequência, comprimento de onda, período e velocidade
de propagação. Resumo sobre ondas periódicas
Ondas periódicas possuem período constante.
Período é o intervalo de tempo de um pulso completar uma oscilação.
As características dessas ondas são: amplitude (crista e vale), comprimento de
onda, frequência, período e velocidade de propagação.
Os pontos das cristas e dos vales oscilam em oposição de fase entre si.
Os pontos das cristas oscilam em concordância de fase.
Os pontos dos vales oscilam em concordância de fase.
A frequência e o período se relacionam pelo inverso um do outro.
Com a equação fundamental da ondulatória, é possível encontrar a velocidade de
propagação da onda: v = λ . f.
O que são ondas periódicas?
As ondas periódicas são perturbações no meio provocadas por uma fonte com
período constante, ou seja, o intervalo para completar um pulso ou uma
oscilação é um valor constante.
Exem
plo de uma onda periódica transversal formada em uma mola
Classificação das ondas periódicas
Como qualquer onda, as ondas periódicas podem ser classificadas em relação a
sua natureza, direção de propagação e de vibração.
Comprimento de onda
O comprimento de onda é a distância de um ciclo de onda. Esse comprimento
pode ser encontrado entre duas cristas, pontos mais altos da onda, ou entre dois
vales, pontos mais baixos da onda.
O comprimento de onda é medido em metros e representado pela letra grega
λ. Os pontos mais altos, as cristas, vibram em concordância de fase. Os pontos
mais baixos, os vales, também vibram em concordância. Contudo, as cristas e os
vales vibram em oposição de fase entre si.
Tipos de ondas
De acordo com sua natureza (forma de energia de que são feitas),
as ondas apresentam três subdivisões: ondas mecânicas, eletromagnéticas e as
recém-observadas ondas gravitacionais.
Ondas mecânicas: precisam de um meio físico para se propagarem. São
produzidas por estímulos mecânicos, como colisões entre corpos envoltos
em qualquer meio, como ar, água, metais, etc. As ondas mecânicas
são vibrações capazes de se propagarem em meios elásticos (que oferecem
pouca perda de energia), como o som e todas as demais formas de vibrações.
Ondas eletromagnéticas: são produzidas por variações em campos elétricos
e magnéticos, e a variação de um desses campos dá origem ao outro. Essas
ondas são capazes de se deslocarem no vácuo com a velocidade da luz, cerca
de 3.108 m/s. São classificadas como ondas eletromagnéticas: luz visível,
micro-ondas, raios gama, raios X, etc.
Quando dois corpos massivos orbitam-se, eles podem gerar ondas gravitacionais.
Direção de propagação das ondas
As ondas podem ser classificadas de acordo com as direções em que se propagam
no espaço. De acordo com essa classificação, há três subdivisões:
ondas unidimensionais, bidimensionais e tridimensionais.
Ondas Unidimensionais: podem propagar-se somente em uma direção do
espaço. Como exemplo, podemos citar a onda de energia potencial elástica, que
se forma quando uma mola esticada é solta.
Ondas Bidimensionais: propagam-se em duas direções simultâneas. Por
exemplo: quando uma pedra cai em um lago de águas calmas, formam-se
ondas bidimensionais que deslocam-se pela superfície do lago.
A figura acima mostra-nos que a luz que enxergamos é um exemplo de onda transversal.
Resumo sobre classificação das ondas
As ondas podem ter três naturezas
distintas: mecânicas, eletromagnéticas e gravitacionais.
As ondas podem propagar-se em uma, duas ou três direções do espaço,
sendo classificadas, respectivamente, como
ondas unidimensionais, bidimensionais ou tridimensionais.
As ondas podem ser classificadas segundo sua direção de vibração: ondas
que se propagam na mesma direção que seu estímulo são longitudinais, já
as ondas que se propagam em direções perpendiculares às do seu estímulo
são ondas transversais.
Ondas estacionárias
As ondas estacionárias são formadas quando duas ondas, propagando-se em
direções opostas, encontram-se. As ondas estacionárias são facilmente
encontradas em instrumentos musicais de sopro e de corda, já que possuem
barreiras que proporcionam a reflexão da onda.
Essas ondas, como qualquer onda, possuem: amplitude (A), comprimento de
onda (λ), frequência (f) e velocidade (v). Além de possuírem os nós, nos quais
ocorrem interferência destrutiva, e os ventres, nos quais ocorre interferência
construtiva.
Cada crista ou vale nos dá o valor do harmônico, e, por meio da equação
fundamental da onda (v = f . λ), é possível achar a velocidade, frequência e o
comprimento da onda estacionária em cordas e tubos abertos ou fechados.
Resumo sobre ondas estacionárias
São o fenômeno que ocorre quando duas ondas, propagando-se em direções
opostas, encontram-se.
Normalmente aparecem em cordas ou tubos abertos ou fechados.
Como qualquer onda, possuem: amplitude (A), comprimento de onda (λ),
frequência (f) e velocidade (v). Além de possuírem os nós e ventres.
Para achar sua velocidade, basta utilizar a equação fundamental da onda: v = f . λ.
Nas cordas, o comprimento de onda em uma onda estacionária é metade do
comprimento de onda total.
Nos tubos fechados, o comprimento de onda em uma onda estacionária é um
quarto do comprimento de onda total.
Principais características das ondas estacionárias
A onda estacionária é um fenômeno que ocorre quando duas ondas, propagando-
se em sentidos contrários, interferem-se. Esse processo é causado
pela ressonância (quando se aplica uma frequência igual ou próxima à do
sistema), e, com isso, produz-se notas musicais em instrumentos de corda e
sopro, o que é chamado de harmônico.
Instru
mentos de corda e sopro.
Na formação de uma onda estacionária, é possível observar um padrão em que
há pontos de interferência destrutiva (diminuição de amplitude), nos quais não
há movimentação, chamados de nós.
Além disso, pode-se observar pontos em que há a formação de cristas e
vales (ponto mais alto e mais baixo da onda), nos quais há interferência
construtiva (aumento de amplitude), e são conhecidos como antinós ou ventres.
Repres
entação de ondas estacionárias e seus harmônicos em uma corda.
Cada crista ou vale pode ser contado para achar-se a ordem do harmônico, que
necessariamente tem que ser um número inteiro. O 1º harmônico é a menor
frequência que a onda pode ter e é chamado de harmônico fundamental.
Velocidade das ondas estacionárias
A onda estacionária, assim como qualquer onda, possui uma velocidade
conhecida por meio da equação fundamental da onda:
v=f.λ
v → velocidade da onda (m/s)
f → frequência da onda (Hz)
λ → comprimento de onda (m)
Quando a onda estacionária está sendo formada em uma corda uniforme, é
possível encontrar a velocidade por meio da densidade da corda e a tensão
sofrida por ela:
Repres
entação da onda estacionária em um tubo sonoro.
Nos tubos abertos, com as extremidades livres, as ondas estacionárias são
produzidas com os ventres nas extremidades e os nós ao longo do seu interior.
Nos tubos fechados, com uma das extremidades fechada e a outra livre, o nó é
formado na sua extremidade fechada e ao longo do tubo, e o ventre é formado
na sua extremidade aberta.
O
timbre permite distinguirmos diferentes fontes sonoras graças ao formato da
onda.
O timbre é a característica dos sons que nos permite diferenciar uma nota
musical emitida por um piano de um violino, por exemplo. O timbre é o formato
da onda sonora, cada instrumento musical apresenta um modo de vibração
próprio, que resulta na produção de um som característico.
O timbre também garante que a voz humana seja diferente em cada indivíduo,
permitindo que ativemos dispositivos por meio de comandos de voz, por
exemplo.
Altura
Os sons
apresentam três características – intensidade, altura e timbre.
A altura de um som diz respeito à sua frequência, que mede o número
de oscilações que a onda sonora produz a cada segundo. A medida de frequência
é dada em hertz (Hz).
n – número de oscilações
Δt – intervalo de tempo (s)
A frequência do som pode ser obtida por meio da velocidade de propagação e do
comprimento de onda do som. Observe:
Instrumentos de cordas
Os instrumentos de sopro são constituídos por tubos sonoros. É muito fácil nos
lembrarmos desses instrumentos: saxofone, trombone, trompete, flauta, etc.
Se você soprar dentro de uma garrafa de vidro, por exemplo, irá observar esta
emitira um som. Isso acontece porque a coluna de ar dentro da garrafa entra em
vibração emitindo uma onda sonora. A produção dessa onda em uma das
extremidades é devida a um dispositivo denominado embocadura. A extremidade
oposta à embocadura, pode ser aberta ou fechada dando origem a dois tipos de
tubos sonoros, os abertos e os fechados.
Nos tubos abertos a onda estacionária longitudinal que se forma apresenta um
ventre em ambas as extremidades. O modo mais simples de vibração corresponde
a um nó no ponto central do tubo. A cada novo modo de vibração, surge mais um
nó intermediário.
A distância entre dois ventres consecutivos é igual à metade do comprimento de
comprimento de onda .
Os instrumentos de percussão se comportam de maneira bem diferente dos
demais. Os sons emitidos por eles podem ter suas origens das vibrações de
membranas, hastes e superfícies metálicas, o que dificulta estabelecer um padrão
de comportamento para eles.
Tubos sonoros
É sabido que a física está em praticamente tudo que fazemos no cotidiano.
Em alguns momentos ouvimos sons produzidos por alguns instrumentos –
de sopro, por exemplo. Eles se parecem com tubos, abertos nas duas
extremidades ou abertos em uma e fechados em outras.
Tubos fechados
Tubos abertos
Ouvido humano
O ouvido humano é o responsável pelo nosso sentido auditivo.
Eletricidade e magnetismo
Eletromagnetismo é a parte da Física que relaciona a eletricidade e
o magnetismo. Essa teoria baseia-se nos seguintes princípios:
1. Cargas elétricas em movimento geram campo magnético;
2. Variação de fluxo magnético produz campo elétrico.
Durante muito tempo, acreditou-se que eletricidade e magnetismo eram o mesmo
fenômeno. Foi somente em 1600 que o médico e físico inglês Gilbert escreveu
um livro distinguindo as duas teorias. Apesar dessa diferenciação entre os dois
fenômenos, havia fortes indícios de que existia alguma relação entre eles.
Experimento de Oesterd
O experimento de Oersted mostrava que a corrente elétrica gerava campo
magnético. Porém, em 1831, Michael Faraday, na Inglaterra, utilizou um núcleo
de ferro e duas bobinas A e B para mostrar que a variação do fluxo magnético
também gerava corrente elétrica. Faraday percebeu que, nos momentos em que
conectava ou desconectava a bobina A na fonte, passava uma corrente elétrica na
bobina B, mas essa corrente aparecia somente nesses instantes.
Experimento de Faraday
A partir dessa experiência, ele concluiu que essa corrente elétrica ocorria em
virtude da variação do campo magnético, que aparecia quando a bobina A era
ligada e desaparecia quando essa mesma bobina era desligada. Esse fenômeno
ficou conhecido como indução magnética ou Lei de Faraday.
Os fenômenos eletromagnéticos foram descritos por um conjunto de leis
formulado por James Clerck Maxwell, cientista que foi tão importante para o
Eletromagnetismo como Isaac Newton foi para a Mecânica.
James C. Maxwell teve importância sem igual para os estudos sobre Eletromagnetismo
Vários aparelhos indispensáveis atualmente só existem em face da evolução nos
estudos sobre o Eletromagnetismo. Entre eles, podemos citar: cartões magnéticos,
transformadores de tensão, motores elétricos, antenas de transmissão de dados,
forno micro-ondas, entre outros.
Eletrostática
Eletrostática é a área da Física que abrange o estudo das cargas elétricas em
repouso. Os fenômenos eletrostáticos estudados por essa área do conhecimento
surgem em decorrência da força de atração e repulsão que as cargas elétricas
exercem umas sobre as outras. Neste texto, falaremos sobre algumas das
principais propriedades da Eletrostática, tais como carga elétrica, eletrização,
força elétrica, potencial elétrico, campo elétrico e energia potencial elétrica.
Carga elétrica
A carga elétrica é uma propriedade intrínseca (própria) das partículas
fundamentais da matéria, como prótons e elétrons, assim como a massa. Corpos
eletricamente neutros apresentam a mesma quantidade de cargas
elétricas positivas e negativas. A unidade de carga elétrica no Sistema
Internacional de Unidades é o Coulomb (C).
Além disso, a carga elétrica é uma grandeza física quantizada, isto é, ela
apresenta um valor mínimo, de forma que não é possível encontrar corpos
eletrizados com um módulo de carga elétrica menor que esse valor, chamado
de carga fundamental, geralmente denotado pela letra e.
Os prótons e elétrons apresentam exatamente esse valor de carga elétrica, cerca
de 1,6.10-19 C. Portanto, quando um corpo está eletricamente carregado, sua carga
é um múltiplo inteiro da carga fundamental, uma vez que a eletrização ocorre a
partir da adição ou remoção de elétrons, visto que os prótons encontram-se
ligados no interior dos núcleos atômicos.
Legenda:
Q – Módulo da carga elétrica (C – Coulombs)
n – Número de elétrons em falta ou em excesso
e – Carga fundamental (1,6.10-19 C)
Eletrização
Eletrização é todo processo capaz de gerar uma diferença entre o número
de cargas positivas e negativas de um corpo. Quando um corpo apresenta o
mesmo número de cargas positivas e negativas, dizemos que ele está neutro; se
esses números forem diferentes, dizemos que ele está eletrizado.
Existem basicamente três processos de eletrização: a eletrização por
contato, por atrito e por indução:
A eletrização por contato envolve dois corpos condutores, e pelo menos um
deles deve estar eletricamente carregado. Quando os dois corpos entram em
contato, as suas cargas elétricas dividem-se até que os dois estejam sob o mesmo
potencial elétrico. Ao final do processo, os corpos apresentam o mesmo sinal de
cargas.
A eletrização por atrito envolve o fornecimento de energia para dois corpos por
meio da fricção entre eles. Durante a fricção (atrito), alguns elétrons são
arrancados de um dos corpos, sendo capturados em seguida pelo outro corpo.
Para tanto, é necessário verificar a afinidade desses dois corpos nesse tipo de
eletrização em uma consulta à série triboelétrica.
A eletrização por indução ocorre pela aproximação relativa entre um corpo
eletricamente carregado, chamado de indutor, e um corpo condutor, chamado
de induzido. A presença do indutor gera uma separação de cargas no corpo
induzido, chamada de polarização. A partir dessa separação, aterra-se o
induzido no chão, fazendo com que suas cargas fluam através de um fio terra.
Todos os processos de eletrização ocorrem de acordo com
os princípios de conservação da carga elétrica e da energia, ou seja, antes e
depois da eletrização, o número de cargas e a quantidade de energia entre as
cargas devem ser iguais.
Força elétrica
Dois corpos eletricamente carregados podem exercer atração ou repulsão entre si
de acordo com o seu sinal de carga. Corpos com cargas elétricas de sinais
iguais repelem-se, e corpos cujas cargas elétricas possuem sinais
contrários atraem-se.
A lei que nos permite calcular o módulo da força elétrica exercida entre duas
cargas é a Lei de Coulomb, apresentada pela expressão a seguir:
Legenda:
F – Força elétrica (N - Newtons)
k0 – Constante eletrostática do vácuo (k0 = 9,0.109 N.m²/C²)
q1, q2 – Cargas elétricas 1 e 2 (C – Coulombs)
d – Distância entre as cargas 1 e 2 (m)
Campo elétrico
O campo elétrico é uma grandeza física vetorial atribuída a cargas elétricas. Toda
carga elétrica influencia o espaço ao seu redor por causa do seu campo elétrico.
Podemos entender o campo elétrico, portanto, como a influência que as cargas
elétricas exercem em seus arredores. A unidade de campo elétrico no Sistema
Internacional de Unidades é o Newton por Coulomb (N/C) ou o Volt por metro
(V/m), já que as duas são unidades equivalentes.
Veja um exemplo:
Determinada posição do espaço apresenta um campo elétrico de 12,0 N/C gerado
por uma carga elétrica. Quando uma carga elétrica de 1,0 C for colocada nessa
posição, ela sofrerá a ação de uma força elétrica de módulo igual a 12,0 N. Se
essa carga fosse de 2,0 C, ela sofreria uma força elétrica de 24,0 N.
O campo elétrico gerado por uma carga elétrica Q1 pode ser calculado por meio
da expressão a seguir:
Fórmulas de Eletrostática
Confira aqui as principais fórmulas utilizadas no estudo da Eletrostática.
→ Fórmula da carga elétrica
Essa fórmula é utilizada para calcular o valor da carga elétrica excedente ou em
falta em um corpo. Também pode ser utilizada para calcular o número de elétrons
em falta ou em excesso.
Resumo
A Eletrostática é a área da Física que estuda os fenômenos produzidos por cargas
elétricas em repouso;
Toda carga elétrica influencia o espaço ao seu redor por meio de uma grandeza
física vetorial chamada de campo elétrico;
O campo elétrico é a medida da força elétrica exercida sobre cada unidade de
carga;
As linhas perpendiculares às linhas de campo elétrico definem o módulo do
potencial elétrico produzido pelas cargas elétricas;
A energia potencial elétrica entre duas cargas é uma grandeza escalar que é dada
em Joules e mede a quantidade de energia associada à repulsão e à atração mútua
entre cargas elétricas;
O módulo da força elétrica entre duas cargas elétricas pode ser determinado a
partir da lei de Coulomb.
Condutores e isolantes elétricos
Condutores são partículas elétricas existentes num corpo capazes de se
movimentar com grande facilidade, como, por exemplo, nos metais e no
corpo humano.
Vidro
Acrílico
Lã
Plástico PVC, PP, vinil (canudinho, sacos plásticos, forros de pvc etc.)
Teflon
Para saber quais materiais são compatíveis, ou seja, que se eletrizarão ao serem
atritados, devemos escolher aqueles que se encontram o mais distante uns dos
outros na tabela, como o último e o primeiro, por exemplo. Fazendo isso,
garantimos que um dos elementos absorva os elétrons soltos pelo outro elemento
com o qual é atritado.
Eletrização por contato
A eletrização por contato consiste em fazer com que dois corpos condutores
entrem em contato, na condição de que pelo menos um deles esteja
previamente carregado. Esse tipo de eletrização acontece com maior frequência
entre materiais condutores, uma vez que neles os elétrons encontram-se livres e,
portanto, dotados de grande mobilidade. Dessa maneira, não é necessária
qualquer energia adicional para fazê-los saltarem de um corpo para outro.
Quando dois corpos condutores idênticos e eletricamente carregados tocam-se,
os elétrons passam de um corpo para o outro até que as cargas elétricas de ambos
fiquem iguais. Dessa maneira, se quisermos saber qual é a carga final entre eles,
basta fazermos a média aritmética das cargas:
A equação anterior é válida apenas para o caso em que dois corpos condutores
e idênticos são colocados em contato, se o caso em questão envolvesse o contato
simultâneo entre n corpos, a quantidade de corpos deveria ser levada em conta,
confira:
Lei de Coulomb
A lei de Coulomb é uma importante lei da Física que estabelece que a força
eletrostática entre duas cargas elétricas é proporcional ao módulo das cargas
elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.
Lei de Coulomb e força elétrica
Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) foi um físico francês responsável
pela determinação da lei que descreve a força de interação entre cargas elétricas.
Para tanto, Charles Coulomb fez uso de uma balança de torção, similar à balança
que fora usada por Henry Cavendish para a determinação da constante
da gravitação universal.
O aparato experimental utilizado por Coulomb consistia de uma haste metálica
capaz de girar, que, quando carregada, era repelida por uma pequena esfera
metálica carregada com cargas elétricas de mesmo sinal. A figura abaixo mostra
um esquema de como era a balança de torção utilizada pelo físico:
A balança de torção foi utilizada por Coulomb para determinar a lei de interação entre cargas elétricas.
Fórmula da lei de Coulomb
De acordo com a sua lei, a força entre duas partículas eletricamente carregadas é
diretamente proporcional ao módulo de suas cargas e é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre elas. Abaixo, apresentamos
a fórmula matemática descrita pela lei de Coulomb:
Caso diminuirmos a distância entre duas cargas pela metade, a força elétrica entre elas aumenta em quatro vezes.
Confira uma tabela que mostra a relação da força elétrica entre duas cargas de
módulo q, quando separadas por diferentes distâncias:
Módulo da força elétrica Distância entre
F/25 d/5
F/16 d/4
F/9 d/3
F/4 d/2
F d
4F 2d
9F 3d
16F 4d
25F 5d
Onde:
ε0 = constante de permissividade elétrica no vácuo
Φ = fluxo elétrico resultante
q = carga elétrica envolvida
Potencial elétrico
Potencial elétrico ou tensão elétrica é a quantidade de energia necessária
para mover uma carga elétrica unitária entre dois pontos distintos de uma
região dotada de um campo elétrico. O potencial elétrico é uma grandeza
física escalar medida em volts (V), que equivale a joules por coulomb (J/C)
em unidades SI. Propriedades do potencial elétrico
O potencial elétrico é a quantidade de energia potencial elétrica, em joules, por
unidade de carga, em coulomb. Entenda: afirmar que uma tomada fornece 110
V de potencial elétrico equivale dizer que ela cede 110 J de energia para cada
coulomb de carga elétrica que passa através dos seus terminais.
O potencial elétrico no ponto em que a carga q encontra-se
é diretamente proporcional ao módulo da carga elétrica q que o produz, e
inversamente proporcional à distância d:
À
medida que nos afastamos da carga q, o potencial elétrico diminui.
Como é possível observar na figura, todos os pontos equidistantes (linhas
vermelhas) à carga geradora (Q) encontram-se no mesmo potencial elétrico e,
por isso, são chamados de equipotenciais. A fórmula utilizada para calcular o
potencial elétrico é esta:
Vale lembrar que a força elétrica produzida pelo campo elétrico e que atua sobre
a carga q é igual ao produto da carga q com o campo elétrico E:
Uma vez que o trabalho realizado para mover a carga elétrica entre os pontos A e
B equivale à quantidade de energia elétrica que a carga “ganhou” ou “perdeu”, o
potencial elétrico pode ser entendido como uma razão entre energia e carga,
como explicado.
Fórmula
Para calcularmos a capacitância dos N capacitores associados em série, por meio
da equação seguinte, é necessário que resolvamos o MMC entre os
denominadores, observe:
Eletrodinâmica
Eletrodinâmica é o ramo da Física que estuda o movimento das cargas
elétricas. A movimentação dessas cargas é obtida quando se aplica uma
diferença de potencial elétrico entre dois pontos de um meio condutor.
A resistência do meio é a propriedade física que quantifica a facilidade em
que uma corrente elétrica é conduzida em seu interior. Além disso, a
corrente elétrica é uma das grandezas fundamentais da eletrodinâmica.
→ Condutores e isolantes
→ Corrente elétrica
→ Resistência elétrica
→ Resistividade
→ Efeito Joule
→ Potência elétrica
Quando a corrente elétrica é conduzida em um corpo com resistência elétrica, parte de sua energia é dissipada.
A corrente elétrica i mede o fluxo de cargas pelo corpo em Ampères, ou em C/s.
A corrente elétrica é diretamente proporcional à resistência elétrica dos corpos:
quanto maior a resistência elétrica de um corpo, menor será a corrente elétrica a
atravessá-lo.
→ 2ª lei de Ohm
A resistência elétrica R é uma propriedade do corpo que é percorrido por uma
corrente elétrica. Essa propriedade depende de fatores geométricos, como
o comprimento ou a área transversal do corpo, mas também depende de uma
grandeza chamada de resistividade. Tal grandeza relaciona-se exclusivamente ao
material do qual um corpo é formado. A lei que relaciona a resistência elétrica a
essas grandezas é conhecida como segunda lei de Ohm. A segunda lei de Ohm é
mostrada na figura abaixo:
O resistor pode ser considerado ôhmico no intervalo em que o seu potencial elétrico aumenta linearmente com a
corrente elétrica.
Tomando-se o segmento reto do gráfico, sabe-se que o potencial elétrico entre os
terminais de um resistor sofrerá uma variação em seu potencial elétrico que é
sempre proporcional à corrente elétrica que o percorre, como mostra a figura
abaixo:
Analisando o gráfico mostrado acima, vemos que a resistência elétrica pode ser
entendida como a inclinação da reta, dada pela tangente do ângulo θ. Como
sabemos, a tangente é definida como a razão entre
os catetos oposto e adjacente e, portanto, pode ser calculada com a fórmula R =
U/i, no caso em que as resistências são ôhmicas.
→ Cálculo da potência elétrica pela lei de Ohm
Por meio da lei de Ohm, é possível determinar a potência elétrica que é dissipada
por um resistor. Tal dissipação de energia ocorre em razão do efeito Joule, por
isso, ao calcularmos a potência dissipada, estamos determinando a quantidade de
energia elétrica que um resistor é capaz de converter em calor, a cada segundo.
Existem algumas fórmulas que podem ser usadas para calcular a potência
elétrica, confira algumas delas:
2ª lei de Ohm:
Macete
Há um macete que pode facilitar o uso da 1ª lei de Ohm. Esse macete, chamado
de macete do triângulo, consiste em tamparmos a variável que queremos
descobrir no triângulo mostrado abaixo, de forma que revelemos a fórmula a ser
usada. Confira:
Perceba que para o circuito utilizado como exemplo não foi necessário
determinar a equação da malha externa C, entretanto alguns circuitos um pouco
mais complexos exigem que determinemos as equações de todas as malhas e,
geralmente, são resolvidos por métodos de escalonamento, pela regra de
Cramer ou por outros métodos de solução de sistemas lineares.
Condutores ôhmicos e não ôhmicos
É dito resistência elétrica a oposição que um determinado condutor
oferece à passagem de corrente elétrica de intensidade i através dele, e
sabemos que essa oposição à corrente elétrica pode ser calculada da
seguinte forma:
Cobre 6,0.107
Ouro 4,3.107
Vidro 1,0.10-11
Borracha 1,1.10-15
Quartzo ~10-17
U – tensão elétrica (V)
Ao usar a fórmula acima, será possível descobrir módulos de outras
grandezas, a fim de substitui-los na fórmula do efeito Joule.
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo é a parte da Física que relaciona a eletricidade e
o magnetismo. Essa teoria baseia-se nos seguintes princípios:
1. Cargas elétricas em movimento geram campo magnético;
2. Variação de fluxo magnético produz campo elétrico.
Durante muito tempo, acreditou-se que eletricidade e magnetismo eram o mesmo
fenômeno. Foi somente em 1600 que o médico e físico inglês Gilbert escreveu
um livro distinguindo as duas teorias. Apesar dessa diferenciação entre os dois
fenômenos, havia fortes indícios de que existia alguma relação entre eles.
Qual é a relação entre Eletricidade e Magnetismo?
Essa relação foi descoberta pelo dinamarquês Hans Christian Oesterd em 1820,
o que só foi possível graças à invenção dos geradores elétricos, que permitiam a
geração de correntes elétricas duradouras e estáveis necessárias para o estudo dos
fenômenos.
Oersted demonstrou a existência dessa interação a partir de um simples
experimento. Ele colocou uma agulha magnética próxima a um condutor de
eletricidade. Para isso, ele utilizou uma bússola e um fio de platina em um
circuito. O fio de platina, ao ser percorrido pela corrente elétrica, ficava
incandescente, o que garantia uma corrente suficientemente intensa. Quando o fio
era aproximado da bússola, sua agulha magnética sofria deflexão.
Experimento de Oesterd
O experimento de Oersted mostrava que a corrente elétrica gerava campo
magnético. Porém, em 1831, Michael Faraday, na Inglaterra, utilizou um núcleo
de ferro e duas bobinas A e B para mostrar que a variação do fluxo magnético
também gerava corrente elétrica. Faraday percebeu que, nos momentos em que
conectava ou desconectava a bobina A na fonte, passava uma corrente elétrica na
bobina B, mas essa corrente aparecia somente nesses instantes.
Experimento de Faraday
A partir dessa experiência, ele concluiu que essa corrente elétrica ocorria em
virtude da variação do campo magnético, que aparecia quando a bobina A era
ligada e desaparecia quando essa mesma bobina era desligada. Esse fenômeno
ficou conhecido como indução magnética ou Lei de Faraday.
Os fenômenos eletromagnéticos foram descritos por um conjunto de leis
formulado por James Clerck Maxwell, cientista que foi tão importante para o
Eletromagnetismo como Isaac Newton foi para a Mecânica.
James C. Maxwell teve importância sem igual para os estudos sobre Eletromagnetismo
Vários aparelhos indispensáveis atualmente só existem em face da evolução nos
estudos sobre o Eletromagnetismo. Entre eles, podemos citar: cartões magnéticos,
transformadores de tensão, motores elétricos, antenas de transmissão de dados,
forno micro-ondas, entre outros.
O primeiro fato observado foi o de que eles são capazes de atrair objetos de
ferro. O segundo, foi o de que era possível transferir aos corpos de ferro a
mesma propriedade dos ímãs.
Graças a essa propriedade é que puderam criar a bússola, instrumento
muito utilizado até os dias de hoje, construída basicamente por um pequeno
ímã em forma de losango, capaz de girar em torno de um eixo.
Magnetismo da Terra
A agulha imantada de uma bússola aponta para o norte geográfico, pois o
campo magnético gerado pela agulha alinha-se ao campo
magnético terrestre. A Terra é um ímã gigante, portanto, produz campo
magnético.
O campo magnético da Terra foi descrito pelo médico inglês William Gilbert
(1544 – 1603), com o uso da “terrella”, um ímã esférico sobre o qual era
apoiada uma agulha.
Qual é a importância do campo magnético terrestre?
O campo magnético terrestre é o que possibilita a existência das bússolas,
utilizadas para localização no espaço. Graças a essa invenção, as grandes
navegações puderam acontecer.
O campo magnético terrestre impede a entrada de partículas com alta
velocidade vindas do Sol (vento solar). Ao atingirem o campo magnético da
Terra, essas partículas que compõem o chamado vento solar são defletidas
por causa da carga elétrica que possuem. Caso elas pudessem atingir a
superfície da Terra, danificariam e impossibilitariam a comunicação por
ondas de rádio, TV, internet, etc.
Formação do campo magnético terrestre
A teoria do dínamo é a mais aceita para a explicação do campo magnético
terrestre. De acordo com essa ideia, o ferro e o níquel em estado de fusão,
a cerca de 3 mil km de profundidade, movimentam-se gerando correntes
elétricas que provocam o campo magnético.
Polos magnéticos
Um ímã possui um polo norte e um polo sul. O campo magnético gerado
pelos ímãs, que é a região próxima ao ímã onde ocorre a atração de outro
ímã ou materiais como ferro e aço, é representado saindo do polo norte e
entrando no polo sul.
F = q (E + v × B)
Numa região onde existe um campo elétrico, imaginemos uma superfície S dividida em um
grande número N de elementos de superfície, com áreas Δs k (k = 1, 2, … N), pequenos o
suficiente para que, sobre cada um deles, o (vetor) campo elétrico possa ser considerado
constante.
Em termos de linhas de campo, o fluxo elétrico é dado pelo número de linhas que
atravessam a superfície considerada.
A lei de Gauss para a eletricidade afirma: o fluxo elétrico através de uma superfície fechada
qualquer é igual à carga elétrica total no interior dessa superfície dividida pela constante ε0.
Matematicamente:
E a lei de Coulomb?
Numa região onde existe um campo magnético, imaginemos uma superfície S dividida em
um grande número N de elementos de superfície, com áreas Δsk (k = 1, 2, … N), pequenos
o suficiente para que, sobre cada um deles, o (vetor) campo magnético possa ser
considerado constante.
Em termos de linhas de campo, o fluxo magnético é dado pelo número de linhas que
atravessam a superfície considerada.
é negativo quando a linha entra, porque θ > 90 o, e positivo quando a linha sai, porque θ <
90o. Desse modo, a soma sobre todas as linhas dá zero. Em outras palavras: o fluxo
magnético através de uma superfície fechada qualquer é sempre nulo. Essa afirmativa
constitui a lei de Gauss para o Magnetismo. Matematicamente:
Lei de Ampère-Maxwell
A lei de Ampère afirma: a circulação do campo magnético ao longo de uma linha fechada
(chamada amperiana) que envolve a corrente i é igual ao produto desta corrente pela
constante μ0. Matematicamente:
Em termos sintéticos, a lei de Ampère expressa o fato que uma corrente elétrica gera um
campo magnético. Um campo elétrico variável no tempo também gera um campo
magnético. Incorporamos esse fato ao formalismo adicionando o termo de corrente de
deslocamento na expressão matemática da lei de Ampère. Então, temos a lei de Ampère-
Maxwell.
Lei de Faraday-Lenz
Segundo a lei de Faraday: a taxa de variação do fluxo do campo magnético através da
superfície limitada por um circuito é igual à força eletromotriz (fem) induzida nesse circuito.
Matematicamente:
ε = − ΔφB/Δt
Em termos sintéticos, a lei de Faraday expressa o fato que um campo magnético variável
no tempo gera um campo elétrico.
O sinal negativo que aparece nessa expressão representa matematicamente a lei de Lenz.
Esta lei está relacionada ao princípio de conservação da energia, conforme discutimos
adiante.
Devemos observar, de passagem, que o nome força eletromotriz, dado a essa grandeza, é
mantido por questões históricas. Essa grandeza não representa fisicamente uma força e
sim, uma diferença de potencial elétrico. Assim, tem como unidade no SI, o volt (V).
Também podemos estudar a lei de Faraday com o arranjo mostrado na figura (b), em que
substituimos o imã em forma de barra pela espira E, ligada a uma bateria B, com uma
chave C que abre e fecha o circuito. Podemos fazer variar a corrente na espira E, ligando e
desligando a chave C. Isto induz uma corrente na espira D, que é acusada pelo
amperímetro A. A corrente nesta espira só aparece nos instantes que se seguem aos atos
de ligar e desligar a chave C no circuito da espira E e, em cada caso, com um sentido
diferente. Enquanto a chave C permanecer desligada ou permanecer ligada, não aparece
corrente na espira D.
Espira circular
O campo magnético gerado por uma espira circular percorrida por corrente
elétrica pode ser determinado pela seguinte equação:
Solenoide
Chamamos de solenoide um condutor longo e enrolado que forma um tubo
constituído de espiras igualmente espaçadas. A intensidade do vetor campo
magnético no interior de um solenoide é determinada pela seguinte
equação:
Lei de Biot-Savart
Através de fatos históricos, vimos que Oersted foi o primeiro a realizar
experimentos que provaram a existência de uma relação entre os fenômenos
elétricos e magnéticos, ou seja, ele mostrou que as correntes elétricas dão origem
a campos magnéticos. Embora tenha afirmado tal existência, Oersted não deu
explicações de como realizar os cálculos do campo. Essa explicação só veio
tempos mais tarde, dada por cientistas franceses.
Na figura acima temos uma carga q positiva que se move com uma velocidade v.
Vamos agora considerar o plano determinado por v e P: através da regra da mão
direita podemos determinar o campo magnético (B), produzido pela carga em um
ponto P a uma distância r dela. Pela figura, podemos ver que o campo é
perpendicular ao plano. Dessa forma, podemos achar o módulo do campo
magnético (B) através da equação:
Onde km é a constante magnética cujo valor no SI é dado por km = 10-7.
Na figura acima temos um fio percorrido por uma corrente i. Para acharmos o
valor do campo magnético produzido pela corrente em um ponto P, dividimos o
fio em pequenos pedaços (ΔL). Então, o campo magnético (ΔB) produzido em
cada pedaço é dado pela seguinte equação:
Inicialmente, devemos fazer os cálculos da intensidade do campo
magnético B1 na posição do fio 2. Dessa forma, o campo produzido pela
corrente i1 vale:
Em seguida, podemos efetuar os cálculos do módulo da força magnética
que atua sobre o fio 2 por meio da seguinte equação: F 1 = B1.i2.L. Nessa
equação, L é o comprimento do fio. Dessa forma, podemos ver que a força
magnética que atua no fio 2 é dada pela seguinte relação:
Força de Lorentz
F = |q| . v . B. sen θ
Onde,
F: força magnética
|q|: módulo da carga elétrica
v: velocidade da carga elétrica
B: campo magnético
sen θ: seno do ângulo entre o vetor velocidade () e o vetor campo magnético ()
No sistema internacional (SI) a unidade de medida para a força magnética é o Newton (N).
O módulo da carga elétrica é Coulomb (C). A velocidade da carga elétrica é dada em
metros por segundo (m/s). A intensidade do campo magnético é dado em tesla (T).
Campo Magnético
Já o chamado campo eletromagnético é o local onde existe uma concentração das cargas
elétricas e magnéticas.
Um campo elétrico e um
campo magnético produzem um campo eletromagnético
A força magnética é proporcional ao valor da carga (q), ao módulo do campo magnético (B)
e ao módulo da velocidade (v) com que a carga se move.
Representação das forças magnéticas sobre
Regras
cargas elétricas.
A força magnética é uma grandeza vetorial, portanto, ela possui uma direção, um sentido e
um módulo. Lembre-se que a força magnética é perpendicular ao campo magnético (B) e a
velocidade (v) da carga magnética (q).
Regra da Mão Direita
Para entender o sentido da força magnética, utiliza-se a regra da mão direita, também
chamada “regra do tapa”.
Com a mão direita aberta, temos que o polegar representa o sentido da velocidade (v) e os
outros dedos representam o sentido do campo magnético (B). Já a palma da mão
corresponde ao sentido da força magnética (F).
O dedo polegar representa o sentido da força magnética (F). Já o dedo indicador representa
o campo magnético (B), ou seja, o sentido da corrente elétrica. O dedo médio indica o
sentido da velocidade (v).
Na
figura ilustra-se um experimento simples que pode ser feito para evidenciar a lei
de Lenz.
Matematicamente, a lei de Lenz é apenas um sinal negativo atribuído à lei
da indução eletromagnética, observe a fórmula:
O
experimento de Faraday mostrou que um campo magnético oscilante pode
produzir corrente elétrica.
De acordo com os avanços dos estudos seguidos da descoberta de Oersted,
entendeu-se que as correntes elétricas eram capazes de gerar campos magnéticos,
a recíproca, por sua vez, só foi observada em 1831, quando Michael
Faraday descobriu que uma corrente elétrica era capaz de produzir um campo
magnético. Para tanto, Faraday realizou diversos experimentos, seu aparato
experimental consistia em um anel de ferro envolvido em dois enrolamentos
(bobinas) de fios de cobre, conectados a uma bateria e a um galvanômetro
(dispositivo usado para medir corrente).
Faraday percebeu que, quando a bateria era ligada ou desligada, formava-se uma
corrente no galvanômetro, no entanto, essa corrente cessava e só voltava a surgir
quando a bateria era conectada ou desconectada. Faraday realizou diferentes
experimentos, em um deles descobriu que, quando se move um ímã em direção a
uma bobina condutora (também conhecida como solenoide), uma corrente
elétrica percorre-a. Ele havia descoberto
o princípio da indução eletromagnética.
O
surgimento ou a interrupção da corrente elétrica fazia o ponteiro do galvanômetro
mover-se.
Michael Faraday havia descoberto que a movimentação relativa entre um ímã e
uma bobina era capaz de produzir uma corrente elétrica, atualmente esse
fenômeno é utilizado no mundo todo, para a produção de energia
elétrica em usinas hidrelétricas, termoelétricas, nucleares, eólicas etc.
Indução eletromagnética e lei de Faraday
De acordo com a lei de Faraday, quando
há variação de fluxo de campo magnético em algum circuito condutor, como
em uma bobina, uma força eletromotriz induzida (tensão elétrica) surge nesse
condutor.
Fluxo magnético, por sua vez, diz respeito à quantidade de linhas de campo
magnético que atravessam uma área. Essa grandeza física, medida em Wb
(Weber ou T/m²), relaciona a intensidade do campo magnético com a área e o
ângulo entre as linhas de campo magnético e a reta normal da área.
Ao
aproximarmos o norte magnético da bobina, ela produz um norte magnético que
se opõe.
O
afastamento do norte magnético faz com que a bobina produza um sul magnético.
Fórmulas de indução eletromagnética
As principais fórmulas de indução eletromagnética são a fórmula do fluxo de
campo magnético e a lei de Faraday-Lenz, confira:
Lei de Ampère-Maxwell
Baseando-se nos estudos de Michael Faraday, Maxwell unificou, em 1864,
todos os fenômenos elétricos e magnéticos observáveis em um trabalho
que estabeleceu conexões entre as várias teorias da época, derivando uma
das mais elegantes teorias já formuladas.
3) Lei de Ampère:
4) Lei de Faraday:
Até o final do século XIX, acreditava-se que com estas equações não havia
mais nada para ser descoberto na física. Porém, em 1900, Max Planck deu
inicio à chamada Física quântica, com seus postulados sobre a radiação de
corpo negro.
Por volta de 1900, o físico alemão Max Planck resolveu partir dos gráficos
gerados pela radiação para enfim chegar à equação. Nascia então
a mecânica quântica.
Através de tanto estudo, hoje é sabido que todo objeto que é superaquecido
emite uma radiação visível, analisada através do espectrômetro (dispositivo
que dispersa radiação).
Newton tentou justificar sua teoria afirmando que a luz se comportava como
pequenas esferas, as quais colidiam elasticamente com uma superfície lisa,
sendo refletida de modo que o ângulo de incidência fosse igual ao ângulo
de refração. Assim, segundo o fenômeno da reflexão, Newton considerava
a luz como sendo constituída por um conjunto de partículas que se refletem
elasticamente sobre uma superfície.
Modelo ondulatório
Efeito fotoelétrico
O efeito fotoelétrico é um fenômeno de origem quântica que consiste
na emissão de elétrons por algum material que é iluminado por radiações
eletromagnéticas de frequências específicas. Os elétrons emitidos por esses
materiais são chamados de fotoelétrons. Quem descobriu o efeito
fotoelétrico?
O efeito fotoelétrico foi descoberto em 1886 pelo físico
alemão Heinrich Hertz (1857-1894). Na ocasião, Hertz percebeu que a
incidência da luz ultravioleta em chapas metálicas auxiliava a produção de
faíscas. A explicação teórica para o efeito fotoelétrico, entretanto, só foi
apresentada pelo físico alemão Albert Einstein, em 1905.
A dúvida que existia na época estava relacionada com
a energia cinética dos elétrons que eram ejetados do metal: essa
grandeza não dependia da intensidade da luz incidente. Einstein percebeu que
o agente responsável pela ejeção de cada elétron era um único fóton, uma
partícula de luz que transferia aos elétrons uma parte de sua energia, ejetando-o
do material, desde que sua frequência fosse grande o suficiente para tal. Para
tanto, Einstein muniu-se das ideias do físico alemão Max Planck (1858-1947).
Planck afirmava que a luz irradiada por um corpo negro era quantizada, isto é,
apresentava um valor mínimo de energia, como em pequenos
pacotes. Einstein ampliou a ideia para todas as ondas eletromagnéticas e
conseguiu resolver o problema do efeito
fotoelétrico. Einstein e Planck receberam mais tarde o prêmio Nobel de
Física por suas descobertas relacionadas à quantização da luz.
Como funciona o efeito fotoelétrico?
O efeito fotoelétrico consiste na ejeção de elétrons de um material exposto a uma
determinada frequência de radiação eletromagnética. Os pacotes de luz,
chamados de fótons, transferem energia para os elétrons. Se essa quantidade de
energia for maior do que a energia mínima necessária para se arrancar os
elétrons, estes serão arrancados da superfície do material, formando
uma corrente de fotoelétrons.
Cobalto 3,90
Alumínio 4,08
Cobre 4,70
Modelos atômicos
Quando falamos de átomo, logo nos vêm à mente os diferentes modelos
atômicos propostos ao longo da história da ciência. Os filósofos gregos
primeiramente propuseram a ideia de que a matéria era formada de partículas
bem pequenas e que essas partículas eram indivisíveis. Essas partículas foram
denominadas de átomos.
Embora tenha ficado por muito tempo no esquecimento, a ideia de átomo, ou
melhor, a ideia da existência de uma partícula que fosse indivisível, reapareceu
nos estudos realizados sobre as reações químicas no século XIX.
Com a finalidade de explicar alguns fatos experimentais observados nas reações
químicas, no ano de 1808, o cientista John Dalton introduziu a ideia de que todo e
qualquer tipo de matéria seria formado por partículas indivisíveis, denominadas
de átomos.
Com o passar do tempo, os estudos ficaram cada vez mais profundos na busca de
uma explicação concreta, um modelo atômico útil, pois um modelo só é útil
enquanto explica de forma correta determinado fenômeno ou experimento sem
entrar em conflito com experimentos anteriormente realizados.
Na busca por um modelo plausível, ou seja, um modelo que melhor explicasse
um fenômeno, vários modelos foram elaborados,mas somente três deles
ganharam destaque. São os Modelos de Thomson, Rutherford e Bohr.
Radioatividade
Radioatividade é a propriedade que alguns átomos, como urânio e rádio,
possuem de emitirem espontaneamente energia na forma de partículas e onda,
tornando-se elementos químicos mais estáveis e mais leves.
Tipos
A radioatividade apresenta-se com duas formas diferentes de radiações: partícula
— alfa (α) e beta (β); e onda eletromagnética — raios gama (γ).
Raios alfa: são partículas positivas constituídas por dois prótons e dois nêutrons
e com baixo poder penetração.
Raios beta: são partículas negativas que não contêm massa constituídas por um
elétron (massa desprezível), e seu poder de penetração é superior ao dos raios
alfa, porém inferior ao dos raios gama.
Raios gama: são ondas eletromagnéticas de alta energia e, por não serem
partículas, também não possuem massa.
Leis
A emissão radioativa de partículas segue determinados comportamentos que são
explicados pelas leis da radioatividade (uma para a partícula alfa e outra para a
partícula beta), que foram descritas pelo químico inglês Frederick Soddy e pelo
químico e físico polonês Kazimierz Fajans.
Primeira lei da radioatividade
Segundo essa lei, quando um átomo radioativo emite uma radiação do tipo alfa,
ele dará origem a um novo átomo com núcleo contendo dois prótons e dois
nêutrons a menos, totalizando uma massa quatro unidades menor. Podemos
representar a primeira lei da radioatividade com a seguinte equação genérica:
t – tempo de desintegração
P – período de meia-vida
x – quantidade de meias-vidas decorridas
Elementos radioativos
Existem dois tipos de elementos radioativos: os naturais e os artificiais. Os
naturais possuem elementos encontrados na natureza, já com seus núcleos
instáveis, como o urânio, o actínio e o rádio. Já os artificiais são produzidos por
processos que desestabilizam o núcleo de um átomo. Nesse caso, podemos citar
o astato e o frâncio.
Os principais elementos radioativos são: urânio-235, cobalto-60, estrôncio-90,
rádio-224 e iodo-131. Devido a sua larga utilização em usinas nucleares e
tratamentos de câncer, esses elementos tendem a aparecer com maior frequência
no nosso cotidiano. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: Elementos
radioativos.
Lixo radioativo
O lixo radioativo ou lixo nuclear é o resíduo das indústrias que utilizam
material radioativo em seus processos que não possuem mais aplicação prática.
Esse lixo é oriundo, principalmente, das usinas nucleares e de aplicações
médicas.
A grande produção de lixo radioativo tem sido um problema ambiental para
todo o mundo, devido às escassas e inadequadas condições de descarte e
armazenamento.
Esses rejeitos estão associados à contaminação do solo, dos cursos de água e do
ar, resultando na destruição do meio ambiente de forma gradual. Além disso,
também causam riscos à saúde humana, como infecções, câncer e, em casos mais
severos de contaminação, podem levar à morte.
Demócrito e Leucipo já usavam o termo átomo por volta de 460 a.C., para fins de
estudo, mas foi apenas no século XIX que houve a convicção de que toda matéria
de fato é constituída por átomos.
Acreditou-se que o átomo seria a origem da matéria, pelo fato de que, no século
XIX, cerca de 100 tipos de átomos já haviam sido mapeados. Mas esse número
foi ficando cada vez maior, o que levou os pesquisadores a observarem a
existência de partículas ainda menores presentes na constituição do átomo.
Definiram, então, que os átomos são formados por elétrons, prótons e nêutrons.