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SEI – Sensores e Instrumentação

Aula 4: Metrologia e Propagação de Erros


Prof. Alexandre
IFSP
Sistemas de Medidas
 Sistema Internacional de Unidades (S.I.)
 Bureau Internacional de Pesos e Medidas (1875)
 Sede: Paris, França
 Função:
 estabelecer os padrões fundamentais e as escalas das
principais grandezas físicas, e de conservar os protótipos
internacionais;
 efetuar a comparação dos padrões nacionais e internacionais
Sistema Internacional
 No SI distinguem-se duas classes de unidades:
 Unidades de base: independentes sob o ponto de vista
dimensional.
 o metro, o quilograma, o segundo, o ampère, o kelvin, o mol e
a candela
 Unidades derivadas: podem ser formadas
combinando-se unidades de base segundo relações
algébricas
 Ex: metro quadrado, metro por segundo, quilograma por
metro cúbico, ampere segundo
Unidades de Base
 Unidade de comprimento (metro):
 1889: barra de platina iridiana
 1960: baseada no comprimento de onda de uma radiação do criptônio 86
 1983: “O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo
durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo.”
 Unidade de massa (quilograma):
 O protótipo internacional do quilograma feito de platina iridiada foi
sancionado em 1889 ao declarar que “este protótipo será considerado
doravante como unidade de massa”
 “O quilograma é a unidade de massa (e não de peso, nem força); ele é
igual à massa do protótipo internacional do quilograma.”
Unidades de Base
 Unidade de tempo (segundo):
 Primitivamente, o segundo, unidade de tempo, era
definido como a fração 1/86 400 do dia solar médio
 1960: definição baseada no ano trópico
 1967: “O segundo é a duração de 9 192 631 770 períodos
da radiação correspondente à transição entre os dois
níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de
césio 133.”
 1997: “Essa definição se refere a um átomo de césio em
repouso, a uma temperatura de 0 K.”
Unidades de Base
 Unidade de corrente elétrica (ampere):
 1948: “O ampère é a intensidade de uma corrente elétrica
constante que, mantida em dois condutores paralelos,
retilíneos, de comprimento infinito, de seção circular
desprezível, e situados à distância de 1 metro entre si, no
vácuo, produz entre estes condutores uma força igual a 2
x 10-7 newton por metro de comprimento.”
Unidades de Base
 Unidade de temperatura (kelvin):
 1954: escolheu o ponto tríplice da água como ponto fixo
fundamental, atribuindo-lhe a temperatura de 273,16°K
(KELVIN) por definição
 1967: adotou o nome kelvin (símbolo K) em lugar de
“grau kelvin” (símbolo °K)
 1967: “O kelvin, unidade de temperatura
termodinâmica, é a fração 1/273,16 da temperatura
termodinâmica no ponto tríplice da água.”
Unidades de Base
 Unidade de quantidade de matéria (mol):
 Divergências entre físicos e químicos: pesos atômicos
referidos aos isótopos de oxigênio (16, 17, 18)
 1960: peso atômico 12 ao isótopo 12 do carbono.
 1971:
 1º) O mol é a quantidade de matéria de um sistema contendo tantas
entidades elementares quantos átomos existem em 0,012 quilograma
de carbono 12.
 2º) Quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser
especificadas, podendo ser átomos, moléculas, íons, elétrons, assim
como outras partículas, ou agrupamentos especificados em tais
partículas.
 1980: Nesta definição, entende-se que se faz referência aos
átomos de carbono 12 livres, em repouso e no seu estado
fundamental.
Unidades de Base
 Unidade de intensidade luminosa (candela):
 1948: candela (cd) correspondia à luminância do emissor
de radiação Planck (corpo negro) à temperatura de
solidificação da platina.
 1979: “A candela é a intensidade luminosa, numa dada
direção de uma fonte que emite uma radiação
monocromática de freqüência 540 x 1012 hertz e cuja
intensidade energética nessa direção é 1/683 watt por
esterradiano.”
Unidades de Base
 Símbolos
Unidades Derivadas
 As unidades derivadas são unidades que podem ser
expressas a partir das unidades de base, utilizando
símbolos matemáticos de multiplicação e de divisão.
 Dentre essas unidades derivadas, diversas receberam
nome especial e símbolo particular, que podem ser
utilizados, por sua vez, com os símbolos de outras
unidades de base ou derivadas para expressar unidades
de outras grandezas.
Unidades Derivadas
Unidades Derivadas
Múltiplos e submúltiplos
 (Principais) prefixos que expressam potências de 10
Unidades fora do SI
Unidades fora do SI
Unidades fora do SI
 Sistema C.G.S.:
 Criado pelo 10 Congresso Internacional de Eletricistas,
reunido em Paris, em 1.881, que aprovou a proposta de
Lord Kelvin. Tem como unidades fundamentais o
centímetro, o grama e o segundo (C.G.S.).
 Sistema Industrial Francês
 Tem como unidades fundamentais o metro, a tonelada e
o segundo (M.T.S.), definidas em função do sistema
métrico decimal.
Unidades fora do SI: Sistemas Ingleses
 Sistema Absoluto ou Imperial
 Tem como unidades fundamentais: o pé (foot), a libra
(pound) e o segundo (second).
 Foot: Um terço da distância entre os eixos de dois traços
paralelos gravados transversalmente numa barra de bronze,
reconhecida como a Imperial Standard Yard (Jarda Padrão) e
depositada no Board of Trade, em Londres. A medida deve ser
efetuada a temperatura de 620F. Divide-se em 12 polegadas
(inches) e equivale a 0,3048 metros.
 Pound: Massa de um cilindro de platina iridiada reconhecida
como a Imperial Standard Pound (libra-padrão) e depositada
na Board of Trade, em Londres. Divide-se em 16 onças e
equivale a 453,592 gramas.
 Second: É a mesma fração de tempo dos outros sistemas.
Unidades fora do SI: Sistemas Ingleses
 Sistema Prático: Surgiu da mesma confusão entre peso
e massa que originou a deturpação do sistema métrico
- decimal. É o sistema realmente usado e a libra - peso
assim se define:
 Foot: como definido anteriormente
 Pound Force: É o peso Imperial Standard Pound na
latitude de 450 ou é a força que atuando sobre a massa
da Imperial Standard Pound lhe imprime a aceleração de
32,174 m/seg.
 Second: como definido anteriormente
Metrologia
 Medição:
 Conjunto de operações que tem por objetivo determinar
o valor de uma grandeza.
 • Por que medir?
 A medição é empregada para monitorar, controlar ou
investigar um processo ou fenômeno físico.
 • Resultado da medição:
 A indicação, obtida de um Sistema de Medição (SM), é
sempre expressa por meio de um número e a unidade do
mensurando.
 Exemplo: 1 m, 5 kg, 3,46 A.
Metrologia - Conceitos
 Resultado da Medição:
 O resultado de uma medição (RM) é composto de duas
parcelas:
RM  RB  IM [unidade]
 Resultado base (RB = Valor médio);
 Incerteza da medição (IM = Desvio padrão da média)

 Sistema de medição (SM):


 Em termos genéricos, um SM pode ser dividido em três
módulos funcionais:
 sensor/transdutor
 unidade de tratamento do sinal
 dispositivo mostrador.
Metrologia - Conceitos
 Medida Direta:
 o valor é obtido por comparação da grandeza física a medir
com outra de mesma espécie de valor conhecido.
 Medida Indireta:
 o valor é obtido por meio de uma equação física (leis,
definições ou modelos) a qual relaciona valores conhecidos de
outras grandezas.
 Erro:
 É a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza
e o valor real ou correto da mesma.
 Erro = valor medido − valor real
 Desvio:
 é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza
e um valor adotado que mais se aproxima do valor real.
Metrologia - Conceitos
 Erros Grosseiros: decorrem da falta de cuidado ou falta
de experiência do observador.
 Ex.: erros de cálculo, erros de leitura, erros oriundos de um
manuseio incorreto do sistema de medição, erros de paralaxe.
 Erros Sistemáticos: decorrem de imperfeições do
observador, do instrumento de medição e do método
utilizado na medição.
 Erros Acidentais: decorrem de várias causas, conhecidas
ou não, que se superpõem de maneira Imprevisível.
Metrologia - Conceitos
 Valor Médio: é a média das diversas medidas de uma
variável.
Metrologia - Conceitos
 Erro Absoluto (Eabs) e Erro Médio (EM): apresenta a
diferença entre o valor medido e o Valor Médio (VM).
Metrologia - Conceitos
 Desvio Padrão (σP): exprime a dispersão dos valores
medidos em relação ao Valor Médio.
Metrologia - Conceitos
 Desvio Padrão da Média (σPM): exprime a incerteza
em relação ao Valor Médio.

P
 PM 
n
Metrologia - Conceitos
 Afinal, qual valor deve ser utilizado para a Incerteza da
medida?
 Depende:
 Para comparar séries e medidas do mesmo instrumento,
podemos usar a média e o desvio padrão da média;
 Para comparar medidas entre si, basta o desvio padrão;
 Para comparar medidas de instrumentos diferentes,
precisamos do erro absoluto;
Metrologia - Conceitos
 Algarismos significativos:
 Algarismos exatos mais o primeiro algarismo duvidoso.
 • Ex.: 2,5 (2), 3,456 (4), 0,026 (2).
 Medidas com incertezas x Algarismos Significativos:
 Exemplos:
 3,4579 ± 0,02 3,46 ± 0,02
 356,253 ± 1 356 ± 1
 0,7932 ± 0,03 0,79 ± 0,03
 A posição do dígito significativo do erro determinará o
número de algarismos significativos do valor medido.
Propagação de erro
 Soma  Subtração
Propagação de erro
 Multiplicação

 Divisão
Observações

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