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Instituto Federal da Bahia

Campus Salvador
Modalidade Integrada
Construção Civil – Edificações

Celso Lásaro de Sousa Filho

Matemática básica para Instalações Elétricas Prediais

Salvador
2015
1 – SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES: Algumas unidades do
sistema internacional de unidades estão envolvidas nos projetos de instalações
elétricas prediais, sendo necessária familiaridade com as mesmas.

1.1. – UNIDADES FUNDAMENTAIS:


Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Corrente elétrica Ampére A
Intensidade luminosa candela cd
Massa quilograma kg
Temperatura Kelvin K
Tempo segundo s

1.2. – UNIDADES DERIVADAS:


Grandeza Unidade Símbolo
Área metro quadrado m2
Capacitância elétrica Farad F
Carga elétrica Coulomb C
Condutância elétrica Siemens S
Densidade de fluxo magnético Tesla T
Energia Joule J
Energia quilowatt hora (*) kWh
Fluxo magnético Weber Wb
Frequência Hertz Hz
Iluminamento lux Lx
Indutância elétrica Henry H
Perímetro metro m
Potência Watt W
Potencial elétrico Volt V
Resistência elétrica Ohm Ω
Volumw Metro cúbico m3

(*) Nota: unidade fundamental para esta disciplina.

1.3. – REGRAS GERAIS PARA REPRESENTAÇÃO DAS UNIDADES:


1. Unidades escritas por extenso devem ter a letra inicial em minúscula mesmo
que se refira a nomes de pessoas.
Exemplos: segundo, metro, joule, newton, etc.

2. Símbolos de unidades derivadas de nomes de pessoas, deverão ser escritos


em maiúscula.
Exemplos: A (ampére), V (volt), J (joule), N (newton), etc.

3. Símbolos de unidades que não se referem a nomes de pessoas, devem ser


escritos em minúscula.
Exemplos: s (segundo), m (metro), etc.
2
4. Os plurais das unidades são escritos com o acréscimo de s, mesmo que
contrariando regras gramaticais; os símbolos não flexionam o plural.
Exemplos: pascal = pascals; mol = mols

5. Unidades terminadas em s, x e z não flexionam no plural.


Exemplos: siemens, lux, hertz (1 hetz; 20 hertz).

6. Não se deve misturar notações por extenso com símbolos ou abreviações.


Por exemplo: metro por segundo deve ser escrito m/s; é errado escrever
m/segundo, m/seg ou metro/s.

1.4. – PREFIXOS MÉTRICOS:


Em instalações elétricas, algumas unidades elétricas são muito pequenas ou
muito grandes. Por exemplo, quando falamos de corrente de fuga, podemos
estar nos referindo a correntes da ordem de 30 miliAmpéres; quando nos
referimos a médias tensões de distribuição, podemos estar falando de valores
da ordem de 13.800 Volts.
Nestes casos utilizamos prefixos que nos auxiliam na representação destes
valores. Alguns dos prefixos mais utilizados são os seguintes:

VALOR PREFIXO SÍMBOLO


109 giga G
106 mega M
103 quilo k
10-1 deci d
10-2 centi c
10-3 mili m
10-6 micro 
10-9 nano n
10-12 pico p

1.5. – CONVERSÂO DE UNIDADES: Sempre que quisermos efetuar


operações matemáticas, precisaremos nos assegurar que as grandezas
estejam em uma mesma unidade.

Por exemplo, para somarmos 0,55 A com 30 mA, é necessário que as


unidades de medidas sejam iguais, ou A (Ampére) ou mA (mili Ampere).
Assim: 0,55 A = 550 mA
Logo: 550 mA + 30 mA = 580 mA ou, de outro modo: 30 mA = 0,03 A; assim
0,55 A + 0,03 A = 0,58 A.

Para convertermos unidades grandes em pequenas ou pequenas em grandes,


temos um processo bastante simples, baseado na tabela acima.

3
Se quisermos converter alguma unidade mili em quilo (k), teremos que nos
deslocar para cima, na tabela. Neste caso, deslocaremos a vírgula para a
esquerda.

Por exemplo: converter 50 mV em V => deslocamento vertical para cima, com


três casas => 0,05 V.

Se quisermos converter alguma unidade de quilo (k) para mili (m), teremos que
nos deslocar na tabela para baixo. Neste caso, deslocaremos a vírgula para a
direita.
Por exemplo: converter 50 V em mV => deslocamento vertical para baixo, com
três casas => 50.000 mV.

Exercícios: expresse as seguintes grandezas em numerais –


a. 10-3 = ?
b. 10-6 = ?
c. 103 = ?
d. 106 = ?
e. 80 mA= ? A
f. 0,07 kW = ? W

Respostas:
a. 0,001;
b. 0,000001;
c. 1.000;
d. 1.000.000;
e. 0,08 A;
f. 70 W

2. – POTÊNCIAS DE 10: Uma das formas também utilizada para a conversão


de uma unidade de medida maior para outra menor e vice-versa, é a utilização
da potência de 10, muitas vezes referida como “notação de engenharia”.
A potência de 10 é de grande utilidade quando desejamos expressar números
muito grandes ou extremamente pequenos, como por exemplo a velocidade da
luz no vácuo = 300.000.000 m/s, a qual pode ser expressa na forma 3 x 10 8
m/s.

Não bastasse o inconveniente apresentado pela quantidade de algarismos a


escrever, devemos efetuar ainda, cálculos com esses números, o que nos traz
números com mais algarismos ainda e via de regra, desprovidos de precisão.

2.1. – POTÊNCIAS DE 10 – PROPRIEDADES:


a. am x an = a(m+n)
b. am : an = am / an = a(m-n) (a  0)
c. (am)n = a(m.n)
d. (a x b)m = am x bm
e. (a:b)m = (a / b)m = am / bm = am : bm (b  0)
4
Decorrem ainda as seguintes propriedades:
a. a0 = 1 (a  0)
1
b. a = a
c. a-1 = 1 / a (a  0)
d. a = (a ) = 1 / an (a  0)
-n -1 n

Particularmente, quando a base é 10, podemos escrever:


a) 10n = 10 x 10 x 10 x 10....... x 10
b) 10-n = (10-1)n = 1 / 10n

Desta forma, seja 10n a potência n-ésima de dez:


I. - Quando n  0
100 = 1;
101 = 10;
102 = 10 x 10 = 100;
103 = 10 x 10 x 10 = 1.000
“n” indica o número de zeros, ou melhor, quantas vezes multiplicamos um
número pela base dez.

II. - Quando n < 0


10-1 = 1 / 101 = 1 / 10 = 0,1;
10-2 = 1 / 102 = 1 / 100 = 0,01;
10-3 = 1 / 103 = 1 / 1.000 = 0,001
“n” indica o número de casas decimais, ou melhor, quantas vezes dividimos
um número pela base dez.

REGRA 1: Para escrever números maiores do que 1 na forma de um número


pequeno vezes uma potência de 10, deslocamos a casa decimal para a
esquerda, tantos algarismos quanto desejados. A seguir, multiplicamos o
número obtido por 10 elevado a uma potência igual ao número de casas
deslocadas.

Exemplo: escrever o número 3.000 em potência de 10.


1ª opção: 3.000 = 3 x 103
2ª opção: 3.000 = 30 x 102

Na primeira opção, o número 10 foi elevado a um expoente 3, pois a vírgula foi


deslocada 3 casas para a esquerda.
Na segunda opção no entanto, em virtude da vírgula ter sido deslocada apenas
2 casas para a esquerda, a número 10 foi elevado a um expoente 2. Isto
significa que, na 1ª opção o número 3 é multiplicado por 1.000, enquanto que,
na 2ª opção o número 30 é multiplicado por 100.
Assim: 3 x 1.000 = 3.000 e 30 x 100 = 3.000.

5
Outros exemplos:
a) escrever o número 9.600 em potência de 10.
Resp.: 9.600 = 96 x 102

b) escrever o número 660.000 em potência de 10.


Resp.: 660.000 = 66 x 104

c) escrever o número 678,56 em potência de 10.


Resp.: 678,56 = 6,7856 x 102 ou
678,56 = 67,856 x 10
NOTA: O expoente 101 expressa-se simplesmente por 10, pois 101 = 10.

REGRA 2: Para se escrevermos números menores do que 1 como um número


inteiro vezes uma potência de 10, desloca-se a casa decimal para a direita,
tantos algarismos quantos forem necessários. A seguir, multiplica-se o número
obtido por 10 elevado a uma potência negativa igual ao número de casas
decimais deslocadas.

Exemplos:
Escrever 0,008 em potência de 10.
1ª opção: 0,008 = 8 X 10-3
2ª opção: 0,008 = 0,8 x 10-2

Na primeira opção o número 10 foi elevado ao expoente -3, pois a vírgula foi
deslocada 3 casas para a direita, enquanto que, na segunda opção o número
10 foi elevado ao expoente -2 uma vez que, a vírgula foi deslocada para a
direita apenas 2 casas. Isto significa que, na 1ª opção o número 8 foi dividido
por 1.000 enquanto que, na 2ª opção o número 0,8 foi dividido por 100.
Assim: 8 / 1.000 = 0,008 e 0,8 / 100 = 0,008.

Outros exemplos:
a) Escrever o número 0,00098 em potência de 10.
Resp.: 0,00098 = 98 x 10-5

b) Escrever o número 0,668 em potência de 10.


Resp.: 0,668 = 66,8 x 10-2

c) Escrever a carga elementar em potência de 10.


e = 0,00000000000000000016C;
Resp.: e = 0,16 x 10-18 C ou 1,6 x 10-19C ou ainda 16 x 10-20 C

REGRA 3: Para converter um número expresso como uma potência positiva de


10 num número decimal, desloca-se a casa decimal para a direita tantas casas
ou posições quanto o valor do expoente.

Exemplos:
a) 0,565 x 103 = 565 (como o expoente é 3, desloca-se a vírgula 3 casas para a
direita)

6
b) 0,565 x 106 = 565.000 (neste caso, como o expoente é 6, a vírgula é
deslocada 6 casas para a direita)

c) 0,00067 x 103 = 0,67

d) 0,0088 x 103 = 8,8

REGRA 4: Para converter um número expresso como uma potência negativa


de 10 num número decimal, desloca-se a vírgula para a esquerda tantas casas
quanto o valor do expoente.

Exemplos:
a) 50 x 10-3 = 0,05 (como o expoente é -3, desloca-se a vírgula 3 casas à
esquerda)

c) 45.000 x 10-5 = 0,45 (neste caso, como o expoente é -5, a vírgula é


deslocada 5 casas para a esquerda).

d) 0,008 x 10-4 = 0,0000008

e) 76,3 x 10-2 = 0,763

Curiosidade:
Você conhece o número 10100?
O googol (lê-se gugol - sua forma de escrita em Portugal) é o número 10100, ou
seja, o dígito 1 seguido de cem zeros.
Em 1938, o matemático Edward Kasner, da Universidade da Columbia, pediu
ao seu sobrinho, então com oito anos, que inventasse um nome para dar a um
número muito grande, mais precisamente à centésima potência do número 10,
isto é, a unidade seguida de 100 zeros. Um número muito grande mas não
infinito.Veja exemplos da grandeza deste número:

Desde o surgimento do Universo, há aproximadamente 14 bilhões de anos,


ainda não se passou em segundos nem um único googol.
Edward Kasner apresentou o googol em seu livro "Matemática e Imaginação".
Por extensão ele também definiu o googleplex como sendo a potência de 10
elevado a um googol, o número 1 seguido de um google de zeros.
O googol não tem qualquer utilidade prática a não ser como explicação da
diferença entre um número imenso e o infinito.

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2.2. – POTÊNCIAS DE 10 – OPERAÇÕES:
A. – MULTIPLICAÇÃO: Para se multiplicar dois ou mais números expressos
em potência de 10, multiplicam-se os coeficientes para se obter o novo
coeficiente e somam-se os expoentes para obter o novo expoente de 10.

Exemplos:
a) multiplicar: 2 x 106 x 4 x 103
Resp.: (2 x 4) x 10 6 + 3 = 8 x 109

b) multiplicar: 2 x 10-3 x 3 x 102 x 1,2 x 104


Resp.: (2 x 3 x 1,2) x 10 -3 + 2 + 4 = 7,2 x 103

c) multiplicar: 2,2 x 10-4 x 3 x 10-2 x 0,2 x 10-3


Resp.: (2,2 x 3 x 0,2) x 10 -4 + (-2) + (-3) = 1,32 x 10-9

B. – DIVISÃO: Para se dividir dois números expressos como potência de 10,


divide-se os coeficientes para se obter o novo coeficiente e subtrai-se os
expoentes para se obter o novo expoente de 10.

Exemplos:
a) Dividir: 45 x 10-6/ 3 x 10-3
Resp.: (45 / 3) x 10-6 - (-3) = 15 x 10-6 + 3 = 15 x 10-3

b) Dividir: 60 x 10-4/ 12 x 10-6


Resp.: (60 / 12) x 10-4 - (-6) = 5 x 10-4 + 6 = 5 x 102

c) Dividir: 72 x 108/ 12 x 1012


Resp.: (72 / 12) x 108 - 12 = 6 x 10-4

C. – SOMA E SUBTRAÇÃO: Para somar ou subtrair números expressos em


potência de 10, opera-se normalmente os coeficientes, desde que os
expoentes sejam iguais.

Exemplos:
a) Somar: 12 x 10-6 + 4 x 10-5
Resp.:
I - optando por igualar ao expoente -6, teremos: 4 x 10-5 = 40 x 10-6
II - optando por igualar ao expoente -5, teremos: 12 x 10-6 = 1,2 x 10-5
Logo:(12 + 40) x 10-6= 52 x 10-6 ou(1,2 + 4) x 10-5 = 5,2 x 10-5

b) Subtrair: 25,6 x 102– 12 x 10-2


Resp.: Igualando ao expoente 2, teremos: 12 x 10-2 = 0,0012 x 102
Logo: (25,6 – 0,0012) x 102 =25,5988 x 102

2.3. – NOTAÇÃO CIENTÍFICA: Em notação científica, o coeficiente da


potência de 10 é sempre expresso com uma casa decimal seguido da potência
de 10 adequada. Alguns exemplos esclarecerão o assunto:

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a) Escrever em notação científica o número 224.400
Resp.: 224.400 = 2,244 x 105

b) Escrever em notação científica o número 0,000345


Resp.: 0,000345 = 3,45 x 10-4

c) Escrever em notação científica o número 26 x 106


Resp.: 26 x 106 = 2,6 x 107

d) Escrever em notação científica o número 0,001 x 10-3


Resp.: 0,001 x 10-3 = 1 x 10-6

e) escrever em notação científica o número 0,0015685


Resp.: 0,0015685 = 1,5685 x 10-3

f) escrever em notação científica o número 12.500.000.000


Resp.: 12.500.000.000 = 1,25 x 1010

As regras para operações aritméticas com números expressos em notação


científica, são as mesmas adotadas com relação à potência de 10.
Na verdade, a única diferença que existe entre a forma de se representar um
número em potência de 10 e notação científica é que em notação científica o
coeficiente a ser precedido da potência de 10 é expresso apenas com uma
casa decimal, conforme já dito anteriormente.

3 – ARREDONDAMENTO DE NÚMEROS: para a maioria das aplicações


práticas nesta disciplina, o arredondamento de números fracionados com duas
a três casas decimais geralmente é suficiente. Um número é arredondado
suprimindo-se um ou mais algarismos da sua direita; as regras usuais para
arredondamento de números são as seguintes:

1ª Regra: Se o algarismo a ser suprimido for menor do que 5, deixamos o


algarismo anterior inalterado. Por exemplo: arredondar o número 5,1634 para
três algarismos: 5,163.
Arredondar o mesmo número para dois algarismos 5,1634 = 5,16.

2ª Regra: Se o algarismo a ser suprimido for maior do que 5, aumentamos de


uma unidade o algarismo à sua esquerda. Exemplo: arredondar o número
9,2687 para três algarismos: 9,269.
Arredondar o mesmo número para dois algarismos: 9,27.

3ª Regra: Se o algarismo a ser suprimido for 5, olhamos para o algarismo à


sua esquerda. Se este for par, deixamos este algarismo inalterado. Por
exemplo: arredondar o número 1,4865 para 3 algarismos: 1,486.
No entanto se o algarismo à esquerda for ímpar, aumentamos o mesmo de
uma unidade. Por exemplo, arredondar o número 3,755 para dois algarismos:
3,76.

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Atenção: Muitas calculadoras científicas aumentam o algarismo da esquerda
de uma unidade, independentemente se o mesmo é par ou ímpar.

4 – FUNÇÕES CIRCULARES: Embora os sinais de corrente e tensão nas


atuais instalações elétricas sejam distorcidos e aperiódicos, muitos dos
conceitos de eletrotécnica aplicada podem ser tratados, para efeito
pedagógico, como se estes sinais fossem perfeitamente senoidais e periódicos.
Na prática esta abordagem só não atende quando tratamos de aspectos de
qualidade de energia elétrica...

Os principais componentes de um sinal senoidal são os valores de pico e pico


a pico e o período, o qual é usualmente representado pela letra T, uma vez que
sua unidade é o tempo:

O inverso do período (T) é denominado frequência:


10
1
𝑇=
𝑓
Uma vez que consideramos os sinais de corrente e tensão como sinais
senoidais, as operações elementares de soma e multiplicação destes sinais
são referidas às noções fundamentais da trigonometria.

Soma de sinais:
𝛼+𝛽 𝛼−𝛽
cos 𝛼 + cos 𝛽 = 2. cos . cos
2 2
Multiplicação de sinais:
1 1
cos 𝛼. cos 𝛽 = . cos(𝛼 + 𝛽) + . cos(𝛼 − 𝛽)
2 2
Três casos são de particular importância para a eletrotécnica aplicada:

Caso 1 (sinais em fase):


𝛼= 𝛽
Visualização de dois sinais em fase:

Caso 2 (sinais em oposição de fase):


𝛽 = 𝛼 + 1800
Visualização de dois sinais em oposição de fase:

Caso 3 (sinais parcialmente defasados):

11
𝛽 = 𝛼+𝛾
Visualização de dois sinais parcialmente defasados:

As equações de soma e multiplicação aplicadas para estes casos, ficam da


seguinte forma:

Caso 1 (sinais em fase) – soma:


𝛼+𝛽 𝛼−𝛽
cos 𝛼 + cos 𝛽 = 2. cos . cos
2 2
Quando
𝛼= 𝛽
Então:
𝛼+𝛼 𝛼−𝛼
cos 𝛼 + cos 𝛼 = 2. cos . cos
2 2

= 2. cos 𝛼. cos 0 = 𝟐. 𝐜𝐨𝐬 𝜶


Visualização do resultado da soma:

Caso 1 (sinais em fase) – multiplicação:


1 1
cos 𝛼. cos 𝛽 = . cos(𝛼 + 𝛽) + . cos(𝛼 − 𝛽)
2 2
Para
𝛼= 𝛽
12
1 1
cos 𝛼. cos 𝛼 = . cos 2𝛼 + . cos 0
2 2
𝟏
= . (𝐜𝐨𝐬 𝟐. 𝜶 + 𝟏)
𝟐
Visualização do resultado da multiplicação de dois sinais em fase:

Caso 2 (sinais em oposição de fase) – soma:


𝛼+𝛽 𝛼−𝛽
cos 𝛼 + cos 𝛽 = 2. cos . cos
2 2
Quando
𝛽 = 𝛼 + 1800
Então:
𝑜)
𝛼 + 𝛼 + 1800 𝛼 − (𝛼 + 1800 )
cos 𝛼 + cos(𝛼 + 180 = 2. cos . cos
2 2

2𝛼 + 1800
= 2. cos . 𝑐𝑜𝑠(−900 ) = 0
2
Visualização do resultado da soma:

Caso 2 (sinais em oposição de fase) – multiplicação:


13
1 1
cos 𝛼. cos 𝛽 = . cos(𝛼 + 𝛽) + . cos(𝛼 − 𝛽)
2 2
Para
𝛽 = 𝛼 + 1800
𝐜𝐨𝐬 𝜶. 𝐜𝐨𝐬(𝜶 + 𝟏𝟖𝟎𝟎 ) =

𝟏 𝟏
. 𝐜𝐨𝐬(𝜶 + 𝜶 + 𝟏𝟖𝟎𝒐 ) + . 𝐜𝐨𝐬(𝜶 − 𝜶 − 𝟏𝟖𝟎𝒐 ) =
𝟐 𝟐
𝟏 𝟏
. 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝜶 + 𝟏𝟖𝟎𝒐 ) + . 𝐜𝐨𝐬(−𝟏𝟖𝟎𝟎 ) =
𝟐 𝟐
𝟏 𝟏
. 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝜶 + 𝟏𝟖𝟎𝒐 ) −
𝟐 𝟐
Sabendo-se que:
𝐜𝐨𝐬(𝒂 + 𝒃) = 𝐜𝐨𝐬 𝒂. 𝐜𝐨𝐬 𝒃 − 𝐬𝐢𝐧 𝒂. 𝐬𝐢𝐧 𝒃
Ficamos com:
1
. [cos 2𝛼. cos(180𝑜 ) − sin 2𝛼. sin(180𝑜 )] =
2
𝟏 𝟏
. [− 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜶 − 𝟎] = − 𝐜𝐨𝐬 𝟐𝜶
𝟐 𝟐

Visualização do resultado da multiplicação:

Caso 3 (sinais parcialmente defasados) – soma:


14
𝛼+𝛽 𝛼−𝛽
cos 𝛼 + cos 𝛽 = 2. cos . cos
2 2
Quando
𝛽 = 𝛼+𝛾
Então:
𝛼+𝛼+𝛾 𝛼−𝛼−𝛾
cos 𝛼 + cos(𝛼 + 𝛾) = 2. cos . cos
2 2
2𝛼 + 𝛾 −𝛾
= 2. cos . cos
2 2
Visualização do resultado da soma:

Caso 3 (sinais parcialmente defasados) – multiplicação:


1 1
cos 𝛼. cos 𝛽 = . cos(𝛼 + 𝛽) + . cos(𝛼 − 𝛽)
2 2
Quando
𝛽 = 𝛼+𝛾
𝐜𝐨𝐬 𝜶. 𝐜𝐨𝐬(𝜶 + 𝜸) =
𝟏 𝟏
. 𝐜𝐨𝐬(𝜶 + 𝜶 + 𝜸) + . 𝐜𝐨𝐬(𝜶 − 𝜶 − 𝜸)
𝟐 𝟐
𝟏 𝟏
= . 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝜶 + 𝜸) + . 𝐜𝐨𝐬(−𝜸)
𝟐 𝟐
Visualização do resultado da multiplicação:

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Podemos perceber que o tratamento de sinais senoidais não é muito intuitivo
ou amigável quando os sinais são defasados. Nestes casos podemos ter uma
melhor compreensão dos fenômenos utilizando fasores.

5 – FASORES E VETORES: Qualquer sinal senoidal pode ser representado


por um vetor girante, ou fasor; a caracterização de um fasor é dada pelo seu
módulo e velocidade angular.

Se o sinal senoidal tiver amplitude variável, sua representação será dada por
um fasor de módulo variável; por outro lado, se o sinal senoidal tiver uma
frequência variável, o mesmo poderá ser representado por um fasor com
velocidade angular variável.

Conforme dito no capítulo anterior, para a eletrotécnica aplicada às instalações


elétricas prediais, podemos considerar que a grande maioria dos sinais
senoidais é de frequência constante.

16
B
A
w => velocidade
angular constante
Isso significa que ao considerarmos operações elementares com dois fasores
tendo a mesma velocidade angular, podemos desprezar o movimento uma vez
que a velocidade relativa é nula.
Desta forma, podemos trabalhar com base nas regras da geometria analítica
convencional e as operações passam a ser então conduzidas com vetores
comuns:

B
A
Qualquer vetor pode ser decomposto em dois outros, nos eixos x e y de um
sistema de coordenadas:

B
By f
Bx

Neste caso, cada um dos componentes tem o seguinte módulo:


𝐵𝑥 = 𝐵. cos 𝜃 e𝐵𝑦 = 𝐵. sin 𝜃
As operações de soma e multiplicação, com vetores convencionais, tornam-se
elementares. Consideremos dois vetores M e N quaisquer:

N M

Para realizarmos as operações, podemos girar o par de vetores, fazendo por


exemplo com que um deles fique orientado com o eixo X:
17
N

M
A operação de soma pode ser realizada de duas maneiras:
1ª – através da transposição de um dos vetores:

N N

M
vetor soma
N N

2ª – a segunda forma de realizar a soma, é fazendo a decomposição do vetor


N, e posteriormente somando os componentes ao vetor M:

N
Ny
Nx M
vetor soma

Ny
M Nx
Para a multiplicação dos vetores, uma das formas mais práticas e intuitivas é a
multiplicação dos componentes decompostos dos vetores:
18
N
Ny
Nx M
Conforme visto acima:

𝑁𝑥 = 𝑁. cos 𝜃e𝑁𝑦 = 𝑁. sin 𝜃


Assim, o resultado na multiplicação no eixo x será:
= 𝑀. 𝑁. cos 𝜃
Enquanto no eixo y teremos:
= 𝑀. 𝑁. sin 𝜃

componente
do eixo x =
M.N.sen f vetor resultante
da multiplicação

componente do eixo x = M.N.cos f

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Referências:

Fundamentos de Matemática Elementar: Geometria Espacial, Posição e


Métrica; 7ª edição; Osvaldo Dolce e José Nicolau Pompeo; Atual Editora
(Saraiva), São Paulo, 2013.

Geometria Espacial – caderno de atividades, ensino médio; Álvaro


Zimmermann Aranha e Manoel Benedito Rodrigues; Editora Policarpo, São
Paulo, 2010.

Manual de fórmulas técnicas (TechnischeFormelsammlung); GieckVerlag,


Editora Hemus, São Paulo, 1996.

Matemática Moderna para a 5ª, 6ª e 7ª séries; Luiz C. de Domênico, Samuel


Ramos Lago e Waldemar Ens; IBEP – Instituto Brasileiro de Edições
Pedagógicas, São Paulo.

Matemática para o primeiro grau; Luiz Carlos Domênico; Editora Arco Iris,
Curitiba, 1990.

Matemática: Ensino do 2º grau; Manoel Rodrigues Paiva; Editora Moderna, São


Paulo, 1995.

Revisão de Matemática; Edgar Zuim; ETE Albert Einstein; material da internet


acessado em jan. 2015.

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