Você está na página 1de 13

CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE

2) UNIDADES FUNDAMENTAIS E UNIDADES DERIVADAS


Para especificar e executar cálculos envolvendo variáveis físicas é necessário que sejam definidas a natureza
e a grandeza, ou amplitude, da variável física em questão. A medida-padrão de cada tipo de grandeza física é a
unidade; o número de vezes que a unidade comparece no valor total da grandeza (ambas: unidade e grandeza total,
da mesma natureza) define um número que é o resultado da medição ou medida. Por exemplo, quando falamos em
uma distância de 100 metros, sabemos que o metro é a unidade da medição de distância, e que o número 100 é o
número de vezes que a unidade comparece na medição da referida distância de 100 metros. Portanto a grandeza física
comprimento tem uma unidade de medição que é o metro. Sem a presença da unidade (1m), o número 100 não tem
significado físico algum. Na prática dois tipos de unidades são utilizados: as unidades fundamentais e as unidades
derivadas. Em mecânica, as unidades fundamentais são as de comprimento, massa e tempo.
O valor das unidades, seja metro ou polegada, quilograma ou libra, segundo ou hora, é arbitrário e deve ser
selecionado de acordo com as circunstâncias. Como, não apenas em Mecânica, o comprimento, a massa e o tempo
são fundamentais para a definição de outras variáveis, elas são, por isso, chamadas unidades fundamentais primárias.
Medidas de certas variáveis físicas em disciplinas envolvendo calor, eletricidade e iluminação também são
representadas por unidades fundamentais. Como essas unidades são usadas apenas nestes campos particulares, elas
são definidas como unidades fundamentais auxiliares. Todas as outras unidades que podem ser expressas em termos
das unidades fundamentais são chamadas unidades derivadas.
Por conveniência, novos nomes são dados a algumas unidades derivadas. Como exemplo, o newton (N) é o
nome dado à unidade de força em vez de kg.m/s², no Sistema Internacional de Unidades (SI).

SISTEMAS DE UNIDADES
Sistema universal de pesos e medidas que não fosse baseado em padrões desenvolvidos pelo homem, mas, em
vez disso, por um sistema baseado em padrões permanentes fornecidos pela natureza. Assim, escolheram o metro
como unidade de comprimento, definido como a décima milionésima parte da distância do pólo ao equador, ao longo
do meridiano que passa por Paris. Como unidade de massa eles escolheram 1 (um) centímetro cúbico de água a 4 ºC
e pressão atmosférica de 760 mm Hg, à qual deram o nome de grama. Como unidade de tempo, eles mantiveram o
tradicional segundo, definido como 1/86.400 da duração do dia solar médio.
Como segundo princípio, as outras unidades deveriam ser derivadas das três unidades fundamentais
previamente referidas, i.e., comprimento, massa e tempo. Em seguida — o terceiro princípio — propuseram que todos
os múltiplos e submúltiplos das unidades básicas fossem baseados no sistema decimal; e ainda sugeriram um conjunto
de prefixos ainda hoje em uso. O Quadro 2.1 apresenta uma lista de múltiplos e submúltiplos decimais.

QUADRO 2.1 Múltiplos e Submúltiplos Decimais


Nome Símbolo Equivalente
tera T 10¹²
giga G 109
mega M 106
kilo k 10³
hecto h 10²
deca da 10
deci d 10-¹
centi c 10-²
mili m 10-³
micro µ 10-6
nano n 10-9
pico p 10-12
femto f 10-15
ato a 10-18

QUADRO 2.2 Grandezas, Unidades e Símbolos SI Básicos (2018)


Grandeza Unidade Símbolo Símbolo típico
Comprimento metro m l, x, r etc.
Massa quilograma kg m
Tempo segundo s t
Corrente elétrica ampère A I, i
Temperatura termodinâmica kelvin K T
Quantidade de matéria mol mol n
Intensidade luminosa candela cd Iv

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 20


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Um sistema mais abrangente foi adotado em 1954, e estruturado e reconhecido em 1960 através de uma
convenção internacional. Ficou conhecido com o nome de Sistema Internacional de Unidades (SI), no qual seis
unidades básicas são utilizadas: o metro, o quilograma, o segundo e o ampère do sistema MKSA. Acrescentados a
essas quatro unidades foram o kelvin e a candela, unidades de temperatura e intensidade luminosa, respectivamente.
O SI vem substituindo outros sistemas de unidades em ciência e tecnologia em muitos países, sendo hoje de uso
obrigatório na própria França. As unidades básicas do SI e seus símbolos estão listados no Quadro 2.2.
Considerando que o Sistema Internacional de Unidades é mundialmente utilizado em todos os setores da
sociedade, da indústria e do comércio, da ciência à tecnologia, torna-se importante promover a sua ampla divulgação,
contribuindo assim para um aumento significativo de sua aplicação no mundo lusófono, através desta tradução da 9a
edição da brochura publicada pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas, em 2019.
A presente publicação deve ser referenciada como “Tradução luso-brasileira de 2021 do SI”.
A versão que aqui se apresenta, em língua portuguesa, tem em consideração as recomendações do Acordo
Ortográfico (AO) da Língua Portuguesa de 1990. Foi elaborada no âmbito do entendimento entre o Inmetro e o IPQ,
por um grupo de técnicos destes Institutos Nacionais de Metrologia. Este grupo de trabalho dedicou-se por nove
meses, debatendo e harmonizando muitos dos termos da língua portuguesa aplicados neste documento, de modo a
melhor traduzir os conceitos da ciência da medição, garantindo o rigor e a clareza dos mesmos, considerando a
diversidade e a abrangência de domínios incluídos. Em presença da existência, no Brasil e em Portugal, de diferentes
formas lexicais, de termos não abrangidos pelo AO de 1990, ou cuja existência está ligada à tradição desses termos
num e noutro país, foram mantidas essas duas versões, clarificando-se essa diferença sob a forma de notas de rodapé.
Algumas destas diferenças estão previstas no AO de 1990, nomeadamente as que se referem à acentuação de algumas
palavras (a utilização de acento agudo em Portugal e de acento circunflexo no Brasil).

A tabela seguinte apresenta a lista de palavras deste documento que podem ter dupla grafia.

Prefixo SI + Unidade SI Grafia pela regra do SI Grafia atual, aceita, mas a ser
(utilizada nesta publicação) gradualmente extinta
centi + metro centimetro centímetro
deca + metro decametro decâmetro
deci + metro decimetro decímetro
exa + metro exametro exâmetro
giga + metro gigametro gigâmetro
hecto + metro hectometro hectômetro
kilo + metro kilometro quilômetro
micro + metro micrometro micrômetro
mili + metro milimetro milímetro
mili + radiano miliradiano milirradiano
mili + segundo milisegundo milissegundo
nano + metro nanometro nanômetro

Esta nova grafia está em concordância com a regra estabelecida por especialistas internacionais e adotada por
países no âmbito da CGPM sobre o SI para a formação do nome das unidades, justapondo o prefixo ao nome da
unidade.
As alterações nas grafias de nomes de unidades adotadas neste documento permitirão a utilização de palavras
(ainda não registradas nos dicionários da língua portuguesa) de uso na ciência, e de acordo com a regra estabelecida
por especialistas internacionais e adotadas por países no âmbito da CGPM para a formação de múltiplos e
submúltiplos, tal como nos exemplos apresentados a seguir. Tradução autorizada pelo BIPM da 9a edição de 2019
da sua publicação bilíngue Le Système international d’unités, conhecida como Brochure sur le SI em francês, ou The
International System of Units, conhecida como SI brochure em inglês.

Regra de formação do BIPM Grafia adotada Grafia a ser evitada


(utilizada nesta publicação)
atto + metro attometro attômetro
femto + metro femtometro femtômetro
mega + metro megametro megâmetro
exa + metro exametro exâmetro
peta + metro petametro petâmetro
pico + metro picometro picômetro
tera + metro terametro terâmetro

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 21


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Ao longo deste documento é considerada a escrita de “kilometro” (sem acentuação) e de “kilograma”, este
último já adotado legalmente em Portugal, considerando a introdução do “k” no alfabeto português e da regra de
escrita do SI, que estabelece a justaposição simples dos prefixos aos nomes das unidades. Ainda de acordo com esta
regra, ao longo do documento escreve-se “milimetro” e “centimetro”, sem qualquer acentuação.
No final do documento, além do índice em língua portuguesa, foram também incluídos os índices alfabéticos
em francês e em inglês.
Este documento está disponível nos websites do IPQ (www1.ipq.pt) e do Inmetro (www.gov.br/inmetro/pt-
br).
Unidades em sistemas fps, mks e cgs
Variável fps unidade mks unidade cgs unidade
Comprimento ft m cm
Fundamental

Massa lbm kg g
Primária

Tempo s s s
Temperatura R, °F K, °C K, °C
Moles lb-mole kg-mole g-mole
Área ft2 2 cm2
m
Volume ft3 3 cm3
m
Densidade lbm/ft3 kg/m3 g/cm3
Aceleração ft/s2 m/s2 cm/s2
Secundár
Derivada

Força lbf Kg.m/s2=N g.cm/s2=dyne


Energia ft-lbf Kg.m2/s2=J g.cm2/s2=erg
Potência ft-lbf/s, HP Kg.m2/s3=W g.cm2/s3=erg/s
kg/s2 m=N/m2=Pa,
Pressão psia, psig, atm g/s2 cm=dyne/cm2, atm
atm
Viscosidade lbm/ft.s kg/m.s g/cm s, P, cP
Molecular Peso lbm/lb-mole kg/kg-mole g/g-mole

SÍMBOLOS DAS UNIDADES

Os símbolos das unidades são impressos em caracteres verticais, independentemente do caractere vertical ou
itálico usado no texto em que estão inseridos. Em geral, os símbolos das unidades são escritos em letra minúscula,
mas, se o nome da unidade deriva de um nome próprio, a primeira letra do símbolo é uma letra maiúscula.
O símbolo do litro é uma exceção a esta regra. A 16a reunião da CGPM (1979, Resolução 6) aprovou a
utilização da letra L em maiúscula ou l em minúscula como símbolo do litro, a fim de evitar uma possível confusão
entre o numeral 1 (um) e a letra minúscula l (ele).
Se for utilizado um prefixo de múltiplo ou submúltiplo, este faz parte da unidade e precede o símbolo da
unidade, sem espaço entre o símbolo do prefixo e o símbolo da unidade. Um prefixo nunca é usado isoladamente e
prefixos compostos nunca são usados.
Os símbolos das unidades são entidades matemáticas e não abreviaturas. Portanto, não devem ser seguidos de
um ponto, exceto quando se encontram no final de uma frase. Permanecem invariáveis no plural e não se deve misturar
símbolos de unidades com nomes de unidades numa mesma expressão, uma vez que os nomes não são entidades
matemáticas.
As regras clássicas da multiplicação ou divisão algébricas aplicam-se na formação dos produtos e quocientes
dos símbolos de unidades. A multiplicação deve ser indicada por um espaço ou um ponto centrado a meia altura (⋅),
para evitar que alguns prefixos sejam mal-interpretados, como um símbolo de unidade. A divisão é indicada por uma
linha horizontal, por uma barra oblíqua (/) ou por expoentes negativos. Quando são combinados vários símbolos de
unidades, dever-se-á ter cuidado para evitar qualquer ambiguidade, usando, por exemplo, colchetes, parênteses ou
expoentes negativos. Não deve ser usada por mais de uma vez uma barra oblíqua numa determinada expressão, se
não houver parêntesis, para evitar qualquer ambiguidade.

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 22


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Não é permitida a utilização de abreviaturas para os símbolos e nomes de unidades, como seg (para s ou
segundo), mm quad. (para mm2 ou milimetro quadrado), cc (para cm3 ou centimetro cúbico) ou mps (para m/s ou
metro por segundo). A utilização correta dos símbolos das unidades do SI, e das unidades em geral, conforme listados
nos capítulos anteriores desta brochura, é obrigatória. Desta forma, são evitadas ambiguidades e erros de compreensão
nos valores das grandezas.

2.1 UNIDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS


Antes de listar as unidades do Sistema Internacional (SI), às vezes chamado de Sistema Internacional MKS, é
importante apresentarmos um breve histórico sobre as unidades das grandezas elétricas e magnéticas. As unidades
elétricas e magnéticas práticas que nos são familiares, como o Volt, o Àmpere, o Ohm, o Henry etc., foram
inicialmente obtidas dentro do sistema de unidades COS.
O sistema CGS eletrostático (CGSe) é baseado na lei das forças entre duas cargas elétricas, obtida
experimentalmente por Coulomb. A lei de Coulomb estabelece que

F = k (q1.q2) / r² (2.1) onde


F = força entre duas cargas, expressas em unidades CGS e de força (g.cm/s² = 1 dina)
k = constante de proporcionalidade
q1 e q2 = cargas elétricas, expressas em unidades de carga elétrica (derivadas) no sistema CGSe (statcoulomb)
r = distância entre as cargas, expressa em unidades CGS e fundamentais de comprimento (centímetro)

Coulomb também descobriu que o fator de proporcionalidade k depende do meio, variando inversamente com
sua permissividade ε. (Faraday chamou a permissividade de constante dielétrica). A lei de Coulomb então assumiu a
forma

F = 1/ ε . q1.q2 / r² (2.2)

Como e é um valor numérico dependendo apenas do meio, o valor 1 foi arbitrado para a permissividade no
vácuo, ε0, definido então como a quarta unidade fundamental do CGSe. A lei de Coulomb tornou possível determinar
a carga elétrica Q em termos das quatro unidades fundamentais, de acordo com a relação

dina = g cm / s² = q² / (ε0 = 1) cm² e, portanto, dimensionalmente, [q] = cm3/2 . g1/2 . s-1 (2.3)

A unidade de carga elétrica no sistema COS e foi chamada statcoulomb.


A unidade derivada de carga elétrica no CGSe possibilitou a determinação das outras unidades elétricas através
de suas respectivas equações. Por exemplo, a corrente elétrica (I) é definida como a taxa de fluxo de cargas elétricas
e é expressa como

I = dQ / dt (statcoulomb/s) (2.4)

A unidade de intensidade de corrente elétrica no sistema CGSe é chamada statampère. As unidades de


intensidade de campo elétrico (E), diferença de potencial (V), e capacitância (C), podem, da mesma forma, ser obtidas
a partir de suas equações fundamentais.
O sistema CGS eletromagnético (CGSm) foi fundamentado na lei de Coulomb da força entre dois pólos
magnéticos, obtida experimentalmente, a qual estabelece que

F = k. (m1m2) / r² (2.5)

O fator de proporcionalidade, k, depende do meio nos quais os pólos (m1 e m2) estão inseridos, variando
inversamente com a permeabilidade magnética µ do meio. Foi arbitrado o valor 1 para a permeabilidade magnética
no vácuo, µ0. Assim, k = l/ µ0 = 1. Desta forma, a permeabilidade magnética no vácuo, tornou-se a quarta unidade
fundamental do sistema CGSm. A unidade derivada de intensidade de pólo magnético (m)* foi então definida em
termos das quatro unidades fundamentais do CGSm através da relação:

dina = g cm / s² = m² / (µ 0 = 1) cm² (2.6) e assim, dimensionalmente, m = cm3/2 x g1/2 x s-1 (2.3)

A unidade de intensidade de pólo magnético no sistema CGSm possibilitou a determinação de outras unidades
magnéticas através de suas equações fundamentais. A densidade de fluxo magnético (B), por exemplo, é definida
como a força magnética por unidade de intensidade polar, onde ambos, a força e a intensidade polar, são unidades
derivadas do sistema CGSm. Dimensionalmente, B é dado por cm-1/2 x g1/2 x s-1 (dina. segundo/abcoulomb.

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 23


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
centímetro) e é chamado de gauss. Da mesma forma, outras unidades magnéticas podem ser obtidas de suas equações:
à unidade de fluxo magnético (ф)
Damos o nome de maxwell; à unidade de intensidade de campo magnético (H) chamamos oersted; e a unidade
de força magnetomotriz (U) é Gilbert.
Os dois sistemas CGS foram unificados pela descoberta de Faraday de que o movimento de um ímã pode
induzir corrente elétrica em um condutor, e que cargas móveis podem produzir efeitos magnéticos. A lei de Ampère
para o campo magnético relaciona corrente elétrica (I) e intensidade de campo

QUADRO 2.3 Unidades Elétricas e Magnéticas


Unidade SI
Fatores de conversão
Grandeza e símbolo Nome Símbolo Equação CGSm CGSeb
básica*
Corrente elétrica, I ampère A Fz = 10-7.I² . 10 10/c
dN
dz
Força eletromotriz, E volt V p = IE 10-8 10-8c
Potencial, V volt V P = IV 10-8 10-8c
Resistência, R ohm Ω R = V/I 10-9 10-9
Carga elétrica, Q coulomb C Q = It 10 10/c
Capacitância, C farad F C = Q/V 109 10-9/ c²
Intensidade de campo elétrico, E — V/m E = V/l 10-6 10-6c
Deslocamento elétrico, D — C/m2 D = Q/1² 105 10-5/c
Permissividade, ε — F/m ε = D/E — 10-11/4 πc²
Intensidade de campo magnético, H — A/m ф H dl = nI 103/4 —
Fluxo magnético, ф weber Wb E = d ф /dt 10-8 —
Densidade de fluxo magnético, B tesla T B = ф /l² 10-4 —
Indutância, L, M henry H M=ф/I 10-9 —
Permeabilidade magnética, µ — H/m µ = B/H 4 π x 10-7 —
c= velocidade da luz no vácuo = 2,997925 x 108 m/s.

Como não há concordância perfeita entre as dimensões dos dois sistemas, fatores de conversão foram
introduzidos. Os dois sistemas formaram, assim, um sistema prático de unidades elétricas, adotado oficialmente no
Congresso Internacional de Eletricidade.

1 ohm internacional = 1,00049Ω (unidades CGSm prática)


1 ampère internacional = 0,99985 A
1 volt internacional = 1,00034 V
1 coulomb internacional = 0,99985 C
1 farad internacional = 0,99951 F
1 henry internacional = 1,00049 H
1 watt internacional = 1,00019 W
1 joule internacional = 1,00019 J

O Quadro 2.3 apresenta detalhes a respeito de unidades elétricas e magnéticas e as relações que as definem. Os fatores
para conversão ao SI são apresentados nas colunas CGSm e CGSe.

2.2 SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES


O sistema internacional MKSA de unidades foi adotado em 1960 na Décima Primeira Conferência Geral de
Pesos e Medidas, com o nome Sistema Internacional de Unidades (Système International d’Unités— SI). O SI vem
substituindo todos os Outros sistemas de unidades e, por causa de sua ampla aceitação, todos os outros sistemas vêm
sendo condenados à obsolescência.

QUADRO 2.4 Unidades Fundamentais, Derivadas e Suplernentares


Símbolo da
Grandeza Símbolo Dimensão Unidade unidade
Fundamentais
Comprimento l L metro m
Massa m M quilograma kg
Tempo t T segundo s
Corrente elétrica I I ampère A
Temperatura termodinâmica T º kelvin K

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 24


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Intensidade luminosa candela cd
Suplementaresª
Ângulo plano α,β,γ [L]º radiano rad
Ângulo sólido Ω [L²]º esteradiano sr
Derivadas
Área A L² metro quadrado m²
Volume V L³ metro cúbico m³
Freqüência F T-1 hertz Hz (1/s)
Densidade Ρ L-3M quilograma por metro cúbico kg/m³
Velocidade υ LT-1 metro por segundo m/s
Velocidade angular ω [L]ºT radiano por segundo rad/s
Aceleração a LT-2 metro por segundo quadrado m/s²
Aceleração angular α [L]ºT-2 radiano por segundo quadrado rad/s²
Força F LMT-2 newton N (kg m/s²)
Pressão P L-1MT-2 newton por metro quadrado N/m²

Trabalho, energia W L2MT-2 joule J (N.m)


Potência P L2MT-3 watt W (J/s)
Carga elétrica Q TI coulomb C (As)
Diferença de potencial, força V L2MT-3I-1 volt V (W/A)
eletromotriz
Campo elétrico E, ε LMT-3 I-1 volt por segundo V/m
Resistência elétrica R L2MT-3I2 ohm Ω (V/A)
Capacitância elétrica C L-2M-1T4I2 farad F (As/V)
Fluxo magnético L2MT-2I-1 weber Wb (v s)
Campo magnético H L-1I ampère por metro A/m
Densidade de fluxo magnético B MT-2I-1 tesla T (Wb/m²)
Indutância L L2MT-2I2 henry H ( Vs/A)
Força magnetomotriz U I ampère A
Fluxo luminoso - - lúmen lm (cd sr)
Luminância - - candela por metro quadrado cd/m²
Iluminação - - lux lx (lm/m²)

As seis umidades fundamentais SI estão apresentadas no Quadro 2.2. As outras unidades derivadas dessas
fundamentais estão expressas em termos das seis unidades básicas, e são obtidas de equações básicas. O Quadro 2.3
apresenta alguns exemplos. O Quadro 2.4 reúne as unidades fundamentais, as unidades derivadas e as unidades
suplementares SI recomendadas pela Conferência Geral.
A primeira coluna do Quadro 2.4 mostra as grandezas (fundamentais, derivadas e suplementares). A segunda
coluna mostra o símbolo operacional de cada unidade. A terceira coluna mostra os símbolos dimensionais para cada
unidade derivada em termos das seis unidades fundamentais. A quarta coluna apresenta o nome de cada unidade; a
quinta, o símbolo da unidade. O símbolo operacional da unidade não deve ser confundido com o símbolo da grandeza;
por exemplo, o símbolo operacional de resistência o é o R, mas o símbolo da unidade (ohm) é o Ω.

2.3 OUTROS SISTEMAS DE UNIDADES


O sistema inglês de unidades utiliza o pé (ft), a libra (lb), e o segundo (s) como unidades fundamentais de
comprimento, massa e tempo, respectivamente. Embora as medidas de comprimento e peso sejam legadas ao período
de ocupação romana na Inglaterra, com definições pouco precisas, a polegada (1/12 do pé) foi fixada com o valor
exato de 25,4 mm. Da mesma forma, uma libra corresponde a 0,45359237 kg.

QUADRO 2.5 Conversão de Unidades do Sistema Inglês ao Sistema Internacional


Grandeza Unidade inglesa Símbolo Equivalente métrico Recíprocos
Comprimento 1 pé ft 30,48 cm 0,0328084
1 polegada in. 25,4 mm 0,0393701
Área 1 pé quadrado ft² 9,29030 x 10² cm² 0,0107639 x 10-2
1 pol. Quadrada in.² 6,4516 x 10² mm² 0,155000 x 10-2
Volume 1 pé cúbico ft3 0,0283168 m3 35,3147
Massa 1 libra lb 0,45359237kg 2,20462
Densidade 1 libra/pé lb/ft3 16,0185 kg/m3 0,062428
cúbico
Velocidade 1 pé por segundo ft/s 0,3048 m/s 3,28084
Força 1 libra-força lbf (pdl) 0,138255 N 7,23301
Trabalho,energia 1 pé, libra-força ft. pdl 0,0421401 J 23,7304
Potência cavalo-vapor hp 745,7W 0,00134102
Temperatura grau Fahrenheit ºF 5 (t - 32)/9ºC —

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 25


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Estes dois fatores permitem que todas as unidades inglesas possam ser convertidas em unidades SI.
Todas as unidades derivadas podem ser calculadas via equações dimensionais do Quadro 2.4, com base nessas
três unidades fundamentais. Por exemplo, a unidade de densidade pode ser expressa como lb/ft3, e a unidade de
aceleração como ft/s². A unidade de força no sistema inglês é a libra-força (lbf) e é a força necessária para acelerar a
massa de 1 (uma) libra à razão de 1 ft/s². A unidade de trabalho ou energia é, portanto, ft.lbf (ft.pdl).
Vários outros sistemas foram propostos e utilizados em várias partes do mundo. O MTS (metro-tonelada-
segundo), urna réplica do sistema CGS (centímetro-grama-segundo), foi especialmente concebido na França para
melhor se adequar às aplicações de engenharia. Sistemas gravitacionais definem como a segunda unidade
fundamental, o peso de uma massa, isto é, a força pela qual uma massa é atraída à Terra pela sua gravidade.
Diferentemente dos sistemas gravitacionais, os chamados sistemas absolutos, tomo o CGS e o SI, utilizam a medida
de massa como a segunda unidade fundamental, sendo o valor da massa independente da atração gravitacional.
O Quadro 2.5 mostra algumas conversões do sistema inglês, o qual ainda é bastante usado na Inglaterra e no
EUA, ao SI.

2.4 CONVERSÕES DE UNIDADES


Freqüentemente fazemos conversões de unidades de um sistema para outro. Ficou estabelecido que a expressão
de urna grandeza física depende da unidade de medida e de um número que expresse quantas vezes a unidade
comparece naquela grandeza. As equações dimensionais são bastante adequadas para o processo de conversão de
unidades. O método de conversão de unidades é ilustrado, a seguir, por vários exemplos com aumento gradativo de
complexidade.
EXEMPLO 2.1
A área do andar térreo de um prédio é de 5.000 m². Calcule esta área em ft².
SOLUÇÃO
Para converter 1 m² em 1 ft², buscamos no Quadro 2.5 a relação entre pés e centímetros. Obtemos:
1 ft = 30,48 cm = 0,3048 m. Assim, 1 ft = 0,3048 m. Portanto
A = 5.000 m² x ( 1 ft / 0,3048 m)² = 53,820 ft²
EXEMPLO 2.2
Uma densidade de fluxo no Sistema CGS é expressa como 20 maxwells/cm², Calcule a densidade de fluxo em
linhas/polegadas². (OBSERVAÇÃO 1 maxwell =1 linha.)
SOLUÇÃO
B = 20 maxwells / cm² x (2,54 cm / pol)² x 1 linha / 1 maxwell = 129 linhas/pol²

EXEMPLO 2.3
A velocidade da luz no vácuo é dada por 2,997925 x 108 m/s. Expresse a velocidade da luz em km/hora.
SOLUÇÃO
c = 2,997925 x 108 m/s x 1km/103 m x 3,6 x 103 s / 1h = 10,79 x 108 km/h
EXEMPLO 2.4
Expresse a densidade da água, 62,5 lb/ft3 em (a) lb/pol3; (b) g/cm3
SOLUÇÃO
(a) Densidade = 62,5 lb / ft3 x 1 ft / 12 pol = 3,62 X 10-2 lb/pol3
(b) Densidade = 3,62 X 10-2 lb/pol3 x 453,6 g / 1 lb x (1pol/2,54 cm) 3 = 1 g/cm3
EXEMPLO 2.5
A velocidade máxima permitida em uma rodovia é 60 km/hora. Calcule a velocidade em (a) milhas/hora; (b) ft/s.
SOLUÇÃO
(a) Vmax = (60 km/h) x (1 milha/1.61 km) = 37,3 milhas/hora
(b) Vmax = (37,3 mi/h) (5280 ft / 1mi x 1h / 3,6 x 103s) = 54,7 ft/s

Observações
Por motivos históricos, o nome da unidade SI de massa contém um prefixo; excepcionalmente e por convenção,
os múltiplos e submúltiplos dessa unidade são formados pela adjunção de outros prefixos SI à palavra grama e ao
símbolo g.
Os prefixos desta Tabela podem ser também empregados com unidades que não pertencem ao SI..Sobre os
símbolos de unidade que têm prefixo e expoente. As grafias fento e ato serão admitidas em obras sem caráter técnico.

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 26


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
UNIDADES GEOMÉTRICAS E MECÂNICAS

UNIDADES
grandezas nome símbolo definição

Comprimento metro m Comprimento igual a 1 650 763,73 comprimentos de onda, no vácuo,


de radiação correspondente a transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do
átomo de criptônio 86.
Área metro quadrado m2 Área de um quadrado cujo lado tem 1 metro de comprimento
Volume metro cúbico m3 Volume de um cubo cuja aresta 1 metro de comprimento
Ângulo plano radiano rad Ângulo central que subtende um arco de circulo de comprimento
igual ao do respectivo raio
Ângulo sólido esterradiano sr Ângulo sólido que, tendo vértice no centro de uma esfera, subtende
na superfície da mesma uma área igual ao quadrada do raio da esfera
Tempo segundo s Duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à
transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do
átomo de césio 133
Freqüência hertz Hz Freqüência de um fenômeno periódico cujo período é de 1 segundo
Velocidade metro por segundo m/s Velocidade de um móvel que, em movimento uniforme, percorre a
distância de 1 metro em 1 segundo
Velocidade angular radiano por segundo rad/s Velocidade angular de um móvel que, em movimento de rotação
uniforme, descreve 1 radiano em 1 segundo
Aceleração metro por segundo, por m/s2 Aceleração de um móvel que, em movimento retilíneo
segundo uniformemente variado, cuja velocidade varia de 1 metro por
segundo em 1 segundo
Aceleração angular radiano por segundo, rad/s2 Aceleração angular de um móvel em movimento de rotação
por segundo uniformemente variado, cuja velocidade angular varia de 1 radiano
por segundo em 1 segundo
Massa quilograma kg Massa de protótipo internacional do quilograma
Massa específica quilograma por metro kg/m3 Massa específica de um corpo homogêneo, em que um volume igual
cúbico a 1 metro cúbico contém massa igual a 1 quilograma
Vazão metro cúbico por m3/s Vazão de um fluido que, em regime permanente através de uma
segundo superfície determinada, escoa o volume de 1 metro cúbico do fluido
em 1 segundo
Fluxo de massa quilograma por segundo kg/s Fluxo de massa de um material de um material que, em regime
permanente através de uma superfície determinada, escoa a massa de
1 quilograma do material em 1 segundo
Momento de inércia quilograma-metro kg.m2 Momento de inércia, em relação a um eixo, de um ponto material de
quadrado massa igual a 1 quilograma, distante 1 metro do eixo
Momento linear quilograma-metro por kg.m2/s Momento angular, em relação a um eixo, de um corpo que gira em
segundo torno desse eixo com velocidade angular uniforme de 1 radiano por
segundo, e cujo momento de inércia, em relação ao mesmo eixo, é de
1 quilograma-metro quadrado
Quantidade de matéria mol mol Quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades
elementares quantos são os átomos contidos em 0,012 quilograma de
carbono 12

Força newton N Força que comunica a massa de 1 quilograma a aceleração de 1


metro por segundo, por segundo
Momento de uma força, newton-metro N.m Momento de uma força de 1 newton, em relação a um ponto distante
Torque 1 metro de sua linha de ação
Pressão pascal Pa Pressão exercida por uma força de 1 newton, uniformemente
distribuída sobre uma superfície plana de 1 metro quadrado de área,
perpendicular à direção da força
Viscosidade dinâmica pascoal- segundo Pa.s Viscosidade dinâmica de um fluido que se escoa de forma tal que sua
velocidade varia de 1 metro por segundo, por metro de afastamento
na direção perpendicular ao plano de deslizamento, quando a tensão
tangencial ao longo desse plano é constante e igual a 1 pascal
Trabalho, Energia, joule J Trabalho realizado por uma força constante de 1 newton, que desloca
Quantidade de calor seu ponto de aplicação de 1 metro na sua direção
Potência, Fluxo de watt W Potência desenvolvida quando se realiza, de maneira contínua e
energia uniforme, o trabalho de 1 jougle em 1 segundo
Densidade de fluxo de watt por metro quadrado W/m2 Densidade de um fluxo de energia uniforme de 1 watt, através de
energia uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à
direção de propagação da energia
UNIDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS

Para as unidades elétricas e magnéticas, o SI é um sistema de unidades racionalizado, para o qual foi definido
o valor da constante magnética µ = 4 ¶ x 10-7 henry por metro
Corrente elétrica ampère A Corrente elétrica invariável que, mantida em dois condutores retilíneos,
paralelos, de comprimento infinito e de área de seção transversal
desprezível e situados no vácuo a 1 metro do outro, produz entre esses

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 27


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
condutores uma força igual a 2 x 10-7 newton, por metro de comprimento
desses condutores
Carga elétrica coulomb C Carga elétrica que atravessa em 1 segundo uma seção transversal de um
(quantidade de condutor percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère
eletricidade)
Tensão elétrica, volt V Tensão elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito, que
Diferença de potencial, dissipa a potência de 1 watt quando percorrido por uma corrente invariável
força eletromotriz de 1 ampère
Gradiente de potencial, volt por metro V/m Gradiente de potencial uniforme que se verifica em um meio homogêneo
Intensidade de campo e isótropo, quando é de 1 volt a diferença de potencial entre dois planos
elétrico equipotenciais situados a 1 metro de distância um do outro
Resistência elétrica ohm Ω Resistência elétrica de um elemento passivo de circuito que é percorrido
por uma corrente invariável de 1 ampère, quando uma tensão elétrica
constante de 1 volt é aplicada aos seus terminais
Resistividade ohm-metro Ω.m Resistividade de um material homogêneo e isótropo, do qual um cubo com
1 metro de aresta apresenta uma resistência elétrica de 1 ohm entre faces
opostas
Condutância siemens S Condutância de um elemento passivo de circuito cuja resistência elétrica
é de 1 ohm
Condutividade siemens por metro S/m Condutividade de um material homogêneo e isótropo cuja resistividade é
de 1 ohm-metro
Capacitância farad F Capacitância de um elemento passivo de circuito entre cujos terminais a
tensão elétrica varia uniformemente a razão de 1 volt por segundo, quando
percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère
Indutância henry H Indutância de um elemento passivo de circuito, entre cujos terminais se
induz uma tensão constante de 1 volt, quando percorrido por uma corrente
que varia uniformemente à razão de 1 ampère por segundo
Potência aparente volt-ampère VA Potência aparente de um circuito percorrido por uma corrente alternada
senoidal com valor eficaz de 1 ampère, sob uma tensão elétrica com valor
eficaz de 1 volt
Potência reativa volt ampere reativo var Potência reativa de um circuito percorrido por uma corrente alternada
senoidal com valor eficaz de 1 ampère, sob uma tensão elétrica com valor
eficaz de 1 volt, defasada de ¶/2 radianos em relação à corrente
Indução magnética tesla T Indução magnética uniforme que produz uma força constante de 1 newton
por metro de um condutor retilíneo situado no vácuo e percorrido por uma
corrente invariável de 1 ampère sendo perpendiculares entre si as direções
da indução magnética, da força e da corrente
Fluxo magnético weber Wb Fluxo mag. uniforme através de uma superfície plana de área igual a 1m2,
perpendicular à direção de uma indução magnética
Intensidade de campo ampère por metro A/m Intensidade de um campo magnético uniforme, criado por uma corrente
magnético invariável de 1 ampère, que percorre um condutor retilíneo, de
comprimento infinito e de área de seção transversal desprezível, em
qualquer ponto de uma superfície cilíndrica de diretriz circular com 1
metro de circunferência e que tem como eixo o referido condutor
Relutância ampère por weber A/Wb Relutância de um elemento de circuito magnético, no qual uma força
magnetomotriz invariável de 1 ampère produz um fluxo magnético
uniforme de 1 weber

UNIDADES TÉRMICAS
Temperatura kelvin K Fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água
termodinâmica
Temperatura Celsius grau celsius °C Intervalo de temperatura unitário igual a 1 Kelvin, numa escala de
temperaturas em que o ponto 0 coincide com 273,15 Kelvins
Gradiente de kelvin por metro K/m Gradiente de temperatura uniforme que se verifica em um meio
temperatura homogêneo e isótropo, quando é de 1 Kelvin a diferença de temperatura
entre dois planos isotérmicos situados à distância de 1 metro um do outro
Capacidade térmica joule por kelvin J/K Capacidade térmica de um sistema homogêneo e isótropo, cuja
temperatura aumenta de 1 Kelvin quando se lhe adiciona 1 jougle de
quantidade de calor
Calor específico joule por quilograma e J/ (kg.K) Calor específico de uma substância cuja temperatura aumenta de 1Kelvin
por kelvin quando se lhe adiciona 1 joule de quantidade de calor por quilograma de
sua massa
dr
Condutividade térmica watt por metro e por W/ Condutividade térmica de um material homogêneo e isótropo, no qual se
kelvin (m.K) verifica um gradiente de temperatura uniforme de 1 Kelvin por metro,
quando existe um fluxo de calor constante com densidade de 1 watt por
metro quadrado
UNIDADES ÓPTICAS

Intensidade luminosa candela cd Intensidade luminosa, na direção perpendicular, de uma superfície plana
de 1/600 00 metro quadrado de área, de um corpo negro à temperatura
de solidificação platina, sob pressão de 101 325 pascals

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 28


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Fluxo luminoso lúmen Lm Fluxo luminoso eminido por uma fonte puntiforme e invariável de 1
candela, de mesmo valor em todas as direções, no interior de um ângulo
sólido de 1 esterradiano
Iluminamento lux lx Iluminamento de uma superfície plana de 1 metro quadrado de área,
sobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de 1 lúmen,
uniformemente distribuído
Luminância candela por metro Cd/m2 Luminância de uma fonte com 1 metro quadrado de área com
quadrado intensidade luminosa de 1 candela
Exitância luminosa lúmen por metro Lm/m2 Exitância luminosa de uma superfície plana de 1 metro quadrado de área,
quadrado que emite uniformemente um fluxo luminoso de 1 lúmen
Exposição luminosa, lux segundo lx.s Exposição (Excitação) luminosa de uma superfície com iluminamento de
Excitação luminosa 1 lux, durante 1 segundo
Eficiência luminosa lúmen por watt Lm/W Eficiência luminosa de uma fonte que consome 1 watt para cada lúmen
emitido
Número de onda 1 por metro m-1 Número de onda de uma radiação monocromática cujo comprimento de
onda é igual a 1 metro
Intensidade energética watt por esterradiano W/sr Intensidade energética, de mesmo valor em todas as direções, de uma
fonte que emite um fluxo de energia uniforme de 1 watt, no interior de
um ângulo sólido de 1 esterradiano
Luminância energética watt por esterradiano e W/(sr.m2) Luminância energética, em uma direção determinada, de uma fonte
por metro quadrado superficial energética igual a 1 watt por esterradiano, por metro quadrado
de sua área projetada sobre um plano perpendicular à direção considerada
Convergência dioptria di Convergência de um sistema óptico com distância focal de 1 metro, no
meio considerado

UNIDADES DE RADIOATIVIDADE

Atividade becquerel Bq Atividade de um material radiativo no qual se produz uma desintegração


nuclear por segundo
Exposição coulomb por C/kg Exposição a uma radiação X ou gama, tal que a carga total dos íons de
quilograma mesmo sinal produzidos em 1 quilograma de ar, quando todos os elétrons
liberados por fótons são completamente detidos no ar, é de 1 coulomb em
valor absoluto
Dose absorvida gray Gy Dose de radiação ionizante absorvida uniformemente por uma porção de
matéria, à razão de 1 jougle por quilograma de sua massa

TABELA II - OUTRAS UNIDADES ACEITAS PARA USO COM O SI, SEM RESTRIÇÃO DE PRAZO

São implicitamente incluídas nesta Tabela outras unidades de comprimento e de tempo estabelecidas pela
Astronomia para seu próprio campo de aplicação, e as outras unidades de tempo usuais do calendário civil.
UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição Vl em unidades SI
unidade UA Distância média da Terra ao Sol 149 600 x 106m
Comprimento astronômica
parsec pc Comprimento do raio de um círculo 3,0857 x 1016m (aproximado)
no qual o ângulo central de 1
segundo subtende uma corda igual a
1 unidade gastronômica
Volume litro l Volume igual a 1 decímetro cúbico 0,001m3
grau o Ângulo plano igual à fração 1/360 do ¶ / 180 rad
Ângulo plano ângulo central de um círculo
completo
minuto ‘ Ângulo plano igual à fração 1/60 de 1 ¶ / 10 800 rad
grau
segundo “ Ângulo plano igual à fração 1/60 de 1 ¶ /648 000 rad
minuto
Intervalo de oitava Intervalo de duas freqüências cuja
freqüência relação é igual a 2
unidade u Massa igual à fração 1/12 da massa de 1,660 57 x 10-27 Kg
massa (unificada) de um átomo de carbono 12 (aproximadamente)
massa atômica
tonelada t Massa igual a 1 000 quilogramas
minuto min Intervalo de tempo igual a 60 60 s
Tempo segundos
hora h Intervalo de tempo igual a 60 minutos 3 600 s
dia d Intervalo de tempo igual a 24 horas 86 400 s

rotação por minuto rpm Velocidade angular de um móvel que,


Velocidade de em movimento de rotação uniforme a
angular partir de uma posição inicial, retoma ¶ / 30 rad / s
a mesma posição após 1 minuto

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 29


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Energia elétronvolt eV Energia adquirida por um elétron ao 1,602 19 x 10-19 J
atravessar, no vácuo, uma diferença (aproximadamente)
de potência igual a 1 volt
Nível de potência decibel dB Divisão de uma escala logarítmica
cujos valores são 10 vezes o
logaritmo decimal da relação entre o
valor de potência considerado, e um
valor de potência especificado,
tomado como referência e expresso
na mesma unidade
Decremento neper Np Divisão de uma escala logarítmica N = logeV1/V2 Np ou
logarítmico cujos valores são os logaritmos N = logeI1/I2 /Np
neperianos da relação entre dois
valores de tensões elétricas, ou entre
dois valores de correntes elétricas
TABELA III - OUTRAS UNIDADES FORA DO SI ADMITIDAS TEMPORARIAMENTE

Nome da Unidade Símbolo Valor em Unidades SI

angstrom Å 10-10 m
atmosfera atm 101 325 Pa
bar bar 105 Pa
barn b 10-28 m2
*caloria cal 4,1868 J
*cavalo-vapor cv 735,5 W
curie Ci 3,7 x 1010 Bq
gal Gal 0,01 m/s2
*gauss Gs 10-4 T
hectare Há 104 m2
*quilograma-força kgf 9,806 65 N
*milímetro de mercúrio mmHg 133,322 Pa
milha marítma 1 852 m
nó (1852/3600) m/s
*quilate 2 x 10-4 kg
rad rd 0,01 Gy
roentgen R 2,58 x 10-4 C/kg

* a evitar e a substituir pela unidade SI correspondente.

Gas Constants:
8.314 m3 Pa/mol K
10.73 ft3 psia/lb-mole °R 0.08314 L bar/mol K 0.08206 L atm/mol K 0.7302 ft3
atm/lb-mole °R
Physical Properties of Air at Room T and P:
average molecular weight = 29 density: 1.19 kg/m3, 0.0749 lbm/ft3
viscosity: 0.019 cP, 1.9·10-5 kg/m s, 1.3·10-5 lbm/ft skinematic viscosity: 1.6·10-5 m2/s, 1.7·10-4 ft2/s
Physical Properties of Water at Room T and P:
density: 1000 kg/m3, 62.4 lbm/ft3
viscosity: 1.0 cP, 1.0·10-3 kg/m s, 6.7·10-4 lbm/ft skinematic viscosity: 1.0·10-6 m2/s, 1.1·10-5 ft2/s
Geometry:
Area of a circle = (u/4)d2 Area of a sphere = ud2 Volume of a sphere = (u/6)d3
Area of a cylinder = (u/4)d2+udL
Volume of a cylinder = (u/4)d2L

Conversion Factor, gc:


gc = 32.2 (lbm ft/s2)/lbf = 1 (kg m/s2)/N
Mass:
1 kg = 1000 g = 10-2 metric ton = 2.20 lbm = 35.3 oz1 lbm = 16 oz = 5·10-4 ton = 454 g = 0.454 kg

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 30


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Length:
1 m = 100 cm = 1000 mm = 1·106 µm = 1·1010 Å =
39.37 in = 3.2808 ft = 1.0936 yd = 0.0006214 mile
1 ft = 12 in = 1/3 yd = 0.3048 m = 30.48 cm

Area:
1 acre = 4.36·104 ft2 = 6.27·106 in2 = 4.05·103 m2 =
4.05·107 cm2 = 1.56·10-3 mile2 = 4.84·103 yard2

Volume:
1 m3 = 1000 L = 1·106 cm3 = 1·106 mL = 35.3145 ft3
= 220.83 imperial gal = 264.17 gal = 1056.68 qt1 ft3 = 1728 in3 = 7.4805 gal = 0.028317 m3 =
28.317 L = 28,317 cm3

Velocity:
1 ft/s = 0.3048 m/s = 0.6818 mph
1 mph = 1.467 ft/s = 0.4470 m/s

Volumetric flow rate:


1 ft3/s = 448.9 gal/min = 0.0283 m3/s = 1.698m3/min = 101.9 m3/h
1 gal/min = 2.23·10-3 ft3/s = 6.31·10-5 m3/s =
0.2272 m3/h
1 m3/h = 4.402 gal/min = 9.82·10-3 ft3/s

Force:
1 N = 1 kg m/s2 = 1·105 dynes = 1·105 g cm/s2 =0.22481 lbf
1lbf = 32.174 lbm ft/s2 = 4.4482 N = 4.4482·105
dynes

Pressure:
1 atm = 1.01·105 N/m2 (Pa) = 101 kPa = 1.01 bars
= 1.01·106 dynes/cm2 = 10.33 m H2O at 4°C
= 14.696 lbf/in2 (psi) = 760 mm Hg at 0°C (torr)
= 33.9 ft H2O at 4°C = 29.921 in Hg at 0°C

Energy:
1 J = 1 N m = 1·107 ergs = 1·107 dyne cm = 2.778·10-7 kW h = 0.23901 cal = 0.7376 ft-lbf =
9.486·10-4 Btu
Power:
1 W = 1 J/s = 0.23901 cal/s = 0.7376 ft lbf/s =0.00134 hp (horse power)
Viscosity:
1 P = 1 g/cm s = 100 cP = 0.10 kg/m s = 0.10 Pa s1 kg/m s = 1 Pa s = 10 P = 1000 cP
1 cP = 6.71·10-4 lbm/ft s = 0.001 kg/m s1 lbm/ft s = (1/32.2) lbf s/ft2
Permeability:
1 darcy = 1 cm2 cP/s atm = 0.986·10-8 cm2 =
1.06·10-11 ft2

Temperature:
0°C = 273.2 K
0°F = 460 R

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 31


CURSO ENGENHARIA DE AUTOMAÇÃO E CONTROLE
Lista de exercícios Nº. 2 – Unidades Fundamentais e Unidades derivadas

1- Monte uma tabela com as principais Unidades e símbolos do Sistema internacional de


unidades.

2- Monte uma tabela com as principais Unidades e símbolos do Sistema Inglês.

3- Descreva o maior número de unidades de pressão.

4- Descreva o maior número de unidades de vazão.

5- Descreva o maior número de unidades de nível.

6- Descreva o maior número de unidades de Temperatura.

7- Descreva o maior número de unidades elétricas e magnéticas.

8- Descreva o maior número de unidades mecânicas.

9- Quantas polegadas valem 1 pé.

10- Qual o seu peso no sistema inglês.

11- Qual a temperatura atual no sistema inglês.

12- Qual a sua altura no sistema inglês.

13- A área do andar térreo de um prédio é de 7.600 ft². Calcule esta área em m².

14- A velocidade da luz no vácuo é dada por 2,997925 x 108 m/s. Expresse a velocidade da luz
em ft/mim.

15- Expresse a densidade de um líquido com, 76,5 lb/ft3 em (a) lb/pol3; (b) g/cm3.

16- A velocidade máxima permitida em uma rodovia é 72 km/hora. Calcule a velocidade em (a)
metros/segundo; (b) ft/s.

Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA E INDUSTRIAL 32

Você também pode gostar