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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

TRT14 2022
PROFESSOR ROBNEI STEFANES @robnei
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA TRT14 2022 – PROF. ROBNEI STEFANES

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990


REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS

11. REGIME DISCIPLINAR


11.1. DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO - obrigações e condutas que devem ser adotadas pelo servidor:
• Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
• Ser leal às instituições que servir;
• Observar as normas legais e regulamentos;
• Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestadamente ilegais;
• Atender com presteza:
o Ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
o À expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
o Às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
• Levas as irregularidades de que der ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou,
quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para
apuração;
• Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
• Guardar sigilo sobre assunto da repartição;
• Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
• Ser assíduo e pontual ao serviço;
• Tratar com urbanidade as pessoas;
• Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder → será encaminhada pela via hierárquica e
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla
defesa.

11.2. PROIBIÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO - condutas vedadas ao servidor público + penalidades aplicáveis:
► ADVERTÊNCIA:
1. Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
2. Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
3. Recusar fé a documentos públicos;
4. Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
5. Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
6. Cometer a pessoas estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja
de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
7. Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido
político;
8. Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
SEGUNDO GRAU civil;
9. Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
► SUSPENSÃO ou DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO:
10. Reincidência do cometimento de infrações disciplinares passíveis de advertência;
11. Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias;
12. Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de
trabalho;
13. Recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos
da penalidade uma vez cumprida a determinação;
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► DEMISSÃO ou DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO:


14. Participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
15. Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
16. Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
17. Praticar usura sob qualquer de suas formas (busca exagerada pelo poder);
18. Proceder de forma desidiosa (desleixo, evitar esforços);
19. Utilizar pessoal ou recursos materiais de repartição em serviços ou atividades particulares;
20. Abandono de cargo (ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos);
21. Inassiduidade habitual (falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias, interpoladamente, durante o período
de 12 meses);
22. Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
23. Insubordinação grave em serviço;
24. Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
25. Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
26. Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
ATENÇÃO!!!
A vedação da participação do servidor público federal em gerência ou administração de sociedade privada, NÃO SE
APLICA AOS SEGUINTES CASOS:
1. Participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha,
direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar
serviços a seus membros;
2. Gozo de licença para o trato de interesses particulares, observado o conflito de interesses.
► DEMISSÃO ou DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO + INCOMPATIBILIDADE PARA NOVA INVESTIDURA EM
CARGO FEDERAL POR 5 ANOS:
27. Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
28. Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o SEGUNDO GRAU, e de cônjuge ou companheiro;
► DEMISSÃO ou DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO + VEDADO O RETORNO AO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL:
29. Corrupção;
30. Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
31. Improbidade administrativa;
32. Crime contra a administração pública;
CoLICA
33. Aplicação irregular de dinheiros públicos.
ATENÇÃO!!!
Além da demissão ou da destituição do cargo em comissão, implicará a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário:
• Corrupção;
• Lesão aos cofres púbicos e dilapidação do patrimônio nacional;
• Improbidade administrativa;
• Crime contra a administração pública (não se enquadra);
• Aplicação irregular de dinheiros públicos.

11.3. ACUMULAÇÃO
• Vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, ressalvados os casos previstos na Constituição.
o Vedação existe quando os cargos forem remunerados;
o Exceção existe apenas para acumulação de dois cargos, comprovada a compatibilidade de horário.
- APLICA-SE A PROIBIÇÃO DE ACUMULAÇÃO:
• Para cargos, empregos e funções públicas;
• Em autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista;
• Na União, no Distrito Federal, nos Estados, nos Territórios e nos Municípios.
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- ACUMULAÇÃO LÍCITA - obrigatória a comprovação da compatibilidade de horários:


a) 2 cargos de professor;
b) 1 cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico;
c) 2 cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde (com profissões regulamentadas);
ATENÇÃO!!!
Servidor que acumular licitamente 2 cargos efetivos, quando investido em cargo em comissão, ficará afastado de ambos
os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles,
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidas.
d) Acumulação para os vereadores:
o Desde que compatível os horários; Se não for, optar por uma das remunerações.
e) Juiz ou Membro do Ministério Público + 1 cargo de magistério;
f) Aposentado:
o Cargo eletivo;
o Cargo em comissão;
o Cargo acumulável (se estivesse em atividade);
o Outra aposentadoria (proventos decorram de aposentadoria de cargo acumulável em atividade).
ATENÇÃO!!!
Acumulação ilegal de dois cargos públicos → Autoridade competente notificará o servidor, que num prazo de 10 DIAS,
IMPRORROGÁVEIS, deverá fazer a opção por um dos dois cargos.
- REGRAS ESPECIAIS:
1. VEDADO mais de um cargo de comissão, SALVO se um deles for na condição de interino/substituto;
o Acúmulo de 2 cargos em comissão:
▪ Deverá ter caráter de interinidade em relação ao segundo cargo;
▪ Deverá optar pela remuneração de um deles.
o Acúmulo de 2 cargos efetivos + 1 cargo em comissão:
▪ Regra: afastamento de ambos os cargos efetivos;
▪ Exceção: acumulação com apenas um cargo efetivo, comprovada a compatibilidade de horário.
2. VEDADO acumular remuneração pela participação em órgão de deliberação coletiva, SALVO Conselho Fiscal de
Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista que a União detenha participação no capital social;
3. 2 cargos efetivos + 1 em comissão:
o Servidor fica afastado dos 02 cargos efetivos, SALVO se um deles for compatível o horário.

11.4. PENALIDADES DISCIPLINARES


• São penalidades disciplinares:
o Advertência; ATENÇÃO!!!
o Suspensão; - Garantido o direito do CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA;
o Demissão; - Não se pode criar outra penalidade.
o Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
o Destituição de cargo em comissão;
o Destituição de função comissionada.
• Na aplicação das penalidades serão consideradas:
o Natureza e gravidade da infração cometida;
o Danos para o serviço público;
o Circunstâncias agravantes e atenuantes;
o Antecedentes funcionais.
• Ato de imposição da penalidade mencionará o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
ATENÇÃO!!!
DEMISSÃO = forma de vacância, que representa uma punição;
EXONERAÇÃO = forma de vacância, não é punição.
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a) ADVERTÊNCIA
• Aplicada por escrito a servidor efetivo ou em comissão;
• Punição de natureza leve, aplicada aos casos em que não justifique penalidade mais grave;
• Aplicada pela autoridade competente (chefe da repartição ou autoridade prevista no regulamento);
• Ficará no banco de dados do servidor (cancelada após 3 anos de efetivo exercício, se o servidor não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar).
o Cancelamento da penalidade não terá efeitos retroativos.
b) SUSPENSÃO
• Aplicada na reincidência dos casos nos quais foi aplicada a advertência e violações que não justifiquem
demissão, configurada como punição de natureza média;
• Suspensão de no máximo 90 dias e não fará jus à remuneração;
• Aplicada, apenas para servidor efetivo, pela autoridade competente:
o Até 30 dias: chefe de repartição ou autoridade prevista no regulamento;
o Mais de 30 dias: autoridade de hierarquia imediatamente inferior à que aplica a demissão.
• Suspensão poderá ser convertida em multa (50% por dia de vencimento ou remuneração):
o Conversão pode ocorrer quando houver conveniência para o serviço (ato discricionário);
o Servidor fica obrigado a permanecer no serviço;
o Multa não é um dos tipos de penalidades (somente ocorrerá na conversão da suspensão).
• Tempo de suspensão não será computado como tempo de serviço;
• Ficará no banco de dados do servidor (cancelada após 5 anos de efetivo exercício, se o servidor não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar).
o Cancelamento da penalidade não terá efeitos retroativos.
ATENÇÃO!!!
Suspensão de ATÉ 15 dias: servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada
por autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
c) DEMISSÃO
• Servidor perde o vínculo com a Administração Pública, decorrente da punição de natureza grave;
• Aplicada ao servidor efetivo, após regular processo administrativo disciplinar;
• Aplicada pela autoridade competente:
o Presidente da República;
▪ STF: pode delegar aos Ministros.
o Presidentes das Casas Legislativas;
o Presidentes dos Tribunais Federais;
o Procurador-Geral da República.
• NÃO será cancelada do banco de dados;
• Em conjunto com a demissão poderá ser aplicado, sem prejuízo da ação penal:
o Incompatibilidade de retorno ao serviço público federal por 5 anos;
o Vedado o retorno ao serviço público federal;
o Indisponibilidade dos bens;
o Ressarcimento ao erário.
• Demissão é ato vinculado quando a conduta se enquadrar nos casos previstos em lei.
d) CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE
• Pena aplicada ao:
o Inativo, se tiver cometido, quando estava em atividade, falta punível com a demissão.
e) DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO
• Pena aplicada a:
o Não ocupantes de cargo efetivo;
o Situações de suspensão e de demissão.
• Se o servidor tiver sido exonerado e, posteriormente, constatada a hipótese desta penalidade:
o A exoneração será convertida em destituição de cargo em comissão.
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• Aplicação também aos casos específicos de demissão, sem prejuízo da ação penal:
o Incompatibilidade de retorno ao serviço público federal por 5 anos;
o Vedado o retorno ao serviço público federal;
o Indisponibilidade dos bens;
o Ressarcimento ao erário.
ATENÇÃO!!!
Não são penalidades:
• Multa - aplicada apenas quando for convertida a penalidade de suspensão;
• Afastamento Preliminar - medida cautelar que afasta o servidor, pelo prazo de 60 dias - prorrogável uma única
vez, para que ele não influencie na apuração das irregularidades.

11.5. COMPETÊNCIA PARA APLICAR PENALIDADES


PENALIDADES AUTORIDADES COMPETENTES
- Presidente da República (pode delegar aos Ministros);
Demissão
- Presidentes das Casas do Poder Legislativo;
Cassação de aposentadoria ou
- Presidentes dos Tribunais Federais;
disponibilidade
- Procurador-Geral da República.
Suspensão superior a 30 dias - Autoridades de hierarquia imediatamente inferior às da demissão.
Advertência - Chefe da repartição;
Suspensão até 30 dias - Outras autoridades previstas em regulamento.
Destituição de cargo em comissão - Autoridade que nomeou o servidor.

11.6. PRESCRIÇÃO
• Poder público perde a sua capacidade de punir, após transcorrido o prazo previsto em lei;
• A ação disciplinar prescreverá em:
INFRAÇÕES PUNÍVEIS (com:) PRAZO PRESCRICIONAL
Demissão
Cassação de aposentadoria ou disponibilidade 5 anos
Destituição de cargo em comissão
Suspensão 2 anos
Advertência 180 dias
Infrações tipificadas como crime ou contravenção Prazo da lei penal
• O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido;
o Trata-se do conhecimento do fato, e não da ocorrência dele.
• Interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente:
o Abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar;
o Não é suspensão do prazo;
o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a contar:
▪ Do zero; e
▪ A partir do dia em que cessar a interrupção.
o STJ e STF: os prazos prescricionais:
▪ Interrompem-se com o primeiro ato de instauração válido;
▪ Voltam a fluir por inteiro, após decorrido 140 dias desde a interrupção (ou seja, após 140 dias,
se não houver sido concluída a apuração, será retomada a contagem da prescrição, ainda que
esteja em curso).
ATENÇÃO!!!
Lei nº 8.112/90: Uma vez extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato
nos assentamentos funcionais do servidor (art. 170).
STF: Trata-se de disposição inconstitucional, uma vez que extinta a punibilidade por prescrição, não há espaço para
imposição de punição administrativo-disciplinar. Entende-se que a anotação da ocorrência violaria o princípio da
presunção da inocência.
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- CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR OS PRAZOS:


Penalidade Cancelamento dos registros Prazo prescricional
Advertência 3 anos 180 dias
Suspensão 5 anos 2 anos
Demissão Nunca 5 anos

11.7. RESPONSABILIDADES
• Pode o servidor, por falta disciplinar, responder nas esferas CIVIL, PENAL e ADMINISTRATIVA;
• Sanções penais, civis e administrativas são independentes, mas podem ser acumuladas.
o Decorre do princípio da independência das instâncias, que carrega exceções.
a) RESPONSABILIDADE CIVIL
• Trata-se da ocorrência de dano e do seu respectivo ressarcimento;
• Prática de:
o Ato omissivo ou comissivo;
o Doloso ou culposo;
o Resulte prejuízo ao erário ou a terceiros (prejuízo material).
• Responsabilidade civil do:
o Agente público - é do tipo subjetiva (deverá ser provado que houve culpa ou dolo do servidor);
o Estado - é tipo objetiva (responderá pelos danos dos seus agentes independente de dolo ou culpa).
• Servidor causa dano à Administração: servidor é responsabilizado diretamente por ela;
• Servidor causa dano a terceiros: Administração ressarcirá o dano causado pelo servidor, e o servidor responderá
perante a Fazenda Pública, por meio da ação de regresso.
ATENÇÃO!!!
O Estado poderá impetrar Ação de Regresso, que é imprescritível.
• Indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário:
o Servidor deverá devolver os valores causados pelo dano, inclusive com bens;
o Na falta de bens que assegurem a execução do débito pela via judicial, somente será liquidada no prazo
máximo de 30 dias, podendo ser parcelado, a pedido do interessado.
• A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
herança recebida.
b) RESPONSABILIDADE PENAL
• Trata-se da aplicação das sanções penais;
• Prática de infrações funcionais que ao mesmo tempo são crimes ou contravenções;
• Responde o servidor que cometer crime ou contravenção nessa qualidade.
c) RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
• Trata-se da prática de ilícitos administrativos;
• Prática de infrações funcionais previstas em leis administrativas;
• Responsabilidade civil-administrativa resulta de:
o Ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.
• A administração é que apurará as irregularidades cometidas por seus servidores (na esfera administrativa).
o São 2 as formas de verificação da responsabilidade administrativa:
▪ Sindicância; e
▪ Processo Administrativo Disciplinar.
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ATENÇÃO!!!
As decisões na esfera penal possuem uma força maior (por ser mais ampla e detalhada)!
• Sentença penal reconhece o crime → a Administração estará vinculada às conclusões;
o Administração deve levar em conta a decisão penal.
• Sentença de ABSOLVIÇÃO reconhecendo a inocência (não é o autor) ou que o fato não existiu → afastado o
julgamento nas outras esferas;
o Administração deve afastar as apurações/decisões nas outras esferas.
• Sentença de ABSOLVIÇÃO por falta de provas → não vincula/não influencia a decisão administrativa.
o Administração pode continuar com as suas apurações, inclusive imputando a punição que for julgada
adequada.
STF: Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do
servidor público.
Lei nº 8.112/90: Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração
de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência
do exercício de cargo, emprego ou função pública.

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