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Orientadora: Maureen
BANCA EXAMINADORA
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Prof Prof
Orientador
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Prof Prof
Dedico esse artigo ao meu pai, pelos
referenciais de dedicação e
perseverança, e à minha namorada Ana
Carolina que foi fonte de inspiração e
também de paciência durante o
decorrer desse processo.
RESUMO
The present study intends to concept through time, starting from an historical-
dialectical perspective, the emergence of phrenology and lombrosianism areas, as
well as its definitions and contributions on reinforcing the instrumentalization of the
punitive criminal system as an hegemonic tool of class domination, and establish a
correlation between the several attempts to legitimate the “born criminal”, postulated
by Lombroso and other mechanisms of identification and anticipation of the criminal
behavior in a bio-pathological way used in the present days. In this initial formulation,
it is grounded the central hypothesis of this thesis: a critical analysis, to these current
of thoughts and its capitalist bias, its impacts on the way we understand and perceive
“crime” and “criminals'' fundamented on radical criminology, on sociology and in
some of its authors.
1 – INTRODUÇÃO.
2 – Conceituação acerca dos objetos de estudo e seus respectivos períodos
históricos
3 - A Criminologia Moderna de Lombroso e as Políticas de Combate ao Crime
4 – Freud, neolombrosianismo e a ressignificação da criminologia através da
psicanálise
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O sistema penal virá a ser um desses vários institutos criados com o propósito
de manutenção do individual e do coletivo, em um fenômeno sociológico descrito por
Foucault como “o grande internamento”. A criação destes referidos institutos é a
concretização material da necessidade de controle estatal. Obtemos a partir disto o
entendimento da razão e da finalidade pela qual a criminologia se origina e como se
entrelaça com as instituições carcerárias, como forma de legitimar esse grande
internamento, justificá-lo e solidificá-lo como estrutura ideal, antes de torná-lo
estrutura sensível. Analisa Quinney (1980, p. 236-246)
1 A frenologia é esta doutrina segundo a qual cada faculdade mental (totalizando 27) se localiza em uma parte
do córtex cerebral e o tamanho de cada parte é diretamente proporcional ao desenvolvimento da faculdade
correspondente, sendo este tamanho indicado pela configuração externa do crânio;
como objeto de estudo o “espírito” localizado no cérebro. Em seu afã de observar,
medir e comparar crânios, eles buscavam localizar as funções físicas no cérebro,
[...]” Se inicialmente as áreas neurocientíficas e criminológicas eram essencialmente
distintas quanto aos objetos de estudo, progressivamente vão associando-se, como
citado por Malaguti (2011, p. 43, grifo da autora)
2 Informação fornecida por Thiago Fabres de Carvalho durante o TEDx Pedra do Penedo, Pedra do Penedo,
2015
que vai unir simbolicamente a culpa com o castigo. (MALAGUTI, 2011, p.
31, grifo nosso) “
[...] fazem com que acreditemos – e esta é uma ilusão sinistra – que, para
nos resguardar das ‘empreitadas criminosas’, é necessário – e suficiente! –
colocar atrás das grades dezenas de milhares de pessoas. E nos falam
muito pouco dos homens enclausurados em nosso nome.
Tem-se uma clara antítese, uma ruptura, como define a autora, entre o já
estabelecido modo de pensar positivista de desvencilhar do criminoso o aspecto
humano, e a nova abordagem que engendra o saber psicanalítico a uma
criminologia que a passos lentos encaminha-se para vias mais críticas de se
exercerem políticas criminais. “O certo é que, na história do pensamento
criminológico, a psicanálise contrapôs o fenômeno do crime à sua reação social e
propôs uma interpretação no lugar da etiologia: produziu, então, deslocamentos de
método e de objeto.” (Malaguti, 2011, p. 57)
3 Nesse momento, aos medos da Revolução Francesa somavam-se os medos da Revolução Soviética que
colocava a “multidão” no centro do poder, agora como classe. [...]
Esta é a pavimentação de todo um caminho que doravante será trilhado pela
Sociologia na Criminologia, e posterior a ela, a Criminologia Crítica. Diz-se
pavimentação, pois Freud, advento de um complexo cenário eurocêntrico, possuía
ainda em suas obras uma forte tendência a “traços etiológicos e deterministas, como
a ideia de uma memória filogenética do delito natural, com elementos do racismo
colonizador” (Malaguti, 2011, p. 57). No entanto, como cita a autora:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
LIVROS:
CASTRO, Lola Aniyar de. Criminologia da Reação Social. Rio de Janeiro: Forense,
1983.