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ADVOGADO
OAB/PR
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EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMÉRITOS JULGADORES
RAZÕES DE RECURSO
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No entanto, o imóvel em discussão deve ser considerado bem de família, pois
embora a recorrente não seja a atual moradora, esta emprestou a residência para os
seus sogros, sendo inevitável que se estenda a proteção do bem de família ao
referido imóvel, como também bem é o único bem de propriedade da recorrente.
Inconformada com a r. decisão, a recorrente vem perante este Egrégio
Superior Tribunal de Justiça interpor Recurso Especial, a fim de que seja reconhecida
a divergência de interpretação de lei federal, aplicando-se a impenhorabilidade do
imóvel residencial.
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O Acórdão recorrido merece ser reformado, uma vez que contraria a
interpretação de dispositivo de lei federal, na medida em que julgou procedente a
penhora do imóvel residencial de propriedade da recorrente.
Vale ressaltar que, a recorrente emprestou seu imóvel aos seus sogros, sendo
que a mesma reside em outro imóvel mediante pagamento de aluguel. Além disso, o
único imóvel que a recorrente detém propriedade, é justamente o imóvel objeto da
presente discussão, logo, deve ser reconhecida sua impenhorabilidade uma vez que
se enquadra como bem de família.
O art. 5º da Lei 8.009/90 estabelece:
“Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei,
considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade
familiar para moradia permanente”.
Desta maneira, deve ser reconhecida a impenhorabilidade do imóvel
residencial, por se tratar de bem de família assegurado por lei federal.
ADVOGADO
OAB/PR