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MENTORIA AULA 7 – ATIPICIDADE FORMAL PROF.

PATRICIA
VANZOLINI:
A tipicidade pode ser material ou formal. Quanto a tipicidade material é
preciso verificar se não incide o princípio da insignificância ou adequação
social, quanto a tipicidade formal é preciso verificar na prova é se a conduta
praticada corresponde exatamente aos elementos do tipo penal (subsunção do
fato a norma). Vale lembrar, que não se permiti analogia de norma
incriminadora “in malan parte”.
São exemplos de atipicidade (não precisa denominar de atipicidade
formal, exceto quando for atipicidade material), por exemplo “Sujeito que
manteve relações sexuais com uma pessoa de 15 anos, pensando que ela
tinha 13 anos. O sujeito foi denunciado por estupro de vulnerável e depois se
descobriu que a menina não tinha 13 anos, mas sim 15 anos, pois tinha sido
ela, registrada quando nasceu com data de nascimento errada. Ainda que o
sujeito tenha acreditado/pensando estar cometendo um estupro de vulnerável
(crime putativo), mas que na verdade não estava cometendo pois faltava a
elementar do tipo que era “contra menor de 14 anos”, a relação ainda era
consensual que essa menina de 15 anos, sendo esse fato ATIPICO. OUTRO
EXEMPLO: “Sujeito era denunciado pelo crime de abandono material, deixar
sem justa causa de pagar pensão alimentícia, mas isso em virtude de estar
desempregado, logo o que ele fez não se amoldo o tipo, logo o caso era
ATIPICO”. OUTRO EXEMPLO É O ABANDONO INTELECTUAL “ É o art.246
do CP, deixar de prover educação primaria de filho em idade escolar, então a
vó deixa sem justa causa de por o neto na escola, sendo denunciada por
abandono intelectual, nesse caso, por ter deixado sem justa causa educação
primária, mas de neto e não de filho, não se admiti analogia em malan parte,
ainda que ela tenha a guarda do neto, sendo um FATO ATIPICO.
TEXTO DE APOIO:
Tipicidade significa subsunção do fato à lei. Ou seja, é preciso analisar
se o fato imputado ao agente corresponde exatamente à descrição típica,
levando em consideração que as normas penais incriminadoras não admitem
analogia. O tipo penal é composto por elementos ou elementares. Os
elementos podem ser classificados como objetivos (por exemplo, o elemento
“menor de 14 anos” no crime de estupro de vulnerável – art. 217-A, CP),
normativos (que exigem um juízo de valor do aplicador da norma como, por
exemplo, o elemento “sem justa causa” no crime de abandono material – art.
244, CP ou o elemento “ato obsceno” no crime do artigo 233) e subjetivos (que
se referem à intenção do agente como por exemplo o elemento “com o fim de
cometer crimes” no delito de associação criminosa). A ausência de qualquer
elemento do tipo tornará a conduta atípica.
Deve-se recordar que o princípio da responsabilidade subjetiva
determina que o tipo penal seja sempre doloso ou culposo. Dessa forma a
ausência de dolo (elemento subjetivo do tipo) ou de culpa (elemento normativo
do tipo (tornam o fato atípico).
Ademais segundo a norma do artigo 18 a tipicidade culposa é
excepcional e só pode ser considerada se houver expressa disposição legal.
Havendo tal disposição a conduta será típica tanto se praticada com dolo,
quanto se praticada com culpa (como é o caso do homicídio). Não havendo,
significa que a conduta descrita no tipo só será típica se praticada com dolo. É
o caso por exemplo, do crime de aborto (art 124 e art. 125, CP) e do crime de
dano (art. 163, CP)

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