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TDE NPJ CRIMINAL

ALUNA: SHARON MARTINS ARAÚJO


TURMA: 8º PERÍODO - MANHÃ

Júri Popular 02 - Audiências do Tribunal do Júri


Processo: 0004261-10.2014.8.12.0001
Ação Penal - Homicídio Duplamente Qualificado
Julgamento perante o Tribunal do Júri
Juiz Presidente do ato: Alessandro Meliso Rodrigues
Carga Horária: 4

Em síntese, trata-se de uma audiência do Tribunal do Júri, em que Marcos Roberto


Canver responde pelo delito de homicídio consumado duplamente qualificado, contra o
Ministério Público representando a vítima Diogo Barreto. Nessa sessão de julgamento,
dispensou-se arrolamento de testemunhas e após a inicialização das formalidades do júri,
começa o interrogatório.
Em meio ao interrogatório, questiona-se ao réu se atirou, como foi disparado o tiro, se
foi efetuado de dentro da bolsa, se a vítima caiu e ele afirma que o ato foi visto por seus
parentes e apresentou-se para a polícia após 3 meses, ainda, ressalta que a vítima também
estava armada.
Após as perguntas da acusação e da defesa, os jurados não manifestaram-se quanto a
realizar perguntas a Marcos Roberto. Durante a sustentação oral, o Ministério Público
recomendou a absolvição diante das dúvidas acerca do ocorrido, usando de argumentos que o
réu não estava armado e sim Diogo, além de que, afirmou que todas as testemunhas estariam
imparciais em razão de ser apenas familiares da vítima e do réu. Além de que, há dúvidas e
desencontros nos depoimentos, a suposta arma que estava na cintura da vítima sequer foi
apreendida.
De acordo com o Ministério Público, a mulher da vítima afirmou durante seu
depoimento que as partes estavam discutindo e que a vítima o chamou de “moleque”, após, o
réu sacou a arma, subiu em cima da vítima dando 2 tiros, atirando também em uma criança.
Portanto, este depoimento não bate com os fatos e demais provas apresentadas. O MP ainda
alegou legítima defesa, pois o primeiro tiro já o matou, enquanto os outros tiros não são
capazes de desfazer a legítima defesa inicial. Ademais, a vítima não foi pega de surpresa, a
discussão de ambos, réu e vítima não foi considerada qualificadora de motivo fútil.
A defesa acompanhou o Ministério Público, seguindo na mesma linha alegando
legítima defesa ou homicídio privilegiado pela violenta emoção e injusta provocação da
vítima, pugnando pela exclusão das qualificadoras, visto que trata-se de réu primário, com um
irmão problemático, pai de 4 filhos.
Por fim, o MP abriu mão da réplica, encerrando-se às alegações orais. Os jurados não
solicitaram esclarecimentos e foi sentenciada a absolvição de Marcos Roberto Canaver,
conforme o artigo 386, VI do Código de Processo Penal.

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