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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) TITULAR DA 6ª

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VARA DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA - PB.

ASSINADO ELETRONICAMENTE POR HELMITON PEREIRA DA COSTA - OAB/PB 10311 (Lei 11.419/2006)
Referências Processuais
Processo nº 00973.1998.006.13.00-9-D
Número CNJ: 0097300-30.1998.5.13.0006
Ação de Execução
Exequente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Executados: CETRA, RIVALDO ANTÔNIO DE ARAÚJO FILHO e ANA CLAUDIA LYRA DE AGUIAR

RIVALDO ANTONIO DE ARAÚJO FILHO, já qualificado nos


autos da Ação de Execução, processo em epígrafe, movida pelo MINISTÉRIO
PÚBLICO DO TRABALHO, também identificado, por seus advogados ao final
assinados, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, inconformado com a
respeitável decisão contida no Seq. 316, interpor AGRAVO DE PETIÇÃO (art. 897,
“a”, CLT) para o E. TRT da 13ª Região, com supedâneo nas razões anexadas.

Pugna pelo recebimento e encaminhamento desta peça recursal


à instância superior visando o conhecimento e reforma da decisão em apreço.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

João Pessoa, 08 de agosto de 2013.

HELMITON PEREIRA DA COSTA


ADV. OAB/PB Nº. 10.311

RENAN ALLINSON RODRIGUES COSTA


ADV. OAB/PB Nº. 16.065

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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 13ª REGIÃO

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AGRAVANTE: RIVALDO ANTONIO DE ARAÚJO FILHO.

ASSINADO ELETRONICAMENTE POR HELMITON PEREIRA DA COSTA - OAB/PB 10311 (Lei 11.419/2006)
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO.
REFERÊNCIA: PROCESSO Nº. 00973.1998.006.13.00-9-D. NÚMERO CNJ:
0097300-30.1998.5.13.0006 (6ª VARA DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA -
PB).

DOUTO DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR DESTA EGRÉGIA CORTE E


DEMAIS INTEGRANTES DA COLENDA TURMA,

RAZÕES DO
AGRAVO DE PETIÇÃO

I – BREVE RESUMO DOS ÚLTIMOS ATOS PROCESSUAIS.

O Ministério Público do Trabalho ajuizou ação de execução com


base em título executivo extrajudicial em desfavor do CETRA – CENTRO
EDUCACIONAL TENENTE RIVALDO ANTONIO DE ARAÚJO em 1998. À época,
referido centro educacional era de propriedade do ora Agravante.

Decorrido o trâmite processual, o Douto Juízo da 6ª Vara do


Trabalho de João Pessoa, em 17/06/2013, consoante despacho contido no Seq. 292,
assim entendeu:

Ocorre que por dever de ofício este juízo utilizou as ferramentas


disponíveis ao Poder Judiciário acessando informações da Secretaria
da Receita Federal e do Sistema Financeiro Nacional, constatando
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que o sócio da executada, RIVALDO ANTONIO DE ARAUJO
FILHO C.P.F. Nº 552.507.344-72, figura como sócio, representante
ou responsável da empresa MUITOFACIL ARRECADACAO E
RECEBIMENTO LTDA C.N.P.J. Nº 02.789.417/0001-00, que detém

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patrimônio suficiente para a garantia da ação e quitação
integralmente a presente execução.
O não atendimento a intimação feita pela justiça representa
verdadeiro desrespeito ao Poder Judiciário, pois obriga ao
magistrado utilizar de seu poder coercitivo movimentando toda a
máquina administrativa da justiça do trabalho, para dar cumprimento
a decisão judicial que poderia ser quitada espontaneamente pelo
executado.
Verifica-se, contudo, que não há qualquer demonstração de interesse
por parte do devedor em quitar a presente Reclamação Trabalhista,
razão pela qual entendo razoável reconhecer, com base nas
informações fornecidas pelo Sistema CCS do Banco Central, a
formação de grupo econômico gerenciado pelo sócio da executada
aqui identificado, devendo a execução prosseguir contra a empresa
indicada na consulta ao CCS, de forma solidária, até a sua integral
quitação.
Inclua-se no polo passivo da presente demanda a empresa
relacionada no CCS, devendo a Secretaria cadastrar nos autos as
informações colhidas na consulta realizada perante à Secretaria da
Receita Federal, referente aos dados do Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica, citando as empresas nos endereços ali fornecidos, para
integrarem a lide como devedoras solidárias, em razão da formação
de grupo econômico reconhecido por este juízo.
Paralelamente, por medida acautelatória, antecipem-se as diligências
de praxe.
Intimem-se.

Imperioso mencionar que o ora Agravante, realmente, foi


proprietário do CETRA – CENTRO EDUCACIONAL TENENTE RIVALDO ANTONIO DE
ARAÚJO. Contudo, após dificuldades financeiras, referida sociedade fora dissolvida
com a saída de Rivaldo Antonio de Araújo Filho em 28/03/2001 (Seq. 303).

Com efeito, com a saída do Agravante do CETRA, o mesmo


passou a buscar novo emprego, tendo, pois, conseguido, em 01/08/2009, uma
RELAÇÃO DE EMPREGO CELETISTA, na forma dos artigos 2º e 3º da CLT. Por
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essa razão, por não ser sócio da empresa MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E

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RECEBIMENTO LTDA. e sim EMPREGADO CELETISTA, o ora Agravante, surpreso
e atônito com a decisão contida no Seq. 292, interpôs petição (Seq. 297)

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expondo, categoricamente, que sua empregadora não tem qualquer
relação com as dívidas particulares de empresa alheia que já fora sócio. Em
tal momento, juntou, dentre outros documentos, comprovação de que não é sócio
da MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA. (Seq. 300); de que é
empregado celetista da citada empresa (Seq. 302); bem como comprovante de que
não mais integra a sociedade do CETRA – CENTRO EDUCACIONAL TENENTE
RIVALDO ANTONIO DE ARAÚJO desde 28/03/2001 (Seq. 303).

Ato contínuo, após ser devidamente notificada e cientificada de


bloqueio bancário, a MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA., através
de advogado, interpôs petição (Seq. 308) minudenciando o que, de toda sorte, já
tinha sido alegado pelo ora Agravante, ou seja, expondo cristalina verdade. O ínclito
Juízo primígeno recebeu a petição da MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO
LTDA. como embargos à execução (Seq. 315).

O Douto Ministério Público do Trabalho, ao se pronunciar sobre


a petição interposta pelo ora Agravante, bem como quanto aos embargos à execução
manejados pela MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA. assim
defendeu (Seq. 320):

Com vistas a confirmar as informações obtidas pelo Juízo, o MPT


realizou consulta no sistema SERPRO/CNPJ, verificando que de fato
o senhor RIVALDO ANTÔNIO DE ARAÚJO FILHO (CPF nº
552.507.344-72) figura como ADMINISTRADOR da
empresa MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E
RECEBIMENTO LTDA. (PAGFÁCIL) (CNPJ nº
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02.789.417/0001-00), que possui filial na Cidade de João
Pessoa (CNPJ nº 02.789.417/0011-82). Foi possível também
constatar que o senhor RIVALDO ANTÔNIO DE ARAÚJO FILHO é
sócio da MULTIBANK S/A (CNPJ nº 05.152.953/0001-99). É sabido
que as empresas MULTIBANK S/A e a MUITOFÁCIL

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ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA. (PAGFÁCIL), em
diversas lides trabalhistas, a exemplo da RT 125800-
89.2010.5.13.0005, já evidenciaram pertencerem a um mesmo grupo
econômico.

Comprovado, portanto, que o senhor RIVALDO ANTÔNIO DE


ARAÚJO FILHO, sócio da empresa executada e também executado
no presente processo, é ADMINISTRADOR e SÓCIO das empresas
MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA.
(PAGFÁCIL) e MULTIBANK S/A, e não apenas um simples
empregado, como tenta demonstrar a embargante. Mostra-se, assim,
irrepreensível a decisão tomada pelo Juízo da execução, por meio do
despacho de sequencial 292, que culminou na apreensão de
numerário suficiente para cobertura do débito pleiteado na presente
execução. (Grifos inseridos para realçar o trecho destacado)

O próprio Ministério Público do Trabalho, vale frisar, constatou


que o ora Agravante não é sócio da empresa MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E
RECEBIMENTO LTDA., mas administrador, o que não afasta a sua
condição de empregado celetista NÃO integrante do quadro social.

A despeito disso tudo, o nobre juízo da 6ª Vara do Trabalho de


João Pessoa decidiu (Seq. 316):

Inicialmente, faz-se mister frisar que a insurgência da embargante


quanto a legitimidade para figurar no polo passivo da presente ação
já foi resolvida nos autos da ação de embargos de terceiro NU
0091900-10.2013.5.13.0006, onde foi reconhecida a condição de
executada da ora embargante e, em consequência, extinto o feito sem
resolução do mérito por ausência de condições da ação.

Quanto aos demais aspectos dos embargos à execução sob apreço,


não prospera a argumentação da embargante quanto a qualidade de
empregado do executado Rivaldo Antonio de Araujo Filho, mormente
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quando se constata a documentação acostada pelo Ministério Público
do Trabalho (seq. 321), que demonstra, de forma irrefutável, o
vínculo do referido executado com a embargante e outras empresas,
bem como a constatação, por este Juízo, de que o executado Rivaldo

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Antonio de Araujo Filho detém poderes para movimentar as contas
bancárias da embargante.

Assim, comprovada a condição do executado Rivaldo Antônio de


Araujo Filho como administrador e sócio da embargante, irreparável
é o despacho que reconheceu a formação de grupo econômico.

Indubitável que a decisão supramencionada merece


total reforma. Vejamos, em singela suma, os motivos:

1. Em nenhum momento se comprovou que o Agravante


Rivaldo Antonio de Araújo Filho é sócio da MUITOFÁCIL. Desde a petição protocolada
pelo ora Agravante no Seq. 297, fora expressamente mencionado que o mesmo é
EMPREGADO CELETISTA OCUPANTE DE CARGO DE CONFIANÇA, situação
esta que se robusteceu com todos os atos processuais subsequentes. Ora,
o fato de administrar uma empresa não eleva o empregado ao
patamar de sócio da mesma;

2. O fato do ora Agravante integrar quadro societário do


MULTIBANK S/A, empresa que não tem qualquer vinculação societária com a
MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA. (conforme Seq. 321, 4ª

e 5ª laudas), não tem o condão de elevar o empregado desta empresa ao


grau de sócio da mesma. Conforme fartamente comprovado, inclusive mediante
Seq. 333, o Agravante é EMPREGADO CELETISTA OCUPANTE DE CARGO DE
CONFIANÇA DA MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA.;

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3. O ponto de maior relevância de todos: Como considerar o

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CETRA – CENTRO EDUCACIONAL TENENTE RIVALDO ANTONIO DE ARAÚJO,
empresa que o ora Agravante era sócio até o dia 28/03/2001

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(Seq. 303), como integrante do grupo econômico da MUITOFÁCIL ARRECADAÇÂO
E RECEBIMENTO LTDA, empresa que o ora Agravante é EMPREGADO

CELETISTA OCUPANTE DE CARGO DE CONFIANÇA DESDE


01/08/2009? Não se verifica, sob qualquer prisma, qualquer vinculação
(fática, jurídica, societária, temporal etc.) entre o CETRA e a MUITOFÁCIL.

Aprofundemos, portanto, quanto aos aspectos


jurídicos, com foco nos preceitos configuradores do grupo
econômico, cabendo desde já enfatizar que o ora Agravante tem
sofrido grandioso constrangimento em seu ambiente de
trabalho ao ver sua atual empregadora sendo responsabilizada
por dívidas de seu passado.

II – DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS PARA REFORMA


DA DECISÃO.

Cumpre reiterar que o ora Agravante é EMPREGADO

CELETISTA ocupante de cargo de confiança da empresa MUITOFÁCIL


ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº. 02.789.417/0001-00, situada na Alameda Xingu n.
350, 16º andar, Conjunto 1604, bairro Alphaville, Barueri/SP, CEP 06455-030. A

RELAÇÃO DE EMPREGO com a empresa em destaque ocorreu em

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01/08/2009, estando em vigor o referido contrato de trabalho, na

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forma dos artigos 2º e 3º da CLT, até a presente data. Comprova-se tal

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alegação com diversos documentos já colacionados aos autos, com foco
nos Sequenciais 302 e 333. O ora Agravante, anteriormente ao
início do elo empregatício, SEQUER INTEGROU O CORPO DE
FUNCIONÁRIOS DA MUITOFÁCIL!

Neste contexto, imperioso ponderar que o Agravante

NÃO é sócio de sua EMPREGADORA MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E

RECEBIMENTO LTDA! Os atos constitutivos da referida empresa, consoante


documentação acostada (Seq. 300), falam por si e comprovam
robustamente tais informações.

Com efeito, o Agravante Rivaldo Antônio de Araújo Filho era


sócio do colégio CETRA na época em que foi alavancada a presente execução
(1998). Ocorre que o citado Centro Educacional, por dificuldades financeiras,
fechou suas portas, tendo, inclusive, sido dissolvida a sociedade com a saída do
Peticionante em 28/03/2001, conforme termo de separação consensual
homologado pelo juízo da 3ª Vara Cível da Capital, ora colacionado. Após, o ora
Agravante que outrora era empresário passou a buscar um emprego para,
na condição de assalariado, sustentar a si e sua família.

Imperioso mencionar que o ora Agravante sempre procurou


honrar os débitos de seu antigo colégio dentro das possibilidades e sem que pudesse
implicar em grave prejuízo para o seu sustento e o de sua família (esposa e 04
filhos).
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Ademais, enfatize-se que o CENTRO EDUCACIONAL

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TENENTE RIVALDO ANTÔNIO DE ARAÚJO JAMAIS FOI
INTEGRANTE DO GRUPO ECONÔMICO DA EMPRESA

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MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA,
EMPREGADORA DO ORA AGRAVANTE!

A MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA.,


empresa sediada no Estado de São Paulo, tem como SÓCIOS a MUITOFÁCIL
HOLDINGS LTDA. e MICHAEL ESRUBILSKY, de acordo com seu contrato social
anexado, instrumento este público e devidamente registrado na Junta
Comercial. RIVALDO ANTÔNIO DE ARAÚJO FILHO veio a trabalhar para a

MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA. em 01/08/2009,

data em que se deu início o VÍNCULO DE EMPREGO entre as partes, NA


FORMA DOS ARTIGOS 2º e 3º DA CLT!

INEXISTE, SOB QUALQUER ÓTICA FÁTICA OU


JURÍDICA, O PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS CONTIDOS NO §2º
DO ART. 2º DA CLT, in verbis:

§ 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma
delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial,
comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os
efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a
empresa principal e cada uma das subordinadas.

ORA, JAMAIS HOUVE QUALQUER ELO COMUM DE


DIREÇÃO, CONTROLE OU ADMINISTRAÇÃO ENTRE AS EMPRESAS
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MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA. E O CENTRO

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EDUCACIONAL TENENTE RIVALDO ANTÔNIO DE ARAÚJO, O QUAL, DIGA-
SE DE PASSAGEM, FECHOU SUAS PORTAS EM 2000! NUNCA EXISTIU

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UNIDADE ORGÂNICA, COORDENAÇÃO INTER-EMPRESARIAL, OBJETIVOS
COMUNS, OBJETOS SOCIAIS RELACIONADOS OU IDENTIDADE DE SÓCIOS
ENTRE AMBAS!

Não se pode reconhecer um grupo econômico por


presunção ou razoabilidade. Precisa-se de elementos de convicção
objetivos e robustos, hábeis a formar o juízo de convencimento do
julgador. É o caso, por exemplo, da existência de: a) a direção e/ou
administração das empresas pelos mesmos sócios e gerentes e
o controle de uma pela outra; b) a origem comum do capital e
do patrimônio das empresas; c) a comunhão ou a conexão de
negócios; d) a utilização da mão-de-obra comum ou outros elos
que indiquem o aproveitamento direto ou indireto por uma
empresa da mão-de-obra contratada por outra.

O QUE, REPITA-SE, EM TEMPO ALGUM E SOB QUALQUER


ÓTICA, JAMAIS EXISTIU!

TRATA-SE DE EMPRESAS DIFERENTES,


COM SÓCIOS ALHEIOS, ATIVIDADES TOTALMENTE
OPOSTAS, REGIÕES DÍSPARES ETC.! NADA,
ABSOLUTAMENTE NADA, SE CONFUNDE!
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Eis o entendimento do insigne doutrinador e Ministro do C. TST

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Maurício Godinho Delgado (Curso de Direito do Trabalho, 8ª ed. São Paulo: LTr,
2009, p. 378):

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O grupo econômico aventado pelo Direito do Trabalho define-se
como a figura resultante da vinculação justrabalhista que se forma
entre dois ou mais entes favorecidos direta ou
indiretamente pelo mesmo contrato de trabalho, em
decorrência de existir entre esses entes laços de
direção ou coordenação em face de atividades
industriais, comerciais, financeiras,
agroindustriais ou de qualquer outra natureza
econômica. (Grifado)

Vejamos o que diz a jurisprudência sobre o grupo econômico:

114000014419 – GRUPO ECONÔMICO – Para a caracterização de grupo


econômico, basta que uma ou mais empresas, embora distintas e autônomas,
constituam uma unidade orgânica, com coordenação inter-empresarial e
objetivos comuns - Sendo irrelevante a falta de comprovação de dominação
de uma empresa sobre a outra. Pressupõe, assim, uma relação de direção
ou coordenação, entre duas ou mais empresas, em face de atividades
industriais, comerciais, financeiras, ou de qualquer outra natureza
econômica, interferindo uma, diretamente, na atividade da outra,
financeira ou administrativamente. (TRT 3ª R. – AP 65/2008-020-03-00.9
– Rel. Des. Manuel Candido Rodrigues – DJe 19.03.2010 – p. 61)
(Destacado)

113000000010 – GRUPO ECONÔMICO – Empresas com o mesmo


quadro social e mesmo objeto social Caracterização de grupo econômico
(CLT, art. 2º). (TRT 2ª R. – AP 01045200502102004 – (20090919143) –
Rel. Rel Rafael e. Pugliese Ribeiro – DJe 29.10.2009) (Grifo proposital)

RESPONSABILIDADE TRABALHISTA. SOLIDARIEDADE. GRUPO


ECONÔMICO. A solidariedade quanto às responsabilidades decorrentes das
relações trabalhistas, regidas e impostas pela CLT às empresas que tenham
controle acionário ou administrações comuns, deflui da presunção da
existência de interesses comuns, satisfeitas aquelas condições. Ademais,
não só a existência de sócios comuns culmina no reconhecimento da
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solidariedade. Comprovada a promiscuidade na administração das
empresas envolvidas, reconhece-se a constituição do grupo econômico e,
emergente desta situação, a co-responsabilidade destas pelos fardos
trabalhistas. (TRT 2ª Reg. RO n. 02940091409 – Ac. 10ª T, Rel. Juiz
Wagner José de Souza. DJSP 19.01.1996, p. 245) (Grifado)

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136031094 – GRUPO ECONÔMICO – RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA – RECONHECIMENTO NA EXECUÇÃO – Evidenciada a
imbricação das atividades das empresas e a coexistência de sócios
comuns, caracterizado está o grupo econômico, razão pela qual
reconheço a responsabilidade solidária e determino o prosseguimento da
execução contra os responsáveis solidários. Agravo parcialmente conhecido
e, no mérito, parcialmente provido. (TRT 10ª R. – AP 00028-1996-015-10-
00-2 – 1ª T. – Relª Juíza Cilene Ferreira Amaro Santos – J. 06.12.2006)
(Destacado)

121000003720 JCLT.2 JCLT.2.2 – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA –


GRUPO ECONÔMICO – INEXISTÊNCIA – Não comprovada a
existência de sociedade entre as demandadas, sequer os elementos
necessários à caracterização de grupo econômico, não há de se
falar em aplicação da responsabilidade solidária prevista no § 2º
do art. 2º da CLT. Recurso ordinário conhecido e desprovido.
(TRT 10ª R. – RO 851/2009-008-10-00.5 – Relª Desª Márcia Mazoni Cúrcio
Ribeiro – DJe 18.12.2009 – p. 33) (Destaque posto)

129000003300 – GRUPO ECONÔMICO – NÃO-CARACTERIZAÇÃO –


IMPOSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO – Não provada
qualquer relação de interdependência ou ingerência administrativa
entre as empresas demandadas, não há falar em sucessão e/ou formação
de grupo econômico, restando juridicamente afastada a
responsabilidade da recorrente. (TRT 18ª R. – RO 01260-2009-010-18-
00-8 – Rel. Des. Des. Breno Medeiros – DJe 15.03.2010 – p. 36) (Grifo
inserido)

118000000619 – GRUPO ECONÔMICO – NÃO DEMONSTRAÇÃO –


Afasta - Se a alegação da existência de um grupo de empresas no caso
particular, à míngua de prova conclusiva nesse sentido. Recurso conhecido,
porém desprovido. (TRT 7ª R. – RO 111/2008-001-07-00.0 – 2ª T. – Rel.
Jose Ronald Cavalcante Soares – DJe 26.11.2009 – p. 10)

Em verdade, o ora Agravante sente-se


completamente constrangido ao ver o seu empregador sendo
injustamente inserido também como Executado nesta lide. Tal
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fato ameaça, inclusive, a perda de um emprego conquistado

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com esforço sobre-humano, situação, diga-se de passagem, que

tem deixado o ora Agravante (e empregado) Rivaldo Antônio

ASSINADO ELETRONICAMENTE POR HELMITON PEREIRA DA COSTA - OAB/PB 10311 (Lei 11.419/2006)
de Araújo Filho atônito e transtornado, uma vez que precisa
sustentar sua família com a SUA ÚNICA FONTE DE RENDA: o
salário mensal percebido pela relação de emprego mantida com
a MUITOFÁCIL ARRECADAÇÃO E RECEBIMENTO LTDA!

Induvidoso, ainda, que o ora Agravante tem sido alvo de


comentários na empresa após o bloqueio de valores da MUITOFÁCIL, o
que, indene de dúvida, tem causado IMPERIOSO VEXAME E
CONSEQUENTES AFRONTA A SUA DIGNIDADE E AO VALOR SOCIAL DO
TRABALHO.

III – PEDIDO FINAL.

Diante dos relevantes fundamentos fáticos e jurídicos acima


declinados, requer seja conhecido e provido o presente agravo de petição
para que seja reformada a respeitável decisão contida no Seq. 316. Pugna,
portanto, que esta Egrégia Corte determine a exclusão da EMPREGADORA
do ora Agravante desta lide e, consequentemente, determine o desbloqueio dos
valores da mesma.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

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João Pessoa, 08 de agosto de 2013.

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HELMITON PEREIRA DA COSTA
ADV. OAB/PB Nº. 10.311

RENAN ALLINSON RODRIGUES COSTA


ADV. OAB/PB Nº. 16.065

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