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RELATÓRIO DE AUDIÊNCIA: Data:11/04/2023

Estagiário: Jairo Pereira Martins


Matrícula:24672050 Professor Orientador: Danilo Rinaldi
Dia da semana do estágio:Sexta-feira Turno do estágio: Matutino

Vara: Tribunal do Juri de Brasília N.º do processo: 0711814-61.2021.8.07.0001


Partes:Autor: Ministério Público / Réu: Gilvan Ferreira Santos / Vítima: Alessandro Werner Ramos

Audiência:
Júri (x ) Instrução ( ) Execução ( ) Inquérito ( )

Trata-se de ação penal que julgou o crime incurso no artigo 121, § 2º, Incisos I e IV do Código Penal praticado por Gilvan Ferreira
Santos contra Alessandro Werner Ramos, ambos moradores de rua.
Inicialmente foram aceitos pela defesa e Ministério Público 07 (sete) dos 23 presentes para composição do Conselho de Sentença,
sendo os demais dispensados.
Os jurados assumiram compromisso legal que em nome da lei, examinariam causa com imparcialidade e a profeririam a decisão
de acordo com a vossa consciência e os ditames da justiça, conforme preceitua o art. 472 do CPP dos 23 presentes para composição
do Conselho de Sentença, sendo os demais dispensados.
Passou-se a oitiva das testemunhas, sendo ouvidas 04 (quatro) uma delas por vídeo conferência. Três testemunhas fizeram pitiva
sem a presença do réu. Todas as testemunhas foram unânimes ao ressaltar que a pessoa da vítima era um cidadão de fácil convivío
e que mantinha boa relação com os ambulantes que frequentavam o espaço no Setor Comercial Sul. Quanto ao réu, todas as
testemunhas alegaram que não conhecia a pessoa do Sr. Gilvan, mas que já ouviram dizer que este gostava de arrumar confusão
com os demais moradores de rua, inclusive duas das testemunhas alegaram que a briga no qual vitima e réu tiveram, foi motivada
pelo fato de Gilvan ter batido em um morador de rua com deficiência física.
Incormada, a vítima teria desferido um tapa no rosto de Gilvan quando estes estavam em um pagode no Setor Comercial Sul. Após
a fatidica briga, o Sr. Gilvan prometeu vigança, alegando que: “na cara de homem não se bate” e que iria acertar as contas com o
Sr. Alessandro, assim relatou uma das testemunhas.
Segundo relatado, horas depois da briga envolvendo vítima e réu, o Sr Gilvan retornou e atingiu fatalmente a vítima com um único
golpe no coração com uma faca.
Indagado o réu afirmou que não tinha intensão de matar a vítma e que só tinha feito a agressão para se defender e que havia pegado
a arma do crime em uma mesa de um churrasquinho.
O promotor, na minha singela opinião, descaracterizou de forma clara, todas as alegações da defesa, quanto as tese de lesão
corporal seguida de morte. Pois, conseguiu demonstrar que o homícidio se deu em ato de vingança, sem qualquer chance de defesa
da vítima e horas depois da briga inicial. Atentou que o fato de ter sido um único golpe, não caracterizava lesão corporal, pois a
intenção de Gilvan era matar, por isso o golpe foi direto no coração.
Foi destacado pela acusação o fato do réu ter vasta ficha criminal e se apresentar com vários nomes diferentes, inclusive quando foi
detido no presente caso, o mesmo informou nome falso.
A defesa não conseguiu sustentar sua tese de desclassificação do crime e exclusão de qualificadoras, pois foi demonstrado que o
ato se deu em vingança com objetivo de ceifar a vida da vítma, tendo as alegações do réu sido vencidas pelas provas colhidas nos
autos.
Após sustentação oral da defesa e do Ministério Públicos sem réplica, foram lidos os quesitos e explicados aos jurados a foram
como deveriam preenche-los, sem impugnação das partes.
Os jurados se retiram em sala secreta para proferir os votos e ao retornarem o Juiz passou a apuração dos votos e pela maioria
Condenou o acusado Gilvan Ferreira Santos pela prática do crime descritoi no art. 121,§2º, Incisos I e IV do Código pela, aplicando
a pena de 14 anos de reclusão e regime fechado.
Quanto a minha percepção do juri, a experiência de vinveciar um julgamento foi de grande valia, mesmo tendo tido a ingrata
surpresa que a vítima era um conhecido de adolescência, que reconheci ao ver as fotos do laudo, que foram expostas no
julgamento.
Outro ponto, que na minha percepção achei falha, foi no sentido do Ministério Público, mesmo após 03 (três) testemunhas não
quererem prestar oitiva na frente do réu por receio de retaliações, tiveram seus nomes revelados no momento do interrogatório do
réu, no mais achei a sustenção da acusação impecável.

Julgamento (somente marcar se houver julgamento previsto):


sine die: partes serão intimadas ( ) sentença proferida em audiência ( ) Com data designada: / /

Obs: o Estagiário deverá pedir para constar o nome em ata, fazer cópia da mesma e anexar neste relatório.
Ass. do Estagiário Ass. Do Prof Orientador _.
Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
NPJ – Unidade de Prática Forense Penal
Tel. 3704-8825 www.udf.edu.br

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