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0004261-10.2014.8.12.0001
em trâmite na Comarca de Campo Grande - MS
e teve desempenho satisfatório no exame a que foi submetido
27/09/2022
tXHnQmi242
Este certificado confere ao acadêmico a comprovação de 4 horas de atividade complementar
Este relatório é s'ãlido apenas aoz alunos do E2A
Qualquer dúvida entre em contato com o NPI da sua respectiva unidade de estudo.
universidade
1. Referència do caso:
- _ ..
Orgao visitado: Comarca de Campo Grande - MS
2. Relate: (l) a questão que deu origem a causa: (ii) os principais atos praticados desde o ajuizamento até o
presente momento (lil) o que ocorreu durante a audiência/sessão de julgamento; e {iv) a deliberação final do(s)
magistrados.
O representante do Ministério Público formalizou denúncia contra Marcos Roberto Canaver, conforme descrito
na peça acusatória, imputando-lhe a acusação prevista no artigo 121º, § 2º, incisos II e IV do Código Penal
Brasileiro, em relação ao incidente envolvendo a vítima Diogo Barreto Canhoto. A narrativa da acusação relata
que, em 23 de janeiro de 2010, por volta das 18h35, na Rua Bartolomeu, em frente ao lote 19 da quadra 113,
Bairro Jardim Nordeste, o denunciado Marcos Roberto Canaver, impelido por animus necandi e utilizando uma
arma de fogo fornecida por Renan Martinez da Silva, desferiu disparos contra a vítima Diogo Barreto Canhoto,
resultando em sua morte. Após a denúncia, a instrução preliminar probatória transcorreu regularmente.
A denúncia foi recebida em 27-1-2014 (f. 195-6), o acusado foi citado (f. 212) e apresentou Defesa Escrita (f.
214), através do Defensor Público Ronald Calixto Nunes, que o acompanhou até o final. Durante o devido
interrogatório, o acusado confessou, de forma qualificada, ter agido em legítima defesa, conforme consta no
documento f.350. A denúncia foi aceita, permitindo que o denunciado aguardasse o julgamento em liberdade,
uma vez que, até o momento, não estavam presentes os requisitos do art. 312 do CPP. No entanto, o denunciado
foi intimado a comparecer em juízo a cada três meses para atualizar seu endereço.
A promotora de justiça Rosana Cordovil, representante do Ministério Público, absolveu o réu, indo contra a tese
inicial apresentada pelo Promotor Manoel Murrieta. Na denúncia, Murrieta qualificou o crime pelas
circunstâncias do modo de execução, alegando que o ataque ocorreu de forma inesperada, imprevista e
imprevisível.
A promotora apresentou duas teses contra o réu: primeiro, argumentou que não poderia ser considerada
legítima defesa, pois a arma da vítima não foi apreendida, ninguém a viu, e o laudo no local do crime não
mencionou a presença da arma. Segundo, citou o depoimento da esposa da vítima, alegando que o réu atirou
após um desentendimento, mas as testemunhas apresentaram versões conflitantes, e algumas delas mentiram
na delegacia.
Entre as testemunhas, houve relatos divergentes. No entanto, a promotora concluiu que não foi um motivo fútil
ou surpresa, pois houve uma discussão entre as partes. Diante das várias versões apresentadas e das
contradições nas testemunhas, a promotora considerou difícil condenar o réu.
O conselho de sentença, baseando-se no pronunciamento do juiz Aluízio Pereira dos Santos, decidiu absolver o
acusado. O juiz argumentou que, na fase processual, o juízo é de probabilidade e não de certeza. Apesar dos
indícios suficientes de autoria e materialidade, o juiz considerou que a causa deveria ser submetida a
julgamento.
Raimundo Prata de Araújo, acusado de homicídio qualificado, foi absolvido pelo conselho de sentença. O juiz
impôs a pena base de 17 anos de reclusão, sem atenuantes, com agravante da reincidência e sem causas de
diminuição ou aumento de pena. A pena foi estabelecida como definitiva e final, impondo o regime fechado. O
condenado permaneceu preso durante o processo e continuará nessa condição para fins de recurso.