Você está na página 1de 9

ACÓRDÃO

ACERCA DO PROCESSO:
0143678-04.2018.8.06.0001
Eduardo Passos Mendonça Filho Eliane Silva Santos
argumentos com fulcro nao juridicos(video) posicionamento acerca da tese ultilizada e decisão

DISCENTES
Havena Catherine de Souza Santana Jorge Rodrigues dos Santos
introdução e breve resumos analise acerca dos argumento juridicos

Luiz Cesar Narciso Caldas Ribeiro Noelma Araújo de Souza


posicionamento acerca da tese ultilizada e decisão analise acerca dos argumento juridicos

Rayssa Santana Vieira Wendel Pessoa da Silva


introdução e breve resumos argumentos com fulcro nao juridicos
Processo: 0143678-04.2018.8.06.0001 Apelação
Criminal Apelante: Severino Soares de Arruda Silva
Apelado: Ministério Público do Estado do Ceará Custos
Legis: Ministério Público Estadual

EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL.


APELAÇÃO. HOMICÍDIO QUALIFICADO
TENTADO E PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO.
NULIDADE POR AUSÊNCIA DE PRESENÇA FÍSICA
DO REU. INOCORRÊNCIA. MEDIDA
EXCEPCIONAL. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
DECORRENTE DO COVID-19. APLICABILIDADE
DO ART. 185, § 2", DO CPP. AMPARO
CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES.
A defesa traz a baila tese de nulidade do julgamento realizado
1) NULIDADE POR AUSÊNCIA
pelo Conselho dos Sete, sob o argumento de que não seria
DE PRESENÇA FÍSICA DO RÉU
possivel realizar o ato processual sem presença fisica do réu, pois
alega que houve afronta ao art 457, § 2. do Código de Processo
Penal (CPP), bem como destaca a inconstitucionalidade da
Portaria nº 467/2020, publicada pela Diretora do Forum Clóvis
Bevilaqua da Comarca de Fortaleza/CE
2)provas manifestamente contrarias
Da análise do caso concreto, se pôde perceber que havia teses (e elementos de
prova) em conflito e que os jurados optaram por condenar o apelante pelo crime
de homicidio qualificado na modalidade tentada (art. 121, § 2º, II e IV, c/c o art 14,
11, ambos do CP) e porte ilegal de arma de fogo (ant 14, da Lei nº 10 826/2003),
tendo como vitima Alan Cleando Moura Maia.

Na análise dos fatos e documentos acostados aos autos, nota-se que a peça
delatória trouxe ao Poder Judiciário noticia criminis de delitos perpetrados pelo réu
em desfavor das vitimas Alan Cleando Moura Maia e Raylan Magalhães Maia,
visto que em decorrência de uma discussão no trânsito o recorrente disparou
projeteis de armas de fogo na direção dos ofendidos, tendo atingido um projétil no
pé esquerdo de Alan Cleando Moura Maia.
3)Confissão Espontânea
Quanto ao pleito confissão espontánea, compreende-se que no caso em tela
mesmo ocorrendo confissão qualificada, faz-se necessário o seu
reconhecimento, pois o fato de o reu ter relatado nos dois interrogatórios
judiciais que apenas teria efetuado disparos em desfavor da vitima como
forma de advertência, negando portanto o animus necandi, torna-se
imprescindível o reconhecimento da aludida atenuante (art. 65, III "d", do CP),
sobretudo, diante da dificuldade que se ha de compreender se o Corpo de
Jurados acolheu ou não tal confissão, visto que os jurados estão protegidos
pela intima convicção no julgamento, logo, aplica-se o principio in dubio pro
reo na aplicabilidade da confissão espontânea, seja ela parcial ou
qualificada
Acódão
Vistos, relatados e discutidos estes autos de apelação
criminal nº 0143678-04.2018.8.06.0001. ACORDAM os
desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal
de Justiça do Estado do Ceará, à unanimidade, em
CONHECER e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao
recurso do apelante, nos termos do voto do relator

Fortaleza, 03 de agosto de 2021.

MÁRIO PARENTE TEOFILO NETO

Desembargador Relator
Uma breve sintese
AGRADECEMOS PELA
ATENÇÃO

Você também pode gostar