PROCESSO N. 123456789 ACUSADO: MANOEL JACINTO Vistos etc. O Ministério Público denunciou Manoel Jacinto, devidamente qualificado nos autos, como incurso no art. 121, § 2º, II, do Código Penal, porque, no dia 10/05/2023 por volta das 18h50 horas, com emprego de uma pistola , numeração raspada (apreendida a fls., nas imediações do Bar no centro da cidade., matou João da Silva com cinco disparos, Segundo narrou a exordial, o acusado e a vítima estavam em um bar bebendo, junto das testemunhas Júlia e Aiale. Quando começaram a brigar por um suposto envolvimento amoroso da vítima com a companheira (Júlia) do acusado Manoel. Após isso, sacou sua pistola e atirou cinco vezes na vítima, após o que foi preso em flagrante delito por uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local dos fatos. Recebida a denúncia (fls), foi o réu citado e interrogado (fls...), apresentando defesa prévia (fls...). Durante a instrução, foram ouvidas 4 testemunhas comuns. Em alegações finais, o Ministério Público pediu a pronúncia do réu, sustentando que estavam provadas a materialidade do delito e sua autoria (fls...). A defesa, por seu turno, alegou que o réu agiu em legítima defesa, porque a vítima teria ameaçado a briga", pleiteando a absolvição sumária (fls.__). É o relatório. Decido. A materialidade do delito restou plenamente comprovada pelo laudo de exame necroscópico de fls...Da mesma forma, a autoria não é questionada, sendo outra a tese sustentada pela defesa.O réu foi preso em flagrante delito, logo após o fato, em posse da arma de fogo utilizada no crime. As testemunhas afirmaram que presenciaram o momento da briga e consequentemente os disparos Não há elementos de convicção suficientes, ao menos por ora, que sustentem a tese de que o réu agiu em legítima defesa. A vítima não estava armada, e os disparos feitos tornam, para dizer o mínimo, incabível nessa fase a absolvição sumária, devendo a acusação ser julgada soberanamente por seus juízes naturais. A qualificadora ficou bem retratada pela prova testemunhal e pericial e merecem ser mantidas para o debate das partes em plenário, mesmo porque só podem ser excluídas quando manifestamente impertinentes, o que não é o caso. À vista do exposto, e considerando o que mais dos autos consta, julgo procedente a presente ação penal, e, com fundamento no art. 413 do Código de Processo Penal, pronuncio o réu Manoel Jacinto, como incurso no art. 121, § 2º, II, do Código Penal, a fim de que seja julgado pelo Tribunal do Júri da presente comarca. GUILHERME CÉZAR Juiz de Direito