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Síntese:
• A obra “O caso dos exploradores de cavernas”, escrita pelo autor Lon. L. Fuller, relata
uma história ficcionada que fala sobre cinco exploradores pertencentes a uma
Associação de Exploração de Cavernas. No livro, durante uma das expedições que os
cinco membros realizaram, houve um deslizamento que acabou por fechar a entrada da
caverna, deixando assim os indivíduos presos, sem qualquer forma de sair do local.
• No final de uma discussão o autor da ideia, Roger Whetmore foi designado a cometer
esse sacrifício e servir de alimento aos restantes integrantes do grupo, foi morto no
vigésimo terceiro dia. No princípio, os outros estavam contra esta ideia, mas seria algo
que favorecia a maioria.
• Após o resgate e a recuperação dos exploradores, foram todos acusados pelo homicídio
de Whetmore. Durante o julgamento os arguidos enviaram um comunicado para o chefe
executivo do tribunal a requisitar que a pena fosse levada a apenas seis meses. Os
acusados de seguida apelaram a um Tribunal de segunda instância, e alegaram vício.
Desenvolvimento do caso:
• O juiz Foster já chega a discordar de Truepenny. Afirma que a lei deve ser cumprida,
mas que esta situação não se aplica á jurisdição da “Lei Positiva” e sim da “Lei
Natural”, pois não depende do Estado ou das leis e apenas segue a questão da natureza
humana e a sua sobrevivência. Logo o caso não pode ser julgado pela “Lei positiva”.
Quando dentro da caverna os acusados estavam sob a “Lei Natural”, dentro desta os
seus atos são justificáveis pois foram feitos em prol da sua sobrevivência. Com isto
Foster inocenta os arguidos.
• O juiz Tatting critica Foster por ele comparar a “Lei Natural” e “Lei Positiva”, e
argumenta dizendo que não existem limites de onde o estado natural inicia-se. E fala
ainda que a ordem natural não pode ter maior importância do que a importância da vida.
Questiona também a legitima defesa, pois foi um ato que foi discutido entre os
exploradores. Contudo Tatting fala que não faria sentido condenar os exploradores á
pena de morte, pois morreram trabalhadores a tentar resgata-los. Por último declara-se
incapaz de tomar uma decisão, porque coloca em causa os seus princípios morais e
abdica do seu voto.
• O juiz Keen defende que os princípios morais não devem ser o fundamento das
decisões dos juristas, devem ser fundamentadas pela lei de um país. Keen diz que
concorda com os outros juízes, mas diz que não deixa que as suas questões pessoais não
levem em consideração na aplicação da lei. Keen é um juiz claramente positivista, e
critca o juiz Foster dizendo que um juiz deve seguir a lei, para assegurar estabilidade
jurídica. O juiz Keen acha que não deve ser aplicada esta lei apenas porque ela suprime
a vontade própria. Logo Keen considera os exploradores culpados.
• O juiz Handy defende que as pessoas são governadas umas pelas outras e não por
teorias, a sua visão não se encaixa na lei natural nem na lei positiva. Ele acha que o
sentimento da população é importante, o juiz formula-se na opinião do povo. E como a
opinião do povo é a favor da libertação dos arguidos com uma pena reduzida, Handy
acha os acusados de inocentes.