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Trabalho de filosofia do Direito

Faculdade central do Recife


Professor: Avner Pinheiro Cavalcanti
Osmar José de Lima Junior
Direito 2023.1

RESENHA CRÍTICA DOS TEXTOS: O CASO DOS DENUNCIANNTES INVEJOSOS E O


CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS.

O Caso dos Exploradores de Cavernas


O livro “O Caso dos Exploradores de Cavernas” apresenta aos leitores como é atribulada e
particular pode ser a justiça, onde a moral e o direito podem acabar se entravando dentro de um
julgamento. A história contada pelo autor do livro, Lon Fuller, manifesta muito bem esse par
interpretativo, mostrando as diferenças através de Jus-naturalismo e Jus-positivismo.

A obra relata a história de cinco componentes de uma federação com muitas grutas e cavernas que
examinavam uma caverna quando houve deslizamentos que acabaram fechando a única saída da
caverna, os deixando presos. Os exploradores arrumaram diálogo com o exterior por meio de um
rádio, só que, devido ao fato de outros deslizamentos terem acontecido, o que ocasionou a morte de
dez operários que tentavam ajuda-los, o resgate ainda demoraria cerca de 10 dias, na melhor das
estimativas.

Os cinco espeleólogos já estavam ficando sem subsistência e sem recursos e, por isso, foi proposto
por um deles, Roger Whetmore, que fosse feito um sorteio, onde o escolhido deveria ser morto para
alimentar os outros quatro e os manter vivos até o resgate. Por tratar-se de uma solução polêmica e
crítica, as autoridades religiosas e médicos decidiram não se pronunciar quando perguntados pelo
Roger, que acabou sendo o sorteado, servindo como alimento para os outros quatro sobreviverem.

Os companheiros de Roger conseguiram serem resgatados e levados à um hospital para se tratarem


fisicamente e psicologicamente de todo o ocorrido, porém, acabaram sendo indiciados e condenados
por homicídio por um conselho de jurados que acabou optando por declará-los culpados e
condenados à pena de morte pelo juiz. A decisão acabou dividindo o povo e o próprio conselho de
jurados, o qual decidiu, então, fazer uma votação entre os juízes para decidir o final do caso.
Enquanto os jus naturalista, como o juiz Foster, votavam a favor da inocência dos réus, alegando
que não estavam julgando o caso em si, mas sim o valor das leis, que estariam em risco, caso
inocentassem os exploradores, os jus positivistas, como Keen, por mais que se sentissem comovidos
pela situação, acreditavam que a lei deveria ser seguida, e que todos deveriam pagar pelo homicídio
que cometeram.

Há muitas situações onde o réu, por mais que tenha cometido algum crime, tenha-o cometido para
garantir a própria segurança e sobrevivência, como é o caso dos exploradores, que inclusive, com o
consenso do próprio Whetmore, que morreu para os salvarem, acabaram sendo condenados
injustamente à pena de morte, pois decidiram seguir à risca as leis do Estado, fazendo com que não
somente o Whetmore tenha morrido, mas também todos os outros quatro que apenas tentavam
sobreviver.

O caso dos Denunciantes Invejosos

Um país com mais de vinte milhões de habitantes estava em um longo período de equilibrio, sob
um regime justo, constitucional e calmo. Mas, a paz foi destroçada por crises econômicas e lutas
populares que levou a eleição de um dos líderes de um dos partidos políticos chamado de “Camisas-
Púrpuras”. Seus mentores, no entanto, fizeram um regime autoritário, agindo com “mãos de ferro”,
exterminando e assassinando opositores. Mesmo assim, a Constituição ou os Códigos Penais não
foram modificados ou anulados. Aos rivais de outros partidos, escolheu-se pelo embargo de bens
com emprego de violência física. Aos parceiros foi dada absolvição.
O período sinistro antigamente posto, no entanto, terminou, pois, os “Camisas-Púrpuras” perderam
e um novo regime democrático ficou no lugar. Porém, alguns problemas complicados resultaram do
último regime. Um deles, é o caso dos “Denunciantes Invejosos” e, você, na função de Ministro de
Justiça da sua nação, vai precisar resolver. Para tanto, você convocou cinco deputados para darem
opiniões sobre o que deveria ser feito aos réus, pois parte da população exigia sua punição, já que
muitos opositores morreram por causa da inveja dessas pessoas.
O primeiro deputado disse que nada poderia ser feito, pois, como estavam sob o regime de
um outro governo, mas sob a mesma Constituição, agindo dentro de sua própria legalidade, apenar-
los causaria em fazer o mesmo que eles não gostavam no governo passado. O segundo deputado
concordou com o primeiro em relação a não punir os denunciantes invejosos, mas sob ideia
divergente. Para ele, não havia legalidade num governo que agia punindo opositores com uso de
força física, porque, era necessário que aquele que estava sendo julgado soubesse as leis também.
Por isso, os atos dos invejosos nem eram legais nem ilegais naquele tipo de governo. O terceiro
tratou de reconsiderar os atos feitos comparando-os a ações da trivialidade humana, sem acusar ou
isentar os delinquentes de culpa. Para ele, os casos deveriam ser julgados de acordo com o que
pessoalmente ele considerasse delito, a exemplo dos que representassem uma ameaça ao governo
atual. Assim, embora tenha elogiado as falas dos outros dois anteriores, preferiu não falar a respeito
do caso. O quarto deputado não gostou da posição do terceiro por acreditar que ela permitia ao juiz
criar suas próprias leis e agir por conveniência. Para ele, seria necessário criar novas leis para a
punição dos réus, deixando de lado as antigas, como única forma de resolver o problema. O quinto
deputado criticou o anterior por propor a edição de leis as quais ele considerava retroativas e
questionou que leis seriam essas. Além disso, ele considerou que para o bem ou para o mal a lei e a
ordem deveriam ser preservadas no regime dos Camisas Púrpuras e, para isso, dever-se-ia liberar a
população para que agisse com as próprias mãos, assim como a polícia e promotorias deveriam
fazê-lo. Escolho a opinião do quinto deputado.

Fontes consultadas

www.conjur.com.br

www.edisciplinas.usp.br

www.efdeportes.com

www.fucap.edu.br

www.jus.com.br

www.skoob.com.br

www.monografias.com

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