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Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul

Este documento é copia do original assinado digitalmente por MARCELO GUIMARAES MARQUES. Liberado nos autos digitais por Marcelo Guimarães Marques, em 09/11/2021 às 16:08. Para
Comarca de Ponta Porã
1ª Vara Criminal - Gabinete

acessar os autos processuais, acesse o site https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0002567-05.2021.8.12.0019 e o código 8AB06A3.
Processo nº 0002567-05.2021.8.12.0019
Classe: Ação Penal de Competência do Júri - Homicídio Simples
Autor:Ministério Público Estadual
Réu: Weberton de Almeida Vieira

Vistos.
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL denunciou WEBERTON DE
ALMEIDA VIEIRA, qualificado nos autos, como incurso no art. 121, §2º, incisos II e IV,
c/c o art. 14, inciso II, todos do Código Penal, porque no dia 29 de abril de 2021, por
volta das 23h, na Rua Pantaleão Coelho Xavier, próximo ao n. 1125, no centro da
cidade de Antônio João, por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da
vítima, tentou matar Cleverton da Silva Alves, com 17 anos de idade, somente não lhe
causando a morte por circunstância alheia à sua vontade.
Consta da peça acusatória que:

"Consta do incluso inquérito policial que, no dia


29 de abril de 2021, por volta das 23 horas, na
Rua Pantaleão Coelho Xavier, próximo ao nº 1125,
no centro da cidade de Antônio João/MS, Weberton
de Almeida Vieira, vulgo "Motoca", ciente da
ilicitude e da reprovabilidade de sua conduta,
por motivo fútil e mediante recurso que
dificultou a defesa da vítima, tentou matar a
vítima Cleverton da Silva Alves, com 17
(dezessete) anos de idade, não consumando o
delito por circunstâncias alheias à sua vontade.
De acordo com o apurado, na data do crime, a
vítima Cleverton da Silva deixava a residência de
sua amiga Janete Riquelme Roda quando foi
surpreendida, em via pública, pelo denunciado
Weberton, que parou a caminhonete que dirigia,
desembarcou do veículo e se aproximou da vítima
dizendo "o que você estava fazendo na casa da
minha filha, seu filha da puta?". A vítima ainda
argumentou, dizendo que não estava na casa da
filha do acusado, mas na casa de Janete. Todavia,
o denunciado mandou a vítima calar a boca,
desferiu-lhe um soco, que a derrubou no chão e,
assim que ela se levantou, sacou uma arma de fogo
e realizou um disparo que atingiu a vítima no
flanco esquerdo. Após, o acusado embarcou em sua
caminhonete e empreendeu fuga. A vítima voltou à
residência de Janete e pediu ajuda, sendo levada
ao Hospital Municipal de Antônio João/MS e
posteriormente transferida para Ponta Porã, em
razão da gravidade dos ferimentos. A vítima
somente não faleceu em razão do pronto

Modelo 990181796 - Endereço: Rua Baltazar Saldanha, nº 1.817, Jardim Ipanema - CEP
79904-202, Fone: (67)3431-1560, Ponta Porã-MS - E-mail: ppr-1vcrim@tjms.jus.br
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atendimento médico recebido. Ela foi submetida a
procedimento cirúrgico para extração do projétil
que havia ficado alojado em seu corpo. O crime
foi praticado por motivo fútil, porquanto o
denunciado tentou matar a vítima somente pelo
fato de que acreditava que ela estivesse na
residência de sua filha. Além disso, o acusado
agiu de surpresa, atacando a vítima quando esta
caminhava em via pública, dificultando, assim, a
defesa dela. Há indícios de autoria e prova da
materialidade delitiva, conforme boletins de
ocorrência de fls. 04/05 e 06/07, prontuário
médico da vítima de fl. 13, relatórios de
investigação de fls. 17/18 e 43 e depoimentos
colhidos pela autoridade policial."

Recebida a denúncia (f. 53), o réu foi citado (f. 66) e


apresentou resposta à acusação (f. 67-8).
Na instrução, foram colhidos os depoimentos da vítima, de
onze testemunhas e interrogado o réu (f. 316-7).
Em alegações finais, o Ministério Público pediu a pronúncia,
nos termos da denúncia (f. 390-7), enquanto a Defesa, a exclusão das qualificadoras
de motivo fútil e do meio que dificultou a defesa da vítima (f. 400-6).
É o breve relatório. DECIDO.
A decisão que encerra esta fase procedimental é respaldada no
princípio in dubio pro societate. Isso porque, a competência constitucional do Tribunal
do Júri para julgar infrações desse jaez só será mitigada em hipóteses excepcionais,
quando, por exemplo, a acusação for manifestamente improcedente. Havendo
dúvidas, cabe ao juiz natural Tribunal do Júri decidir.
Conforme art. 413 do Código de Processo Penal, o(a)
acusado(a) será pronunciado(a) quando houver prova da materialidade e indícios
suficientes de autoria.
A materialidade do provável crime de homicídio tentado está
provada pelo laudo de exame de corpo de delito de f. 377-9. E, há indícios suficientes
de autoria delitiva consubstanciados nos depoimentos colhidos em Juízo,
especialmente a narrativa da vítima.
A vítima disse que no dia do fato estava na casa de Janete,
onde foi comer pastel e assistir um filme. Quando saiu no portão da casa para ir

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embora, o réu vinha pela rua, desceu do carro, lhe perguntou “O que você estava
fazendo na casa da minha filha, seu filho da puta?”, lhe desferiu um tapa na orelha e
efetuou disparos de arma de fogo contra ele. Após ser atingida, a vítima retornou até
a casa de Janete e pediu que ela acionasse a ambulância para socorrê-lo. Foi levado ao
hospital e transferido para Ponta Porã, onde foi operado para retirar o projétil. Não
imaginava que cruzaria com Weverton na rua. Após efetuar os disparos contra a
vítima, o réu entrou novamente em seu carro e deixou o local. Conhecia o réu
somente de vista. O réu era ex-marido de Fábia, irmã de Janete. Ficou sete dias
internado e um mês em casa, para recuperação, no pós-operatório. Ainda não pode
fazer força, em razão da cirurgia, por recomendação médica. Não entendeu até hoje a
razão pela qual o réu agiu dessa fora. Tinha conhecimento de que o réu era dono de
um mercadinho na avenida e de que a casa onde estava era de Janete e de Fábia, com
quem o réu tem uma filha. Não ia com frequência na casa de Janete. Há um posto
perto do local, por isso estava claro, na ocasião do fato. Trabalha no supermercado
Caio, mas não sabe se o irmão do réu reside próximo ao estabelecimento. Nega ter
feito um check in pela rede social facebook , na mercearia de propriedade do réu, dias
após o fato. Não sofreu ameaças por parte do réu desde a data do fato até a prisão
dele. Não se recorda de ter visto se havia alguma coisa na carroceria da camionete.
Por ocasião da audiência, reconheceu o réu como autor dos disparos (f. 316-7).
A testemunha não compromissada Cleide da Silva, genitora da
vítima, disse que desconhece a razão pela qual o réu atirou contra seu filho. Janete lhe
relatou o ocorrido logo após o fato. Após se recuperar, Cleverton lhe contou os fatos.
Acompanhou o filho durante o atendimento médico, cirurgia e período de
recuperação. Cleverton nem mesmo conhecia Weberton. Não havia qualquer
relacionamento ou desentendimento entre eles. Antes do fato, o réu estava em um
bar que fica ao lado do que Cleide e sua irmã estavam. Weberton estava embriagado
quando deixou o local. Chegou a cumprimentar Cleide e sua irmã na saída. Tem medo
de represálias por parte do réu. Cleverton nunca se envolveu em conflitos antes.
Estudou na mesma escola que o réu e eram vizinhos na infância. Não sofreu ameaças
por parte do réu. Recebeu a notícia por volta das onze horas da noite, por ligação
telefônica de um funcionário do hospital (f. 316-7).

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A testemunha Benta dos Santos Cavalheiro, técnica em
enfermagem, disse que atendeu Cleverton no hospital. Na ocasião, a acompanhante
da vítima relatou que “Motoca” havia atirado contra ele. Fez um curativo na orelha de
Cleverton, que lhe disse que “Motoca” havia lhe batido na orelha com uma arma e
também atirado contra ele. A vítima logo foi encaminhada para Ponta Porã. O tiro
atingiu a lateral do abdômen (f. 316-7).
A testemunha não compromissada Fábia Riquelme, ex-
companheira do réu, disse que soube do fato posteriormente. Na ocasião, estava em
sua casa, dormindo. Janete mora nos fundos. Sabia que Cleverton estava na casa de
Janete, porque os três trabalham no mesmo mercado e saíram juntos do local. Não
ouviu os tiros, mas viu quando Cleverton voltou para a casa de Janete pedindo
socorro. Ele estava ferido e disse que o pai da filha de Fábia havia atirado contra ele.
Weberton e Cleverton não se conhecem, não têm amizade. Weberton costumava
andar armado quando viviam na chácara. Não sabe a razão para Weberton ter atirado
contra Cleverton. A rua onde ocorreu o fato era bem iluminada. Era comum a
camionete do namorado de sua vizinha ficar próxima ao local do fato. Não teve
problema com “Motoca”, nem mesmo após o término do relacionamento. Trabalha
no supermercado Caio e o irmão do réu, chamado Valdecir, reside em local próximo
(f.316-7).
A testemunha Janete Riquelme Roda, amiga da vítima e ex-
cunhada do réu, disse que, momentos antes do fato, Cleverton estava em sua casa, de
onde saiu após às 10h da noite e em seguida retornou dizendo que havia sido atingido
por disparo de arma de fogo efetuado pelo "pai da menina". A vítima estava ferida.
Janete acionou a ambulância, que chegou após cerca de 15 minutos. Confirmou seu
relato na Delegacia, no sentido de que Cleverton lhe disse que o pai de Dafne, que é
"Motoca", havia atirado contra ele. Não presenciou o fato. A vítima e o réu não
tinham desentendimento. Quando o réu era casado com sua irmã Fábia, usava arma
na zona rural. Não sabe a razão do disparo efetuado por Weberton contra Cleverton
(f.316-7).
A testemunha não compromissada Ramão Escurra Borges
disse que recebeu uma ligação da irmã do réu, Luciene, que lhe contou que Weberton

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estava sendo acusado por Cleverton de ter atirado contra ele. Foi até a residência do
réu, por volta de onze da noite, e lhe contou o que soube, porém Weberton negou o
fato. O réu já estava dormindo e usava trajes de dormir. Em seguida, chegaram os
sobrinhos do réu, Marla e Hyran. Estava com o réu no bar do Cachoeira no dia do
ocorrido, onde chegou logo após escurecer e saiu por volta das 09h da noite. O réu
permaneceu no local. Horas depois, na mesma noite, foi até a casa de Weberton.
Entre o horário em que saiu do bar até se dirigir à casa do réu, não teve contato com
ele. A mãe da vítima estava bebendo no bar ao lado. Presenciou o réu dando uma
cerveja para ela (f.316-7).
A testemunha Roberto Franco disse que é proprietário do "Bar
do Cachoeira". Soube do fato pelos comentários da cidade. Na data do ocorrido, o réu
esteve em seu estabelecimento à noite e deixou o local por volta de 21h a 21h30 . No
dia seguinte, teve conhecimento de que um rapaz havia sido baleado e estava
acusando Weberton. A genitora da vítima também estava no bar, à noite, e continua
frequentando o local aos finais de semana. Após o ocorrido, o réu foi algumas vezes
no bar, mas nunca conversaram a respeito. Weberton nunca se envolveu em
desavença em seu estabelecimento (f. 316-7).
A testemunha Paulo Sérgio Fernandes dos Santos disse que
conhece o réu de vista. Soube que o réu está sendo acusado de tentativa de homicídio
ao ouvir comentários na cidade. Na data do ocorrido, antes das dez da noite, jogou
duas partidas de sinuca com Weberton no "Bar do Ita", que fica ao lado do "Bar do
Cachoeira" (f. 316-7).
A testemunha não compromissada Marla Romero Vieira,
sobrinha do réu, disse que a irmã dele, Lucene, ligou para ela, dizendo que
supostamente Weberton teria atirado em uma pessoa. Passou na casa de Lucene,
pegou o primo Hyran e foram até a casa do réu, onde estava conversando com
Ramão. Ao questionar o tio sobre o fato, ele negou e disse que estavam todos loucos.
Weberton trajava roupas de dormir (f. 316-7).
No mesmo sentido, o depoimento da testemunha não
compromissada de Hyran Vieira Cavalheiro (f. 316-7).
A testemunha Paulo Francisco disse que é proprietário de um

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estabelecimento onde funciona lanchonete e restaurante. Na data do fato, o réu
esteve no local, comeu uns pasteis e logo após se retirou. Era próximo ao horário do
fechamento, às 23h. O réu aparentava estar bem e nunca causou problema de brigas
ou confusão no local (f. 316-7).
O réu ficou em silêncio. Perante a autoridade policial, negou a
prática delitiva (f. 45-6).
Em que pese a negativa do réu por ocasião do interrogatório
extrajudicial, as palavras da vítima, ouvida em duas oportunidades, dias após o fato
(f.18-20) e em juízo (f. 316-7), constituem indícios suficientes para que o fato seja
levado à apreciação do Conselho de Sentença.
Assim, há indícios de que o réu desferiu disparo de arma de
fogo contra Cleverton, iniciando a execução do crime de homicídio, que somente não
se consumou por circunstância alheia à sua vontade, qual seja, o pronto e eficaz
socorro médico prestado à vítima, tornando-se dispensáveis maiores considerações,
pena de invasão indevida na competência do Conselho de Sentença.
O Ministério Público defende a existência das qualificadoras
previstas nos incisos II e IV do § 2º do art. 121 do Código Penal porque o réu praticou o
fato em razão de ter encontrado a vítima saindo do terreno onde está situada a
residência de sua ex-companheira e logo após tê-la derrubado ao solo, dificultando de
sobremodo a defesa do ofendido.
A narrativa apresentada pela vítima autoriza a mantença das
referidas qualificadoras, principalmente porque, nesta fase, só é legítimo o
afastamento de qualificadoras manifestamente improcedentes.
Assim, cabe ao Conselho de Sentença o pleno exame dos fatos,
inclusive de eventual qualificadoras (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da
vítima).
Ante o exposto e o mais que dos autos consta, com fulcro no
art. 413, caput, do Código de Processo Penal, PRONUNCIO WEBERTON DE ALMEIDA
VIEIRA, vulgo "Motoca", brasileiro, comerciante, portador da cédula de identidade RG
nº 1484264, expedido pela SSP/MS, inscrito no CPF nº 009.961.741-25, nascido em
13/09/1984, filho de Maria Unices de Almeida e Celeido Vieira, residente e

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domiciliado na Rua Eugênio Penzo, nº 1750, Centro, em Antônio João/MS, atualmente
recolhido na Unidade Penal Ricardo Brandão (UPRB), a fim de que seja submetido a
julgamento pelo e. Tribunal do Júri desta Comarca, sob a acusação de prática do delito
capitulado no art. 121, § 2º, incisos II e IV, c/c o art. 14, inciso II, ambos do Código
Penal, em relação à vítima Cleverton da Silva Alves.
A teor do que dispõe o § 3º do art. 413 do Código de Processo
Penal, presentes seus requisitos autorizadores (art. 312, CPP), mantenho a prisão
preventiva, adotando fundamentação per relationem da decisão que a reavaliou
(f.384-6), acrescida agora da necessidade de assegurar a aplicação da lei penal, uma
vez que o acusado será submetido a júri.
Intimem-se, na forma do art. 420 do Código de Processo Penal.
Preclusas as vias impugnativas, dê-se vista às partes para os
fins do art. 422 do Código de Processo Penal.

Ponta Porã(MS), 09 de novembro de 2021.

Marcelo Guimarães Marques


Juiz de Direito em substituição legal
(assinado por certificação digital)

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