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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1 ª VARA

CRIMINAL DA COMARCA DE BARBACENA ESTADO DE MINAS GERAIS

Tício de Oliveira Mendes, Brasileiro, Solteiro, Auxiliar de escritório, portador do


CPF n.º 672.318.225-17, com Documento de Identidade de n°MG-54.567.275.567,
residente e domiciliado na Rua das Flores, n. 45, Bairro Nossa senhora , CEP:
36440-000, (Barbacena – MG), por seu procurador infra-assinado, vem à presença
de Vossa Excelência, oferecer

QUEIXA-CRIME

Contra Mévio Antônio de Sá, Brasileiro, Divorciado, Auxiliar de serviços gerais,


com CPF n.º 782.580.854-17, com sede na Rua Dr. Augusto de Mendes, n.º 33,
Centro, CEP: 43660-000 (Barbacena – MG), pelas razões de fato e de direito que
passa a aduzir e no final requer.

DOS FATOS

No dia 16/03/2023, durante uma partida de futebol entre amigos, Tício atribuiu a
Mévio a condição de agente que teria furtado um aparelho de celular de Maria das
Dores, fato este absolutamente inverídico. É importante destacar que essa
acusação, além de não ter qualquer base na realidade, também causou graves
prejuízos à reputação de Mévio, que passou a ser visto pelos amigos e conhecidos
como um criminoso.

Ainda sobre os fatos, é importante ressaltar que Mévio não teve qualquer
participação no suposto furto do aparelho celular de Maria das Dores, o que torna a
acusação de Tício ainda mais injusta e prejudicial à imagem do querelante. Além
disso, as acusações foram proferidas publicamente, durante a partida de futebol
com os amigos em comum, o que ampliou ainda mais a repercussão das ofensas
proferidas pelo querelado.

Portanto, os fatos apresentados na queixa-crime demonstram de forma clara a


prática dos crimes de calúnia e difamação por parte de Tício, que deve ser
responsabilizado pelos danos causados à honra e à imagem de Mévio.

DO DIREITO
Com base nos fatos apresentados, os direitos envolvidos são principalmente os
direitos à honra e à imagem de Mévio, que foram violados por Tício por meio das
acusações falsas de furto. Conforme a legislação brasileira, a honra é um bem
jurídico tutelado e protegido pelo ordenamento jurídico, o que significa que qualquer
pessoa que ofenda a honra de outra pode ser responsabilizada criminalmente.

Nesse caso, Tício praticou os crimes de calúnia e difamação, previstos no Código


Penal, que consistem em imputar falsamente a alguém a prática de um crime
(calúnia) ou ofender a reputação de alguém (difamação), seja de forma escrita,
verbal ou gestual, como foi o caso da partida de futebol entre amigos.

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:


Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

DOS PEDIDOS

Ante o Exposto, requer a Vossa Excelência:

1.O recebimento da presente queixa-crime e a instauração do


competente processo criminal em face de Tício, para apuração dos
fatos apresentados pelo querelante;

2. realização das diligências necessárias para a apuração dos


fatos,incluindo a oitiva de testemunhas, se necessário;

3. condenação do querelado pelos crimes de calúnia e difamação,


previstos nos artigos 138 e 139 do Código Penal, respectivamente,
com as penas cominadas para cada um deles;

4. fixação do valor da indenização por danos morais, decorrente das


ofensas proferidas pelo querelado, que deverá ser paga a Mévio;

5. A expedição de ofícios necessários para que sejam adotadas as


medidas cabíveis para a execução da pena e da indenização, após o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
Barbacena 30 de abril de 2023

Darlan Rodrigues dos Santos Militino

Advogado - OAB /MG – 183.123

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