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Direitos Fundamentais

e Constituição

IV. Os sistemas de governo

Gonçalo S. de Melo Bandeira


Prof. Ad. Da ESG/IPCA
Investigador Integrado no
JusGov, Universidade do
Minho
Autoria e adaptações

Gonçalo S. de Mello Bandeira


• Professor Adjunto
da Escola Superior de Gestão do IPCA
• Investigador Integrado no JusGov-Research Centre for
Justice and Governance, Universidade do Minho
• Delegado Sindical na Escola Superior de Gestão do IPCA
do Sindicato Nacional do Ensino Superior-SNESup

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Aulas:

• 28/10/2020: Regime Pós-Laboral;


• 30/10/2020: Regime Laboral;

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Aulas:

• 2/11/2021: Regime Pós-Laboral;

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Sistemas políticos (ou de Governo)

• Os sistemas políticos (ou de governo) definem-se pelo


relacionamento dos diferentes órgãos encarregados do exercício
do poder, ou seja, reflectem a estrutura interna do poder político:
a existência ou não de pluralidade de órgãos de poder, as suas
competências, relações e interdependências.

• O principal elemento dos sistemas políticos é a sede do poder e


todo o processo político se traduz, essencialmente, na luta pela sua
ocupação e manutenção.

• Há que distinguir entre a sede do exercício do poder e a sede de


apoio; e entre a sede de apoio do poder e sede efectiva ou real.

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• A sede do exercício do poder é o órgão ou conjunto de órgãos sem
o consentimento dos quais o poder não está disponível. É o
elemento que mais interessa para identificar o sistema de governo
pois ele diz respeito ao próprio aparelho do poder.

• A sede de apoio diz respeito aos grupos, aos extractos sociais e


classes que estão numa relação de obediência consentida com o
aparelho do poder e que quer de uma forma activa, quer de uma
forma passiva, não formam uma resistência que implique uma
fonte de competição pela ocupação do poder ou mesmo o eventual
uso da força.

• A sede efectiva diz respeito aos grupos de órgãos que têm


capacidade de influenciar ou até de controlar o exercício do poder.

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• A entrega da sede do exercício do poder ao partido maioritário é uma


consequência do princípio da legitimidade democrática. Esta encontra-se
associada à sede de apoio, pois se esta deixar de se manifestar, quer de
modo activo através da militância, quer de modo passivo, baseado numa
obediência silenciosa ou no alheamento à sede do exercício do poder,
dificilmente poderá continuar a exercê-lo.

• Auctoritas e Potestas;

• Em regra, as Constituições situam a sede do exercício do poder num dos


órgãos supremos do Estado. É esse órgão que responde perante o
eleitorado, pela política geral da governação do país e é essa importância
em relação aos outros órgãos de soberania que permite identificar o
sistema de governo.

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• Assim conforme os órgãos legalmente proeminentes (importantes)


do aparelho de Estado são: o parlamento e o governo ou o chefe do
Estado e a assembleia parlamentar, encontramo-nos perante
sistemas de governo parlamentares ou presidencialistas, ou de
convenção ou assembleia, ou regimes mistos entre os quais o semi-
presidencialista.

• Para esta caracterização será necessário atendermos a 3 conceitos:


• - separação de poderes;
• - dependência, independência ou interdependência dos órgãos;
• - responsabilidade política.

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• - Sistema parlamentarista
• - Sistema presidencialista
• - Sistema de assembleia ou convenção
• - Sistemas mistos (ex: semi-presidencialista)

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• Sistema parlamentarista

• Exemplo: Grã Bretanha, Alemanha, Itália

• Neste sistema, o governo compreende, em regra, um chefe do executivo,


que se pode chamar primeiro-ministro, presidente do conselho, chanceler;
também tem ministros com funções e competências diversas e, ainda, tem
secretários de Estado.

• O chefe de Estado não pertence ao governo nem detém qualquer


intervenção na política governamental.

• A política geral do governo é definida pelo Conselho de Ministros sob


orientação do chefe do executivo (primeiro-ministro).

• No entanto, a formação do governo depende do parlamento e é perante


este responsável, a título individual ou colectivo.
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• Sistema presidencialista

• Neste sistema, o governo engloba o chefe do Estado que é o chefe


do executivo e a quem compete definir a política geral do país.

• Além do chefe do Estado existem os secretários de estado que são


meros colaboradores do Presidente e exercem funções
predominantemente administrativas. Exemplo: EUA

• Neste sistema, em forma pura, o governo é independente do


parlamento, quer quanto à formação, quer quanto à subsistência,
pois nem o parlamento pode demitir o governo, nem este pode
dissolver o parlamento.

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• Sistemas de assembleia ou convenção

• Neste sistema, a política geral do governo é traçada pela assembleia e os


membros do governo que desempenham funções predominantemente
administrativas.

• O governo faz parte do parlamento, sendo por ele nomeado e perante ele
responsável.

• Caracterizam-se pela supremacia expressa do parlamento sobre o


governo.

• Nas assembleias representativas concentram-se por delegação do povo


todos os poderes soberanos registando, em regra, formalmente o
princípio da separação dos poderes.

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• Neste sistema não existe poder executivo distinto da assembleia


pois os membros do governo são escolhidos por ela, de entre os
seus membros, e podem por ela ser demitidos. Tanto o poder
legislativo como o poder executivo pertencem à assembleia e o
governo é uma espécie de comissão da assembleia.

• Em regra neste sistema não há chefe de Estado singular; a


assembleia representativa elege entre os seus membros uma
comissão permanente ou conselho de Estado.

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• Sistemas Mistos

• Os três sistemas de que falamos são sistemas puros, que


correspondem ao sistema de governo dos E.U.A, da Grã-Bretanha,
e ao que vigorou na URSS até 1989/1990.

• No entanto, esses sistemas nem sempre têm as mesmas


características totalmente idênticas, pois há sistemas de governo
que não são mais do que uma mistura de características do
sistema presidencialista e parlamentar e que são designados por
sistemas mistos, como o caso do sistema semi-presidencialista.

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Conclusão:
• Como com grande clarividência referia J.-E.-M.
PORTALIS: “A função da lei é a de nos proteger
contra fraude de outrem; mas não a de nos
dispensar o uso da nossa própria razão. Já que
de outro modo, a vida dos homens, sob a
violência das leis, não seria mais do que uma
longa e vergonhosa necessidade; e esta
vigilância, ela própria, degeneraria em
inquisição.”
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Barcelos, Escola Superior de Gestão -
I.P.C.A., 1º semestre: 2021/2022

• Agradecemos a atenção e participação.

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Autoria e adaptações, tendo em consideração toda a
Bibliografia indicada no Programa Curricular de
2020/21 e que serve de fonte:
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• Professor Adjunto
da Escola Superior de Gestão do IPCA
• Investigador Integrado no JusGov-Research
Centre for Justice and Governance,
Universidade do Minho
• Delegado Sindical do Sindicato Nacional do
Ensino Superior-SNESup
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