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O Primeiro Reinado (1822-1831)

Conforme estudamos em nossas aulas, o Primeiro Reinado foi, na verdade, um grande período de transição. Apesar de
estarmos formalmente separados de Portugal, ainda éramos governados por um Príncipe português, futuro rei de
Portugal e que governava apoiado num partido formado por uma elite de comerciantes e burocratas portugueses que
haviam permanecido no país após a independência. Assim sendo, a principal temática política do 1º. Reinado foi o
confronto entre esse Partido Português e o chamado Partido Brasileiro, onde se fundiram representantes dos
partidos Aristocrata e Democrata que reivindicavam uma participação mais efetiva dos brasileiros no poder. Tanto a
política interna, quanto a política externa do governo de D. Pedro foram fortemente contestadas pelos brasileiros
e acabaram por desembocar na abdicação do monarca em 7 de abril de 1831.
Organize a tabela abaixo com o objetivo de identificar os principais pontos da política de D. Pedro e as críticas
a ela feitas pelos brasileiros.

O Período Regencial (1831-1840)


A abdicação de D. Pedro I em 7 de abril de 1831 e a menoridade de D. Pedro de Alcântara abriram caminho para um
dos mais conturbados períodos da história brasileira. A elite brasileira que durante o Primeiro Reinado se unira no
Partido Brasileiro, reagrupa-se agora em dois novos partidos políticos – Liberais Moderados e Liberais Exaltados e
suas diferentes ideias voltar a marcar o cenário político brasileiro. Pesquise em livros didáticos, na internet e em suas
anotações de aula as características desses dois partidos e registre-as no quadro abaixo.

A época da Regência costuma ser dividida em duas fases de acordo com suas características políticas: a fase do
Avanço Liberal (1831-1837) e a fase do Regresso Conservador. (1837-1840).
Leia com atenção o texto a seguir e responda as questões.
“As rebeliões nas províncias, na época da Regência, exprimem um desejo de autonomia. Impulsionando essas
rebeliões encontramos atos políticos que pretendiam resolver a questão da opressão econômica e fiscal das províncias.
O governo central do país arrecadava impostos e os distribuía do jeito que bem entendia, não se interessando em
realizar as obras que as províncias reclamavam. No caso do norte e do nordeste, existem ainda outros fatores que
provocaram as rebeliões: a existência de massas pobres e livres; a escravidão, o declínio das exportações de algodão,
fumo e açúcar; a paralisação socioeconômica das regiões, o descontentamento dos comerciantes brasileiros e dos
latifundiários com o predomínio do comerciante varejista português. A união de fatores sociais e reivindicações
políticas deu um ritmo próprio aos grandes levantes do norte e do nordeste, como a Cabanagem e a Balaiada. A
Cabanagem e a Balaiada desmentem a lenda de que o povo brasileiro é pacífico e acomodado. As grandes massas
brasileiras, formadas por pessoas extremamente pobres lutaram sempre. Apenas nunca conseguiram dar a essa luta a
força da união e da continuidade. (LOPEZ, Luís Roberto. História do Brasil Imperial. P.A. Mercado Aberto, 1982. pp.
54-56)
a) Identifique os principais movimentos ocorridos no período regencial identificando a região e a época onde
ocorreram.
b) Segundo o texto quais os dois principais motivos geradores dos movimentos provinciais?
c) A partir desses motivos podemos identificar dois diferentes tipos de movimentos. Identifique-os a partir de seus
objetivos e dos grupos sociais que os lideravam.
d) O autor do texto considera que “a Cabanagem e a Balaiada desmentem a lenda de que o povo brasileiro é pacífico e
acomodado.” Por quê? Você concorda?
O Segundo Reinado (1840 – 1889)
Como vimos em nossas aulas, em 1847, numa tentativa de pôr fim às constantes crises políticas do Império, foi criado
o cargo de Presidente do Conselho de Ministros. Esse momento é considerado por alguns historiadores como o início
do Parlamentarismo no Segundo Reinado. A partir dessa ideia vamos trabalhar com alguns conceitos:
Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) oferece a sustentação política
(apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Logo, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser
formado e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, geralmente, exercido por um primeiro-
ministro (chanceler). O parlamentarismo pode se apresentar de duas formas. Na República Parlamentarista, o chefe de
estado (com poder de governar) é um presidente eleito pelo povo e nomeado pelo parlamento, por tempo determinado.
Nas monarquias parlamentaristas, o chefe de Estado é o Monarca (rei), que assume de forma hereditária. Neste último
caso, o chefe de governo (que governa de fato) é um primeiro-ministro, também chamado de chanceler.
Ministério (ou Gabinete) conjunto de Ministros de Estado. Durante o Império, o imperador escolhia um líder entre os
membros do partido que havia vencido a eleição, e este, por sua vez, formava um ministério ou gabinete que o
ajudaria a governar. O Primeiro Ministro era o responsável por colocar em prática o projeto político de seu partido.
Quando falamos em Parlamentarismo imediatamente nos lembramos da Inglaterra, país em que esse sistema de
governo foi adotado pela primeira vez em 1688. No Brasil, os historiadores costumam dizer foi adotado um modelo de
“parlamentarismo às avessas”. Comparando os dois modelos de Parlamentarismo, explique por que os historiadores se
utilizam dessa expressão para caracterizar o parlamentarismo brasileiro. Com a ascensão ao trono de D. Pedro II
ocorre uma nova reformulação
político-partidária no país. Entraram
em cena CONSERVADORES e
LIBERAIS.
Observe a charge abaixo
Carrossel Partidário: O rei se diverte,
caricatura de Faria, publicada em O
Mequetrefe de 9 de janeiro de 1878,
mostra D. Pedro II como a coluna
central de um carrossel, ao qual se
prendem os cavalinhos. Na barra do
vestido da dama à direita, lê-se
“Partido Liberal”. Em oposição, o
homem representa o Partido
Conservador. No vestido da velha que
move o carrossel, lê-se “diplomacia”.
Com base no texto e na caricatura,
responda às perguntas abaixo:
a) O que essa caricatura nos informa
sobre a política partidária do 2º
Reinado? Por que o desenhista usou a
imagem de um carrossel?
b) Por que era possível que os partidos políticos atuassem juntos em um mesmo gabinete?
c) Justifique a frase de Holanda Cavalcanti: “Nada se assemelha mais a um saquarema do que um luzia no poder”.

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