Você está na página 1de 5

COLÉGIO ESTADUAL OSÓRIO RODRIGUES CAMARGO.

Bimestre: 1 º Série: Turma: 2023


Professor (a): Ana Paula
Disciplina:
Estudante:

SEGUNDO REINADO

O Segundo Reinado foi um período que se estendeu


de 1840 a 1889 e no qual o trono brasileiro foi ocupado
por D. Pedro II. Ele assumiu como imperador por meio
do Golpe da Maioridade e, durante seus 49 anos de
reinado, diversos acontecimentos marcantes
aconteceram, como a Guerra do Paraguai e a abolição
da escravidão. Foi destronado com a Proclamação da
República, em 1889.
A política do Segundo Reinado era complexa, e D.
Pedro II teve de dar uma atenção extra aos partidos políticos para manter a estabilidade do seu reinado. Os dois
partidos eram o Partido Conservador e o Partido Liberal, os quais tinham uma pequena diferença ideológica entre si,
mas que, em geral, eram representantes dos mesmos interesses e das mesmas classes sociais.
A disputa entre liberais e conservadores foi acirrada no começo da década de 1840, quando D. Pedro II ainda se
consolidava na função de imperador. Por essa razão, o sistema político estabelecido no Segundo Reinado permitia
um revezamento entre liberais e conservadores. No longo prazo, isso garantiu a estabilidade do Segundo Reinado.
O sistema em questão era o parlamentarismo às avessas. Nesse sistema, o Brasil era governado como em uma
monarquia parlamentarista, havendo um gabinete ministerial, que chefiava o governo e os parlamentares. Com isso,
se o imperador não estivesse satisfeito com a atuação do gabinete ou dos deputados, ele poderia dissolver o
Parlamento e convocar novas eleições.
Ao todo, ao longo dos anos do Segundo Reinado, foram formados 36 gabinetes diferentes, o que mostra que a
rotatividade no poder entre liberais e conservadores era elevada. A possibilidade de mudança rápida na chefia do
governo foi o que garantiu esse convívio mais harmônico entre liberais e conservadores.
No que se refere à economia, os dois grandes destaques são a economia cafeeira, que se consolidou como o
principal item da economia brasileira, e a embrionária industrialização que foi esboçada no país. O destaque, claro,
vai para o café, o principal item de exportação da economia brasileira até a década de 1950.
O café foi introduzido no Brasil no século XVIII e, no século XIX, popularizou-se como principal atividade
econômica. As duas grandes regiões produtoras de café no país foram o Vale do Paraíba (localizado no Rio de Janeiro
e parte de São Paulo) e o Oeste Paulista. Uma região secundária na produção cafeeira foi a Zona da Mata de Minas
Gerais.
No que se refere à industrialização, o Brasil viveu um pequeno surto de desenvolvimento industrial entre as
décadas de 1840, 1850 e 1860. Nesse período, o país teve um aumento na navegação a vapor e viu as estradas de
ferro se multiplicarem, sobretudo visando ao aumento das exportações do país. Um dos símbolos desse período foi
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá.
Após a década de 1870, a monarquia entrou em crise. Ela já não conseguia atender às demandas e aos interesses
de uma parcela considerável da sociedade, incluindo classes urbanas, alguns grupos políticos representantes das
elites e os militares. Ao redor desses grupos, a república começou a surgir como uma alternativa.
A década de 1880 foi marcada por uma crise política crônica, e a monarquia perdia cada vez mais apoio. Grupos
de militares e civis começaram a conspirar contra o imperador D. Pedro II e essa conspiração resultou no 15 de
novembro de 1889. Nesse dia, o marechal Deodoro da Fonseca liderou a derrubada do gabinete ministerial, e o
vereador José do Patrocínio proclamou a república.
D. Pedro II foi destronado e, juntamente com a família real, foi expulso do Brasil, partindo para o exílio na Europa
no dia 17 de novembro de 1889. O ex-imperador nunca mais retornou ao Brasil e morreu em Paris, no ano de 1891.
ATIVIDADES

01. (Enem 2021) TEXTO

A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos


da casa para as praças e praias era geralmente
destinada ao único escravo da família ou ao de
menor status ou valor. Todas as noites, depois das
dez horas, os escravos conhecidos popularmente
como “tigres” levavam tubos ou barris de
excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do
Rio.

À ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos
Séculos XVIII e XIX caracterizada pela

A.

B. Valorização do trabalho braçal. D. Sacralização das atividades laborais.


C. Reiteração das hierarquias sociais. E. Superação das exclusões econômica
02. (Enem 2021) No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência escrava
apresentada?

No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência escrava apresentada?

A. Criação de relações de trabalho. C. Suavização da aplicação de normas.

B. Fundação de territórios quilombolas. D . Regularização das funções remuneradas.

03. (Enem 2017) Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra com
pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para os trabalhadores
escravos que conquistavam a liberdade.

O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de Reforma agrária

A. Expansão mercantil.

B. Concentração fundiária.
C. Desruralização da elite.
D. Mecanização da produção

4. (Enem 2007)

Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil, assinale a opção correta.
A. O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a adesão de todas as correntes políticas do país.
B. O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a proibição do uso dos serviços das crianças nascidas em
cativeiro.
C. Antes que a compra de escravos no exterior fosse proibida, decidiu-se pela libertação dos cativos mais velhos.
D. Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o processo abolicionista, tornando ilegal a escravidão no
Brasil.

5. (Enem 2015)
Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início dos anos de 1850, pouco mais de uma década após o Golpe da
Maioridade. Considerando o contexto histórico em que foram produzidas e os elementos simbólicos destacados, essas
imagens representavam um

A. Jovem maduro que agiria de forma irresponsável.


B. Imperador adulto que governaria segundo as leis.
C. Líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.
D. Soberano religioso que acataria a autoridade papal.

6. (Enem PPL 2010) Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra

dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de

uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois


A. Representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordem.
B. Confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina.
C. Concretizou a emancipação dos escravos negros.
D. Incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.

7. (Enem PPL 2012)

verdadeira mancha. Essa consciência resulta da

mistura de duas correntes diversas: o

arrependimento dos descendentes de senhores e

a afinidade de sofrimento dos herdeiros de

escravos.

TEXTO I
TEXTO II
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que
Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como
vai introduzindo o elemento da dignidade humana em
verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores
nossa legislação, e para qual a escravidão é uma
para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando
com maestria a imprensa de sua época. Criou pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou

repercussão internacional para a causa abolicionista, vulto e a escravidão se tornou um constrangimento, uma

publicando em jornais estrangeiros lidos e respeitados vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim.

Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria como resultado da:
A. Evolução moral da sociedade. C. Atuação isenta da Igreja Católica.
B. Vontade política do Imperador. D. Ineficácia econômica do trabalho escrava

8.(Enem2013)

As

imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos

dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente:
A. Habilidade militar – riqueza pessoal.
B. Liderança popular – estabilidade política.
C. Instabilidade econômica – herança europeia.
D. Isolamento político – centralização do poder.
E. Nacionalismo exacerbado – inovação administrativa.

Você também pode gostar