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Rio de Janeiro, 04 de junho de 2022.

Nome: ________________________________________ Turma: ______________________


Professor (a): Disciplina: História Assunto: Período Joanino / Idade Moderna
1-(ENEM 2016) O que ocorreu na Bahia de 1798, Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o
ao contrário das outras situações de contestação acontecimento, embora com percepções diversas,
política na América portuguesa, é que o projeto que relacionam-se a um aspecto do processo de
lhe era subjacente não tocou somente na condição, independência da colônia luso-americana expresso
ou no instrumento, da integração subordinada das em dissensões entre:
colônias no império luso. Dessa a) quadros dirigentes em tomo da abolição da
feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais ordem escravocrata.
(1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência. b) grupos regionais acerca da configuração
político-territorial.
A diferença entre as sedições abordadas no texto c) intelectuais laicos acerca da revogação do
encontrava-se na pretensão de domínio eclesiástico.
(A) eliminar a hierarquia militar. d) homens livres em tomo a extensão do direito de
(B) abolir a escravidão africana. voto.
(C) anular o domínio metropolitano. e) elites locais acerca da ordenação do monopólio
(D) suprimir a propriedade fundiária. fundiário.
(E) extinguir o absolutismo monárquico.
4-(ENEM 2010) Eu, o Príncipe Regente, faço saber
2-(ENEM 2014) A transferência da corte trouxe aos que o presente Alvará virem: que desejando
para a América portuguesa a família real e o promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um
governo da Metrópole. Trouxe também, e dos mananciais dela as manufaturas e a indústria,
sobretudo, boa parte do aparato administrativo sou servido abolir e revogar toda e qualquer
português. Personalidades diversas e funcionários proibição que haja a este respeito no Estado do
régios continuaram embarcando para o Brasil atrás Brasil. Alvará de liberdade para as indústrias (1.o de Abril de 1808). In Bonavides, P.; Amaral,
R. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
da corte, dos seus empregos e dos seus parentes
após o ano de 1808. NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada
no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. O projeto industrializante de D. João, conforme
expresso no alvará, não se concretizou. Que
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de características desse período explicam esse fato?
independência da América portuguesa por terem a a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e
(A) incentivado o clamor popular por liberdade. o fechamento das manufaturas portuguesas.
(B) enfraquecido o pacto de dominação b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o
metropolitana. predomínio industrial inglês sore suas redes de
(C) motivado as revoltas escravas contra a elite comércio.
colonial. c) A desconfiança da burguesia industrial colonial
(D) obtido o apoio do grupo constitucionalista diante da chegada da família real portuguesa.
português. d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a
(E) provocado os movimentos separatistas das posição púbica assumida por Portugal no comércio
províncias. internacional.
e) O atraso industrial da colônia provocado pela
3-(Enem 2021) O movimento sedicioso ocorrido na perda de mercados para as indústrias portuguesas.
capitania de Pernambuco, no ano 1817, foi
analisado de formas diferentes por dois meios de 5-(ENEM 2013) Nasce daqui uma questão: se vale
comunicação daquela época. O Correio Braziliense mais ser amado que temido ou temido que amado.
apontou para o fato de ser “a comoção no Brasil Responde-se que ambas as coisas seriam de
motivada por um descontentamento geral, e não desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito
por maquinações de alguns indivíduos". Já a seguro ser temido que amado, quando haja de faltar
Gazeta do Rio de Janeiro considerou o movimento uma das duas. Porque dos homens se pode dizer,
como um "pontual desvio de norma, apenas uma duma maneira geral, que são ingratos, volúveis,
'mancha' nas 'páginas da História Portuguesa’, tão simuladores, covardes e ávidos de lucro, e
distinta pelos testemunhos de amor e respeito que enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus,
os vassalos desta nação consagram ao seu oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos,
soberano". JANCSÔ. I. PIMENTA, J. P. Peças da um mosaico. In MOTA. C. G. (Org) quando, como acima disse, o perigo está longe;
Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000) São Paulo; Senac. 2000 (adaptado).
mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe.
Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
(E) conveniência entre o poder tirânico e a moral
A partir da análise histórica do comportamento do príncipe.
humano em suas relações sociais e políticas,
Maquiavel define o homem como um ser: 8-(ENEM 2020) Certos músicos agradavam tanto
ao público da Corte por seu talento especial como
(A) munido de virtude, com disposição nata a virtuose ou como compositor, que sua fama se
praticar o bem a si e aos outros. espraiava para além da Corte local onde estavam
(B) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas empregados, chegando aos mais altos níveis. Eram
para alcançar êxito na política. chamados para tocar nas Cortes dos poderosos,
(C) guiado por interesses, de modo que suas ações como aconteceu com Mozart; imperadores e reis
são imprevisíveis e inconstantes. exprimiam abertamente prazer com sua arte e
(D) naturalmente racional, vivendo em um estado admiração por suas realizações. Tinham permissão
pré-social e portando seus direitos naturais. para jantar à mesma mesa — normalmente em
(E) sociável por natureza, mantendo relações troca de uma execução ao piano; muitas vezes se
pacíficas com seus pares. hospedavam em seus palácios quando viajavam e
assim conheciam intimamente seu estilo de vida e
6- (ENEM 2015) A natureza fez os homens tão seu gosto. ELIAS, N. Mozart, sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995
(adaptado).
iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito,
que, embora por vezes se encontre um homem
Com base no caso descrito, qual elemento histórico
manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito
do Antigo Regime contrasta com o trânsito de
mais vivo do que outro, mesmo assim, quando
intelectuais e artistas pelas Cortes?
se considera tudo isto em conjunto, a diferença
entre um e outro homem não é suficientemente
a) Rigidez das estruturas sociais.
considerável para que um deles possa com base
b) Fragmentação do poder estatal.
nela reclamar algum benefício a
c) Autonomia de profissionais liberais.
que outro não possa igualmente aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003. d)Harmonia das relações interindividuais.
e) Racionalização da administração pública.
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade
civil, quando dois homens desejavam o mesmo 9-(ENEM 2021) O processo formativo do Estado
objeto, eles desenrolou-se segundo a dinâmica de dois
(A) entravam em conflito. movimentos contraditórios e simultâneos:
(B) recorriam aos clérigos. fragmentação e centralização. De um lado,
(C) consultavam os anciãos. fragmentação na medida em que os príncipes
(D) apelavam aos governantes. europeus tiveram de lutar contra o poder
(E) exerciam a solidariedade. universalista do papa; e centralizador na medida
em que os príncipes tiveram que lutar contra o
7- (ENEM 2010) O príncipe, portanto, não deve se poder político e militar de outros chefes políticos
incomodar com a reputação de cruel, se seu rivais. Desse processo resultaram as características
propósito é manter o povo unido e leal. De fato, fundamentais do Estado moderno: exército e
com uns poucos exemplos duros poderá burocracia civil permanentes, padronização
ser mais clemente do que outros que, por muita tributária, direito codificado e mercado unificado.
GONÇALVES, W. Relações Internacionais. Rio de Janeiro. Zahar, 2008 (adaptado).
piedade, permitem os distúrbios que levem ao
assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret,
2009. A institucionalização política mencionada teve
como uma de suas causas o êxito de alguns
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, príncipes em
reflexão sobre a Monarquia e a função do
governante. A manutenção da ordem social, a) monopolizar o uso legítimo da força.
segundo esse autor, baseava-se na b) reforçar a hegemonia social do clero.
(A) inércia do julgamento de crimes polêmicos. c) restringir a influência cultural da nobreza.
(B) bondade em relação ao comportamento dos d) respeitar a diversidade das vivências locais.
mercenários. e) conter a autoridade das lideranças carismáticas.
(C) compaixão quanto à condenação de
transgressões
religiosas.
(D) neutralidade diante da condenação dos servos.

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