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História do Brasil - Lista de Exercícios 

Aula 03: Período Joanino e Independência do Brasil 


 
HB.01 Enem 2013 
A vinda da família real deslocou definitivamente o eixo da vida administrativa da Colônia
para o Rio de Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. A presença da Corte
implicava uma alteração do acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do
absolutismo acompanharia a alteração.
(FAUSTO, B. História do Brasil.
São Paulo: Edusp, 1995 - fragmento)

As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro em decorrência da presença da


Corte estavam limitadas à superfície das estruturas sociais porque:
a) a pujança do desenvolvimento comercial e industrial retirava da agricultura de exportação
a posição de atividade econômica central na Colônia.
b) a expansão das atividades econômicas e o desenvolvimento de novos hábitos conviviam
com a exploração do trabalho escravo.
c) a emergência das práticas liberais, com a abertura dos portos, impedia uma renovação
política em prol da formação de uma sociedade menos desigual.
d) a integração das elites políticas regionais, sob a liderança do Rio de Janeiro, ensejava a
formação de um projeto político separatista de cunho republicano.
e) a dinamização da economia urbana retardava o letramento de mulatos e imigrantes,
importante para as necessidades do trabalho na cidade.

HB.02 Enem 2014 


A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da
Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás
da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
(NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L F.
História da vida privada no Brasil.
São Paulo: Cia, das Letras, 1997)

Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América


portuguesa por terem a:
a) incentivado o clamor popular por liberdade.
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e) provocado os movimentos separatistas das províncias.

HB.03 Enem 2014 


TEXTO I
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza
não existiria. A Colônia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América.
Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos.
(José Murilo de Carvalho)
TEXTO II
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o
responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao
longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso
fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII.
(1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas.
Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007 - adaptado)
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil.
Nos textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de um dos
possíveis legados desse episódio para a história do país. O legado discutido e um
argumento que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão
associados, respectivamente, em:
a) Integridade territorial – Centralização da administração régia na Corte.
b) Desigualdade social – Concentração da propriedade fundiária no campo.
c) Homogeneidade intelectual – Difusão das ideias liberais nas universidades.
d) Uniformidade cultural – Manutenção da mentalidade escravista nas fazendas.
e) Continuidade espacial – Cooptação dos movimentos separatistas nas províncias.

HB.04 Enem 2010 


Leia o texto: “Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que
desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as
manufaturas e a indústria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a
este respeito no Estado do Brasil”.
(Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In: Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da
História do Brasil. Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).

O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que


características desse período explicam esse fato?
a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas
portuguesas.
b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre suas
redes de comércio.
c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família real
portuguesa.
d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no
comércio internacional.
e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias
portuguesas.

HB.05 FGV 
A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou uma alternativa
para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de implementar as bases
para a formação de um império luso-brasileiro na América.
Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.
a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao Império
Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando
início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do
império passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de 1817, que defendia o separatismo com o
governo republicano e a manutenção da escravidão.

HB.06 Fuvest 
Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808,
chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como
a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a
anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português,
invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à
guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da
França.

HB.07 Enem 2019 


Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira
de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a
Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres
nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou
os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado
Medeiros.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque
evidencia a
a) rigidez hierárquica da estrutura social.
b) inserção feminina nos ofícios militares.
c) adesão pública dos imigrantes portugueses.
d) flexibilidade administrativa do governo imperial.
e) receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.

HB.08 Fuvest 
Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e
armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e
molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a
retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias
inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão
estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham,
podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.
Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em
1824). Adaptado.

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em
1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns
efeitos
a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial
dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.
b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos
portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas
nas colônias.
c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após
a chegada da família real portuguesa à América.
d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos
do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano americana.
e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império
Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.

HB.09 Unicamp 
Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o historiador Kenneth Maxwell
afirma: Novas instituições foram criadas pela coroa portuguesa, e a maioria delas foi
estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, assumiu um papel centralizador dentro de uma
América portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido administrativo. Houve
resistência a isso, principalmente em Pernambuco, em 1817. Mas, no final, o poder central
foi mantido.
(Adaptado de Kenneth Maxwell, “Para Maxwell, país não permite leituras convencionais”. Entrevista concedida a
Marcos Strecker. Folha de São Paulo, 25/11/2007, Mais, p. 5.)

a) Segundo o texto, QUAIS as mudanças suscitadas pela transferência da Corte portuguesa


para o Rio de Janeiro em 1808?
b) EXPLIQUE os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817.

HB.10 Unesp 
Em março de 1808, a corte portuguesa desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, que se
tornou a capital do império português.
a) Por que a família real teve que abandonar Portugal?
b) Cite duas conseqüências, de ordem cultural, decorrentes da presença dos Bragança no
Rio de Janeiro.

HB.11 PUC 
A transferência da corte portuguesa para o Brasil conferiu à nossa independência política
uma característica singular, pois favoreceu a:
a) Ruptura do pacto colonial, sem graves convulsões sociais e, também, sem a
fragmentação territorial.
b) Manutenção do exclusivo colonial e a continuidade dos investimentos portugueses.
c) Coesão partidária sem contestação e a unidade provincial em torno do novo regime.
d) Alteração da estrutura social anterior e, também da organização econômica
e) Permanência dos funcionários ligados à corte e, também, dos burocratas lusos.

HB.12 UFPE 
Processo político de emancipação do Brasil desenvolveu-se dentro de condições bastante
especiais, dentre as quais é correto assinalar:
a) a presença de D. Pedro I, como regente do trono, estabelecia a possibilidade de uma
separação entre Portugal e Brasil, sem, contudo, romper radicalmente com o regime
monárquico.
b) as primeiras notícias chegadas ao Brasil dos acontecimentos do Porto deflagraram, em
todas as províncias brasileiras, movimentos de repúdio à revolução lusa, formando-se
“Juntas Constitucionais”.
c) a Revolução do Porto, fundamentada em ideias liberais, tinha entre seus objetivos a
reforma constitucional portuguesa e a emancipação política das suas colônias, entre elas, o
Brasil.
d) nas Juntas Constitucionais formadas por brasileiros e portugueses, nas quais os
brasileiros eram em maior número, havia a firme decisão de não se acatarem as resoluções
tomadas pelas cortes em Lisboa, o que contrariava os interesses lusos.
e) Com relação ao Brasil, os revolucionários portugueses do Porto, mantinham a coerência
com os postulados liberais, mostrando-se intransigentes defensores da emancipação
política brasileira.

HB.13 Unesp 
No contexto da independência política do Brasil de Portugal, é correto afirmar que:
a) No Congresso de Viena, os adversários de Napoleão I tomaram várias decisões a favor
do liberalismo.
b) A Revolução Constitucionalista do Porto (1820) defendia a ampliação do poder real.
c) O regresso de D. João VI a Lisboa significou a vitória da burguesia liberal portuguesa.
d) Ao jurar a Constituição de 1824, D. Pedro I aderiu às teses democráticas de Gonçalves
Ledo.
e) A Abertura dos Portos e os Tratados de 1810 favoreceram os comerciantes portugueses.

 
 
HB.14 UniRio 
A Revolução do porto, em 1820, pode ser considerada decisiva para a Independência do
Brasil porque:
a) Garantia a autonomia da colônia implementada durante a permanência do governo
português no Brasil.
b) Fortalecia os grupos liberais radicais, cada vez mais ativos na colônia e articulados com
os grandes proprietários.
c) Impunha a colônia um programa de reformas liberais, com a proibição do tráfico negreiro.
d) Transferia a colônia o caráter reformista do capitalismo industrial e do liberalismo.
e) Ameaçava os interesses dos grupos brasileiros, tentando reverter várias medidas
tomadas por D. João no Brasil.

HB.15 UFPB 
O processo de emancipação política do Brasil constituiu-se com marchas e contramarchas,
de modo lento e gradual. Com relação a esse processo, considere as seguintes afirmativas:
I. A vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro (1808) representou a montagem de
todo um aparelho de instituições estatais sob o qual se estruturou a administração do Brasil
Independente (1822).
II. A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido (1815) representou a necessidade da
metrópole portuguesa em reconhecer a independência do Brasil.
III. A Revolução do Porto (1820) foi liberal no que se referia a Portugal, propondo uma
monarquia constitucional, mas foi recolonizadora para o Brasil, exigindo a volta da corte
para Lisboa, a fim de reimplantar o monopólio comercial nos moldes anteriores a 1808.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I e II.
b) Apenas III.
c) Apenas II.
d) Todas.
e) Apenas I e III.

HB.16 UFMA 
A independência política do Brasil não representou alteração qualitativa no sistema social.
Isto porque foi mantido(a):
a) A proibição da vinda de imigrantes de qualquer país.
b) A predominância de brasileiros nos principais cargos da burocracia estatal.
c) A liberdade de culto e de imprensa.
d) O livre acesso à propriedade da terra às pessoas de qualquer classe social.
e) O trabalho escravo, presente em todas as atividades produtivas.
Gabarito
1. B
2. B
3. A
4. B
5. D
6. C
7. A
8. C
9.
a) O estabelecimento da Corte Lusitana no Brasil, a partir de 1808, exigiu a criação de
órgãos político-administrativos, como ministérios, a imprensa oficial, o Banco do Brasil, a
Casa da Moeda e outros. Esse processo representou a constituição de um aparelho de
Estado central que assume relevante papel na independência concretizada em 1822.
b) A chamada Revolução Pernambucana de 1817 levantou os setores liberais mais radicais,
entre civis e militares, com o intuito de romper o domínio colonial português e estabelecer
uma república federativa no país segundo o modelo norte-americano de Estado livre vigente
desde 1776.
10.
a) A vinda da família real ocorreu a partir do contexto internacional com a invasão das
tropas napoleônicas a Portugal. Para não se submeter aos invasores franceses, a Corte foi
transferida para o Brasil.
b) A Coroa portuguesa efetivou uma série de transformações culturais que foram desde a
instalação da Imprensa Régia, a fundação de cursos superiores de Medicina e de escolas
de formação de oficiais militares, a criação do Jardim Botânico e da Biblioteca Real, e a
vinda da missão artística francesa, a partir de 1816, dentre outras.
11. A
12. A
13. C
14. E
15. E
16. E

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