SIMULADO 2 – História
Pode-se afirmar que tal característica é o:
1. O rei, nosso Senhor e amo, dorme o sono
da... indiferença.
Os jornais, que diariamente trazem os desmandos
desta situação, parecem produzir em Sua Majestade o
efeito de um narcótico. Bem-aventurado, Senhor!
Para vós, o reino do céu, e para o nosso povo... o do
inferno!
AGOSTINI, Angelo. Revista Illustrada, 05.02.1887. Adaptado.
A imagem e o texto remetem a uma situação
específica da história do Brasil no final do século
XIX. Com base nas referências, é possível afirmar
que:
a) há uma nítida proposta republicana como
forma adequada de governança do Brasil, visto que
a monarquia já se apresentava caduca.
b) se enaltece a regime monárquico brasileiro e,
em especial, disposição de D. Pedro II em melhorar
a vida da população.
c) a imprensa da época poupava críticas ao
imperador, visto
d) que se encontrava em situação de debilidade
física e moral.
e) revela o quadro de crise das instituições
políticas do país, mais precisamente, o Estado
monárquico brasileiro.
f) a indiferença de D. Pedro II em relação aos
desmandos no país devia-se à sonolência.
2. Embora a origem da Reforma de Lutero se
deva a uma experiência pessoal, ela refletiu, na
verdade, o estado de espírito comum a muitos
seguidores da Igreja Romana. De fato, a iniciativa da
livre interpretação da Bíblia deve ser compreendida
como mais uma das muitas manifestações típicas do
individualismo do homem renascentista.
PERIS, Carmem; VERGÉS, Glória; VÉRGES,
Oriol. El renacimiento. Barcelona: Parramón
Ediciones, s/d, p.32. Fragmento.
A Reforma Religiosa, para vários historiadores,
contribuiu sobremaneira para a afirmação de uma
característica marcante da sociedade contemporânea.
a) ateísmo.
b) coletivismo.
c) materialismo.
d) analfabetismo.
e) individualismo.
3. A cidadania não resulta do fato de alguém ter
o domicílio em certo lugar, pois os estrangeiros
residentes e os escravos também são domiciliados
nesse lugar e não são cidadãos. Nem são cidadãos
todos aqueles que participam de um mesmo sistema
judiciário. Um cidadão integral pode ser definido
pelo direito de administrar justiça e exercer funções
públicas.
Adaptado de Aristóteles. Política. Brasília: UnB,
1985, p. 77-78. Fragmento.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a
noção contemporânea de cidadania, pode-se afirmar
que:
a) a cidadania, tanto no mundo grego quanto no
contemporâneo, envolve todos os habitantes da
“pólis” ou de um país.
b) a escravidão, garantida juridicamente, é um
fator impeditivo de uma noção de cidadania tanto no
mundo grego quanto no contemporâneo.
c) Aristóteles afirma uma cidadania plena
impossível de ser realizada no mundo
contemporâneo, em razão do sistema jurídico
excludente da atualidade.
d) embora o termo cidadão seja comum,
existem diferenças significativas no que diz respeito
à abrangência e aos direitos dos cidadãos do mundo
antigo e do contemporâneo.
e) a cidadania diz respeito ao pertencimento dos
homens a um determinado lugar e envolve
necessariamente a participação política para
resolução dos problemas comuns, não havendo
habitante excluído dela.
4. A “Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão”, da Revolução Francesa, traz o seguinte
princípio: “Os homens nascem e se conservam livres
e iguais em direitos. As distinções sociais só podem
ter por fundamento o proveito comum”.
Do princípio apresentado é possível concluir que:
a) defende uma sociedade igualitária nas
condições materiais de existência.
b) defende a exploração das pessoas em favor de
um objetivo ou proveito comum.
c) ao mesmo tempo em que afirma a igualdade
jurídica, postula diferenças individuais.
d) afirma a igualdade e, ao mesmo tempo,
defende a diferença social.
e) afirma, por meios das distinções sociais, a
desigualdade de direitos entre os homens.
5. Em 1938, uma transmissão de rádio deixou
os Estados Unidos em polvorosa. Houve saques,
destruição, confusão. E o aparelho que reinava nos
lares americanos narrava uma verdadeira cena de
guerra, em que o país era arrasado por uma invasão
alienígena. A transmissão era uma leitura dramática
do livro “Guerra dos Mundos”, e os efeitos sonoros
convenceram os ouvintes de que realmente se tratava
de uma invasão. O caos foi generalizado. A peça de
radioteatro interrompeu a programação musical com
uma notícia em edição extraordinária.
A CBS estimou que seis milhões de pessoas ouviram
a transmissão, sendo que a maioria acabou
sintonizando o rádio após a introdução, e tiveram a
impressão de que tudo ocorria ao vivo, pois estavam
acostumadas ao formato jornalístico de reportagens
externas, com personagens, sonorização do local etc.
O pânico foi geral. E deste total de ouvintes, ao
menos 1,2 milhão de pessoas acreditaram piamente
na suposta invasão alienígena.
Disponível
<http://www.olhardireto.com.br/conceito/noticias/exibir.asp?noticia=Dia_
Mundial_do_Radio_Era_do_1%B0_veiculo_de_comunicacao_de_massa&id=
4009>. Acesso em: 10 out. 2015. Fragmento.
O rádio representou uma mudança tecnológica no
meio de comunicação, instituindo propriamente o
que se convencionou chamar de “comunicação de
massa”. Das informações obtidas no texto, pode-se
considerar que o rádio:
a) foi um meio de informação massificado que
passou a informar a realidade mundial com mais
detalhes.
b) contribuiu para maior integração das
populações, favorecendo a constituição de valores
cidadãos no mundo.
c) pouco acrescentou ao imaginário coletivo,
uma vez que se restringia à informação do que
ocorria no mundo daquela época.
d) se tornou instrumento de manipulação e
controle dos “rádio-ouvintes”, não tendo outra
função a não ser a dominação política.
e) serviu não apenas para informar, mas para
apresentar o mundo de uma maneira específica, dada
a capacidade de convencimento pelo seu apelo
“realista”.
6. O conceito de independência surge mais
nítido nas Minas Gerais: a situação colonial pesa para
esses homens proprietários; o problema é mais
colonial que social. Já na Bahia de 1798, a inquietação
é orientada por elementos da baixa esfera e a
revolução é pensada contra a opulência; o problema
é mais social que colonial.
MOTTA, Carlos Guilherme. Ideia de revolução no Brasil. São Paulo:
Cortez, 1989, p. 115. Fragmento.
O texto trata de duas revoltas do período colonial no
final do século XVIII: as Inconfidências Mineira
(1789) e Baiana (1798).
De acordo com o texto e com os conhecimentos
históricos relativos a estas rebeliões, é possível
concluir que:
a) em ambas há uma nítida movimentação
contra a opulência, daí defenderem o rompimento
dos laços com a coroa portuguesa.
b) as Inconfidências Mineira e Baiana foram
elitistas e expressavam o descontentamento dos
colonos em relação à política portuguesa.
c) são movimentações sediciosas, oriundas de
extratos distintos da sociedade, revelando o
descontentamento generalizado em relação às suas
realidades.
d) o conceito de independência foi difuso no
espaço colonial, envolvendo setores das elites e
populares sem distinção e orientado para a
organização de uma monarquia constitucional.
e) não havia distinção entre questão colonial e
em: social, visto que, de toda maneira, havia uma
conspiração em curso de várias camadas da
população com um conceito nítido de
independência.
7. Texto I
Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme
dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses,
[...] por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que [...]
sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder?
Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza
tenha tal direito, a fruição [...] da propriedade que possui nesse
estado é muito insegura, muito arriscada. [...] não é sem razão
que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros
[...], para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos
bens a que chamo de “propriedade”.
LOCKE, John. O segundo tratado sobre o governo.
Fragmento.
Texto II
Horrorizai-vos porque queremos abolir a propriedade privada.
Mas, em nossa sociedade, a propriedade privada já foi abolida
para nove décimos da população; se ela existe para alguns
poucos é precisamente porque não existe para esses nove
décimos. Acusai-nos, portanto, de querer abolir uma forma de
propriedade cuja condição de existência é a abolição de
qualquer propriedade para a imensa maioria da sociedade. Em
suma, acusai-nos de abolir a vossa propriedade. Pois bem, é
exatamente isso o que temos em mente.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich.. O manifesto
comunista. Fragmento.
Da leitura e comparação dos dois textos é possível
concluir que:
a) enquanto o texto I afirma que o governo deve
garantir a propriedade privada, o texto II, se coloca
em oposição à existência de um governo para
preservá-la.
b) ambos os textos invocam o direito natural à
propriedade, mas se opõem no que diz respeito à
atuação de um poder para regulá-la.
c) enquanto o texto I defende a existência de um
direito natural à propriedade, o II afirma que o direito
à propriedade é coletivo.
d) ambos os textos se posicionam
favoravelmente à exclusão de parte da sociedade em
relação à propriedade privada.
e) há concordância no que diz respeito ao
direito de propriedade privada.
8. A liberdade guiando o povo
A imagem remete a uma situação específica na
Europa do século XIX, informando, também, a
relação entre a arte e a história. A este respeito é
possível afirmar que:
a) o viés crítico acompanhou a pintura do
século XIX, mostrando a incompatibilidade da
Revolução com a criação de um mundo melhor.
b) as revoluções foram tão impactantes na
história que artistas, partícipes delas, registram seu
conteúdo material e ideológico.
c) as lutas operárias impediram que os artistas
registrassem os acontecimentos, pois eram
considerados burgueses pelos trabalhadores.
d) a arte está limitada à representação de temas
relevantes da história do mundo, servindo a uma
pedagogia revolucionária.
e) a tragédia da guerra está expressa na pintura
apresentada, marcando a desesperança na existência
de dias melhores.
9. Texto I
Nossos homens públicos, além da política, possuem atividades
privadas, e nossos cidadãos, ainda que ocupados nos seus
negócios, são julgadores sensatos das questões públicas.
Diferentemente de qualquer outra nação, nós não consideramos
o cidadão que não participa das questões públicas como uma
pessoa sem ambições, e sim como um inútil.
Nós, Atenienses, somos capazes de opinar sobre todos os temas
e, ao invés de encararmos as discussões como um obstáculo para
a ação, nós as consideramos como a preliminar indispensável
para qualquer ação prudente e sábia.
Discurso de Péricles. Disponível em:
<http://www.historianet.com.br/
conteudo/default.aspx?codigo=1124>. Acesso em:
10 mar. 2015.
Texto II
De resto, a democracia representativa também nasceu da
convicção de que os representantes eleitos pelos cidadãos
estariam em condições de avaliar quais seriam os interesses
gerais melhor do que os próprios cidadãos, fechados demais na
contemplação de seus próprios interesses particulares; portanto,
a democracia indireta seria mais adequada precisamente para
o alcance dos fins a que fora predisposta a soberania popular.
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia. São
Paulo: Editora Brasiliense, 2000, p. 34.
A forma como os dois textos lidam com a questão da
participação democrática nos permite afirmar que:
a) defendem simultaneamente a participação direta
do cidadão nas decisões e realizações do fazer
democrático.
b) a democracia representativa demonstra caráter
superior à direta ao propor meios de participação
eficientes para uma sociedade de massas.
c) aplicam princípios participativos e populares, ainda
que por meios distintos.
d) desenvolvem práticas participativas que
restringem a participação do cidadão de acordo com
a renda.
e) buscam satisfazer os interesses particulares como
meio para alcançar o bem comum.
10. Na disposição, é curiosamente contemporâneo, com
doze meses em doze páginas, com um cabeçalho que tem o nome
do mês específico e o signo zodiacal. Seu propósito era religioso,
relacionar os dias sagrados e os dias de festivais a serem
celebrados pela igreja naquele mês, provavelmente como um
manual de instruções para os jovens monges. As 365 linhas de
versos em latim são de pé-quebrado e monótonos. Pode-se
imaginar os jovens oblatas entoando esses versos, enquanto
eram introduzidos nos rituais do ano cristão. Nesse sentido, o
calendário pertence a um mundo que desapareceu há muito
tempo. Mas no espírito e aparência não é muito diferente de
um calendário de doze folhas pendurado na parede de uma
moderna cozinha.
LACEY, Robert. O ano 1000: a vida no início do
primeiro milênio.
Rio de Janeiro: Campus, p. 15.
O texto evidencia uma concepção temporal:
a) clerical, em que os valores religiosos são
predominantes nas datas festivas.
b) burguesa, com a preocupação material em
aproveitar o tempo para produzir e acumular.
c) aristocrática, na qual os privilégios são apreciados
de acordo com a marcação das horas ao longo do dia.
d) escravista, ancorando o homem medieval à
vontade divina e ao racionalismo cartesiano.
e) clerical, distanciando-se do calendário atual,
fortemente influenciado pelo laicismo.
11. Leia os textos e responda à questão.
Texto I
Sobrenome: “Guarani Kaiowa” No início de outubro, a carta
de um grupo de guaranis caiovás de Mato Grosso do Sul
provocou uma mobilização, em vários aspectos inédita, na
sociedade brasileira. No texto, [...] os índios, ameaçados de
despejo por ordem judicial, declaravam: “Pedimos ao Governo
e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/
expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos
aqui”. A carta foi divulgada pelo Twitter e pelo Facebook,
gerando uma rede de solidariedade e de denúncia das violências
enfrentadas por essa etnia indígena. Desta rede, participaram
– e participam – milhares de brasileiros urbanos. Para muitos
deles, este foi o primeiro contato com o genocídio guarani caiová,
apesar de o processo de extermínio da etnia ter se iniciado muito
tempo antes. De repente, pessoas de diferentes idades, profissões
e regiões geográficas passaram a falar diretamente com as
lideranças indígenas, no espaço das redes sociais, sem precisar
de nenhum tipo de mediação. E de imediato passaram a
ampliar suas vozes. A partir dessa rede de pressão, as
instituições – governo federal, congresso, judiciário etc. – foram
obrigadas a colocar a questão na pauta. Depois de dias, em
alguns casos, semanas, a imprensa repercutiu o que ecoava nas
redes. Alguns dos grandes jornais enviaram repórteres para a
região, colunistas escreveram artigos com diferentes pontos de
vista. O movimento de adesão à causa guarani caiová nas redes
sociais – sua articulação, significados e consequências – é um
fenômeno fascinante. [...] Esta coluna se propõe a pensar a
principal marca desse movimento: a adesão pelas hashtags
“#SouGuaraniKaiowa”/“#SomosTodosGuaraniKaiowa” e
pelo acréscimo de “Guarani Kaiowa” ao primeiro nome das
pessoas no Twitter e no Facebook. Exemplo: “Luísa Molina
Guarani Kaiowa”. Hashtag é, na prática, uma espécie de
slogan usado para marcar uma posição compartilhada e
replicada, indexada pelos mecanismos de busca e medida nos
trending topics (frases mais publicadas) do Twitter. Sempre
começa por “#” e não admite separação das palavras. [...]
A frase-conceito “Sou Guarani Kaiowa” disseminou-se nas
redes sociais e multiplicou-se em vídeos no YouTube. Até
mesmo Mia Couto, grande escritor moçambicano, declarou
[...]: “Venho de muito longe, mas não há longe em uma
situação em que um povo está sujeito ao genocídio. Portanto,
neste aspecto, eu também sou guarani caiová, sou brasileiro e
estou sendo vítima do mesmo genocídio. Não posso ficar
calado”. [...] Para as primeiras pistas sobre essa questão,
convidei pessoas que participaram dessa mobilização nas redes
sociais a darem seus depoimentos aqui: [...] O que significa
dizer nas redes sociais “Sou Guarani Kaiowa”, assim como
acrescentar “Guarani Kaiowa” ao próprio nome? [...]
Marcia Tiburi, @marciatiburi, 42 anos, filósofa e escritora:
“Significa, a meu ver, o ato de solidarizar-se com aqueles que
são socialmente injustiçados. Os conservadores tratarão isso
como modinha, pois sabem que a solidariedade é perigosa para
um sistema baseado na competitividade. A solidariedade não é
uma aliança com o simplesmente igual, mas o desejo da
diferença, em nome da diferença. Atitudes como essa
manifestam um outro desejo, o de fazer comunidade com o
diferente. Não com o igual. Em outras palavras, não se trata
de defender o próprio direito apenas, mas o direito dos outros
[...]. A meu ver, isso é um avanço em nossa sociedade. Assim,
as pessoas assumem o nome como quem usa uma tarja, um
panfleto de admiração, respeito e de horror à injustiça.” [...]
BRUM, Eliane. Sobrenome: “Guarani Kaiowa”. Disponível em:
<http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/
noticia/2012/11/sobrenome-guarani-kaiowa.html>. Acesso em: dez. 2013.
Fragmento.
Texto II
O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma
cadeira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao
pescoço, [...] e nós outros que aqui na nau com ele vamos,
sentados no chão, pela alcatifa. Acenderam-se tochas.
Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao
Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do
Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois
para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro.
Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo
acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá
também houvesse prata.
Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz
consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra,
como quem diz que os havia ali. Mostraram-lhes um carneiro:
não fizeram caso. Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram
medo dela: não lhe queriam pôr a mão; e depois a tomaram
como que espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe igualdade racial, certos de que, assim, fortaleceriam a
cozido, confeitos, mel e figos passados. Não quiseram comer união entre todos os povos.
quase nada daquilo; e, se alguma coisa provaram, logo a
lançaram fora. [...]
Viu um deles umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas
dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço. Depois
tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo
para as contas e para o colar do Capitão, como dizendo que
dariam ouro por aquilo. [...]
Disponível em: <http://www.culturabrasil.org/carta. htm>. Acesso em: dez.
2012. Fragmento.
De acordo com o texto “Sobrenome: ‘Guarani
Kaiowa’” e o trecho da carta de Caminha, é correto
afirmar que:
a) historicamente, há mais de 500 anos, os índios
brasileiros sofrem com a exploração dos brancos;
primeiro o europeu colonizador, agora a própria
Justiça Federal, que decretou o despejo dos guaranis
kaiowas de suas terras.
b) a leitura dos dois textos revela como a sociedade
brasileira, ainda hoje, vê os povos indígenas como
seres exóticos, selvagens e cheios de bravura.
c) os dois textos mostram que sempre houve disputas
territoriais entre os povos indígenas; timbiras,
aimorés, guaranis e outros ainda promovem c) Os países europeus que ocuparam a África
sangrentas guerras pela posse das melhores terras. fizeram-no com vistas a incluí-la na Segunda
d) o texto de Caminha e o de Eliana Brum mostram Revolução Industrial, a fim de reforçar a
que, por serem extremamente agressivos e selvagens, autodeterminação dos povos.
além de não terem conseguido integrar-se à d) No auge do neocolonialismo europeu (segunda
sociedade dos brancos, os índios devem viver metade do século XIX), a biologia esforçou-se por
isolados para não oferecerem perigo às demais provar a igualdade entre os homens, para justificar a
pessoas. catequese do gentio.
e) o texto de Eliane Brum, assim como o excerto da e) Na segunda metade do século XIX, a biologia
Carta de Caminha, convoca a sociedade brasileira a buscou provar a superioridade dos povos europeus
refletir sobre as condições de vida dos povos com o intuito de justificar sua “missão civilizadora”
indígenas. em relação aos povos inferiores.

12. Considere a imagem e leia atentamente as 13. Leia o texto.

informações a seguir.
O continente africano na segunda metade do
século XIX
No século XIX, [...] a biologia era essencial para uma
ideologia burguesa teoricamente igualitária, pois deslocava a
culpa das evidentes desigualdades humanas da sociedade para
a natureza. Os pobres eram pobres por terem nascido inferiores.
HOBSBAWM, E. A era dos impérios. Adaptado.
Com base nas informações e em seus conhecimentos
sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) Enquanto a biologia como ciência baseou-se
fortemente nas teorias de Charles Darwin, o
chamado “darwinismo social” buscou mostrar a
equidade existente entre as sociedades.
b) Os biólogos, em geral adeptos do
internacionalismo proletário, buscaram provar a
Brasil luta pela proteção de acervos Em
conferência internacional da Unesco, país
apresentou proposta pioneira de política
internacional para guardar coleções
museológicas
Existem 55 mil museus no mundo, sendo 8 mil em locais
considerados patrimônios mundiais pela Unesco. Nem por isso,
esses acervos são objeto de uma política internacional específica
de proteção, e muitos deles estão vulneráveis a desastres
naturais, furtos, roubos, vandalismo e má conservação. Para
reverter essa situação, o Brasil está encabeçando uma
campanha para criar políticas públicas específicas para a área
museológica.
Beting, G. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/
noticias/politica_mundial_protecao_acervos.html>.
Acesso em: 18 de julho. 2013. Adaptado.
O texto se refere:
a) ao descaso em relação a políticas públicas quando A substituição do escravo pelo trabalhador assalariado e o
o assunto é a proteção e a conservação dos acervos desenvolvimento das plantações de café em todo o Estado de
existentes em museus de vários países do mundo.
b) à preocupação do Brasil em preservar os museus
existentes no país, já que esses locais guardam todas
as nossas formas de cultura imaterial.
c) à vulnerabilidade generalizada a que estão sujeitas
todas as obras de arte expostas no mundo.
d) à preocupação simplesmente quantitativa em
relação aos museus distribuídos pelos vários países
do mundo.
e) à rivalidade política entre o governo brasileiro e a
Unesco quanto à preservação dos 55 mil museus São Paulo acarretaram a mecanização de uma parte da
existentes no mundo. produção: as operações de beneficiamento. Os aparelhos
construídos principalmente em madeira e movidos pela água
14. Leia o texto abaixo. dos riachos ou pela força humana, predominantes na época da
Segundo o filósofo francês Michel de Montaigne (1533- 1592), escravidão, foram rapidamente abandonados a partir da
cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. década de 1870. As secadeiras mecânicas preparadas pelos
[...] Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de fazendeiros Taunay e Silva Telles impuseram-se do mesmo
crueldade [o canibalismo], mas que o fato de condenar tais modo que os classificadores a vapor.
defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que SILVA, Sérgio. Expansão cafeeira e origens da indústria no
é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois Brasil. 7. ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 1986
de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e (fragmento).
tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a cães e porcos, Expansão da malha ferroviária para o
a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos escoamento do café
ocorrer entre vizinhos nossos conterrâneos; e isso em verdade é
bem mais grave do que assar e comer um homem previamente
executado. [...] Podemos, portanto, qualificar esses povos como
bárbaros em dando apenas ouvidos à inteligência, mas nunca
se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda sorte
de barbaridades.
MONTAIGNE, M. Ensaios. São Paulo: Nova
Cultural, 1984.
Com base no texto e em seus conhecimentos,
assinale a alternativa que expresse corretamente o
pensamento de Montaigne.
a) Todos os povos que praticam sacrifícios humanos
em rituais religiosos devem ser considerados
bárbaros. Com base nas informações e em seus
b) Há culturas diferentes, mas nunca superiores ou conhecimentos, é possível afirmar que:
inferiores umas às outras. a) a abolição da escravidão, em 13 de maio de 1888,
c) Todo estrangeiro deve ser considerado bárbaro provocou uma revolução na maneira de se produzir
pelo fato de possuir uma cultura diferente. café no Brasil, já que os ex-escravos passaram a ser
d) O canibalismo é um ato de barbárie maior que as assalariados.
penalidades impostas pelos Tribunais de Inquisição. b) no Brasil, a expansão da malha ferroviária, a partir
e) É preciso enaltecer as ações da Igreja Católica em da década de 1870, deu-se em decorrência da
detrimento das práticas indígenas americanas. modernização dos setores de produção agrícola,
como o da cana-de-açúcar.
15. As informações a seguir nos permitem c) nas últimas décadas do século XIX, o avanço da
perceber alguns aspectos socioeconômicos do Brasil, cafeicultura e a alteração do tipo de mão de obra,
numa determinada época de nossa história. foram fatores que contribuíram para a modernização
Entrada de imigrantes no Brasil, entre 1870 e de alguns setores da produção de café no Brasil.
1950 d) a economia brasileira do século XIX, embora
estivesse assentada na produção e na exportação de
café, viu crescer a influência de homens como natureza social. A isto Proudhon dá o nome de
Taunay e Silva Telles, cuja maior preocupação foi a “imanente senso humano de justiça”. Kropotkin
de manter o trabalho escravo. acha que uma sociedade livre seria uma sociedade
e) a utilização de máquinas modernas construídas em natural. Godwin raciocina no sentido de que, se o
madeira, cuja força motriz vinha do esforço humano, homem é por natureza capaz de viver em uma
foi uma característica da cafeicultura brasileira sociedade livre, é evidente que aqueles que tentarem
durante todo o século XIX. impor leis serão os verdadeiros inimigos da
sociedade. Neste caso, o anarquista, ao contrário do
16. É verdade que há certas similaridades entre emérito destruidor, seria o regenerador que vai
uma família real e a “família” do trabalho. Os restabelecer o equilíbrio necessário à sociedade.
membros das duas passam muito tempo juntos. Em Quem fala em equilíbrio não pensa em caos.
ambas, provavelmente há alguns valores COSTA, Caio Túlio. O que é o anarquismo? Coleção
compartilhados e certas aversões comuns. Pode até Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 16.
haver semelhanças físicas. Os membros de uma Fragmento.
família real podem, hereditariamente, ter queixo para O anarquismo é uma ideologia política que se
dentro, enquanto, em uma família postiça, os constituiu ao longo do século XIX, cujos princípios
funcionários podem submissamente usar blusas com apontam
capuz apenas porque o chefe também o faz. a) para a busca de uma sociedade livre, justa e
Em outros aspectos, a metáfora é enjoativa, pouco igualitária.
sincera e totalmente falsa. Para começar, é errada em b) discordância entre seus ideólogos quanto à
termos de tamanho. necessidade de imposição de leis.
Posso dizer que entendo algo de famílias grandes. c) para a formação de uma sociedade igualitária
Meu marido tem seis irmãos. O Google, contudo, decorrente da revolução armada.
tem 46 mil funcionários. d) para a criação de uma realidade caótica
Ninguém pode ter tantos irmãos, ou mesmo, primos marcada pela perpétua guerra de todos contra todos.
em terceiro grau. e) para uma realidade marcada por um estado
[...] KELLAWAY, Lucy. Colegas de trabalho e chefes não natural que conduz o homem a viver em harmonia.
fazem parte da sua família. In: Valor Econômico, 10 fev.
2014. Fragmento. 18. Observe a imagem abaixo.
Ao comparar o mundo do trabalho à esfera familiar,
o texto sugere que
a) o ambiente familiar presente no espaço de
trabalho contribui para maior produtividade do
trabalhador.
b) a convivência diária entre os trabalhadores
gera dinâmicas de socialização idênticas à do
ambiente familiar.
c) é um recurso aceitável, uma vez que o
ambiente do trabalho reproduz perfeitamente o
cotidiano familiar.
d) é uma metáfora enganosa, uma vez que as
empresas têm, em geral, um grande número de
funcionários, diferentemente das famílias, por mais
numerosas que sejam.
e) famílias ampliadas, compostas por grande
número de membros, têm estrutura semelhante à de
empresas com grande número de funcionários.

17. Todos os anarquistas concordam que o

homem possui, por natureza, todos os atributos
necessários para viver em liberdade e concórdia
social. Não acreditam que o homem seja bom por
natureza, mas estão convencidos de que o seja por
Tiradentes esquartejado, obra de Pedro Américo, 1893
Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4f/Tiradent
es_escuartejado_%28Tiradentes_supliciado%29_by_Pedro_Américo
_1893.jpg>.

a) a obra acima correspondeu, na época em que

foi pintada, a uma vinculação da figura de
Tiradentes aos ideais cristãos da Monarquia
brasileira.
b) forma de mostrar Tiradentes como um
criminoso punido exemplarmente pelo crime
de lesa-majestade.
c) forma dramática da pintura romântica de
expressar os valores cristãos do povo
brasileiro.
d) construção de um herói, um messias,
associado à recém-criada República
brasileira.
e) forma de expressar a crítica à República, que
havia massacrado os habitantes de Canudos.
RESPOSTAS:
1. Alternativa D
Competência 1 – Habilidade 1
a) Incorreta. Embora exista a crítica ao imperador, não se pode
concluir que havia, no material apresentado, uma nítida
proposta republicana.
b) Incorreta. Há uma crítica contundente à monarquia brasileira,
acompanhada de denúncia social.
c) Incorreta. A imprensa, conforme demonstrado nos
documentos da pergunta, fez severas críticas ao imperador
d) Correta. Os dados fornecidos permitem compreender a crise
monárquica do final do século XIX. Charges e texto da
imprensa no final do século XIX fizeram críticas à fragilidade
da instituição monárquica e se utilizaram da própria imagem do
imperador envelhecido para mostrar o colapso do regime
imperial brasileiro.
e) Incorreta. A indiferença não era produto da sonolência ou da
debilidade física, mas da falta de compromisso do rei. Como o
texto diz: Bem aventurado, Senhor! Para vós, o reino do céu e
para o nosso povo... o do inferno!
2. Alternativa E
Competência 1 – Habilidade 1
a) Incorreta. A Reforma Religiosa propunha outra forma
de relação com o Divino.
b) Incorreta. A proposta de contato direto com Deus foi
o elemento dominante da Reforma e a maior contribuição para
a afirmação do indivíduo.
c) Incorreta. A Reforma Religiosa correspondia a anseios
espirituais.
d) Incorreta. A leitura da Bíblia exigia a alfabetização do
fiel.
e) Correta. A experiência pessoal da leitura da Bíblia
reforçava o individualismo renascentista. Refletir sobre o
mundo contemporâneo é compreender a afirmação do
indivíduo, algo que não fazia sentido para a concepção de
mundo medieval. Assim, a Reforma e o Renascimento são duas
expressões culturais do início dos Tempos Modernos que
evocam a proeminência do individual em relação ao coletivo, o
que pode ser percebido na contemporaneidade.
3. Alternativa D
Competência 5 – Habilidade 24
a) Incorreta. A cidadania, tanto no mundo grego quanto
no contemporâneo, não envolve todos os habitantes da “pólis”
ou de um país.
b) Incorreta. A escravidão não é um estatuto jurídico no
mundo contemporâneo.
c) Incorreta. O sistema jurídico, se comparado com o
antigo, é mais inclusivo no que diz respeito à cidadania.
d) Correta. O entendimento da cidadania é histórico e,
portanto não pode ser concebido sem a compreensão das
sociedades que a instituíram, havendo, assim, diferenças de
abrangência e de conteúdo. A noção peculiar de cidadania no
mundo antigo envolve a ideia de liberdade em uma sociedade
marcada pela escravidão, de patriarcado, excluindo-se as
mulheres, e de pertencimento a um espaço por meio de uma
ancestralidade, excluindo-se estrangeiros, além de voltar-se a
alguns homens, nestas condições, que tinham acesso à justiça e
a outras funções públicas. Algo bem distinto do que se entende
por cidadania atualmente, em que há um interdito jurídico à
escravidão, em que as mulheres têm cidadania e, também, em
que existem formas de naturalização variadas garantidoras da
cidadania para estrangeiros.
e) Incorreta. Como o texto apresenta, nem todo
habitante pode ser considerado cidadão.
4. Competência 1 – Habilidade 5
a) Incorreta. O texto trata de uma igualdade natural e
jurídica, não afirmando a igualdade nas condições materiais de
vida.
b) Incorreta. A ideia não é explorar, mas garantir a
igualdade para libertar o homem da exploração oriunda da
desigualdade jurídica.
c) Incorreta. O texto afirma a igualdade jurídica como
meio que possibilita a afirmação de talentos individuais que
terão distinções sociais.
d) Correta. Não há contradição, pois a igualdade jurídica
permite um condição inicial comum a partir da qual as
distinções sociais ocorrerão atendendo ao proveito público. O
pensamento iluminista afirmou a igualdade natural e jurídica do
homem, instituindo uma noção de cidadania que arrasava o
antigo modelo social, assentado na desigualdade pelo
nascimento e pelos privilégios concedidos pelo rei à nobreza.
Partindo da ideia de igualdade jurídica, todos os homens seriam
cidadãos e, por meio de suas ações particulares em benefícios
do bem comum, poderiam obter distinções sociais. A ideia
subjacente a esta noção é de que a distinção social pode fazer-
se por merecimento (mérito).
e) Incorreta. O texto afirma a igualdade de direitos como
base para possíveis distinções sociais em proveito comum.
5. Competência 4 – Habilidade 16
a) Incorreta. O texto aponta para a criação e o
convencimento acerca de acontecimentos não reais.
b) Incorreta. O rádio, em conformidade com as
informações, serviu para a mistificação e para a manipulação de
uma massa “rádio-ouvinte”.
c) Incorreta. De acordo com o texto, o rádio abriu novos
horizontes para o imaginário coletivo.
d) Incorreta. O rádio teve diversas funções no período
meio publicitário, jornalístico e de entretenimento sendo um
elemento fundamental para a compreensão dos
convencimentos políticos na década de 1930.
e) Correta. O rádio foi uma ferramenta de comunicação
de massa que levava aos ouvintes informações variadas, desde
o jornalismo, passando pela propaganda de mercadorias, até
servindo à manipulação política das massas. O rádio foi o
principal meio de comunicação de massa na primeira metade do
século XX. A radiodifusão atingiu espaços longínquos,
tornando o mundo mais integrado. Interesses políticos,
mercadológicos e culturais pontuaram as transmissões
radiofônicas. Por isso, é mister conhecer a história do rádio para
compreender as grandes movimentações sociais do período.
6. Alternativa C
Competência 2 – Habilidade 10
a) Incorreta. A Inconfidência mineira não foi calcada na
luta contra a opulência, pois foi organizada por membros da
elite da região mineradora.
b) Incorreta. A Inconfidência Baiana foi organizada por
elementos populares, não podendo ser considerada elitista.
c) Correta. Em conformidade com o texto, pode-se
concluir o caráter elitista da Inconfidência Mineira
(proprietários) e a expressão popular da Inconfidência Baiana
(elementos da baixa esfera). As Inconfidências Mineira e Baiana
se situam no quadro de crise do chamado Antigo Sistema
Colonial, revelando descontentamentos de setores variados da
população colonial. Embora vinculadas à conspiração contra a
coroa portuguesa, existiam interesses específicos em cada
movimentação. Enquanto a mineira vinculava-se a uma elite que
não pretendia pagar a Derrama (cobrança de impostos
atrasados), a baiana propunha a abolição da escravidão, entre
outros aspectos de forte apelo popular.
d) Incorreta. O conceito de independência foi nítido na
região mineira e não muito claro em outros espaços, como o da
Bahia. Além disso, a proposta de independência era republicana.
e) Incorreta. O texto faz uma distinção significativa entre
as Inconfidências Mineira e Baiana, situando a primeira no
universo de uma elite colonial afetada pela tributação
metropolitana, e a segunda, num quadro de penúria vivido por
habitantes da Bahia.
7. Alternativa C
Competência 3 – Habilidade 14
a) Incorreta. O texto I trata da necessidade de um poder
que preserve o direito natural à propriedade privada, enquanto
o texto expõe a ideia de um poder que acabe com a usurpação
chamada propriedade privada.
b) Incorreta. Os textos se diferenciam em relação ao
direito natural da propriedade privada; além disso, concordam
com a ideia de um poder que possa regulá-la.
c) Correta. O texto I aponta para a defesa da propriedade
particular como direito natural, enquanto o segundo apresenta
uma visão coletivista e igualitária sobre os bens materiais. O
primeiro texto é exemplar do pensamento liberal, defendendo
interesses particularistas e burgueses, em especial no que diz
respeito ao direito de propriedade privada e da atuação
governamental no sentido de preservá-la. Já o segundo texto
nos informa uma visão materialista dialética, comprometida
com a ideia de “luta de classes” e em defesa de uma sociedade
comunista (igualitária).
d) Incorreta. O texto II se posiciona contra a
expropriação da maioria em nome dos interesses de uma
minoria proprietária.
e) Incorreta. Os textos apresentam visões distintas em
relação ao direito de propriedade privada.
8. Alternativa B
Competência 3 – Habilidade 15
a) Incorreta. O viés crítico acompanhou a pintura do
século XIX, mas isso não significa dizer que se colocou contra
a Revolução, opondo-se à ideia de que ela produziria um mundo
melhor.
b) Correta. Os artistas se tornaram, também, veículos de
difusão de ideias e de projeção de utopias no século XIX.
Eugène Delacroix foi um artista do século XIX que vivenciou
as Revoluções Liberais de 1830 na Europa e, defensor da
movimentação revolucionária, usou sua arte para projetar e
consagrar a Revolução, conforme pode-se observar na pintura
apresentada.
c) Incorreta. Os artistas não foram impedidos de
realizarem seu trabalho, e muitos deles não eram burgueses.
d) Incorreta. A arte não está circunscrita à representação
de eventos históricos; estes podem tornar-se material dos
artistas, dependendo do envolvimento deles com tais
acontecimentos.
e) Incorreta. A pintura apresentada mostra a Revolução,
mas a associa à liberdade, imaginando um futuro melhor.
9. Alternativa C
Competência 3 – Habilidade 15
Ainda que sejam modelos democráticos distintos, ambos
procuram possibilitar uma cidadania efetiva, incentivando a
participação, direta ou indireta, do cidadão.
a) Incorreta. As democracias representativas, por seu próprio
funcionamento, utilizam-se de mecanismos de participação
indireta.
b) Incorreta. A democracia representativa inspira-se na antiga,
mas não pode ser considerada superior a esta, uma vez que
possui vícios de aplicação claros.
d) Incorreta. A renda não é quesito para participação política em
Atenas, como deixa claro o discurso de Péricles.
e) Incorreta. A democracia antiga, assim como a moderna,
volta-se para a busca do bem comum, entendido como único
fim que possibilita a vida em sociedade de forma harmônica.
10. Alternativa A
Competência 3 – Habilidade 15
O período medieval é marcado pelo predomínio do clero
religioso, que se apossa do tempo, incorporando visão mística
sobre o calendário solar.
b) Incorreta. A concepção de tempo burguês é voltado para
produtividade, e não para festividades de caráter religioso.
c) Incorreta. Os privilégios são fruto do direito de nascença, e
não da marcação do tempo, sendo independentes desta.
d) Incorreta. O período medieval rompe com o escravismo e
pauta-se na fé e nos dogmas, negando a razão como
instrumento de compreensão da realidade.
e) Incorreta. O calendário atual remete ao período medieval,
tendo sido confeccionado pelo papado e mantendo-se atual,
apesar do processo de laicização do Estado que se expandiu no
século XIX.
11. Alternativa A
Os nativos brasileiros são vítimas de extermínio e espoliação
desde a época da conquista do território nacional pelos
portugueses.
12. Alternativa E
Competência 2 – Habilidade 7
No século XIX, estudiosos europeus utilizaram-se da biologia
para elaborar teorias raciais que foram usadas como justificativa
para exercer o controle em várias regiões do mundo, sobretudo
na África e na Ásia.
a) Incorreta. O “darwinismo social” apoiou o princípio segundo
o qual se buscou justificar a desigualdade racial entre os homens
e, consequentemente, entre as sociedades.
b) Incorreta. Não é correto afirmar que, em geral, os biólogos
eram adeptos do “internacionalismo proletário”, ou seja, do
socialismo. A ciência, nesse caso – e como afirma Hobsbawm –
, foi um instrumento dos ideais burgueses.
c) Incorreta. Os países europeus, sobretudo aqueles envolvidos
com a Segunda Revolução Industrial, usaram a biologia para
legitimar as diferenças raciais, a fim de justificarem suas ações
imperialistas.
d) Incorreta. A biologia estava produzindo teorias que
justificavam a desigualdade racial entre os homens, como, por
exemplo, “o darwinismo social”.
13. Alternativa A
Competência 1 – Habilidade 1
O texto aponta a pouca preocupação em relação a uma política
internacional de preservação e proteção de museus espalhados
pelo mundo, o que demonstra descaso com locais que guardam
parte da cultura material produzida pela humanidade.
b) Incorreta, uma vez que os museus brasileiros não são
depositários de toda a nossa cultura imaterial.
c) Incorreta, porque generaliza o descaso de políticas públicas
voltadas para a preservação e proteção dos museus existentes
no mundo. Isso não está correto, pois muitos países executam
essas políticas.
d) Incorreta, porque a preocupação central do texto não é com
a questão da quantidade de museus.
e) Incorreta, já que o texto não expressa uma rivalidade entre o
Brasil e a UNESCO em relação aos museus do mundo.
14. Alternativa B
Competência 1 – Habilidade 4
As culturas não devem ser inferiorizadas ou supervalorizadas
quando comparadas umas às outras; devem ser consideradas
diferentes e de acordo com as formas de organização e
produção de cada grupo ou sociedade humana.
a) Incorreta. O conceito de barbárie não está diretamente
condicionado a uma determinada prática ou a um só valor
cultural.
c) Incorreta. As diferenças culturais não reduzem as etnias ou
nacionalidades, e a valorização diz respeito à inteligência.
d) Incorreta, pois compara graus diferentes de violência para
uma determinada prática cultural. Toda prática violenta contra
a humanidade deve ser considerada igualmente nefasta.
e) Incorreta. Montaigne critica as ações da Igreja Católica, pelo
menos aquelas executadas pelo Tribunal da Inquisição.
15. Alternativa C
Competência 3 – Habilidade 15
A tabela, o texto e o mapa nos permitem associar o uso da mão
de obra assalariada – no caso, dos imigrantes – ao avanço das
plantações de café – no caso, sobre o Oeste Paulista – como um
indicativo da modernização da cultura cafeeira no Brasil,
ocorrida em fins do século XIX.
a) Incorreta. A abolição definitiva da escravidão no Brasil não
provocou o assalariamento dos ex-escravos, mas acentuou o
uso da mão de obra de imigrantes.
b) Incorreta. Houve uma expansão da malha ferroviária
concentrada no Sudeste brasileiro – sobretudo no estado de São
Paulo –, por causa da produção de café.
d) Incorreta. Segundo o texto, Taunay e Silva Telles estavam
entre os produtores de café associados à modernização dessa
atividade.
e) Incorreta, porque contradiz o texto, uma vez que o afirma ter
ocorrido uma modernização em setores da produção cafeeira
nos últimos trinta anos do século XIX.
a) Correta. O anarquismo é uma corrente ideológica que
reflete a situação precária e de miséria do operariado, propondo
a superação da exploração capitalista e a busca de uma sociedade
igualitária e justa do ponto de vista social.
b) Incorreta. Para os anarquistas, toda e qualquer
imposição de leis é vista como atitude autoritária, que foge de
sua perspectiva ideológica.
c) Incorreta. A revolução armada é um dos mecanismos
de transição associados ao socialismo científico, e não ao
anarquismo, que prevê a imediata transformação da sociedade.
d) Incorreta. A guerra de todos contra todos é um dos
artifícios utilizados por Hobbes para justificar o Estado
absoluto, modelo que se contrapõe à visão política dos
anarquistas.
e) Incorreta. Os anarquistas não creem que o homem
nasce bom, mas que a bondade é um valor social que germina
durante a convivência entre os homens.
18. Alternativa D
Competência 1 – Habilidade 2
a)Alternativa incorreta. Tiradentes foi recuperado do “limbo”
da história para ser afirmado mártir da independência e da
República.
b)Alternativa incorreta. Tiradentes é edificado como uma figura
heroica, a exemplo de Jesus Cristo.
c)Alternativa incorreta. A pintura de Tiradentes esquartejado se
associa aos ideais republicanos
d)Alternativa correta. Tiradentes, antes considerado um
bandido, foi erguido à condição de herói nacional, símbolo da
luta contra o absolutismo monárquico, e, nesse sentido, mártir
da causa republicana num país que havia ingressado há pouco
em uma ordem republicana.
e) Alternativa incorreta. Tiradentes não remete à movimentação
popular de Canudos, messiânica e que, de acordo com seu líder,
Antônio Conselheiro, aguardava o retorno da monarquia
celestial de D. Sebastião. Tiradentes se associa à causa
republicana.

16. Alternativa D
Competência 4 – Habilidade 20
a) Incorreta. A comparação não procura especificar a
questão da produtividade resultante do desenvolvimento de um
ambiente familiar dentro do seio da empresa.
b) Incorreta. O cotidiano na empresa implica lidar com questões
de foro econômico e administrativo, enquanto que o cotidiano
familiar diz respeito às demandas afetivas.
c) Incorreta. A convivência familiar, como seus valores, implica
uma dinâmica privada distinta daquela existente
no trabalho, marcado pelos laços profissionais.
d) Correta. O texto critica a comparação que é feita entre a
esfera familiar e a do trabalho, apontando as distinções entre a
dinâmica do cotidiano familiar e aquela existente no âmbito da
empresa.
e) Incorreta. Ao final do texto, a autora expõe a distinção entre
empresas e famílias, apontando a dimensão maior da primeira
em comparação à segunda.

17. Alternativa A
Competência 3 – Habilidade 15