Você está na página 1de 3

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ANA GONDIN

Componente Curricular: História - Professor(a): Rousen Godinho Turma:6º ano 0


Aluno(a): Data 09/11 a 23/11

Certamente você sabe alguma coisa sobre a Idade Média. Você já deve ter ouvido falar dos vikings ou de
histórias de cavaleiros. Talvez tenha visto algum filme sobre essa época, como os que apresentam a lenda do rei
Artur, a história de Robin Hood etc. Nas histórias em quadrinhos também há exemplos, como o príncipe Valente
e Hagar, o Horrível. É esse período que começaremos a estudar agora, desejo a todos uma boa atividade!
Indicação: https://youtu.be/l4sLjXyGVWA

A Idade Média
A Idade Média está entre a Antiguidade e a Idade Moderna. É importante destacar que os termos “Idade Média”
ou “tempos médios”, usados para denominar esse período, só surgiram muito depois (por volta do século XV). O
longo período medieval, que durou cerca de mil anos, é dividido em duas fases: a Alta Idade Média e a Baixa
Idade Média. Considera-se Alta Idade Média o período compreendido entre os séculos V e X. A Baixa Idade
Média estende-se entre os séculos XI e XV.
O termo “Idade Média” não se aplica a todos os povos do planeta, mas apenas àqueles que viviam na Europa
ocidental, no território que fazia parte do Império Romano do Ocidente. Foi aí que se desenvolveram uma visão
de mundo e um modo de agir e de se organizar que chamamos de “medieval”.
A formação da Europa feudal
O fim do Império Romano
A partir do século III, o Império Romano conheceu um longo processo de desestruturação. Entre os principais
fatores da crise estava a grande extensão das fronteiras do império. Mantê-las protegidas das constantes pressões
dos bárbaros exigia do Estado muito dinheiro para financiar o exército, pagar os funcionários administrativos,
conservar estradas, muros de proteção e fortes e garantir alimentos para a população.
Na prática, a dificuldade de guardar as fronteiras era tão grande que o império deixou de conquistar novos
territórios. Os gastos para realizar e manter as conquistas eram maiores do que os lucros que essas guerras
proporcionavam. Como os escravos eram provenientes principalmente das províncias dominadas, o fim das
conquistas reduziu drasticamente a entrada de novos escravos no império.
Com a escassez de escravos, o preço deles aumentou, a produção diminuiu, e os produtos ficaram mais caros.
Esse quadro afetou principalmente a economia da Península Itálica, da Gália e da Península Ibérica, que eram as
principais regiões escravistas do império.
A partir de 406, povos germânicos, vindos do norte e do centro da Europa, entraram nos territórios romanos.
Alguns grupos promoveram ataques violentos ao império. Muitas estradas foram destruídas nos conflitos, o que
prejudicou o comércio e agravou ainda mais a crise da economia romana.
No ano 476, um dos povos germânicos, os hérulos, depôs o imperador do Ocidente Rômulo Augustulo. Alguns
historiadores consideram que esse fato marcou a queda de Roma e o início, na Europa Ocidental, do que chamam
de

Idade Média.
A insegurança causada pelos ataques dos povos germânicos e a dificuldade de obter trabalho nas cidades levaram
a maior parte da população urbana a mudar-se para o campo em busca de abrigo, trabalho e proteção. Roma, por
exemplo, que tinha mais de 1 milhão de habitantes no auge do império, contava apenas com 300 mil quando a
crise se agravou.
A prática do colonato
Desde a República Romana, as terras da área rural pertenciam a particulares ou ao Estado romano. Como muitos
proprietários não tinham recursos para manter escravos ou pagar trabalhadores, eles passaram a admitir que
pessoas se fixassem em suas terras. Surgiu, assim, a figura do colono, que a princípio era um trabalhador livre.
O colono cuidava de uma pequena parcela das terras, de onde tirava o seu sustento e o de sua família. Como
pagamento, ele devia entregar parte do que produzia ao proprietário.
No final do século III, o governo romano instituiu o colonato, sistema de trabalho que prendia o colono, sua
família e seus descendentes à terra e proibia os proprietários ou os colonos de vende-las. Dessa forma, o Estado
conseguiria planejar a produção agrícola e poderia fixar o volume de impostos necessários para manter o
império.
Os germânicos e a Idade
Média
A guerra era um elemento
central na vida dos povos
germânicos, por isso o chefe
guerreiro era uma figura muito
importante. As vitórias desses
líderes nas guerras
proporcionavam terras para a
agricultura, garantindo a
sobrevivência de todo o povo e o
poder da aristocracia.
Inicialmente, os líderes
guerreiros eram aclamados por
uma assembleia, o comitatus. Os
eleitos dirigiam o bando armado
nas conquistas e, depois da
vitória, dividiam o butim
(Espólio, tudo que era
conquistado por meio da guerra)
entre eles. Com o tempo, essa
liderança passou a ser
hereditária. Acreditava-se que o
eleito descendia dos deuses ancestrais da tribo e era, portanto, uma figura sagrada.

Com a entrada dos germânicos nos territórios romanos, os líderes guerreiros passaram a dominar grandes
extensões de terra e tornaram-se reis.
Quando os povos germânicos saquearam terras e cidades romanas eles provocaram a fragmentação do poder
imperial. No lugar do poder centralizado romano surgiram realezas, em que o poder era local e exercido por um
rei.
As realezas germânicas não possuíam instituições como as romanas (senado, tribunos da plebe, magistrados),
mas assimilaram elementos da cultura romana na organização dos reinos. As leis baseavam-se nos costumes, e
essas antigas tradições eram transmitidas oralmente de geração para geração.
Esse sistema, chamado direito consuetudinário, predominou nos novos reinos, muitas vezes convivendo com
práticas do direito romano.
Os germânicos nem sempre aplicavam a justiça interpretando a lei escrita. Muitas vezes, para resolver um
conflito, eles recorriam ao ordálio ou juízo dos deuses. O teste podia ser um duelo ou uma prova pelo fogo
(segurar um ferro em brasa) ou pela água (ser lançado à água preço a uma pedra). O resultado dessa prova era
considerado uma manifestação dos desejos dos deuses.
Os principais reinos germânicos foram:
 Reino Franco: Estabelecido inicialmente no norte da Itália e na região da Gália (território da França
atual), transformou-se no principal reino da Idade Média, ampliando seus domínios por quase toda a
Europa ocidental;
 Reino Visigodo: Formou-se na região da península Ibérica. Deu origem a vários reinos cristãos que, mais
tarde, formariam Portugal e Espanha;
 Reino Vândalo: Estabelecido na península Ibérica ao norte da África, estendeu seu domínio até as ilhas
da Sicília, Sardenha e Córsega;
 Reino Ostrogodo: Destacou-se pela construção da cidade de Ravena, no norte da península Itálica;
 Reinos Anglo-Saxões: Formaram sete reinos na ilha da Gr~-Bretanha, conhecidos como heptarquia
saxônica.

ATIVIDADE

1) Em relação à Idade Média, qual afirmação abaixo está errada.


(A) Ela está entre a Antiguidade e a Idade Moderna;
(B) Está dividida em duas fases: Alta Idade Média (séculos de V a X) e Baixa Idade Média (séculos de X a XV);
(C) O termo “Idade Média” só surgiu por volta do século XV;
(D) O termo “Idade Média” se aplica a todos os povos do planeta e não somente àqueles que viviam na Europa
Ocidental.

2) Entre os principais fatores da crise do Império Romano, estava a grande extensão das fronteiras. Qual
afirmação abaixo está errada em relação às fronteiras romanas e a crise.
(A) Manter as fronteiras protegidas exigia do Estado muito dinheiro;
(B) A facilidade de guardar as fronteiras era tão grande que o império resolveu conquistar novos territórios;
(C) O fim das conquistas reduziu drasticamente a entrada de novos escravos no império;
(D) Com a escassez de escravos, o preço deles aumentou, a produção diminuiu, e os produtos ficaram mais caros.

3) Sobre a entrada dos povos germânicos nos territórios romanos, qual afirmação abaixo está errada.
(A) Há partir de 306, povos germânicos, vindos do norte e do centro da Europa, entraram nos territórios
romanos;
(B) Muitas estradas foram destruídas nos conflitos, o que prejudicou o comércio e agravou ainda mais a crise da
economia romana;
(C) No ano 476, um dos povos germânicos depôs o imperador do Ocidente Rômulo Augusto;
(D) Alguns historiadores consideram que esse fato marcou, na Europa Ocidental, o início do que chamam de
Idade Média.

4) Em relação aos povos germânicos que entraram nas terras romanas, qual afirmação abaixo está errada.
(A) A guerra era um elemento central na vida dos povos germânicos;
(B) Com a entrada dos germânicos nos territórios romanos, os líderes guerreiros passaram a dominar grandes
extensões de terra e tornaram-se reis;
(C) Quando os povos germânicos saquearam terras e cidades romanas eles provocaram a união do poder
imperial;
(D) As realezas germânicas não possuíam instituições como as romanas, mas assimilaram elementos da cultura
romana na organização dos reinos.

5) Sobre as áreas ocupadas pelos reinos germânicos na Europa, relacione as colunas.

(A) Norte da Itália e na região da Gália.


(B) Formou-se na região da península Ibérica.
(C) Estabelecido na península Ibérica ao norte da
África.
(D) Formaram sete reinos na ilha da Grã-Bretanha. ( ) Reino Vândalo.
( ) Reino Franco.
( ) Reinos Anglo-Saxões.
( ) Reino Visigodo.

Você também pode gostar