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O Elder Futhark.............................................................................................
Desenvolvimento..................................................... ..................
Diferentes Métodos de Jogo.......................................................
Runas Invertidas........................................................ .................
Wyrd e a Runa em Branco........................................................ ...
Leitura de Runas na Prática.............................................................................
Preparação Pessoal e do Ambiente........................................ .............
Roteiro....................................................................................................................
Usando Mandalas...................................................................................................
Jogada Aleatória.....................................................................................................
Previsão de Tempo.................................................................................................
Por conta disto, não é difícil que você encontre por aí outros tipos de runas,
algumas até de origem ainda mais incerta, como as runas das bruxas ou runas
ciganas. Mas estudar estes outros conjuntos realmente não é o nosso foco e
todo o conteúdo e práticas abordadas aqui se darão baseadas no Elder Futhark.
E o Elder, que orginalmente possui 24 runas, normalmente é encontrado na
atualidade para venda constando de 25 peças, sendo que uma vem “em
branco”, uma adição moderna. Mas deixaremos para falar sobre isso mais
adiante. Apesar disto, nada impede que você adapte as formas de jogo que
veremos a outros conjuntos de runas se lhe convier e se isto fizer sentido para
você.
Mas porque existem várias runas? Bem, ocorre que com as diversas invasões,
fusões e conquistas de territórios, a cultura e mitologia de diversas partes da
Europa acabaram influenciando-se mutuamente. E no que tange às runas de
origem nórdica/germânica, há mais de uma série de agrupamento (ou
alfabetos) deste tipo conhecidos como “rúnicos”, provenientes dos povos
germânicos da Europa continental, das ilhas britânicas e principalmente da
Escandinávia.
Vale ressaltar ainda, que é possível que você encontre em algumas fontes a
denominação “runas vikings”, já que os escandinavos também chegaram as ser
conhecidos como vikings. Porém, em termos de precisão histórica, o mais
correto seria dizermos que o alfabeto viking trata-se do Younger, composto de
16 runas, por este ser o alfabeto que de fato era utilizado durante a era viking
(período de sua expansão de 793 a 1066 d. c.). E embora este não seja um
alfabeto tão popular hoje quanto seu ancestral, algumas pessoas o preferem
devido à grande predominância de evidências rúnicas, que em sua grande
maioria datam da era viking, ou seja, foram gravadas com as runas do Younger
Futhark.
Isto porque, cada vez mais pessoas percebem o poder que estes “simples”
símbolos possuem, funcionando como chaves de acesso a determinados
padrões de energia.
Sendo assim, o que começou com uma crua percepção com os antigos pagãos
germânicos traçando runas em metal, osso, couro ou madeira, em prol de um
objetivo, na atualidade tornou-se um sistema mágico muito mais amplo,
envolvendo ainda autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e/ou
espiritual.
Pois hoje entendemos que através das runas é possível acessar, atrair, repelir,
ampliar ou modular diferentes tipos de vibrações e, na prática, elas podem sim
ser usadas para aconselhamento através da arte oracular, mas esta é apenas a
ponta do iceberg.
Em sua maioria datam do período entre 200 d. c. até o final da Idade Média,
mas, é possível encontrarmos indícios na cultura material anteriores a isso. E o
uso das runas se estendeu por toda a Idade Média (em alguns casos em
paralelo ao latim) e, na região da Dalecarlia (Suécia), tiveram uso ainda na
Idade Moderna. Lembrando que existem mais de um alfabeto rúnico então o
uso ou não de um determinado alfabeto, está atrelado a uma região em
particular ou período histórico.
Do ponto de visto histórico, uma das opções de maior aceite até o presente
momento, é a teoria proposta paralelamente por Marstrander e
Hammarströmm entre as décadas de 1920 e 1930 onde, segundo esta tese,
assim como a maioria dos alfabetos europeus, a origem ancestral da escrita
rúnica nos levaria ao alfabeto fenício.
Desta forma, o alfabeto rúnico seria uma espécie de primo distante do alfabeto
latino, do qual inclusive pode ter incorporado algumas influências, conforme
podemos perceber através da notável semelhança entre algumas letras do
nosso alfabeto e caracteres rúnicos, tanto em sua forma original quanto em
eventuais derivações: “F”, “C”, “R”, “i”, “M”, “S”, “t”, “B”, e assim por diante.
Existe ainda outra visão, que acho bastante interessante, pois atribui a criação
das runas aos próprios ancestrais germânicos. Segundo esta hipótese, o
alfabeto rúnico seria uma derivação de antigas gravuras rupestres
(hallristningar ou helleristninger*) com suas origens em uma época bem mais
antiga. Tais ideias apareceram devido às semelhanças entre os símbolos
rúnicos e diversos desenhos encontrados em cavernas da Europa feitos nas
idades do Bronze e do Ferro. A teoria Indígena então, proposta por R.M.
Meyer, em 1896, é a única a defender a origem puramente germânica do
Futhark.
*Hallristningar é uma palavra
sueca que correspondente a
petróglifos, assim como
helleristninger em
norueguês. O termo faz
referência às gravuras
rupestres encontradas em
rochas, produzidas por povos
setentrionais e encontrados
na Suécia e Noruega.
Sendo assim, você encontrará pessoas que possuem o conhecimento das runas
e de fato cultuam as divindades nórdicas nos dias de hoje, mas, em
contrapartida, você tem espiritualistas que enxergam tais passagens e seres
mitológicos como arquétipos, ou histórias contidas no inconsciente coletivo
que nos transmitem algum tipo de aprendizado. Mesmo porque, atualmente,
temos várias linhas de pensamentos, então muitas pessoas acreditam que os
antigos deuses podem ter sido pessoas reais, que se destacaram em algum
momento da história dentro de uma determinada cultura, sendo vistos como
pessoas “especiais” e acabaram sendo endeusados com o passar das gerações.
Mas, uma coisa é fato, independente da forma como você enxerga a sabedoria
ancestral destes povos, seja como acontecimentos reais, metáforas, ou apenas
padrões de comportamento humano que se repetem em diversas cultuas, não
há como você entender em profundidade a simbologia que as runas carregam
se você não entender a visão de mundo destas pessoas, visto que cada runa
trará um significado atrelado ou a um aspecto cultural, ou a uma passagem da
mitologia ou a ambos.
Sendo assim, por falta de conhecimento, o paganismo hoje ainda é visto por
muitas pessoas como algo negativo, demoníaco ou pecaminoso, visto que
vivemos em um país, como muitos outros, prioritariamente cristão, embora
permita outras religiões. E esta ideia perdura desde a idade média e se propaga
erroneamente como “aquele que não é cristão”.
Mas para entendermos tais conflitos e mais sobre esta cultura, se faz
necessário entender melhor o que é o paganismo.
Mas na realidade, o paganismo não tem nada de demoníaco, visto que este
tipo de “entidade” não faz parte do conjunto de crenças dos pagãos. E,
obviamente, ninguém em sã consciência irá cultuará algo na qual não se
acredita. O que acontece é que no paganismo segue-se um referencial religioso
muito mais próximo da visão de mundo das civilizações primitivas, que
enxergavam diferentes forças na natureza. E tais forças, que teriam o poder de
controlar fenômenos naturais podendo assim favorecer ou não as necessidades
humanas, acabavam sendo vistas como divindades, espíritos da natureza e uma
gama infinita de seres mitológicos, que variam de cultura para cultura.
Não estou fazendo apologia a este tipo de prática, mas devemos levar em
consideração a visão de mundo que estes povos tinham e o tipo de vida que
eles viviam. Para eles, ofertar uma simples maçã já era realizar um “sacrifício”,
ou seja, ofertar um presente ou uma oferenda. E a ideia de “barganha” que
existe hoje, como algo negativo, para eles significava outra coisa. E no que
tange ao paganismo germânico em particular, na mente destas pessoas, as
divindades eram vistas como espíritos ancestrais ou mesmo seres naturais
(não-humanos) para os quais as pessoas não se ajoelhariam em adoração. Mas
sim criaturas com as quais o ser humano deveria manter as boas relações para
que houvesse apoio mútuo. Mesmo porque, entre os povos germânicos a ideia
de troca era um referencial de equilíbrio e a troca de presentes um símbolo de
fraternidade. Pois estamos falando de um período histórico onde a vida era
muito dura, não havia a tecnologia atual para o plantio e demais práticas
necessárias para a sobrevivência e um inverno muito rígido poderia matar
muitas pessoas e animais, causando escassez de alimento e sérios problemas
sociais.
Além disto, de forma geral, no paganismo não há de fato uma batalha eterna
entre o bem e o mal, mas sim aspectos da natureza que podem ser negativas
ou positivas, dependendo de situação. Ou mesmo ser positiva para um e
negativa para outro. A natureza simplesmente é e luz e sombra devem
compactuar em perfeita harmonia, e não guerreando eternamente.
E é claro que estes são apenas alguns aspectos referentes ao paganismo, bem
como o panteísmo, o animismo (ou crença em uma centelha divina que
permeia a tudo - inclusive objetos), politeísmo e assim por diante. Sem falar
que cada cultura terá suas particularidades em termos de procedimentos
práticos, panteões e folclore. Mas, como ponto de partida, o que precisamos
entender para o nosso estudo é que dentro deste referencial, magia,
religiosidade, espiritualidade e até mesmo a cura era conceitos muito ligados,
que se interconectavam entre si.
E sendo assim, uma prática mágica qualquer poderia estar atrelada a invocação
de divindades ou não e ser usada para a cura ou não. Tudo varia de acordo com
a situação e objetivo. E você poderá utilizar as runas dentro do seu referencial,
desde que consiga entender o referencial deles, adaptando as runas à sua
realidade atual.
Da mesma maneira, magia não tem “cor” e a ideia de magia negra ou magia
branca é apenas uma forma que o ser humano encontrou de “classificar”
algumas práticas. Mas o que vai definir se aquilo o que é feito pode ser
considerado positivo ou não, é a intenção de quem pratica a magia e de que
forma se usa tais energias. O problema não está na magia e sim nas pessoas
que a operam, pela forma como fazem isto. Da mesma maneira, o
conhecimento científico pode nos trazer grandes avanços, melhorar a
qualidade de como vivemos e salvar vidas, ou destruir o planeta e matar
milhões, com a produção e uso de armas nucleares, por exemplo.
Pense nisso!
E esta era uma divindade amplamente cultuada e que possuía muitos atributos,
dentre eles, uma sede de conhecimento que o impelia a praticar os mais caros
sacrifícios, como as passagens mitológicas associadas a ele nos contam.
E hoje em dia, muitos associam o trecho que narra a descoberta das runas com
os ritos xamânicos de quase morte existentes até hoje, onde se passa por uma
grande provação através da mortificação do corpo, para alcançar algum tipo de
iluminação.
E isto é imperativo quando falamos no Elder Futhark. Isto porque, o Elder está
em proto-nórdico (última fase do proto-germânico) que trata-se de uma língua
morta, derivada do proto-indo-europeu. Posteriormente, como vimos, esse
proto-germânico derivou o nórdico antigo (Younger) que mais tarde se
transformaria nas línguas nórdicas modernas (inslandês, dinamarques,
noruegues e sueco). Além disto, derivou também o inglês antigo (anglo-saxão)
que, por sua vez, mais tarde se tornaria o inglês moderno que é falado nos dias
de hoje por todo mundo.
Então, por ser uma língua morta, até mesmo a pronúncia de suas runas é
determinada hoje de forma aproximada pelos linguistas, através do estudo
comparativo das alterações na linguagem germânica. E ao longo do tempo, os
significados de suas runas foram quase perdidos, até que foi encontrado o
poema rúnico anglo-saxão, já que dos alfabetos mais recentes este foi o único a
preservar as 24 runas do Elder Futhark em sua composição (junto a algumas
runas adicionais).
E por mais que anos de estudo em diferentes frentes por volta do sec. XVII
tentassem definir questões de uso e simbolismos relacionadas às runas, a
documentação escrita ainda era muito escassa. A princípio, os estudiosos que
tentavam decifrar o que estas marcas rústicas significavam tinham como
referências apenas documentos como as Eddas e outros manuscritos medievais
(que obviamente datam de um período tardio e podem estar cheios de
interpretação pessoal), bem como achados arqueológicos de difícil
compreensão. Até que finalmente, no início do séc. XVIII foi apresentado um
documento pelo pesquisador britânico George Hickes (1642 –1715), como
sendo o mais longo poema rúnico descoberto até os dias de hoje: o Poema
Rúnico Anglo-Saxão.
Este conceito apareceu pela primeira vez em 1651, quando o islandês Runólfur
Jónsson (c. 1620 –1654) publicava o seu livro Lingvæ Septentrionalis elementa,
onde, entre outras coisas, sugeriu que as runas poderiam ser agrupadas em
Ætter (“famílias”).Para tanto, usou como referência o futhark de 16 da seguinte
maneira: f, u, þ, o, r, k (I Ordo); h, n, i, a, s (II Ordo); t, b, m, l, y/R(III Ordo).
Runas divididas em três Ættir; Runólfur Jónsson, Lingvæ Septentrionalis elementa,1651 in:
Enoksen, 2011: 34.
Nome: Fehu
Letra: F
Significado: gado, dinheiro, riqueza
Uso mágico: esta runa na magia é utilizada para atrair riqueza e conquistas.
Energia de prosperidade. Conquistas em todos os sentidos (amor, financeira,
profissional, status). Por trazer uma energia dinâmica, de movimento, também
pode ser utilizada para dar o "impulso" inicial a algo.
Autoconhecimento: O que significa prosperidade para você? Você tem uma
vida realmente próspera de acordo com o que você entende como
prosperidade? O que falta para que você sinta que alcançou a realização
máxima e que possui prosperidade em todos os aspectos da sua vida?
Nome: Uruz
Letra: U
Significado: bisão ou auroque
Nome: Thurisaz
Letra: Th
Significado: espinho, gigante
Uso mágico: Acima de tudo, esta runa se apresenta como um potente símbolo
de proteção e defesa, utilizada inclusive em contra-feitiço. Todavia, é
recomendado ter muito cuidado ao trabalhar com esta runa, pois ela carrega
uma forte energia de agressividade, podendo se mostrar muito destrutiva.
Sendo assim, caso esteja sentindo raiva ou perceba alguma desarmonia em sua
própria energia não deverá usá-la, ou poderá causar mais mal do que bem, aos
outros e a si mesma(o). Da mesma maneira, tenha muito cuidado ao associá-la
a outras runas na confecção de bindrunes.
Nome: Ansuz
Letra: A
Significado: deus Æsir, boca, palavra
A palavra falada; o verbo; o som. Não é segredo que isto tem muito poder,
basta pensarmos nos mantras ou no próprio poder do galdr (encantamento
cantado). Esta runa então, que também significa “divindade Æsir” fazendo
referência ao que estas divindades representam, acaba sendo fortemente
vinculada a Oðin. Isto porque, esta era uma sociedade onde todos os
ensinamentos, experiências, crenças e mitologia eram transmitidos de forma
oral e Oðin era o deus da sabedoria e associado à obtenção do conhecimento.
Além disto, teria sido um dos responsáveis pela vida humana cisto que, pelo
mito da criação, Oðin teria soprado em duas árvores, um freixo e um olmo lhes
concedendo a vida e estas se tornaram Ask - o primeiro homem - e Embla - a
primeira mulher, respectivamente. Neste sentido, ao os insuflar com o ar da
vida, não só atribuía a eles o dom da respiração (oxigênio no sentido literal),
mas também o sopro vital, a essência sagrada - o espírito. De forma geral. esta
runa representa tudo o que está associado à comunicação e aprendizado e
trata-se ainda de uma runa de espiritualidade por sua ligação com Odin,
incluindo aprendizados a nivel espiritual ou recebidos através das próprias
experiências diárias.
A energia que vibra: momento de aprendizado em algum nível ou mesmo um
momento favorável a tudo o que envolva comunicação. Boas conversas,
diálogo assertivo, entendimento efetivo de alguma coisa ou situação. Passar ou
receber uma mensagem com clareza. Entendimento entre pessoas envolvidas
em alguma questão. Estudos de forma literal (acadêmico, cursos, formações).
Uso mágico: Esta runa fala principalmente de comunicação o que justifica seu
principal uso, desde a antiguidade germânica, como um símbolo propiciador da
eloquência. Sendo assim é fortemente utilizada na magia para canalizar uma
comunicação efetiva, atrair eloquência, facilita o aprendizado e trazer
inspiração. Além do mais, ela tem o poder de facilitar a comunicação com seres
do plano astral, ao passo que carrega uma forte carga de espiritualidade.
Podendo, desta maneira, atuar como condutora para algum tipo de
compreensão a nível espiritual.
Nome: Raidho
Letra: R
Significado: cavalgar, jornada, roda
Uso mágico: Uma runa de movimento para favorecer boas viagens, bons
acordos e um certo controle sobre os acontecimentos, alterando seu ritmo.
Pode ser usada ainda para propiciar o recebimento (ou envio) de mensagens,
para regular nosso ritmo interno em relação ao ambiente exterior ou favorecer
viagens mentais para o autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.
Acelera o efeito de outras runas.
Autoconhecimento: Você sente que seu ritmo interno está em sintonia com o
que acontece ao seu redor? Como você lida com imprevistos? Você consegue
assumir a responsabilidade pela forma como as coisas estão caminhando na
sua vida?
Nome: Kenaz
Letra: K, C, Qu
Significado: tocha, ferver
Uso mágico: Usada para abertura de caminhos, favorecer novas portas, novas
oportunidades ou novos relacionamentos. Como a representação a tocha, tem
o poder de transmutar e banir interferências e como uma representação do
fogo divino da criação, é uma fonte inesgotável de criatividade, nos auxiliando
quando temos dificuldade em criar algo.
Uso mágico: Como uma runa de união equilibrada favorece todos os tipos de
relacionamentos (amoroso, profissional, familiar, amizades). Muito utilizada
em amuletos de sorte, devido à sua ligação com dádiva ou presente, assim
como, para a criação de uma bindrune (junção/ligação rúnica), distribuindo-se
outras runas em suas pontas. Magia de amor.
Autoconhecimento: Como está a sua vida afetiva hoje? Em que área você
acredita ser mais difícil tomar uma decisão sem a influência de terceiros? Você
é capaz de ser generosa(o), ajudando pessoas de coração, sem segundas
intenções?
Nome: Wunjo
Letra: W, V
Significado: alegria, bem estar
Nome: Hagalaz
Letra: H
Significado: granizo
Desafio: romper, mudar, desestruturar, lidar com aquilo o que não se tem
controle, desconstruir.
Sentimento: confusão.
Saúde: Doença séria ou acidentes derivados da própria pessoa, ex.: sabe que
não pode beber, mas o faz ... Problemas de saúde causados por acidente.
Inverso (opcional): em uma jogada com runas invertidas esta runa não
apresenta inverso. Porém, todas as runas possuem ambas as polaridades
(negativa ou positiva em dado momento ou circunstância) e neste caso, é
necessário avaliar a posição em que a runa cai em uma jogada com casas
predefinidas (mandalas), ou o contexto geral do jogo. Por natureza, tende a
indicar um choque ou interrupção indesejada que desestabiliza, mas, muitas
vezes, prevê um acontecimento que nos obrigará a realizar um trabalho de
autoconhecimento. Trabalho este que geralmente é um processo difícil,
exigindo, por vezes, aceitação e mudança na forma de encarar aquilo o que não
se tem controle. Ou, até mesmo, encarar um rompimento da qual estamos
fugindo. Em um contexto muito negativo, representa mudanças muito pesadas,
tragédias e destruições.
Uso mágico: Como uma runa de ruptura nos auxilia quando há necessidade e
dificuldade de cortar alguma coisa. Sendo assim, é bastante utilizada para a
quebra de padrões negativos, mudança de comportamento nocivo, ou
provocar um rompimento em relacionamentos prejudiciais. Por representar
fatores externos que fogem ao nosso controle, pode ser usada para amenizar o
impacto de tais acontecimentos, ou mesmo, para sabermos lidar melhor com a
situação.
Nome: Nauthiz
Letra: N
Significado: necessidade
Autoconhecimento: Qual o seu maior medo? Existe algo nesse mundo (uma
pessoa, desejo ou propósito) que seria capaz de lhe dar a coragem necessária
para enfrentar este medo? Existe algo que você considere realmente
importante pelo qual valeria lutar até o final da sua vida se fosse preciso?
Nome: Isa
Letra: I
Significado: gelo
Assim como kenaz representa o princípio ativo do fogo que deu início às
primeiras formas de vida pelo mito da criação, isa representa seu oposto
complementar, o princípio passivo, inerte e contemplativo; o gelo frio de
Niflheimr. Segundo a lenda, da interação destas forças opostas o gelo de Niflhel
começa a derreter e a tomar forma a primeira criatura viva - o gigante Ymir.
Uma figura gigantesca e humanoide que foi ancestral de muitos seres, como os
gigantes e deuses por exemplo e dele derivou ainda a estrutura do universo. E
isto nos ensina que nem sempre aquilo o que parece inerte precisa ser
necessariamente estéril. Pode simplesmente significar algo que espera por um
impulso ou pelo momento certo para se modificar. Esta runa, portanto,
significa exatamente isto: algo em estado de congelamento, mas que possui o
princípio necessário para gerar alguma coisa. Ela faz referência a um lago
congelado, que por mais que pareça calmo e bonito de se ver, esconde uma
infinidade de interações vivas acontecendo por debaixo da camada de gelo.
Esta runa então, sempre fala de algum tipo de congelamento, a um primeiro
momento necessário. Seja como uma forma de proteção, devido a obstáculos e
impedimentos para agir, seja para aguardar o momento mais oportuno ou
condições mais adequadas para algum tipo de ação. Ela faz alusão à ideia de
“andar em gelo fino", sugerindo cautela, pois um movimento brusco ou rápido
demais poderá partir o gelo fazendo você afundar.
A energia que vibra: congelamento, hibernação, uma parada. Um momento
onde há um distanciamento de algo (uma pessoa, uma situação, uma ideia).
Uma pausa necessária nos planos, para retomar e executar em um momento
mais apropriado.
Uso mágico: Apesar de não ser uma das principais runas relacionadas à defesa,
isa representa o isolamento para a proteção de alguma coisa. Sendo assim,
pode ser utilizada em feitiços de proteção isolando-se de influências negativas
criando uma espécie de escudo. Da mesma maneira, devemos recorrer a ela
quando o intuito é afastar algo ou alguém que não desejamos por perto em um
determinado momento. Pode ser usada ainda para a contração/concentração
de energia para direcionamento posterior, mas, necessário muita cautela para
não cair em uma situação de estagnação.
Nome: Jera
Letra: J
Significado: ano, colheita
Colheita, abundância e justiça, esta é a ideia central desta runa. Ela representa
a passagem do ano (o ciclo das estações) e traz claramente a ideia de plantar e
colher - aquilo o que é justo. Afinal, existe a lei da causa e efeito e não há como
você colher frutos diferentes daquilo o que plantou. O aparecimento desta
runa então, aponta para um momento de ver os resultados, que podem ser
bons ou ruins dependendo das ações que levaram a eles. Mitologicamente
falando, esta runa se associa à Jörð (ou Nerthus), uma espécie de "Gaia"
germânica, ou mãe terra. Lembrando que estamos falando de uma cultura
completamente agrária, que viam divindades em todas as formas de
manifestação da natureza, onde ter uma boa colheita era algo muito
importante. Então, além da associação desta runa à mãe terra, símbolo de
abundância e fertilidade da terra cultivada, ela ainda se associa a outras
divindades da fertilidade como Freyja, por exemplo. Além disto, ela faz
referência ainda ao deus Þórr, devido à sua natureza agrária. Pois sim, embora
seja amplamente conhecido como um deus bélico, Thor ainda tinha muitas
características que o aproximava dos homens do campo, como o controle
sobre os relâmpagos e tempestades que regam a terra. Seu martelo, quando
não em punho para a guerra, era um símbolo de fertilidade, paz e prosperidade
e ele atenderia a fazendeiros, colonizadores, viajantes e marinheiros que
buscassem por tempo bom.
A energia que vibra: um ciclo completo; conclusão, resultado, finalização de
algo. Lei do retorno, justiça. Resultado proporcional às decisões, atitudes ou
acontecimentos passados. Colheita de acordo com o plantio. Período de um
ano. Recompensa. Recomeço que se inicia com uma nova fase após o fim de
um ciclo.
Desafio: ser justo, plantar e colher, lidar com uma situação considerando o
ciclo como um todo, sem imediatismo. Responsabilidade.
Saúde: Pede atenção com a pressão, com o sistema nervoso e regimes. Pode
indicar uma operação.
Inverso (opcional): sem inverso. Apenas de ser uma runa neutra, por estar
atrelada à ideia de abundância pende mais para o lado positivo. Porém, se
inserida em um contexto negativo, poderá indicar o fim de um ciclo com
resultados desfavoráveis ou contrários ao que se gostaria. Neste caso, a
natureza dos resultados estará associada ao que já vinha se desenhando com o
tempo. Sendo assim, se houve um progresso lento, mas constante, esta runa
indicará um desfecho muito positivo. Caso contrário, ficará claro que um
resultado negativo já era mais do que esperado.
Nome: Eihwaz
Letra: Ei
Significado: teixo
Saúde: Pele. Stress. Desgaste. Possível resfriado. Colapso das defesas naturais
do corpo. Vida longa, pois preserve sua saúde. (soltar a intuição sem medo).
Uso mágico: Eihwaz é uma runa peculiar, que possui um simbolismo ainda
meio incompreendido e que precisaria ser melhor explorado. Basicamente, ela
acaba sendo vista como uma runa de regeneração e canalizadora das
profundas transformações, capaz de nos guiar em busca da verdadeira
iluminação. Mas na prática, o seu principal significado é resistência, o que a
torna uma forte influência protetora, podendo apresentar as mesmas ressalvas
de thurisaz em termos de agressividade. Além disto, nos ajuda quando
precisamos manter o foco para alcançar nossos objetivos e atrair energia de
resistência (como o teixo). Por sua associação com Yggdrasill e o sacrifício de
Odin favorece ainda a regeneração e a transmutação, mesmo que necessário
sacrifícios.
Nome: Pertho
Letra: P
Significado: copo de jogar dados
Amor: muitas vezes esta runa pode representar o sexo, por ainda ser
considerado um tabu para muitas pessoas, que não falam abertamente sobre
isso, e claro, por sua característica de intimidade. Esta runa representa ainda
algum tipo de revelação ou uma nova percepção. Podendo ser revelações
positivas, como uma declaração, proposta ou perceber-se desejado por
alguém, ou negativas, como: infidelidade, perceber que não existe um real
sentimento por parte da outra pessoa ou apontar um relacionamento baseado
apenas no sexo, onde o casal confunde os sentimentos e emoções achando
que há amor. Da mesma forma, pode representar um relacionamento ou um
desejo por alguém, por alguma razão, escondido.
Desafio: lidar com o novo, não temer o futuro, aceitar as revelações, não fechar
os olhos, expor-se (não se esconder).
Personalidade: Pessoa mística, que pode vir a gostar de jogos e apostas, e tem
grande sensibilidade e sensualidade aflorada. Encontrará facilidade se desejar
desenvolver dons psíquicos e no amor pode viver relacionamentos muito
intensos.
Nome: Algiz
Letra: Z
Significado: alce, cervo
Amor: esta é uma runa que fala de proteção e doção. No amor ela representa
uma relação ou conquista livre de impedimentos, mas, em muitos casos,
mostra uma dependência ou interação que exige muitos sacrifícios e
abnegação. Por vezes mostra uma relação protegida ou incentivada pela
espiritualidade, mostrando uma união necessária (mesmo que temporária)
para o aprendizado e evolução mútua.
Autoconhecimento: Qual o maior sacrifício que você já fez na vida por achar
que o propósito valeria a pena? Como é a sua relação com a espiritualidade?
Você consegue identificar alguém que se doou muito por você e se você
retribuiu com gratidão à altura?
Palavras-Chave: Sabedoria, conhecimento, verdade, proteção, continuidade,
sucesso, poder, sacrifício de bom grado, o poder da palavra sobre a ignorância,
luz sobre as sombras. Reforça a força de outros atos, prega a verdade, prega a
sabedoria, prega o conhecimento. Proteção e defesa, sobrevivência.
Nome: Sowilo
Letra: S
Significado: sol
Inverso (opcional): não há inverso. Esta é a runa mais positiva de todas, mas,
como é de se esperar existe sim um ponto contrário. Neste sentido, quando
representa algum tipo de problema, ela fala das armadilhas do ego, do orgulho
e da vaidade. Quanto maior a altura maior o tombo. Devemos então manter a
humildade e equilíbrio mesmo mediante as vitórias e superações. Algumas
vezes, sai ainda para indicar uma preocupação relacionada à saúde, já que esta
é uma relacionada à vitalidade. Ou ainda, um momento que exige esforço
excessivo e causa desgaste.
Uso mágico: Como a runa do guerreiro tiwaz favorecer vitórias, como já era
utilizada pelos antigos quando, na ocasião, era gravada nas espadas. Mas vale
enfatizar que seu uso na magia não significará apenas a vitória pela vitória, mas
precisará ser algo justo, já que o deus Týr era também um deus da justiça.
Desta maneira, ela trará a mesma ressalva da runa jera. Mas em suma, esta é
uma runa de ação, que nos ajudará a tomar atitudes quando estamos muito
passivos. E desta forma, nos trará a coragem e determinação necessárias para
correr riscos e enfrentar nossos medos quando necessário. Fortalece a
competitividade.
Autoconhecimento: Qual foi a situação na sua vida onde você precisou ter
mais coragem, fazendo algo que você nunca imaginou que conseguiria fazer e
como você se sentiu com isto? O que mais te assusta? Você consegue
identificar de que forma isso começou? Existe algum desejo ou ideal pela qual
valeria a pena arriscar tudo o que você possui hoje?
Trabalho: ótimo momento para gerar, iniciar ou mesmo nutrir um projeto, uma
ideia ou uma relação de trabalho. Possibilidade de crescimento se as
oportunidades forem aproveitadas e muitas vezes esta runa aparece para
indicar se uma parceria, sociedade ou decisão na carreira tem possibilidades de
prosperar. Ela sai ainda quando a pessoa estiver iniciando ou recomeçando
algo, como um novo emprego, uma nova estratégia, uma nova carreira ou
negócio.
Autoconhecimento: Como é a sua relação com a sua mãe e como isso impacta
na sua vida hoje? Você sente que o local onde você mora é realmente um lar e
qual a diferença entre a sua casa hoje e a sua casa na infância? Existe algo na
sua vida que você queira muito fazer mas ainda não consegue tirar do papel e o
que te impede de dar o primeiro passo?
Palavras-Chave: Crescimento e gestação das coisas (pessoas, animais, plantas,
ideias, empreendimentos), recuperação, renovação, renascimento, cura, saúde,
fecundidade, feminilidade. Simboliza o parto, nascimento e desenvolvimento
de uma ideia ou empreendimento, ou ainda a relação mãe X filho. Assuntos
domésticos ou relacionados à família.
Nome: Ehwaz
Letra: E
Significado: cavalo
Saúde: Atenção, saia da rotina, viaje, assim ficará com outro astral. Problemas
de saúde derivados ou relacionados com mudança de casa ou de carreira.
Uso mágico: Uma runa de ação rápida relacionada também a viagens. Por esta
razão, ehwaz, a runa do cavalo, traz energia de movimento e mudanças
rápidas, sendo bastante utilizada para propiciar mudanças e favorecer
reconciliação ou colaboração (entre duas ou mais pessoas). Por natureza, ela
facilita todos os tipos de viagens, inclusive em âmbito espiritual, nos auxiliamos
na saída para a projeção astral. Pode ser utilizada ainda para remover
obstáculos e facilitar viagens (físicas ou extracorpóreas).
Autoconhecimento: Como você lida com mudanças? Existe alguém na sua vida
hoje por quem você seria capaz de ser completamente leal, mesmo que as
vezes chateie você? Se você pudesse parar tudo agora e viajar para onde você
quisesse, para onde você iria?
Nome: Mannaz
Letra: M
Significado: humanidade, o ser humano
Esta runa representa o ser humano e suas qualidades. Se pensarmos nas
habilidades humanas, nós somos seres que se destacam. Porque além das
faculdades psíquicas, sensitivas ou a sensibilidade e sentimentos que somos
capazes de expressar e aprimorar, o ser humano consegue ainda pensar e criar
através da lógica. Não que não tenhamos animais inteligentes ou capazes de
demonstrar empatia, mas o ser humano é, de longe, o que possui as mais
desenvolvidas capacidades para se destacar em meio aos outros seres vivos,
com a qual convive no planeta. Como se não bastasse, possuímos nossos
impulsos instintivos e animalescos de sobrevivência e ainda uma necessidade
interna da busca pelo desenvolvimento espiritual, basta vermos a diversidade
de “religiões” que foram criadas com este fim. É muito triste ver como tantos
seres humanos são incapazes de canalizar todo este potencial de forma
construtiva, e como matamos uns aos outros pelo poder. Se não somos
capazes nem de manter a harmonia e equilíbrio entre nossa própria espécie,
que dirá cuidar do nosso planeta, que é nossa casa e uma extensão de nós
mesmos. O ser humano é realmente muito complexo. Com infinitas
possibilidades antagonicamente atreladas a uma total falta de maturidade,
como crianças superdotadas rodeadas de brinquedinhos perigosos, somos um
verdadeiro câncer dentro do próprio lar. Mas nem todos são assim, felizmente.
E esta runa trará a essência das relações e do que se pode fazer de positivo
com elas. Ela nos lembra que ninguém vive sozinho e que cada pessoa é
importante para o bom funcionamento do todo, como células de um grande
sistema. Porque a nossa vida é feita de relações. Estamos, a todo momento,
interagindo e se relacionando com alguém ou alguma coisa. E cada um tem
uma imensa responsabilidade ao desenvolver sua função na sociedade, seja de
forma pública ou privada. Portanto, não importa se você é um diretor
executivo de uma grande empresa ou uma dona de casa, um político
importante ou o cara que recolhe o lixo. Todos somos igualmente importantes
e como você se relaciona com as pessoas, ou usa todos as qualidades humanas
durante a sua vida, irá definir de que forma você impacta no mundo e no
equilíbrio de um gigantesco ecossistema.
A energia que vibra: humanidade, cooperação, trabalho em equipe, integração.
As faculdades humanas: pensar, sentir, se conectar, criar, destruir, se
relacionar, se aperfeiçoar, buscar a evolução espiritual. As interações sociais.
Potencial mágico.
Algumas Interpretações na Arte Oracular:
Desafio: associar-se, não se isolar, não ser uma ilha. Aprender a ver as
diferenças e respeitar o outro, mesmo que não compartilhe das mesmas ideias.
Confraternizar e cooperar mesmo quando não se quer.
Orientação/Conselho: seja fiel a quem você é, mas aceite quem são as outras
pessoas também. Faça associações, interaja, não fique só, seja inteligente,
estratégico e sociável. Busque a diplomacia. Não desconfie, dê uma chance a
alguém.
Personalidade: Pessoa humanitária, bondosa e honesta, gosta de viver em
comunidade, está sempre pronta para ajudar e no amor é decidida e exigente
com a pessoa amada. Profissionalmente, sabe trabalhar em equipe e unir
pessoas.
Sob o mesmo ponto de vista, ela ajuda ainda a amplia habilidades humanas,
como o raciocínio lógico, a sensibilidade, empatia e, até mesmo, nosso
desempenho em práticas mágicas.
Autoconhecimento: Como você lida com as pessoas quando elas não
compartilham dos mesmos interesses e valores que você? Pense nas pessoas
com quem você mais anda e responda a si mesmo: elas são positivas para a sua
vida ou agregam algo para quem você deseja ser? Você possui um ideal ou
propósito que poderia ajudar a melhorar o mundo de forma coletiva?
Nome: Laguz
Letra: L
Significado: lago, água
Dar passagem a alguma coisa. Pela mitologia a água era vista como um portal
para outro plano, uma ideia comum entre celtas e germânicos. E diversas são
as evidências de cultos envolvendo oferendas em fontes, lagos, rios, poços,
pântanos, nascentes. Era comum o pensamento de que a água era um terreno
misterioso, assombrada por algum tipo de espírito, mas ainda uma das
necessidades básicas para a vida, que traz a fertilidades da terra por onde flui.
Daí a razão dos cultos, que mais tarde deu origem à ideia do “poço/fonte dos
desejos”. Se pensarmos nas características deste elemento tão poderoso,
percebemos que embora a água seja altamente flexível e adaptativa, já que se
adequa a recipientes, ela também é capaz de causar grandes transformações.
Deste modo, os estragos causados por um maremoto, por exemplo, ou mesmo
a forma como a água é capaz de moldar grandes rochas através do atrito
constante, nos ensina que a transformação rápida e bruta do fogo nem sempre
é a melhor opção. E a água, embora muitas vezes demonstre uma aparente
passividade, pode esconder uma força altamente poderosa de mudar alguma
coisa e reflete ainda as flutuações do nosso subconsciente que desencadeiam
atitudes incompreendidas, quando analisadas de forma racional. Laguz
representa o equilíbrio entre seguir o fluxo ou sua intuição, para fazer valer sua
própria vontade. Ela fala dos momentos onde precisamos "dar passagem”,
adaptar-se ou aceitar certas coisas, mas sem tornar-nos excessivamente
passivos. Ela evoca o poder de provocar mudanças, mesmo que a "ação" não
seja perceptível aos olhos dos outros. Devido à relação do elemento água às
emoções e sentimentos, traz uma energia mais feminina do que masculina, já
que as mulheres costumam (seja por sua própria natureza ou por ser uma
característica que faz parte do inconsciente coletivo), serem mais sensíveis e
ter menos resistência a mostrar sentimentos do que os homens. Por esta
razão, muitas vezes esta runa aparece em uma jogada representando uma
mulher (ou alguém com uma forte energia feminina) de forma literal. Associa-
se ainda à lua, pois sabemos como suas mudanças de fase são capazes de
interferir nas marés, inclusive nossas flutuações internas, pois somos feitos em
média por 70% de água.
A energia que vibra: um momento de fluidez, questões fluindo naturalmente,
ou dar passagem a algo ou alguém. Facilidade em aprender e ensinar (estar
aberto ao recebimento e repasse de informações). Algumas vezes representa
assuntos emocionais ou psíquicos em curso ou um momento que exige
limpeza, clareza, flexibilidade ou adaptação. Personifica nosso subconsciente.
Desafio: dar passagem a algo ou alguma coisa, seguir a intuição, deixar fluir.
Aprender a lidar com sentimentos e emoções. Ser flexível e adaptativo sem se
tornar passivo e submisso.
Uso mágico: Esta runa representa o elemento água e, como este elemento, é
utilizada na magia para purificação e limpeza. Da mesma maneira, é utilizada
para ampliar nossa intuição e sensibilidade, equilibrar emoções, facilitar o
acesso ao subconsciente e ampliar nosso magnetismo pessoal, além de regular
a mediunidade. Serve para “dar passagem a alguma coisa" funcionando como
um portal (em termos energéticos) ou para trazer fluidez aos acontecimentos.
Nome: Ingwaz
Letra: Ng
Significado: o herói Yngvi, o deus Freyr
Aqui existem duas figuras que se misturam e transitam entre si: um herói
ancestral da família real sueca e fundador da dinastia Yngling e o deus vane da
fertilidade, Freyr. É muito comum algumas linhas de pesquisa defenderem que
num passado longinquo as divindades na verdade poderiam ter sido pessoais
reais, que se destacaram ou ocuparam algum papel importante em suas
civilizações. Desta forma, muitos estudos indicam que a palavra Freyr seria
mais um título do que um nome, significando senhor. Yngvi-Freyr (ou Ingvi-
Freyr), portanto, significaria senhor Yngvi, bem como Freyja significaria
senhora. Ingwaz então é uma runa que fala de fertilidade, pois evoca todos os
aspectos de Freyr (e dos deuses vane em geral) e representa uma semente.
Esta runa então se associa com a fertilidade e gestação, como berkano, porém
de um ponto de vista mais masculino, estando mais voltada à fertilidade dos
homens. Representa um momento de preparação para algo, onde há o fim de
um ciclo para que um novo se inicie, ou o mesmo o núcleo fecundo para
alguma coisa. Remete ao bem estar, paz, harmonia, beleza e por vezes aos
prazeres, aspectos relacionados aos deuses vanir. É uma influência bastante
positiva e possui o poder de conter energias para serem canalizadas
posteriormente, bastante usada na magia rúnica para este fim.
A energia que vibra: fim de clico (e início de um novo). Um núcleo
positivo/fértil para o desenvolvimento de algo. Planos e ideias férteis,
momento de transformação ou superação.
Inverso (opcional): embora seja uma runa, de forma geral, bastante positiva,
seu lado negativo corresponde aos términos que trazem sofrimento. Isto acaba
sendo bastante acentuado quando estiver relacionada à othila, por esta ser
uma runa que orienta ao desapego. Algumas vezes, se forem perguntas
específicas sobre este assunto, pode indicar problemas de fertilidade para
homens, ou mesmo outros problemas de natureza sexual. Pode apontar ainda
a incapacidade em de concentrar ou colocar energias em uma ideia ou projeto,
ou uma energia muito “para dentro”, que não se expande, dificultando a
materialização no plano concreto.
Uso mágico: De forma similar à runa berkano, ingwaz é uma runa de fertilidade
em todos os sentidos e atua na saúde e fertilidade masculina. Além do mais, é
uma verdadeira propiciadora da fecundidade para todos os tipos de questões
(projetos, ideias, relacionamentos, etc). Concentra e centraliza energias a
serem ativadas/liberadas posteriormente, afasta a dispersão (ajudando a
centrar os pensamentos) e auxilia a conclusão de uma fase/ciclo.
Desafio: ser otimista e positivo, enxergar as coisas como elas são sem distorcer
a realidade, ser transparente (sem máscaras), mudar a forma de pensar sobre
algo.
Uso mágico: Se dagaz representa a noite virando dia ela favorece uma
mudança completa, uma virada de 180º. Canaliza o fechamento de ciclos para
o início de um novo e a superação de dificuldades, para uma nova situação
completamente oposta. Promove o positivismo nos trazendo um novo olhar
para algo, expulsando pensamentos negativos e autodestrutivos. Pode ser
usada ainda facilitar o início de novas atividades, ou mesmo para canalizar a
adoção de uma nova filosofia ou diferente forma de pensar, que se faça
necessário no momento.
Nome: Othala
Letra: O
Significado: herança, propriedade
Esta runa remete à ideia de herança e propriedade e assim podemos ver uma
ligação clara entre quem somos e quem foram nossos antepassados. E para os
antigos pagãos germânicos, manter as "boas relações” e honrar os ancestrais
era mais do que natural e necessário. Isto porque, eles acreditavam na
família/clã como algo uno, uma energia em conjunto, onde cada um de nós faz
parte de um todo. Sendo assim, eles praticamente desconheciam a ideia de
"indivíduo" e até mesmo nossa alma para eles era compartilhada, tendo uma
de suas partes herdada de nossos ancestrais. Porque sim, para eles, nossa
“alma” era dividida em várias partes, ou camadas, um conceito bastante
semelhante à ideia holística do ser humano sendo formado por vários
“corpos”. E neste sentido, eles acreditavam que todos nós possuímos um
espírito tutelar familiar transmitido de geração em geração que compõem uma
desta “partes” da alma e que as experiências de nossos antepassados ficariam
conosco perpetuando-se como a herança familiar que recebemos, podendo ser
boa ou ruim. E honrar nossos ancestrais, perdoando as falhas e enaltecendo as
coisas boas que fizeram, seria uma forma de perpetuar o legado deixado por
eles. Da mesma maneira, nós mesmos deixaremos nosso legado para as
próximas gerações e esta runa fala justamente deste trânsito de experiências e
representa herança em todos os sentidos, espiritual, genética, cultural e até
mesmo material. Por isto também sua ligação com as propriedades, algo
deixado a seus descendentes que confere também a esta runa um aspecto de
materialidade. Em suma, tudo nesta runa está relacionado ao intercâmbio de
gerações, às interações entre diferentes gerações e aquilo o que é
"construído”, “transmitido" e "recebido”.
A energia que vibra: uma propriedade ou posse (casa, terreno, bens imóveis),
estrutura (material) ou investimentos a longo prazo. Heranças de todos os
tipos. O contato e interação com parentes e pessoas mais velhas. Tradições.
Aspectos e ideias conservadores. Valores. Apego x desapego.
Trabalho: esta runa pode indicar o local de trabalho de forma literal (o prédio,
a sala, escritório) ou a instituição na qual se trabalha (escola, hospital, etc).
Pode ainda refletir uma posição estável em termos profissionais ou a
necessidade de investir a longo prazo para adquirir tal estabilidade (ganhos que
virão ao longo do tempo e não se pode usufruir de imediato). Indica ainda um
momento onde se está à disposição das regras e decisões de uma corporação
ou instituição (aguardar resultado em concurso público, estar à mercê do
planejamento de uma empresa, interferências de novas leis etc).
Neste processo, buscava-se auxílio para tomar decisões, como por exemplo,
antes de uma guerra, tentando prever as probabilidades de vitória. E isto
acontecia em diferentes civilizações antigas como os gregos, sumérios,
egípcios, celtas e por aí vai.
“Oráculo” do latim oraculum, por sua vez, significa algo como “anúncio divino”,
ou mesmo um “lugar onde as respostas oraculares são dadas” e deriva de oro
que significa “pleitear” ou “rezar”.
A palavra oráculo então, foi utilizada para identificar os lugares onde consultas
ou profecias eram feitas, a palavra divina que era recebida ou mesmo a pessoa
intermediária.
Nos dias de hoje, entretanto, é mais comum ouvirmos falar em oráculo, como
forma de identificar as ferramentas utilizadas para tal (tarot, runas, borra de
café, leitura de mão, interpretação de sonhos, búzios). As pessoas que exercem
esta função, então, acabam sendo conhecidas como oraculistas.
Sincronicidade:
Comecemos pela sincronicidade. Sugerido pelo psiquiatra suíço Carl Gustav
Jung, este conceito defende que duas dimensões, uma física e uma não física,
possuem sincronia, pois tudo no universo estaria interligado por um tipo de
vibração.
E isto se aplica a todos os oráculos, não apenas ao tarot, pois todos funcionam
da mesma forma.
Hoje, podemos dizer então que uma consulta oracular ajuda de forma
profunda, a nível terapêutico e de desenvolvimento humano. E é uma prática
que vai muito além de simplesmente tentar prever o futuro e um trabalho que
deve ser encarado com muita seriedade.
Conforme vimos no início do nosso estudo, diversas práticas novas utilizando-
se das runas se desenvolvendo com o passar do tempo e, diferentemente do
que a maioria das pessoas acredita, a arte oracular com as runas foi uma delas.
Isto porque, não há registro histórico de como era feita a interpretação das
runas pelos antigos-nórdico germânicos e, como aconteceu com diversas
outras práticas mágicas de época, durante a inquisição esse conhecimento
quase que se perdeu por completo, devido à proibição da igreja.
Mas, ainda assim, é quase que um consenso de que as runas eram sim
utilizadas como oráculo, se levarmos com conta suas funções mágicas. Além
disto, de forma geral, sabe-se que estes povos tinham as adivinhações e a
busca pelas profecias como práticas bastante presentes.
Em suma, podemos dizer que uma das funções das runas seria atuar como um
oráculo, mas, as formas como isto era feito no passado se perderam. Por conta
disto, o método que utilizamos hoje para tal pode ser considerada uma prática
moderna, apesar de se utilizar de símbolos antigos para tal.
1605 - Primeiras ideias apresentadas das runas como oráculo no libro Adalruna
Rediviva, que foi escrito por um hermetista rosacruz na tentativa de criar uma
espécie de Kabbalah germânica.
1908 - Guido Von List cria o sistema Armanen afirmando que as 18 runas deste
sistema representariam os 18 feitiços de Óðinn do Hávamál. Elas teriam sido
reveladas a ele através de visões divinas.
1982 - Ralph Blum usou seu conhecimento do "I Ching" chinês para criar seu
próprio tipo de adivinhação rúnica, sendo o “primeiro” a utilizar runas em
peças. Blum criou ainda o uso de uma runa "em branco".
Mas antes de vermos como aplicar os significados de cada runa dentro do
contexto oracular, veremos algumas informações relevantes sobre os métodos
de jogo existentes e variações que você deverá experimentar e selecionar para
realizar suas jogadas.
Além disto, devemos ver cada símbolo rúnico como a essência de uma
energia/vibração. Sendo assim, tal energia precisa estar em equilíbrio, do
contrário, ocorrem os problemas. Por exemplo: digamos que a runa ansuz (a)
apareça em uma jogada representando um obstáculo ou um ponto negativo da
questão. Se esta é uma runa de comunicação, entenderemos que há algo
errado neste sentido, podendo ser um desequilíbrio para mais ou para menos.
Porque se você não se expressa (desequilíbrio para menos), você deixa de falar
as coisas e não se comunica adequadamente e as pessoas não te
compreendem. O mesmo se dá quando falamos demais. Por vezes, ofendemos
as pessoas, perdemos a capacidade de ouvi-las e “julgar” um acontecimento
adequadamente de forma imparcial e ficamos totalmente fora de ritmo em
relação à dinâmica externa. Quando não falamos besteira, por nem sabermos
mais o que estamos dizendo.
A runa em branco, como vimos, foi uma invenção do Blum e surge na década
de 80, não tendo nenhuma relação com os antigos alfabetos ou supostas
práticas originais. Mas, ainda assim, nos dias de hoje é muito comum
comprarmos jogos de runas e vir a tal runa em branco, porque muitas pessoas
a utilizam. Por conta disto, abordaremos aqui sua simbologia e caberá a você
decidir se a utilizará em suas leituras ou não.
Eu, particularmente, tenho certa ressalva no que tange ao uso desta runa. Isto
porque, acredito que o uso da mesma traz uma tendência um pouco fatalista
para o jogo, quando na verdade o oráculo precisa nos auxiliar a tomar decisões
e a construirmos nosso próprio futuro.
Mas, ainda assim, segue os significados que esta runa geralmente recebe na
arte oracular, por quem a usa:
Nome: Wyrd
Letra: -
Forma: -
Significado: destino
Se você fizer uma pesquisa rápida, verá que as formas de realizar esta
preparação irá variar de pessoa para pessoa. Além disto, por vezes, as ações
que as pessoas tomam podem estar relacionadas às suas crenças pessoais. O
ideal é que você escolha uma forma que faça sentido para você, ou que esteja
dentro daquilo o que você conhece e acredita. A seguir algumas sugestões.
3 Runas → Para respostas curtas. Podem ser perguntas de sim ou não sendo
que: 3 runas positivas respondem como SIM, 3 runas negativas respondem
NÃO; duas positivas e uma negativas: SIM, porém com algum inconveniente ou
duas negativas e uma positiva NÃO, mas com
algum benefício. Se preferir, pode-se ainda lê-las
da seguinte forma:
PASSADO, PRESENTE e FUTURO ou
A SITUAÇÃO, O QUE FAZER (CONSELHO) e POSSÍVEL RESULTADO.
Nota: para clarear mais a leitura, usar mais duas runas transformando a jogada
em uma cruz sendo: no topo os prós/contras (haverá auxílio ou não?) e na base
alguma informação relevante que não possa ser alterada.
1 - A QUESTÃO, O PRESENTE
2, 3 e 4 - SITUAÇÃO 1
5, 6 e 7 - SITUAÇÃO 2
Realizar uma comparação analisando o melhor
resultado ou melhores condições.
2) Após leitura feita, escolher uma runa, verificar sua natureza (mudanças
rápidas, atrasos, etc) e utilizar sua sensibilidade, lembrando que algumas já
possuem uma conotação de tempo em seu significado. Exemplo: jera (j) – vale
um ano, pois se associa com o ciclo das estações, plantio e colheita. Runas frias
se relacionam ao inverno e runas quentes ao verão, e assim por diante. Este é
um estudo mais aprofundado e você não deve se preocupar muito com isto por
hora, talvez você nem use esta opção. Mas é interessante saber que há esta
possibilidade.
Consagrar significa tornar sagrado, ou seja, fazer de alguma coisa, neste caso o
seu jogo de runas, uma espécie de ponto de força intermediário entre o plano
físico e o plano espiritual.
Em outras palavras, um objeto quando consagrado por você, passa a carregar
não somente a sua própria energia, como também recebe uma função mágica.
Sendo assim, ele passará a desempenhar a tal função determinada por você
como se fosse um objeto vivo, ao passo que terá uma força espiritual
despertada por você durante a consagração.
Em termos de energia, grosso modo, podemos dizer que você está
simplesmente preparando o objeto energeticamente para que ele faça alguma
coisa.
E claro, podemos consagrar as mais diversas coisas como: locais (como
templos por exemplo), instrumentos rituais, ferramentas mágicas como taças
punhais entre outros, amuletos e talismãs ou um jogo oracular.
E não preciso nem dizer que cada linha mágica/espiritual terá seus próprios
rituais em relação a isto, tornando o ritual de consagração um procedimento
que, em termos práticos, não é único ou universal.
Inclusive, no que tange aos oráculos, existem pessoas que nem os consagram,
apenas costumam fazer uma limpeza energética periódica.
Mas quando se trata de runas, é recomendado que uma consagração especial
seja feita ao menos uma vez e aí sim, posteriormente, é possível seguir com
procedimentos mais simples em caráter de manutenção.
Sendo assim, considerando-se que você tenha comprado o seu jogo de runas,
sua consagração deverá seguir da seguinte maneira:
1) Antes de mais nada pegue seu jogo de runas e faça ao menos uma
limpeza rápida, que pode ser com a simples fumaça de um incenso. Faça
o mesmo com sua base/placa/toalha na qual você utilizará
posteriormente para a abertura oracular;
2) Feito isto, monte uma espécie de altar dispondo as runas sobre a toalha
na ordem do futhark . Se desejar, coloque outros elementos no altar que
sejam importantes a seu ver, como uma vela, pedra, etc;
3) Tente visualizar um círculo rúnico completo em torno das suas runas e
faça um relaxamento, com o intuito de alterar seu estado de consciência;
4) Pegue a primeira runa, no caso fehu e coloque em posição de destaque
na mesa, separada das demais. Ou, opcionalmente segure-as nas mãos;
5) Aqui passaremos para o galdr rúnico. Galdr é uma espécie de magia do
som e quando entoamos/cantamos/sussurramos o nome de uma runa,
dizemos que estamos fazendo um galdr rúnico; uma espécie de mantra.
Para tanto concentre-se na energia de fehu, enquanto olha para sua
runa, voltando sua consciência a ela. Reflita sobre a essência desta runa
(prosperidade), pense em seus significados, formato e aspectos e, na
sequência, puxe da memória lembranças e conceitos que lhe remetam a
esta ideia de prosperidade. Tentar ao máximo pensar em experiência de
vida importantes que sejam capazes de invocar ainda, se possível, um
sentimento atrelado a esta ideia de prosperidade;
6) quando você realmente se sentir profundamente conectado a esta
vibração, “cante” o nome da runa pelo menos 3 vezes;
7) Repita este procedimento com as 23 outras runas, uma por uma, por
exemplo: uruz = força, thurisaz = defesa e assim por diante;
8) Hora de atribuir uma função ao seu oráculo selando a consagração com o
sopro. Aqui você deverá despertar as runas através da respiração,
imitando o gesto do deus Óðinn ao criar os seres humanos. Quando
respiramos não somente absorvemos um elemento crucial para a vida
(oxigênio, o próprio ar) como também a energia vital/prana/önd. Para
tanto, segure todas as runas nas mãos em concha e faça uma espécie de
oração/afirmação que descreva a sua intenção com o oráculo (o que ele
deve fazer e o que você espera dele – exemplo: a partir de agora, você
servirá como uma ponte para que eu consiga trazer informações do
plano astral, para que eu posso ajudar pessoas). Determine de forma
firme (em voz alta ou mentalmente) algo que reflita o seu intento;
9) Depois respire profundamente pelo menos 3x visualizando que: quando
você inspira você absorve junto com o ar a energia vital. E que junto com
ela vem também as vibrações rúnicas (que são energias muito antigas e
universais);
10) Por fim, sele de fato sua consagração soprando sobre as runas,
despertando-as e as imantando com sua própria energia.
11) Opcionalmente, você poderá reforçar sua consagração através de
qualquer outro procedimento popular, como por exemplo: deixá-lo sob a luz
da lua cheia durante uma noite inteira, dormir com ele por 7 (ou 9) dias
embaixo do travesseiro, imantar energia dos 4 elementos, etc.
Nota: quando confeccionamos nosso próprio jogo de runas, o ideal é que o ato
da confecção já se torne uma consagração, ao passo que vamos entoando o
nome da runa e nos concentrando na energia dela durante a
pintura/entalhe/gravação. Desta maneira, a própria confecção já se torna um
verdadeiro ritual, dispensando a necessidade de uma consagração posterior
propriamente dita.
Manutenção – Cuidando do seu Oráculo: