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INTRODUÇÃO..............................................................................................

Significado da Palavra Runa...................................................


Runas Hoje............................................................................
Origem Histórica das Runas..........................................................................

Evidências Rúnicas....................................................... ...........


Teorias........................................................ ............................
Os Alfabetos Rúnicos........................................................ .......
Os Povos Nórdico-Germânicos................................................. .
Paganismo........................................................ ........................
Oralidade e Fontes de Pesquisa................................................
Origem Mitológica das Runas.......................... .............................................

O Elder Futhark.............................................................................................

Divisão em Três ÆTTIR........................................................ ......


Significado das Runas...............................................................
A Arte Oracular..........................................................................................

Oráculos e Psicologia........................................................ ........


As Runas como Oráculo..................................................................................

Desenvolvimento..................................................... ..................
Diferentes Métodos de Jogo.......................................................
Runas Invertidas........................................................ .................
Wyrd e a Runa em Branco........................................................ ...
Leitura de Runas na Prática.............................................................................
Preparação Pessoal e do Ambiente........................................ .............
Roteiro....................................................................................................................

Usando Mandalas...................................................................................................

Jogada Aleatória.....................................................................................................

Previsão de Tempo.................................................................................................

Consagração e Manutenção do Oráculo................................................................


Este é um curso intensivo onde você aprenderá a utilizar as runas nórdicas
como uma ferramenta oracular.

E quando falamos em runas nórdicas, significa que abordaremos aqui


especificamente um dos alfabetos de origem germânica. Porque sim, as runas
são letras e, portanto, compõem um alfabeto. E na verdade, existe mais de um
alfabeto rúnico, podendo ser de origem germânica ou não.

Por conta disto, não é difícil que você encontre por aí outros tipos de runas,
algumas até de origem ainda mais incerta, como as runas das bruxas ou runas
ciganas. Mas estudar estes outros conjuntos realmente não é o nosso foco e
todo o conteúdo e práticas abordadas aqui se darão baseadas no Elder Futhark.
E o Elder, que orginalmente possui 24 runas, normalmente é encontrado na
atualidade para venda constando de 25 peças, sendo que uma vem “em
branco”, uma adição moderna. Mas deixaremos para falar sobre isso mais
adiante. Apesar disto, nada impede que você adapte as formas de jogo que
veremos a outros conjuntos de runas se lhe convier e se isto fizer sentido para
você.

Mas porque existem várias runas? Bem, ocorre que com as diversas invasões,
fusões e conquistas de territórios, a cultura e mitologia de diversas partes da
Europa acabaram influenciando-se mutuamente. E no que tange às runas de
origem nórdica/germânica, há mais de uma série de agrupamento (ou
alfabetos) deste tipo conhecidos como “rúnicos”, provenientes dos povos
germânicos da Europa continental, das ilhas britânicas e principalmente da
Escandinávia.

Sendo assim, os antigos povos nômades chamados de indo-europeus teriam


sido o tronco em termos de gênese, que se subdividiu em várias ramificações
ou “categorias” como: germânicos, celtas, itálicos, eslavos e gregos.

E o nosso alfabeto, o Elder Futhark, teria se consolidado entre os escandinavos,


pertencentes ao grupo germânico, em uma classificação que leva em conta a
linguagem e outras questões culturais semelhantes como a mitologia.
Ademais, este é o alfabeto rúnico mais estudado nos dias de hoje por ser
considerado o ancestral entre os germânicos que, com o passar do tempo,
acabou se modificando como forma de acompanhar as mudanças naturais
ocorridas na linguagem destes povos, dando origem a outros alfabetos como as
variações do Younger ou o Futhork Anglo-Saxão, por exemplo.

Vale ressaltar ainda, que é possível que você encontre em algumas fontes a
denominação “runas vikings”, já que os escandinavos também chegaram as ser
conhecidos como vikings. Porém, em termos de precisão histórica, o mais
correto seria dizermos que o alfabeto viking trata-se do Younger, composto de
16 runas, por este ser o alfabeto que de fato era utilizado durante a era viking
(período de sua expansão de 793 a 1066 d. c.). E embora este não seja um
alfabeto tão popular hoje quanto seu ancestral, algumas pessoas o preferem
devido à grande predominância de evidências rúnicas, que em sua grande
maioria datam da era viking, ou seja, foram gravadas com as runas do Younger
Futhark.

Em termos de etimologia, a palavra runa é uma palavra que, na verdade, não


possui um único significado, o que acaba gerando uma série de interpretações
e discussões a respeito de sua finalidade já que, ocasionalmente, poderia
significar simplesmente letra.

Mas, originalmente em nórdico antigo (rún) e em inglês antigo (run, rune), o


termo pode ser traduzido como “mistério”, “segredo” ou “conhecimento
secreto”, “algo que não deve ser dito em voz alta”, e sim “sussurrado”. Ainda
em inglês antigo, apareceu em contextos onde significaria algo como
“conselho” ou “auxílio” e ainda, é possível seja uma derivação das línguas
bálticas ou mesmo fino-úgricas, nas quais significaria algo como “falar” ou
“cantar”. Em letão por exemplo (língua báltica indo-europeia), o verbo “runat”
significa “falar”.
Mas de qualquer maneira, não é segredo que o conhecimento das runas gira
em torno de todo um contexto mágico, tendo sua origem baseada
popularmente na própria mitologia.

E claro, apesar de praticamente todo o material documentado datar de uma


época tardia, já que era muito comum entre as culturas antigas que o
conhecimento fosse passado de forma oral, é quase que uma unanimidade no
meio acadêmico, o fato de que tais fontes atestam o antigo uso das runas
dentro de contextos mágicos, elevando as runas para além de um simples
alfabeto rudimentar. Aspectos estes que se confirmam pelas próprias
evidências arqueológicas.

A princípio, a magia rúnica era essencialmente talismânica mas, com o passar


dos anos, o uso das runas vem ganhando muito mais força e se expandindo.

Isto porque, cada vez mais pessoas percebem o poder que estes “simples”
símbolos possuem, funcionando como chaves de acesso a determinados
padrões de energia.

Sendo assim, o que começou com uma crua percepção com os antigos pagãos
germânicos traçando runas em metal, osso, couro ou madeira, em prol de um
objetivo, na atualidade tornou-se um sistema mágico muito mais amplo,
envolvendo ainda autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e/ou
espiritual.

Pois hoje entendemos que através das runas é possível acessar, atrair, repelir,
ampliar ou modular diferentes tipos de vibrações e, na prática, elas podem sim
ser usadas para aconselhamento através da arte oracular, mas esta é apenas a
ponta do iceberg.

E se olharmos o desenvolvimento do uso das runas através dos anos, diversas


escolas esotéricas ou caminho iniciáticos originários da era medieval passaram
a estudar e aperfeiçoar estas práticas antigas. E assim, transformaram um
conhecimento ancestral em algo muito mais abrangente, mas não de maior
importância do que as práticas tradicionais. Nem melhores nem piores, apenas
diferentes. Sendo assim, posteriormente, você poderá ampliar seu estudo
sobre runas se quiser, buscando outras formas de se trabalhar com elas, seja
na magia talismânica pura - que é o que mais se assemelha ao que era feito lá
atrás pelos antigos - ou mesmo estudando formas contemporâneas de uso das
runas como o stadhagaldr (“yoga rúnca”), por exemplo, que trata-se de uma
meditação ativa e pode ser utilizada também dentro da magia. Incrível né?

Em suma, nos tempos atuais, através das runas é possível:

* praticar magia: de preferência sem prejudicar as pessoas em volta, mexendo


apenas com a sua própria energia;

* equilíbrio energético auxiliando na cura física (“reiki rúnico”): acessando e


manipulando padrões vibratórios com ou sem o uso de outros artifícios – como
ervas e cristais;

* adquirir autoconhecimento, mudança de comportamento e iluminação:


através da meditação, exercícios e até mesmo práticas mais específicas como o
Stadhagaldr (“Yoga Rúnica”);

* identificar os padrões do Wyrd/Urðr (destino): entendendo a relação entre


passado, presente e futuro e identificando os comportamentos a serem
corrigidos para um futuro melhor – através da arte oracular;

* contato com o divino: porque como chaves ou portais, as runas facilitam o


acesso a mundos externos (outros planos/dimensões), bem como aos mundos
internos (diferentes aspectos da psique), favorecendo o desenvolvimento
humano e a evolução espiritual.

E como podemos perceber, algumas destas práticas podem vir atreladas a


conceitos atuais, como por exemplo a ideia de indivíduo, que foge um pouco a
visão de mundo que os povos pagãos tinham enquanto comunidade tribal,
focada na ideia de coletividade. E isto reflete o quanto as práticas rúnicas vão
sendo incrementadas com o passar do tempo, ambientando-se ao cenário de
quem as experimenta, de acordo com as alterações comportamentais e sociais
do ser humano.
Embora hoje cada vez mais pesquisadores venham se interessando pelo
assunto e tentando definir algumas questões históricas como origem e
desenvolvimento das runas, ainda não se sabe com precisão onde e de que
maneira os caracteres rúnicos apareceram, ou a rota que fizeram pela Europa.
O que existe são apenas teorias que servem ao menos para nos trazer um
ponto de partida e como apoio para início às nossas pesquisas.

Tais teorias então, com o passar do tempo tendem a sofrer alterações,


conforme novas evidências surgem na arqueologia e devido a diferentes linhas
de pensamento entre historiadores, linguistas, sociólogos e antropólogos.

Sendo assim, enquanto alfabeto, as runas já foram consideradas uma variação


do latim ou do grego, teorias estas que já são desconsideradas pela maioria dos
representantes acadêmicos.

Da mesma maneira, o uso das runas pode ser divergente dependendo da


região e período histórico e, em muitos casos, não há vestígio de seu uso como
ferramenta mágica ou para algum uso além da comunicação. Em contrapartida,
algumas tribos germânicas possuíam as runas da vitória (sigrrúnar), esculpidas
em espadas para conferir vitória em batalha, runas de proteção (bjargrúnar),
runas de fala (málrúnar) para eloquência em assembleias e por aí vai.

E claro, há alguns casos onde a magia rúnica foi reinterpretada como na


Islândia, por exemplo, que apesar de ser uma região com forte influência do
paganismo nórdico até os dias atuais, surpreendentemente não registra
evidências rúnicas anteriores à era medieval tardia. E dessa maneira, a magia
rúnica e os símbolos rúnicos contidos nos tão famosos grimórios islandeses
como o Galdrabók, por exemplo, não são conhecidos antes do séc XI e se
popularizaram somente com o Renascimento. E a esta altura, apresentam já
uma prática híbrida que fusiona a magia rúnica com a magia medieval,
astrologia, kabala e alquimia, entre outras coisas.
Em relação à localização geográfica, a região com o maior número de
evidências rúnicas seria, mais ou menos, a área onde estão hoje a Dinamarca,
sul da Noruega e sul da Suécia e são encontradas também, em menor número,
mas constando de exemplares tão antigos quanto os da Escandinávia, ao norte
da Alemanha e leste europeu.

Em sua maioria datam do período entre 200 d. c. até o final da Idade Média,
mas, é possível encontrarmos indícios na cultura material anteriores a isso. E o
uso das runas se estendeu por toda a Idade Média (em alguns casos em
paralelo ao latim) e, na região da Dalecarlia (Suécia), tiveram uso ainda na
Idade Moderna. Lembrando que existem mais de um alfabeto rúnico então o
uso ou não de um determinado alfabeto, está atrelado a uma região em
particular ou período histórico.

Existem aproximadamente 6.000 inscrições rúnicas na Escandinávia (metade


delas em monumentos de pedra) e o restante é encontrado principalmente em
objetos de madeira, mas também de metal e osso, couro, ferramentas, armas,
moedas.

Do ponto de visto histórico, uma das opções de maior aceite até o presente
momento, é a teoria proposta paralelamente por Marstrander e
Hammarströmm entre as décadas de 1920 e 1930 onde, segundo esta tese,
assim como a maioria dos alfabetos europeus, a origem ancestral da escrita
rúnica nos levaria ao alfabeto fenício.

Pois este sistema de escrita do mediterrâneo, baseado em fonemas simples ao


invés de sílabas, teria se expandido por diversas terras, recebido diversas
influências e sendo absorvido por diferentes povos.

No caso da escrita germânica, existem ainda discussões acadêmicas sobre a


derivação de seus caracteres em específico. Mas no geral, a maioria os
considera derivações de alfabetos do norte da Itália e da Etrúria, pelo possível
contato entre alguma tribo germânica e povos norte itálicos (em um período
onde inscrições do norte da península itálica ainda não estariam extintas
devido ao predomínio do latim).

Desta forma, o alfabeto rúnico seria uma espécie de primo distante do alfabeto
latino, do qual inclusive pode ter incorporado algumas influências, conforme
podemos perceber através da notável semelhança entre algumas letras do
nosso alfabeto e caracteres rúnicos, tanto em sua forma original quanto em
eventuais derivações: “F”, “C”, “R”, “i”, “M”, “S”, “t”, “B”, e assim por diante.

Sendo assim, desde o século XIX, muitos estudiosos já consideravam o alfabeto


latino como fonte de origem para as runas nórdicas, considerando-se a
extensão do Império Romano entre os séculos I e II d.C. e as regiões que
apresentam presença mais frequente do alfabeto rúnico. Evidências
arqueológicas demonstram intenso contato entre parte do mundo germânico e
os territórios romanos, o que poderia produzir tais intercâmbios.

Em contrapartida, o norte da Germânia estava bem mais distante das fronteiras


de Roma, o que resultaria em uma influência muito menor e explicaria o
porquê das formas do alfabeto rúnico, apesar de apresentar algumas
similaridades com alfabeto latino, ainda carregam muitas diferenças. De
qualquer forma, as runas estariam inseridas em um contexto de fusões e
modificações conforme habitantes de determinadas regiões se conectavam e
se deslocavam.

Existe ainda outra visão, que acho bastante interessante, pois atribui a criação
das runas aos próprios ancestrais germânicos. Segundo esta hipótese, o
alfabeto rúnico seria uma derivação de antigas gravuras rupestres
(hallristningar ou helleristninger*) com suas origens em uma época bem mais
antiga. Tais ideias apareceram devido às semelhanças entre os símbolos
rúnicos e diversos desenhos encontrados em cavernas da Europa feitos nas
idades do Bronze e do Ferro. A teoria Indígena então, proposta por R.M.
Meyer, em 1896, é a única a defender a origem puramente germânica do
Futhark.
*Hallristningar é uma palavra
sueca que correspondente a
petróglifos, assim como
helleristninger em
norueguês. O termo faz
referência às gravuras
rupestres encontradas em
rochas, produzidas por povos
setentrionais e encontrados
na Suécia e Noruega.

O alfabeto rúnico originalmente recebe o nome de “Futhark” como uma junção


de suas 6 primeiras letras, ou ainda variações deste nome como (“Futhork”). E
as runas então, que inicialmente eram usadas para inscrições curtas, passaram
a compor textos mais longos durante a Era Viking, em contexto jurídico,
comemorativo, genealógico e finalidades mágico-religiosas.
O antigo futhark então, que foi empregado tanto na Europa continental (entre
os séc. II e IX) quanto na Escandinávia (nos séculos VII-VIII), como comentado
anteriormente, sofreu várias alterações através dos tempos, derivando novos
alfabetos, devido ao intercâmbio entre povos de diversas partes do continente
europeu e da própria evolução natural da fonética. E tais variações, se
estenderam não somente em termos de forma e pronúncia dos símbolos, mas
também, eventualmente, atribuindo-se novos significados para algumas runas.

Sendo assim, entre os séculos VIII e IX houve uma simplificação do alfabeto,


diminuindo-se inclusive a quantidade de caracteres. Este novo Futhark,
contendo apenas 16 caracteres, aparece primordialmente na Escandinávia nas
runestones (estelas rúnicas).

E o Younger possui duas variantes, chamadas “runas de ramas/pernas longas”


(ou “normais”) e “runas de ramas/pernas curtas”, a saber:
Temos também o fuþork anglo-saxão contendo entre 26 a 33 caracteres
dependendo da região, que foi utilizado entre os séculos V-XI na Inglaterra
anglo-saxã, para registros escritos em antigo inglês e antigo frísio.

E por fim, existem ainda muitas outras variantes, como as “runas


marcomânicas”, (continente Europeu entre os séculos VIII-IX), as “medievais”
(Escandinávia - séculos XII-XV), e as dalecarlianas usadas na Suécia (séculos XVI-
XX).

Ao longo do nosso estudo, você perceberá que para entendermos a simbologia


das runas, precisamos entender o contexto social em que elas surgiram e pelo
menos o básico sobre a cultura e mitologia destes povos. Não estou dizendo
que para estudar e utilizar as runas você precisa se tornar um neopagão
germânico, alterar seu sistema de crenças e carregar a “bandeira” de Oðinn.
Muito pelo contrário, porque se entendemos que as runas são verdadeiras
chaves de acesso a diferentes vibrações, energia por si só independe de crença.

Sendo assim, você encontrará pessoas que possuem o conhecimento das runas
e de fato cultuam as divindades nórdicas nos dias de hoje, mas, em
contrapartida, você tem espiritualistas que enxergam tais passagens e seres
mitológicos como arquétipos, ou histórias contidas no inconsciente coletivo
que nos transmitem algum tipo de aprendizado. Mesmo porque, atualmente,
temos várias linhas de pensamentos, então muitas pessoas acreditam que os
antigos deuses podem ter sido pessoas reais, que se destacaram em algum
momento da história dentro de uma determinada cultura, sendo vistos como
pessoas “especiais” e acabaram sendo endeusados com o passar das gerações.

Então, a sua concepção a cerca destes mitos depende unicamente de você. E


no meu ponto de vista, partindo deste princípio, cada aspecto mitológico ou
cultural associado às runas pode ter sido a forma que estes povos encontraram
de traduz as vibrações por traz destes símbolos, com base naquilo o que eles
conheciam.

Mas, uma coisa é fato, independente da forma como você enxerga a sabedoria
ancestral destes povos, seja como acontecimentos reais, metáforas, ou apenas
padrões de comportamento humano que se repetem em diversas cultuas, não
há como você entender em profundidade a simbologia que as runas carregam
se você não entender a visão de mundo destas pessoas, visto que cada runa
trará um significado atrelado ou a um aspecto cultural, ou a uma passagem da
mitologia ou a ambos.

Um exemplo claro disso seria a desinformação em relação ao paganismo.


Estamos falando de um conhecimento que data de uma era pré-cristã, que
passou pela conversão, foi abolido pela igreja (como tantas outras práticas
mágicas antigas), renasce e vem se ampliando até os dias de hoje. Então sim,
este é um conhecimento originalmente pagão e se você tiver um preconceito
em relação a isto, fica difícil. E ainda hoje por incrível que pareça, mesmo com
toda a informações disponível, muita gente não entende o que é o paganismo,
algo que vai muito além de não ser “cristão” e está profundamente associada à
nossa conexão com a própria natureza. Aliás, para os pagãos de forma geral,
nem teria muito sentido falarmos em preservação da natureza ou conexão com
a natureza, já que nós SOMOS a própria natureza e eles nem sequer tinham
uma palavra que corresponderia ao conceito de “natureza” da forma como
entendemos isso hoje.

Sendo assim, por falta de conhecimento, o paganismo hoje ainda é visto por
muitas pessoas como algo negativo, demoníaco ou pecaminoso, visto que
vivemos em um país, como muitos outros, prioritariamente cristão, embora
permita outras religiões. E esta ideia perdura desde a idade média e se propaga
erroneamente como “aquele que não é cristão”.

Mas, se buscarmos a origem do paganismo, o termo significa algo como


“camponês” e era utilizado de forma pejorativa, em um período histórico onde
já vinha ocorrendo o processo de urbanização e parte das pessoas passaram a
habitar as urbs (cidades). Desta forma, nas cidades onde a cristianização estava
em curso de forma muito mais intensa do que nas regiões rurais,
convencionou-se referir aos camponeses como “pagãos” no sentido de:
“aquele povo esquisito que tem uma religião estranha”.

“Pagão” então é um termo latino que se originou de "paganus", que significa


homem do campo, rústico, derivado de "pagus", que se refere a uma região
delimitada por marcadores. Mas já no século V o termo passava a ser usado
para designar aqueles fora da comunidade cristã e em muitos idiomas, inclusive
o nosso, o termo foi adotado para se referir àqueles que não são judeus ou
cristãos, pessoas em geral não batizadas. E na atualidade, o termo passa a ser
usado também para descrever qualquer iniciativa recente de tentar reconstruir
as religiões pré-cristãs, ou seja, movimentos enquadrados no que chamamos
de neopaganismo.

Mas no que tange ao paganismo germânico em particular, o termo geralmente


adotado hoje por aqueles que o praticam seria “heathen”. Originado no inglês
antigo hæþen e derivado do nórdico antigo Heiðinn também significaria
popularmente "não judeu ou não cristão". Ou seja, pagan e heathen são
sinônimos.

Mas para entendermos tais conflitos e mais sobre esta cultura, se faz
necessário entender melhor o que é o paganismo.

Pois no paganismo a religiosidade é voltada à natureza, nada mais lógico para


pessoas que ainda viviam em contato muito mais intenso com ela e
observavam seus ciclos naturais de perto. Diferentemente do que ocorria com
quem vivia na cidade e já absorvia como referência religiosa o dogmatismo
cristão. Entendemos então que o cristianismo foi o responsável por demonizar
as práticas pagãs, como forma de facilitar a conversão.

Mas na realidade, o paganismo não tem nada de demoníaco, visto que este
tipo de “entidade” não faz parte do conjunto de crenças dos pagãos. E,
obviamente, ninguém em sã consciência irá cultuará algo na qual não se
acredita. O que acontece é que no paganismo segue-se um referencial religioso
muito mais próximo da visão de mundo das civilizações primitivas, que
enxergavam diferentes forças na natureza. E tais forças, que teriam o poder de
controlar fenômenos naturais podendo assim favorecer ou não as necessidades
humanas, acabavam sendo vistas como divindades, espíritos da natureza e uma
gama infinita de seres mitológicos, que variam de cultura para cultura.

E para o pensamento da época, nada mais lógico do que criar-se um


relacionamento com tais forças, ofertando algo em honra a elas, esperando
que as mesmas auxiliassem os seres humanos, proporcionando um inverno
mais brando e uma colheita abundante. E daí surgiram os tais sacrifícios tão
“demonizados” nos dias de hoje.

Não estou fazendo apologia a este tipo de prática, mas devemos levar em
consideração a visão de mundo que estes povos tinham e o tipo de vida que
eles viviam. Para eles, ofertar uma simples maçã já era realizar um “sacrifício”,
ou seja, ofertar um presente ou uma oferenda. E a ideia de “barganha” que
existe hoje, como algo negativo, para eles significava outra coisa. E no que
tange ao paganismo germânico em particular, na mente destas pessoas, as
divindades eram vistas como espíritos ancestrais ou mesmo seres naturais
(não-humanos) para os quais as pessoas não se ajoelhariam em adoração. Mas
sim criaturas com as quais o ser humano deveria manter as boas relações para
que houvesse apoio mútuo. Mesmo porque, entre os povos germânicos a ideia
de troca era um referencial de equilíbrio e a troca de presentes um símbolo de
fraternidade. Pois estamos falando de um período histórico onde a vida era
muito dura, não havia a tecnologia atual para o plantio e demais práticas
necessárias para a sobrevivência e um inverno muito rígido poderia matar
muitas pessoas e animais, causando escassez de alimento e sérios problemas
sociais.

Além disto, de forma geral, no paganismo não há de fato uma batalha eterna
entre o bem e o mal, mas sim aspectos da natureza que podem ser negativas
ou positivas, dependendo de situação. Ou mesmo ser positiva para um e
negativa para outro. A natureza simplesmente é e luz e sombra devem
compactuar em perfeita harmonia, e não guerreando eternamente.

E é claro que estes são apenas alguns aspectos referentes ao paganismo, bem
como o panteísmo, o animismo (ou crença em uma centelha divina que
permeia a tudo - inclusive objetos), politeísmo e assim por diante. Sem falar
que cada cultura terá suas particularidades em termos de procedimentos
práticos, panteões e folclore. Mas, como ponto de partida, o que precisamos
entender para o nosso estudo é que dentro deste referencial, magia,
religiosidade, espiritualidade e até mesmo a cura era conceitos muito ligados,
que se interconectavam entre si.

E sendo assim, uma prática mágica qualquer poderia estar atrelada a invocação
de divindades ou não e ser usada para a cura ou não. Tudo varia de acordo com
a situação e objetivo. E você poderá utilizar as runas dentro do seu referencial,
desde que consiga entender o referencial deles, adaptando as runas à sua
realidade atual.

E de forma bem simplista, podemos dizer que a interpretação oracular também


pode ser considerada uma prática mágica, visto que o conceito de magia é
muito amplo e pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes. Mas,
independentemente disto, a magia em sua essência acaba sendo vista como
um sinônimo para energia ou a manipulação energética, ou mesmo o contato
com o plano mágico/astral/espiritual. E quando abrimos um oráculo, bem
como ao realizar práticas de cura energética (como o reiki por exemplo),
estamos manipulando energia. Da mesma maneira, a magia pode ser complexa
envolvendo inúmeros elementos e ter os mais diversos fins, mas uma simples
oração também é uma forma de magia, a mais básica e natural magia que um
ser humano é capaz de realizar desde os primórdios dos tempos. Por que não, a
magia não tem nada de sobrenatural, é inerente às qualidades humanas e pode
ser aperfeiçoada se quisermos. Os antigos alquimistas então, são os químicos
de hoje, a magia dos antigos são as manifestações energéticas estudadas pela
física e muitos dos antigos encantamentos feitos com ervas, foram as bases
para o desenvolvimento dos medicamentos atuais.

Da mesma maneira, magia não tem “cor” e a ideia de magia negra ou magia
branca é apenas uma forma que o ser humano encontrou de “classificar”
algumas práticas. Mas o que vai definir se aquilo o que é feito pode ser
considerado positivo ou não, é a intenção de quem pratica a magia e de que
forma se usa tais energias. O problema não está na magia e sim nas pessoas
que a operam, pela forma como fazem isto. Da mesma maneira, o
conhecimento científico pode nos trazer grandes avanços, melhorar a
qualidade de como vivemos e salvar vidas, ou destruir o planeta e matar
milhões, com a produção e uso de armas nucleares, por exemplo.
Pense nisso!

Bem, sabemos que em muitas culturas da era pré-cristã, o conhecimento era


passado em sua maior parte, de forma oral e de geração em geração. Com
estes povos não foi diferente.

E isto se dá porque apesar da existência das runas, até um determinado


momento da história a grande maioria da população ainda era iletrada, ficando
o conhecimento das runas limitado apenas a uma pequena parcela da
população, geralmente da elite.

Sendo assim, todo o conhecimento sobre diversos assuntos diários e a própria


sabedoria ancestral, como os mitos, lendas, folclore e costumes, era passado
informalmente, na lareira do lar.
E quando começam a surgir documentos escritos, geralmente tais documentos
são produzidos por pessoas originárias de outras culturas, que os observavam
pelo lado de fora e não tinha uma real vivência acerca do estilo de vida e visão
de mundo destas pessoas. Por conta disto, o pouco que se tem documentado
data de uma época tardia e muitas vezes foram produzidos pelos poucos
letrados cristãos da época, que apesar de realmente preservarem muitos
elementos pagãos em suas obras, invariavelmente, acabavam inserindo sua
visão pessoal. Um exemplo claro disto, seria a forma como nos foi passada o
Ragnarök, que seria a batalha final germânica, onde é possível perceber uma
clara semelhança com o apocalipse cristão. E isto é um ponto que os próprios
estudiosos acadêmicos têm questionado, perguntando-se até onde tais relatos
e descrições são confiáveis e imparciais para entendermos estes povos.

Por conta disto, hoje é um desafio para os historiadores tentar filtras as


informações contidas nestes manuscritos, comparando-as com achados
arqueológicos e estudos antropológicos, tentando identificar o que de fato
condizia com as crenças de raiz desta cultura e o que foi uma reinterpretação.
Pois a altura em que estes textos foram produzidos, muito do que puderam
reunir já estava bastante fragmentado e incerto, além de consideravelmente
interpretativos, já que eram contados em forma de poesia. Mas, é tudo o que
podemos utilizar como fonte de estudo, em conjunto com as evidências e
achados arqueológicos, muitas vezes já danificados pelo tempo.

E apesar de existirem outros manuscritos, existem dois conjuntos de


documentos em particular que se destacam para estudo hoje, sendo que:
* a Edda Poética possui escritor (es) anônimo (s) e é composta por dois
manuscritos contendo mitos religiosos, histórias sobre heróis antigos e
conselhos sobre a vida diária (datados originalmente entre os séc. IX e XII d. c.);

*e a Edda em Prosa, ou as “sagas”, atribuída a um historiador, poeta e político


da Islândia do séc. XIII Snorri Sturlsson, e foi compilada por volta de 1221 da Era
Comum (ou Era Cristã).
Bem, dito tudo isto, vejamos agora a origem das runas de ponto de vista da
mitologia, que está relacionada a um feito do deus Oðinn.

E esta era uma divindade amplamente cultuada e que possuía muitos atributos,
dentre eles, uma sede de conhecimento que o impelia a praticar os mais caros
sacrifícios, como as passagens mitológicas associadas a ele nos contam.

E hoje em dia, muitos associam o trecho que narra a descoberta das runas com
os ritos xamânicos de quase morte existentes até hoje, onde se passa por uma
grande provação através da mortificação do corpo, para alcançar algum tipo de
iluminação.

E quando estudamos sobre os povos germânicos, vemos diferentes tipos de


ritualísticas e procedimentos mágicos, muitos trazendo influências claramente
xamânicas, possivelmente uma herança das tribos sami.

Mas de forma resumida, segundo a lenda, Oðinn o grande Deus da sabedoria


teria se submetido a um sacrifício voluntário. E ficando pendurado na árvore
cósmica de Yggdrasil por nove dias e nove noites, ferido por sua própria lança,
lá permaneceu até o nono dia, quando vislumbrou o segredo das runas e
lançou-as, enfim caindo por terra.

A passagem acima corresponde ao segundo poema da Edda Poética, chamado de Hávamál


(Palavras do Altíssimo) que narra, entre outras coisas, o sacrifício de Oðinn na árvore
Yggdrasil. Acredita-se que sua composição original seja datada do início do século 10 d.c..
Não temos como falar sobre o Elder Futhark sem citarmos o poema rúnico
anglo-saxão. Pois como vimos, o legado das runas como tantos outros
conhecimentos, precisou ficar oculto por um bom tempo devido à perseguição
da igreja. Sendo assim, se o conhecimento das runas ainda hoje possui lacunas,
por um longo período foi ainda mais impreciso no que tange ao seu uso e
significados.

E isto é imperativo quando falamos no Elder Futhark. Isto porque, o Elder está
em proto-nórdico (última fase do proto-germânico) que trata-se de uma língua
morta, derivada do proto-indo-europeu. Posteriormente, como vimos, esse
proto-germânico derivou o nórdico antigo (Younger) que mais tarde se
transformaria nas línguas nórdicas modernas (inslandês, dinamarques,
noruegues e sueco). Além disto, derivou também o inglês antigo (anglo-saxão)
que, por sua vez, mais tarde se tornaria o inglês moderno que é falado nos dias
de hoje por todo mundo.

Então, por ser uma língua morta, até mesmo a pronúncia de suas runas é
determinada hoje de forma aproximada pelos linguistas, através do estudo
comparativo das alterações na linguagem germânica. E ao longo do tempo, os
significados de suas runas foram quase perdidos, até que foi encontrado o
poema rúnico anglo-saxão, já que dos alfabetos mais recentes este foi o único a
preservar as 24 runas do Elder Futhark em sua composição (junto a algumas
runas adicionais).

E por mais que anos de estudo em diferentes frentes por volta do sec. XVII
tentassem definir questões de uso e simbolismos relacionadas às runas, a
documentação escrita ainda era muito escassa. A princípio, os estudiosos que
tentavam decifrar o que estas marcas rústicas significavam tinham como
referências apenas documentos como as Eddas e outros manuscritos medievais
(que obviamente datam de um período tardio e podem estar cheios de
interpretação pessoal), bem como achados arqueológicos de difícil
compreensão. Até que finalmente, no início do séc. XVIII foi apresentado um
documento pelo pesquisador britânico George Hickes (1642 –1715), como
sendo o mais longo poema rúnico descoberto até os dias de hoje: o Poema
Rúnico Anglo-Saxão.

Publicado originalmente no primeiro volume do Linguarum Vett.


SeptentrionaliumThesaurus Grammatico-Critici et Archæologici pars prima: seu
Institutiones Grammatcæ Anglo-Saxonicæ, & Moeso-Gothicæ, entre 1703 –
1705, o poema traz vinte e nove runas (número muito maior do que
encontrado nas fontes escandinavas) acompanhado de sua explicação na forma
de versos. E em paralelo a outras publicações, acabou dando força ao estudo
das runas e à runologia como é praticada hoje e pode ser considerado uma das
mais importantes fontes para tentarmos compreender e aprofundar o
significado das runas.

Até onde se sabe, o poema estava registrado em um manuscrito do séc. X


Cotton Otho B.x, fol. 165a –165b e guardado na Cotton library, em Londres. E
apesar de infelizmente ter sido destruído em 1731 devido a um incêndio, o
mesmo havia sido copiado anteriormente por George Hickes.

A primeira tradução disponível desse poema para o inglês moderno data do


começo do século XVIII, mas acredita-se que o original seja do século VIII d.C.,
(ou do século XI como defendem alguns estudiosos).

E infelizmente caímos na mesma questão duvidosa sobre os documentos


históricos, pois da tradução do original em inglês arcaico para o latim, pode
haver inserções de características baseadas numa visão cristã, como também
ocorre nos textos de Snorri Sturlsson (Edda em Prosa). Mas, ainda assim, é uma
referência inestimável para nosso estudo sobre runas e sua estrutura se
apresenta desta maneira: se inicia cada estrofe com uma runa, em seguida
aparece seu nome na escrita convencional da época e, por fim, segue-se uma
estrofe referente a tal runa.

Em suma, podemos dizer que o resgate destes conhecimentos e a forma como


utilizamos as runas do elder hoje, se dá através do estudo do poema rúnico
anglo-saxão, associado a obras produzidas por ocultistas e escolas esotéricas
que surgem em meados do sec XVII. E, claro, através da análise e imersão na
visão de mundo, mitos e crenças destes povos.
As runas são divididas em três “clãs”, grupos ou famílias de oito (Ætt no
singular ou Ættir no plural), sendo regidas por certas deidades e refletindo
determinados aspectos da vida.

Este conceito apareceu pela primeira vez em 1651, quando o islandês Runólfur
Jónsson (c. 1620 –1654) publicava o seu livro Lingvæ Septentrionalis elementa,
onde, entre outras coisas, sugeriu que as runas poderiam ser agrupadas em
Ætter (“famílias”).Para tanto, usou como referência o futhark de 16 da seguinte
maneira: f, u, þ, o, r, k (I Ordo); h, n, i, a, s (II Ordo); t, b, m, l, y/R(III Ordo).

Runas divididas em três Ættir; Runólfur Jónsson, Lingvæ Septentrionalis elementa,1651 in:
Enoksen, 2011: 34.

No Elder Futhark, alfabeto que utilizaremos em nosso curso, elas ficam


agrupadas assim:
Ætt de Freyr (ou 1º Ætt): referem-se ao plano material e sua manifestação.

Ætt de Heimdallr /Hagall (ou 2º Ætt): runas ligadas à formação e estrutura do


universo e assuntos emocionais.

Ætt de Tyr (ou 3º Ætt): plano astral da manifestação e os assuntos mentais e


espirituais.

Runas do Primeiro Ætt ou Ætt de Freyr:

Nome: Fehu
Letra: F
Significado: gado, dinheiro, riqueza

Estamos falando de uma época anterior à invenção da moeda. E nestas


sociedades, era justamente o tamanho do rebanho pertencente a uma família
que serviria como métrica para determinar seu status, em termos de bens,
riqueza e “classe social”. Portanto, quanto maior o rebanho mais bens se
possuía e, consequentemente, mais ricas estas pessoas seriam. Por isto a
associação do gado com a ideia de riqueza. Porque primariamente esta runa
exprime o sentido de “poder móvel”, logo, ao trazermos esta ideia de “poder”
para o concreto de forma literal, nos deparamos com a ideia de posses, no
sentido físico da palavra. Algo como posses móveis. Mas vale lembrar que o
gado em si exige cuidado, ou seja, ele não se expande sozinho. Então, como
significado essencial, esta runa sempre apontará para uma fortuna que é
construída e não “recebida” por sorte ou algo do tipo. A não ser que dentro da
arte oracular, venha associada a outras runas que apontem claramente o
contrário, como por exemplo: associada a othala pode representar uma
herança, com pertho pode representar um ganho inesperado (uma surpresa)
ou mesmo sorte em jogos ou loteria. Ampliando seus significados, além do
dinheiro em si, faz referência a um tipo de conquista, em qualquer aspecto da
vida.
A energia que vibra: potencial de riqueza e prosperidade, ganho e conservação
de algo, assuntos e situações relacionadas a algum tipo de poder.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: prosperidade no amor, uma conquista amorosa, preservação de um


relacionamento.

Trabalho: atuação totalmente voltada para a remuneração e/ou status, nem


sempre relacionada à satisfação pessoal.

Finanças: em termos de finanças, se refere às movimentações financeiras, todo


o valor que entra e sai, indicando um momento oportuno para investimentos e
não gastar em excesso.

Profissões Associadas: áreas ligadas a dinheiro, setor financeiro, aplicações,


empreendedorismo, empresário(a), diretores.

Desafio: não perder, empenhar-se nos ganhos.

Sentimento: grandeza, conquista.

Orientação/Conselho: investir, acreditar, trabalhar nisso.

Personalidade: geralmente apontam pessoas que tem facilidade em multiplicar


ganhos e bens. Normalmente persistentes, trabalhadoras e inteligentes ao
investir, tanto no que é material, quanto nos relacionamentos.

Saúde: circulação, pressão, instabilidade emocional, audição, respiração,


sensibilidade na coluna, problemas pequenos de saúde.

Inverso (opcional): perdas financeiras, perdas emocionais, perda de prestígio


ou posição social/profissional. Pode representar uma pessoa muito mão de
vaca ou que dá tanta prioridade para o lado financeiro que acaba deixando
passar as coisas voas da vida. Investimento mal sucedido.

Uso mágico: esta runa na magia é utilizada para atrair riqueza e conquistas.
Energia de prosperidade. Conquistas em todos os sentidos (amor, financeira,
profissional, status). Por trazer uma energia dinâmica, de movimento, também
pode ser utilizada para dar o "impulso" inicial a algo.
Autoconhecimento: O que significa prosperidade para você? Você tem uma
vida realmente próspera de acordo com o que você entende como
prosperidade? O que falta para que você sinta que alcançou a realização
máxima e que possui prosperidade em todos os aspectos da sua vida?

Palavras-Chave: gado, riqueza, conquistas, status, posição social e/ou


profissional, realização pessoal, fartura, prosperidade, dinheiro. Ganho em
todos os sentidos (financeiro, amoroso, profissional, espiritual, etc).

Nome: Uruz
Letra: U
Significado: bisão ou auroque

O auroque, ou ūr no original (Bos primigenius) era um animal selvagem, já


extinto, que habitava a Europa Ocidental, Sibéria, Ásia e Norte da África. O
ancestral do gado doméstico era um animal de grandes proporções,
completamente insubmisso, dotado de muita força, porém bastante rápido. De
aparência semelhante à de um touro, tinha destaque nos ritos de iniciação dos
jovens guerreiros germânicos; um rito de passagem que consistia na caça e
abate destes animais utilizando-se apenas lança e faca. O auroque era um
animal extremamente corajoso, que seguia seu instinto e lutava ferozmente
para defender seu espaço. Esta runa na arte oracular, sempre indicará nossa
própria força (tanto física quanto interior). Ela representa o destemor, o
enfrentamento, nosso instinto de preservação e a capacidade de auto
superação, em todos os sentidos. Além de estar associada à força e vitalidade
física (inclusive à saúde física), assinala nossa própria habilidade de enfrentar o
desconhecido ou defender nosso espaço, em busca de algum tipo de
crescimento, reconhecimento ou evolução (como no rito de passagem
germânico).

A energia que vibra: necessário enfrentar alguma coisa. Impulso sexual ou


instintivo. Representa assuntos ou preocupações que forçam uma mudança de
posicionamento, de comportamento, o amadurecimento ou a agir de acordo
com os instintos de preservação.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:


Amor: amadurecimento de uma relação como: assumir um namoro, marcar
casamento etc. Forte paixão ou impulso sexual ou ainda, sentir-se ameaçada
(o) por uma terceira pessoa.

Trabalho: a princípio, a ponta a necessidade de manter o poder combativo,


defendendo seu espaço. Muitas vezes, revela a oportunidade de uma nova
situação assumindo maiores responsabilidades (promoção, novo emprego).

Finanças: independência financeira.

Profissões Associadas: áreas relacionadas a combate ou que exploram o corpo


físico, artes marciais, policial, militar, professor de educação física, instrutor
físico, esportes.

Desafio: ser valente, enfrentar os próprios limites, ousar.

Sentimento: destemor, impulso interno, bravura, ferocidade, ser desafiado.

Orientação/Conselho: ter iniciativa, lutar, mostrar do que é capaz.

Personalidade: Pessoa forte, enérgica, impulsiva, desejosa de conquistas.


Normalmente pessoas com grande força de vontade, que sabem defender seu
espaço e tem uma tendência a lutar pela sua independência. Pode se tornar
altamente apaixonada por alguma coisa.

Saúde: Doenças de pouca gravidade. Atenção com imprevistos. Acidentes


pequenos. Cortar o dedo. Pessoa fraca e frequentemente enferma. Tropeçar.
Cair. Ficar com hematomas. Baixa vitalidade, pode indicar problemas médicos
ou psicológicos de natureza sexual, qualquer problema indica que tem forças
para restabelecer-se, pois, significa grande força e poderes naturais de
resistência. Problemas de rins.

Inverso (opcional): oportunidades perdidas, situação ou relacionamento que


não amadurece. Pode representar uma pessoa amedrontada e de pouco vigor,
ou que apresenta uma postura muito imatura. Representa o medo de "crescer"
ou enfrentar algo, ou mesmo de ser mal avaliado.

Uso mágico: Como símbolo de força em todos os sentidos (física, emocional ou


espiritual) nos auxilia a fortificar nossos próprios recursos internos para
enfrentar uma situação ou mesmo catalisar mudanças. Além disto, como uma
das principais runas que personificam a saúde e poderes de restauração física,
é amplamente usada em magia de cura.

Autoconhecimento: De onde vem a sua força? O que te impede de fazer o que


você deseja ou precisa? Existe alguma ideia para ser tirada do papel ou
situação que precisa ser resolvida agora, mas você está protelando?

Palavras-Chave: Mudança radical; passagem para uma nova fase; aprendizados


no processo de crescimento que não podem ser evitados. Denota desafios e
maturidade. Promoção profissional. Força, energia masculina (virilidade),
determinação e fluxo ativo. Destemor, saúde, progresso, sorte.

Nome: Thurisaz
Letra: Th
Significado: espinho, gigante

Embora esta runa também apareça com o significado de espinho, sinalizando a


proteção como algo necessário a todos, inclusive a uma simples e delicada flor,
muito maior é sua associação com os gigantes, e por consequência, a Thor. Isto
porque, os gigantes aparecem na mitologia, de forma geral, como um perigo
ou ameaça para deuses e humanos. E Thor era uma divindade amplamente
popular e cultuada até mais que Odin, sendo considerado um protetor da
humanidade. E pela natureza desta runa e sua associação com estes conceitos
mitológicos, ela é ainda considerada uma representação do Mjöllnir (martelo
de Thor). Sendo assim, esta runa é a personificação do poder de quebrar
barreiras, já que Thor é chamado não somente para proteger, como também
para limpar um objeto, local ou uma pessoa de influências maléficas. Além
disto, apesar de pouco divulgado, seu martelo é ainda um símbolo de
fertilidade pois Thor é ainda um deus agrário. Mas Thurisaz, em sua essência
mais pura, representa tanto o poder de defesa passiva (como o espinho)
quanto o ataque ativo (como o martelo, que é uma arma). Com esta runa todo
o cuidado é pouco, pois ela carrega um forte potencial destrutivo.
A energia que vibra: bloqueios, surgimento de obstáculos, necessidade de
proteger-se, prevenir-se ou enfrentar dificuldades. Um momento onde é
necessário cautela e evitar precipitação. Pode representar alguém muito na
defensiva ou reticente.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: desentendimentos e tendência ao conflito. Irritação e brigas por


qualquer coisa. Desconfiança, falta de paciência, se posicionar com
agressividade. Dificuldade em se relacionar ou em se aproximar de alguém que
se deseja.

Trabalho: hora de redobrar cautela. Poderá haver inimigos, boicote ou talvez


nem todas as pessoas envolvidas estejam em acordo com o que se deseja
(colegas de trabalho, sócios, parceiros comerciais, fornecedores). Buscar a
proteção necessária para alcançar o objetivo ou resolver uma pendência. Se
estiver procurando um trabalho ou negócio novo, tomar cuidado para não se
precipitar, analisando bem as oportunidades.

Finanças: bloqueios, alerta, ponderação, analisar antes de investir.

Profissões Associadas: área de segurança, instrutor, arquiteto, engenheiro,


profissões liberais (não gosta muito de acatar ordens).

Desafio: não se irritar com as coisas, trabalhar a impulsividade, proteger-se,


buscar o equilíbrio emocional mediante dificuldades.

Sentimento: raiva, impulso agressivo e por vezes violento, cólera.

Orientação/Conselho: seja cauteloso, não se precipite, avalie primeiro, esteja


pronto para atrasos e impedimentos. Necessário manter-se em uma vibração
alta e energia de luz.

Personalidade: Normalmente uma pessoa otimista, justa, sincera, que adora


desafios, prestativa, gosta de relações perigosas e age como um protetor. Mas,
muitas vezes, aponta pessoas briguentas, agressivas ou ríspida, que ficam na
defensiva quando insatisfeitas com alguma coisa.

Saúde: Problemas emocionais. Sensibilidades. Rins. Uretra. Reter água.


Resfriados e friagens. Dor de estômago por beber sucos artificiais. Cabeça.
Joelho. Tendências aos stress, insônia e perda de memória, e tendências a
contrair doenças relacionadas com a tensão nervosa. (obs.: doenças
hereditárias).

Inverso (opcional): dificuldades emocionais, inimigos, barreiras impostas,


atrasos. Pessoas nos atrapalhando ou até mesmo desejando o nosso mal. Pode
representar ainda proteção excessiva, desentendimentos, brigas, conflitos e a
necessidade de aprender a lidar com os próprios impulsos, muitas vezes
autodestrutivos.

Uso mágico: Acima de tudo, esta runa se apresenta como um potente símbolo
de proteção e defesa, utilizada inclusive em contra-feitiço. Todavia, é
recomendado ter muito cuidado ao trabalhar com esta runa, pois ela carrega
uma forte energia de agressividade, podendo se mostrar muito destrutiva.
Sendo assim, caso esteja sentindo raiva ou perceba alguma desarmonia em sua
própria energia não deverá usá-la, ou poderá causar mais mal do que bem, aos
outros e a si mesma(o). Da mesma maneira, tenha muito cuidado ao associá-la
a outras runas na confecção de bindrunes.

Autoconhecimento: Como você reage ao sentir-se ameaçada(o)? O que mais te


irrita? O que você poderia fazer a partir de agora, para viver uma vida mais
tranquila e harmoniosa?

Palavras-Chave: Perigo, proteção, cautela, ferimento, resistência; paciência


com assuntos em transição e enfrentar hostilidade das pessoas; agressividade e
precipitação.

Nome: Ansuz
Letra: A
Significado: deus Æsir, boca, palavra

A palavra falada; o verbo; o som. Não é segredo que isto tem muito poder,
basta pensarmos nos mantras ou no próprio poder do galdr (encantamento
cantado). Esta runa então, que também significa “divindade Æsir” fazendo
referência ao que estas divindades representam, acaba sendo fortemente
vinculada a Oðin. Isto porque, esta era uma sociedade onde todos os
ensinamentos, experiências, crenças e mitologia eram transmitidos de forma
oral e Oðin era o deus da sabedoria e associado à obtenção do conhecimento.
Além disto, teria sido um dos responsáveis pela vida humana cisto que, pelo
mito da criação, Oðin teria soprado em duas árvores, um freixo e um olmo lhes
concedendo a vida e estas se tornaram Ask - o primeiro homem - e Embla - a
primeira mulher, respectivamente. Neste sentido, ao os insuflar com o ar da
vida, não só atribuía a eles o dom da respiração (oxigênio no sentido literal),
mas também o sopro vital, a essência sagrada - o espírito. De forma geral. esta
runa representa tudo o que está associado à comunicação e aprendizado e
trata-se ainda de uma runa de espiritualidade por sua ligação com Odin,
incluindo aprendizados a nivel espiritual ou recebidos através das próprias
experiências diárias.
A energia que vibra: momento de aprendizado em algum nível ou mesmo um
momento favorável a tudo o que envolva comunicação. Boas conversas,
diálogo assertivo, entendimento efetivo de alguma coisa ou situação. Passar ou
receber uma mensagem com clareza. Entendimento entre pessoas envolvidas
em alguma questão. Estudos de forma literal (acadêmico, cursos, formações).

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: um relacionamento que se desenvolve ou amadurece na base da


comunicação. Uma pessoa que não consegue se relacionar a nível sentimental
se não houver um bom diálogo. Aprendizado em termos de autoconhecimento,
decorrentes de um relacionamento. Algumas vezes esta runa representa ainda
os filhos, por conta de relação mestre x aprendiz (educar/ensinar alguém
menos experiente). Muito diálogo entre o casal - ou falta dele, se estiver
representando um obstáculo na leitura.

Trabalho: passar por um aprendizado, podendo representar um processo de


mentoria ou treinamento. Comunicar-se no âmbito profissional, no sentido de
ampliar e manter networking. Favorável a todos os tipos de atividades que
envolvam comunicação e pode representar ainda uma comunicação efetiva
entre os envolvidos (colegas de trabalho, chefes, clientes, parceiros etc.).
Quando associada à runas que indicam um tipo de avaliação ou teste, como
uruz por exemplo, pode representar um momento na qual somos analisados
(como uma entrevista de emprego ou uma avaliação de desempenho) e com
runas de viagem, como raidho ou ehwaz pode indicar a necessidade de um
viagem para estudos.
Finanças: conversas produtivas e/ou lucrativas.

Profissões Associadas: áreas de comunicação e ensino em geral. Consultor,


mentor espiritual, radialista, diplomata, cantor, professor, jornalista.

Desafio: se expressar, se comunicar, passando sua mensagem para o mundo.


Se conhecer melhor, aprender.

Sentimento: entendimento, compreensão.

Orientação/Conselho: comunique-se com sabedoria, sabendo a hora de falar e


a hora de ouvir. Aproveitar a comunicação que está favorecida no momento,
pensando em seus objetivos. Aprendizado espiritual e autoconhecimento:
buscar o que tem além do "aqui e agora" olhando para dentro e conectando-se
com o divino. Buscar maiores detalhes sobre algo, informar-se melhor sobre
alguma questão ou aprender algo novo (ou complementar) que seja necessário
neste momento. Algumas vezes pode indicar a necessidade de buscar mais
informações junto a um especialista como um médico ou advogado.

Personalidade: Pessoas comunicativas, com facilidade em se expressar.


Geralmente sábia, habilidosa e que gosta de novas aventuras no amor. Pode
ter o dom da profecia e precisa passar sua mensagem para o mundo.

Saúde: Coluna. Cabeça. Aparelho respiratório. Olhos. Nariz. Boca. Doenças


ligadas à idade ou precisará cuidar de um idoso. Cuidar mais da saúde.
Fraqueza. Sugere um exame médico, sendo o meio eficaz para impedir o
andamento de uma infeção.

Inverso (opcional): comunicação travada; não conseguir se comunicar; não


consegue se fazer entender. Compreender errado uma situação. Dificuldade de
aprendizado ou não aprende com os erros da vida. Pode representar ainda
mentiras deliberadas, ou mesmo, “falar demais”.

Uso mágico: Esta runa fala principalmente de comunicação o que justifica seu
principal uso, desde a antiguidade germânica, como um símbolo propiciador da
eloquência. Sendo assim é fortemente utilizada na magia para canalizar uma
comunicação efetiva, atrair eloquência, facilita o aprendizado e trazer
inspiração. Além do mais, ela tem o poder de facilitar a comunicação com seres
do plano astral, ao passo que carrega uma forte carga de espiritualidade.
Podendo, desta maneira, atuar como condutora para algum tipo de
compreensão a nível espiritual.

Autoconhecimento: Como é a sua comunicação com as pessoas (branda,


agressiva, etc)? Existe algo “entalado” hoje que você precisaria colocar para
fora e não consegue? Qual é a sua mensagem para o mundo?

Palavras-Chave: Obtenção de sabedoria e conhecimento; avaliação oral,


entrevistas, provas ou teste de outra natureza (escrita ou experiências diárias);
obtenção de instruções formalmente ou através de processos naturais.
Conselhos. Algumas vezes indica necessidade de buscar maiores informações
sobre alguma coisa. Eloquência, oratória, inteligência, inspiração, comunicação,
revelação.

Nome: Raidho
Letra: R
Significado: cavalgar, jornada, roda

Esta runa traz a energia de movimento e representa algum tipo de viagem,


trajeto, ou uma verdadeira travessia. E se pensarmos que cavalgar era a
principal forma de se realizar uma viagem por terra ou entregar uma
mensagem, raidho acaba recebendo estes dois significados principais: viagem e
mensagem. Ela também significa roda ou carruagem e se olharmos a mitologia,
diversos são os deuses que realizavam atividades e concluíam suas funções
percorrendo trajetos montados em carruagens. Freyja tinha uma carruagem
puxada por gatos e a carruagem de Þóor, por sua vez, era puxada por bodes. A
deusa Sól/Sunna percorria todo o firmamento de leste a oeste carregando o sol
em sua carruagem, “produzindo” assim a luz do dia, bem como seu irmão Máni
que transporta a lua durante a noite, só para citar alguns exemplos. Sendo
assim, a ideia central aqui é: cavalgar na segurança da sua propriedade é fácil,
mas é nas jornadas ao mundo exterior que se encontra as experiências e
aventuras. De forma mais objetiva, entendemos que na arte oracular ela
representa a conclusão positiva de uma viagem ou entrega efetiva de uma
mensagem, fazendo referência a todos os detalhes necessários para que isto
seja possível. Pode representar notícias.
A energia que vibra: movimento ou mudança, direcionamento; uma dinâmica
acontecendo. Hora de percorrer um trajeto, de se deslocar de um local para o
outro ou ainda receber um visitante/viajante. Fala ainda do envio ou
recebimento de mensagens (carta, e-mail, telefone, etc) e quando relacionada
à runas de associação, como gebo ou jera por exemplo, pode indicar a
realização de bons acordos ou mesmo bons relacionamentos. Muitas vezes
indica mudanças acontecendo, trazendo movimento, ou representar uma
pessoa tomando as "rédeas” da situação. Ter o domínio sobre uma situação;
algo se desenvolvendo como o esperado.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: movimento positivo. Entendimento mútuo. Mudanças positivas e ambos


de acordo em termos de objetivos e expectativas. Muitas vezes, demonstra a
troca de mensagens ou telefonemas de forma literal, principalmente
relacionada a ansuz, que é uma runa de comunicação.

Trabalho: receber mensagens ou solicitações de chefes, subordinados, clientes.


Conduzir uma situação adequadamente no âmbito profissional. Pode indicar
uma viagem a trabalho, ou mesmo o envio ou recebimento de documentos.

Finanças: algo em andamento, novidades, melhorias, boas notícias.

Profissões Associadas: trabalhos ligados a automóveis, mecânica, comércio,


turismo, piloto, agente de viagens.

Desafio: tomar as rédeas da situação com segurança e firmeza.

Sentimento: controle, direcionamento.

Orientação/Conselho: seja consistente, não fique mudando de ideia, não fique


parado.

Personalidade: Representa pessoas que geralmente possuem vontade de se


aventurar ou são inquietas. Extrovertida, inteligente, mas um pouco
inconstante, inclusive no amor. Gosta de viajar e conhecer pessoas.

Saúde: Operação cirúrgica. Evite excessos. Pés. Estômago. Marcar consulta.


Enfrentar a vida com mais tranqüilidade, pois está correndo demais. Usar
topázio imperial. Sugere um chekup. Viagem para visitar um parente enfermo.
Inverso (opcional): Se esta é uma runa que primariamente fala de um
movimento, ou as coisas “caminhando” para algum lugar, quando representa
um obstáculo ela traz a ideia de um movimento negativo, que não favorece.
Normalmente, aponta inconvenientes relacionados a viagens (atrasos,
acidentes, batidas, desencontros, se perder), necessidade de viajar em
momento inoportuno ou por razão inconveniente, ou mesmo receber visitas
em momento inapropriado. Indica ainda intransigências ou desentendimentos
nos negócios, fracasso devido a acordos incoerentes ou fraudes. Não ter
controle da situação, inconstância, falta de autonomia, falta de recursos,
indecisão ou mesmo desorganização.

Uso mágico: Uma runa de movimento para favorecer boas viagens, bons
acordos e um certo controle sobre os acontecimentos, alterando seu ritmo.
Pode ser usada ainda para propiciar o recebimento (ou envio) de mensagens,
para regular nosso ritmo interno em relação ao ambiente exterior ou favorecer
viagens mentais para o autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.
Acelera o efeito de outras runas.

Autoconhecimento: Você sente que seu ritmo interno está em sintonia com o
que acontece ao seu redor? Como você lida com imprevistos? Você consegue
assumir a responsabilidade pela forma como as coisas estão caminhando na
sua vida?

Palavras-Chave: Ritmo, viagens, notícias, mensagem (telefone, carta,


telegrama, e-mail), visita, segurança nas jornadas, sucesso em empreitadas.
Decisão razoável em negociações, bom momento para comprar e vender (nem
todos os viajantes eram guerreiros; muitos eram comerciantes e mercadores).
Vitória em trajetos (da pessoa, de um visitante ou de uma mensagem).

Nome: Kenaz
Letra: K, C, Qu
Significado: tocha, ferver

O fogo é um elemento que possui um forte potencial expansivo, basta vermos


a rapidez com que um incêndio se espalha. Por outro lado, apesar de
altamente devastador em determinadas circunstâncias, é ainda um elemento
essencial para a evolução e preservação da vida. Desde os primórdios o ser
humano temeu a escuridão - ou os animais selvagens que habitavam as
florestas - e o desconhecido de uma forma geral. A partir do momento que
aprendemos a lidar com o fogo, passou a ser possível cozinhar alimentos,
termos uma luz-guia na escuridão, nos aquecermos e transmutar diversos
recursos naturais a nosso favor (forjar armas e utensílios, criar objetos úteis a
partir de metais, minerais, etc). E se olharmos a cosmogonia nórdica, o
princípio do universo se dá através da interação de dois elementos primordiais
opostos e complementares: O fogo e o gelo. Segundo o mito, separados por
um enorme abismo ou vácuo conhecido como Ginnungagap existiam dois
"reinos” ou mundos: Niflheimr, o reino do gelo, e Múspellsheimr, o reino do
fogo. Em um dado momento, uma das fagulhas de fogo de Muspell alcançou o
gelo inerte de Niflhel e começou a derretê-lo dando início à primeira forma de
vida autônoma, o gigante Ymir. A partir daí, muitas outras criaturas, seres,
divindades e mundos foram gerados; mas tudo tendo início a partir do poder
de ação disparado por este elemento tão importante: o fogo. Kenaz, então,
representa o poder ativo, atrativo, criativo e de transmutação. O “novo”
chegando.
A energia que vibra: potencial criativo, transmutação ou abertura para algo.
Nova situação ou relacionamento iniciando ou a caminho. Uma porta que se
abre, abertura de caminhos. Potencial expansivo.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: atração física. Alguém novo que chega, início de relacionamento ou


novas expectativas no campo afetivo. Grandes possibilidades de realização no
amor.

Trabalho: uma nova oportunidade ou proposta. Novo trabalho, emprego, cargo


ou atividade. Alguém novo que passa a fazer parte do contexto profissional.
Potencial de expansão ou criação de atividades ou soluções alternativas em
questões profissionais.

Finanças: abertura, possibilidade de maiores ganhos, novas metas.

Profissões Associadas: artesão, ferreiro, mecânico, ourives, modelador,


decorador, áreas de beleza e alternativa.

Desafio: abrir-se para o novo, ser criativo.


Sentimento: atração, expectativa.

Orientação/Conselho: abra-se para o novo, não resista às mudanças, crie novas


possibilidades, seja criativo.

Personalidade: Pessoa fortemente criativa e que sabe se voltar para o novo.


Positiva, amorosa, carismática, bem humorada, sincera. Vive a vida
intensamente e detesta cabrestos ou amarras.

Saúde: Colapso e esgotamento nervoso ou físico. Pressão alta. Ponte de safena.


Derrame facial. Cirurgia. Tudo ligado a sangue. Perda de sangue. Quando cair
acompanhada de uma runa em pá, significa cirurgia benéfica, ótima
recuperação, boa saúde e vida.

Inverso (opcional): término ou fim, perda ou desistência (amor, amizade,


emprego, perda de poder). Se associada à runas positivas pode representar
uma perda transitória ou temporária, ou ainda, a mudança em algum aspecto
ou característica de uma questão, mas não o corte total da situação em si.

Uso mágico: Usada para abertura de caminhos, favorecer novas portas, novas
oportunidades ou novos relacionamentos. Como a representação a tocha, tem
o poder de transmutar e banir interferências e como uma representação do
fogo divino da criação, é uma fonte inesgotável de criatividade, nos auxiliando
quando temos dificuldade em criar algo.

Autoconhecimento: Você se dá a oportunidade de vivenciar coisas novas, sem


preconceitos? Em que área da sua vida hoje você acredita que precisa se mais
luz e positividade? De que forma você acredita que poderia contribuir
criativamente com o mundo?

Palavras-Chave: resistência e boa saúde (temperatura). Um novo


relacionamento emocional ou de outra natureza, fogo/chama/pira/vela,
recuperação, iluminação, guia, renovação, transmutação, orientação,
transformação, prestígio, ideias criativas, abertura de caminhos, afugentar
coisas daninhas.
Nome: Gebo
Letra: G
Significado: generosidade, presente

O círculo de presentes era uma forma de prática cotidiana que envolvia o


conceito de generosidade. Os antigos germânicos entendiam que o universo
possui um equilíbrio baseado em uma relação de troca mútua, onde há
constante reciprocidade. Neste sentido, da mesma forma que uma árvore
devolve ao solo os nutrientes que consumiu (através do material orgânico
como folhas, galhos ou frutos que se decompõe no solo e tornam-se adubo), os
seres humanos, divindades e demais criaturas, como parte integrante da
natureza, também deveriam interagir em uma sinergia contínua. Lembrando
que para os antigos pagãos tudo era vivo e tudo fazia parte da natureza,
inclusive deuses e humanos. E como está escrito na própria Edda Poética: “É
melhor não pedir do que sacrificar demais, uma dádiva sempre procura
compensação...” - Hávamál (Palavras do Altíssimo). Esta passagem do
manuscrito ensina que tudo exige uma troca. Quando pedimos algo a alguém
não pode ser algo absurdo, que não teríamos como retribuir a altura; deve-se
ter bom senso para que não haja prejuízo para ninguém. Por outro lado,
devemos ser generosos e ajudar uns aos outros, pensando no bem do coletivo;
já que você é o seu clã. E aquele que é ajudado uma vez e nunca retribui,
acaba perdendo a confiança das pessoas. Então a troca de presentes acabou
tornando-se uma espécie de protocolo. Em tempos onde as sociedades viviam
em guerra, as trocas, apoio mútuo e favores, eram uma forma de tentar
manter a estabilidade. Pois isto constrói alianças. E não foram poucos os anéis
ofertados por senhores ou chefes a seus companheiros ou seguidores, em
troca de seus serviços. E o anel tornou-se um símbolo de aliança. E quanto mais
aqueles que possuíam um “poder aquisitivo" maior presenteassem os menos
favorecidos, mais prestígio social eles teriam. Esta runa então se associa a todo
tipo de presente, troca ou auxílio. Bem como a todos os tipos de
relacionamentos (familiares, amorosos, sociais ou profissionais). Em termos de
mitologia se aproxima à deusa Gefjon - "a doadora”, uma deusa de abundância,
fertilidade, do arado e que nos dá a vida, bem como a Freyja, que também
possui os mesmos atributos.
A energia que vibra: troca - dar e receber – união, um momento ou situação
onde todos os tipos de associações, trocas ou parcerias estão favorecidos.
Representa relacionamentos e acordos de todos os tipos, onde haja apoio
mútuo. Um presente ou uma dádiva.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: representa uma relação afetiva em si ou a possibilidade de iniciar um


relacionamento em breve. Geralmente faz referência a um relacionamento
equilibrado onde não há abuso de nenhuma das partes e existe
comprometimento entre o casal, a não ser que outras runas apontem o
contrário. Neste caso, esta runa surge apenas como indicativo do assunto ou
preocupação em questão, mas de uma maneira neutra.

Trabalho: aliança, parcerias, apoio mútuo. Ajuda sincera de alguém do convívio


profissional. Troca de favores, comprometimento. Equilíbrio entre as atividades
individuais e grupais.

Finanças: estabilidade financeira. Algumas vezes pode representar um ganho


em dinheiro em forma de presente ou empréstimo.

Profissões Associadas: empresário ou empreendedor que se envolva em


sociedades ou parcerias, conciliador, juiz de paz, agente de casamento,
orientador, trabalho em associações filantrópicas.

Desafio: equilibrar-se, associar-se e ser generoso sem se deixar abusar.

Sentimento: união, harmonia, sinergia, amor.

Orientação/Conselho: associe-se, considere relações e atividades que


possibilite realizar trocas. Não ficar só, não se isolar e pensar em conjunto (não
somente em si mesmo). Algumas vezes indica que para ter sucesso precisará da
ajuda de outra(s) pessoa(s), sozinho, portanto, sendo inviável.

Personalidade: Pessoa generosa, amorosa, equilibrada, está sempre voltada


para o bem do próximo, para associações filantrópicas e financeiras. Tem
ótimo planejamento. Pessoa com quem se pode contar sempre.

Saúde: Boa física e mental. Pode indicar, acompanhada de runas invertidas,


separação de entes amados por motivo de doença.

Inverso (opcional): parcerias injustas ou desequilibradas. Sociedade ou acordo


que poderá trazer prejuízo. Um relacionamento (afetivo, de amizade,
profissional ou familiar) que causa empecilhos interferindo negativamente em
outras áreas. Um "presente”, apoio ou auxílio indesejado.

Uso mágico: Como uma runa de união equilibrada favorece todos os tipos de
relacionamentos (amoroso, profissional, familiar, amizades). Muito utilizada
em amuletos de sorte, devido à sua ligação com dádiva ou presente, assim
como, para a criação de uma bindrune (junção/ligação rúnica), distribuindo-se
outras runas em suas pontas. Magia de amor.

Autoconhecimento: Como está a sua vida afetiva hoje? Em que área você
acredita ser mais difícil tomar uma decisão sem a influência de terceiros? Você
é capaz de ser generosa(o), ajudando pessoas de coração, sem segundas
intenções?

Palavras-Chave: Generosidade de qualquer tipo, presente, desenvolvimento


importante em um relacionamento amoroso, paz e contentamento na saída de
uma dificuldade, tirar um peso das costas ou sentimento de missão cumprida.
União ou sociedade: duas linhas que se cruzam oferecendo apoio mútuo
(negócios, casamento, amizade profunda, confiança), oferenda, oferta, aliança,
consolidação de acordos, compensação.

Nome: Wunjo
Letra: W, V
Significado: alegria, bem estar

O que é a paz e a alegria senão a ausência de sofrimento? Os antigos pagãos


germânicos, como uma sociedade tribal, tinham um conceito muito importante
que eles chamavam de friþ/frið. Porque enquanto tribo, eles condenavam
qualquer atitude que representasse algum tipo de egoísmo ou individualismo,
pois, para eles, um indivíduo deveria viver em prol do clã, bem como todo o clã
em prol de cada indivíduo. Como um grande sistema composto de várias partes
autônomas, porém intimamente ligadas ao todo. E a fridh nada mais é do que a
"paz”. Porém a paz não no sentido de "ausência" da guerra, mas sim no sentido
de estar em paz consigo mesmo e com a vida como ela é e sempre buscar a
melhor forma de se viver em sociedade. A troca de presentes vista na runa
gebo, por exemplo, é uma das maneiras de se manter a fridh. É um verdadeiro
laço que une parentes e amigos em irmandade e confere proteção mútua. Isto
significa, que para que houvesse paz e bem-estar na tribo ou clã, todos
deveriam fazer a sua parte e não ficar se lamentando pelas dificuldades,
procurando estar alegre indiferentemente do que aconteça. Esta runa então se
associa a Freyr e Freyja, o casal de deuses vanir doadores da vida e da
fertilidade e símbolos da harmonia, bem-estar, abundância e paz. E ela
representa tudo aquilo o que proporciona alegria: sentir-se realizado com algo,
participar de festas e confraternizações, estar em paz, momentos e atividades
de lazer, felicidade emocional, esperança.
A energia que vibra: vibrações positivas, sorte, prazeres, bem estar, felicidade,
realização, lazer, paz. Vibração de alegria, momento de contentamento,
energia de confraternização.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: relacionamento com afeição profunda e duradoura; forte envolvimento


emocional que satisfaz. Amor. Um flerte que proporciona expectativas
positivas e excitação.

Trabalho: trabalho que satisfaz, trabalhar com o que se ama ou sentir-se


realizado pela independência e/ou ganhos que o trabalho proporciona, seja ele
qual for.

Finanças: estar desprovido de preocupações financeiras.

Profissões Associadas: artes em geral, área de eventos, assistência social,


estética, trabalhador braçal, ferreiro, artesão. Artista, trabalhos manuais,
criativos ou que requeiram diligência física, dançarino, promoter, hostess.

Desafio: alegrar-se independente das circunstâncias.

Sentimento: alegria, realização, satisfação, deleite.

Orientação/Conselho: procure a felicidade e a alegria na vida como ela é. Não


seja ranzinza. Comemore, está tudo se encaminhando. Procure divertir-se
mais, nem tudo na vida é “coisa séria”.

Personalidade: Geralmente representa pessoas com ótimo humor e alto astral,


que procuram estar feliz independente dos acontecimentos. Gostam de festas
e confraternizações e são pessoas que podem atrair muita “sorte” quando se
permitem vibrar toda sua energia positiva. Mas possuem tendência aos
excessos e vícios.

Saúde: Destino. Morte. Diabete. Doenças hereditárias. Doenças venéreas.


Problemas sexuais. Varizes.

Inverso (opcional): infelicidade, tristeza, não realização. Fracasso ou empecilhos


no decorrer de uma viagem, ou na execução de um projeto. Trabalho que não
satisfaz ou insatisfação com o próprio desempenho. Desapontamento
amoroso, algumas vezes indicando a interferência de uma terceira pessoa.
Relacionamento emocional, social ou familiar que não faz feliz ou afeta
negativamente. Ausência de alegria. Vícios.

Uso mágico: Para atrair sucesso e realização, favorecer laços em


relacionamentos criando empatia (amor, amizade), ou mesmo mudança de
humor em uma pessoa, trazendo assim alegria e otimismo. Sempre atrai boas
vibrações e favorecimento para um desfecho positivo.

Autoconhecimento: O que faz você feliz de verdade? Você é capaz de fazer o


que gosta independentemente se haverá julgamentos ou falta de apoio? Você
consegue comemorar junto a outra pessoa sem sentir inveja, se ela conquistar
algo que você não conseguiu e compartilhar da felicidade dela?

Palavras-Chave: Alegria, felicidade, paz, equilíbrio, melhoramento, esperança,


felicidade emocional, afeição profunda e duradoura, aconchego, acolhimento,
comemoração, confraternização, ausência da aflição.

Runas do Segundo Ætt ou Ætt de Hagall:

Nome: Hagalaz
Letra: H
Significado: granizo

O granizo era um fenômeno natural bastante temido, porque causava


destruição. Ele detonava com as plantações e afetava o telhado das casas.
Como a neve, o gelo e as rajadas de vento, não era algo incomum no clima frio
e inóspito do norte europeu, mas, ainda assim, é algo difícil de se acostumar. E
esta runa então fala de fatores externos e incontrolável que nos afetam
drasticamente, causando, choques, rupturas ou interrupções. Por isto, em
termos de mitologia, está associada aos Jöttunn, que ficaram conhecidas como
gigantes do gelo, por serem uma raça de grande ameaça para deuses e
humanos. Estas criaturas habitavam Jötunheimr, um mundo primitivo e
perigoso, separado da terra média (nosso planeta) por rios e florestas de ferro.
Eles são retratados nas lendas como uma verdadeira ameaça a deuses e
humanos e normalmente são figuras bastante ambíguas, ora dotadas de
extrema sabedoria, ora altamente caóticos e destrutivos. Como a própria
natureza em toda a sua grandeza, que é totalmente sábia em sua forma de
gerir e administrar a vida, mas possui uma natureza impossível de ser
controlada ou aplacada por qualquer ser humano.
A energia que vibra: quebras, choques, rompimentos ou interrupções.
Normalmente representa um evento totalmente fora do controle mas que a
afeta diretamente, causando algum tipo de surpresa (geralmente negativa). O
aparecimento desta runa em uma jogada indica um momento onde é
necessário lidar com situações difíceis e avaliar os danos para saber o que pode
ser salvo. Não ter o domínio sobre uma situação.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: rompimentos. Geralmente representa a pessoa que deseja o término.


Algumas vezes, indica o desejo por uma pessoa inalcançável, por já ser
comprometida ou outros fatores, ou estar na espera da decisão de outra
pessoa. Não ter o controle sobre sua vida afetiva.

Trabalho: desestruturação. Ser demitido ou romper com o emprego ou tipo de


trabalho atual. Dificuldades externas (novas leis, concorrência, alterações na
estrutura profissional que independem da pessoa). Ou ainda, estar “nas mãos”
der outras pessoas, aguardando decisões externas. Aguardar o resultado em
concurso público, informações que chegam através de chefes ou terceiros e
todo tipo de situação no âmbito profissional que cause a necessidade de
reconstrução. Mudanças abruptas que não se pode controlar e muitas vezes
nem prever.

Finanças: gastos inesperados. Atraso ou não recebimento de um valor.


Profissões Associadas: funcionário público, cartorário, camponês, lavrador,
agricultor, esportes.

Desafio: romper, mudar, desestruturar, lidar com aquilo o que não se tem
controle, desconstruir.

Sentimento: confusão.

Orientação/Conselho: nada acontece por acaso e é hora de avaliar os danos e


replanejar. Aceitar quando algo é arrancado da sua vida (pessoas, situações,
posses) e começar de novo. Mudança de comportamento: as vezes esta runa
indica a necessidade de romper com antigos padrões negativos, crenças
limitantes e um comportamento que não permite à pessoa crescer
(autoconhecimento). Saiba quando é hora de "bloquear" uma pessoa ou
questão da sua vida que não agrega mais ou prejudica de alguma maneira.
Desconstrua para poder reconstruir de outra maneira.

Personalidade: Esta runa personifica pessoas negativas, que possuem uma


tendência a se “conformar”, por acharem que não tem poder para mudar nada.
Bastante fatalistas. Mas, quando realmente desejam algo, agem como uma
verdadeira tempestade, surpreendendo as pessoas.

Saúde: Doença séria ou acidentes derivados da própria pessoa, ex.: sabe que
não pode beber, mas o faz ... Problemas de saúde causados por acidente.

Inverso (opcional): em uma jogada com runas invertidas esta runa não
apresenta inverso. Porém, todas as runas possuem ambas as polaridades
(negativa ou positiva em dado momento ou circunstância) e neste caso, é
necessário avaliar a posição em que a runa cai em uma jogada com casas
predefinidas (mandalas), ou o contexto geral do jogo. Por natureza, tende a
indicar um choque ou interrupção indesejada que desestabiliza, mas, muitas
vezes, prevê um acontecimento que nos obrigará a realizar um trabalho de
autoconhecimento. Trabalho este que geralmente é um processo difícil,
exigindo, por vezes, aceitação e mudança na forma de encarar aquilo o que não
se tem controle. Ou, até mesmo, encarar um rompimento da qual estamos
fugindo. Em um contexto muito negativo, representa mudanças muito pesadas,
tragédias e destruições.
Uso mágico: Como uma runa de ruptura nos auxilia quando há necessidade e
dificuldade de cortar alguma coisa. Sendo assim, é bastante utilizada para a
quebra de padrões negativos, mudança de comportamento nocivo, ou
provocar um rompimento em relacionamentos prejudiciais. Por representar
fatores externos que fogem ao nosso controle, pode ser usada para amenizar o
impacto de tais acontecimentos, ou mesmo, para sabermos lidar melhor com a
situação.

Autoconhecimento: Como você reage quando ocorre algo inesperado, ou


quando as coisas não saem da forma como você gostaria? Existe algo na sua
vida hoje que necessite de um corte, mas que você ainda esteja relutante com
isso? Você já se sentiu uma tempestade, impactando a vida de alguém de
forma tão intensa, que ela possa carregar as mudanças provocadas por você
como um aprendizado para o resto da vida?

Palavras-Chave: Impedimento, doença, sofrimento, rompimento, geralmente


indica surpresa ou choque, algo inesperado. Interrupção natural, força externa
prejudicial, situação fora do controle, situação que envolve riscos.

Nome: Nauthiz
Letra: N
Significado: necessidade

Em tempos longínquos, quando a comunicação entre pessoas distantes era


difícil, era muito comum um reino pedir ajuda a outro através de fogueiras e
outras sinalizações que utilizavam fogo, caso estivessem em situação de perigo,
como um ataque por exemplo. Lembrando que estamos falando em uma época
histórica onde as incursões pela busca de novo territórios e outros recursos era
algo muito comum, por isto também a importância das alianças. Esta runa
significa, literalmente, “necessidade”, isto é, algum tipo de frustração,
aprisionamento, perda ou grande dificuldade em termos emocionais ou físicos.
E como uma das runas mais pesadas do futhark, ela representa todo tipo de
situação que vai contra o sentido de abundância e sobrevivência. Em termos de
mitologia, está associada principalmente a Niðhöggr, o enorme dragão-
serpente que aparece intimamente relacionado à morte. Isto porque, ele vive
nas profundezas de Niflheimr e rói incansavelmente a terceira raiz de Yggdrasil
(o eixo do universo), tentando destruir a árvore. Além disto onde ele habita,
um local conhecido como Náströnd (rio de cadáveres) é onde ele se alimenta
dos cadáveres ou almas de pessoas que foram parar lá, por comeremos os
piores "pecados” em vida. Neste sentido, tanto o dragão quanto a runa em si
representam tudo aquilo o que de alguma maneira tentam “podar" a vida.
A energia que vibra: seriedade, frustrações, limitações, aprisionamento,
impedimentos, falta de recursos ou energia para algo. Ter que lidar com a
limitação do tempo. Esta é uma das runas mais negativas para se aparecer em
uma jogada.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: período de sofrimento após um término doloroso, rejeição, amor não


correspondido. Pode representar uma conquista ou flerte que não se
desenvolve, um relacionamento infeliz onde a pessoa (ou o casal) se sente
presa ou o fato de sofrer por amor. Seguindo este pensamento, algumas vezes,
representa ainda a energia que vibra em uma pessoa vítima de magias de
amarração (uma coisa terrível para quem faz e para quem recebe). Ou ainda,
sentir-se inferiorizado ou menosprezado em um relacionamento, bem como a
angústia por desejar uma pessoa que não se pode ter.

Trabalho: inferiorização ou abusos no âmbito profissional. Frustração por


executar um trabalho que não satisfaz. Pode representar uma pessoa que
odeia seu emprego ou o lugar onde trabalha e não vê perspectiva de melhora.
Por vezes aponta a frustração de não ser promovido, de não encontrar um
emprego ou por problemas nos negócios. Todo tipo de projeto que exige
paciência para se desenvolver e acaba decepcionando aquele que esperava por
resultados mais rápidos.

Finanças: período onde todo o cuidado com a parte financeira é pouco.


Economizar, cortar gastos, dificuldade em aumentar os ganhos, ganhos
insuficientes. Fazer algo que não deseja, ou que não concorda em termos de
valores (vender-se) pelo dinheiro.

Profissões Associadas: psicologia, psiquiatria, terapeuta, todas que ajudem as


pessoas a entender suas limitações e dores internas.
Desafio: ter paciência e seriedade; saber esperar; não cair em meio às
dificuldades.

Sentimento: frustração, angústia, decepção, tristeza; sentir-se traído pela vida.

Orientação/Conselho: mudar a vibração, porque tristeza só atrai mais situações


que causem tristeza, pois nós atraímos aquilo o que vibramos. Quando esta
runa sai, ela indica a necessidade de lidar com a limitação do tempo,
impossibilidade ou a falta de recursos, indicando que não é um bom momento
para mudar nada (ou não é possível mudar). Então, se faz necessário enfrentar,
mas sem causar grandes mudanças, apenas procurando soluções alternativas
(lembre-se que a necessidade é a mãe da invenção). Seja extremamente
paciente e tenha fé em si e no futuro. Algumas vezes, aconselha muita
seriedade, quando uma pessoa estiver contando muito com a sorte.

Personalidade: Pessoa muito impaciente e pessimista, às vezes fria, briguenta e


amargurada. Quando em equilíbrio, consegue desenvolver a virtude da
paciência e aprende a viver com as limitações, ajudando ainda outras pessoas a
fazer o mesmo.

Saúde: Preservar a saúde. Cuidados. Riscos. Diabete. Câncer. Todas as doenças


hereditárias. Problemas digestivos e estomacais.

Inverso (opcional): “força mal empregada”, onde algo bom em certa


circunstância pode ser considerado ruim. Lembre-se que tudo tem o lado
positivo e o negativo. E esta runa, quando indicando algo negativo, pode
transformar certas “qualidade” ou “vantagens” em problemas. Representa
então um curso de ação falho e, quando associada a runas como jera, ou othila,
pode representar um assunto ou pendência de passado a ser resolvida. Em
jogadas positivas pode apenas representar que o "erro” ou “falha” pesará na
consciência ou refletirá como aspectos negativos em outras áreas. Aponta
ainda situações pesadas que causam profunda tristeza, perdas, luto ou
arrependimentos. Sentir-se preso, patinando em uma situação sem vislumbrar
resultados futuros ou estar profundamente infeliz ou preocupado. Ver a vida
passar com a sensação de que não se está vivendo. Não ter sossego,
desespero, medo.
Uso mágico: Esta runa, apesar de tão pesada, funciona magicamente como um
sinal de s.o.s ajudando a canalizar ajuda externa. Proporciona ainda a paciência
necessária para enfrentar situações complicadas, na qual é necessário lidar
com as limitações de tempo ou falta de recursos. E é utilizada ainda para
remover amarras através de soluções criativas (ou mesmo "criar" amarras).

Autoconhecimento: Qual o seu maior medo? Existe algo nesse mundo (uma
pessoa, desejo ou propósito) que seria capaz de lhe dar a coragem necessária
para enfrentar este medo? Existe algo que você considere realmente
importante pelo qual valeria lutar até o final da sua vida se fosse preciso?

Palavras-Chave: Necessidade, precaução, cautela, perigo, dependência,


constrangimento, compulsão, aprisionamento, atrasos, repressões, limitações,
opressão, aflição, doença ou falta de vitalidade, dinheiro ou recursos. Atitudes
autodestrutivas. Ter paciência e atenção às oportunidades.

Nome: Isa
Letra: I
Significado: gelo

Assim como kenaz representa o princípio ativo do fogo que deu início às
primeiras formas de vida pelo mito da criação, isa representa seu oposto
complementar, o princípio passivo, inerte e contemplativo; o gelo frio de
Niflheimr. Segundo a lenda, da interação destas forças opostas o gelo de Niflhel
começa a derreter e a tomar forma a primeira criatura viva - o gigante Ymir.
Uma figura gigantesca e humanoide que foi ancestral de muitos seres, como os
gigantes e deuses por exemplo e dele derivou ainda a estrutura do universo. E
isto nos ensina que nem sempre aquilo o que parece inerte precisa ser
necessariamente estéril. Pode simplesmente significar algo que espera por um
impulso ou pelo momento certo para se modificar. Esta runa, portanto,
significa exatamente isto: algo em estado de congelamento, mas que possui o
princípio necessário para gerar alguma coisa. Ela faz referência a um lago
congelado, que por mais que pareça calmo e bonito de se ver, esconde uma
infinidade de interações vivas acontecendo por debaixo da camada de gelo.
Esta runa então, sempre fala de algum tipo de congelamento, a um primeiro
momento necessário. Seja como uma forma de proteção, devido a obstáculos e
impedimentos para agir, seja para aguardar o momento mais oportuno ou
condições mais adequadas para algum tipo de ação. Ela faz alusão à ideia de
“andar em gelo fino", sugerindo cautela, pois um movimento brusco ou rápido
demais poderá partir o gelo fazendo você afundar.
A energia que vibra: congelamento, hibernação, uma parada. Um momento
onde há um distanciamento de algo (uma pessoa, uma situação, uma ideia).
Uma pausa necessária nos planos, para retomar e executar em um momento
mais apropriado.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: frieza, distanciamento, falta de sentimento. Um relacionamento que


está ficando frio e sem emoção. Flertar ou se apaixonar por uma pessoa
distante ou que devolve frieza. Dar um tempo. Afastamento; falta de interesse.
Não é uma runa positiva para relacionamentos.

Trabalho: congelamento de um projeto ou ideia. Dar uma parada para


deliberar e reavaliar uma situação antes de qualquer decisão. Afastamentos
temporários do trabalho, ou ainda, o congelamento temporário de alguma
questão considerada antes (como uma promoção, o abandono de um trabalho
ou projeto, aduar a execução de uma ação). Aponta a necessidade de não
realizar nenhuma movimentação expressiva, apenas observar as pessoas que
interagem profissionalmente para entender melhor suas intenções antes de
envolver-se mais. Não arriscar, aguardar melhores oportunidades ou o melhor
momento. Qualquer alteração que se deseje, não é a hora. “Congelar para
proteger” ou parar e refletir melhor antes de mudar de trabalho ou de área.

Finanças: período morno, sem grandes melhorias. Parar de receber um valor


(temporariamente). Atrasos; demora em algum retorno financeiro que era
esperado.

Profissões Associadas: contador, ascensorista, porteiro, terapeuta, segurança,


áreas de ensino.

Desafio: saber esperar, congelar, reavaliar, meditar; fazer uma introspecção.

Sentimento: inércia, indecisão, frieza, desinteresse, prudência.


Orientação/Conselho: faça uma pausa equilibrada. Se faz necessária uma
pequena meditação ou introspecção para avaliar melhor e com calma uma
questão ou problema. Congelar para proteger (tomando o cuidado para que o
congelamento não dure tempo demais e não vire uma desistência ou se perca
o "time" da coisa). Observar os próximos eventos para reavaliar melhor e
analisar um pouco mais as pessoas envolvidas, para confirmar ou não suas
percepções iniciais em relação a elas. A não ação algumas vezes também é uma
ação; significa estratégia.

Personalidade: Pessoas geralmente muito introspectivas e que gostam dos seus


momentos de isolamento. Normalmente apresentam personalidade íntegra e
sabe esperar o tempo que for necessário para algo acontecer. Mas, no que
depender da sua própria atitude, precisam cuidar para não deixar que o tempo
de espera se estenda demais, perdendo oportunidades.

Saúde: Tensão nervosa e enxaqueca. Esterilidade. Impotência. Frigidez.


Estagnação emocional.

Inverso (opcional): sem inverso. Em um contexto muito negativo significa


isolamento excessivo, ficar em uma bolha, se afastar do mundo e das pessoas
ou não se envolver o suficiente a ponto de formar alianças ou relações
positivas. pode representar uma pausa que durou tempo demais tornando-se
difícil retomar os planos. Ou ainda: não faça isso de jeito nenhum, é uma
péssima ideia; não vai se desenvolver será paralisado no meio do caminho com
nenhuma ou quase nenhuma possibilidade de volta.

Uso mágico: Apesar de não ser uma das principais runas relacionadas à defesa,
isa representa o isolamento para a proteção de alguma coisa. Sendo assim,
pode ser utilizada em feitiços de proteção isolando-se de influências negativas
criando uma espécie de escudo. Da mesma maneira, devemos recorrer a ela
quando o intuito é afastar algo ou alguém que não desejamos por perto em um
determinado momento. Pode ser usada ainda para a contração/concentração
de energia para direcionamento posterior, mas, necessário muita cautela para
não cair em uma situação de estagnação.

Autoconhecimento: Existe algo que você esteja protelando para fazer ou


resolver e nunca coloca em prática? Como você reage ao ser tratada(o) com
frieza por outra pessoa? Existe alguma situação que você esteja tentando
evitar e acaba te isolando de pessoas que seriam importantes de alguma forma
para o seu crescimento?

Palavras-Chave: Impedimento, barreira, obstáculo, desavença, frigidez;


aguardar desenrolar dos fatos. Dificuldade de reacender relacionamentos
(frieza), falta entusiasmo em assuntos emocionais ou profissionais, separação
com ressentimento, sofrer quebra de lealdade.

Nome: Jera
Letra: J
Significado: ano, colheita

Colheita, abundância e justiça, esta é a ideia central desta runa. Ela representa
a passagem do ano (o ciclo das estações) e traz claramente a ideia de plantar e
colher - aquilo o que é justo. Afinal, existe a lei da causa e efeito e não há como
você colher frutos diferentes daquilo o que plantou. O aparecimento desta
runa então, aponta para um momento de ver os resultados, que podem ser
bons ou ruins dependendo das ações que levaram a eles. Mitologicamente
falando, esta runa se associa à Jörð (ou Nerthus), uma espécie de "Gaia"
germânica, ou mãe terra. Lembrando que estamos falando de uma cultura
completamente agrária, que viam divindades em todas as formas de
manifestação da natureza, onde ter uma boa colheita era algo muito
importante. Então, além da associação desta runa à mãe terra, símbolo de
abundância e fertilidade da terra cultivada, ela ainda se associa a outras
divindades da fertilidade como Freyja, por exemplo. Além disto, ela faz
referência ainda ao deus Þórr, devido à sua natureza agrária. Pois sim, embora
seja amplamente conhecido como um deus bélico, Thor ainda tinha muitas
características que o aproximava dos homens do campo, como o controle
sobre os relâmpagos e tempestades que regam a terra. Seu martelo, quando
não em punho para a guerra, era um símbolo de fertilidade, paz e prosperidade
e ele atenderia a fazendeiros, colonizadores, viajantes e marinheiros que
buscassem por tempo bom.
A energia que vibra: um ciclo completo; conclusão, resultado, finalização de
algo. Lei do retorno, justiça. Resultado proporcional às decisões, atitudes ou
acontecimentos passados. Colheita de acordo com o plantio. Período de um
ano. Recompensa. Recomeço que se inicia com uma nova fase após o fim de
um ciclo.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: representa um ponto de virada, podendo ser um começo ou término, ou


seja, o fim de um ciclo que pode ser negativo ou positivo (relativo, pois muitos
términos são necessários e benéficos). Sendo assim, geralmente aponta a
definição de algo, como um acordo por exemplo (noivado, casamento,
divórcio) ou o término de um relacionamento depois de passar por um período
de declínio. Quando representa algo novo, aponta um relacionamento que se
inicia, após um período de flerte e conquista, principalmente se associada a
outras runas que complementem esta ideia como uruz. De forma geral, aponta
consequências que afetam uma relação de acordo com o que foi feito
anteriormente ou a resolução de uma pendência.

Trabalho: assinatura de acordos ou contratos. Recompensa por esforços. Fim


de um ciclo podendo significar a saída de um emprego (ou mudança de área),
ou mesmo o início de uma nova posição por transferência ou promoção.
Resultado justo e proporcional ao que se propôs, podendo ser um desfecho
negativo por algo que já não ia bem ou não evoluía como deveria. Justiça entre
pessoas envolvidas: destaque para aqueles que possuem merecimento e
exposição negativa para aqueles que não tiveram atitudes justas.

Finanças: retorno financeiro por um investimento bem feito. Ganhos


financeiros se houve merecimento ou estratégia acertada. Perdas financeiras
se os negócios ou saúde financeira já vinham enfrentando declínio ou
instabilidade. Perdas por negligência ou falta de prudência em relação ao
financeiro.

Profissões Associadas: áreas de direito, advocacia, economia, procurador,


administração, geografia, história, política, militar, juiz, promotor, delegado,
atividades relacionadas ao campo.

Desafio: ser justo, plantar e colher, lidar com uma situação considerando o
ciclo como um todo, sem imediatismo. Responsabilidade.

Sentimento: merecimento, compensação, justiça.


Orientação/Conselho: esta runa representa o ciclo das estações e se associa a
um ciclo de prosperidade e abundância, porém é algo lento. Não tentar
apressar as coisas é essencial para ter sucesso, bem como entender que nada
cai do céu e é preciso merecimento. Ter responsabilidade e entender a lei do
retorno, sendo justo com os outros e consigo mesmo.

Personalidade: Representa pessoas lutadoras, que geralmente impõe suas


vontades e gostam de tudo certinho. Adoram a verdade e possuem a
necessidade de serem extremamente justas. O tipo de pessoa que não se
apega muito às aparências, mas consegue atrair abundância, entendendo a
necessidade da limitação do tempo para início e fim de cada ciclo.

Saúde: Pede atenção com a pressão, com o sistema nervoso e regimes. Pode
indicar uma operação.

Inverso (opcional): sem inverso. Apenas de ser uma runa neutra, por estar
atrelada à ideia de abundância pende mais para o lado positivo. Porém, se
inserida em um contexto negativo, poderá indicar o fim de um ciclo com
resultados desfavoráveis ou contrários ao que se gostaria. Neste caso, a
natureza dos resultados estará associada ao que já vinha se desenhando com o
tempo. Sendo assim, se houve um progresso lento, mas constante, esta runa
indicará um desfecho muito positivo. Caso contrário, ficará claro que um
resultado negativo já era mais do que esperado.

Uso mágico: Inicialmente, jera como símbolo da colheita, é uma verdadeira


atratora da abundância utilizada para ampliar nossos resultados. Em
contrapartida, ela também fala muito de “carma” ou “justiça”, apontando que
os resultados obtidos serão proporcionalmente iguais ao que levou a eles. Por
esta razão, jamais devemos utilizar esta runa na magia para conseguir alguma
coisa, se nossas intenções não forem justas ou coerentes. Pois desta maneira,
obteremos um resultado diferente, quando não contrário ao que desejamos.
Um plantio mal feito ou em terreno estéril não gera resultados.

Autoconhecimento: O que você está fazendo hoje pensando no resultado


futuro, com base naquilo o que você deseja para viver em abundância? Você se
considera uma pessoa justa? O que significa abundância para você, condiz com
as suas atitudes hoje?
Palavras-Chave: Lei do retorno, consequência, ciclos, colheita, justiça,
recompensa, desfecho, merecimento, gratidão, promoção merecida, vitória
merecida pelos esforços, questões judiciais e de caráter legal.

Nome: Eihwaz
Letra: Ei
Significado: teixo

O teixo é uma madeira extremamente resistente, porém flexível. A famosa


frase “enverga, mas não quebra” se enquadra perfeitamente a este material e,
consequentemente, ao simbolismo desta runa. Por esta razão, foi amplamente
usada para a fabricação de arcos e flechas na era medieval. É uma árvore que
permanece verde mesmo no inverno e um símbolo de resistência e tenacidade.
O teixo foi ainda uma das madeiras utilizadas para representar o Irminsul
(grande pilar em saxão antigo), ou pilares de madeira que eram erguidos ao ar
livre e palcos de danças e cerimônias religiosas. Estes pilares eram um símbolo
da cultura e crenças ancestrais saxãs anteriores à cristianização e
representavam a ligação entre o plano superior, terrestre e submundo, como
as próprias árvores geralmente eram vistas. As árvores eram também um
símbolo de ancestralidade e sabedoria acumulada e o próprio universo,
segundo eles, estaria sustentado por uma árvore (Yggdrasil), o que expressa a
relação que eles faziam entre árvores, estrutura (base/fundação) e
espiritualidade. De forma geral, esta runa evoca os poderes de resistência e
perseverança representados pela madeira de teixo e é vista como uma runa
regeneradora e transmutadora.
A energia que vibra: resistência mediante ameaças, ter foco no objetivo e não
se deixar abater. Perseverança, transposição de obstáculos ou um processos de
iniciação e transformação (“morte” e iniciação de um novo caminho). Preparar
as bases, a estrutura ou fundação; o eixo de sustentação para algo. Raízes.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: esta runa representa um momento importante na vida afetiva, onde é


necessário ter discernimento, sabedoria e resistência para lidar com algum tipo
de ameaça (uma terceira pessoa, conflitos no relacionamento, etc). Hora de
lutar por aquilo o que se quer ou investir com afinco em uma conquista. Não
desistência.

Trabalho: eventos que se contrapõem ao esperado, obstáculos e interferências


negativas que devem ser enfrentados Ameaça de demissão ou perda de
prestígio (que nem sempre se concretizam). Um momento que exige muito
empenho, foco e resistência. Possibilidade de melhoras se a pessoa tiver
firmeza para demonstrar suas qualidades.

Finanças: muito empenho necessário para melhorar a saúde financeira, mas


totalmente possível.

Profissões Associadas: agente funerário, coveiro, auxiliar de necropsia, médico


legista, guia espiritual, médico convencional ou alternativo, cargos de chefia ou
que exijam muita responsabilidade e sabedoria.

Desafio: perseverar, transmutar, ser flexível e resistente ao mesmo tempo.

Sentimento: sentir-se ameaçado, desafiado, urgência em buscar centramento,


insegurança.

Orientação/Conselho: estruturar-se. Criar raízes. Não fugir da briga, ser


persistente e resistente, porém de forma flexível, tendo jogo de cintura.
Transforme-se, encarando os problemas como desafios e um teste de
sabedoria. Tenha foco nos objetivos e não tenha medo das ameaças, que
podem ser apenas ameaças e não problemas reais. Você tem total
competência para atravessar os obstáculos que se apresentam, então insista.
Não desistir, não desanimar, ter tenacidade.

Personalidade: Pessoa normalmente humilde e paciente, pronta para enfrentar


desafios por maior que sejam. Pessoas perseverantes, de humor variável e
"meio de lua". Vive o presente como se não houvesse amanhã e tende a ver as
coisas com muita profundidade.

Saúde: Pele. Stress. Desgaste. Possível resfriado. Colapso das defesas naturais
do corpo. Vida longa, pois preserve sua saúde. (soltar a intuição sem medo).

Inverso (opcional): sem inverso. Porém, em jogadas extremamente negativas


ou associada há runas de perdas, términos e sofrimento, poderá indicar
obstáculos além do alcance de serem ultrapassados. Por vezes, pode apontar
algum tipo de morte (de um projeto, ideia, relacionamento, de uma esperança
ou mesmo a morte física de forma literal).

Uso mágico: Eihwaz é uma runa peculiar, que possui um simbolismo ainda
meio incompreendido e que precisaria ser melhor explorado. Basicamente, ela
acaba sendo vista como uma runa de regeneração e canalizadora das
profundas transformações, capaz de nos guiar em busca da verdadeira
iluminação. Mas na prática, o seu principal significado é resistência, o que a
torna uma forte influência protetora, podendo apresentar as mesmas ressalvas
de thurisaz em termos de agressividade. Além disto, nos ajuda quando
precisamos manter o foco para alcançar nossos objetivos e atrair energia de
resistência (como o teixo). Por sua associação com Yggdrasill e o sacrifício de
Odin favorece ainda a regeneração e a transmutação, mesmo que necessário
sacrifícios.

Autoconhecimento: Até onde você pode estar muito resistente à um


aprendizado que a vida lhe traz, tentando fugir do mesmo? Você consegue
transformar acontecimentos ruins do passado em motivo de superação ao
invés de guardar rancor ou se remoer pelo que aconteceu? Existe alguma
situação em sua vida hoje, onde falte força para encarar os obstáculos e seguir
focado até o final?

Palavras-Chave: Indica capacidade adequada voltada a um objetivo viável; traz


bons agouros mesmo que pareça tudo estar perdido, desde que dedicação e
foco. Um momento de perigo, uma ameaça, obstáculo transponível, defesa,
reflexão, barreiras, impedimentos, cautela, resistência.

Nome: Pertho
Letra: P
Significado: copo de jogar dados

Na verdade, não se tem muitas evidências históricas sobre o significado original


desta runa. Algumas traduções sugerem que ela signifique algo como "copo de
jogar dados”, fazendo referência a atividades de passatempo, ou algum tipo de
jogo de azar praticado nos salões dos banquetes, onde eram realizadas
celebrações ou discutidos assuntos importantes para a comunidade. Muitos
autores ainda sugerem que a runa faz referência a algum tipo de recipiente
utilizado para armazenar ou lançar as runas. De qualquer maneira, perth é
usada para representar aquilo o que vai além das aparências, que está oculto,
ou a verdadeira essência de alguma coisa. Por sua associação com "mistério",
representa ainda o próprio ato de lançar as runas com fins divinatórios e, por
consequência, nos aproxima às Nornir: as 3 deusas do destino (ou espíritos
femininos) que representam a passagem do tempo (passado-presente futuro).
Elas são as fiandeiras: Urðr, "aquilo que foi”, Verðandi "aquilo o que está
sendo”, e Skuld "aquilo o que poderá ser”, que tecem as tramas de nosso
futuro, a partir de nosso passado. Esta runa então está associada a algum tipo
de revelação ou ocultamento de algo.
A energia que vibra: algo oculto, mistério, segredos, o plano mágico/espiritual,
o que está por traz das aparências e sua possível revelação. A essência da arte
oracular.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: muitas vezes esta runa pode representar o sexo, por ainda ser
considerado um tabu para muitas pessoas, que não falam abertamente sobre
isso, e claro, por sua característica de intimidade. Esta runa representa ainda
algum tipo de revelação ou uma nova percepção. Podendo ser revelações
positivas, como uma declaração, proposta ou perceber-se desejado por
alguém, ou negativas, como: infidelidade, perceber que não existe um real
sentimento por parte da outra pessoa ou apontar um relacionamento baseado
apenas no sexo, onde o casal confunde os sentimentos e emoções achando
que há amor. Da mesma forma, pode representar um relacionamento ou um
desejo por alguém, por alguma razão, escondido.

Trabalho: informações que emergem e podem causar surpresa, positivas ou


negativas dependendo do contexto. Novas propostas, possibilidades e
perspectivas. Possibilidade de retomar um projeto ou ideia anteriormente
perdidos. Saber mais sobre algo até então oculto e que agora pode se mostrar
uma vantagem no âmbito profissional. Ter uma revelação e finalmente
perceber sua real vocação até então desconhecida. Enxergar uma situação
como ela realmente é. Uma descoberta no âmbito profissional, seja
relacionada ao ambiente de trabalho na qual está inserido, seja sobre a área de
atuação escolhida ou mesmo percebendo o que se deseja de verdade para esta
área.
Finanças: boas novas; podendo envolver um ganho inesperado (heranças,
sorteios, loteria) ou mesmo uma nova possibilidade que se passa a cogitar, com
grandes probabilidades de ganhos financeiros.

Profissões Associadas: importação e exportação, mercado de ações. Música,


canto, instrumentos musicais, poemas e poesias, místico, astrólogo,
curandeiro, esotérico. Pode se encontrar também no mercado de ações, de
investimentos, ou de imóveis.

Desafio: lidar com o novo, não temer o futuro, aceitar as revelações, não fechar
os olhos, expor-se (não se esconder).

Sentimento: surpresa, revelação, iluminação.

Orientação/Conselho: aceite as revelações e descobertas que vem a tona (boas


ou ruins) como uma dádiva; um presente do divino para facilitar a sua jornada.
Não tenha medo de julgamentos ou de falhar, saia da zona de conforto e se
exponha para o mundo. Permita que as novidades cheguem e aceite as
mudanças como possibilidade e não como problemas. Permita-se pensar
diferente ou quebrar tabus. Não sinta culpa ou vergonha, você é apenas um ser
humano e somos todos iguais; aceite-se e busque o autoconhecimento e
espiritualidade. Se desejar ir ainda mais longe, estará favorecido o
desenvolvimento da clarividência e dons proféticos.

Personalidade: Pessoa mística, que pode vir a gostar de jogos e apostas, e tem
grande sensibilidade e sensualidade aflorada. Encontrará facilidade se desejar
desenvolver dons psíquicos e no amor pode viver relacionamentos muito
intensos.

Saúde: Problemas psíquicos ou problemas sexuais. Indica cura através da


homeopatia, acupuntura, aromaterapia, florais e similares. Finalzinho da vida,
esclerose. Cura psíquica, hipnotismo, naturopatia.

Inverso (opcional): surpresas desagradáveis: desapontamentos, algum tipo de


traição; perda financeira; falta de sorte (não emprestar dinheiro ou arriscar-se
em jogos ou apostas). Intuição ou percepção extrassensorial falha ou nublada.
Sexo em desarmonia ou parceiro se mostrando desinteressado, principalmente
se associada à isa (I) ou outras que confirmem. Experiências espirituais
desconhecidas ou abertura acidental de "canais”. Uso de narcóticos.
Uso mágico: Acima de tudo, esta é uma runa de descoberta, utilizada em
magias para desvendar segredos e revelar mentiras. Da mesma forma, ela nos
dá uma mãozinha para “enxergar na luz astral”, auxiliando no desenvolvimento
de dons psíquicos, como a clarividência. Semelhantemente, traz à luz o que
está oculto e nos ajuda e identificar os padrões do wyrd, através de sonhos e
premonições. Bem como, pode amplificar nossa percepção para a leitura
oracular, ao passo que ela mesma possui como um de seus significados, o
próprio jogo de runas (uso das runas como oráculo). Favorece descobertas e
nos ajuda a identificar malefícios ou outras questões que se encontrem ocultas.

Autoconhecimento: O que você mais esconde das pessoas por vergonha,


insegurança, etc? Como você reage ao descobrir uma mentira ou que estava
enganada(o) sobre algo? Até onde você identifica quais aspectos do seu
passado que geraram uma situação atual muito importante na sua vida hoje?

Palavras-Chave: Mistérios, verdades escondidas, segredos, novidades,


presentes inesperados, mentiras, retomar possibilidades abandonadas, um
segredo (escondido por culpa ou vergonha), sexo (que para muitas pessoas
ainda é um tabu), intuição assertiva sobre determinado assunto, poder oculto,
mediunidade, capacidade de conexão com o mundo astral.

Nome: Algiz
Letra: Z
Significado: alce, cervo

O alce era a principal fonte de alimento e agasalho na cultura anglo saxônica e


um forte símbolo de sobrevivência. Além do mais, o formato desta runa
simboliza os chifres do alce, trazendo a ideia de proteção e defesa. Portanto,
seus principais significados se relacionam à ideia de proteção, inclusive usada
de forma muito expressiva para proteção espiritual na magia rúnica e à
disposição para fazer sacrifícios em prol da sobrevivência (nossa e daqueles
que amamos). Ela possui um simbolismo muito próximo ao da runa eihwaz,
também fazendo referência ao Irminsul e à árvore Yggdradil, porém trazendo
de forma muito mais profunda o sentido do sacrifício, relembrando o sacrifício
de Oðin na árvore Yggdrasil que o possibilitou descobrir o mistério das runas.
Neste sentido, esta runa ensina que devemos buscar o amparo espiritual (como
as árvores proporcionam esta ligação com os outros planos) e o mais
importante: saber abnegar de nossos próprios desejos e vontades quando
necessário, em prol de um bem maior ou visando a proteção, sobrevivência e
bem estar dos seus (família, amigos, nação, etc).
A energia que vibra: segurança, proteção espiritual, sobrevivência. Estar
protegido para a execução dos planos, mas entender os sacrifícios que a vida
exige para a sobrevivência. Acreditar e se doar. Um chamado para a
espiritualidade.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: esta é uma runa que fala de proteção e doção. No amor ela representa
uma relação ou conquista livre de impedimentos, mas, em muitos casos,
mostra uma dependência ou interação que exige muitos sacrifícios e
abnegação. Por vezes mostra uma relação protegida ou incentivada pela
espiritualidade, mostrando uma união necessária (mesmo que temporária)
para o aprendizado e evolução mútua.

Trabalho: um período que exige muito sacrifício trazendo até um desgaste


físico e emocional. Ainda assim, mostra defesa e proteção, no sentido de ter
suas qualidades e desempenho reconhecidos, mesmo que não de imediato.
Estar protegido em âmbito profissional contra possíveis armadilhas ou
sabotagens.

Finanças: previna-se antecipadamente, seja cauteloso para não perder. Pode


representar um momento de segurança financeira, mas que, ainda assim, exige
responsabilidade com o dinheiro (as vezes até fazer sacrifícios).

Profissões Associadas: esta runa fortalece todos os tipos de profissão,


principalmente no campo artístico, publicidade, comunicação, escritores, rádio,
televisão, turismo, áreas acadêmica e artística, empresário, dono de negócios,
vendedor, trabalhos voluntários, terapeutas.

Desafio: entender que algumas vezes é preciso fazer sacrifícios e buscar a


espiritualidade. Defender não só a si próprio, mas também aqueles que se ama
(se doar). Ter fé e acreditar estar protegido mesmo nas situações mais
sombrias.
Sentimento: proteção, integração espiritual; ou ainda, desmotivação por fazer
algo à contra gosto; estresse.

Orientação/Conselho: defenda-se, proteja-se, busque apoio espiritual e sele


sua energia contra qualquer interferência nefasta. Não tenha medo de fazer
sacrifícios se sentir que o objetivo vale a pena; busque a sobrevivência. Esta
runa reforça o efeito de outros atos. Sendo assim, atitudes positivas, honrosas,
honestas, verdadeiras e altruístas tem seus efeitos positivos ampliados. Em
contrapartida, atitudes mesquinhas, perversas, destrutivas ou se fazer de
vítima, só faz com que você afunde cada vez mais. Nós todos somos feitos de
energia que vibra o tempo todo, consequentemente, atraímos pessoas e
situações que estejam em sintonia com aquilo o que emanamos. Portanto,
mude seu padrão vibratório e emane luz. Busque proteção espiritual; ouça a
espiritualidade, seja virtuoso.

Personalidade: Pessoa amorosa, disposta a se sacrificar pelo próximo, caridosa,


ágil, inquieta, no amor é instável e pode ter dificuldades em se apegar à
compromissos.

Saúde: Boca. Dentes. Pernas. Pés. Cuidado com contágios e anestesias.


Doenças venéreas. AIDS. Diagnósticos confusos. Frustrações sexuais. Drogas.
Consultar outros médicos.

Inverso (opcional): vulnerabilidade; outros desejam sacrificar os interesses da


pessoa visando os seus próprios; planos e maquinações; ser usado ou
manipulado; ser enganado ou compreender errado uma situação. Decepção,
ilusão, ingenuidade ou ganância, assim como, credulidade e otimismo
exagerado. Uma oferta que deve ser recusada.

Uso mágico: A runa algiz é o símbolo de proteção máxima em âmbito


espiritual. Isto porque, ela funciona tanto de forma passiva quanto ativa.
Simultaneamente ela cria um escudo protetor e ainda repele qualquer vibração
ou magia negativa lançada contra você, de volta para o lugar de onde veio.

Autoconhecimento: Qual o maior sacrifício que você já fez na vida por achar
que o propósito valeria a pena? Como é a sua relação com a espiritualidade?
Você consegue identificar alguém que se doou muito por você e se você
retribuiu com gratidão à altura?
Palavras-Chave: Sabedoria, conhecimento, verdade, proteção, continuidade,
sucesso, poder, sacrifício de bom grado, o poder da palavra sobre a ignorância,
luz sobre as sombras. Reforça a força de outros atos, prega a verdade, prega a
sabedoria, prega o conhecimento. Proteção e defesa, sobrevivência.

Nome: Sowilo
Letra: S
Significado: sol

Esta é a runa mais afortunada de todo o futhark, já que ela representa


literalmente o sol. E o sol é um elemento indispensável para a vida, se levarmos
e conta que a existência de organismos vivos na terra, só é possível por conta
da distância em que nosso planeta se encontra do sol. A geração e manutenção
da vida dependem da sua luz e calor e a própria temperatura do nosso corpo
denuncia nosso estado de saúde, sendo a primeira a ser afetada mediante
qualquer tipo de infecção. Os antigos povos pré-cristãos tinham um respeito
imenso por este astro e diversos eram os cultos e divindades que eram
identificadas com o sol e sempre sendo associadas, em termos de mitologia,
aos ciclos das estações e agrários. Dentre os povos nórdicos, esta runa nos leva
novamente à deusa Sunna e nos traz ainda mitologia de Balder, uma divindade
que aparece posteriormente nos mitos. Balder, ou o “deus brilhante" era filho
de Oðin e Frigg e uma divindade profundamente amada por todos os outros
deuses; o melhor e mais belo de todos. Sua face é tão iluminada que chega a
brilhar e os deuses acreditavam que nada de ruim ou impuro poderia entrar
em sua morada, bem como, Balder jamais poderia fazer algo de ruim a
ninguém. Seu principal mito conta a morte de Balder onde ele e sua mãe
começam a ter pesadelos sobre sua morte prematura. Oðin, então, confirma a
profecia com uma völva (profetisa) e Frigg assustada recolhe juramentos de
todas as criaturas vivas, de que nada nem ninguém jamais feriria Balder. Mas
Loki, claro, acabou burlando a estratégia de Frigg e causa a morte do mais
piedoso de todos os deuses, dando início aos primeiros eventos que
culminariam no Ragnarök. Segundo o mito, Balder ressurgirá/renascerá pós a
batalha final, onde a maioria das divindades principais será morta. E irá unir-se
a alguns poucos deuses remanescentes para reconstruir o mundo com base no
perdão. Esta divindade então, é um símbolo da pureza, perfeição, beleza e
vida; como o próprio sol e tudo aquilo o que esta runa representa.
A energia que vibra: brilho, energia, saúde, vitalidade, destaque (pessoal,
profissional ou social), beleza, perfeição, luz, favorecimento. Sucesso,
aquecimento, vitória contra inimigos. O poder pessoal, o ego. É a runa mais
positiva de todas.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: muita energia fluindo. Sucesso em uma conquista amorosa, conseguindo


mostrar suas qualidades e chamar a atenção da (o) pretendente. Relação com
muito envolvimento entre ambos e cura emocional caso tenham ocorrido
desentendimentos. Ser visto pelo outro como o sol (bonito, radiante e cheio de
energia). Um momento completamente favorável para conquistar ou vivenciar
o amor.

Trabalho: momento de destaque e visibilidade. Prestígio e reconhecimento


pela atuação em âmbito profissional. Caminhos abertos e tudo favorecido para
qualquer tipo de sucesso (promoção, ser aceito em um novo trabalho, fechar
uma nova parceria, ampliação de uma empresa, etc). Energia direcionada para
algo, colocar muito esforço, mas com facilidade; ter um "brilho”. Liderança.

Finanças: contentamento no lado financeiro, livre de preocupações e até


mesmo a possibilidade de expandir os recursos financeiros.

Profissões Associadas: modelo, ator/atriz, designer, modista, maquiador,


cabeleireiro, cargos de liderança, gênio, químico, físico, médico, setor de lazer.

Desafio: destacar-se, energizar-se e expandir o poder pessoal sem se deixar


levar pelo ego e a vaidade. Cuidado com o otimismo ou credulidade exagerada.

Sentimento: vaidade, perfeição, sentir-se vitorioso, orgulho, autoestima


elevada, radiância.

Orientação/Conselho: hora de mostrar para o mundo o seu potencial e


expandir o poder pessoal. Mostre seu brilho, destaque-se, coloque energia,
acredite, busque. Seja como o sol e ilumine o dia das pessoas por onde passa.
Acredite em si mesmo. Seja positivo, bem humorado e mostre seu brilho.
Aproveite um período de sucesso.
Personalidade: Este tipo de pessoa normalmente carrega um forte brilho
pessoal, que encanta as pessoas. Normalmente mostra qualidades como
trabalhadora, honesta, leal, apaixonada, carismática e cativante. Bastante
dedicada à família e amigos íntimos. Mas, pode facilmente cair na questão do
ego, parecendo arrogante e prepotente.

Saúde: Perfeita. ótima.

Inverso (opcional): não há inverso. Esta é a runa mais positiva de todas, mas,
como é de se esperar existe sim um ponto contrário. Neste sentido, quando
representa algum tipo de problema, ela fala das armadilhas do ego, do orgulho
e da vaidade. Quanto maior a altura maior o tombo. Devemos então manter a
humildade e equilíbrio mesmo mediante as vitórias e superações. Algumas
vezes, sai ainda para indicar uma preocupação relacionada à saúde, já que esta
é uma relacionada à vitalidade. Ou ainda, um momento que exige esforço
excessivo e causa desgaste.

Uso mágico: Sowilo, que normalmente considerada a runa mais benéfica do


futhark, representa o próprio sol e é um símbolo de luz que atrai o sucesso,
iluminando uma situação. Sobretudo, ela tem o poder de amplia nosso poder
pessoal e energizar qualquer coisa. Assim como, por ser um forte símbolo de
vitalidade, como o sol, é amplamente usada em magia de cura.

Autoconhecimento: Como você acredita que as pessoas te veem? Como você


imagina que seria se você fosse uma pessoa completamente diferente? De que
forma você está colocando o seu poder pessoal nas coisas? Isto te faz feliz ou
você apenas segue o roteiro da vida?

Palavras-Chave: Runa de vitória. Ajuda, auxílio, força, conquista,


favorecimento, sucesso, energia vital, uma perspectiva mental positiva, vitória
contra inimigos, a luz que ilumina a escuridão, plenitude, bênçãos, beleza,
energia direcionada para algo.

Runas do Terceiro Ætt ou Ætt de Tyr:


Nome: Tiwaz
Letra: T
Significado: o deus Týr

Quanto mais estes povos se expandiam, apesar de todos os seus aspectos


civilizados, mais desenvolviam sua capacidade bélica. E se na Era Viking Oðin
era chamado como um deus da guerra, anteriormente Týr ocupava este posto,
sendo amplamente cultuado. Esta transferência se deu por conta das
alterações sociais, pois Týr evoca a coragem, determinação e sacrifício que vem
do instinto, características necessárias para que um soldado se mantenha em
pé durante uma batalha. Então, embora a figura do soldado seja mais
fortemente associada à Thor, Týr se comporta como um general. Já Oðin, como
um deus da sabedoria, traz o lado mais estratégico da guerra, habilidade que
foi aperfeiçoada com o tempo conforme estas sociedades tribais foram se
tornando cada vez mais complexas. Aos poucos então, Oðin vai ganhando mais
espaço em termos de respeito e culto, embora Týr não estivesse
completamente esquecido. O principal mito relacionado à Týr nos conta como
ele perdeu sua mão direita para o lobo Fenrir. Fenrir era um dos filhos de Loki,
que pela profecia irá devorar Oðin no Ragnarök. Um lobo que ficava cada vez
mais gigantesco e começou a se tornar uma ameaça para os deuses, que
tentaram aprisioná-lo sem sucesso. Pois ele sempre quebrava as correntes
mediante a aposta de conseguir se libertar. Eles então "encomendaram”
correntes mágicas com os anões que pudesse contê-lo definitivamente, mas
Fenrir percebeu que planejavam algo e determinou que somente os deixariam
colocar as tais correntes novas se um dos deuses enfiasse a mão em sua boca.
Týr foi o único a ter essa coragem, aprisionnando a fera, mas perdeu sua mão
direita no processo. Týr era ainda o protetor da Thing, uma espécie de
assembleia ou parlamento onde os julgamentos eram feitos de forma justa,
levando-se em conta os direitos e necessidades individuais. O que quebra os
paradigmas desta ser uma sociedade bárbara, pois eles possuíam aspectos
bastante civilizados. Este deus então é um símbolo de coragem, combate,
justiça, da disposição para lutar por algo ou correr riscos e nos ensina a fazer
sacrifícios para defender os nossos, ou para alcançar nosso objetivo se for
necessário.
A energia que vibra: justiça, coragem, determinação, competitividade,
iniciativa, vitória. Energia de ação. Rege as ações justas, os processos judiciais,
as causas legais e muitas vezes representa um homem de forma literal (ou uma
pessoa que tenha uma forte energia masculina). Aponta um momento onde é
preciso ser justo, ter coragem de correr riscos, assumir uma postura
competitiva ou se faz necessário algum tipo de ação.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: forte interesse em alguém ou desejo de se mostrar; de alcançar um


objetivo amoroso. Muitas vezes esta runa sai para representar o homem ou
pessoa com maior energia masculina. Necessidade de competir com uma
terceira pessoa ou, muitas vezes, incentiva à ação e correr riscos para uma
conquista amorosa. Para uma pessoa comprometida, pode representar apoio
do companheiro (a) se este tiver uma postura mais ativa na relação (não é uma
runa de comportamento passivo).

Trabalho: forte poder de competitividade e inclinação a correr riscos. Agarrar-


se a uma nova oportunidade mesmo sem grandes garantias de êxito. Lutar pelo
reconhecimento, colocar seus esforços, combater interferências negativas no
âmbito profissional de forma justa. Mostra uma pessoa direcionada para os
seus objetivos profissionais e muita energia de ação, ou um momento que
exige este tipo de comportamento.

Finanças: muito foco e objetividade em aumentar os ganhos ou um momento


de vitória onde se consegue um ganho financeiro, caso haja mérito, justiça e
honestidade.

Profissões Associadas: carreira militar, engenharia, informática, administração,


esportes, policial, comandante, general, líder, político, representante, direito.

Desafio: organizar-se, ter discernimento e coragem para correr riscos ou


investir todos os esforços em algo que valha a pena. Enfrentar os medos,
competir, ter mais iniciativa, tomar as rédeas, impor-se mais.

Sentimento: justiça, ambição, disposição, motivação.

Orientação/Conselho: tome uma atitude, não seja passivo, trace metas,


posicione-se, lute, arrisque, acredite, seja justo, seja corajoso, enfrente.

Personalidade: Pessoa altamente determinada, corajosa, que não tem medo de


correr riscos, de espírito batalhador, ambiciosa. No amor pode se tornar muito
ciumenta e no trabalho, altamente competitiva. Precisa vigiar para não se
tornar um ditador.

Saúde: Fígado. Articulações. Artrite. Nervosismo. Problemas emocionais.


Consulta médica. Sugere um check-up. Cirurgia. Esterilidade. Infertilidade.
Acidentes. Impotência.

Inverso (opcional): derrotismo antecipado ou falta de interesse. Falta


motivação para competir ou se posicionar. Deixando as coisas fluírem por si só
ou se resolverem sozinhas, o que trará infortúnio. Falta de ação ou medo.
Ciúme exagerado em uma relação ou mesmo racionalismo em excesso
tornando-se um carrasco. Sofrer ou infringir uma injustiça. Algumas vezes
representa outra pessoa que atrapalha ou interfere negativamente de alguma
maneira, seja pela falta de interesse por você ou em te ajudar, seja porque os
objetivos não são recíprocos e cada um está vendo o próprio lado.

Uso mágico: Como a runa do guerreiro tiwaz favorecer vitórias, como já era
utilizada pelos antigos quando, na ocasião, era gravada nas espadas. Mas vale
enfatizar que seu uso na magia não significará apenas a vitória pela vitória, mas
precisará ser algo justo, já que o deus Týr era também um deus da justiça.
Desta maneira, ela trará a mesma ressalva da runa jera. Mas em suma, esta é
uma runa de ação, que nos ajudará a tomar atitudes quando estamos muito
passivos. E desta forma, nos trará a coragem e determinação necessárias para
correr riscos e enfrentar nossos medos quando necessário. Fortalece a
competitividade.

Autoconhecimento: Qual foi a situação na sua vida onde você precisou ter
mais coragem, fazendo algo que você nunca imaginou que conseguiria fazer e
como você se sentiu com isto? O que mais te assusta? Você consegue
identificar de que forma isso começou? Existe algum desejo ou ideal pela qual
valeria a pena arriscar tudo o que você possui hoje?

Palavras-Chave: Justiça, julgamento, honra, liderança, virtude, vitória, assuntos


legais, competitividade acionada por um desafio, força de vontade,
direcionamento, coragem, bravura, punição para injustos. Pode representar
uma situação que exige correr algum risco.
Nome: Berkano
Letra: B
Significado: bétula

Esta runa representa a bétula, ou um ramo de bétula, que é uma árvore


pequena ou de médio porte que não da frutos, porém, gera brotos de suas
próprias folhas e é bastante resistente ao inverno. E as árvores de forma geral,
possuem grande simbologia para esta cultura, basta vermos que o próprio eixo
do universo era representado como uma árvore, os seres humanos foram
feitos a partir de árvores e a associação que estes povos faziam com as árvores
geralmente vinha atrelada às características das mesmas. Como no caso do
teixo, por exemplo, que como sendo uma madeira flexível, porém resistente, é
um símbolo de tenacidade, como vimos com a runa eihwaz. E berkano em
particular como representando a bétula, nos traz a essência da mãe, pois como
seus pequenos brotos se associa a tudo aquilo que "nasce"; que é "gerado” ou
se encontra em sua fase inicial, exigindo cuidados. Desta forma, esta runa traz
a essência de Frigg (esposa de Oðin), aquela que tudo vê mas não revela seus
segredos. Uma divindade mais associada ao lar, aos cuidados, nutrição, criação.
Por sua ligação com a fertilidade da terra e de todos os seres, esta runa nos
remete ainda aos antigos cultos à deusa mãe, divindade(s) amplamente
cultuada na pré-história, sempre sendo reverenciada pelo poder de gerar um
novo ser e de produzir o alimento para ele de seu próprio corpo. Esta runa
então, nos traz uma energia altamente feminina, muitas vezes representando a
própria mãe de forma literal.
A energia que vibra: gravidez, fertilidade, inícios, recomeço. Projetos e ideias
em fase inicial, que necessitam ser nutridos e cuidados para que possam
amadurecer e se expandir. Pode representar um recomeço para algo ou
mesmo a própria mãe. Por vezes representa outra pessoa que possui uma forte
energia ou comportamento materno, bem como assuntos domésticos e
relacionados ao lar. Pode ainda representar o pai, na ausência de uma figura
materna mais expressiva ou a preocupação com filhos, por todos os aspectos
da relação mão-filho que esta runa traz. No geral, revela uma influência
positiva ou um momento de positividade e é uma runa que fala ainda de saúde,
principalmente para mulheres, por representar o corpo e a biologia feminina.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:


Amor: possibilidade de gravidez, ou, muitas vezes, representa uma pessoa que
se preocupa com assuntos domésticos ou que deseja ter uma família. Pode
simbolizar a mãe ou assuntos relacionados ao lar, interferindo na relação (ou
assuntos amorosos) de forma positivas ou negativa. Momento fecundo ou
possibilidade de recomeço em uma relação ou na vida amorosa de uma pessoa.

Trabalho: ótimo momento para gerar, iniciar ou mesmo nutrir um projeto, uma
ideia ou uma relação de trabalho. Possibilidade de crescimento se as
oportunidades forem aproveitadas e muitas vezes esta runa aparece para
indicar se uma parceria, sociedade ou decisão na carreira tem possibilidades de
prosperar. Ela sai ainda quando a pessoa estiver iniciando ou recomeçando
algo, como um novo emprego, uma nova estratégia, uma nova carreira ou
negócio.

Finanças: novas fontes de renda. Pode representar assuntos familiares


profundamente atrelados à área financeira, como uma renda que vai
exclusivamente para o bem estar da família, ou ganhos financeiros através das
relações familiares. Responde como positivo mostrando um caminho fértil para
o crescimento financeiro, quando se pergunta sobre algum tipo um
investimento, seja ele em dinheiro, imóveis ou outros ativos, ou mesmo em
relação a uma nova carreira ou negócio. Mas alerta para a necessidade de
nutrir tal investimento para que germine e não se mantenha na
superficialidade.

Profissões Associadas: todas que possibilitam cuidar ou nutrir. Hotelaria,


obstetra, pediatra, professora (o) infantil, babá.

Desafio: desenvolver as habilidades de gerar e nutrir, tendo cuidados com


aquilo o que se propõem, alimentando. Iniciar, recomeçar ou se dedicar para
amadurecer alguma coisa.

Sentimento: renascimento, recomeço, esperança. Sentimento materno por


algo ou alguém.

Orientação/Conselho: recomeço; dê uma segunda chance. Coloque sua


essência nisso de forma dedicada, como uma mãe que quer o melhor para o
seu filho e se esforça para prover tudo do bom e do melhor, mas se esforça
para torná-lo independente um dia, quando alcançar a maturidade. Faça
planos possíveis e trace metas adequadas, que envolvam o processo de gerar
alguma coisa (não como algo que se desenvolve sozinho). Olhe para a sua
família (mãe, filhos, o lar).

Personalidade: Pessoa protetora, criativa e que se dá bem com todo mundo,


geralmente caseira e no amor espera muito da pessoa amada. É sincera, franca
e aberta, objetiva e decidida. Apegada à família, à tradição, à mãe, aos filhos e
ao cônjuge.

Saúde: Atenção para problemas que surgirão. É necessário jogar as runas


mágicas novamente para indicar o verdadeiro problema. Aborto acidental,
natural ou provocado. Parto difícil.

Inverso (opcional): um campo estéril; não tem fertilidade e dificilmente irá


prosperar (relacionamento, projeto, investimentos). Dificuldades domésticas,
desentendimentos com a mãe, avó, ou alguém que de alguma forma faz este
papel. Algumas vezes representa a mãe da parceira (o) em uma relação,
interferindo negativamente. Ou mesmo preocupação com os filhos. Problemas
de fertilidade e saúde, principalmente feminina. Dificuldade em engravidar de
forma literal, ou mesmo de gerar ou iniciar alguma coisa. Dependendo das
outras runas associadas, representa projetos que não saem da fase inicial e não
se aprofundam, muitas vezes caindo na desistência. Questões mal resolvidas,
pessoas e relacionamentos de passado que precisam ser abandonados, planos
atrasados. Abortar a missão.

Uso mágico: A runa da mãe, obviamente, traz uma energia fortemente


materna, necessária para quando precisamos ter consistência em cuidar ou
nutrir alguma coisa. Normalmente, é a escolha acertada quando precisamos de
mais facilidade para recomeços ou a renovação de algo. Além disto, é utilizada
para tratar da saúde e fertilidade feminina, bem como, energia de fertilidade
em todos os sentidos (física, projetos, ideias, etc).

Autoconhecimento: Como é a sua relação com a sua mãe e como isso impacta
na sua vida hoje? Você sente que o local onde você mora é realmente um lar e
qual a diferença entre a sua casa hoje e a sua casa na infância? Existe algo na
sua vida que você queira muito fazer mas ainda não consegue tirar do papel e o
que te impede de dar o primeiro passo?
Palavras-Chave: Crescimento e gestação das coisas (pessoas, animais, plantas,
ideias, empreendimentos), recuperação, renovação, renascimento, cura, saúde,
fecundidade, feminilidade. Simboliza o parto, nascimento e desenvolvimento
de uma ideia ou empreendimento, ou ainda a relação mãe X filho. Assuntos
domésticos ou relacionados à família.

Nome: Ehwaz
Letra: E
Significado: cavalo

Voltemos agora à ideia das viagens. Se raidho representa o ato de cavalgar,


ehwaz traz a figura do cavalo em si. E vários são os animais nesta cultura que
estão diretamente associados de alguma forma à religiosidade. E o cavalo é um
deles. Ele era um animal considerado sagrado para os nórdicos germânicos e
aparece representado em diversas imagens da Idade do Bronze e
posteriormente na Era Viking, bem como, é frequentemente citado nos
poemas éddicos. Originalmente aparece associado a símbolos solares e a tudo
o que o sol representa e, paradoxalmente, à guerra e a morte. Isto porque ele
possibilita ultrapassar as fronteiras entre o mundo habitado e domesticado e o
mundo selvagem e periférico dos gigantes. Da mesma forma, como nos cultos
xamânicos, são os cavalos os animais totêmicos que guiam as viagens entre
mundos, o que explica a facilidade para as viagens/projeções astrais que esta
runa proporciona. Em contrapartida, o cavalo também tem muito valor para o
camponês e está ligado a aspectos do mundo cotidiano como a fertilidade e a
saúde. E isto se confirma pelo fato dos cavalos estarem amplamente
associados tanto a Oðin, um deus associado à guerra e a morte, quanto a Freyr,
um deus da fertilidade e da vida. Cavalos são controlados pela Noite (Nótt) e
pelo Dia (Dagr) e percorrem as fronteiras entre o céu e a Terra; entre o dia e a
noite. O cavalo mágico Svaðilfari, que construiu a muralha de Ásgarðr, percorre
a fronteira entre o mundo dos gigantes e o mundo dos deuses. Sleipnir, o
cavalo mágico de Oðin de 8 patas e o mais veloz de todos, percorre o céu e a
terra, os mundos e submundos, transitando entre os mundos dos vivos e dos
mortos. E por aí vai... Não é difícil entender por que esta runa se associa
amplamente à ideia de uma dinâmica acontecendo, movimento, viagens e
deslocamentos. Inclusive viagens de cunho espiritual. Além disto, se
analisarmos os diversos relatos sobre a existência de uma relação afetiva entre
cavalo-cavaleiro, na qual estes animais sentem profundamente a ausência de
seus donos e são muito leais, esta runa reflete também a empatia existente
nesta relação. Normalmente, está associada a relações colaborativas,
cooperação, amizade, lealdade, fidelidade, comprometimento. Conciliação.
A energia que vibra: energia de movimento, uma dinâmica acontecendo, um
movimento positivo a seu favor. Frequentemente aparece para indicar um
momento de mudança muito grande ou muito rápida. Uma viagem.
Colaboração ou desenvolvimento oportuno de algo. Favorecimento.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: existem sentimentos. Representa um relacionamento onde há lealdade


e confiança (de uma ou ambas as partes). Para uma conquista amorosa é um
ótimo presságio, indicando um desenvolvimento favorável e por vezes até mais
rápido do que se espera. Uma mudança extremamente positiva acontecendo
na vida amorosa.

Trabalho: mudanças no trabalho, que podem ser grandes como: mudança de


local, de empresa, ou carreira. Ambiente favorável onde há colaboração e
favorecimento. Um desenvolvimento positivo em termos profissionais. Uma
viagem a trabalho.

Finanças: uma evolução positiva em termos de ganhos financeiros. Pode


representar investimentos (ou gastos) relacionados a viagens, ou mobilidade
(como automóveis, por exemplo).

Profissões Associadas: promoter, DJ, esportista, hípico, lutador, cargos de


apoio.

Desafio: encontrar um equilíbrio entre não se antecipar (ou não atropelar os


acontecimentos) e estagnar. Em outras palavras: realizar mudanças da forma
certa e na hora certa.

Sentimento: ansiedade, pressa, envolvimento, lealdade, evolução.

Orientação/Conselho: faça uma mudança, não deixe a vida passar sem


aproveitar as oportunidades. Mude de atitude; saia da zona de conforto,
colabore, movimente, se desloque, participe. Não se abstenha.
Personalidade: Pessoa inquieta, gosta de movimento, viajar, conhecer lugares
distantes e detesta a solidão. Quando equilibrada (o), sempre alcança o
objetivo que determina. Adora festa e no amor é volúvel e inconstante.

Saúde: Atenção, saia da rotina, viaje, assim ficará com outro astral. Problemas
de saúde derivados ou relacionados com mudança de casa ou de carreira.

Inverso (opcional): movimento trancado, lentidão, demora, obstáculos para a


mudança. Pode indicar a falta de colaboração, proposital ou não, de outras
pessoas. Ausência de sentimentos ou descontentamento em uma relação
(amorosa, profissional, social ou familiar). Uma viagem que deverá ser adiada,
se possível, ou a necessidade de fazer uma mudança indesejada. Falta
movimento. Algumas vezes indica problemas a nível espiritual decorrentes de
viagens a planos de baixa vibração.

Uso mágico: Uma runa de ação rápida relacionada também a viagens. Por esta
razão, ehwaz, a runa do cavalo, traz energia de movimento e mudanças
rápidas, sendo bastante utilizada para propiciar mudanças e favorecer
reconciliação ou colaboração (entre duas ou mais pessoas). Por natureza, ela
facilita todos os tipos de viagens, inclusive em âmbito espiritual, nos auxiliamos
na saída para a projeção astral. Pode ser utilizada ainda para remover
obstáculos e facilitar viagens (físicas ou extracorpóreas).

Autoconhecimento: Como você lida com mudanças? Existe alguém na sua vida
hoje por quem você seria capaz de ser completamente leal, mesmo que as
vezes chateie você? Se você pudesse parar tudo agora e viajar para onde você
quisesse, para onde você iria?

Palavras-Chave: Lealdade, amizade, fidelidade, aliança, compromisso,


colaboração, afinidade, amor, amizade, pactos. Movimento rápido, mudanças,
situações que convergem a favor, viagens. Punição para os desleais.
Conciliação.

Nome: Mannaz
Letra: M
Significado: humanidade, o ser humano
Esta runa representa o ser humano e suas qualidades. Se pensarmos nas
habilidades humanas, nós somos seres que se destacam. Porque além das
faculdades psíquicas, sensitivas ou a sensibilidade e sentimentos que somos
capazes de expressar e aprimorar, o ser humano consegue ainda pensar e criar
através da lógica. Não que não tenhamos animais inteligentes ou capazes de
demonstrar empatia, mas o ser humano é, de longe, o que possui as mais
desenvolvidas capacidades para se destacar em meio aos outros seres vivos,
com a qual convive no planeta. Como se não bastasse, possuímos nossos
impulsos instintivos e animalescos de sobrevivência e ainda uma necessidade
interna da busca pelo desenvolvimento espiritual, basta vermos a diversidade
de “religiões” que foram criadas com este fim. É muito triste ver como tantos
seres humanos são incapazes de canalizar todo este potencial de forma
construtiva, e como matamos uns aos outros pelo poder. Se não somos
capazes nem de manter a harmonia e equilíbrio entre nossa própria espécie,
que dirá cuidar do nosso planeta, que é nossa casa e uma extensão de nós
mesmos. O ser humano é realmente muito complexo. Com infinitas
possibilidades antagonicamente atreladas a uma total falta de maturidade,
como crianças superdotadas rodeadas de brinquedinhos perigosos, somos um
verdadeiro câncer dentro do próprio lar. Mas nem todos são assim, felizmente.
E esta runa trará a essência das relações e do que se pode fazer de positivo
com elas. Ela nos lembra que ninguém vive sozinho e que cada pessoa é
importante para o bom funcionamento do todo, como células de um grande
sistema. Porque a nossa vida é feita de relações. Estamos, a todo momento,
interagindo e se relacionando com alguém ou alguma coisa. E cada um tem
uma imensa responsabilidade ao desenvolver sua função na sociedade, seja de
forma pública ou privada. Portanto, não importa se você é um diretor
executivo de uma grande empresa ou uma dona de casa, um político
importante ou o cara que recolhe o lixo. Todos somos igualmente importantes
e como você se relaciona com as pessoas, ou usa todos as qualidades humanas
durante a sua vida, irá definir de que forma você impacta no mundo e no
equilíbrio de um gigantesco ecossistema.
A energia que vibra: humanidade, cooperação, trabalho em equipe, integração.
As faculdades humanas: pensar, sentir, se conectar, criar, destruir, se
relacionar, se aperfeiçoar, buscar a evolução espiritual. As interações sociais.
Potencial mágico.
Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: um social envolvido, como amigos em comum, por exemplo. Conhecer


uma pessoa em um local onde há várias outras ou através de outras pessoas
(festas, reuniões profissionais, etc). Pessoas próximas de uma das partes que
interfere direta ou indiretamente em uma relação. Quando representa a
relação em si, indica planos em concordância ou mesmo pessoas que pensam
parecido; que possuem ideais próximos ou objetivos em comum, o que
favorece o aprofundamento de uma relação (ou mesmo manter a harmonia e
equilíbrio na mesma).

Trabalho: trabalho em equipe, grupos de pessoas que trabalham juntas. Algum


tipo de função ou tarefa que não se pode executar sozinho. Muitas vezes
aparece para indicar um favorecimento (ou não) para os objetivos do
consulente, proveniente de outras pessoas envolvidas, seja em um trabalho já
existente ou não como nas entrevistas, por exemplo (ser avaliado ou aceito
para alguma coisa).

Finanças: pode representar um ganho financeiro que vem através de alguém,


ou mesmo a necessidade de ser estratégico e inteligente para lidar com as
finanças. Ajuda financeira de outras pessoas ou acordos e associações que
favoreçam os ganhos financeiros.

Profissões Associadas: relações públicas, medicina, trabalhos investigativos,


habilidade literária, comércio e negociações, inventor, cargo público,
conselheiro tutelar, assistente social, psicólogo, esoterismo.

Desafio: associar-se, não se isolar, não ser uma ilha. Aprender a ver as
diferenças e respeitar o outro, mesmo que não compartilhe das mesmas ideias.
Confraternizar e cooperar mesmo quando não se quer.

Sentimento: integração, fazer parte de um todo, conexão com as pessoas.

Orientação/Conselho: seja fiel a quem você é, mas aceite quem são as outras
pessoas também. Faça associações, interaja, não fique só, seja inteligente,
estratégico e sociável. Busque a diplomacia. Não desconfie, dê uma chance a
alguém.
Personalidade: Pessoa humanitária, bondosa e honesta, gosta de viver em
comunidade, está sempre pronta para ajudar e no amor é decidida e exigente
com a pessoa amada. Profissionalmente, sabe trabalhar em equipe e unir
pessoas.

Saúde: Problemas de ordem espiritual. Físico nada muito grave. Para os


homens, isolamento, internamento. Doença entre os parentes do sexo
masculino.

Inverso (opcional): sabotagem, um ambiente hostil. Pessoas envolvidas que


estão vendo apenas o próprio lado e podem acabar prejudicando, com más
intenções ou como um efeito colateral. Não se associar, desconfiar, se antever
aos fatos, analisar as pessoas, não se abrir totalmente. Não se associe,
questione parcerias, anteveja os passos das pessoas, seja discreto e se possível
afaste-se delas. Algumas vezes, esta runa pode representar a própria pessoa
que tem dificuldade em se relacionar com os outros e ser sociável. Ou ainda,
pessoas que tenham dificuldades em utilizar suas faculdades (intelectuais,
sensoriais, etc) de forma benéfica, seja por algum tipo de problema ou
disfunção, ou por falta de caráter.

Uso mágico: A runa mannaz representa humanidade e sempre fará referência à


habilidades e hábitos humanos. Por esta razão, esta runa propicia bom convívio
em sociedade, tornando-nos mais sociáveis quando necessário. Amplia as
habilidades humanas tanto no sentido de intelecto (parte lógica) quanto de
sensibilidade/intuição (parte subjetiva). Favorece trabalho ou qualquer
atividade em grupo tornando-nos mais sociáveis, ou mesmo, tornando um
ambiente menos hostil e mais harmonioso/humanizado. Intensifica as
habilidades mentais e atrai ajuda externa (através de outras pessoas). Da
mesma forma, tem o poder de tornar um ambiente hostil mais agradável,
favorecendo atividades em grupo.

Sob o mesmo ponto de vista, ela ajuda ainda a amplia habilidades humanas,
como o raciocínio lógico, a sensibilidade, empatia e, até mesmo, nosso
desempenho em práticas mágicas.
Autoconhecimento: Como você lida com as pessoas quando elas não
compartilham dos mesmos interesses e valores que você? Pense nas pessoas
com quem você mais anda e responda a si mesmo: elas são positivas para a sua
vida ou agregam algo para quem você deseja ser? Você possui um ideal ou
propósito que poderia ajudar a melhorar o mundo de forma coletiva?

Palavras-Chave: Intelecto, pensamento, humanidade, solidariedade,


racionalidade, individualidade, masculinidade. Ajuda ou assistência (por
amizade ou obrigação profissional) ou mesmo os próprios recursos internos
(autoajuda). Usar a criatividade e até mesmo o potencial mágico; preocupações
sociais. Reforça o poder de todos os atos realizados por um ser humano,
harmonia, grupos, trabalho em equipe, o social.

Nome: Laguz
Letra: L
Significado: lago, água

Dar passagem a alguma coisa. Pela mitologia a água era vista como um portal
para outro plano, uma ideia comum entre celtas e germânicos. E diversas são
as evidências de cultos envolvendo oferendas em fontes, lagos, rios, poços,
pântanos, nascentes. Era comum o pensamento de que a água era um terreno
misterioso, assombrada por algum tipo de espírito, mas ainda uma das
necessidades básicas para a vida, que traz a fertilidades da terra por onde flui.
Daí a razão dos cultos, que mais tarde deu origem à ideia do “poço/fonte dos
desejos”. Se pensarmos nas características deste elemento tão poderoso,
percebemos que embora a água seja altamente flexível e adaptativa, já que se
adequa a recipientes, ela também é capaz de causar grandes transformações.
Deste modo, os estragos causados por um maremoto, por exemplo, ou mesmo
a forma como a água é capaz de moldar grandes rochas através do atrito
constante, nos ensina que a transformação rápida e bruta do fogo nem sempre
é a melhor opção. E a água, embora muitas vezes demonstre uma aparente
passividade, pode esconder uma força altamente poderosa de mudar alguma
coisa e reflete ainda as flutuações do nosso subconsciente que desencadeiam
atitudes incompreendidas, quando analisadas de forma racional. Laguz
representa o equilíbrio entre seguir o fluxo ou sua intuição, para fazer valer sua
própria vontade. Ela fala dos momentos onde precisamos "dar passagem”,
adaptar-se ou aceitar certas coisas, mas sem tornar-nos excessivamente
passivos. Ela evoca o poder de provocar mudanças, mesmo que a "ação" não
seja perceptível aos olhos dos outros. Devido à relação do elemento água às
emoções e sentimentos, traz uma energia mais feminina do que masculina, já
que as mulheres costumam (seja por sua própria natureza ou por ser uma
característica que faz parte do inconsciente coletivo), serem mais sensíveis e
ter menos resistência a mostrar sentimentos do que os homens. Por esta
razão, muitas vezes esta runa aparece em uma jogada representando uma
mulher (ou alguém com uma forte energia feminina) de forma literal. Associa-
se ainda à lua, pois sabemos como suas mudanças de fase são capazes de
interferir nas marés, inclusive nossas flutuações internas, pois somos feitos em
média por 70% de água.
A energia que vibra: um momento de fluidez, questões fluindo naturalmente,
ou dar passagem a algo ou alguém. Facilidade em aprender e ensinar (estar
aberto ao recebimento e repasse de informações). Algumas vezes representa
assuntos emocionais ou psíquicos em curso ou um momento que exige
limpeza, clareza, flexibilidade ou adaptação. Personifica nosso subconsciente.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: envolvimento emocional (de uma ou ambas as partes), ou profundidade


de sentimentos. Pode representar uma mulher (ou alguém com forte energia
feminina) ou mesmo uma relação em si, que passa por um momento de fluidez
e clareza. Por vezes indica adaptação ou flexibilidade em relação aos desejos da
outra pessoa (saber ceder) e, por sua associação com sensibilidade, intuição,
dons psíquicos e magnetismo, laguz pode representar uma pessoa que exerce
forte influência sobre outra, sem deixar claro suas reais intenções.

Trabalho: fluidez nos acontecimentos e relações interpessoais. Muitas vezes


aponta uma pessoa que ocupa uma posição um pouco mais passiva, mas que
possibilita dar passagem a alguma coisa ou questão, favorecendo conclusões
favoráveis. Ou ainda, aponta um momento onde é necessário adaptar-se a uma
nova situação (novo emprego, cargo, carreira, tarefa), deixar fluir e agir de
acordo com os acontecimentos. Inclinação a deixa os sentimentos e emoções
interferirem no âmbito profissional.
Finanças: remar conforme a maré, sem exageros nos gastos ou investimentos.
Ter uma visão clara sobre a situação financeira, identificando adequadamente
o que é viável e o que não é. Por vezes indica uma pessoa que gasta suas
reservas como uma forma de compensação emocional.

Profissões Associadas: todas ligadas a arte, assuntos psíquicos, desenho,


música, ficção, imaginação, ator, ensino e orientação.

Desafio: dar passagem a algo ou alguma coisa, seguir a intuição, deixar fluir.
Aprender a lidar com sentimentos e emoções. Ser flexível e adaptativo sem se
tornar passivo e submisso.

Sentimento: todas as emoções imediatas que desencadeiam diversos tipos de


sentimentos. Sentir-se conectado a algo ou alguma coisa; sentir-se submerso.

Orientação/Conselho: ouça sua intuição e siga seu coração. Dê passagem, não


se feche, não seja resistente. Menos razão e mais emoção. Procure entender-
se melhor, acessando as áreas sombrias do inconsciente.

Personalidade: Pessoa intuitiva, introspectiva, sensível, amável, com grande


imaginação e criatividade, tem capacidade de guardar segredo, gosta de
ensinar e no amor deixa as coisas acontecerem. Facilidade em resgatar
material oculto no subconsciente.

Saúde: Cuidado com exageros. Fundo nervoso. Doença mental. Somatização.


Imaginação.

Inverso (opcional): se a água por si só fala de um momento de purificação e


limpeza, em um contexto negativo temos o oposto de todas estas qualidades.
Neste sentido, laguz evoca o perigo das ilusões, da falta de limpidez mediante
fatos e acontecimentos e aponta uma mente confusa ou uma situação que não
é bem o que parece. Intuição falha, dificuldade em lidar com diversas
situações, não ter clareza sobre o que se quer ou sobre o que precisa fazer.
Estar perdido nas amarras e bloqueios do inconsciente, emersão de traumas.
Problemas emocionais ou vivência de eventos psíquicos negativos. Excesso de
passividade, onde a pessoa abre mão de seus desejos e necessidades
abdicando de sua individualidade por outra(s) pessoa(s), ou por falta de
segurança em si mesma. Dependendo do contexto, pode indicar justamente o
oposto: uma certa intransigência em aceitar ou se adaptar a certas coisas, não
dando passagem, não se envolvendo, não dando abertura, justamente quando
deveria fazer o contrário.

Uso mágico: Esta runa representa o elemento água e, como este elemento, é
utilizada na magia para purificação e limpeza. Da mesma maneira, é utilizada
para ampliar nossa intuição e sensibilidade, equilibrar emoções, facilitar o
acesso ao subconsciente e ampliar nosso magnetismo pessoal, além de regular
a mediunidade. Serve para “dar passagem a alguma coisa" funcionando como
um portal (em termos energéticos) ou para trazer fluidez aos acontecimentos.

Autoconhecimento: Faça um relaxamento e visualize-se boiando em uma


piscina, sentindo a leveza da água e a sensação que ela provoca em sua pele.
Como você se sente? Como suas emoções interferem na sua vida hoje? O que
significa o conceito de feminino para você?

Palavras-Chave: Passagem, água, limpeza, ilusão, perigo, fluidez, mistificação,


algo oculto, subconsciente, dar passagem a algo, intuição ou faculdade
sensitiva, criatividade, imaginação, introspeção, compreensão interior,
emoções, pode simbolizar uma figura feminina, portal.

Nome: Ingwaz
Letra: Ng
Significado: o herói Yngvi, o deus Freyr

Aqui existem duas figuras que se misturam e transitam entre si: um herói
ancestral da família real sueca e fundador da dinastia Yngling e o deus vane da
fertilidade, Freyr. É muito comum algumas linhas de pesquisa defenderem que
num passado longinquo as divindades na verdade poderiam ter sido pessoais
reais, que se destacaram ou ocuparam algum papel importante em suas
civilizações. Desta forma, muitos estudos indicam que a palavra Freyr seria
mais um título do que um nome, significando senhor. Yngvi-Freyr (ou Ingvi-
Freyr), portanto, significaria senhor Yngvi, bem como Freyja significaria
senhora. Ingwaz então é uma runa que fala de fertilidade, pois evoca todos os
aspectos de Freyr (e dos deuses vane em geral) e representa uma semente.
Esta runa então se associa com a fertilidade e gestação, como berkano, porém
de um ponto de vista mais masculino, estando mais voltada à fertilidade dos
homens. Representa um momento de preparação para algo, onde há o fim de
um ciclo para que um novo se inicie, ou o mesmo o núcleo fecundo para
alguma coisa. Remete ao bem estar, paz, harmonia, beleza e por vezes aos
prazeres, aspectos relacionados aos deuses vanir. É uma influência bastante
positiva e possui o poder de conter energias para serem canalizadas
posteriormente, bastante usada na magia rúnica para este fim.
A energia que vibra: fim de clico (e início de um novo). Um núcleo
positivo/fértil para o desenvolvimento de algo. Planos e ideias férteis,
momento de transformação ou superação.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: uma relação ou paquera com grandes possibilidades de se desenvolver e


aprofundar. Momento fecundo em uma relação e se estiver associada berkano
é um forte indicativo de gravidez. Virilidade e fertilidade masculina. Fim de um
ciclo no amor que pode ser positivo, trazendo uma situação nova e cheia de
expectativas, ou negativo, exigindo superação.

Trabalho: preparação para uma nova direção. Dependendo do contexto ou


outras runas associadas, pode indicar o rompimento com um trabalho atual ou
profissão. No dia a dia, representa o fim de um ciclo ou tarefa, ou mesmo a
superação de uma dificuldade para iniciar uma situação nova mais positiva.

Finanças: momento fecundo, onde investimentos e planos na área financeira


têm grandes chances de prosperar e expandir. Oportunidade de maiores
ganhos financeiros.

Profissões Associadas: moda, arte, importação e exportação, línguas,


decoração, estética, terapeuta.

Desafio: superar-se ou superar uma situação. Compreender os términos e fins


necessários em um momento ou ciclo. Transformar uma situação ou lidar com
uma transição. Tomar posse dos próprios poder e qualidades, condensando-os
para serem direcionados para alguma coisa.

Sentimento: superação, excitação, alívio.

Orientação/Conselho: recupere-se; levante a cabeça. Aceite os términos e junte


forças. Acredite que tempos melhores estão a caminho e aposte no novo.
Personalidade: Pessoa discreta, com sensualidade transparente, trabalhadora,
dinâmica, sempre termina o que começa, e não tem medo de recomeçar.
Consegue conservar as ideias e planejar adequadamente antes de começar a
executar. No amor não suporta dúvidas, gosta das coisas definidas.

Saúde: Dependências (calmantes). Pulmão. Aparelho respiratório. Angina.


Esterilidade. Ansiedades. Está tomando remédios. Capacidade de recuperação.
Convalescença. Final de um ciclo na saúde.

Inverso (opcional): embora seja uma runa, de forma geral, bastante positiva,
seu lado negativo corresponde aos términos que trazem sofrimento. Isto acaba
sendo bastante acentuado quando estiver relacionada à othila, por esta ser
uma runa que orienta ao desapego. Algumas vezes, se forem perguntas
específicas sobre este assunto, pode indicar problemas de fertilidade para
homens, ou mesmo outros problemas de natureza sexual. Pode apontar ainda
a incapacidade em de concentrar ou colocar energias em uma ideia ou projeto,
ou uma energia muito “para dentro”, que não se expande, dificultando a
materialização no plano concreto.

Uso mágico: De forma similar à runa berkano, ingwaz é uma runa de fertilidade
em todos os sentidos e atua na saúde e fertilidade masculina. Além do mais, é
uma verdadeira propiciadora da fecundidade para todos os tipos de questões
(projetos, ideias, relacionamentos, etc). Concentra e centraliza energias a
serem ativadas/liberadas posteriormente, afasta a dispersão (ajudando a
centrar os pensamentos) e auxilia a conclusão de uma fase/ciclo.

Autoconhecimento: Se você tivesse um vaso mágico capaz de fazer crescer


qualquer coisa, o que você plantaria? Você acredita ter facilidade em alcançar
seus objetivos, ou existem obstáculos que se repetem e sempre impedem
você? O que significa o conceito de masculino para você?

Palavras-Chave: Gestação, processo de semear, aguardar, ganhar força para


algo, preparação, fechamento, término de um ciclo, conclusão, acabamento de
um plano, projeto ou empreendimento, estado mental livre de aborrecimentos
ou ansiedades, fertilidade, recomeço / transformação. Boas novas, paixão,
desejo.
Nome: Dagaz
Letra: D
Significado: o dia, amanhecer

Uma virada ou mudança completa. E os tipos de alteração indicadas por esta


runas, em um primeiro momento, não são mudanças rápidas, mas graduais,
bem como são todos os ciclos naturais (fases da lua, ciclo das estações,
anoitecer ou amanhecer). Por esta razão, muitas vezes aponta uma mudança
que já vinha se desenvolvendo há algum tempo, embora não fosse perceptível
por sua influência sutil. Esta runa então, fala de um momento de transição.
Enquanto ingwaz representa o término em si, ou o momento onde um término
já ocorreu e as energias se renovando para um início, dagaz pode indicar as
expectativas mediante algo novo, ou os momentos onde algo está se alterando
(iniciando, terminando). Muitas vezes, pode indicar uma nova forma de pensar
em relação a algo trazendo expectativa, a sensação de ver a luz no fim do
túnel. A luz do sol que começa a preencher o horizonte no amanhecer, após
horas de intensa escuridão. É uma runa solar que aponta uma virada de 180º,
onde os próximos acontecimentos que se apresentam trazem uma situação
completamente diferente ou oposta ao momento atual.
A energia que vibra: o amanhecer, ou seja, uma virada completa onde a luz
substitui a escuridão. Ver a luz no fim do túnel, uma nova perspectiva,
mudança mental e/ou de atitude. Positivismo, esperança, surge uma luz
mediante acontecimentos sombrios ou nebulosos. Favorece conquistas e
mudanças, geralmente positivas. Concretização de um sonho, um final feliz,
uma reviravolta a favor.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: a excitação por uma nova paquera, ou a sensação agradável de perceber


alguém interessado. Para um relacionamento existente, traz a promessa de um
novo momento em um relacionamento, gerando expectativas. Em um contexto
muito negativo mostra que, apesar das dificuldades, términos ou
aborrecimentos, nem tudo estará perdido e será possível enxergar algo bom na
situação.

Trabalho: a esperança de algum tipo de sucesso ou conquista. Aponta


situações que ainda não estão completamente definidas, mas existem grandes
chances de finalizarem da forma que se deseja. Ver as coisas a favor, sejam
pessoas, aspectos externos que influenciam, ausência de hostilidade, ou um
pequeno sucesso que pode crescer e virar algo muito maior. Ter claridade e
entender a verdade dos fatos.

Finanças: uma virada na parte financeira. Entrada de dinheiro após um período


de escassez, uma nova fonte de renda que surge; uma forma diferente de
gerenciar entradas e saídas que irão favorecer o equilibro e a estabilidade.

Profissões Associadas: motorista, transportador, viajante, guia, turismo,


carreto, profissões que tenham que mudar todo dia ou profissões que causem
mudanças nas mentes e na vida das pessoas, como um consultor ou
orientador.

Desafio: ser otimista e positivo, enxergar as coisas como elas são sem distorcer
a realidade, ser transparente (sem máscaras), mudar a forma de pensar sobre
algo.

Sentimento: ânimo, esperança, lucidez, excitação, expectativa, sorte.

Orientação/Conselho: não dar tanta importância às coisas ruins, ser positivo e


ter fé em si e no futuro. Mudar de ideia, tentar outra coisa. Acreditar e mudar a
forma de pensar, limpando aquilo o que nos cega e buscando clareza e
compreensão ajustada.

Personalidade: Tem a habilidade de enxergar a luz no fim de túnel em diversas


situações. Capaz de mudar sua própria forma de pensar e ajudar outras
pessoas a fazerem o mesmo. Instável no humor, mas geralmente otimista,
procura o melhor caminho para alcançar os objetivos, não sofre no
relacionamento, pois acredita que um novo amor cura a dor de uma antiga
paixão.

Saúde: Pressão. Boa recuperação. Excelente. Melhorou o estado de saúde após


uma doença prolongada. Muito tempo com o mesmo problema de saúde e
mudança para pior (quando acompanhada por uma runa ruim).

Inverso (opcional): esta, depois de sowilo, é a segunda runa mais positiva de


todo o futhark. Uma das influências mais positivas que pode sair numa leitura e
que geralmente aponta algum tipo de vitória, mesmo que parcial. Mas,
devemos lembrar que todas as runas possuem polaridades e quando dagaz se
encontra em uma casa que representa os pontos negativos ou obstáculos, ou
uma orientação, talvez indique a dificuldade da pessoa em mudar sua forma de
pensar, apesar de tantos acontecimentos que exigem uma nova atitude. Em
outros casos, pode representar uma pessoa assumindo uma postura otimista
demais, sem levar em conta todos os sinais de que ela está no caminho errado.
Ou ainda, uma mudança na forma de pensar que não será positiva,
desencadeando atitudes e acontecimentos opostos ao que se espera.

Uso mágico: Se dagaz representa a noite virando dia ela favorece uma
mudança completa, uma virada de 180º. Canaliza o fechamento de ciclos para
o início de um novo e a superação de dificuldades, para uma nova situação
completamente oposta. Promove o positivismo nos trazendo um novo olhar
para algo, expulsando pensamentos negativos e autodestrutivos. Pode ser
usada ainda facilitar o início de novas atividades, ou mesmo para canalizar a
adoção de uma nova filosofia ou diferente forma de pensar, que se faça
necessário no momento.

Autoconhecimento: Se você tivesse um espelho que refletisse uma


personalidade completamente oposta à sua, o que você veria nesta pessoa que
você gostaria de ter em você? O que esta pessoa que você vê no espelho tem
de mais feio, que você reconhece não ser nada parecido com você? Você é
capaz de sempre ser otimista, mesmo nos momentos mais difíceis?

Palavras-Chave: Esperança, mudança, aprofundamento, amanhecer,


concretização de sonhos, final feliz, sorte, clareza, crescimento de algo
(começar a ver retorno), progresso lento (podem ser mudanças sutis), evolução
com mais de um sucesso súbito, mudança de atitude, visualizar novas
perspectivas, ser exposto a algo diferente (como uma nova filosofia por
exemplo), luz, iluminação intelectual, reviravolta a favor, final feliz.

Nome: Othala
Letra: O
Significado: herança, propriedade

Esta runa remete à ideia de herança e propriedade e assim podemos ver uma
ligação clara entre quem somos e quem foram nossos antepassados. E para os
antigos pagãos germânicos, manter as "boas relações” e honrar os ancestrais
era mais do que natural e necessário. Isto porque, eles acreditavam na
família/clã como algo uno, uma energia em conjunto, onde cada um de nós faz
parte de um todo. Sendo assim, eles praticamente desconheciam a ideia de
"indivíduo" e até mesmo nossa alma para eles era compartilhada, tendo uma
de suas partes herdada de nossos ancestrais. Porque sim, para eles, nossa
“alma” era dividida em várias partes, ou camadas, um conceito bastante
semelhante à ideia holística do ser humano sendo formado por vários
“corpos”. E neste sentido, eles acreditavam que todos nós possuímos um
espírito tutelar familiar transmitido de geração em geração que compõem uma
desta “partes” da alma e que as experiências de nossos antepassados ficariam
conosco perpetuando-se como a herança familiar que recebemos, podendo ser
boa ou ruim. E honrar nossos ancestrais, perdoando as falhas e enaltecendo as
coisas boas que fizeram, seria uma forma de perpetuar o legado deixado por
eles. Da mesma maneira, nós mesmos deixaremos nosso legado para as
próximas gerações e esta runa fala justamente deste trânsito de experiências e
representa herança em todos os sentidos, espiritual, genética, cultural e até
mesmo material. Por isto também sua ligação com as propriedades, algo
deixado a seus descendentes que confere também a esta runa um aspecto de
materialidade. Em suma, tudo nesta runa está relacionado ao intercâmbio de
gerações, às interações entre diferentes gerações e aquilo o que é
"construído”, “transmitido" e "recebido”.
A energia que vibra: uma propriedade ou posse (casa, terreno, bens imóveis),
estrutura (material) ou investimentos a longo prazo. Heranças de todos os
tipos. O contato e interação com parentes e pessoas mais velhas. Tradições.
Aspectos e ideias conservadores. Valores. Apego x desapego.

Algumas Interpretações na Arte Oracular:

Amor: aqui há um paradoxo. Esta runa, em todos os tipos de relacionamentos,


(não apenas amorosos), aponta para duas opções contrárias: investir a longo
prazo (estruturação) ou o desapego de uma relação estagnada (ou uma atitude
ultrapassada). É preciso muita cautela para avaliar em que sentido a runa está
se mostrando, levando em conta o tipo de pergunta feita, técnica escolhida e
claro, a sua intuição. De forma mais objetiva, pode ainda retratar alguma
preocupação relacionada à casa ou imóvel (atrelada a uma relação) ou a
interferência de pessoas mais velhas.

Trabalho: esta runa pode indicar o local de trabalho de forma literal (o prédio,
a sala, escritório) ou a instituição na qual se trabalha (escola, hospital, etc).
Pode ainda refletir uma posição estável em termos profissionais ou a
necessidade de investir a longo prazo para adquirir tal estabilidade (ganhos que
virão ao longo do tempo e não se pode usufruir de imediato). Indica ainda um
momento onde se está à disposição das regras e decisões de uma corporação
ou instituição (aguardar resultado em concurso público, estar à mercê do
planejamento de uma empresa, interferências de novas leis etc).

Finanças: herança em dinheiro ou em forma de propriedade. Ativos


relacionados à imóveis ou outros que ampliam o patrimônio de uma pessoa ao
longo do tempo, não trazendo um retorno imediato. Algum valor que não se
pode usufruir no momento.

Profissões Associadas: esoterismo, didática, ocultismo, oratória, jardinagem,


construções, trabalhos de reparos ou restauração, serviços públicos, governo,
instituições religiosas, cuidado com os mais velhos.

Desafio: desapego, mudança de valores, saber investir a longo prazo (sem


imediatismo), saber incorporar para a vida as heranças positivas que nos foram
deixadas, sem sermos retrógrados.

Sentimento: necessidade de libertação, de desapegar do que é ortodoxo, ou


mesmo, forte ligação com o que é antigo (podendo ser boa ou ruim).

Orientação/Conselho: não se prenda aquilo o que aprendeu se não fizer mais


sentido para você. Abandone julgamentos e preconceitos. Desapegue do que
não está funcionando. Tenha ideias próprias. Saiba respeitar os mais velhos e
ancestrais, sem fazer com que eles limitem suas escolhas. Mantenha apenas o
que for bom. Tenha cuidado e atenção com propriedades, imóveis e
investimentos. Absorva os ensinamentos dos mais velhos e seja atencioso com
eles. Não tenha medo de julgamentos.

Personalidade: Pessoa com alma idosa, caseira, apegada à família e ao lar,


cuida da saúde, no amor é dedicada, leal e honesta, sofre com a separação.
Normalmente apresenta muita sabedoria, mas pode se tornar materialista.
Saúde: Problemas genéticos. Hormonais. Problemas hereditários. Acidentes
graves. Notícias de pessoa idosa doente.

Inverso (opcional): esta runa traz um forte sentido de desapego,


principalmente quando se posiciona de forma negativa. Neste sentido, há
dificuldade em dar uma chance ao que é novo. Sendo assim, pode indicar a
falta de flexibilidade em pensar de forma diferente e aceitar pessoas diferentes
daquilo o que se aprender ser o “certo”. O que acaba trazendo discórdia e até
mesmo efeitos negativos em todos os aspectos, tornando a pessoa teimosa e
intransigente. Por outro lado, pode indicar dificuldade em expressas ideias
novas com medo da repressão dos mais velhos. Esta runa sai bastante quando
há necessidade de algum tipo de desapego, como por exemplo, abandonar
uma relação ou projeto que não está dando certo. Ela fala da necessidade de
não acumular as coisas dando espaço para o novo, desde esvaziar uma gaveta
e se livrar de objetos não mais usados, a largar uma pessoa, emprego ou local
que não agrega mais nada. Em um contexto muito negativo, aponta um
desapego forçado ou com dor, devido à relação desta runa com a morte do que
é velho, inclusive de pessoas. Pode ainda apontar preocupação ou dificuldades
de entendimento com pessoas mais velhas ou doenças hereditárias. E, por fim,
uma personalidade/atitude desnecessariamente materialista ou forte
preocupação com a estrutura (familiar e/ou financeira), ou com bens/imóveis
de forma literal.

Uso mágico: enquanto fehu, a primeira runa representa “poder móvel”, a


última runa representa um “poder imóvel”, estando ainda, da mesma forma
que a primeira, relacionada a ideia de materialidade. Sendo assim, esta runa é
escolhida para a magia quando há assuntos relacionados às propriedades e é
também uma forte protetora do lar. Ela favorece questões materiais referentes
a algo duradouro ou investimentos a longo prazo e por trazer em sua essência
a ideia de herança, auxilia a canalizar a conexão com nossos ancestrais. Como
fehu é uma runa de prosperidade, que atrai estabilidade e fortuna e o alcance
de objetivos.

Autoconhecimento: Pensando em tudo o que você aprendeu através da sua


família, o que significaria herança (não material) para você? Pensando na
influência externa que você recebeu da infância à fase adulta, até onde o que
você faz no dia a dia realmente condiz com suas características individuais?
Você possui autenticidade? Existe algo na sua vida que necessita de um
desapego e você está relutando quanto a isto?

Palavras-Chave: herança, propriedade, linhagem, família, fraternidade, dons,


separação, ruptura, tradição, bens imóveis (posse ou a casa da família),
testamento ou legado herdado, traços psicológicos ou físicos herdados, idade,
sabedoria, pessoas mais velhas, ruptura para que haja melhorias.

Se olharmos a história humana, desde os primórdios manifestamos


necessidade e interesse de tentar antever o que está por vir, através da
conexão com diferentes divindades. Pois no início, não entendíamos como
muitas coisas funcionavam, os fenômenos naturais eram vistos por nós como
algo sagrado e atribuíamos a cada um deles uma divindade.

Sendo assim, muitas formas de conexão com o divino foram se desenvolvendo,


como as várias formas de magia, diferentes cultos e, dentre elas, a prática da
adivinhação.

Neste processo, buscava-se auxílio para tomar decisões, como por exemplo,
antes de uma guerra, tentando prever as probabilidades de vitória. E isto
acontecia em diferentes civilizações antigas como os gregos, sumérios,
egípcios, celtas e por aí vai.

“A própria palavra “adivinhação” (divinari em latim) seria relativo a divinus,


também em latim, que significa algo como “divino”.

Adivinhar então, seria o mesmo que “exercer a divindade”.

Sendo assim, entendemos então que estas práticas possibilitam, através da


conexão com o “divino”, receber mensagens e antever situações. E podem
ainda trazer a conhecimento aspectos armazenados no subconsciente, já que
torna possível enxergar ou “ler” na luz astral o que está oculto.
E com base nisto, existe uma infinidade de meios que se desenvolveram com o
propósito da divinação, desde os métodos mais “primitivos” utilizados pelas
culturas antigas, até as mais rebuscadas cartas que são desenhadas até hoje,
por talentosos artistas.

“Oráculo” do latim oraculum, por sua vez, significa algo como “anúncio divino”,
ou mesmo um “lugar onde as respostas oraculares são dadas” e deriva de oro
que significa “pleitear” ou “rezar”.

A palavra oráculo então, foi utilizada para identificar os lugares onde consultas
ou profecias eram feitas, a palavra divina que era recebida ou mesmo a pessoa
intermediária.

Nos dias de hoje, entretanto, é mais comum ouvirmos falar em oráculo, como
forma de identificar as ferramentas utilizadas para tal (tarot, runas, borra de
café, leitura de mão, interpretação de sonhos, búzios). As pessoas que exercem
esta função, então, acabam sendo conhecidas como oraculistas.

Sincronicidade:
Comecemos pela sincronicidade. Sugerido pelo psiquiatra suíço Carl Gustav
Jung, este conceito defende que duas dimensões, uma física e uma não física,
possuem sincronia, pois tudo no universo estaria interligado por um tipo de
vibração.

Em outras palavras, existe uma sincronicidade entre eventos psíquicos e físicos


que se revelam como coincidências; como os sonhos premonitórios por
exemplo. Porque eventos físicos geram imagens psíquicas que, por sua vez,
podem ser “captadas” por nossa psique.

Desta maneira, Jung apresenta esta capacidade de captação como uma


habilidade inerente a todos nós, e não como algo sobrenatural. E segundo ele,
o nosso inconsciente é capaz de refletir o cosmos ou espaço universal,
composto de matéria e energia e ordenado segundo suas próprias leis.

Arquétipos e o Inconsciente Coletivo:


Ainda analisando os estudos do Jung, nos deparamos com estes dois conceitos
fenomenais que enquadram os oráculos como uma incrível ferramenta
terapêutica. Segundo Jung, que aprofundou seus estudos na simbologia
aplicada ao tarot, cada aspecto ou significado de cada carta corresponde a um
arquétipo.

Mas para entendermos o arquétipo, precisamos primeiramente entender o


conceito do inconsciente coletivo. E o inconsciente coletivo é um conceito que
se aproxima muito da questão do instinto, representando certas ideias ou
concepções prévias que você traz no seu inconsciente por conta da sua própria
espécie. Em outras palavras, o inconsciente coletivo vem junto com a genética.

E os arquétipos em si, são como imagens ou representações de alguma ideia ou


conceito. Resumindo: para Jung, cada imagem/ideia/concepção que o tarot
apresenta através de cada simbologia, funciona como um arquétipo, que acaba
trazendo informações inseridas no inconsciente coletivo.

E isto se aplica a todos os oráculos, não apenas ao tarot, pois todos funcionam
da mesma forma.

Assim surge uma poderosa ferramenta terapêutica, capaz de trazer à tona


bloqueios mentais e problemas comportamentais. Além de orientar sobre a
melhor maneira de solucionar tais questões e impulsionar a mudança de
atitude e autoconhecimento.

Hoje, podemos dizer então que uma consulta oracular ajuda de forma
profunda, a nível terapêutico e de desenvolvimento humano. E é uma prática
que vai muito além de simplesmente tentar prever o futuro e um trabalho que
deve ser encarado com muita seriedade.
Conforme vimos no início do nosso estudo, diversas práticas novas utilizando-
se das runas se desenvolvendo com o passar do tempo e, diferentemente do
que a maioria das pessoas acredita, a arte oracular com as runas foi uma delas.
Isto porque, não há registro histórico de como era feita a interpretação das
runas pelos antigos-nórdico germânicos e, como aconteceu com diversas
outras práticas mágicas de época, durante a inquisição esse conhecimento
quase que se perdeu por completo, devido à proibição da igreja.

Mas, ainda assim, é quase que um consenso de que as runas eram sim
utilizadas como oráculo, se levarmos com conta suas funções mágicas. Além
disto, de forma geral, sabe-se que estes povos tinham as adivinhações e a
busca pelas profecias como práticas bastante presentes.

Em suma, podemos dizer que uma das funções das runas seria atuar como um
oráculo, mas, as formas como isto era feito no passado se perderam. Por conta
disto, o método que utilizamos hoje para tal pode ser considerada uma prática
moderna, apesar de se utilizar de símbolos antigos para tal.

1605 - Primeiras ideias apresentadas das runas como oráculo no libro Adalruna
Rediviva, que foi escrito por um hermetista rosacruz na tentativa de criar uma
espécie de Kabbalah germânica.

1908 - Guido Von List cria o sistema Armanen afirmando que as 18 runas deste
sistema representariam os 18 feitiços de Óðinn do Hávamál. Elas teriam sido
reveladas a ele através de visões divinas.

1982 - Ralph Blum usou seu conhecimento do "I Ching" chinês para criar seu
próprio tipo de adivinhação rúnica, sendo o “primeiro” a utilizar runas em
peças. Blum criou ainda o uso de uma runa "em branco".
Mas antes de vermos como aplicar os significados de cada runa dentro do
contexto oracular, veremos algumas informações relevantes sobre os métodos
de jogo existentes e variações que você deverá experimentar e selecionar para
realizar suas jogadas.

Existem hoje, basicamente, duas formas de se realizar a leitura de runas: ou


você utiliza “mandalas” (ou diagramas), com casas pré-estabelecidas, assim
como é feito em outros tipos de oráculos como o tarot, ou você poderá realizar
um “lance livre”, na qual as runas são literalmente “jogadas” de forma aleatória
(método muito similar aos búzios).

Mandala é uma palavra em sânscrito que significa círculo ou centro de


circunferência. É um diagrama geralmente circular e com formas geométricas
representando o universo; uma representação geométrica da relação homem x
cosmo.

E como não sabemos ao certo de que maneira as runas eram “jogadas” no


passado, entende-se que este método utilizando-se de “mandalas”, nada mais
é do que uma adaptação das técnicas de jogo do tarot, bem como o uso de
runas invertidas (conforme veremos a seguir). Já o lançamento livre, ou jogada
aleatória, é mais subjetiva e por não trazer tantos aspectos determinados
previamente, exige maior preparação e o alinhamento da intuição. Veja os prós
e os contras destes tipos de jogada a seguir:
Conforme mencionado, o jogo de runas, originalmente, não envolveria a leitura
de símbolos invertidos. Por este motivo, muitas pessoas não adotam esta
prática alegando que, como as runas são letras, não são passíveis de inversão,
pois não se pode ler uma letra de ponta cabeça; o que faz muito sentido.

No entanto, existe o conhecimento de que, ao se traçar runas com intuitos


mágicos ou criar “bindrunes” (junções rúnicas) de maneira errônea, você
poderá atrair um infortúnio. Esta “má sorte” atraída, não necessariamente
significaria o oposto da simbologia original daquela runa, mas na certa terá
uma conotação negativa ou indesejada. Em outras palavras, se um mestre de
runas as traçasse de maneira “errada” para um encantamento, ele atrairia esta
má sorte e o encantamento teria o efeito contrário, ou um resultado diferente
(negativo).

Além disto, devemos ver cada símbolo rúnico como a essência de uma
energia/vibração. Sendo assim, tal energia precisa estar em equilíbrio, do
contrário, ocorrem os problemas. Por exemplo: digamos que a runa ansuz (a)
apareça em uma jogada representando um obstáculo ou um ponto negativo da
questão. Se esta é uma runa de comunicação, entenderemos que há algo
errado neste sentido, podendo ser um desequilíbrio para mais ou para menos.
Porque se você não se expressa (desequilíbrio para menos), você deixa de falar
as coisas e não se comunica adequadamente e as pessoas não te
compreendem. O mesmo se dá quando falamos demais. Por vezes, ofendemos
as pessoas, perdemos a capacidade de ouvi-las e “julgar” um acontecimento
adequadamente de forma imparcial e ficamos totalmente fora de ritmo em
relação à dinâmica externa. Quando não falamos besteira, por nem sabermos
mais o que estamos dizendo.

Podemos dizer então que as runas possuem suas polaridades apresentando os


dois lados da moeda, podendo ser negativas ou positivas dependendo da
situação. E essa percepção na hora de interpretar o oráculo poderá ser feita
apenas observando-se a “casa” em que a runa sai (se você estiver utilizando
diagramas/mandalas) e o contexto geral do jogo, ou utilizar-se de runas
invertidas para tal, ficando a critério de escolha pessoal.

A runa em branco, como vimos, foi uma invenção do Blum e surge na década
de 80, não tendo nenhuma relação com os antigos alfabetos ou supostas
práticas originais. Mas, ainda assim, nos dias de hoje é muito comum
comprarmos jogos de runas e vir a tal runa em branco, porque muitas pessoas
a utilizam. Por conta disto, abordaremos aqui sua simbologia e caberá a você
decidir se a utilizará em suas leituras ou não.

Bem, começaremos primeiramente pelo nome. Esta runa recebe o nome de


wyrd, uma palavra em inglês antigo que significa destino (sinônimo de Urðr em
Nórdico Antigo) e, de acordo com o conhecimento atual, acaba recebendo uma
associação à ideia de “carma” ou “predestinação”. Contudo, este conceito não
possui a conotação de punição ou evolução. Neste sentido, representa o sutil
tecido de interação entre tudo o que existe: o wyrd de um objeto, por exemplo,
pode interagir com o wyrd de uma pessoa de maneira inesperada, pois
nenhuma ação, palavra ou pensamento está livre de repercussão no espaço. É
a lei da causa e efeito, na qual nem sempre percebemos sua manifestação de
imediato. E as pessoas que escolhem utilizar uma runa “em branco” durante a
leitura, atribuem a ela o conceito de wyrd e, por vezes, a chamam de Runa de
Oðin.

Eu, particularmente, tenho certa ressalva no que tange ao uso desta runa. Isto
porque, acredito que o uso da mesma traz uma tendência um pouco fatalista
para o jogo, quando na verdade o oráculo precisa nos auxiliar a tomar decisões
e a construirmos nosso próprio futuro.

Mas, ainda assim, segue os significados que esta runa geralmente recebe na
arte oracular, por quem a usa:

Nome: Wyrd
Letra: -
Forma: -
Significado: destino

Associações no Jogo: como uma representação do “destino”, geralmente


aponta situações da qual não temos como “fugir”, podendo ser boas ou ruins.

Predestinação: se aparecer em posição de destaque, principalmente no


resultado, é fatídico, indicando que se tal passo for dado, ou um determinado
acontecimento previsto no jogo ocorrer, a vida do consulente nunca mais será
a mesma.

Carma: mais do que uma “punição”, representa geralmente um “resgate”.


Segredo: frequentemente aparece em jogadas feitas com o intuito de tentar
especular a vida de outras pessoas. Neste sentido, a runa em branco apareceria
para indicar que certas coisas não podem ser reveladas; para o próprio bem do
consulente.

Saúde: doenças cármicas.


Iniciaremos pela preparação pessoal e do ambiente. É claro que para teste,
quando você estiver apenas praticando, ou mesmo para abrir o oráculo para si
mesma(o), você não precisa se preocupar tanto com isso. Mas, ao abrirmos o
oráculo para outras pessoas, estamos nos conectando à energia delas. Por isso,
manter a energia adequada (sua e do ambiente onde isso será feito) é
importante para sua própria proteção.

Se você fizer uma pesquisa rápida, verá que as formas de realizar esta
preparação irá variar de pessoa para pessoa. Além disto, por vezes, as ações
que as pessoas tomam podem estar relacionadas às suas crenças pessoais. O
ideal é que você escolha uma forma que faça sentido para você, ou que esteja
dentro daquilo o que você conhece e acredita. A seguir algumas sugestões.

Para manter sua energia alta e protegida (vibrando em uma frequência


positiva), antes, durante e depois da leitura:
* se possível tome um banho de ervas limpeza/energização antes da leitura;
* desmarque se estiver doente, triste ou sentindo sua energia baixa (porque
assim você estará vulnerável);
* faça alguma oração para contato com a espiritualidade e peça auxílio e
proteção;
* acenda uma vela branca para o anjo da guarda/mentor/guardião/guia em
algum local próximo de onde será realizada a consulta;
* use jóias/acessórios contendo pedras de proteção (como ônix e turmalina
negra) ou amuletos/talismãs;
* algumas pessoas gostam de lavar as mãos e o rosto antes da leitura para
purificar-se;
* se possível, evite consumir carne vermelha, álcool, fumo ou drogas no dia da
leitura, ou, pelo menos, durante a leitura.

Para a energia do ambiente:


* disponha estrategicamente vasos de plantas, fontes, cristais ou outro(s)
objeto(s) que possuam a função de limpar ou harmonizar o ambiente. Na
dúvida, procure feng shui;
* periodicamente, é importante realizar uma limpeza pesada como a
defumação, por exemplo;
* faça limpezas mais leves diariamente e entre um atendimento e outro,
através da fumaça de um incenso/queima de ervas, ou mesmo água de
limpeza (passar no piso com um pano e nas paredes com um borrifador);
* reiki, imposição de mãos, visualização, mentalização, oração (ou qualquer
outro meio rápido que você conheça para harmonizar a energia de um
ambiente);
* opcionalmente, utilize outros elementos que favoreçam o relaxamento e
preparem o ambiente para atividades espirituais como aromas e luzes
coloridas.

A fim de realizar uma leitura adequada, é recomendável que você realize o


seguinte procedimento:

* após recepcionar seu/sua consulente (em caso de leitura presencial) e antes


de iniciar a abertura das mandalas, faça mentalmente uma oração de sua
preferência;
* na sequência, volte sua consciência para a energia rúnica, para o que as
runas representam para você e como elas auxiliarão você e a outra pessoa
naquele momento;
* opcionalmente, você poderá realizar algum procedimento de sua
preferência como: segurar as runas nas mãos em concha e fazer um
movimento circular, “desenhar” gestualmente algum símbolo, etc;
* siga para suas interpretações e finalize agradecendo mentalmente ao plano
espiritual.

3 Runas → Para respostas curtas. Podem ser perguntas de sim ou não sendo
que: 3 runas positivas respondem como SIM, 3 runas negativas respondem
NÃO; duas positivas e uma negativas: SIM, porém com algum inconveniente ou
duas negativas e uma positiva NÃO, mas com
algum benefício. Se preferir, pode-se ainda lê-las
da seguinte forma:
PASSADO, PRESENTE e FUTURO ou
A SITUAÇÃO, O QUE FAZER (CONSELHO) e POSSÍVEL RESULTADO.
Nota: para clarear mais a leitura, usar mais duas runas transformando a jogada
em uma cruz sendo: no topo os prós/contras (haverá auxílio ou não?) e na base
alguma informação relevante que não possa ser alterada.

5 Runas – Tiragem em Cruz → Para assuntos de qualquer natureza:


1 - PRESENTE OU CAUSA
2 - OS CONTRAS OU CAUSA
3 - OS PRÓS
4 - FUTURO PRÓXIMO
5 - FUTURO DISTANTE

6 Runas – Martelo de Thor → Como quebrar um obstáculo ou resolver uma


situação:
1 - A SITUAÇÃO, O PRESENTE
2 - A ENERGIA QUE VIBRA SOBRE A SITUAÇÃO
3 - O CONSULENTE / COMO ESTÁ EM RELAÇÃO A
ISTO
4 e 5 - ANALISAR EM PAR / ORIENTAÇÃO – O QUE
FAZER
6 - O RESULTADO
7 Runas – Cabeça de Mimir → 3 meses no passado e 3 no futuro; para solicitar
um conselho em momentos de dificuldade:

1 e 2 - COMO A PESSOA ENCARA O ASSUNTO


3 e 4 - A REAL SITUAÇÃO OU FATORES
EXTERNOS QUE INFLUENCIAM O ASSUNTO
5 e 6 - O CONSELHO, QUE PODE VIR A
ALTERAR UM RESULTADO NEGATIVO
7 - O PROVÁVEL DESFECHO

7 Runas – Os Arranjo de Kennaz → Para comparar duas situações ou


possibilidades:

1 - A QUESTÃO, O PRESENTE
2, 3 e 4 - SITUAÇÃO 1
5, 6 e 7 - SITUAÇÃO 2
Realizar uma comparação analisando o melhor
resultado ou melhores condições.

10 Runas → Para analisar um relacionamento amoroso:

1 e 2 - A PESSOA QUE PERGUNTA


3 e 4 - O OUTRO - PARCEIRO / PARCEIRA
5 e 6 - O RELACIONAMENTO E A ENERGIA ATUAL SOBRE O
RELACIONAMENTO
7 e 8 - ORIENTAÇÃO – O QUE FAZER
9 e 10 - O RESULTADO
11 Runas – Os 4 Quadrantes → 6 meses no passado até 6 meses no futuro,
ótima jogada para avaliar relacionamentos ou acordos:

1, 2 e 10 - O CONSULENTE (a 1 tem mais


peso, ver primeiro e depois complementar
com 2 e 10)
6, 5 e 7 - PESSOAS E ASPECTOS
ENVOLVIDOS (a 6 tem maior peso)
3e4 - FUTURO PRÓXIMO
9e8 - O PROVÁVEL DESFECHO –
FUTURO DISTANTE
11 - O QUE A PESSOA TEM EM MENTE OU A ESSÊNCIA DA JOGADA

16 Runas – 8 de Heimdall → os próximos 9 Meses:

1 e 2 - HABILIDADES OU ASPECTOS DA PERSONALIDADE DO CONSULENTE


EM DESTAQUE NESTE MOMENTO
3 e 4 - ASPECTOS PSICOLÓGICOS
EM DESTAQUE NESTE MOMENTO
5 e 6 - CAUSA/PASSADO
(geralmente 6 meses antes)
15 e 16 - O PRESENTE, A RAIZ DO
PROBLEMA
7 e 8 - OPOSIÇÕES EXTERIORES/O
AMBIENTE
9 e 10 - HOSTILIDADE DAS PESSOAS
11 e 12 - FUTURO
13 e 14 - RESULTADO
(ver futuro e resultado em associação)
Estas são apenas algumas jogadas, existem muitas mais por aí que podem ser
encontradas tanto na internet quanto em livros. O ideal seria você testá-las e
encontrar aquelas com as quais melhor se identifica e possui mais facilidade,
descartando as demais.
Apesar de não existir de fato uma definição precisa de quais os métodos e em
que circunstâncias a arte oracular com as runas era feita, como vimos, existem
algumas referências que convencionou-se usar para o lançamento livre (jogada
aleatória), com o intuito de facilitar a interpretação. A seguir, veremos uma
sugestão de como este tipo de jogada pode ser feita, inclusive em relação ao
período que tal método cobriria. Mas, tenha em mente que você sempre
poderá determinar um período específico, conforme necessidade, antes de
realizar de fato a abertura, tanto para a leitura através de mandalas, quanto
através do lançamento livre.
Como Realizar a Jogada:
A princípio, você poderia apenas juntar as mãos em concha com as runas entre
elas, concentrar-se no que deseja saber e lançá-las de maneira literal, seguindo
com a interpretação.
“Regras” sugeridas para a interpretação:
Após lançar todo o conjunto verificar:
1) Desconsiderar as que caírem com a face virada para baixo.

2) Distância entre as runas e a pessoa que realiza a leitura:


2.1) quanto mais distantes caírem as runas, mais tempo as
previsões demoram a acontecer. Neste ponto, uma sugestão seria
considerar:
- muitas runas próximas de você representaria um período curto (de
alguns dias até um mês);
- runas concentradas em sua maior parte ao centro, um período de 3
meses aproximadamente;
- se o jogo de forma geral cair bem mais distante, um período de 6
meses a um ano.
2.2) iniciar a leitura pelas runas mais próximas - quanto mais próximas
maior a relevância.
3) Runas mais próximas interpretar em conjunto:
3.1) quando paralelas influências complementares;
3.2) uma runa que separa outras duas divide seus efeitos;
3.3) uma por cima de outra indica uma força que tem predomínio e
oculta ou reprime a que está por baixo dela;
3.4) varetas podem cair cruzadas e devem ser analisadas como influência
de oposição.
4) Aspecto geral do jogo:
4.1) se harmonioso a situação deve se desenvolver com
tranquilidade;
4.2) muitas runas com a face para baixo ou aparentemente desconexas
apontam uma situação confusa;
4.3) espaço vazio entre dois grupos apontam interrupções.
Nota: Ao utilizar um “desenho” pré-estabelecido como a representação dos 9 mundos,
empregar as mesmas coordenadas acima levando em conta os significados de cada campo.
Deve-se ainda considerar que se uma runa cair “dividida” entre dois campos, os significados
da mesma precisam ser analisada em ambas as áreas.

Como já manifestei anteriormente eu, particularmente, não sou muito a favor


do uso dos oráculos como meio de “adivinhar” o futuro. Porém, entendo que,
por vezes, tentar determinar um “prazo” pode se mostrar necessário.
De forma geral, se você der um tempo muito específico talvez deixe a pessoa
desnecessariamente ansiosa, sem falar na probabilidade de erro que este tipo
de averiguação apresenta, visto que muitos acontecimentos futuros previstos
em uma leitura oracular, dependem diretamente de acontecimentos que
podem ainda estar em curso na ocasião da leitura.
Desta maneira, o ideal é tentar definir um tempo aproximado, deixando claro
sempre que o futuro não é imutável. Da mesma maneira, explicar que o
oráculo mostrará em que direção as energias apontam, sempre havendo a
possibilidade de alterações de acordo com possíveis acontecimentos ou
atitudes, não cogitados na ocasião do jogo. Para definir este tempo
aproximado, você poderá utilizar o método na qual melhor se adapte (lembre-
se que os oráculos são voláteis), então, seguem algumas sugestões:
1) Use o tempo previsto já existente em algumas jogadas ou você pode pré-
definir um tempo diferenciado e específico antes de qualquer jogada.
Por exemplo: a jogada os 4 quatro quadrantes geralmente é utilizada para
analisar um período de 6 meses. Mas você poderia, antes de abrir o jogo,
determinar mental ou verbalmente que utilizará esta jogada para analisar um
período de três meses. Então, a casa do futuro próximo passará a valer
aproximadamente até um mês e meio e a casa do desfecho de um mês e meio
a três. Apenas lembre-se de definir estes detalhes antes de começar a
“escolher” as runas para interpretação, para respostas condizentes com aquilo
o que se deseja.

2) Após leitura feita, escolher uma runa, verificar sua natureza (mudanças
rápidas, atrasos, etc) e utilizar sua sensibilidade, lembrando que algumas já
possuem uma conotação de tempo em seu significado. Exemplo: jera (j) – vale
um ano, pois se associa com o ciclo das estações, plantio e colheita. Runas frias
se relacionam ao inverno e runas quentes ao verão, e assim por diante. Este é
um estudo mais aprofundado e você não deve se preocupar muito com isto por
hora, talvez você nem use esta opção. Mas é interessante saber que há esta
possibilidade.

3) A exemplo de um método utilizado nas cartas, você poderá ainda determinar


15 dias para cada runa em sua ordem específica, assim: F - primeira metade de
Janeiro, U- segunda metade Janeiro, T primeira metade de Fevereiro e assim por
diante. Lembre-se que estamos trabalhando com o Elder Futhark que possui 24
runas e temos no ano 12 meses.

Faça experimentos e se adapte. Embora seja muito complicado definir com


exatidão a questão do tempo, geralmente a pessoa que você estiver
orientando espera por isto. Se tiver dúvidas, diga que não sabe, é melhor do
que passar uma informação errada e interferir negativamente no “destino” de
alguém.

Consagrar significa tornar sagrado, ou seja, fazer de alguma coisa, neste caso o
seu jogo de runas, uma espécie de ponto de força intermediário entre o plano
físico e o plano espiritual.
Em outras palavras, um objeto quando consagrado por você, passa a carregar
não somente a sua própria energia, como também recebe uma função mágica.
Sendo assim, ele passará a desempenhar a tal função determinada por você
como se fosse um objeto vivo, ao passo que terá uma força espiritual
despertada por você durante a consagração.
Em termos de energia, grosso modo, podemos dizer que você está
simplesmente preparando o objeto energeticamente para que ele faça alguma
coisa.
E claro, podemos consagrar as mais diversas coisas como: locais (como
templos por exemplo), instrumentos rituais, ferramentas mágicas como taças
punhais entre outros, amuletos e talismãs ou um jogo oracular.
E não preciso nem dizer que cada linha mágica/espiritual terá seus próprios
rituais em relação a isto, tornando o ritual de consagração um procedimento
que, em termos práticos, não é único ou universal.
Inclusive, no que tange aos oráculos, existem pessoas que nem os consagram,
apenas costumam fazer uma limpeza energética periódica.
Mas quando se trata de runas, é recomendado que uma consagração especial
seja feita ao menos uma vez e aí sim, posteriormente, é possível seguir com
procedimentos mais simples em caráter de manutenção.
Sendo assim, considerando-se que você tenha comprado o seu jogo de runas,
sua consagração deverá seguir da seguinte maneira:
1) Antes de mais nada pegue seu jogo de runas e faça ao menos uma
limpeza rápida, que pode ser com a simples fumaça de um incenso. Faça
o mesmo com sua base/placa/toalha na qual você utilizará
posteriormente para a abertura oracular;
2) Feito isto, monte uma espécie de altar dispondo as runas sobre a toalha
na ordem do futhark . Se desejar, coloque outros elementos no altar que
sejam importantes a seu ver, como uma vela, pedra, etc;
3) Tente visualizar um círculo rúnico completo em torno das suas runas e
faça um relaxamento, com o intuito de alterar seu estado de consciência;
4) Pegue a primeira runa, no caso fehu e coloque em posição de destaque
na mesa, separada das demais. Ou, opcionalmente segure-as nas mãos;
5) Aqui passaremos para o galdr rúnico. Galdr é uma espécie de magia do
som e quando entoamos/cantamos/sussurramos o nome de uma runa,
dizemos que estamos fazendo um galdr rúnico; uma espécie de mantra.
Para tanto concentre-se na energia de fehu, enquanto olha para sua
runa, voltando sua consciência a ela. Reflita sobre a essência desta runa
(prosperidade), pense em seus significados, formato e aspectos e, na
sequência, puxe da memória lembranças e conceitos que lhe remetam a
esta ideia de prosperidade. Tentar ao máximo pensar em experiência de
vida importantes que sejam capazes de invocar ainda, se possível, um
sentimento atrelado a esta ideia de prosperidade;
6) quando você realmente se sentir profundamente conectado a esta
vibração, “cante” o nome da runa pelo menos 3 vezes;
7) Repita este procedimento com as 23 outras runas, uma por uma, por
exemplo: uruz = força, thurisaz = defesa e assim por diante;
8) Hora de atribuir uma função ao seu oráculo selando a consagração com o
sopro. Aqui você deverá despertar as runas através da respiração,
imitando o gesto do deus Óðinn ao criar os seres humanos. Quando
respiramos não somente absorvemos um elemento crucial para a vida
(oxigênio, o próprio ar) como também a energia vital/prana/önd. Para
tanto, segure todas as runas nas mãos em concha e faça uma espécie de
oração/afirmação que descreva a sua intenção com o oráculo (o que ele
deve fazer e o que você espera dele – exemplo: a partir de agora, você
servirá como uma ponte para que eu consiga trazer informações do
plano astral, para que eu posso ajudar pessoas). Determine de forma
firme (em voz alta ou mentalmente) algo que reflita o seu intento;
9) Depois respire profundamente pelo menos 3x visualizando que: quando
você inspira você absorve junto com o ar a energia vital. E que junto com
ela vem também as vibrações rúnicas (que são energias muito antigas e
universais);
10) Por fim, sele de fato sua consagração soprando sobre as runas,
despertando-as e as imantando com sua própria energia.
11) Opcionalmente, você poderá reforçar sua consagração através de
qualquer outro procedimento popular, como por exemplo: deixá-lo sob a luz
da lua cheia durante uma noite inteira, dormir com ele por 7 (ou 9) dias
embaixo do travesseiro, imantar energia dos 4 elementos, etc.
Nota: quando confeccionamos nosso próprio jogo de runas, o ideal é que o ato
da confecção já se torne uma consagração, ao passo que vamos entoando o
nome da runa e nos concentrando na energia dela durante a
pintura/entalhe/gravação. Desta maneira, a própria confecção já se torna um
verdadeiro ritual, dispensando a necessidade de uma consagração posterior
propriamente dita.
Manutenção – Cuidando do seu Oráculo:

É imperativo que realizemos uma manutenção periódica em nosso jogo de


runas, visto que abrir um oráculo é o mesmo que abrir um portal e o mesmo
acaba acumulando energia das pessoas conforme o uso. Por esta razão
precisamos realizar, de tempos em tempos, uma limpeza e reenergização para
mantê-lo eficiente e “saudável” e a “validade” deste procedimento dependerá
muito da frequência com que você o usará seu jogo de runas.
Para quem atende profissionalmente e fala com várias pessoas durante a
semana o ideal é que o procedimento seja feito ao menos uma vez por mês. Já
para quem não usa tanto, uma vez a cada 6 meses é o suficiente.
Você perceberá que o oráculo parece perder força depois de um tempo, sendo
um forte indício de que ele precisa de uma limpeza, no momento que você
começar a sentir que ele não está “conversando” de forma tão clara ou fácil
com você. É algo que você sente e pode se manifestar como uma dificuldade
sua de interpretação, que se repete em curto espaço de tempo.

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