COLÉGIO IESC LTDA

ALUNO (a):______________________________________________________________________________________
PROFESSOR (a): André Soares DISCIPLINA: História 2º Trim.

Questão 1 MARQUE ATÉ TRÊS ALTERNATIVAS

É dessa figura pública, conscientemente construída, que trata o livro A fabricação do rei, de Peter Burke. Seu objeto formal
é a famosa personagem de Luis XIV, o Rei-Sol, que reinou durante 72 anos e se transformou quase em um emblema da
monarquia absoluta européia, tão marcada pelo luxo e por demonstrações de riqueza. A esse soberano atribui-se a
"domesticação da nobreza" a partir da invenção, a um só tempo, da propaganda, da etiqueta e da corte.
Nesse sentido, é bom que se diga, uma certa áurea encobre a figura do monarca; de qualquer monarca. Figura destacada
em sua representação, o soberano é, normalmente, definido, por seu "corpo duplo".
Em relação ao tratamento da imagem e a construção dos símbolos reais do antigo regime, identifique as alternativas que
são coerentes com a charge e com o contexto histórico abordado.
a) O corpo duplo do rei é perceptível claramente, pois o primeiro deles (da esquerda) é mortal e, assim sendo, assemelha-
se ao de todos os seus súditos: sofre com as vicissitudes das tristezas, vícios e alegrias comuns à humanidade, logo; não
pode ser conhecido.
b) O Corpo duplo do rei pode ser identificado nos aspectos relacionados ao comportamento, tendo em vista que as rotinas
dos monarcas eram restritas e privadas; não havia interesse em torna-las públicas.
c) O Corpo vestido no papel de rei, com trajes suntuosos foi um fato isolado da França. As demais monarquias se
preocupavam em demonstrar simplicidade e economia nas vestimentas para não desagradar às camadas populares. Não
havia distinção nas vestimentas entre os nobres, burgueses e camponeses, apenas em relação ao clero.
d) O segundo corpo ( da direita) é sagrado, representa o corpo divino do rei, aquele que justamente se separa dos demais;
o que não morre jamais.
e) A análise deste aspecto do Antigo Regime nos possibilita entender como os monarcas foram os inventores do "marketing
político".
f) Os rituais de consagração da monarquia, as vestimentas e os gestos acabam ajudando a proclamar a própria
personalidade do rei, sua imagem e popularidade, pois havia um interesse do mesmo em estar no mesmo patamar dos seu
súditos.

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g) A atuação do rei se transforma em performance; os seus trajes viram fantasia. Na verdade, esculpida de maneira
cuidadosa, a figura do rei corresponde aos quesitos estéticos necessários à construção da "coisa pública".

Questão 2 – MARQUE ATÉ TRÊS ALTERNATIVAS

Texto I
“Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra.
Conseqüentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.”
(Jacques Bossuet, bispo e ideólogo do absolutismo. 1709)
Texto II
“(...) que seja prefixada à Constituição uma declaração de que todo o poder é originariamente concedido ao povo e,
conseqüentemente, emanou do povo.”
(Emenda Constitucional proposta por Madison, parlamentar francês, em 8 de junho de 1789.)
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Absolutismo e Revolução Francesa, considere as afirmativas a seguir.
a) Para o primeiro autor os indivíduos no Estado Absoluto tinham o dever de obedecer ao soberano como súditos,
enquanto para o segundo, no Estado Liberal o cidadão é um ser racional, livre e capaz de escolher seus próprios
governantes.
b) O primeiro documento é marcado pela ideia de que somente um governo dotado de poder absoluto, derivado de Deus,
poderia garantir a paz e a segurança dos indivíduos, enquanto para o segundo, o Estado de Direito, regido por uma
constituição livremente estabelecida, conseguiria reger as relações entre os indivíduos.
c) Para o primeiro texto, o poder absoluto apelava para regras jurídicas formais que valessem para todos; enquanto para o
segundo, o soberano estava acima da lei, sendo este poder ilimitado, resultante do consentimento espontâneo dos seus
súditos.
d) O primeiro documento prega um estado forte e centralizado, enquanto o segundo defende um Estado liberal e
representativo.
e) Para o segundo documento, o poder doo estado decorre tão somente da vontade do seu governante, mesma narrativa
do segundo que indica necessidade da legitimação divina para consolidação de sua governança.

Questão 3

Nas imagens acima, podemos ver, à esquerda, uma famosa gravura que representa a “Tomada da Bastilha” - momento
épico da Revolução Francesa em 14 de julho de 1789 e da concepção de cidadania e justiça modernas – e, à direita,
Sônia, uma cidadã brasileira, fazendo protesto em São Paulo em 2011, contra a condenação de seu marido, Paulo.
Desempregado havia 02 meses, Paulo, sem ter o que oferecer como 'mistura' para a família, foi pescar às margens de um
rio próximo a sua casa. Sem saber que era proibida a pesca, ele foi detido, preso, espancado e obrigado a pagar multa à

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Justiça e ao IBAMA. Grávida de 04 meses, Sônia, ao saber da situação do marido, ficou desesperada e passou mal.
Levada com urgência ao hospital, Sônia foi forçada a realizar aborto. Resultado: o filho morreu. Paulo foi liberado (e
continuava desempregado), Sônia estava grávida e perdera o filho.
É sabido que uma das consequências históricas da Revolução Francesa foi a “Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão”, instrumento jurídico burguês, que serviu de base para a elaboração das constituições de várias nações pelo
mundo. Uma de suas prerrogativas fundamentais era a garantia da justiça na forma de leis que assegurariam os direitos do
cidadão.
Sobre a questão da cidadania e da justiça nos tempos do Antigo Regime e Iluminismo, responda:
a) Explique quais eram as críticas do Iluminismo às formas de “Justiça” utilizados pelos reis absolutistas.

b) No caso de Paulo, quais são os aspectos que afrontaram seus direitos? Sabemos que no Brasil a palavra Justiça tem
cor, classe social e aparência. Disserte a respeito.

c) Faça uma breve análise do caso abordado em comparações com tantos casos de “Justiça” que diariamente são
apresentados na mídia, no mundo político; sobretudo. Use premissas históricas para sustentar sua posição, se possível.

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