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ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA
Modelos de Administração Pública

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Modelos de Administração Pública
Adriel Sá

Sumário
Modelos de Administração Pública.......................................................................................................................3
1. Noções Preliminares.. .................................................................................................................................................3
1.1. Teorias sobre a Origem do Estado. . .................................................................................................................3
1.2. Elementos Constitutivos do Estado..............................................................................................................5
1.3. Perfis de Estado.. ......................................................................................................................................................5
2. Estado Unitário e Estado Federativo...............................................................................................................7
3. Relações entre Esferas de Governo e Regime Federativo. ..................................................................8
4. Sistemas de Governo.............................................................................................................................................. 10
4.1. Presidencialismo................................................................................................................................................... 10
4.2. Parlamentarismo.................................................................................................................................................. 10
4.3. Semipresidencialismo. . ........................................................................................................................................11
5. Noções Iniciais sobre os Modelos de Administração Pública..........................................................11
6. Administração Patrimonialista.........................................................................................................................12
7. Administração Burocrática..................................................................................................................................13
7.1. Conceito e Tipologias da Burocracia. ..........................................................................................................13
7.2. Origem, Características, Vantagens e Desvantagens......................................................................14
8. Administração Gerencial (Nova Gestão Pública ou Modelo Pós-Burocrático).....................18
8.1. Origem, Conceito, Contexto e Características. .......................................................................................18
8.2. Fases ou Estágios do Modelo Gerencial................................................................................................. 22
Resumo................................................................................................................................................................................26
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................29
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................30
Questões de Concurso................................................................................................................................................32
Gabarito...............................................................................................................................................................................47
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................48

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Adriel Sá

MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


1. Noções Preliminares
O conceito de Estado não é fixo no tempo ou no espaço. A própria expressão Estado é, de
modo relativo, recente, aparecendo, com o sentido que ora se utiliza, com mais ênfase na obra
“O príncipe”, de Nicolau Maquiavel (século XVI).
A palavra “Estado” vem do latim status, que significa posição e ordem. O Estado é uma
figura política criada pela vontade de união e desenvolvimento do homem, a fim de regula-
mentar e preservar o interesse público. Essa vontade de preservação do bem comum delegou
o poder a um único centro, o Estado.

1.1. Teorias sobre a Origem do Estado


As principais teorias da origem do Estado são:
1. A teoria da origem familiar, que se divide em duas correntes: a corrente chamada patriar-
cal e a corrente chamada matriarcal;
2. A teoria de ordem patrimonial ou origem contratual; e
3. A teoria da força ou origem violenta.

1.1.1. Teoria da Origem Familiar do Estado

As mais antigas teorias sobre a origem do Estado remontam ao desenvolvimento e amplia-


ção da família. É a teoria de fundo bíblico, que se apoia na história da humanidade sobre um
casal originário. Divide-se em duas correntes:
• Corrente patriarcal: o Estado deriva de um núcleo familiar. A autoridade suprema perten-
cia ao varão mais velho, o patriarca.
• Corrente matriarcal: a primeira organização familiar teria sido baseada na autoridade da
mãe. Assim, teria sido a mãe a dirigente e autoridade suprema das primitivas famílias.
Entretanto, é a corrente patriarcal a que exerce crescente influência em todas as fases
da evolução histórica dos povos.

1.1.2. Teoria de Ordem Patrimonial ou Origem Contratual do Estado

O Estado se originou de uma convenção entre os membros da sociedade humana. Assim, o


Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas. Importante destacar que
o termo “contrato”, nesse caso, representa um acordo ou consenso, e não, necessariamente, um
documento registrado.

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Essa teoria defende que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de
alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Três pensadores se destacam
na reflexão dessa teoria: Hobbes, Locke e Rousseau.
Hobbes (1588-1679), que acreditava que o contrato era produto do lobo do próprio homem.
Há, no homem, um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (com-
petição constante, estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja
acima das pessoas individualmente para que o “estado de guerra” seja controlado. Em suma,
o Estado surge para controlar os “instintos de lobo” do ser humano, que abre mão de parte de
sua liberdade em prol do bem comum. Dessa forma, o Estado surge com o objetivo de fornecer
a paz social, limitando as ações dos seres humanos que exorbitem do que é considerado corre-
to. Para que isso ocorra, é necessário que o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos;
portanto, os cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, que irá agir como soberano
absoluto a fim de manter a ordem (Contratualismo ou Teoria do Contrato Social).
Locke (1632-1704), contrariando o princípio de que o homem é um lobo do homem, afir-
mava que o Estado existia em função da necessidade de uma instância acima do julgamento
parcial de cada cidadão, de acordo com os seus interesses. Assim, os cidadãos escolhem
livremente o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado. O Estado deve pre-
servar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontade da
assembleia, e não fruto da vontade de um soberano.
Rousseau (1712-1778) considerava que o ser humano era essencialmente bom; no en-
tanto, essa bondade era corrompida pela sociedade. Para esse teórico, todo o poder tem sua
origem do povo e em seu nome deve ser exercido. O governante é tão somente o representante
do povo, recebendo desse a delegação para exercer o poder. Rousseau defende que o Estado
se origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam às suas vontades indi-
viduais para garantir a realização da vontade geral.

1.1.3. Teoria da Força ou Origem Violenta do Estado

Essa teoria admitia que o Estado nascia da convenção ou da “violência dos mais fortes”.
Aqui o que dá origem ao Estado é a violência dos mais fortes. O objetivo maior de toda orga-
nização social é manter a dominação dos vencedores sobre os vencidos e, simultaneamente,
proteger o conjunto de ameaças externas. Também aduz que a guerra – e os seus horrores – é,
quase sempre, o agente formador dos povos.
Um conceito derivado dessa teoria é o de “monopólio da violência”, expressão utilizada
por Max Weber para a definição de Estado moderno. Uma única entidade, que é o Estado, pode
exercer a autoridade, com o uso legal da violência, sobre determinado território. O monopólio
da violência legítima significa que o emprego da coerção é função de exclusiva competência
de certos agentes do Estado, e não de outros agentes da sociedade.

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1.2. Elementos Constitutivos do Estado


O Estado possui alguns elementos ditos constitutivos ou constantes: o elemento humano,
o elemento geográfico e o elemento político-administrativo.
Com outras palavras, e respeitadas as posições doutrinárias divergentes, a figura do Estado
só se faz presente a partir da constituição, nessa ordem, por um povo, por um território e por um
governo soberano.
Sinteticamente, cada um desses elementos pode assim ser definido:
• Povo é o elemento humano, a base demográfica. Contudo, há uma pequena ressalva. Na
realidade, o povo traduz a ideia de cidadão. Com efeito, os cidadãos compõem o povo, ao
passo que população é conceito mais abrangente, envolvendo, ainda, todos aqueles que,
mesmo não sendo cidadãos, estejam em certo território. Os estrangeiros não naturaliza-
dos, por exemplo, fazem parte da população brasileira, caso aqui vivam, mas não do povo.
• Território é o limite do Estado, sua base geográfica.
• Governo soberano é o elemento condutor do Estado, responsável por sua organização,
afinal, não há Estado real sem soberania!

O Estado é a sociedade politicamente organizada. O seu papel é realizar os direitos dos


cidadãos, afinal, não há como olvidar que todo o poder emana do povo, sendo o Estado o
garantidor da ordem interna.
Nos diais atuais, há outras instituições que, ao lado do Estado, realizam direitos fundamen-
tais, porém o fazem de forma voluntária, como, por exemplo, as Organizações Sociais e as
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. A distinção é que o Estado tem o dever
de assegurar a realizar os direitos dos cidadãos.

1.3. Perfis de Estado


A evolução das funções do Estado ao longo do tempo deve ser analisada dentro do contex-
to de acontecimentos históricos. Nessa linha, vamos conhecer os diferentes perfis de Estado
que se apresentaram ao longo dos últimos séculos.

1.3.1. Estado Liberal

O Estado Liberal remonta às origens da Revolução Francesa (1789), cuja eclosão tinha
por causa as regalias e privilégios extensíveis a poucas pessoas. No entanto, essa revolta não
ocorreu apenas por meio da insatisfação de camponeses, que exigiam liberdade e terra; na rea-
lidade, a burguesia (classe média) também sofria restrições do Estado, principalmente quanto
à busca pela expansão de riquezas.

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Segundo o autor Souza (2008) , a Revolução de 1789 “instaura o liberalismo individualista


1

no nível institucional do Estado, limitando a atuação absolutista que dominou a Idade Média. O
fundamento político aparente da Revolução era o alcance da certeza jurídica, de poder garantir
com firmeza os direitos do homem e, para tanto, era necessária a instauração da liberdade civil”.
Considera-se aqui o nascimento do capitalismo. Esse surge não como uma ideologia,
mas como um sistema econômico, baseado no princípio da livre iniciativa e do livre inves-
timento de capitais.
É de se notar que o Estado Liberal, de características não intervencionistas nas relações
jurídicas privadas, fomentava uma igualdade apenas no plano formal e uma presunção de
paridade entre as partes das referidas relações, retirando da parte mais frágil a essência da
liberdade para realizar seus interesses.
Logo, o conceito de liberdade trazido pelo Estado Liberal referia-se apenas à liberdade con-
tratual, justificando o Estado mínimo ou não intervencionista como forma de “proteção” da
liberdade de cada indivíduo.
Por isso, apesar de o Estado Liberal avançar no reconhecimento de direitos fundamentais
do homem e da limitação do poder do Estado, outros direitos precisavam ser garantidos, como
a inclusão social.

1.3.2. Estado do Bem-Estar (Estado-Provedor)

O Estado de Bem-Estar resulta da reforma do modelo de Estado Liberal, na tentativa de


superar as crises de legitimidade. É a junção da tradicional garantia das liberdades individu-
ais com o reconhecimento, como direitos coletivos, de certos serviços sociais que o Estado
deveria providenciar, intervindo na vida dos cidadãos e nos mecanismos de mercado, a fim de
proporcionar oportunidades iguais a todos.
A ideia principal do Estado de Bem-Estar é de um Estado que chama para si a solução dos
problemas sociais emergentes, principalmente por meio de sua principal característica, a inter-
venção direta nos domínios econômico, social e cultural.
Assim, de acordo com os postulados centrais do Estado de Bem-Estar Social, qualquer
pessoa teria direito a cobertura da saúde e da educação pública (serviços públicos), bem como
auxílio em caso de desemprego e outros benefícios (pagamentos em dinheiro). Ou seja, o Esta-
do institucional, com base em critérios igualitários para a distribuição de recursos, produtos e
serviços, efetua a redistribuição adequada às necessidades como uma concepção de direitos
que devem ser garantidos igualmente a todos cidadãos. Daí ser chamado um modelo ou siste-
ma institucional-redistributivo.
O tema do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State) no Brasil é bastante polêmico e con-
troverso. Alguns autores consideram que esse modelo não se instalou no Brasil.

1
SOUZA, R. T. de. Função social do contrato de emprego. São Paulo: LTr, 2008.

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Já para a corrente que enfatiza sua existência, esse sistema de proteção social brasileiro
começa a se estruturar a partir de 1930, sob o governo de Getúlio Vargas e perdurando até
1970. Os direitos trabalhistas, o sistema de ensino público e o sufrágio universal são iniciativas
que foram instituídas no Brasil na primeira metade do século XX e que buscavam o chamado
Estado de Bem-Estar Social.

1.3.3. Estado Regulador (Estado-Interventor)

O início das discussões sobre uma reforma do Estado debateu-se em torno do esgotamen-
to do Estado de Bem-Estar Social.
O Estado Regulador é aquele que atua de forma indireta na economia e na sociedade, sem-
pre com o intuito de atender ao interesse coletivo. Pode-se dizer que se situa entre o Estado
que se abstém (liberal) e o Estado que produz (social).
Assim, o Estado regulador é um modelo equilibrado, que procura reduzir a máquina estatal,
mas ao mesmo tempo garantir os direitos fundamentais às pessoas, ainda que os serviços
prestados o sejam por particulares atuando mediante delegação estatal.
O Estado passa a regular aquelas atividades anteriormente por ele exercidas e que, atual-
mente, são exercidas por particulares mediante delegação estatal; além disso, o Estado tam-
bém regula aquelas atividades originariamente privadas, exercidas por particulares sem ne-
cessidade de delegação estatal.
Devemos observar que o art. 174 da CF/88 prevê que o Estado, como agente normativo e
regulador da atividade econômica, exerça as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
fazendo com que este seja determinante para o setor público e indicativo (ou motivador) para o
setor privado.
Atualmente, vivemos em um Estado regulador e controlador.

2. Estado Unitário e Estado Federativo


Entre as formas de organização do poder político, destacam-se o Estado Unitário e o Esta-
do Federal.
No Estado Unitário (puro e impuro), existe um único centro de poder, responsável por todas
as atribuições políticas, como a França. No Estado Federal, há diferentes polos de poder políti-
co, os quais atuam de forma autônoma entre si, como, por exemplo, o Brasil.

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3. Relações entre Esferas de Governo e Regime Federativo


A União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios são as pessoas integran-
tes da Federação, ou seja, são entes políticos componentes da Federação Brasileira. São pes-
soas jurídicas de direito público interno.
• Dica de memorização: a FEderação é a FORMA DE ESTADO e é adotada aqui no Brasil

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Há quem sustente que o Brasil seria, nesse aspecto, espelho do sistema norte-americano.
Essa afirmação é só parcialmente verdadeira. Não é bem um espelho, pois a Federação Bra-
sileira foi formada por desagregação (movimento centrífugo, segregador), diferentemente do
sistema norte-americano (movimento centrípeto ou agregador).
Noutras palavras, nos EUA, havia Estados Soberanos, reunidos em Confederação desde
1776, os quais abriram mão de suas soberanias para aglutinarem-se em torno da Federação,
em 1787. Note que houve um movimento da periferia para o centro – de agregação.
Já, no Brasil, tínhamos um Estado Unitário, por desagregação (efeito segregador) foi criada
a Federação, constitucionalizada a partir de 1891, conferindo-se aos Estados-membros mera
autonomia, sendo a República Federativa a guardiã do atributo da soberania.
Outra grande diferença é que, no federalismo norte-americano, não se atribui autonomia a
Municípios. Então, para o fim de provas, perceba que há diferenças de formação das federa-
ções brasileira e americana.

Como visto, o Federalismo está ligado à distribuição interna de poder por diferentes cen-
tros políticos. Todos os entes federativos são autônomos, ou seja, podem criar suas próprias
normas (legislar), mas não são soberanos ou independentes.

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A soberania é atributo da República, que significa, em breves palavras, o reconhecimento


de que o Estado brasileiro tem perante os demais Estados Soberanos. Para consolidar o enten-
dimento, vejamos o art. 18 da Constituição Federal:

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União,


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

Do dispositivo, depreende-se que todos aqueles que integram a Federação são entes políti-
cos ou federados, com tríplice autonomia, de: legislar, administrar e se autogovernar.
Fica o registro de que, atualmente, a Federação é uma das cláusulas pétreas previstas no
§ 4.º do art. 60 da CF/1988. Inclusive, esses traços diferenciam as pessoas políticas das enti-
dades da Administração Indireta (autarquias, por exemplo), pois estas são pessoas jurídicas
exclusivamente administrativas.

4. Sistemas de Governo
Um sistema de governo caracteriza-se por um conjunto de regras que determinam as rela-
ções entre o poder executivo e o poder legislativo. São eles: presidencialismo, parlamentaris-
mo e semipresidencialismo.

4.1. Presidencialismo
O Brasil adota um sistema de governo presidencialista. O presidencialismo pode ser de-
finido como sistema de governo cujo chefe de estado e governo se concentram na figura do
presidente, o qual possui um mandato fixo e independente de confiança parlamentar.
Ou seja, nós votamos para um presidente que possui mandato fixo, podendo ser reeleito
- de acordo com a nossa constituição. O presidente só será destituído do cargo através de pro-
cesso de impeachment; ele não pode ser removido de suas funções por não estar alinhado à
maioria legislativa, por exemplo. Além do Brasil, Estados Unidos, Argentina, Uruguai são exem-
plos de países presidencialistas.

4.2. Parlamentarismo
No parlamentarismo, o Executivo e Legislativo caminham juntos, e o Parlamento é a insti-
tuição soberana. O parlamentarismo pode ser definido como um sistema de governo em que o
primeiro-ministro e seu gabinete são responsivos perante uma maioria parlamentar, podendo
ser retirados dos cargos por esta mesma maioria através do voto de desconfiança.
Em sistemas parlamentaristas, a população elege os legisladores e estes, dentro do Parla-
mento, selecionarão o primeiro-ministro e os demais ministros de gabinete, podendo, da mes-

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ma forma, destituí-los do cargo. Exemplos de países que adotam o parlamentarismo: Inglater-


ra, Japão, Jamaica, e Austrália.

4.3. Semipresidencialismo
O semipresidencialismo é um sistema de governo caracterizado por possuir tanto aspec-
tos presidencialistas quanto parlamentaristas. Nele, o poder executivo é composto por um
presidente popularmente eleito e com mandato fixo, bem como por um primeiro-ministro e
ministros de gabinete oriundos do Parlamento, ao qual são responsivos.
Existem eleições presidenciais independentes de eleições legislativas. O presidente deve
exercer uma função de Chefe de Estado (cerimonial, em alguns casos, e central, em outros),
enquanto o primeiro-ministro é o Chefe de Governo. São exemplos de países semipresidencia-
listas: França, Irlanda, Peru, Taiwan.

5. Noções Iniciais sobre os Modelos de Administração Pública


Considerando a evolução histórica da gestão pública, podemos destacar três modelos te-
óricos de gestão pública: a administração patrimonialista, a administração burocrática e a
administração gerencial.
Sinteticamente, podemos afirmar que em cada período da administração pública se desta-
cou um desses modelos elencados; no entanto, embora haja a predominância de um modelo,
traços de outros modelos podem ser notados no interior da gestão pública.
Atualmente, o modelo predominante adotado é gerencial, mas fragmentos de todos as
outras teorias podem ser encontradas na gestão pública. Segundo Paludo (2016)2, “a adminis-
tração gerencial é o modelo vigente; que a administração burocrática ainda é aplicada no núcleo
estratégico do Estado e em muitas organizações públicas; e que persistem traços/práticas patri-
monialistas de administração nos dias atuais”.

ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL Modelo predominante

ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA Ainda utilizada

ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIALISTA Existência de traços/práticas

OUTROS MODELOS Existência de alguns fragmentos

2
PALUDO, A. V. Administração pública. 5.ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.

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6. Administração Patrimonialista
A administração patrimonialista é o modelo baseado nos Estados absolutistas exis-
tentes nos séculos XVII e XVIII, quando o patrimônio pessoal do rei se confundia com o
patrimônio público.
Um claro exemplo dessa confusão ocorria nas monarquias absolutistas: rendas e despe-
sas públicas se aplicavam, sem discriminação, nos gastos da família ou em bens e serviços
de utilidade geral.
Na administração patrimonialista, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do
poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Também,
no modelo não existiam carreiras organizadas no serviço público, nem divisão do trabalho e
nem controles efetivos.
Os cargos públicos existentes, por exemplo, eram de livre nomeação do rei, que os ocupava
com seus parentes e demais amigos. Também havia a troca de favores, ou seja, negociavam-se
cargos públicos em troca de interesses políticos ou econômicos.
Assim, um cargo público era considerado um bem pessoal, repassado de forma heredi-
tária. Os cargos públicos eram considerados prebendas ou sinecuras. Em síntese, prebenda
é uma ocupação rendosa e com pouco trabalho; sinecura refere-se a emprego cujas funções
não se exercem.
Listamos, agora, as principais características do modelo patrimonialista de gestão pública:
• O soberano era tratado como um deus.
• O Estado funcionava como uma propriedade do soberano e a administração era uma
extensão de seu poder. Logo, era impermeável à participação social ou privada.
• Ausência de distinção (confusão) entre o patrimônio público e o privado, com a corrup-
ção, o nepotismo, o clientelismo e a troca de favores se constituindo em traços marcan-
tes desse tipo de administração.
• Prevalecimento de interesses privados em detrimento do interesse público.
• Inexistência de carreiras organizadas e ausência de divisão de trabalho.
• Não havia ações sociais de atendimento ao interesse da sociedade.
• A pessoa do soberano possuía uma administração restrita à arrecadação de impostos e
uma força militar para defender o território. Assim, a organização do Estado se limitava
aos serviços de segurança do soberano, o serviço de justiça, que era exercido, muitas
vezes, pelo próprio soberano, e o serviço de arrecadação.

001. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/PGE-PE/GESTÃO


PÚBLICA/2019) Julgue o item seguinte, referente a modelos de gestão pública: o patrimonialista, o
burocrático e o gerencial.

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O modelo de gestão patrimonialista caracteriza-se pela fusão entre as noções de soberania,


pertencente à esfera pública, e patrimônio, concernente à esfera privada.

Isso mesmo! É o patrimonialismo que é incapaz de distinguir entre o patrimônio público e os


seus bens privados.
Certo.

002. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO (MANAUS)/2019) Entre as características


próprias do modelo de Administração Pública patrimonialista destaca-se
a) disseminação de práticas como clientelismo e nepotismo.
b) nítida separação entre patrimônio público e o dos governantes.
c) departamentalização da Administração e especialização técnica dos funcionários.
d) ausência de controles formais e ênfase no controle de resultados.
e) foco na preservação do patrimônio público com ênfase na meritocracia.

a) Certa. Clientelismo é um tipo de relação política baseada em troca de apoio.


b) Errada. No patrimonialismo não há essa separação.
c) Errada. São características do modelo burocrático.
d) Errada. Mais se coaduna com o modelo gerencial, em que o ênfase está nos resultados.
e) Errada. Trata-se de características do modelo burocrático.
Letra a.

7. Administração Burocrática
7.1. Conceito e Tipologias da Burocracia
O termo burocracia pode ser analisado sob diversos conceitos, mas a definição predomi-
nante em provas é aquela que considera a burocracia como um aparato técnico-administra-
tivo, composto por profissionais especializados, selecionados segundo critérios racionais e
que se encarregavam de diversas tarefas importantes dentro de um sistema social.
Weber (1991)3 defendia que a burocracia era um referencial teórico ancorado em um es-
quema conceitual de tipos de dominação. Dominação é definida como a probabilidade de en-
contrar obediência a uma norma de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas.
Assim, a obediência ao chefe, geralmente, está assegurada por um “sistema de domi-
nação”, assim representado: dominação tradicional, dominação carismática e dominação
racional-legal.
3
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora da Universidade de Brasília,
vol. I, 1991.

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A dominação tradicional (sociedade tradicional) ocorre na situação em que a obediência se


dá por motivos de hábito, onde tal comportamento já faz parte dos costumes e está enraizada na
cultura da sociedade. Para Weber, toda dominação tradicional tende ao patrimonialismo. Exemplo:
os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito estabelecida e respeitada.
A dominação carismática (sociedade carismática) sustenta-se pela crença dos subordi-
nados nas qualidades dos superiores. Essas qualidades podem ser naturais ou sobrenaturais.
Exemplo: liderança destacada de membro de uma equipe por suas capacidades técnicas e
conceituais ou uma liderança religiosa que arrebata multidões.
A dominação legal, racional-legal ou burocrática (sociedade legal) refere-se à submissão
coletiva a um conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes.
Essas regras determinam a que e a quem se deve obedecer. Essa opção é a que descreve cor-
retamente a concepção weberiana de autoridade burocrática. Exemplo: empregado que recebe
ordens de um superior, de acordo com cláusulas de contrato assinado ou de uma norma.

TRADICIONAL CARISMÁTICA LEGAL

 Obediência por  Qualidades dos  Conjunto de


hábito superiores regras
 Comportamento  Crenças naturais  Autoridade
por costume e sobrenaturais burocrática
Ex.: obediência dos Ex.: liderança Ex.: contrato de
filhos aos pais religiosa trabalho

7.2. Origem, Características, Vantagens e Desvantagens


O modelo de administração pública burocrática surge na época do modelo estatal conhecido
por Estado Liberal, e tinha como propósito defender a coisa pública, combatendo a corrupção e
o nepotismo patrimonialista.
Nesse modelo, a ideia base é a eficiência; por isso, é necessário que tudo seja detalhado
antecipadamente. Vejamos as suas principais características:
• Almeja defender a coisa pública contra o patrimonialismo, exercendo rígido controle
sobre os possíveis abusos contra o patrimônio público.
• É orientado para a racionalidade absoluta. O caráter “racional” da burocracia significa
escolher, racionalmente, os meios adequados para o alcance dos fins desejados, privile-
giando o aspecto organizacional.
• Prevê o controle rígido e antecipado dos processos e procedimentos (controle a prio-
ri) como o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção. Esse controle
passo a passo tem o pressuposto da desconfiança total. Daí surge a autorreferência
da burocracia, que se concentra no processo, em suas próprias necessidades e pers-

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pectivas, sem considerar outras perspectivas externas. A autorreferência significa que


o modelo burocrático não considera o ambiente onde está inserido, tornando-se um
sistema fechado sobre si mesmo.
• Baseia-se em regras, normas e regulamentos (legalidade), visando economia de esfor-
ços, padronização dentro da organização, redução de custos e de erros, formalidade
dos processos, completa previsibilidade de funcionamento, dentre outros – formalismo,
rigidez e rigor técnico.
• Enfatiza a impessoalidade nas relações, com a distribuição de atividades feita em ter-
mos de cargas e funções, e não de pessoas envolvidas. Para a burocracia, as pessoas
vêm e vão, mas os cargos e funções permanecem.
• Promove a hierarquia, estabelecendo os cargos segundo princípios escalares (estrutura
fortemente verticalizada), onde cada cargo inferior deve estar sob controle e supervisão
de um posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão.
• Utiliza a separação entre planejamento e execução das atividades no contexto organizacio-
nal. A separação entre planejamento e execução dá contornos práticos à distinção entre os
políticos e os burocratas, na qual a política é responsável pela elaboração de objetivos e a
administração pública é responsável por transformar as decisões em ações concretas.
• A escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica. Daí a necessida-
de de exames, concursos, testes e titulações para a admissão de pessoal.
• A estabilidade do servidor público é entendida como a garantia para o exercício isento da
função. É vista como algo necessário ao desempenho das atribuições do cargo, como for-
ma de livre exercício, isento e livre de pressões políticas ou qualquer outro tipo de ingerência.
• Busca a profissionalização, ou seja, a especialização de seu pessoal. Desse contexto,
surgem algumas características dos ocupantes dos cargos públicos:
− são pessoalmente livres; obedecem somente às obrigações objetivas de seu cargo;
− são nomeados (e não eleitos) numa hierarquia rigorosa dos cargos;
− têm competências funcionais fixas;
− são remunerados com salários fixos em dinheiro, na maioria dos casos com direito à
aposentadoria;
− o salário está escalonado segundo a posição na hierarquia, segundo a responsabili-
dade do cargo e o princípio da correspondência à posição social;
− o cargo é exercido como profissão única ou principal;
− têm a perspectiva de uma carreira: progressão por tempo de serviço ou eficiência, ou
ambas as coisas, dependendo do critério dos superiores;
− trabalham em “separação absoluta dos meios administrativos” e sem apropriação do
cargo; e
− estão submetidos a um sistema rigoroso e homogêneo de disciplina e controle do serviço.

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As vantagens são as consequências positivas das características do modelo. Podem ser


citadas como principais vantagens da burocracia:
• Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização;
• Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres;
• Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem, e as or-
dens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos;
• Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. Por
outro lado, a informação é discreta, pois é fornecida apenas a quem deve recebê-la;
• Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorecem a padronização, redução de
custos e de erros, pois os procedimentos são definidos por escrito;
• Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é afastado. Além
disso, os critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na com-
petência técnica;
• Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido
dele e quais são os limites entre suas responsabilidades e as dos outros;
• Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas cir-
cunstâncias;
• Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas, sendo
que grande número de casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma
maneira sistemática. As decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser desper-
sonalizado no sentido de excluir sentimentos irracionais, como o amor, raiva, preferên-
cias pessoais, elimina a discriminação pessoal;
• Benefícios para as pessoas na organização, pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é
dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se toma-
rem especialistas em seus campos particulares, podendo encarreirar-se na organização
em função de seu mérito pessoal e competência técnica.

A experiência burocrática na Administração Pública não apresentou, na prática, o que se


havia previsto sobre o modelo. Essas consequências negativas da burocracia são conhecidas
como as desvantagens ou disfunções burocráticas ou, ainda, buropatologias:
• Internalização das regras e exagerado apego aos regulamentos;
• Resistência às mudanças;
• Despersonalização dos relacionamentos;
• Categorização como base do processo decisorial;
• Superconformidade às rotinas e regulamentos; e
• Exibição de sinais de autoridade.

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Sobre isso, Chiavenato (2003) apresenta um esquema que vale mais do que mil palavras. Observe:
4

Escassez de Excesso de
burocratização burocratização
Falta de especialização, Superespecialização,
Divisão do trabalho
bagunça, confusão hiper-responsabilidade

Excesso de autoridade,
Falta de autoridade Hierarquia
autocracia e imposição

Liberdade excessiva Regras e regulamentos Ordem e disciplina

Ausência de documentos, Formalização das Excesso de papelório,


informalidade comunicações formalismo

Ênfase nas pessoas Impessoalidade Ênfase nos cargos

Seleção e promoção de
Apadrinhamento Excesso de exigências
pessoal

DESORDEM EFICIÊNCIA RIGIDEZ

003. (FCC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/PREF RECIFE/2019)


O modelo burocrático de Administração pública costuma ser criticado pelo excesso de rigidez;
contudo, um outro aspecto deste que costuma ser ressaltado pela literatura consiste na
a) substituição de controles formais da atividade administrativa por controles de resultados,
com foco na eficiência administrativa.
b) resistência à atuação direta do Estado na exploração de atividades econômicas, que somen-
te foi introduzida a partir do subsequente modelo gerencial.
c) meritocracia, buscando a superação do clientelismo e nepotismo próprios do antecedente
modelo patrimonialista.
d) profissionalização e avaliação dos servidores, com introdução de mecanismos de planeja-
mento estratégico e remuneração por resultados.
e) transparência da atuação da Administração, com a introdução de mecanismos de participa-
ção popular até então inexistentes.

A administração pública burocrática visava superar as deficiência do patrimonialismo por meio


de um modelo racional-legal, considerando o instituto da meritocracia para superar o clientelis-
mo e nepotismo, características do modelo patrimonialista.
a) Errada. Temos uma característica do modelo gerencial.
b) Errada. Na burocracia não havia essa resistência. Ainda, o modelo gerencial preserva a atua-
ção direta do Estado apenas em atividades econômicas que sejam imprescindíveis, proporcio-
nando a descentralização das atividades consideradas não exclusivas.
4
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organi-
zações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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d) Errada. A remuneração por resultados é uma característica gerencial.


e) Errada. Ainda que o modelo patrimonialista fosse caracterizado pelo atendimento aos in-
teresses do soberano, não se pode falar em inexistência de participação popular, mesmo que
fosse restrita a certos grupos e por interesses pessoais.
Letra c.

004. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO (STJ)/ADMINISTRATIVA/2018) Com referên-


cia à evolução do modelo racional-legal para o paradigma pós-burocrático, julgue o item a seguir.
São princípios inerentes à administração pública burocrática: a impessoalidade, o formalismo
e a hierarquia funcional.

Dentre as características da administração pública burocrática, temos:


• Impessoalidade: as relações entre os integrantes das organizações burocráticas são
governadas pelos cargos que eles ocupam. As relações processam-se entre ocupantes
de cargos (ou papéis), e não entre pessoas.
• Formalismo: nas organizações formais, a capacidade de influenciar o comportamento
alheio baseia-se em normas e regulamentos que estipulam qual é o comportamento
esperado, e quais são os direitos e deveres dos participantes.
• Hierarquia funcional: a burocracia estabelece os cargos segundo os princípios da hie-
rarquia: cada cargo inferior deve estar sob controle e supervisão de um posto superior.
Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão.
Certo.

8. Administração Gerencial (Nova Gestão Pública ou Modelo Pós-


-Burocrático)
8.1. Origem, Conceito, Contexto e Características
A administração gerencial tem sua origem relacionada com as mudanças ocorridas nas
administrações públicas de alguns países a partir da década de 1970 (Estados Unidos, Ingla-
terra, Nova Zelândia e Austrália).
Esse movimento, iniciado na Europa, América do Norte e Oceania, chega também na América
Latina e, segundo Norberto Bobbio5, em resposta à recessão acentuada pela qual alguns países
atravessavam na década de 80, fazendo com que os formuladores de políticas públicas de alguns
países iniciassem as críticas ao “Estado de serviços sociais”, ou seja, ao modelo burocrático.
A administração gerencial significa a introdução da cultura e das técnicas gerenciais mo-
dernas (regra geral, oriundas da iniciativa privada) na Administração Pública.

5
BOBBIO, N. Dicionário de política. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2000.

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Segundo escreve Paludo (2016) , o mundo mudou, a sociedade mudou e as pessoas mu-
6

daram, assim como a economia das nações apresentou grandes mudanças e tecnologias inu-
sitadas surgiram. A competitividade das nações, a eficiência na administração e a busca por
resultados se tornaram palavras de ordem.

005. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA DO DISTRITO FEDERAL/SEFAZ


DF/2020) No que se refere à administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
O modelo de administração pública gerencial respondeu à expansão das funções econômicas
e sociais da sociedade com uma proposta de diminuição do tamanho do Estado.

De fato, à medida que a economia se tornava mais globalizada e as relações sociais mais
complexas, houve uma demanda para que o Estado como um todo se tornasse menos inter-
vencionista e as estruturas governamentais em particular fossem mais eficientes na busca por
resultados. Nesse contexto, surgiram as reformas administrativas em diversos países. Isso
resultou na implantação do modelo de administração pública gerencial.
Certo.

006. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO (EBSERH)/ADMINISTRAÇÃO/2018)


A respeito da evolução da administração pública brasileira, julgue o próximo item.
A nova administração pública se baseia na aplicação do poder racional-legal à gestão pública,
seguindo parâmetros weberianos.

O poder-racional legal está relacionado com a administração pública burocrática, e não com a
nova administração pública, que tem o seu foco no modelo gerencial.
Mediante a lógica racional-legal, com regras rígidas para toda a administração pública, a buro-
cracia reduzia a discricionariedade dos gestores e demais agentes públicos.
Errado.

As características do modelo gerencial são apresentadas pela doutrina e pelo Plano Dire-
tor de Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE7. Para facilitar nossos estudos, vamos fazer
um “desmembramento” em tópicos, considerando o aprofundamento dado pelas bancas.
• Emerge na segunda metade do século XX, em resposta à expansão das funções
econômicas/sociais do Estado, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização
da economia mundial.
6
PALUDO, A. V. Administração pública. 5.ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.
7
Instrumento (documento) básico que implementou o modelo gerencial na Administração Pública brasileira.

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• Inclui a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o


cidadão como beneficiário. Assim, desloca a ênfase dos procedimentos (meios) para os
resultados (fins), com orientação para o cidadão-cliente.
• É orientado, predominantemente, pelos valores da eficiência, qualidade e produtividade
na prestação de serviços públicos.
• Transição do enfoque estrutural (modelo burocrático), com ênfase na organização for-
mal, nas regras e nas estruturas organizacionais, para o enfoque relacional, que prioriza
aspectos da organização informal e elementos comportamentais.
• Não rompe definitivamente com a gestão burocrática, inclusive mantendo e flexibilizan-
do alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos crité-
rios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as
carreiras, a avaliação constante de desempenho, a recompensa pelo desempenho, a ca-
pacitação permanente, o treinamento sistemático, profissionalização da administração
pública, dentre outros.
• Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. En-
quanto a administração burocrática concentra o controle nos processos e procedimento
(controle a priori), a administração gerencial enfatiza a forma de controle baseada nos
resultados (controle a posteriori).
• A estratégia volta-se: (1) para a definição precisa dos objetivos que o administrador
público deverá atingir em sua unidade; (2) para a garantia de autonomia do administra-
dor na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados
à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; e (3) para o controle ou
cobrança a posteriori dos resultados.
• Pratica a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a possibili-
dade de estabelecer concorrência entre unidades internas8.
• Advoga tecnologias administrativas como serviço ao consumidor, incentivos de merca-
do (marketization9) e desregulamentação.
• No plano da estrutura organizacional, privilegia a descentralização de funções e a re-
dução dos níveis hierárquicos. Exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de
estruturas e o incentivo à criatividade e inovação, envolvendo, portanto, maior discricio-
nariedade para as autoridades administrativas.
• Adota a descentralização de atividades para entes federados ou para o setor público não
estatal e desconcentração, mediante ampliação da autonomia dos órgãos da adminis-

8
A competitividade no interior das estruturas organizacionais públicas se justifica como sendo a chave para menores custos
e melhores padrões. Essa competição pode trazer ganhos de eficiência e efetividade ao sistema, já que a disputa obriga a
uma utilização mais racional dos recursos e porque a tendência é aumentar o leque de serviços à disposição dos cidadãos.
9
A expressão “marketization” é o termo usual para referenciar a utilização de mecanismos de mercado dentro da esfera
pública.

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tração pública. Também nesse sentido, é permeável à maior participação dos agentes
privados e/ou das organizações da sociedade civil, com o estabelecimento de parcerias
com a sociedade organizada para a gestão de serviços de interesse coletivo.
• Enfatiza a terceirização de atividades de apoio (atividades-meio). Visando a prestação
de serviços de qualidade e os melhores resultados à sociedade, surge a técnica da ter-
ceirização, que proporciona à Administração maior foco em suas atividades finalísticas,
transferindo a outros a execução de tarefas auxiliares ou de apoio na consecução do
interesse público.
• Concede liberdade gerencial aos gestores públicos, aspecto essencial para que seja
garantida a cobrança de resultados e para o estabelecimento de metas e condições
de accountability.
• Exerce o controle gerencial sobre as unidades descentralizadas por meio da pactuação
de resultados e de desempenhos, com condições e meios para atingi-los, mediante con-
trato de gestão e mecanismos que viabilizem o controle social, por meio de conselhos
de usuários e mecanismos de consulta ao cidadão.
• Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão (empower-
ment e delegação), pressupondo que políticos e funcionários públicos sejam merecedo-
res de grau limitado de confiança.
• Preconiza a separação entre a formulação e a execução das políticas públicas.
• Destaca que o aparelho de Estado deve ser responsável pela formulação e regulação de
políticas públicas, não necessariamente por sua execução.
• Utilização do planejamento estratégico integrado ao processo de gestão, com a perma-
nente fixação de objetivos e metas, em todos os níveis. A avaliação de desempenho
individual e institucional é realizada com base em indicadores sistemáticos.
• Aplica novas políticas de pessoal, compreendendo especialmente:
− regras de promoção baseadas no desempenho;
− melhorias seletivas de remuneração; e
− ênfase no desenvolvimento de habilidades gerenciais e na motivação do pessoal.

007. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA MINISTERIAL (MPE CE)/ADMINISTRAÇÃO/2020) No


que se refere à evolução do modelo de administração pública racional- legal para o paradigma
pós- burocrático e ao Estado do bem-estar social, julgue o item a seguir.
No âmbito da administração pública gerencial, os controles a posteriori dos resultados devem
ser extremamente severos.

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Na administração gerencial, temos uma gestão mais flexível e é justamente por isso que os
controles a posteriori dos resultados devem ser mais severos. Há maior autonomia e flexibili-
zação, porém, em contrapartida, há também um maior controle dos resultados.
Certo.

008. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA (PGE PE)/


GESTÃO PÚBLICA/2019) Julgue o item seguinte, referente a modelos de gestão pública: o
patrimonialista, o burocrático e o gerencial.
Para obter melhorias no funcionamento do setor público, o modelo de gestão gerencial rom-
peu princípios burocráticos e alterou a estrutura de funcionamento desse setor.

A ideia de rompimento absoluto de princípios sempre será falsa! Os três modelos de gestão pú-
blica se sucedem ao longo da história, sem que qualquer um deles seja totalmente abandonado.
Errado.

8.2. Fases ou Estágios do Modelo Gerencial


A administração pública gerencial apresenta três fases ou estágios: gerencialismo puro
ou managerialism, consumerism e Public Service Orientation (PSO). Vamos aos detalhes, en-
fatizando os ensinamentos de Fernando Luiz Abrucio10, no caderno n. 10 da Fundação Escola
Nacional de Administração Pública (ENAP).

8.2.1. Gerencialismo Puro ou Managerialism

Gerencialismo puro ou managerialism é o estágio identificado com as propostas neolibe-


rais que, deflagrando as grandes privatizações, desponta como solução à crise fiscal do Es-
tado. A Inglaterra (Margareth Thatcher) e EUA (Ronald Reagan) foram os países com maiores
observações e estudos de implementação. O caso inglês obteve maior êxito que o americano,
já que o sistema político daquele foi mais favorável à aplicação.
O managerialism era voltado, precipuamente, ao aumento da eficiência pública, redução de
custos, valorização dos recursos públicos (devolução da capacidade de investimento estatal),
enxugamento de pessoal, agilização do atendimento à cidadania, aumento da produtividade,
fixação de responsabilidades e objetivos organizacionais.

10
ABRUCIO, F. L. O impacto do modelo gerencial na Administração Pública. Um breve estudo sobre a experiência internacional
recente. Brasília: ENAP, 1997.

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Assim, trata-se da redução dos custos e da eficiência a qualquer preço, ideia divorciada das
necessidades dos usuários e valores democráticos.
Algumas de suas principais medidas envolveram a privatização em massa, o corte de pes-
soal a devolução de atividades à iniciativa privada, a descentralização, a desconcentração, a
delegação de poder, a racionalização e o controle orçamentário.
Essa fase inicial baseava-se em três pilares:
1. Definição clara das responsabilidades de cada funcionário;
2. Definição clara dos objetivos organizacionais; e
3. Aumento da consciência a respeito do valor dos recursos.
Objetivos (fazer mais com menos – eficiência)
• Organizar governos que custassem menos;
• Preocupação com o contribuinte – reduzir gastos e desperdícios em uma era de escassez;
• Utilização maciça de técnicas e mecanismos do setor privado para melhorar a eficiência;
• Economia e eficiência governamental – engrenagens do modelo Weberiano;
• Produtividade como eixo central;
• Separação entre administração e política;
• Preocupação com valor do dinheiro (value money); e
• Visão da sociedade: contribuintes.

8.2.2. Consumerism

No consumerism, a tônica é o cidadão, considerado cliente-destinatário das ações esta-


tais, consumidor a ser satisfeito pela qualidade dos serviços públicos, que passam a ser con-
tratualizados e prestados por um poder público mais flexível, ágil, competitivo e diluído.
Para o consumerism, a perspectiva da qualidade no setor público possui estreita relação com o
surgimento de atenções às preferências do cliente/consumidor (paradigma do consumidor) – prin-
cípio de que os serviços públicos devem estar mais direcionados às necessidades da sociedade
diretamente afetada (considerado a ênfase do programa inglês denominado Citizen’s Charter).
Em termos gerais, listam-se sequências necessárias para se garantir a qualidade do serviço pú-
blico, na qual o conhecimento das necessidades dos consumidores figura como principal requisito.
Conforme Christopher Pollitt11, apesar do avanço, quando comparado ao modelo gerencial
puro, o consumerism possui diversas críticas, principalmente na relação entre o governo como
prestador de serviços públicos e a sociedade. Essa relação é complexa, já que ela não obedece
ao puro modelo de decisão de compra vigente no mercado. Isso porque, há determinados ser-
viços públicos cujo caráter é compulsório, isto é, não existe a possibilidade de escolha, como
provam a utilização em determinados momentos dos hospitais e dos serviços policiais.

11
POLLITT, C. Managerialism and the public services – the angloamerican experience. Oxford/Massachusetts: Basil
Blackwell, 1990.

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Assim, vários autores postulam que o conceito de “consumidor” deveria ser substituído
pelo de “cidadão”.
Objetivos (fazer melhor – eficácia)
• Introdução do conceito de qualidade dos serviços;
• Flexibilidade de gestão;
• Foco no cliente/consumidor;
• Descentralização, como forma de conferir direito de escolha aos consumidores;
• Aumento da competição entre agências;
• Adoção de novas formas de contratação; e
• Visão da sociedade: clientes.

8.2.3. Public Service Orientation (PSO)

Public Service Orientation é o terceiro e último estágio, ainda em vigor, que tem início na
década de 1990. Toda a reflexão realizada pelos teóricos do PSO leva aos temas do republica-
nismo e da democracia, utilizando-se de conceitos como tratamento isonômico, cidadania e
bem comum, accountability, transparência, participação política, equidade e justiça e, principal-
mente, a descentralização, a partir da qual são formulados quase todos os conceitos do PSO.
Como principais benefícios mundiais da reforma gerencial, que teve resultados latinos re-
levantes no Brasil e Chile, tem-se a melhoria nos processos, eficácia, eficiência, maleabilidade
do sistema (foi descentralizado), economia e diminuição do tamanho dos governos e a contra-
tualização dos serviços.
Objetivos (fazer o que deve ser feito – efetividade)
• Fusão de ideias de gestão dos setores públicos e privados;
• Redução do déficit institucional (“o que”, e não “como”);
• Foco nos cidadãos (conotação coletiva);
• Descentralização como forma de participação dos cidadãos;
• Ênfase no desenvolvimento da aprendizagem social; e
• Visão da sociedade: cidadãos.

009. (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCE-CE)/CONTROLE EXTERNO/AUDITORIA


GOVERNAMENTAL/2015) Ao longo das décadas de 1980 e 1990, três visões da Administração
pública, com razoável grau de intercâmbio entre elas, surgiram do debate sobre a aplicação da
administração gerencial, também conhecida como managerialism, ao setor público: o Gerencia-
lismo Puro, o Consumerism e a Public Service Orientation − PSO. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) A Public Service Orientation − PSO introduziu a contratualização de resultados no setor pú-
blico, visando a estimular o controle e avaliação dos serviços públicos.

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b) A introdução do Gerencialismo Puro na Administração pública teve como principais objeti-


vos reduzir os custos do setor público e assegurar a qualidade dos serviços prestados.
c) Os principais instrumentos gerenciais introduzidos pelo Consumerism para alcançar eficiên-
cia foram o controle orçamentário e a avaliação de desempenho organizacional.
d) O Consumerism introduziu o conceito de qualidade no serviço público, chamando a atenção
para a efetividade dos serviços prestados.
e) O Gerencialismo Puro substituiu o conceito de consumidor pelo de cidadão e resgatou a
participação como mecanismo de transparência.

O consumerism considera que o cliente-destinatário das ações estatais deve estar satisfeito
pela qualidade dos serviços públicos, que passam a ser contratualizados e prestados por um
poder público mais flexível, ágil, competitivo e diluído.
Ainda que a eficácia seja a palavra mais vinculada a esse estágio, não há como negar que tendo o
cliente como foco, a satisfação da sua necessidade a contento (efetividade) não pode ser descartada.
a) Errada. Quem introduziu a contratualização de resultados no setor público, visando a esti-
mular o controle e avaliação dos serviços públicos, foi o estágio consumerism.
b) Errada. De fato, o estágio do gerencialismo puro buscava, essencialmente, a redução de custos.
No entanto, a introdução do conceito de qualidade dos serviços era foco do estágio consumerism.
c) Errada. A ênfase na eficiência é do primeiro estágio, ou seja, do estágio do gerencialismo
puro ou managerialism. Logo, o controle orçamentário é instrumento desenvolvido no estágio
managerialism. Já a avaliação de desempenho está ligada à fase de ênfase da qualidade dos
serviços, ou seja, o estágio consumerism.
e) Errada. A substituição do conceito de consumidor pelo de cidadão ocorre na transição do
estágio consumerism para o PSO.
Letra d.

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Modelos de Administração Pública
Adriel Sá

RESUMO
• Administração patrimonialista
− Baseada nos Estados absolutistas firmados nos séculos XVII e XVIII, quando o patri-
mônio do monarca se confundia com o patrimônio público.
− Principais características:
◦ O soberano era tratado como um deus.
◦ O Estado funcionava como uma propriedade do soberano e a administração era
uma extensão de seu poder.
◦ Ausência de distinção (confusão) entre o patrimônio público e o privado, com a
corrupção, o nepotismo, o clientelismo e a troca de favores se constituindo em
traços marcantes desse tipo de administração.
◦ Prevalecimento de interesses privados em detrimento do interesse público.
◦ Inexistência de carreiras organizadas e ausência de divisão de trabalho.
◦ Não havia ações sociais de atendimento ao interesse da sociedade.
◦ A pessoa do soberano possuía uma administração restrita à arrecadação de im-
postos e uma força militar para defender o território.

• Administração burocrática
− Aparato técnico-administrativo, composto por profissionais especializados, selecio-
nados segundo critérios racionais e que se encarregavam de diversas tarefas impor-
tantes dentro de um sistema social.
− Principais características:
◦ Racionalidade absoluta.
◦ Controle rígido e antecipado dos processos e procedimentos (controle a priori)
◦ Baseia-se em regras, normas e regulamentos (legalidade).
◦ Enfatiza a impessoalidade nas relações.
◦ Promove a hierarquia.
◦ Utiliza a separação entre planejamento e execução.
◦ Meritocracia e competência técnica.
◦ Estabilidade do servidor público.
◦ Busca a profissionalização.
− Principais vantagens:
◦ Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização.
◦ Precisão na definição do cargo e na operação.
◦ Rapidez nas decisões.
◦ Univocidade de interpretação.

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◦ Uniformidade de rotinas e procedimentos.


◦ Continuidade da organização.
◦ Redução do atrito entre as pessoas.
◦ Constância.
◦ Confiabilidade.
◦ Benefícios para as pessoas na organização.
− Principais desvantagens:
◦ Internalização das regras e exagerado apego aos regulamentos;
◦ Resistência às mudanças;
◦ Despersonalização dos relacionamentos;
◦ Categorização como base do processo decisorial;
◦ Superconformidade às rotinas e regulamentos; e
◦ Exibição de sinais de autoridade.

• Administração gerencial (Nova Gestão Pública ou modelo pós-burocrático)


− Tem sua origem relacionada com as mudanças ocorridas nas administrações públi-
cas de alguns países a partir da década de 1970 (Estados Unidos, Inglaterra, Nova
Zelândia e Austrália).
− Principais características:
◦ Emerge em resposta à expansão das funções econômicas/sociais do Estado, ao
desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial.
◦ Necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cida-
dão como beneficiário.
◦ Orientada, predominantemente, pelos valores da eficiência, qualidade e produtividade.
◦ Enfoque relacional.
◦ Não rompe definitivamente com a gestão burocrática, inclusive mantendo e flexibi-
lizando alguns dos seus princípios fundamentais.
◦ Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional.
◦ Forma de controle baseada nos resultados (controle a posteriori).
◦ Pratica a competição administrada no interior do próprio Estado.
◦ Advoga tecnologias administrativas.
◦ Privilegia a descentralização de funções e a redução dos níveis hierárquicos.
◦ Exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas e o incentivo à
criatividade e inovação.
◦ Enfatiza a terceirização de atividades de apoio.
◦ Concede liberdade gerencial aos gestores públicos.
◦ Exerce o controle gerencial por meio da pactuação de resultados e de desempenhos.

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◦ Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão (em-


powerment e delegação).
◦ Preconiza a separação entre a formulação e a execução das políticas públicas.
◦ Destaca que o aparelho de Estado deve ser responsável pela formulação e regula-
ção de políticas públicas, não necessariamente por sua execução.
◦ Utilização do planejamento estratégico integrado ao processo de gestão.
− Gerencialismo puro ou managerialism: fazer mais com menos – eficiência.
◦ Organizar governos que custassem menos;
◦ Preocupação com o contribuinte – reduzir gastos e desperdícios em uma era de
escassez;
◦ Utilização maciça de técnicas e mecanismos do setor privado para melhorar a
eficiência;
◦ Economia e eficiência governamental – engrenagens do modelo Weberiano;
◦ Produtividade como eixo central;
◦ Separação entre administração e política;
◦ Preocupação com valor do dinheiro (value money); e
◦ Visão da sociedade: contribuintes.
− Consumerism: fazer melhor – eficácia.
◦ Introdução do conceito de qualidade dos serviços;
◦ Flexibilidade de gestão;
◦ Foco no cliente/consumidor;
◦ Descentralização, como forma de conferir direito de escolha aos consumidores;
◦ Aumento da competição entre agências;
◦ Adoção de novas formas de contratação; e
◦ Visão da sociedade: clientes.
− Public Service Orientation (PSO): fazer o que deve ser feito – efetividade.
◦ Fusão de ideias de gestão dos setores públicos e privados;
◦ Redução do déficit institucional (“o que”, e não “como”);
◦ Foco nos cidadãos (conotação coletiva);
◦ Descentralização como forma de participação dos cidadãos;
◦ Ênfase no desenvolvimento da aprendizagem social; e
◦ Visão da sociedade: cidadãos.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA (PGE PE)/GES-
TÃO PÚBLICA/2019) Julgue o item seguinte, referente a modelos de gestão pública: o patrimonia-
lista, o burocrático e o gerencial.
O modelo de gestão patrimonialista caracteriza-se pela fusão entre as noções de soberania,
pertencente à esfera pública, e patrimônio, concernente à esfera privada.

002. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO (MANAUS)/SEM ÁREA/2019) Entre as ca-


racterísticas próprias do modelo de Administração Pública patrimonialista destaca-se
a) disseminação de práticas como clientelismo e nepotismo.
b) nítida separação entre patrimônio público e o dos governantes.
c) departamentalização da Administração e especialização técnica dos funcionários.
d) ausência de controles formais e ênfase no controle de resultados.
e) foco na preservação do patrimônio público com ênfase na meritocracia.

003. (FCC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO (PREF RECIFE)/2019)


O modelo burocrático de Administração pública costuma ser criticado pelo excesso de rigidez;
contudo, um outro aspecto deste que costuma ser ressaltado pela literatura consiste na
a) substituição de controles formais da atividade administrativa por controles de resultados,
com foco na eficiência administrativa.
b) resistência à atuação direta do Estado na exploração de atividades econômicas, que somen-
te foi introduzida a partir do subsequente modelo gerencial.
c) meritocracia, buscando a superação do clientelismo e nepotismo próprios do antecedente
modelo patrimonialista.
d) profissionalização e avaliação dos servidores, com introdução de mecanismos de planeja-
mento estratégico e remuneração por resultados.
e) transparência da atuação da Administração, com a introdução de mecanismos de participa-
ção popular até então inexistentes.

004. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO (STJ)/ADMINISTRATIVA/2018) Com referên-


cia à evolução do modelo racional-legal para o paradigma pós-burocrático, julgue o item a seguir.
São princípios inerentes à administração pública burocrática: a impessoalidade, o formalismo
e a hierarquia funcional.

005. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DA RECEITA DO DISTRITO FEDERAL (SEFAZ


DF)/2020) No que se refere à administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
O modelo de administração pública gerencial respondeu à expansão das funções econômicas
e sociais da sociedade com uma proposta de diminuição do tamanho do Estado.

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006. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO (EBSERH)/ADMINISTRAÇÃO/2018)


A respeito da evolução da administração pública brasileira, julgue o próximo item.
A nova administração pública se baseia na aplicação do poder racional-legal à gestão pública,
seguindo parâmetros weberianos.

007. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA MINISTERIAL (MPE CE)/ADMINISTRAÇÃO/2020) No


que se refere à evolução do modelo de administração pública racional- legal para o paradigma
pós-burocrático e ao Estado do bem-estar social, julgue o item a seguir.
No âmbito da administração pública gerencial, os controles a posteriori dos resultados devem
ser extremamente severos.

008. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA (PGE PE)/GES-


TÃO PÚBLICA/2019) Julgue o item seguinte, referente a modelos de gestão pública: o patrimonia-
lista, o burocrático e o gerencial.
Para obter melhorias no funcionamento do setor público, o modelo de gestão gerencial rom-
peu princípios burocráticos e alterou a estrutura de funcionamento desse setor.

009. (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCE-CE)/CONTROLE EXTERNO/AUDITORIA


GOVERNAMENTAL/2015) Ao longo das décadas de 1980 e 1990, três visões da Administração
pública, com razoável grau de intercâmbio entre elas, surgiram do debate sobre a aplicação da
administração gerencial, também conhecida como managerialism, ao setor público: o Gerencia-
lismo Puro, o Consumerism e a Public Service Orientation − PSO. Sobre o tema, é correto afirmar:
a) A Public Service Orientation − PSO introduziu a contratualização de resultados no setor pú-
blico, visando a estimular o controle e avaliação dos serviços públicos.
b) A introdução do Gerencialismo Puro na Administração pública teve como principais objeti-
vos reduzir os custos do setor público e assegurar a qualidade dos serviços prestados.
c) Os principais instrumentos gerenciais introduzidos pelo Consumerism para alcançar eficiên-
cia foram o controle orçamentário e a avaliação de desempenho organizacional.
d) O Consumerism introduziu o conceito de qualidade no serviço público, chamando a atenção
para a efetividade dos serviços prestados.
e) O Gerencialismo Puro substituiu o conceito de consumidor pelo de cidadão e resgatou a
participação como mecanismo de transparência.

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QUESTÕES DE CONCURSO
010. (IBAM/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/PREF JUNDIAÍ/2017) Ao longo
dos séculos XIX e XX, o modelo patrimonialista, adotado pelos Estados Absolutistas, deu lugar
a um novo modelo de Administração Pública, o modelo burocrático, fundamentado na separa-
ção entre a res publica e a res principis e na autoridade racional-legal, princípios mais compatí-
veis com os Estados liberais e democráticos. Em contraposição ao patrimonialismo, o modelo
burocrático de gestão se caracteriza ainda pelos seguintes princípios:
a) igualdade no tratamento dos cidadãos, reduzido grau de formalização das atividades e im-
pessoalidade nas relações.
b) impessoalidade no trato com os cidadãos, elevado grau de formalização das atividades e
rigorosa profissionalização dos quadros.
c) rigorosa profissionalização dos quadros e estruturas informais e impessoalidade nas relações.
d) desempenho medido por resultados, rigorosa profissionalização dos quadros e impessoali-
dade nas relações.

011. (COSEAC UFF/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO (UFF)/2017) Os modelos organiza-


cionais de Administração Pública – Patrimonialista, Burocrata e Gerencial – evoluíram, ao longo
do tempo, para atender melhor os anseios da sociedade. Em relação às características do mode-
lo Patrimonialista é correto afirmar que ele:
a) coibia o nepotismo.
b) tratava dos interesses públicos com impessoalidade.
c) combatia a corrupção.
d) não fazia distinção entre os limites do público e do privado.
e) determinava a escolha do gestor público pelo voto direto.

012. (IADES/ANALISTA DE ATIVIDADES DO HEMOCENTRO DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) O


propósito da nova gestão pública é criar mais valor para a sociedade como um todo, ou seja,
gerar evolução no sentido mais amplo. Com base no exposto, é correto afirmar que os execu-
tivos de governo devem
a) assegurar o controle apropriado para garantir o cumprimento das políticas públicas, apenas.
b) garantir a excelência das políticas públicas criadas, uma vez que, com qualidade, elas po-
dem sozinhas cumprir toda a função pública.
c) posicionar-se em um ponto além dos desejos e das necessidades da sociedade, ou seja,
devem ser capazes de descobrir o que a sociedade vai desejar e (ou) precisar antes mesmo
que ela saiba. Para isso, devem estar atentos às tendências de futuro, a soluções inovadoras e
à postura empreendedora em prol dessa sociedade.

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d) assegurar a estabilidade das instituições públicas, evitando que a sociedade corra riscos,
dessa forma garantindo o status quo no processo de gestão pública, independentemente de
tendências e de demandas futuras da sociedade.
e) servir à sociedade como agentes neutros, apenas executando as atividades, sem ques-
tionamentos ou análises, uma vez que sempre estiveram estabelecidas como procedimen-
tos corretos.

013. (IADES/ANALISTA I (CRF DF)/ADMINISTRADOR/2017) A administração pública evoluiu


por meio de três modelos: patrimonialista, burocrático e gerencial.
Tendo por base a administração pública gerencial, assinale a alternativa correta.
a) O surgimento da administração pública gerencial data da metade do século 19, durante o
apogeu do Estado Liberal, tendo por fundamento o combate à corrupção.
b) Para a administração pública gerencial, o interesse estatal pode ser confundido com o inte-
resse público, já que este é a afirmação do poder do Estado.
c) A efetividade do controle dos abusos e o poder racional-legal são a essência da administra-
ção pública gerencial.
d) A administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas e tem por foco
o controle dos resultados.
e) Na administração pública gerencial, o aparelho do Estado torna-se uma extensão do poder
do soberano.

014. (FAURGS/ANALISTA JUDICIÁRIO (TJ RS)/ADMINISTRATIVA/2017) A proposta forma-


lizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, em 1995, buscava orientar a transi-
ção para um modelo ________ de administração pública. Segundo consta no documento orienta-
dor do plano, um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle de resultados
_________ para controle de resultados ___________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
a) burocrático – a priori – a posteriori
b) burocrático – a posteriori – a priori
c) gerencial – a priori – a posteriori
d) gerencial – a posteriori – a priori
e) patrimonialista – a priori – a posteriori

015. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) O modelo de Adminis-


tração Pública no qual o Estado é uma extensão do poder soberano, e o interesse público e o
privado são confundidos, sem diferenciação entre os bens do governante e os bens públicos, é
conhecido como:
a) gerencial.
b) patrimonialista.

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c) burocrático.
d) racional-legal.
e) pós-moderno.

016. (FGV/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO (CGM NITERÓI)/AUDITORIA


GOVERNAMENTAL/2018) Relacione as formas de Administração Pública às suas respecti-
vas características.
I – Patrimonialista
II – Burocrática
III – Gerencial

(  ) Rigidez nos procedimentos e na hierarquia.


(  ) Não existe uma distinção clara entre o público e o privado.
 (  ) Promove a descentralização política.

Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) I – II – III.
b) I – III – II.
c) III – I – II.
d) II – III – I.
e) II – I – III.

017. (FGV/ANALISTA (TJ SC)/ADMINISTRATIVO/2018) O chefe de departamento da se-


cretaria de educação do município “X”, temendo a reprovação de seu filho na disciplina de
matemática na escola, oferece ao professor um cargo em comissão na secretaria em troca
de uma “ajudinha” na prova.
No contexto dos paradigmas da administração pública, essa atitude do chefe de departamen-
to, que percebe o aparelho estatal como instrumento do detentor do poder, pode ser conside-
rada típica do modelo:
a) patrimonialista;
b) consumerista;
c) social-democrata;
d) burocrático;
e) contingencial.

018. (FUNDATEC/TÉCNICO ADMINISTRATIVO (DPE SC)/2018) QUAL DAS ALTERNATI-


VAS A SEGUIR EVIDENCIA UM EXEMPLO DE IMPLEMENTAÇÃO do modelo de administra-
ção pública burocrática?

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a) Existência de controle de resultados.


b) Previsão de um plano de metas e de qualidade.
c) Inserção de projeto estratégico de qualificação do servidor público.
d) Estabelecimento de um programa de eficiência no atendimento ao cidadão.
e) Previsão de normas que estabelecem formas para a prática de atos ou do processo administrativo.

019. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) A visão de que o modo


mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do controle rígi-
do dos processos e procedimentos, conceitualmente se aplica para a Administração de acordo
com o modelo:
a) hierárquico.
b) organizacional.
c) racional.
d) pós-burocrático.
e) burocrático.

020. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) Avalie se o processo


administrativo burocrático apresenta as características básicas a seguir indicadas:
I – Atribuições de funcionários fixadas oficialmente por regras ou disposições administrativas.
II – Hierarquia e funções integradas em um sistema de mando, de tal modo que, em todos os
níveis, haja uma supervisão dos inferiores pelos superiores.
III – Atividades administrativas se manifestam e se baseiam em documentos escritos.
IV – As funções pressupõem aprendizado profissional, com treinamento especializado.
Estão corretas:
a) I, II, III e IV.
b) somente I, II e III.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, III e IV.
e) somente I, II e IV.

021. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) O tipo de dominação,


característica do modelo burocrático, baseada na crença, na legitimidade das ordens estatu-
ídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão nomeados para
exercer a dominação, é a que se chama dominação:
a) compulsória.
b) institucional.
c) tradicional.
d) carismática.
e) racional.

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022. (FAUEL/AUXILIAR EM REGULAÇÃO (AGEPAR)/2018) No Brasil, a Administração Públi-


ca pode ser compreendida e analisada conforme três grandes modelos: Patrimonialista, Buro-
crático e Gerencial. Neste contexto, o modelo focado nos princípios de formalização e profis-
sionalismo, fazendo uso de hierarquias bem definidas é chamado de:
a) Patrimonialista.
b) Burocrático.
c) Gerencial.
d) Patrimonialista e Gerencial.

023. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) Constitui uma carac-


terística do modelo de administração gerencial:
a) é fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização.
b) prioriza a gestão baseada na hierarquia.
c) exige formas rígidas de decisão amparada em controles legais.
d) aplica os conceitos do modelo gestão carismática.
e) defende a gestão centralizada, com a aplicação normas rígidas de controle.

024. (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC BA)/2018) Do ponto de vista da eficácia, para a


nova gestão pública, os funcionários devem mudar a ênfase dos processos e procedimentos para
a) a visão patrimonialista.
b) a lógica de mercado.
c) os meios.
d) os resultados.
e) a racionalidade burocrática.

025. (FAUEL/AUXILIAR EM REGULAÇÃO (AGEPAR)/2018) A forma de Administração Pública


____________ tem como princípio o desenvolvimento de uma gestão voltada para o controle de
resultados pretendidos, apresentando ênfase no princípio da eficiência.
O termo que completa corretamente a lacuna acima é:
a) Patrimonialista
b) Burocrática
c) Gerencial
d) As características apresentadas não descrevem nenhum dos três modelos de administra-
ção pública.

026. (QUADRIX/ASSISTENTE (CODHAB)/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Com relação à


administração geral e pública, julgue o item.

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A chamada administração gerencial aplicada ao Setor Público, em contraposição à ad-


ministração burocrática, visualiza o cidadão como um cliente, está calcada na obtenção de
resultados que satisfaçam às necessidades dos contribuintes e, assim, dá ênfase particular
ao desempenho funcional.

027. (QUADRIX/ANALISTA (CODHAB)/ADMINISTRAÇÃO/2018) Quanto à evolução da Admi-


nistração Pública e à gestão de pessoas, julgue o item a seguir.
A Administração Pública gerencial surgiu como estratégia para reduzir os custos do Estado e
tornar os serviços públicos mais eficientes.

028. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO LEGISLATIVA (CM CORUM-


BATAÍ DO SUL)/2019) A Administração Pública se define como o poder de gestão de Estado, no
qual inclui o poder de legislar e tributar, fiscalizar e regulamentar, através de seus órgãos e outras
instituições, determinadas pela Constituição Federal, pelas leis, visando o interesse da coletivida-
de. Teoricamente, a Administração Pública fundamenta-se sob três modelos:
a) Patrimonialista, Burocrático e Gerencial.
b) Patrimonialista, Burocrático e Radicalista.
c) Burocrático, Gerencial e Expansivo.
d) Patrimonialista, Burocrático e Moderno.

029. (VUNESP/ADMINISTRADOR (UFABC)/2019) No sentido popular ou leigo, a burocracia


pública é quase um sinônimo de lentidão, carimbos, excesso de autoridade, ou seja, algo que
tende a “não funcionar direito”.
Entretanto, no seu sentido técnico e acadêmico, a burocracia pública tem como sinônimo:
a) eficácia, ou seja, trabalha-se pelo resultado esperado pelos cidadãos e menos preocupado
com os processos.
b) efetividade, ou seja, independentemente dos processos, busca-se avaliar o alcance dos re-
sultados e dos seus efeitos positivos.
c) eficiência, ou seja, busca-se um serviço público célere, com os menores custos e os melho-
res resultados.
d) entropia, ou seja, o sistema público deve ser retroalimentado pelos impostos, e os cidadãos,
por sua vez, devem receber bons serviços dos governos.
e) excelência, ou seja, o nível de qualidade dos serviços públicos deve estar de acordo com as
expectativas dos cidadãos.

030. (FCC/ANALISTA (COPERGÁS)/ADMINISTRADOR/2016) Constitui característica do mo-


delo de Administração pública burocrática:
a) Inexistência de distinção entre a esfera pública e privada.
b) Controle a posteriori das ações públicas.

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c) Competência técnica e meritocracia.


d) Ausência de padronização dos procedimentos, gerando casuísmos.
e) Falta de hierarquia e nepotismo.

031. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRT 14ª REGIÃO)/ADMINISTRATIVA/2016) É considera-


do um mecanismo característico da administração gerencial:
a) Controle rígido de procedimentos.
b) Gestão hierárquica.
c) Normas e regulamentos.
d) Controle de legalidade.
e) Gestão por Competências.

032. (FCC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE (ARTESP)/ADMINISTRAÇÃO


DE EMPRESAS/I/2017) Sobre os modelos teóricos de Administração pública, considere:
I – A Administração pública gerencial promoveu a revisão das atribuições estatais e prezou
pela eficiência do setor público, cujas principais mudanças ocorreram nos elementos centrais
do modelo burocrático de impessoalidade, de meritocracia e da fidelidade às prescrições de
cargos e regulamentos.
II – O modelo Burocrático emergiu, dentre alguns pressupostos sociais e econômicos, a par-
tir do desenvolvimento da economia monetária, que possibilitou o provimento financeiro aos
funcionários, desencorajando a busca por outras formas de remuneração derivadas do cargo.
III – Na dominação tradicional weberiana, a reverência ao soberano garante a legitimidade das
regras instituídas por ele, prevalecendo, entre os subjugados, a noção de que tal autonomia
não é limitada por forças concorrentes, o que possibilita o exercício pessoal e arbitrário do
poder, deste contexto emerge o modelo patrimonialista.
IV – O modelo Gerencial promoveu, além de melhorias estruturais, gerenciais e orçamentais,
uma maior participação popular.
V – Uma das principais limitações do modelo Burocrático é o fisiologismo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, IV e V.
e) I, III e IV.

033. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 24ª REGIÃO)/ADMINISTRATIVA/2017) Constitui(em)


característica(s) própria(s) e inovadora(s) do modelo gerencial de Administração pública, que o
diferencia(m) dos outros modelos precedentes:

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a) combate ao patrimonialismo.
b) controle de resultados.
c) formalização dos procedimentos.
d) profissionalização do corpo técnico.
e) hierarquia e meritocracia.

034. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO (ALESE)/ADMINISTRAÇÃO/2018) O modelo patrimonia-


lista de administração pública
a) é contemporâneo ao modelo burocrático, diferindo deste pela separação clara entre patri-
mônio público e dos governantes.
b) antecede o modelo burocrático e possui, como traço característico, a ausência de separa-
ção entre o patrimônio público e o dos governantes.
c) sucede o modelo burocrático e precede o gerencial, sendo caracterizado pela rigidez das
estruturas hierárquicas.
d) é uma resposta ao excesso de flexibilidade do modelo gerencial, sucedendo este último e
tendo seu foco principal na responsabilidade fiscal.
e) é contemporâneo ao modelo gerencial, dele diferindo pela utilização de modelos de parce-
rias público-privadas em lugar da desestatização.

035. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA (DPE AM)/ASSISTENTE TÉCNICO ADMI-


NISTRATIVO/2018) O modelo de administração gerencial difere do modelo burocrático em alguns
aspectos essenciais, entre os quais pela introdução do conceito de
a) patrimonialismo.
b) meritocracia.
c) hierarquia.
d) avaliação a posteriori.
e) verticalização das estruturas.

036. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO (TCE-RS)/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-


PRESAS/2018) O modelo de Administração pública gerencial, que ganhou impulso no Brasil a
partir do início dos anos 1990, inspirou-se em experiências internacionais, que, por seu turno,
passaram por diferentes estágios e modelos correspondentes, entre as quais:
a) Consumerism, que preconiza a redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da
eficiência, ainda que em detrimento da qualidade dos serviços públicos prestados.
b) Managerialism, que introduziu o conceito de qualidade na prestação dos serviços públicos,
com foco na satisfação do cliente-usuário, sem preocupação excessiva com os custos incorridos.
c) New Public Management, pautado pelas ideias de cidadão-usuário, contratualização e dis-
ciplina fiscal.

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d) Downsizing, também denominado de administração top-down, com a transferência maciça


de profissionais do mercado privado para o setor público e aplicação de técnicas de gestão de
pessoal alinhada com consecução de resultados.
e) Public Service Orientation, que representa o primeiro estágio do modelo gerencial, denomi-
nado gerencialismo puro, com aplicação indiscriminada e práticas da iniciativa privada.

037. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO (TCE-RS)/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-


PRESAS/2018) O modelo burocrático de Administração pública costuma sofrer críticas excessi-
vas em face de seus aspectos negativos ou distorções de implementação, não sendo realçados,
muitas vezes, os avanços em relação ao modelo patrimonialista. Na evolução da Administração
pública no Brasil, entre os avanços decorrentes da introdução do modelo burocrático inclui-se:
a) rigor técnico na atuação da Administração, com ênfase na meritocracia e afastamento do
nepotismo.
b) substituição dos controles formais por controles de resultados, alinhados com os objetivos
estratégicos da Administração.
c) horizontalização das estruturas hierárquicas, com maior autonomia funcional e diminuição
de chefias e escalões intermediários.
d) maior concentração do Estado nas atividades finalísticas, com terceirização de ativida-
des de apoio.
e) ampliação da participação do terceiro setor em atividades não exclusivas do Estado, deno-
minada publicização.

038. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA (PREFEITURA DE RECIFE – PE)/2019)


Os modelos de Administração pública que se sucederam apresentam características próprias,
que distinguem cada qual dos demais, entre elas
a) a gestão horizontal do modelo burocrático, que substituiu a verticalização de estruturas
própria do patrimonialista.
b) a ênfase na preservação do patrimônio público, própria do modelo patrimonialista, com
clara separação do patrimônio do governante, o que perdeu força no modelo gerencial a partir
das privatizações.
c) a prevalência de controles a priori da atuação pública, de natureza formal, característica do
modelo gerencial e considerada uma evolução em relação ao burocrático, que apenas realiza
controles a posteriori.
d) o critério técnico de seleção dos servidores, ausente no modelo burocrático e introduzido
pelo gerencial, que passou a valorizar a estrutura funcional da Administração.
e) o formalismo e a estrutura hierárquica rígida, próprios do modelo burocrático, aliados à me-
ritocracia, está também presente no modelo gerencial.

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039. (AOCP/ANALISTA DE RECURSOS FINANCEIROS, ORÇAMENTÁRIOS, CONTRATOS E


CONVÊNIOS (PREFEITURA DE BETIM-MG)/2020) Assinale a alternativa que apresenta alguns
dos movimentos pelos quais passou o paradigma do cliente na gestão pública.
a) Neoliberalismo Hayekiano e Thatcherismo.
b) Public Service Oriented e Public Choice.
c) Managerialism e Nova Ordem Mundial.
d) Consumerism e Nova Gestão Pública.
e) Rolling Back the State e Whitehall.

040. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO (IBGE)/2019) Considerando a transição de uma admi-


nistração pública burocrática para a gerencial, assinale a alternativa que apresenta algumas
das instituições da administração pública burocrática que devem ser conservadas e aperfeiço-
adas na implantação da administração pública gerencial.
a) Um sistema universal de remuneração, de carreiras formalmente estruturadas e de um sis-
tema de treinamento.
b) Um sistema público de remuneração, de programas de promoção por tempo e de um siste-
ma de indicações.
c) Um sistema fechado de remuneração, de avaliações de resultados alcançados e de um sis-
tema eleitoral.
d) Um sistema seletivo de remuneração, de processos profissionais de atuação e de um siste-
ma autoritário.
e) Um sistema flexível de remuneração, de esforços públicos de valorização e de um sistema
de criatividade.

041. (AOCP/TELE ATENDENTE (CISAMUSEP-PR)/2016) Dentre as três formas de adminis-


tração pública, o modelo pós-burocrático ou gerencial tem como uma de suas características
a) o comportamento esperado pelo servidor ou administrador público na forma de regulamen-
tos exaustivos.
b) as atividades, estruturas e procedimentos estarem codificados em regras exaustivas para
evitar a imprevisibilidade.
c) ser incompatível com a lógica e as demandas de uma sociedade civil estruturada, urbana e
uma economia de mercado.
d) a contratualização de resultados a serem alcançados, com explicitação mais clara de apor-
tes para sua realização e incentivos ao desempenho superior.
e) o constante monitoramento dos meios, especialmente dos procedimentos adotados pelos
membros da administração no cotidiano de suas atividades.

042. (AOCP/TECNÓLOGO FORMAÇÃO (UFPB)/GESTÃO PÚBLICA/2016) É comum nos depa-


rarmos, na literatura, com a descrição de três modelos de Administração Pública: patrimonialista,

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burocrático e gerencial. A respeito desses três modelos, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F)
o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

 (  ) A administração patrimonialista era o modelo de administração própria das monarquias


absolutas, em que o patrimônio do rei se confundia com o patrimônio público. O Estado
era considerado propriedade do rei.
(  ) A administração pública burocrática, associada ao tipo ideal de dominação racional-le-
gal de Max Weber, busca separar o que é público do privado, estabelecer o comporta-
mento esperado pelo servidor público ou administrador público na forma de regulamen-
tos exaustivos, enfatizar a impessoalidade, seja na forma de acesso ao serviço público,
seja na progressão na carreira e torna o conhecimento das regras um recurso de poder.
(  )
 A administração pública burocrática compreende a criação de novas figuras institucionais
para a realização de serviços que não configuram atividades exclusivas do Estado, como
PPP (parcerias público-privadas) e Organizações Sociais e OSCIPs (Organizações da So-
ciedade Civil de Interesse Público) que podem estabelecer parcerias com o poder público.
 (  ) A administração pública gerencial compreende estrutura de poder menos centralizadas
e hierárquicas, permitindo maior rapidez e economia na prestação de serviços e a par-
ticipação dos usuários.
 (  ) A administração pública gerencial compreende sistemas de gestão e controle centra-
dos em resultados e não mais em procedimentos.

a) V – F – V – F – F.
b) F – F – V – F – F.
c) V – V – V – F – V.
d) V – F – V – F – V.
e) V – V – F – V – V.

043. (AOCP/TÉCNICO ESCRITURÁRIO (DESENBAHIA)/2017) Qual é o tipo de autoridade


que tem o seu apogeu com o modelo burocrático de organização e é reconhecido através da
hierarquia?
a) Autoridade tradicional.
b) Autoridade carismática.
c) Autoridade racional-legal.
d) Autoridade contingencial.
e) Autoridade comportamental.

044. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFS)/2014) A nova gestão pública se baseia na


informação analisada, armazenada e liberada, para que possa servir para as futuras tomadas

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de decisões, para novo controle e para a subsequente avaliação. Assinale a alternativa que
apresenta um dos objetivos da gestão pública moderna.
a) A crença no resultado positivo da política pública a ser implementada.
b) A credibilidade plena na administração pública.
c) A crença que os elementos tecnológicos asseguram a eficácia e a eficiência da gestão.
d) A certeza que os gestores públicos fazem o que deles se espera.
e) A certeza que os elementos de gestão da empresa privada utilizados na gestão pública pro-
porcionarão resultados econômicos e sociais.

045. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFS)/2014) Para que se proceda ao controle dos


resultados, descentralizadamente, em uma administração pública, assinale a alternativa que
apresenta o que é preciso em relação aos políticos e funcionários públicos, de acordo com a
administração pública gerencial.
a) Concentrar na satisfação e perspectiva dos agentes públicos para que os resultados acon-
teçam espontaneamente.
b) Orientação voltada para seus interesses com controle público permanente por resultados,
mas que permita delegação.
c) Mereçam confiança limitada, permanentemente controlada por resultados, mas que permita
delegação.
d) Pressupor que a descentralização e o incentivo à criatividade e à inovação, garantirão o al-
cance dos resultados.
e) Utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos, o que
garantirá o gerenciamento eficiente e profissional orientado para os funcionários públicos.

046. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (EBSERH/HRL-UFS)/ADMINISTRAÇÃO/2017) A


nova administração pública tem suas bases teóricas no pensamento neoliberal e na teoria da
escolha pública. A teoria da escolha pública partilha de qual postulado comportamental básico
da economia neoclássica?
a) A presença dos cidadãos nas regras eleitorais e de atuação pública.
b) O comportamento dos eleitores na composição do legislativo e executivo.
c) O utilitarismo humano nas interações econômicas, sociais e políticas.
d) A participação da sociedade na definição das normas burocráticas.

047. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (EBSERH/HUJB–UFCG)/ADMINISTRAÇÃO/2017)


Assinale a alternativa correta.
a) São processos típicos da administração pública burocrática a delegação de autoridade e o
rígido controle sobre o desempenho.
b) A administração pública gerencial é voltada para os processos e procedimentos internos
vinculados aos serviços públicos.

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c) A autorreferência e a promoção dos próprios interesses são consequências da administra-


ção pública gerencial.
d) A administração pública burocrática tem foco na redução dos custos e na eficiência da ad-
ministração dos bens e serviços inerentes ao Estado.
e) São processos típicos da administração pública gerencial a descentralização e o controle de
resultados definidos por contrato.

048. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFPB)/ADMINISTRAÇÃO/2014) Assinale a


alternativa que apresenta, de forma ampla, em qual concepção de Estado e de sociedade
está baseada a administração pública gerencial.
a) Centralizadora e autoritária.
b) Patrimonialista e burocrática.
c) Cultural e política.
d) Democrática e plural.
e) Controladora e procedimental.

049. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFC)/ADMINISTRAÇÃO/2014) A implementa-


ção da administração pública, sob o prisma gerencial, envolve uma mudança na estratégia
de gerência, que deve ser colocada em prática em uma estrutura administrativa reformada.
Assinale a alternativa que apresenta somente algumas diferenças que a administração pública
gerencial possui em relação à administração pública burocrática.
a) Concentra-se no processo; é autorreferente; define procedimentos para contratação de pes-
soal, compras de bens e serviços.
b) Satisfaz as demandas dos cidadãos; concentra-se no processo; define indicadores de
desempenho.
c) Não adota procedimentos rígidos; realiza controle de procedimentos; define procedimentos
para contratação de pessoal, compras de bens e serviços.
d) Combate o nepotismo e a corrupção; é autorreferente; e define procedimentos para contra-
tação de pessoal, compras de bens e serviços.
e) Orienta-se para resultados; não adota procedimentos rígidos; define indicadores de
desempenho.

050. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO (MPE PA)/ADMINISTRAÇÃO/2019) Em relação à admi-


nistração pública e aos conceitos de administração patrimonialista, burocrática e gerencial,
assinale a conduta que confirma práticas patrimonialistas.
a) Licitação.
b) Nepotismo.
c) Concurso público.
d) Avaliação de desempenho.

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051. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO (MPE PA)/ADMINISTRAÇÃO/2019) Assinale o conceito que,


se aplicado em excesso, NÃO representa uma disfunção do modelo de administração burocrática.
a) Probidade.
b) Autoridade.
c) Hierarquização.
d) Regulamentação.

052. (CONSULPLAN/OFICIAL (CBM SC)/CADETE/2015) Com referência aos modelos de Ad-


ministração Pública Burocrática e Gerencial, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Administração burocrática.
2. Administração gerencial.

 (  ) Prega a descentralização, com delegação de poderes, atribuições e responsabilidades


para os escalões inferiores.
(  ) Prega o formalismo, rigidez e o rigor técnico.
(  ) Pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza, na qual os
cidadãos defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas.
(  ) A confiança é limitada, permanentemente controlada por resultados, mas ainda assim
suficiente para permitir a delegação, para que o gestor público possa ter liberdade de
escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas.
(  ) É autorreferente e se concentra no processo, em suas próprias necessidades e perspec-
tivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida.

A sequência está correta em


a) 1, 2, 2, 1, 1.
b) 1, 2, 1, 1, 2.
c) 2, 1, 2, 2, 1.
d) 2, 1, 1, 2, 2.

053. (CONSULPLAN/OFICIAL (CBM SC)/CADETE/2015) O cenário mundial tem sido afeta-


do, nas últimas décadas, por duas grandes tendências transformadoras: a consolidação dos
mecanismos de mercado no âmbito econômico e a consolidação da democracia, no âmbito
político. Assim, o mercado e a democracia são as bases sobre as quais estão se reestruturan-
do as novas sociedades. O modelo gerencial contemporâneo prioriza de modo consistente os
esforços para privilegiar o atendimento ao cidadão e tem como princípios, EXCETO:
a) Avaliação da qualidade dos serviços prestados.
b) Manutenção de canais de comunicação com os usuários.
c) Utilização de sistemas rígidos de atendimento ao cidadão.

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d) Busca de excelência dos serviços com o estabelecimento de padrões e metas de qualidade


de atendimento.

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GABARITO
1. C 37. a
2. a 38. e
3. c 39. d
4. C 40. a
5. C 41. d
6. E 42. e
7. C 43. c
8. E 44. a
9. d 45. c
10. b 46. c
11. d 47. e
12. c 48. d
13. d 49. e
14. c 50. b
15. b 51. a
16. e 52. c
17. a 53. c
18. e
19. e
20. a
21. e
22. b
23. a
24. d
25. c
26. C
27. C
28. a
29. c
30. c
31. e
32. a
33. b
34. b
35. d
36. c

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GABARITO COMENTADO
010. (IBAM/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/PREF JUNDIAÍ/2017) Ao longo
dos séculos XIX e XX, o modelo patrimonialista, adotado pelos Estados Absolutistas, deu lugar
a um novo modelo de Administração Pública, o modelo burocrático, fundamentado na separa-
ção entre a res publica e a res principis e na autoridade racional-legal, princípios mais compatí-
veis com os Estados liberais e democráticos. Em contraposição ao patrimonialismo, o modelo
burocrático de gestão se caracteriza ainda pelos seguintes princípios:
a) igualdade no tratamento dos cidadãos, reduzido grau de formalização das atividades e im-
pessoalidade nas relações.
b) impessoalidade no trato com os cidadãos, elevado grau de formalização das atividades e
rigorosa profissionalização dos quadros.
c) rigorosa profissionalização dos quadros e estruturas informais e impessoalidade nas relações.
d) desempenho medido por resultados, rigorosa profissionalização dos quadros e impessoali-
dade nas relações.

O modelo patrimonialista é considerado o pioneiro na administração do Estado. Fortemente


caracterizado pela dominação do soberano, a gestão da coisa pública (res publica) se confun-
dia com o a coisa privada (res principis), o que fomentava a corrupção e a prática do nepotismo.
Em meados do século XIX, com o desenvolvimento da indústria e crescimento do comércio, as
necessidades da sociedade foram tomando proporções que o Estado Liberal não conseguia
mais atender com o modelo patrimonialista.
Surge, então, a burocracia, idealizada pelo sociólogo alemão Max Weber, para organizar as insti-
tuições (privadas e públicas) mediante regras formais, critérios de impessoalidade, dentre outros,
com a finalidade de combater a corrupção e o nepotismo tão enraizados no modelo patrimonialista.
São características da administração burocrática:
• Caráter legal das normas;
• Caráter formal das comunicações;
• Caráter racional e divisão do trabalho;
• Hierarquia da autoridade;
• Rotinas e procedimentos padronizados;
• Impessoalidade nas relações;
• Competência técnica e meritocracia;
• Especialização da administração;
• Profissionalização dos funcionários; e
• Previsibilidade de funcionamento.
Vejamos as alternativas incorretas:

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a) Errada. O erro da alternativa está na expressão “reduzido grau de formalização das ativida-
des”. É exatamente o contrário! O modelo burocrático preza pela formalização das atividades
com rígida divisão do trabalho e com definição rígida de competências e responsabilidades.
Vide as características do modelo burocrático, listadas anteriormente.
c) Errada. O erro da alternativa está na expressão “estruturas informais”. No modelo burocráti-
co não há espaço para estruturas informais, porque a formalização é exercida de forma rígida
por meio de rotinas, regras e manuais, para tornar a organização eficaz. Isso porque o controle
tem ênfase nos meios utilizados para atingir os objetivos, sendo realizado a priori.
d) Errada. O erro da alternativa está na expressão: desempenho medido por resultados. Confor-
me o Estado foi crescendo e sua estrutura foi se tornando mais complexa, o modelo burocrático,
até então considerado ideal para a gestão pública, começou a apresentar disfunções que dificul-
taram a implementação de políticas públicas e o atendimento das necessidades da sociedade.
Nesse contexto, surgiu o modelo gerencial orientado para atender as necessidades do cidadão e
para a obtenção de resultados. O controle passou a ser realizado a posteriori, tendo ênfase nos
fins, ou seja, nos resultados obtidos. Portanto, desempenho medido por resultados (eficiência) é
característica do modelo gerencial.
Letra b.

011. (COSEAC UFF/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO (UFF)/2017) Os modelos organiza-


cionais de Administração Pública – Patrimonialista, Burocrata e Gerencial – evoluíram, ao lon-
go do tempo, para atender melhor os anseios da sociedade. Em relação às características do
modelo Patrimonialista é correto afirmar que ele:
a) coibia o nepotismo.
b) tratava dos interesses públicos com impessoalidade.
c) combatia a corrupção.
d) não fazia distinção entre os limites do público e do privado.
e) determinava a escolha do gestor público pelo voto direto.

A administração pública patrimonialista era fortemente caracterizada pela dominação do so-


berano e a gestão do patrimônio público se confundia com o privado. Por isso, não existia
preocupação em prestar serviços que atendessem as demandas da sociedade e, por consequ-
ência, não se falava em políticas públicas.
Vejamos as alternativas incorretas:
a) Errada. A administração pública burocrática é que coibia o nepotismo, tendo como uma das
medidas para alcançar esse objetivo: a profissionalização de cargos públicos.
b) Errada. Essa é uma característica da administração pública burocrática, que, ao contrário
do modelo patrimonialista, trata os interesses públicos como algo que é inerente a todos os
cidadãos e não a um grupo privilegiado.

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c) Errada. Pelo contrário! A administração pública patrimonialista incentivava a corrupção com


a sua prática de troca de favores e recompensas.
e) Errada. Na administração pública patrimonialista o gestor público era escolhido de acordo
com o tipo de relação (familiar ou amizade) que mantinha com o soberano. Na administração
pública burocrática o gestor público passou a ocupar os cargos públicos por meio de critérios
impessoais de seleção.
Letra d.

012. (IADES/ANALISTA DE ATIVIDADES DO HEMOCENTRO DF/ADMINISTRAÇÃO/2017) O


propósito da nova gestão pública é criar mais valor para a sociedade como um todo, ou seja,
gerar evolução no sentido mais amplo. Com base no exposto, é correto afirmar que os execu-
tivos de governo devem
a) assegurar o controle apropriado para garantir o cumprimento das políticas públicas, apenas.
b) garantir a excelência das políticas públicas criadas, uma vez que, com qualidade, elas po-
dem sozinhas cumprir toda a função pública.
c) posicionar-se em um ponto além dos desejos e das necessidades da sociedade, ou seja,
devem ser capazes de descobrir o que a sociedade vai desejar e (ou) precisar antes mesmo
que ela saiba. Para isso, devem estar atentos às tendências de futuro, a soluções inovadoras e
à postura empreendedora em prol dessa sociedade.
d) assegurar a estabilidade das instituições públicas, evitando que a sociedade corra riscos,
dessa forma garantindo o status quo no processo de gestão pública, independentemente de
tendências e de demandas futuras da sociedade.
e) servir à sociedade como agentes neutros, apenas executando as atividades, sem questiona-
mentos ou análises, uma vez que sempre estiveram estabelecidas como procedimentos corretos.

As letras A, B, D e contêm alguns trechos que limitam a atuação do gestor. Lembre-se de que
estamos tratando dos executivos de governo no ambiente da nova gestão pública (gestão vol-
tada para resultados).
a) Errada. É nítida aplicação de uma gestão mecânica, voltada para controle de procedimentos.
Observe o termo “apenas”.
b) Errada. Também é limitadora, afirmando que políticas públicas criadas com qualidade são
autoexecutáveis! Nada disso!
c) Certa. Apesar de uma visão quase “utópica”, de um gestor místico (que descobre o que a so-
ciedade vai desejar e precisar antes mesmo que ela saiba...), estamos a tratar de uma gestão
com visão de futuro, que preconiza uma gestão voltada para resultados.
d) Errada. Também, possui visão de gestão “engessada”. Observe isso nas expressões “evitan-
do que a sociedade corra riscos”, “garantindo o status quo” e “independentemente de tendên-
cias e de demandas futuras da sociedade”.

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e) Errada. Mais uma vez, denota uma atuação apática dos gestores: “servir à sociedade como
agentes neutros”.
Letra c.

013. (IADES/ANALISTA I (CRF DF)/ADMINISTRADOR/2017) A administração pública evo-


luiu por meio de três modelos: patrimonialista, burocrático e gerencial.
Tendo por base a administração pública gerencial, assinale a alternativa correta.
a) O surgimento da administração pública gerencial data da metade do século 19, durante o
apogeu do Estado Liberal, tendo por fundamento o combate à corrupção.
b) Para a administração pública gerencial, o interesse estatal pode ser confundido com o inte-
resse público, já que este é a afirmação do poder do Estado.
c) A efetividade do controle dos abusos e o poder racional-legal são a essência da administra-
ção pública gerencial.
d) A administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas e tem por foco
o controle dos resultados.
e) Na administração pública gerencial, o aparelho do Estado torna-se uma extensão do poder
do soberano.

Vamos analisar cada alternativa.


a) Errada. A administração pública gerencial emerge na segunda metade do século XX, como
resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao
desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos dei-
xaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior. O apogeu do estado
Liberal apresenta o contexto de emergência da administração burocrática.
b) Errada. Para a administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente iden-
tificado com a afirmação do poder do Estado. Ao atuarem sob este princípio, os administrado-
res públicos terminam por direcionar uma parte substancial das atividades e dos recursos do
Estado para o atendimento das necessidades da própria burocracia, identificada com o poder
do Estado.
c) Errada. A efetividade do controle dos abusos e o poder racional-legal são a essência da
administração pública burocrática. Nesse modelo, os controles administrativos visando evitar
a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos ad-
ministradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Ainda, constituem princí-
pios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia
funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional-legal.
d) Certa. De fato, a administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas,
mas não pode ser confundida com esta última. Apenas como exemplo disso, enquanto a re-
ceita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra

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de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições


obrigatórias, sem contrapartida direta. Em suma, afirma-se que a administração pública deve
ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade
civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).
e) Errada. É na administração pública patrimonialista que o aparelho do Estado se torna uma
extensão do poder do soberano. No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma
extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza
real. Os cargos são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res principis.
Em consequência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração.
Letra d.

014. (FAURGS/ANALISTA JUDICIÁRIO (TJ RS)/ADMINISTRATIVA/2017) A proposta for-


malizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, em 1995, buscava orientar a
transição para um modelo ________ de administração pública. Segundo consta no documento
orientador do plano, um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle de
resultados _________ para controle de resultados ___________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
a) burocrático – a priori – a posteriori
b) burocrático – a posteriori – a priori
c) gerencial – a priori – a posteriori
d) gerencial – a posteriori – a priori
e) patrimonialista – a priori – a posteriori

Partindo-se de uma perspectiva histórica, a administração pública evoluiu através de três mo-
delos básicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial.
No Brasil, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) teve como objetivo a in-
trodução do modelo gerencial e o definiu como “resposta, de um lado, à expansão das funções
econômicas e sociais do Estado e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização
da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à
adoção do modelo anterior” (BRASIL, 1995)12.
Assim, a contraposição à ideologia do formalismo e do rigor técnico do modelo burocrático
tradicional é uma das características do modelo gerencial. Enquanto a administração burocrá-
tica concentrava o controle nos processos e procedimento (controle a priori), a administração
gerencial enfatiza a forma de controle baseada nos resultados (controle a posteriori).
Portanto, a alternativa C é a correta: o PDRAE “buscava orientar a transição para um modelo
gerencial” e “um dos reflexos dessa transformação seria a mudança de controle de resultados a
priori para controle de resultados a posteriori”.
12
BRASIL. MARE. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: MARE, 1995.

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Por fim, sobre a administração patrimonialista, essa era baseada nos Estados absolutistas fir-
mados nos séculos XVII e XVIII, quando o patrimônio do monarca se confundia com o patrimônio
público. Evidentemente, não havia nenhum tipo de mecanismo que possibilitasse o controle.
Letra c.

015. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) O modelo de Admi-


nistração Pública no qual o Estado é uma extensão do poder soberano, e o interesse público e
o privado são confundidos, sem diferenciação entre os bens do governante e os bens públicos,
é conhecido como:
a) gerencial.
b) patrimonialista.
c) burocrático.
d) racional-legal.
e) pós-moderno.

A administração patrimonialista era baseada nos Estados absolutistas firmados nos séculos
XVII e XVIII, quando o patrimônio do monarca se confundia com o patrimônio público.
Em suma, no patrimonialismo, a gestão pública apresenta-se como assunto de interesse par-
ticular do soberano. Um claro exemplo dessa confusão ocorria nas monarquias absolutistas,
onde a propriedade do rei – suas terras e seus tesouros – se confundiam nos seus aspectos
público e particular: rendas e despesas se aplicavam, sem discriminação normativa prévia, nos
gastos da família ou em bens e serviços de utilidade geral.
Das outras alternativas, temos como outros modelos de gestão pública os listados nas letras
A, C e D (esses dois últimos, sinônimos):
A administração gerencial tem sua origem relacionada com as mudanças ocorridas nas ad-
ministrações públicas de alguns países a partir da década de 1970 (Estados Unidos, Inglater-
ra, Nova Zelândia e Austrália). Por isso, comumente, as provas fazem menção a outros três
termos sinônimos da administração pública gerencial: New Public Management (NPM), que
significa Nova Gestão Pública (NGP) e modelo pós-burocrático.
O modelo de administração pública burocrática (também conhecido como modelo racional-legal),
por sua vez, surge na época do modelo estatal conhecido por Estado Liberal, cujos marcos carac-
terizadores foram a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Esse modelo, que se utiliza de
um conjunto de medidas cujo propósito consiste na defesa da coisa pública, surge com o objetivo
de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista, que permeavam as administrações prece-
dentes, sobretudo as baseadas no modelo dos Estados absolutistas.
Letra b.

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016. (FGV/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO (CGM NITERÓI)/AUDITORIA


GOVERNAMENTAL/2018) Relacione as formas de Administração Pública às suas respecti-
vas características.
I – Patrimonialista
II – Burocrática
III – Gerencial

(  ) Rigidez nos procedimentos e na hierarquia.


(  ) Não existe uma distinção clara entre o público e o privado.
 (  ) Promove a descentralização política.

Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) I – II – III.
b) I – III – II.
c) III – I – II.
d) II – III – I.
e) II – I – III.

Vamos lá!
Considerando a evolução histórica da gestão pública, podemos destacar três modelos te-
óricos de gestão pública: a administração patrimonialista, a administração burocrática e a
administração gerencial.
Portanto, verifica-se que a “rigidez nos procedimentos e na hierarquia” é característica marcan-
te da Administração Burocrática, que a “não existência de uma distinção clara entre o público
e o privado”, da Administração Patrimonialista; e, por fim, a Administração Gerencial é a que
“promove a descentralização política”.
Letra e.

017. (FGV/ANALISTA (TJ SC)/ADMINISTRATIVO/2018) O chefe de departamento da secre-


taria de educação do município “X”, temendo a reprovação de seu filho na disciplina de mate-
mática na escola, oferece ao professor um cargo em comissão na secretaria em troca de uma
“ajudinha” na prova.
No contexto dos paradigmas da administração pública, essa atitude do chefe de departa-
mento, que percebe o aparelho estatal como instrumento do detentor do poder, pode ser
considerada típica do modelo:
a) patrimonialista;
b) consumerista;
c) social-democrata;

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d) burocrático;
e) contingencial.

Vamos correlacionar o comportamento do gestor com um dos modelos de administração


pública. Vejamos:
a) Certa. Houve desrespeito à impessoalidade necessária no exercício do cargo público, prática
comum no modelo de administração patrimonialista, quando o gestor agiu como se a máquina
estatal estivesse a serviço de seus interesses particulares. O gestor público deve agir conforme
a lei no exercício do cargo, eximindo-se de práticas ou interesses privados.
b) Errada. Trata-se do segundo estágio do Gerencialismo, mas não difunde a prática abordada
na questão.
c) Errada. É uma ideologia política. Não é um paradigma de administração pública.
d) Errada. Trata-se de um modelo de administração pública baseado na racionalidade adminis-
trativa, respeito às leis e às regras, que não aceita a prática abordada na questão.
e) Errada. Não é um modelo de administração pública, mas uma abordagem geral da admi-
nistração que considera que ambientes e fatores externos a uma organização que possam
influenciá-la devem ser considerados.
Letra a.

018. (FUNDATEC/TÉCNICO ADMINISTRATIVO (DPE SC)/2018) QUAL DAS ALTERNATIVAS


A SEGUIR EVIDENCIA UM EXEMPLO DE IMPLEMENTAÇÃO do modelo de administração pú-
blica burocrática?
a) Existência de controle de resultados.
b) Previsão de um plano de metas e de qualidade.
c) Inserção de projeto estratégico de qualificação do servidor público.
d) Estabelecimento de um programa de eficiência no atendimento ao cidadão.
e) Previsão de normas que estabelecem formas para a prática de atos ou do processo admi-
nistrativo.

Analisemos cada alternativa:


a) Errada. Existência de controle de resultados é característica do modelo de administração
pública gerencial. Enquanto a administração burocrática concentra o controle nos processos e
procedimento (controle a priori), a administração gerencial enfatiza a forma de controle base-
ada nos resultados (controle a posteriori).
b) Errada. Novamente, é o modelo de administração pública gerencial que é orientado, predo-
minantemente, pelos valores da eficiência, qualidade e produtividade na prestação de servi-
ços públicos.

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c) Errada. O projeto estratégico de qualificação do servidor público é, também, característica


do modelo de administração pública gerencial. Nesse modelo temos a utilização do planeja-
mento estratégico integrado ao processo de gestão, com a permanente fixação de objetivos
e metas, em todos os níveis. A avaliação de desempenho individual e institucional é realizada
com base em indicadores sistemáticos.
d) Errada. Também temos aqui uma característica do modelo de administração pública ge-
rencial. Eficiência, qualidade e produtividade na prestação de serviços públicos, como visto,
fazem parte desse modelo, e não do modelo burocrático.
e) Certa. O modelo de administração pública burocrática prevê o controle rígido e antecipado
dos processos e procedimentos (controle a priori) como o meio mais seguro para evitar o ne-
potismo e a corrupção. Esse controle passo a passo tem o pressuposto da desconfiança total.
Daí surge a autorreferência da burocracia, que se concentra no processo, em suas próprias
necessidades e perspectivas, sem considerar outras perspectivas externas. A autorreferência
significa que o modelo burocrático não considera o ambiente onde está inserido, tornando-se
um sistema fechado sobre si mesmo.
Letra e.

019. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) A visão de que o


modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do con-
trole rígido dos processos e procedimentos, conceitualmente se aplica para a Administração
de acordo com o modelo:
a) hierárquico.
b) organizacional.
c) racional.
d) pós-burocrático.
e) burocrático.

O modelo de administração pública burocrática (ou modelo racional-legal) surge na época do


modelo estatal conhecido por Estado Liberal, cujos marcos caracterizadores foram a Revolu-
ção Francesa e a Revolução Industrial. Esse modelo, que se utiliza de um conjunto de medidas
cujo propósito consiste na defesa da coisa pública, surge com o objetivo de combater a corrup-
ção e o nepotismo patrimonialista, que permeavam as administrações precedentes, sobretudo
as baseadas no modelo dos Estados absolutistas.
Das outras alternativas, apenas a letra D se refere a outro modelo de gestão pública. A admi-
nistração gerencial tem sua origem relacionada com as mudanças ocorridas nas administra-
ções públicas de alguns países a partir da década de 1970 (Estados Unidos, Inglaterra, Nova
Zelândia e Austrália). Por isso, comumente, as provas fazem menção a outros três termos

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sinônimos da administração pública gerencial: New Public Management (NPM), que significa
Nova Gestão Pública (NGP) e modelo pós-burocrático.
Letra e.

020. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) Avalie se o processo


administrativo burocrático apresenta as características básicas a seguir indicadas:
I – Atribuições de funcionários fixadas oficialmente por regras ou disposições administrativas.
II – Hierarquia e funções integradas em um sistema de mando, de tal modo que, em todos os
níveis, haja uma supervisão dos inferiores pelos superiores.
III – Atividades administrativas se manifestam e se baseiam em documentos escritos.
IV – As funções pressupõem aprendizado profissional, com treinamento especializado.
Estão corretas:
a) I, II, III e IV.
b) somente I, II e III.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, III e IV.
e) somente I, II e IV.

Todas as características estão corretas.


I – A burocracia baseia-se em regras, normas e regulamentos (legalidade), visando economia
de esforços, padronização dentro da organização, redução de custos e de erros, formalidade
dos processos, completa previsibilidade de funcionamento, dentre outros – formalismo, rigi-
dez e rigor técnico.
II – A burocracia promove a hierarquia, estabelecendo os cargos segundo princípios escalares
(estrutura fortemente verticalizada), onde cada cargo inferior deve estar sob controle e super-
visão de um posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão.
III – Como vimos, a burocracia é essencialmente formal, com todos as suas atividades admi-
nistrativas se desenvolvendo dentro do contexto de “papéis”.
IV – A burocracia busca a profissionalização, ou seja, a especialização de seu pessoal.
Letra a.

021. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) O tipo de dominação,


característica do modelo burocrático, baseada na crença, na legitimidade das ordens estatu-
ídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão nomeados para
exercer a dominação, é a que se chama dominação:
a) compulsória.
b) institucional.
c) tradicional.

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d) carismática.
e) racional.

Weber (1991)13 defende que a burocracia é um referencial teórico ancorado em um esquema


conceitual de tipos de dominação. Dominação é definida como a probabilidade de encontrar
obediência a uma norma de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis.
Assim, a obediência ao chefe, geralmente, está assegurada por um “sistema de dominação”, as-
sim representado: dominação tradicional, dominação carismática e dominação racional-legal.
A dominação tradicional (sociedade tradicional) ocorre na situação em que a obediência se
dá por motivos de hábito, onde tal comportamento já faz parte dos costumes e está enraizada
na cultura da sociedade. Para Weber, toda dominação tradicional tende ao patrimonialismo.
Exemplo: os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito estabelecida
e respeitada.
A dominação carismática (sociedade carismática) sustenta-se pela crença dos subordinados
nas qualidades dos superiores. Essas qualidades podem ser naturais ou sobrenaturais. Exem-
plo: liderança destacada de membro de uma equipe por suas capacidades técnicas e concei-
tuais ou uma liderança religiosa que arrebata multidões.
A dominação legal, racional-legal ou burocrática (sociedade legal) refere-se à submissão cole-
tiva a um conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes. Essas
regras determinam a que e a quem se deve obedecer. Essa opção é a que descreve correta-
mente a concepção weberiana de autoridade burocrática. Exemplo: empregado que recebe
ordens de um superior, de acordo com cláusulas de contrato assinado ou de uma norma.
Letra e.

022. (FAUEL/AUXILIAR EM REGULAÇÃO (AGEPAR)/2018) No Brasil, a Administração Públi-


ca pode ser compreendida e analisada conforme três grandes modelos: Patrimonialista, Buro-
crático e Gerencial. Neste contexto, o modelo focado nos princípios de formalização e profis-
sionalismo, fazendo uso de hierarquias bem definidas é chamado de:
a) Patrimonialista.
b) Burocrático.
c) Gerencial.
d) Patrimonialista e Gerencial.

Formalização, profissionalismo e hierarquias bem definidas são características do modelo de


administração burocrático.

13
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora da Universidade de Brasília,
vol. I, 1991.

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O modelo burocrático foi idealizado pelo sociólogo alemão Max Weber e conforme discorre
Lacombe e Heilborn (2006)14, a burocracia

enfatiza a formalização (obediência a normas, rotinas, regras e regulamentos), divisão do trabalho,


hierarquia (obediência às ordens superiores e conferência de status ‘as posições hierárquicas eleva-
das), impessoalidade e profissionalização e competência técnica dos funcionários.

a) Errada. O modelo patrimonialista é considerado o pioneiro na administração do Estado.


Fortemente caracterizado pela dominação do soberano, a gestão do patrimônio público se
confundia com o privado.
c) Errada. Conforme o Estado foi crescendo e sua estrutura foi se tornando mais complexa, o
modelo burocrático, até então considerado ideal para a gestão pública, começou a apresentar
disfunções que dificultaram a implementação de políticas públicas e o atendimento das neces-
sidades da sociedade.
d) Errada. Vide os comentários das letras a e c.
Letra b.

023. (FUNRIO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO (CGE RO)/2018) Constitui uma carac-


terística do modelo de administração gerencial:
a) é fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização.
b) prioriza a gestão baseada na hierarquia.
c) exige formas rígidas de decisão amparada em controles legais.
d) aplica os conceitos do modelo gestão carismática.
e) defende a gestão centralizada, com a aplicação normas rígidas de controle.

O modelo de administração gerencial fundamenta-se nos princípios da confiança e da descen-


tralização da decisão (empowerment e delegação), pressupondo que políticos e funcionários
públicos sejam merecedores de grau limitado de confiança.
As demais alternativas se referem ao modelo burocrático, com exceção da letra d, que se refe-
re ao modelo patrimonialista. Vejamos:
b) Errada. Promove a hierarquia, estabelecendo os cargos segundo princípios escalares (estru-
tura fortemente verticalizada), onde cada cargo inferior deve estar sob controle e supervisão
de um posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão.
c) Errada. Baseia-se em regras, normas e regulamentos (legalidade), visando economia de
esforços, padronização dentro da organização, redução de custos e de erros, formalidade
dos processos, completa previsibilidade de funcionamento, dentre outros – formalismo,
rigidez e rigor técnico.

14
LACOMBE, F. J. M.; HEILBORN, G. L. J. Administração: princípios e tendências. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

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d) Errada. No modelo patrimonialista, os cargos existentes eram de livre nomeação do sobera-


no, que os ocupava com seus parentes e demais amigos. Também havia a troca de favores, ou
seja, negociavam-se cargos públicos em troca de interesses políticos ou econômicos.
e) Errada. Prevê o controle rígido e antecipado dos processos e procedimentos (controle a
priori) como o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção. Esse controle passo a
passo tem o pressuposto da desconfiança total. Daí surge a autorreferência da burocracia, que
se concentra no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar ou-
tras perspectivas externas. A autorreferência significa que o modelo burocrático não considera
o ambiente onde está inserido, tornando-se um sistema fechado sobre si mesmo.
Letra a.

024. (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA (PC BA)/2018) Do ponto de vista da eficácia,


para a nova gestão pública, os funcionários devem mudar a ênfase dos processos e procedi-
mentos para
a) a visão patrimonialista.
b) a lógica de mercado.
c) os meios.
d) os resultados.
e) a racionalidade burocrática.

A ênfase nos processos e procedimentos, ou seja, nos meios, é característica da gestão burocrática.
A nova gestão pública surgiu em substituição ao modelo burocrático que não mais atendia as
demandas da sociedade e não comportava mais a estrutura do Estado. E para quebrar o para-
digma vigente, a ênfase passou a ser nos resultados, ou seja, nos fins.
Esse novo modelo de gestão direciona o foco da administração pública para o atendimento
das necessidades do cidadão (resultado), que nada mais é do que entregar o produto final
(bens/serviços) de acordo com o que foi planejado.
a) Errada. Na visão patrimonialista não existe a preocupação em prestar serviços que atendam
as demandas da sociedade.
A Administração Pública patrimonialista era fortemente caracterizada pela dominação do so-
berano e a gestão do patrimônio público se confundia com o privado. Não existia preocupação
com o cidadão, tampouco com políticas públicas.
b) Errada. A lógica de mercado é uma característica das organizações privadas que têm como
objetivo primordial o lucro e a livre concorrência.
c) Errada. A ênfase nos meios é um dos princípios básicos da gestão burocrática, caracteriza-
do pelo controle rígido dos meios, para se alcançar os objetivos com eficiência, ou seja, com a
melhor relação custo/benefício.
e) Errada. A racionalidade burocrática não se relaciona com a nova gestão pública.

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A nova gestão pública trabalha com a autonomia do gestor para a tomada de decisões, en-
quanto a gestão burocrática trabalha de forma racional e com a divisão do trabalho.
Letra d.

025. (FAUEL/AUXILIAR EM REGULAÇÃO (AGEPAR)/2018) A forma de Administração Públi-


ca ____________ tem como princípio o desenvolvimento de uma gestão voltada para o controle
de resultados pretendidos, apresentando ênfase no princípio da eficiência.
O termo que completa corretamente a lacuna acima é:
a) Patrimonialista
b) Burocrática
c) Gerencial
d) As características apresentadas não descrevem nenhum dos três modelos de admi-
nistração pública.

O termo que completa corretamente a lacuna acima é: Gerencial.


Na administração pública gerencial a estratégia volta-se: para a definição precisa dos objetivos
que o administrador público deverá atingir em sua unidade; para a garantia da autonomia do
administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem coloca-
dos à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; para o controle ou cobrança
a posteriori dos resultados.
Em suma, afirma-se que a Administração Pública deve ser permeável à maior participação dos
agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil, e deslocar a ênfase dos procedi-
mentos (meios) para os resultados (fins).
Letra c.

026. (QUADRIX/ASSISTENTE (CODHAB)/AGENTE ADMINISTRATIVO/2018) Com relação à


administração geral e pública, julgue o item.
A chamada administração gerencial aplicada ao Setor Público, em contraposição à admi-
nistração burocrática, visualiza o cidadão como um cliente, está calcada na obtenção de
resultados que satisfaçam às necessidades dos contribuintes e, assim, dá ênfase particular
ao desempenho funcional.

A administração pública gerencial surgiu na década de 1980, quando o mundo passa a ques-
tionar o papel do Estado e sua ineficiência, diante da necessidade de se flexibilizar a Buro-
cracia vigente, visando maior eficiência pela implementação de práticas de gestão privada
na administração pública.

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No Brasil, a nova gestão pública foi implantada na década de 1990, notadamente pelo Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE em 1995.
O cidadão passa a ser visto como cliente do serviço público prestado pelo Estado, daí o paradigma
cidadão-cliente, promovendo uma evolução na administração pública de instrumentos de partici-
pação social e accountability (transparência, prestação de contas e responsabilização). O controle
dos resultados nesse modelo ocorre a posteriori, com ênfase no desempenho funcional.
Certo.

027. (QUADRIX/ANALISTA (CODHAB)/ADMINISTRAÇÃO/2018) Quanto à evolução da Ad-


ministração Pública e à gestão de pessoas, julgue o item a seguir.
A Administração Pública gerencial surgiu como estratégia para reduzir os custos do Estado e
tornar os serviços públicos mais eficientes.

A Administração Pública gerencial surgiu como estratégia para reduzir os custos do Estado
e tornar os serviços públicos mais eficientes, porque conforme o Estado foi crescendo e sua
estrutura foi se tornando mais complexa, o modelo burocrático até então considerado ideal
para a gestão pública começou a apresentar disfunções que dificultaram a implementação de
políticas públicas e o atendimento das necessidades da sociedade.
O modelo gerencial surge para aproximar o Estado do cidadão, entregando serviços públicos
de qualidade, que gerem valor para a sociedade e enxugando os custos de manutenção do
aparelho estatal.
Certo.

028. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO LEGISLATIVA (CM CO-


RUMBATAÍ DO SUL)/2019) A Administração Pública se define como o poder de gestão de
Estado, no qual inclui o poder de legislar e tributar, fiscalizar e regulamentar, através de seus
órgãos e outras instituições, determinadas pela Constituição Federal, pelas leis, visando o inte-
resse da coletividade. Teoricamente, a Administração Pública fundamenta-se sob três modelos:
a) Patrimonialista, Burocrático e Gerencial.
b) Patrimonialista, Burocrático e Radicalista.
c) Burocrático, Gerencial e Expansivo.
d) Patrimonialista, Burocrático e Moderno.

Como vimos, a evolução da Administração Pública passa por três modelos: patrimonialista,
burocrático e gerencial.
Letra a.

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029. (VUNESP/ADMINISTRADOR (UFABC)/2019) No sentido popular ou leigo, a burocracia pú-


blica é quase um sinônimo de lentidão, carimbos, excesso de autoridade, ou seja, algo que tende
a “não funcionar direito”.
Entretanto, no seu sentido técnico e acadêmico, a burocracia pública tem como sinônimo:
a) eficácia, ou seja, trabalha-se pelo resultado esperado pelos cidadãos e menos preocupado
com os processos.
b) efetividade, ou seja, independentemente dos processos, busca-se avaliar o alcance dos re-
sultados e dos seus efeitos positivos.
c) eficiência, ou seja, busca-se um serviço público célere, com os menores custos e os melho-
res resultados.
d) entropia, ou seja, o sistema público deve ser retroalimentado pelos impostos, e os cidadãos,
por sua vez, devem receber bons serviços dos governos.
e) excelência, ou seja, o nível de qualidade dos serviços públicos deve estar de acordo com as
expectativas dos cidadãos.

A teoria da burocracia desenvolveu-se na administração pública adotando as concepções for-


muladas anteriormente pelo economista e sociólogo Max Weber.
Segundo essa teoria, a burocracia é uma forma ideal de organização humana que se baseia na
adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos – a racionalidade – a fim de garantir a
máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
Perceba que a burocracia tem como sinônimo a eficiência. Foi criada para dar celeridade, for-
malidade, impessoalidade e profissionalismo na administração pública; além de valorizar a
hierarquia da autoridade, a profissionalização e a meritocracia.
Termos como eficácia, efetividade e excelência surgiram um pouco mais tarde, junto à admi-
nistração gerencial.
Letra c.

030. (FCC/ANALISTA (COPERGÁS)/ADMINISTRADOR/2016) Constitui característica do


modelo de Administração pública burocrática:
a) Inexistência de distinção entre a esfera pública e privada.
b) Controle a posteriori das ações públicas.
c) Competência técnica e meritocracia.
d) Ausência de padronização dos procedimentos, gerando casuísmos.
e) Falta de hierarquia e nepotismo.

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Vamos relacionar cada alternativa ao modelo de administração:


a) Errada. Inexistência de distinção entre a esfera pública e privada (Administração patri-
monialista).
b) Errada. Controle a posteriori das ações públicas (Administração gerencial).
c) Certa. Competência técnica e meritocracia (Administração burocrática).
d) Errada. Ausência de padronização dos procedimentos, gerando casuísmos (Administração
patrimonialista).
e) Errada. Falta de hierarquia e nepotismo (Administração patrimonialista).
Letra c.

031. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO (TRT 14ª REGIÃO)/ADMINISTRATIVA/2016) É considera-


do um mecanismo característico da administração gerencial:
a) Controle rígido de procedimentos.
b) Gestão hierárquica.
c) Normas e regulamentos.
d) Controle de legalidade.
e) Gestão por Competências.

A gestão por competência é um sistema de gestão desenvolvido no sentido de identificar e


gerir perfis profissionais que proporcionem um maior retorno a organização. É uma das inova-
ções trazidas pela administração gerencial.
a) Errada. O controle rígido de procedimentos é característica da burocracia.
b) Errada. A rigidez hierárquica é característica da burocracia.
b) Errada. A burocracia é rígida e baseada em normas e regulamentos.
d) Errada. A burocracia busca o controle da legalidade e por meio do poder racional-legal.
Letra e.

032. (FCC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE TRANSPORTE (ARTESP)/ADMINISTRAÇÃO


DE EMPRESAS/I/2017) Sobre os modelos teóricos de Administração pública, considere:
I – A Administração pública gerencial promoveu a revisão das atribuições estatais e prezou
pela eficiência do setor público, cujas principais mudanças ocorreram nos elementos centrais
do modelo burocrático de impessoalidade, de meritocracia e da fidelidade às prescrições de
cargos e regulamentos.
II – O modelo Burocrático emergiu, dentre alguns pressupostos sociais e econômicos, a par-
tir do desenvolvimento da economia monetária, que possibilitou o provimento financeiro aos
funcionários, desencorajando a busca por outras formas de remuneração derivadas do cargo.

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III – Na dominação tradicional weberiana, a reverência ao soberano garante a legitimidade das


regras instituídas por ele, prevalecendo, entre os subjugados, a noção de que tal autonomia
não é limitada por forças concorrentes, o que possibilita o exercício pessoal e arbitrário do
poder, deste contexto emerge o modelo patrimonialista.
IV – O modelo Gerencial promoveu, além de melhorias estruturais, gerenciais e orçamentais,
uma maior participação popular.
V – Uma das principais limitações do modelo Burocrático é o fisiologismo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, IV e V.
e) I, III e IV.

A questão é toda baseada na obra “Administração Pública Contemporânea: política, democracia e


gestão”, dos organizadores Marcos Tanure Sanabio, Gilmar José dos Santos e Marcus Vinicius David.
I – e IV. Erradas. Segundo a publicação,

a administração pública gerencial promoveu a revisão das atribuições estatais e prezou pela efi-
ciência do setor público. No entanto, premissas do modelo burocrático foram preservadas, como
a impessoalidade, a meritocracia e a fidelidade às prescrições de cargos e regulamentos. Como
resultado, melhorias estruturais, gerenciais e orçamentárias foram obtidas. Todavia, descompassos
entre o discurso e a prática foram observados, principalmente em relação à participação popular e
ao controle social democrático.

II – Certa. Segundo a publicação,

O modelo burocrático emergiu de alguns pressupostos, sociais e econômicos. O primeiro corresponde


ao desenvolvimento da economia monetária, que possibilitou o provimento financeiro aos funcioná-
rios, desencorajando a busca por outras formas de remuneração derivadas do cargo. O crescimento
quantitativo e a ampliação qualitativa das tarefas da administração também contribuíram para que
ela recorresse à lógica burocrática. Contudo, a razão fundamental para o seu avanço foi a sua supe-
rioridade técnica sobre as demais formas de gestão. Nesse sentido, precisão, agilidade, univocidade
(unidade de comando), continuidade, uniformidade, otimização de recursos e previsibilidade são algu-
mas das vantagens proporcionadas pela organização burocrática. O último ponto que a viabilizou foi
o nivelamento relativo das diferenças sociais nas democracias de massa, uma vez que a igualdade
política e jurídica dos cidadãos promoveu a submissão de todos às regras impessoais.
III – Certa. Segundo a publicação,

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Na dominação tradicional, a reverência ao soberano garante a legitimidade das regras instituídas
por ele. Além disso, prevalece entre os subjugados a noção de que tal autonomia não é limitada por
forças concorrentes, o que possibilita o exercício pessoal e arbitrário do poder. Essa configuração
social particular tende a despertar relações de reciprocidade, que não se baseiam na lei e, sim,
no costume. De uma forma específica da dominação tradicional, que expressa essa reciprocidade,
emerge o patrimonialismo.

V – Certa. Segundo a publicação,

a administração burocrática reflete os princípios da dominação racional-legal e, como modelo de


gestão, pôde contrapor-se a um dos vícios da administração patrimonial: a arbitrariedade. Conce-
bida para promover a impessoalidade e a eficiência, ela revelou, com o tempo, suas limitações. A
impessoalidade converteu-se em indiferença e os interesses da elite burocrática foram colocados à
frente das demandas dos cidadãos (esse desvio denomina-se fisiologismo). A eficiência foi subver-
tida e transformou-se em morosidade e formalismo. Justamente por isso, “burocracia” sugere, hoje,
o inverso do que designava quando foi concebida.
Letra a.

033. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 24ª REGIÃO)/ADMINISTRATIVA/2017) Constitui(em)


característica(s) própria(s) e inovadora(s) do modelo gerencial de Administração pública, que o
diferencia(m) dos outros modelos precedentes:
a) combate ao patrimonialismo.
b) controle de resultados.
c) formalização dos procedimentos.
d) profissionalização do corpo técnico.
e) hierarquia e meritocracia.

O modelo gerencial inclui a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos servi-
ços, tendo o cidadão como beneficiário. Assim, desloca a ênfase dos procedimentos (meios)
para os resultados (fins), com orientação para o cidadão-cliente. Contrapõe-se à ideologia do
formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. Enquanto a administração burocrática
concentra o controle nos processos e procedimento (controle a priori), a administração geren-
cial enfatiza a forma de controle baseada nos resultados (controle a posteriori).
Sobre as letras A, C, D e E, trata-se de características do modelo burocrático. Esse modelo:
• Almeja defender a coisa pública contra o patrimonialismo, exercendo rígido controle
sobre os possíveis abusos contra o patrimônio público.
• Prevê o controle rígido e antecipado dos processos e procedimentos (controle a priori)
como o meio mais seguro para evitar o nepotismo e a corrupção.
• Busca a profissionalização, ou seja, a especialização de seu pessoal.

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• Promove a hierarquia, estabelecendo os cargos segundo princípios escalares (es-


trutura fortemente verticalizada), e a escolha das pessoas é baseada no mérito e na
competência técnica. Daí a necessidade de exames, concursos, testes e titulações
para a admissão de pessoal.
Letra b.

034. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO (ALESE)/ADMINISTRAÇÃO/2018) O modelo patrimo-


nialista de administração pública
a) é contemporâneo ao modelo burocrático, diferindo deste pela separação clara entre patri-
mônio público e dos governantes.
b) antecede o modelo burocrático e possui, como traço característico, a ausência de separa-
ção entre o patrimônio público e o dos governantes.
c) sucede o modelo burocrático e precede o gerencial, sendo caracterizado pela rigidez das
estruturas hierárquicas.
d) é uma resposta ao excesso de flexibilidade do modelo gerencial, sucedendo este último e
tendo seu foco principal na responsabilidade fiscal.
e) é contemporâneo ao modelo gerencial, dele diferindo pela utilização de modelos de parce-
rias público-privadas em lugar da desestatização.

A administração patrimonialista era baseada nos Estados absolutistas firmados nos séculos
XVII e XVIII, quando o patrimônio do monarca se confundia com o patrimônio público. Em
suma, no patrimonialismo, a gestão pública apresenta-se como assunto de interesse particu-
lar do soberano.
a) Errada. O modelo patrimonialista é anterior ao modelo burocrático. Ainda, no modelo patri-
monialista não há separação clara entre patrimônio público e dos governantes
c) Errada. O modelo patrimonialista antecede o modelo burocrático e esse é que antecede o
modelo gerencial. Ainda, a rigidez das estruturas hierárquicas é característica do modelo buro-
crático, e não do patrimonialista.
d) Errada. O modelo patrimonialista é anterior ao modelo gerencial.
e) Errada. Como já sabemos, o modelo patrimonialista é anterior ao modelo gerencial.
Letra b.

035. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA (DPE AM)/ASSISTENTE TÉCNICO AD-


MINISTRATIVO/2018) O modelo de administração gerencial difere do modelo burocrático em
alguns aspectos essenciais, entre os quais pela introdução do conceito de
a) patrimonialismo.
b) meritocracia.
c) hierarquia.

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d) avaliação a posteriori.
e) verticalização das estruturas.

O termo gerencial nos remete à introdução da cultura e das técnicas gerenciais modernas na
Administração Pública, que, de regra, são oriundas da iniciativa privada.
a) Errada. Partindo-se de uma perspectiva histórica, a administração pública evoluiu através
de três modelos básicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial.
Assim, o conceito de patrimonialismo não está inserido na administração gerencial, mas sim,
trata-se de um outro modelo de administração.
b) Errada. Relaciona-se com a administração burocrática, onde a competência técnica é valori-
zada através da meritocracia. É importante destacar que a burocracia é a mãe da meritocracia,
apesar de a administração gerencial também aplicar este conceito.
c) Errada. O conceito de hierarquia se relaciona com o modelo de administração pública buro-
crática, e não gerencial. O modelo burocrático constitui princípios orientadores do seu desen-
volvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade,
o formalismo, em síntese, o poder racional-legal. Já o modelo gerencial, no plano da estrutura
organizacional, privilegia a descentralização de funções e a redução dos níveis hierárquicos.
d) Certa. Uma das características do modelo gerencial apresentada pela doutrina é que o mode-
lo se contrapõe à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. Enquanto a
administração burocrática concentra o controle nos processos e procedimento (controle a priori), a
administração gerencial enfatiza a forma de controle baseada nos resultados (controle a posteriori).
e) Errada. O paradigma gerencial, fundamentado nos princípios da confiança e da descentrali-
zação da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentra-
lização de funções, incentivos à criatividade.
Letra d.

036. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO (TCE-RS)/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-


PRESAS/2018) O modelo de Administração pública gerencial, que ganhou impulso no Brasil a
partir do início dos anos 1990, inspirou-se em experiências internacionais, que, por seu turno,
passaram por diferentes estágios e modelos correspondentes, entre as quais:
a) Consumerism, que preconiza a redução de custos, enxugamento de pessoal e aumento da
eficiência, ainda que em detrimento da qualidade dos serviços públicos prestados.
b) Managerialism, que introduziu o conceito de qualidade na prestação dos serviços públicos,
com foco na satisfação do cliente-usuário, sem preocupação excessiva com os custos incorridos.
c) New Public Management, pautado pelas ideias de cidadão-usuário, contratualização e
disciplina fiscal.

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d) Downsizing, também denominado de administração top-down, com a transferência maciça


de profissionais do mercado privado para o setor público e aplicação de técnicas de gestão de
pessoal alinhada com consecução de resultados.
e) Public Service Orientation, que representa o primeiro estágio do modelo gerencial, denomi-
nado gerencialismo puro, com aplicação indiscriminada e práticas da iniciativa privada.

A chamada “Nem Public Management” foi um conjunto de doutrinas administrativas surgidas


na década de 70, pretendendo que os princípios gerenciais das empresas privadas fossem
aplicados à administração pública.
Mas por que surgiu essa nova corrente? Predominantemente, o surgimento se deu em virtude
do aumento da noção de democracia, a qual cobra dos governos um maior atendimento às
suas demandas, além de eficiência, eficácia e efetividade nas suas políticas públicas. Temos
ainda o advento da globalização, a qual possibilitou o encurtamento da distância entre merca-
dos, acirrando a concorrência, e o incremento no uso das tecnologias da informação, as quais
possibilitaram aos cidadãos um maior acompanhamento dos resultados das políticas e a ac-
countability governamental.
Nesse contexto, as reformas se tornaram indispensáveis. Assim, passamos a observar os pa-
gadores de impostos como cidadãos, a disciplina fiscal foi idealizada por meio de um rígido
controle das contas, abertura da economia e desregulamentação e o Estado ampliou sua atua-
ção por meio da regulação, fiscalização, controle e contratualização de resultados.
Vejamos, agora, as demais alternativas incorretas.
a) Errada. O enxugamento de pessoal e a redução de custos foram característicos no manageria-
lism, e não no consumerism. Esta visão (consumerism) não renega os princípios do gerencialis-
mo puro (managerialism), mas acrescenta outras variáveis e prioridades. É o início do que cha-
mamos de “paradigma do cliente” na Administração Pública. Busca-se, agora, a qualidade nos
serviços para atender às demandas dos clientes e essa qualidade era vista exatamente como a
satisfação das necessidades. O foco agora não era a redução de custos deliberadamente, pois
essa questão dependeria da avaliação do destinatário final do serviço, o cliente-usuário.
b) Errada. O conceito de qualidade na prestação dos serviços públicos foi introduzido no con-
sumerism. A banca trocou os conceitos nas alternativas A e B.
O gerencialismo puro (ou managerialism) foi o primeiro passo da Nova Gestão Pública. Foram
observadas as primeiras reformas na Inglaterra, Estados Unidos e Europa Ocidental, estenden-
do-se para o terceiro mundo apenas na década de 90.
As crises do petróleo haviam retirado o poder fiscal do Estado, sendo necessário o enxuga-
mento da máquina estatal, um ajuste estrutural visando a economia de recursos e investimen-
tos nos locais certos. As principais mudanças propostas eram o corte de gastos e de pessoal,

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além do aumento da eficiência nos serviços. A redução da dívida pública era fundamental e era
necessária maior consciência sobre o valor dos recursos públicos.
d) Errada. O downsizing foi uma técnica de administração que surgiu nos EUA em meados de
1970 e significava a restruturação das organizações, com enxugamento do quadro de pessoal
e consequente eliminação da burocracia, tornando a empresa mais ágil e competitiva. Assim,
ocorria uma horizontalização da organização, com a redução dos níveis hierárquicos, trazendo
a decisão mais para perto da execução, possibilitando maior rapidez na tomada de decisão.
Realmente, no downsizing, utilizam-se técnicas de gestão de pessoal para a consecução de
resultados, ou seja, a redução dos níveis hierárquicos, com enxugamento do pessoal.
Já a abordagem top-down da administração tem fortes laços com métodos clássicos de ges-
tão e significa a tomada de decisão no nível estratégico bem diferenciada do tático e operacio-
nal, os quais limitam-se à execução. Dessa forma, percebe-se que não é sinônimo de downsi-
zing, onde essa diferenciação dos níveis tornou-se menor.
Assim, vistas as diferenças entre os dois conceitos, não é correto dizer que downsizing é sinô-
nimo de administração top-down.
e) Errada. Esse modelo não foi o primeiro estágio do modelo gerencial e, sim, o último.
Ainda vigente nos dias atuais, surgiu na Inglaterra e Estados Unidos na década de 90. Agora não ha-
via mais a visão dos administrados como clientes e, sim, como cidadãos, titulares da coisa pública.
Essa mudança traz a ideia de que não possuem apenas direitos, mas também deveres, os quais
seriam de fiscalizar as atividades públicas e cobrar a prestação de contas, responsabilização e
transparência (accountability). A sociedade e o cidadão deveriam, agora, participar das decisões
públicas, havendo preocupação com a equidade (prestação justa dos serviços públicos).
Letra c.

037. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO (TCE-RS)/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-


PRESAS/2018) O modelo burocrático de Administração pública costuma sofrer críticas excessi-
vas em face de seus aspectos negativos ou distorções de implementação, não sendo realçados,
muitas vezes, os avanços em relação ao modelo patrimonialista. Na evolução da Administração
pública no Brasil, entre os avanços decorrentes da introdução do modelo burocrático inclui-se:
a) rigor técnico na atuação da Administração, com ênfase na meritocracia e afastamento do
nepotismo.
b) substituição dos controles formais por controles de resultados, alinhados com os objetivos
estratégicos da Administração.
c) horizontalização das estruturas hierárquicas, com maior autonomia funcional e diminuição
de chefias e escalões intermediários.
d) maior concentração do Estado nas atividades finalísticas, com terceirização de ativida-
des de apoio.

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e) ampliação da participação do terceiro setor em atividades não exclusivas do Estado, deno-


minada publicização.

O modelo burocrático teve como um dos seus objetivos fortalecer a meritocracia e a profissio-
nalização para combater a prática do nepotismo, caracterizado pelo uso dos cargos públicos
como moeda de troca de favores.
Assim a instituição da meritocracia e da profissionalização, como forma de ingresso e ascensão na
carreira pública, veio para quebrar o paradigma patrimonialista e organizar a administração pública.
Sobre as demais alternativas incorretas.
b) Errada. Trata-se de um avanço da administração pública gerencial em substituição ao mo-
delo burocrático.
Conforme o Estado foi crescendo e sua estrutura foi se tornando mais complexa, o modelo buro-
crático até então considerado ideal para a gestão pública começou a apresentar disfunções que di-
ficultaram a implementação de políticas públicas e o atendimento das necessidades da sociedade.
Nesse contexto, foi concebida a nova administração pública brasileira, que teve como modelo a ad-
ministração gerencial, para quebrar o paradigma burocrático até então dominante nas organizações.
A administração pública gerencial tem como princípio o desenvolvimento de uma gestão volta-
da para o controle de resultados (fins), enquanto a administração pública burocrática é focada
em processos e procedimentos, ou seja, a ênfase é para o controle dos meios empregados
para atingir os resultados.
Assim, a nova administração pública brasileira trabalha com a gestão orientada para resulta-
dos que são mensurados segundo critérios definidos e os seus indicadores.
c) Errada. Trata-se de um avanço da administração gerencial em substituição ao modelo
burocrático.
É sabido que o mundo organizacional contemporâneo demanda uma gestão mais participati-
va, ágil, objetiva e flexível, e a hierarquia da autoridade, característica do modelo burocrático,
exercida de forma excessiva, passou a ser considerada uma desvantagem, pois engessa o
processo administrativo.
A administração pública gerencial estimula a participação de todos no processo de tomada de
decisão, como forma de dar mais celeridade à prestação do serviço público. Por isso, preza
pela diminuição dos níveis hierárquicos e pela horizontalização hierárquica como forma de dar
celeridade ao processo decisório.
d) Errada. Trata-se de um avanço da administração pública gerencial em substituição ao mo-
delo burocrático.
A terceirização das atividades de apoio foi uma forma encontrada pelo modelo de gestão pú-
blica gerencial para deter o crescimento desenfreado da máquina pública cuja estrutura foi se
tornando muito complexa e sua manutenção cada vez mais dispendiosa para o Estado.

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e) Errada. Trata-se de um avanço da administração gerencial em substituição ao modelo


burocrático.
O programa de publicização consiste em passar a gestão dos serviços não exclusivos do Esta-
do para as entidades públicas não estatais como, por exemplo, as Organizações Sociais (OS)
do chamado Terceiro Setor.
Este programa surgiu com o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) que foi
elaborado após discussões sobre a crise do Estado que abrangia a área fiscal e econômica e
o esgotamento do modelo burocrático.
O PDRAE, portanto, teve por objetivo reformular o papel do Estado e aproximá-lo do cidadão, dire-
cionando seus esforços para atender as necessidades do cidadão (foco no cliente-cidadão), en-
tregando serviços públicos de qualidade e que gerem valor para a sociedade (modelo gerencial).
Letra a.

038. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA (PREFEITURA DE RECIFE – PE)/2019)


Os modelos de Administração pública que se sucederam apresentam características próprias,
que distinguem cada qual dos demais, entre elas
a) a gestão horizontal do modelo burocrático, que substituiu a verticalização de estruturas
própria do patrimonialista.
b) a ênfase na preservação do patrimônio público, própria do modelo patrimonialista, com
clara separação do patrimônio do governante, o que perdeu força no modelo gerencial a partir
das privatizações.
c) a prevalência de controles a priori da atuação pública, de natureza formal, característica do
modelo gerencial e considerada uma evolução em relação ao burocrático, que apenas realiza
controles a posteriori.
d) o critério técnico de seleção dos servidores, ausente no modelo burocrático e introduzido
pelo gerencial, que passou a valorizar a estrutura funcional da Administração.
e) o formalismo e a estrutura hierárquica rígida, próprios do modelo burocrático, aliados à me-
ritocracia, está também presente no modelo gerencial.

De fato, vimos que nenhum modelo é absolutamente independente dos anteriores. No modelo
gerencial, a meritocracia ainda está presente, além de subsistirem diversas práticas burocráticas.
a) Errada. A gestão vertical é encontrada tanto no modelo burocrático quanto no modelo
patrimonialista.
b) Errada. No modelo patrimonialista temos a preservação do patrimônio privado em detrimento
do público.
c) Errada. No modelo gerencial temos o controle por resultados (a posteriori). No burocrático,
o controle de procedimentos (a priori).

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d) Errada. O critério técnico de seleção dos servidores, ausente no modelo patrimonialista, é intro-
duzido pelo modelo burocrático, que passou a valorizar a estrutura funcional da Administração.
Letra e.

039. (AOCP/ANALISTA DE RECURSOS FINANCEIROS, ORÇAMENTÁRIOS, CONTRATOS E


CONVÊNIOS (PREFEITURA DE BETIM-MG)/2020) Assinale a alternativa que apresenta al-
guns dos movimentos pelos quais passou o paradigma do cliente na gestão pública.
a) Neoliberalismo Hayekiano e Thatcherismo.
b) Public Service Oriented e Public Choice.
c) Managerialism e Nova Ordem Mundial.
d) Consumerism e Nova Gestão Pública.
e) Rolling Back the State e Whitehall.

Em resumo, temos as seguintes correlações referentes à Nova Gestão Pública:


1º) Modelo gerencial puro:
• economia e eficiência
• produtividade
• contribuintes
2º) Consumerism (foco no consumidor):
• qualidade dos serviços públicos e efetividade
• clientes consumidores
3º) Modelo orientado ao serviço público (PSO):
• accountability
• qualidade, responsabilização, prestação de contas
• cidadãos
Logo, NGP e consumerism.
Letra d.

040. (AOCP/ANALISTA CENSITÁRIO (IBGE)/2019) Considerando a transição de uma adminis-


tração pública burocrática para a gerencial, assinale a alternativa que apresenta algumas das
instituições da administração pública burocrática que devem ser conservadas e aperfeiçoadas
na implantação da administração pública gerencial.
a) Um sistema universal de remuneração, de carreiras formalmente estruturadas e de um sis-
tema de treinamento.
b) Um sistema público de remuneração, de programas de promoção por tempo e de um siste-
ma de indicações.
c) Um sistema fechado de remuneração, de avaliações de resultados alcançados e de um sis-
tema eleitoral.

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d) Um sistema seletivo de remuneração, de processos profissionais de atuação e de um siste-


ma autoritário.
e) Um sistema flexível de remuneração, de esforços públicos de valorização e de um sistema
de criatividade.

Segundo Bresser Pereira (1996)15, a administração pública gerencial constitui um avanço, e até
certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isso não significa, en-
tretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial
está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios
fundamentais, como:
• A admissão segundo rígidos critérios de mérito (concurso público);
• A existência de um sistema estruturado e universal de remuneração (planos de carreira);
• A avaliação constante de desempenho (dos funcionários e de suas equipes de trabalho);
• O treinamento e a capacitação contínua do corpo funcional.
Ainda, segundo o autor, a diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de ba-
sear-se nos processos para concentrar-se nos resultados. A rigorosa profissionalização da
administração pública continua sendo um princípio fundamental.
Letra a.

041. (AOCP/TELE ATENDENTE (CISAMUSEP-PR)/2016) Dentre as três formas de adminis-


tração pública, o modelo pós-burocrático ou gerencial tem como uma de suas características
a) o comportamento esperado pelo servidor ou administrador público na forma de regulamen-
tos exaustivos.
b) as atividades, estruturas e procedimentos estarem codificados em regras exaustivas para
evitar a imprevisibilidade.
c) ser incompatível com a lógica e as demandas de uma sociedade civil estruturada, urbana e
uma economia de mercado.
d) a contratualização de resultados a serem alcançados, com explicitação mais clara de apor-
tes para sua realização e incentivos ao desempenho superior.
e) o constante monitoramento dos meios, especialmente dos procedimentos adotados pelos
membros da administração no cotidiano de suas atividades.

O modelo pós-burocrático ou modelo gerencial tem foco no resultado, promovendo incentivo


ao desempenho do colaborador.
Lembre-se:
• Administração Pública Patrimonialista: as esferas do interesse privada e coletivo se misturam.

15
PEREIRA, L. C. B. Da Administração Pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, 47(1), jan/abr, 1996.

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• Administração Pública Burocrática: separação das esferas interesse privado do interes-


se coletivo. Foco está nos procedimentos (meios).
• Administração Pública Pós-Burocrática ou Gerencial: foco está nos fins (resultados).
Logo, temos:
a) o comportamento esperado pelo servidor ou administrador público na forma de regulamen-
tos exaustivos (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
b) as atividades, estruturas e procedimentos estarem codificados em regras exaustivas para
evitar a imprevisibilidade (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
c) ser incompatível com a lógica e as demandas de uma sociedade civil estruturada, urbana e
uma economia de mercado (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
d) a contratualização de resultados a serem alcançados, com explicitação mais clara de apor-
tes para sua realização e incentivos ao desempenho superior (ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL).
e) o constante monitoramento dos meios, especialmente dos procedimentos adotados pelos
membros da administração no cotidiano de suas atividades (ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA).
Letra d.

042. (AOCP/TECNÓLOGO FORMAÇÃO (UFPB)/GESTÃO PÚBLICA/2016) É comum nos de-


pararmos, na literatura, com a descrição de três modelos de Administração Pública: patrimo-
nialista, burocrático e gerencial. A respeito desses três modelos, informe se é verdadeiro (V) ou
falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

 (  ) A administração patrimonialista era o modelo de administração própria das monarquias


absolutas, em que o patrimônio do rei se confundia com o patrimônio público. O Estado
era considerado propriedade do rei.
(  ) A administração pública burocrática, associada ao tipo ideal de dominação racional-le-
gal de Max Weber, busca separar o que é público do privado, estabelecer o comporta-
mento esperado pelo servidor público ou administrador público na forma de regulamen-
tos exaustivos, enfatizar a impessoalidade, seja na forma de acesso ao serviço público,
seja na progressão na carreira e torna o conhecimento das regras um recurso de poder.
(  )
 A administração pública burocrática compreende a criação de novas figuras institucionais
para a realização de serviços que não configuram atividades exclusivas do Estado, como
PPP (parcerias público-privadas) e Organizações Sociais e OSCIPs (Organizações da So-
ciedade Civil de Interesse Público) que podem estabelecer parcerias com o poder público.
 (  ) A administração pública gerencial compreende estrutura de poder menos centralizadas
e hierárquicas, permitindo maior rapidez e economia na prestação de serviços e a par-
ticipação dos usuários.
 (  ) A administração pública gerencial compreende sistemas de gestão e controle centra-
dos em resultados e não mais em procedimentos.

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a) V – F – V – F – F.
b) F – F – V – F – F.
c) V – V – V – F – V.
d) V – F – V – F – V.
e) V – V – F – V – V.

A administração patrimonialista é o modelo baseado nos Estados absolutistas existentes nos sé-
culos XVII e XVIII, quando o patrimônio pessoal do rei se confundia com o patrimônio público.
Um claro exemplo dessa confusão ocorria nas monarquias absolutistas: rendas e despesas públi-
cas se aplicavam, sem discriminação, nos gastos da família ou em bens e serviços de utilidade geral.
A burocracia baseia-se em regras, normas e regulamentos (legalidade), visando economia de
esforços, padronização dentro da organização, redução de custos e de erros, formalidade dos
processos, completa previsibilidade de funcionamento, dentre outros – formalismo, rigidez e
rigor técnico. Também, enfatiza a impessoalidade nas relações, ou seja, as pessoas vêm e vão,
mas os cargos e funções permanecem.
Essas são características da administração gerencial, que introduz a cultura e as técnicas ge-
renciais modernas (regra geral, oriundas da iniciativa privada) na Administração Pública.
A administração gerencial privilegia a descentralização de funções e a redução dos níveis hierár-
quicos. Exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas e o incentivo à criatividade
e inovação, envolvendo, portanto, maior discricionariedade para as autoridades administrativas.
Enquanto a administração burocrática concentra o controle nos processos e procedimento
(controle a priori), a administração gerencial enfatiza a forma de controle baseada nos resul-
tados (controle a posteriori).
Letra e.

043. (AOCP/TÉCNICO ESCRITURÁRIO (DESENBAHIA)/2017) Qual é o tipo de autoridade que


tem o seu apogeu com o modelo burocrático de organização e é reconhecido através da hierarquia?
a) Autoridade tradicional.
b) Autoridade carismática.
c) Autoridade racional-legal.
d) Autoridade contingencial.
e) Autoridade comportamental.

A ideia de burocracia está intrinsecamente ligada ao conceito de autoridade. Como vimos, Max
Weber destaca três formas de autoridade:

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• Autoridade tradicional: baseada em tradições e costumes e práticas passadas de uma


cultura. Pode ser encontrada nas figuras dos patriarcas e anciões, principalmente das
sociedades antigas, apesar de ainda hoje existirem.
• Autoridade carismática: baseada nas características físicas e/ou de personalidade do
líder. Os seguidores reverenciam seus feitos, sua história e qualidades pessoais.
• Autoridade racional-legal: é aquela garantida por regras e normas oriundas de um re-
gulamento que é, por sua vez, reconhecido e aceito pelo grupo. Aqui, deve-se seguir os
comandos da pessoa que ocupa o cargo, independente de quem seja. A autoridade está
no cargo (hierarquia), e não na pessoa que o exerce.
E, como vimos, o modelo burocrático de organização e é reconhecido através da autoridade
racional-legal.
Letra c.

044. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFS)/2014) A nova gestão pública se baseia na


informação analisada, armazenada e liberada, para que possa servir para as futuras tomadas
de decisões, para novo controle e para a subsequente avaliação. Assinale a alternativa que
apresenta um dos objetivos da gestão pública moderna.
a) A crença no resultado positivo da política pública a ser implementada.
b) A credibilidade plena na administração pública.
c) A crença que os elementos tecnológicos asseguram a eficácia e a eficiência da gestão.
d) A certeza que os gestores públicos fazem o que deles se espera.
e) A certeza que os elementos de gestão da empresa privada utilizados na gestão pública pro-
porcionarão resultados econômicos e sociais.

A banca AOCP deixa bastante indícios da resposta no próprio enunciado. Esse é um caso. Veja
os destaques:
A nova gestão pública se baseia na informação analisada, armazenada e liberada, para que possa
servir para as futuras tomadas de decisões, para novo controle e para a subsequente avaliação.
Obviamente, a nossa resposta precisa estar vinculada ao futuro. E a única alternativa que re-
mete ao futuro é a letra A:
a) A crença no resultado positivo da política pública a ser implementada (FUTURO).
b) A credibilidade plena (PRESENTE) na administração pública.
c) A crença que os elementos tecnológicos asseguram (PRESENTE) a eficácia e a eficiência
da gestão.
d) A certeza que os gestores públicos fazem (PRESENTE) o que deles se espera.
e) A certeza que os elementos de gestão da empresa privada utilizados (PRESENTE) na gestão
pública proporcionarão resultados econômicos e sociais.
Letra a.

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045. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFS)/2014) Para que se proceda ao controle dos


resultados, descentralizadamente, em uma administração pública, assinale a alternativa que
apresenta o que é preciso em relação aos políticos e funcionários públicos, de acordo com a
administração pública gerencial.
a) Concentrar na satisfação e perspectiva dos agentes públicos para que os resultados acon-
teçam espontaneamente.
b) Orientação voltada para seus interesses com controle público permanente por resultados,
mas que permita delegação.
c) Mereçam confiança limitada, permanentemente controlada por resultados, mas que permita
delegação.
d) Pressupor que a descentralização e o incentivo à criatividade e à inovação, garantirão o al-
cance dos resultados.
e) Utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos, o que
garantirá o gerenciamento eficiente e profissional orientado para os funcionários públicos.

A administração gerencial fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização


da decisão (empowerment e delegação), pressupondo que políticos e funcionários públicos
sejam merecedores de grau limitado de confiança, para que o gestor público possa ter liberda-
de de escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas acordadas, ao invés de
fixar metas e procedimentos em lei.
Sobre as demais alternativas:
a) Concentrar na satisfação e perspectiva dos agentes públicos (usuários- clientes) para que
os resultados aconteçam espontaneamente.
b) Orientação voltada para seus interesses (os interesses da sociedade) com controle público
permanente (focado) por resultados, mas que permita delegação.
d) Pressupor que a descentralização e o incentivo à criatividade e à inovação (não são apenas
essas orientações), garantirão o (ajudarão no) alcance dos resultados.
e) Utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos, o que
garantirá o gerenciamento eficiente e profissional orientado para os funcionários públicos
(usuários-clientes).
Letra c.

046. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (EBSERH/HRL-UFS)/ADMINISTRAÇÃO/2017) A


nova administração pública tem suas bases teóricas no pensamento neoliberal e na teoria da
escolha pública. A teoria da escolha pública partilha de qual postulado comportamental básico
da economia neoclássica?
a) A presença dos cidadãos nas regras eleitorais e de atuação pública.
b) O comportamento dos eleitores na composição do legislativo e executivo.

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c) O utilitarismo humano nas interações econômicas, sociais e políticas.


d) A participação da sociedade na definição das normas burocráticas.
e) a atuação dos indivíduos junto ao estado através dos partidos políticos.

Vamos lá, com calma!


O que seria a Teoria da Escolha Pública? A ideia básica é a seguinte: o comportamento dos
indivíduos é impulsionado pelo objetivo de maximização do próprio bem-estar.
Partindo dessa ideia, as motivações das pessoas no processo político não são muito diferen-
tes daquelas que nos impulsionam no âmbito do mercado, em geral. Afinal, somos todos seres
humanos, estejamos na política, no serviço público ou no comércio privado.
Dito de outra forma, na visão convencional, os participantes no jogo político visam à promoção
do bem comum, do “interesse público”, e os políticos e funcionários públicos são retratados
como benevolentes “servidores” que realizam com fidelidade a “vontade do povo”. Mas, a rea-
lidade é bem diferente desse “modelo romântico”.
Os eleitores votam majoritariamente “com seus bolsos”, apoiando candidatos e proposições
que consideram mais adequadas aos seus interesses e anseios pessoais, enquanto os buro-
cratas esforçam-se para melhorar suas próprias carreiras e os políticos buscam, prioritaria-
mente, a eleição ou reeleição para o cargo.
Uma das principais conclusões da Teoria da Escolha Pública é que a simples alternância de
poder não produz grandes mudanças nas políticas públicas. Eleger pessoas melhores não
produz, necessariamente, um governo melhor. Ao adotar o pressuposto de que todos os indiví-
duos – sejam eles eleitores, políticos ou burocratas – são mais motivados pelo autointeresse
do que por interesse público, a Teoria da Escolha Pública enfatiza a importância de regras ins-
titucionais que mantenham os governantes encabrestados pela sociedade16.
Segundo Ana Paula Paes de Paula (2015)17, de modo geral, a teoria da escolha pública se ca-
racteriza por aplicar princípios econômicos para explicar temas que preocupam os cientistas
políticos: a teoria do Estado, as regras eleitorais, o comportamento dos eleitores, os partidos
políticos e a burocracia. Além de transferir princípios da economia para o campo da política,
a teoria da escolha pública partilha do postulado comportamental básico da economia neo-
clássica: o utilitarismo humano nas interações econômicas, sociais e políticas. E aqui está a
resposta da nossa questão!
E pra finalizar, o que seria utilitarismo? Em simples palavras, trata-se de um sistema filosófico
moral e ético onde uma ação útil é denominada como a mais correta. Vejamos um exemplo:
No único hospital de uma pequena cidade, há apenas uma máquina de hemodiálise e quatro
doentes renais. As características sociais, econômicas, profissionais, familiares, e pessoais
16
https://www.institutoliberal.org.br/blog/teoria-da-escolha-publica-e-o-momento-atual-do-brasil/
17
PAULA, A. P. P de. Por uma nova gestão pública: limites e potencialidades da experiência contemporânea. Rio de Janeiro:
FGV, 2005.

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de cada um são apresentadas e faz-se a pergunta: qual deles merece ser salvo para que
possa utilizar o equipamento? Após um pequeno debate, chega-se à conclusão e as razões
para que aquele felizardo seja o escolhido. Ou seja, o intuito é tomar decisões para obter o
melhor resultado para todos.
Letra c.

047. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (EBSERH/HUJB–UFCG)/ADMINISTRAÇÃO/2017)


Assinale a alternativa correta.
a) São processos típicos da administração pública burocrática a delegação de autoridade e o
rígido controle sobre o desempenho.
b) A administração pública gerencial é voltada para os processos e procedimentos internos
vinculados aos serviços públicos.
c) A autorreferência e a promoção dos próprios interesses são consequências da administra-
ção pública gerencial.
d) A administração pública burocrática tem foco na redução dos custos e na eficiência da ad-
ministração dos bens e serviços inerentes ao Estado.
e) São processos típicos da administração pública gerencial a descentralização e o controle de
resultados definidos por contrato.

Primeiramente, vejamos um resumo das principais características de cada modelo:


Administração patrimonialista
• nepotismo e corrupção
• racionalidade subjetiva;
• falta de profissionalização;
• não separa o patrimônio público do privado.
Administração burocrática
• formalidade, impessoalidade e profissionalização;
• objetivo: Combater a corrupção e o nepotismo;
• hierarquia funcional;
• meritocracia.
Administração gerencial
• controle finalístico ou “a posteriori”;
• orientada para os cidadãos e para a geração de resultados;
• descentralização administrativa.
Analisando as alternativas, temos:
a) Errada. São processos típicos da administração pública burocrática (gerencial) a delegação
de autoridade e o rígido controle sobre o desempenho.

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b) Errada. A administração pública gerencial (burocrática) é voltada para os processos e pro-


cedimentos internos vinculados aos serviços públicos.
c) Errada. A autorreferência e a promoção dos próprios interesses são consequências da ad-
ministração pública gerencial (burocrática).
d) Errada. A administração pública burocrática (gerencial) tem foco na redução dos custos e
na eficiência da administração dos bens e serviços inerentes ao Estado.
e) Certa. São processos típicos da administração pública gerencial a descentralização e o con-
trole de resultados definidos por contrato.
Letra e.

048. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFPB)/ADMINISTRAÇÃO/2014) Assinale a alterna-


tiva que apresenta, de forma ampla, em qual concepção de Estado e de sociedade está baseada a
administração pública gerencial.
a) Centralizadora e autoritária.
b) Patrimonialista e burocrática.
c) Cultural e política.
d) Democrática e plural.
e) Controladora e procedimental.

A Administração Pública gerencial emerge na segunda metade do século XX, como resposta,
de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao desenvol-
vimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à
mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior.
A eficiência da Administração Pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a quali-
dade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. A reforma
do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e
qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial
nas organizações.
Assim, a concepção de Estado e de sociedade está baseada a administração pública gerencial
é a democrática e plural.
Sobre as demais alternativas:
a) Errada. Centralizadora (burocrática) e autoritária (patrimonial).
b) Errada. Patrimonialista (patrimonial) e burocrática (burocrática).
c) Errada. Cultural e política (sem relação).
e) Errada. Controladora e procedimental (burocrática).
Letra d.

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049. (AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO (UFC)/ADMINISTRAÇÃO/2014) A implementa-


ção da administração pública, sob o prisma gerencial, envolve uma mudança na estratégia
de gerência, que deve ser colocada em prática em uma estrutura administrativa reformada.
Assinale a alternativa que apresenta somente algumas diferenças que a administração pública
gerencial possui em relação à administração pública burocrática.
a) Concentra-se no processo; é autorreferente; define procedimentos para contratação de pes-
soal, compras de bens e serviços.
b) Satisfaz as demandas dos cidadãos; concentra-se no processo; define indicadores de
desempenho.
c) Não adota procedimentos rígidos; realiza controle de procedimentos; define procedimentos
para contratação de pessoal, compras de bens e serviços.
d) Combate o nepotismo e a corrupção; é autorreferente; e define procedimentos para contra-
tação de pessoal, compras de bens e serviços.
e) Orienta-se para resultados; não adota procedimentos rígidos; define indicadores de
desempenho.

Vamos analisar cada uma das alternativas, diante de tudo que vimos até aqui:
a) Concentra-se no processo (burocrática); é autorreferente (burocrática); define procedimen-
tos para contratação de pessoal, compras de bens e serviços (burocrática).
b) Satisfaz as demandas dos cidadãos (gerencial); concentra-se no processo (burocrática);
define indicadores de desempenho (gerencial).
c) Não adota procedimentos rígidos (gerencial); realiza controle de procedimentos (burocrática);
define procedimentos para contratação de pessoal, compras de bens e serviços (burocrática).
d) Combate o nepotismo e a corrupção (burocrática); é autorreferente (burocrática); e define
procedimentos para contratação de pessoal, compras de bens e serviços (burocrática).
e) Orienta-se para resultados (gerencial); não adota procedimentos rígidos (gerencial); define
indicadores de desempenho (gerencial).
Letra e.

050. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO (MPE PA)/ADMINISTRAÇÃO/2019) Em relação à admi-


nistração pública e aos conceitos de administração patrimonialista, burocrática e gerencial,
assinale a conduta que confirma práticas patrimonialistas.
a) Licitação.
b) Nepotismo.
c) Concurso público.
d) Avaliação de desempenho.

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Vamos lembrar que na administração pública patrimonialista, o aparelho estatal funciona


como extensão do poder do soberano. Não há distinção na forma de gerenciar bens públicos
e privados. E é justamente por essa falta de distinção que a corrupção e o nepotismo são ine-
rentes a esse tipo de administração.
Letra b.

051. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO (MPE PA)/ADMINISTRAÇÃO/2019) Assinale o conceito


que, se aplicado em excesso, NÃO representa uma disfunção do modelo de administração
burocrática.
a) Probidade.
b) Autoridade.
c) Hierarquização.
d) Regulamentação.

Quando falamos em disfunções da burocracia, estamos nos referindo aos resultados gerados
pelo excesso de controle da burocracia. Ou seja, disfunções tratam de exageros ou desvios de
uma das características do modelo burocrático:
• Exagerado apego aos regulamentos (letra D);
• Excesso de formalismo e papelório;
• Resistência a mudanças;
• Exibição de sinais de autoridade (letra B);
• Superconformidade às rotinas e procedimentos (letra C);
• Categorização como base do processo decisório e das relações;
• Despersonalização do relacionamento.
• Dificuldades no atendimento a clientes e conflitos com o público.
Probidade significa integridade ou honestidade. Logo, o excesso de probidade não é por si só
um exagero ou desvio.
Letra a.

052. (CONSULPLAN/OFICIAL (CBM SC)/CADETE/2015) Com referência aos modelos de Ad-


ministração Pública Burocrática e Gerencial, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Administração burocrática.
2. Administração gerencial.

 (  ) Prega a descentralização, com delegação de poderes, atribuições e responsabilidades


para os escalões inferiores.

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(  ) Prega o formalismo, rigidez e o rigor técnico.


(  ) Pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza, na qual os
cidadãos defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas.
(  ) A confiança é limitada, permanentemente controlada por resultados, mas ainda assim
suficiente para permitir a delegação, para que o gestor público possa ter liberdade de
escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas.
(  ) É autorreferente e se concentra no processo, em suas próprias necessidades e perspec-
tivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida.

A sequência está correta em


a) 1, 2, 2, 1, 1.
b) 1, 2, 1, 1, 2.
c) 2, 1, 2, 2, 1.
d) 2, 1, 1, 2, 2.

As principais características do modelo de administração gerencial incluem:


• orientação da ação do Estado para o cidadão-usuário ou cidadão-cliente;
• ênfase no controle dos resultados através dos contratos de gestão;
• fortalecimento e aumento da autonomia da burocracia estatal, organizada em carreiras
de Estado, e valorização do seu trabalho técnico e político de participar, juntamente com
os políticos e a sociedade, da formulação e gestão das políticas públicas;
• separação entre as secretarias formuladoras de políticas públicas, de caráter centralizado, e
as unidades descentralizadas, executoras dessas mesmas políticas; delegação de poderes;
• distinção de dois tipos de unidades descentralizadas: as Agências Executivas, que rea-
lizam atividades exclusivas de Estado, por definição monopolistas, e os serviços sociais
e científicos de caráter competitivo, em que o poder de Estado não está envolvido;
• transferência para o setor público não estatal dos serviços sociais e científicos competitivos;
• adoção cumulativa dos mecanismos de controle social direto para controlar as unida-
des descentralizadas: do contrato de gestão em que os indicadores de desempenho se-
jam claramente definidos e os resultados medidos; e da formação de quase mercados
em que ocorre a competição administrada; e
• terceirização das atividades auxiliares ou de apoio, que passam a ser licitadas competi-
tivamente no mercado.
Já as principais características do modelo de administração burocrática incluem:
• Caráter legal das normas e regulamentos;
• Caráter formal das comunicações;
• Caráter racional e divisão do trabalho;
• Impessoalidade das relações;

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Modelos de Administração Pública
Adriel Sá

• Hierarquia e autoridade;
• Rotinas e procedimentos padronizados;
• Competência técnica e meritocracia;
• Especialização da administração;
• Profissionalização dos participantes;
• Completa previsibilidade do funcionamento; e
• Rigidez
Logo, temos as seguintes correlações corretas:
(2. Administração gerencial) Prega a descentralização, com delegação de poderes, atribuições
e responsabilidades para os escalões inferiores.
(1. Administração burocrática) Prega o formalismo, rigidez e o rigor técnico.
(2. Administração gerencial) Pensa na sociedade como um campo de conflito, cooperação e in-
certeza, na qual os cidadãos defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas.
(2. Administração gerencial) A confiança é limitada, permanentemente controlada por resulta-
dos, mas ainda assim suficiente para permitir a delegação, para que o gestor público possa ter
liberdade de escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas.
(1. Administração burocrática) É autorreferente e se concentra no processo, em suas próprias
necessidades e perspectivas, sem considerar a alta ineficiência envolvida.
Letra c.

053. (CONSULPLAN/OFICIAL (CBM SC)/CADETE/2015) O cenário mundial tem sido afeta-


do, nas últimas décadas, por duas grandes tendências transformadoras: a consolidação dos
mecanismos de mercado no âmbito econômico e a consolidação da democracia, no âmbito
político. Assim, o mercado e a democracia são as bases sobre as quais estão se reestruturan-
do as novas sociedades. O modelo gerencial contemporâneo prioriza de modo consistente os
esforços para privilegiar o atendimento ao cidadão e tem como princípios, EXCETO:
a) Avaliação da qualidade dos serviços prestados.
b) Manutenção de canais de comunicação com os usuários.
c) Utilização de sistemas rígidos de atendimento ao cidadão.
d) Busca de excelência dos serviços com o estabelecimento de padrões e metas de qualidade
de atendimento.

O enunciado pede a alternativa que não está associada ao modelo de administração gerencial.
a) Certa. O modelo gerencial buscou responder com maior agilidade e eficiência os anseios
de ansiedade, insatisfeita com os serviços recebidos no setor público. Logo, na administração
gerencial ocorre a valorização da avaliação da qualidade dos serviços públicos.
b) Certa. A administração gerencial enfatiza a comunicação entre o governo e os cidadãos. A
comunicação governamental contempla todas as ações e atividades desempenhadas pelos

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Modelos de Administração Pública
Adriel Sá

governos, seus órgãos e entidades, com a finalidade de apresentar para a opinião pública as
informações de seu interesse, e a prestação de contas de sua atuação. Exemplos de canais
de comunicação presente na administração pública são os portais da transparência, governo
eletrônico, dentre outros.
c) Errada. A administração gerencial é focada na descentralização administrativa com poucos
níveis hierárquicos, boa flexibilidade organizacional, controle de resultados e excelência no
atendimento ao cidadão.
d) Certa. Na administração gerencial, a completa satisfação do cliente-cidadão em relação aos servi-
ços públicos decorre da soma de duas situações: serviços de excelência e excelência no atendimento.
Letra c.

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Adriel Sá

Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos


presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.

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