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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
PROPULSÃO E GERAÇÃO – TE0315
Prof. William Magalhães Barcellos
Alunos:
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O motor ciclo Diesel é um dos únicos que permitem adaptações para funcionar com
outros tipos de combustíveis, desde os óleos vegetais, até o gás natural e gasolina. O mais
indicado é o óleo diesel destilado do óleo mineral cru.
- Início Século XX: Utilização de óleos vegetais em testes nos motores diesel.
- Anos 70: Diminuição do interesse de uso de óleos vegetais devido a abundância e custos
baixos de derivados de petróleo. Também ocorreu nessa década, em consequência aos dois
grandes choques mundiais, a elevação do preço do petróleo e a retomada dos testes com
óleo vegetal.
- Anos 80: Nova baixa de interesse pelos óleos vegetais.
- Anos 90: Retomada de interesse devido à pressão de ambientalistas e a introdução de
desenvolvimento sustentável.
- Século XXI: Agravamento do efeito estufa, guerra, desenvolvimento da agropecuária e
fixação do homem no campo, geram investimentos em pesquisas a respeito do assunto,
aumento no interesse em estudar outros biocombustíveis como biodiesel.
2. Sistemas de alimentação
2.1 Sistema de injeção indireta
O sistema é constituído de uma bomba sequencial inteiramente mecânica
sincronizada com o motor por meio de correias ou engrenagens, bico injetores para cilindros
no qual ficam alojados no cabeçote do motor, sendo ligados aos elementos de injeção da
bomba injetora através de tubos metálicos.
Após a pressurização da bomba, é injetado o combustível na câmara de combustão
através dos bicos injetores obedecendo a ordem e o momento correto em que ocorrerá a
explosão nos cilindros. A combustão inicia na pré-câmara, no qual grande parte da energia
é absorvida, e em seguida na câmara principal. O embolo, bielas e árvores de manivelas não
são submetidas a explosão, pois tal fato acontece na pré-câmara e devido a isso, os motores
desse tipo são mais silenciosos e mais leves em comparação com os demais.
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Figura 2- Bomba injetora de um motor com injeção indireta.
Esses motores têm como características um menor custo de fabricação por conta de
menores pressões. Além disso, são boas alternativas para motores pequenos, ou onde se
reduzir peso ao diminuir a manutenção dos bicos injetores.
2.2 Sistema de injeção direta
É bastante semelhante ao sistema de injeção indireta, a diferença básica é que o bico
injetor, alojado também no cabeçote, injeta o óleo diretamente na câmara de combustão
dispensando a pré-câmara. Em função dessa funcionalidade, o bico injetor deve ser mais
resistente e bem elaborado, pelo fato do seu elemento de injeção estar em contato direto
com a câmara no momento da combustão da mistura.
Devido a melhor combustão, teremos mais ruídos provenientes do motor pelo fato
de precisar de mais componentes internos, como pistão biela e virabrequim mais robustos
fazendo com que o motor seja maior e mais pesado em comparação com o sistema retratado
anteriormente.
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Figura 3- Bico injetor de um motor com injeção direta.
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Figura 6- Desenho esquemático da bomba de alta pressão.
Tem como principal função gerar a pressão e vazão necessária para pulverização do
combustível na câmara de combustível do motor e sua instalação não requer sincronismo
com o motor.
3.2 Sensores
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3.2.1 Sensor de rotação e PMS
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Figura 9- Sensor de fase.
Este sensor, geralmente, fica alojado no cabeçote do motor, ele determina o mapa
básico para o gerenciamento da injeção. De acordo com os valores lidos pelo modulo de
comando, ocorrem inúmeras intervenções nos tempos de injeção, que vão desde auxílio na
partida à frio até o corte de injeção por excesso de temperatura.
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Figura 11- Sensor de pressão e temperatura do óleo.
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Figura 12- Sensor de posição do pedal do acelerador.
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Figura 14- Sensor de velocidade.
Tem função dupla no sistema, seve como interruptor de acionamento das luzes de
freio e como interruptor do sinal de acionamento do pedal do freio para o modulo de
comando. O modulo usa este sinal para diminuir a potência do motor quando o pedal do
feio é acionado. Simplesmente, é um interruptor liga e desliga.
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Figura 16- Sensor de pedal de embreagem.
Este sensor fica fixado no tubo comum e fica em contato constante com o
combustível pressurizado. Sua função é monitorar a pressão no interior do tubo com
velocidade e precisão. Seu funcionamento baseia-se na variação da tensão aplicada sobre o
resistor do diafragma que se deforma de acordo com a pressão nela aplicada.
3.3 Atuadores
Sua função é limitar o valor máximo de pressão dentro do tubo comum e permitir
que o excedente de combustível escape para a linha de retorno, quando a pressão interna no
tubo comum ultrapassa 1400 bar, a válvula se abre e libera o combustível excedente para a
linha de retorno.
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Esta válvula garante que o sistema fique protegido contra irregularidades provocadas
por excesso de pressão da bomba ou outras irregularidades do sistema, ela é comandada
pela central de comando, que utiliza os valores recebidos pelo sensor de pressão. Esta
válvula fica alojada diretamente na carcaça da bomba de alta pressão.
É responsável por injetar o óleo que anteriormente foi pressurizado pela bomba de
alta pressão diretamente na câmara de combustão.
É composto por duas partes distintas: parte eletrônica e parte mecânica. O sistema
de abrir e fechar acontece pela ação das forças elétrica e hidráulica que, em conjunto,
produzem o deslocamento do pistão de comando.
No sistema mecânico a abertura acontece com um pico depressão gerado pela bomba
injetora, que atua sobre a base do pistão e vence a pressão contraria das molas que agem a
favor da interrupção de injeção.
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3.3 Módulo de comando
Uma das principais funções é realizar com precisão os cálculos do volume de injeção
para que o motor funcione perfeitamente em qualquer regime imposto pelo operador onde
um conjunto de variáveis contribui a todo momento para que isso ocorra.
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4. Conclusão
O uso dessa tecnologia se torna viável em comparação a outros sistemas de injeção
convencionais. A geração de pressão e a injeção estão separadas na tecnologia common rail.
A bomba que gera a alta pressão é separada, esta bomba mantém o tubo comum alimentado
e pressurizado em tempo integral. Nos sistemas convencionais, a pressão é gerada em um
cilindro por vez, desta forma o sistema tem a todo momento pressão e vazão disponíveis só
aguardando o sistema elétrico.
No sistema common rail, também se distingue dos outro por propiciar ao motor
múltiplas injeções por ciclo de trabalho. Quanto maior a pressão da injeção, melhor é a
nebulização do combustível, isso torna a queima mais eficiente.
As vantagens deste sistema são enormes, dentre as quais podemos destacar a maior
potência do motor, economia de combustível, menor nível de ruído e de emissões na
atmosfera. Porém, como toda tecnologia moderna, a principal desvantagem é o custo de
manutenção e a dificuldade de encontrar profissionais no mercado.
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REFERÊNCIAS
LIMA, José. Sistema de injeção eletrônica diesel (Common Rail). Orientador: Luiz
Carlos Vieira Guedes. 2011. 37f. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Mecânica,
Centro Universitário do Sul de Minas, Minas Gerais, 2011. Disponível em:
<http://repositorio.unis.edu.br/handle/prefix/1578>. Acesso em: 09/07/2021.
Sete Treinamentos Especiais: Sistema common rail de injeção diesel. Módumo II, 2008.
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