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RESULTADO PRIMÁRIO
O resultado primário é dado pela diferença entre receitas não financeiras e despesas
não financeiras. Tudo o que envolver empréstimos e juros é algo financeiro. Logo, ao
se pagar um cheque especial, tem-se uma despesa financeira.
Há ainda outro cálculo, que é o resultado nominal, que envolve todas as receitas
menos as despesas (resultado nominal = receitas - despesas).
Resultado primário e resultado nominal integram o anexo de metas fiscais.
Anexo de metas fiscais:
• Integra a LDO;
•. Evidencia as metas anuais em valores correntes, constantes, relativos a receitas e
despesas, resultados primários e nominal.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I – Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo
que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três
exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os
objetivos da política econômica nacional
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos coma alienação de ativos
IV – Avaliação da situação financeira e atuarial:
a. dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo
de Amparo ao Trabalhador;
b. dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V – Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem
de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado
Anexo de metas fiscais:
• Integra a LDO;
•. Evidencia as metas anuais em valores correntes, constantes, relativos a receitas e
despesas, resultados primários e nominal;
•. É elaborado para um período de três anos (ano de referência + dois);
•. Promove a avaliação das metas do ano anterior, na qual o chefe de poder deve
apontar se atingiu ou não as metas;
•. Apresenta a evolução do patrimônio líquido nos três últimos exercícios, indicando a
origem e aplicação dos recursos;
•. Procede à avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência;
•. Demonstra a estimativa e compensação de renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Despesa obrigatória de caráter continuado é a despesa que provocará impactos por
períodos superiores a dois exercícios.
ANEXO DE RISCOS FISCAIS
§ 3º – A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
O Anexo de Riscos Fiscais deve conter os passivos contingentes, os quais são os riscos
ao orçamento que, caso se materializem, podem comprometer as contas públicas. Um
exemplo disso são as demandas fiscais que o contribuinte tem contra a Administração
Pública – se o julgamento dessas ações estiver previsto para uma data, o Estado corre
o risco de perdê-las, gerando uma dívida a ser paga. Dependendo do valor que o juiz
estabelecer para a causa, isso pode comprometer as contas públicas.
4º – A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os
parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas
de inflação, para o exercício subsequente.
Normalmente, o prazo de validade da LDO é de aproximadamente 18 meses. Trata-se
de uma lei operacional, a qual define prioridades e metas, e estabelece diretrizes da
política fiscal, além das respectivas metas, observada a trajetória sustentável da dívida.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária
LOA – FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO
5-Princípio da unidade/totalidade
O princípio da unidade ensina que o orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de
cada esfera de Governo (União, estados e municípios) deve existir apenas um só
orçamento para um exercício financeiro.
A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I - o Orçamento Fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III- o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
6-Princípio da especificação, especialização ou discriminação
Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, ilimitados e sem
discriminação, e ainda, o início de programas ou projetos não incluídos na LOA; e exige
o detalhamento das projeções de receitas e despesas.
7-Princípio da não afetação de receitas
O princípio da não afetação de receitas determina que as receitas de impostos não
sejam previamente vinculadas a determinadas despesas, a fim de que estejam livres
para sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as prioridades públicas
Exceções:
1 -fundos constitucionais: Fundo de Participação dos Estados, Municípios, Centro-
Oeste, Norte, Nordeste, compensação pela exportação de produtos industrializados
etc.;
2- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb);
3-Ações e serviços públicos de saúde;
4- Garantias às operações de crédito por antecipação de receita (ARO);
5- Atividades da administração tributária;
6 -vinculação de impostos estaduais e municipais para prestação de garantia ou contra
garantia à União.
8-Princípio da publicidade
Tem o objetivo de levar os atos praticados pela Administração ao conhecimento de
todos.
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, o
relatório resumido da execução orçamentária"; e do art. 165, que exige que o projeto
da lei orçamentária venha acompanhado de "demonstrativo regionalizado do efeito,
sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia
9-Transparência
Determinam ao Governo divulgar o Orçamento Público de forma ampla à sociedade;
publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para
qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa.
10-Princípio do equilíbrio
Ele estabelece que a despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja,
deve ser igual à receita prevista. A finalidade desse princípio é deter o crescimento
desordenado dos gastos governamentais e impedir o déficit orçamentário
O CICLO ORÇAMENTÁRIO
O ciclo orçamentário compreende o período de tempo em que se processam as atividades
típicas do Orçamento Público, ou seja, a elaboração orçamentária, a aprovação, a execução
orçamentária e financeira e o controle e avaliação. O ciclo orçamentário é maior que o
exercício financeiro. Inicia-se com a elaboração e aprovação (no ano anterior), a execução e o
controle (no exercício) e o controle e a avaliação (no ano seguinte)
O processo é coordenado pela SOF, com a participação dos Órgãos Setoriais, das Unidades
Orçamentárias e Unidades Administrativas. É nessa fase que as propostas são feitas. Os
Poderes Legislativo (incluindo o Tribunal de Contas), o Judiciário, o Ministério Público e a
Defensoria Pública também elaboram suas propostas orçamentárias, que posteriormente
serão consolidadas pela SOF num único orçamento.
Aprovação
O chefe do Executivo é quem envia o Projeto de Lei ao Poder Legislativo (protocolado na
Câmara dos Deputados), onde ocorre o processo legislativo. O PL-LOA é imediatamente
encaminhado à Comissão Mista de Planos, Orçamento e Fiscalização, cuja tramitação
compreende: audiências públicas, relatórios preliminares, distribuição por áreas temáticas,
apresentação de emendas, discussões e votações, aprovação do parecer final,
encaminhamento ao Plenário do Congresso Nacional e aprovação final em sessão conjunta da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Após a votação/aprovação, o projeto é
novamente enviado ao Presidente da República para sanção e publicação no Diário Oficial da
União.
Execução
Após a publicação da Lei Orçamentária Anual (LOA), a SOF descentraliza as dotações
orçamentárias aos Órgãos Setoriais através de Nota de Dotação (ND). Os Órgãos Setoriais, por
sua vez, descentralizam esses créditos orçamentários para as Unidades Orçamentárias,
entidades e demais beneficiários do Orçamento Público, através de Nota de Crédito (NC).
Inicia-se, então, a fase de execução.
Conforme estabelecido pela LRF, em seu art. 82 , até trinta dias após a publicação dos
orçamentos, nos termos em que dispuser a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
De posse das informações sobre o orçamento aprovado e da "parcela" destinada a cada
beneficiário, a STN/MF define os limites financeiros mensais que cada entidade poderá utilizar
para o pagamento de suas despesas.
O Orçamento Fiscal e o da Seguridade Social tem sua execução registrada no Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).
Controle e avaliação
Ainda durante a execução da despesa, inicia-se a fase de controle da execução dos
orçamentos.
A CF/1988 estabelece, em seu art. 70, dois tipos de controle: interno e externo: a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
Administração Direta e Indireta. Quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercido pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
No âmbito federal, o controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do
Tribunal de Contas da União
O controle interno é exercido pelos Poderes da República - mas não de forma integrada.
Apenas no âmbito do Poder Executivo da União, o controle interno é exercido de forma
integrada pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Economicidade: é a minimização dos custos dos recursos utilizados na execução das ações, é a
operacionalidade ao mínimo custo possível, sem comprometer os padrões de qualidade.
Eficiência: é o uso racional e econômico dos insumos na produção de bens e serviços, é uma
relação entre insumos e produtos.
Eficácia: é o grau de alcance das metas, é uma medida de resultados utilizada para avaliar o
desempenho da administração. Demonstra a capacidade de entregar bens/ seJViços imediatos.
A eficácia não considera custos;
Efetividade: é o impacto final das ações, é o grau de satisfação das necessidades e dos desejos
da sociedade pelos serviços prestados pela instituição. A efetividade vai além das entregas
imediatas (metas) e analisa a transformação causada pela execução das ações.
Receita Originária - é a receita efetiva oriunda das rendas produzidas pelos ativos do Poder
Público, pela cessão remunerada de bens e valores (aluguéis e ganhos em aplicações
financeiras), ou aplicação em atividades econômicas (produção, comércio ou serviços). As
receitas originárias são provenientes do patrimônio público (bens e direitos). O Estado obtém
essas receitas colocando parte do seu patrimônio à disposição da sociedade, que paga pela sua
utilização. São formadas por receitas correntes e também são denominadas receitas de
economia privada. Ex.: receitas patrimoniais, receitas agropecuárias, receitas comerciais,
receitas de serviço, participações e dividendos, receita de aluguel de imóveis etc
1- Patrimoniais: receitas que provêm das rendas geradas pelo patrimônio do próprio
Estado (mobiliário e imobiliário). Exs.: receitas de aluguéis, receitas decorrentes das
vendas de bens e as operações de crédito. Incluem-se também as decorrentes de
pagamento de royalties pela exploração do seu patrimônio por concessionários e
permissionários de serviços públicos.
2- Empresariais: são aquelas provenientes das atividades realizadas pelo Estado como
empresário, seja no âmbito comercial, industrial ou de prestação de serviços
Receita Derivada- é a receita efetiva obtida pelo Estado em função de sua soberania, por meio
de tributos, penalidades, indenizações e restituições. As receitas derivadas são formadas por
receitas correntes, segundo a classificação da receita por categoria econômica. Ex.: receita
tributária, receita de contribuições etc. São receitas obtidas pelo Estado mediante sua
autoridade coercitiva. O Estado exerce a sua competência, o seu poder, e tributa os
rendimentos e o patrimônio das pessoas e das empresas, exigindo compulsoriamente que o
particular entregue determinada quantia na forma de tributos. Essa receita é derivada porque
deriva do patrimônio dos particulares, da sociedade em geral.