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João 5:1-15 Introdução

Como já notamos em um estudo anterior, João chama os milagres de Cristo de "sinais" porque
são indicadores da divindade do Senhor. Sete deles (antes da crucificação) são selecionados pelo
evangelista:
1º a transformação da água em vinho;
2º a cura do filho de um oficial do rei;
3º a cura do paralítico;
4º a multiplicação dos pães para alimentar a multidão;
5º Jesus andando sobre o mar;
6º a cura do cego;
7º e a ressurreição de Lázaro.

Hoje vamos tratar sobre o terceiro destes milagres, que nos oferece as seguintes lições acerca de
Cristo: Ele é o doador da vida, e, como o paralítico ouviu a voz de Cristo e foi restaurado, assim,
no fim dos tempos, os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e viverão (Jo 5.25).

Vou dividir a mensagem em 2 partes, que são: O Sinal que v 1-9 e A Seqüela, consequências
v10-11

I - O Sinal (Jo 5.1-9)

1. A cena que entristece o coração. v.2 "Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas,
um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia uma multidão
de enfermos: cegos, mancos e paralíticos, esperando o movimento das águas. Porquanto um
anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água, e o primeiro que ali descia, depois do
movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse". Trata-se de uma fonte
intermitente, que possuía - ou cria-se que possuía - poderes de cura, ao redor da qual alguma
pessoa benevolente edificara cinco pórticos para servirem de abrigo à multidão de enfermos que
aguardava o movimento da água. Alguns historiadores afirmam que esse movimento das águas
era uma superstição ou uma lenda judaica.
O autor D. A. Carson, no livro O Comentário de João, escreve que as águas eram movimentadas
por grandes reservatórios que eram chamados tanques de Salomão e quando esses reservatórios
eram alimentados pelas fontes, as águas eram agitadas.

A multidão ao redor do tanque faz lembrar que o mundo está cheio de pessoas que sofrem das
mais variadas enfermidades, sendo, porém, todas elas doentes; simboliza o mundo que se
aglomera, com uma ansiedade que é quase desespero, ao redor de qualquer coisa que prometa
solução, por mais vaga que seja, no sentido de ajudar e de curar.

5.3 A situação desesperadora dos enfermos é comparável ao mundo de pecadores esperando


supersticiosamente alguma salvação.

Esta multidão ao redor do tanque faz lembrar que o mundo está cheio de pessoas que sofrem das
mais variadas enfermidades, sendo porém, todas elas doentes; simboliza o mundo que se
aglomera, com uma ansiedade que é quase desespero, ao redor de qualquer coisa que prometa
solução, por mais vaga que seja, no sentido de ajudar e de curar.

5.4 Falta este versículo nos melhores manuscritos originais, mas Tertuliano (145-220 d.C) faz
referência a essa tradição.

Este lugar, era um lugar de pessoas que já tinham perdido todas as esperanças. Quem tinha uma
dor comum não vinha para este lugar.

5.6 Queres ser curado? Também Deus não dá Sua salvação a quem não a quer. Mt 11.28
"Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”.
Cura Divina:
1) Jesus viu o paralítico - iniciativa divina (cf Jo 4:19) Disse a mulher: "Senhor, vejo que é
profeta.”;
2) Jesus sabia - compaixão divina (Rm 8.29) ”Pois aqueles que de antemão conheceu, também
os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito
entre muitos irmãos.”;
3) Jesus indagou e mandou (6,7)- cooperação e motivação divinas.

5.7 Devemos ler e entender este paralítico como uma pessoa rabugenta e que não é uma pessoa
muito receptiva, pois no:
v. 6 Jesus o testa e ele passa no teste, de querer ser curado;
v. 11 ele acusa Jesus para não ter dificuldade com as autoridades;
v. 13, ele se mostra insensível, por não saber o nome da pessoa que o tinha curado e;
v. 15, ele denuncia Jesus às autoridades.
Quando ele chama Jesus de Senhor, este vocativo é completamente diferente da mulher (“Vejo
que o Senhor é profeta”) que estava junto ao tanto e do cego do capítulo 9:30-34 (O homem
respondeu: "Ora, isso é extraordinário! Vocês não sabem de onde ele vem, contudo ele me abriu
os olhos. Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a
sua vontade. "Ninguém jamais ouviu que os olhos de um cego de nascença tivessem sido
abertos. Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma". Diante disso, eles
[Os fariseus/autoridades] responderam: "Você nasceu cheio de pecado; como tem a ousadia de
nos ensinar? " E o expulsaram.).

2. Temos aqui a pergunta que desperta a esperança. Num dia de festa religiosa, Jesus se
encaminhou para este "hospital natural". Assim como o olhar experiente do cirurgião rapidamente
seleciona o pior caso na sala de espera da sua clínica, Jesus logo fixou seus olhos em "um
homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo". Era um aleijado, provavelmente um
paralítico. Passara todo esse tempo esperando, ouvindo a conversa monótona dos outros
enfermos, descrevendo detalhes dos seus sofrimentos que ninguém mais queria ouvir.

Jesus, chegando a este homem, aborda-o com a pergunta emocionante: "Queres ficar são?" A
pergunta parece estranha porque, após trinta e oito anos de sofrimento e espera, nada mais
natural do que pensar que era a única coisa que o homem desejava. A pergunta, no entanto, tinha
várias razões para ser feita:

2.1. Para despertar a esperança. O coitado esperara tanto tempo e sofrera tantas decepções,
que a esperança mirrara dentro dele, assim como era mirrado o seu corpo. Era necessário,
portanto, que Jesus despertasse nele novas esperanças, ajudando-o a ter a fé necessária para
receber a cura.

2.2. Para despertar a fé. Cristo não era como certos milagreiros que operam suas maravilhas
mediante um preço, sem levar em conta a atitude ou condição moral da pessoa. Quando possível,
Jesus exigia que a pessoa a ser curada tivesse fé. O propósito principal de Jesus em curar o
corpo era transformar a alma, porque mesmo quando vivia na terra era o Salvador e, como
tal, requeria a fé como elo espiritual que vinculasse o paciente à sua Pessoa. Note como a
cura neste caso foi acompanhada por uma advertência ao homem, que deixasse de levar a vida
de pecado que fora a causa de sua aflição (v. 14).

2.3. Para testar a sinceridade do desejo. Quando Jesus perguntou ao paralítico se queria ser
curado, a pergunta era sincera e real porque existem enfermos que não desejam ser curados. Os
médicos se oferecem para curar gratuitamente as feridas do mendigo, como ato de caridade, e
são rejeitadas as suas ofertas; mesmo o enfermo que não usa sua enfermidade como fonte de
renda, mediante a mendicância, tende a tirar vantagem da simpatia e indulgência dos amigos, a
ponto de o caráter ficar tão fraco, que ele começa esquivar-se do trabalho. Há, portanto, muitos
que, por uma ou outra razão, preferem ter saúde fraca.
Livro Máfia dos Mendigos, Pr. Batista Yago Martins do Ceará.

O escritor Myer Pearlman traz o significado da pergunta de Jesus: "Você está disposto a ser
restaurado a uma condição que o capacitará a assumir as tarefas e responsabilidades da vida?"

3. O mandamento que dá vida. Enquanto o homem responde, relembrando os anos de sofrimento


e o fato de não ter escolhido aquela situação, as palavras de Jesus soam nos seus ouvidos:
"Levanta-te, toma a tua cama, e anda".
À primeira vista, pode-se imaginar ser uma zombaria mandar um paralítico levantar-se e andar;
devemos, no entanto, levar em conta que quem falou estas palavras tinha poder para curar o
homem, e que o homem tinha fé em quem falou com ele. O homem creu, e manifestou a sua fé
mediante um ato de obediência a um mandamento que parecia impossível cumprir. Se Deus nos
mandasse passar através de um muro de pedra, nossa obediência fiel nos levaria transpassá-lo
como se fosse uma folha de papel de seda, sempre na condição de termos a certeza de que a
ordem partiu de Deus! A fé é crer e obedecer em tudo o que diz respeito àquilo que sabemos ser
a Palavra de Deus. O paralítico obedeceu e "logo aquele homem ficou são; e tomou a sua cama,
e partiu". A fé é o elo entre a incapacidade humana e a onipotência divina.

5.9 Imediatamente. A cura foi total e sem demora. No sentido mais amplo do milagre, a época
de espera passou com a vinda do Salvador ao mundo. Ele inaugura a nova era da ressurreição
(25) “Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do
Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão”.

Sua salvação está ao alcance de todos em todo lugar.

II-A Seqüela, consequências (Jo 5.10.11)

1. A condenação. Os milagres de Jesus eram sinais, mas nem sempre estes sinais foram
entendidos. Ele alimentou as multidões e sentia-se decepcionado porque poucos perceberam ser
Ele o Pão enviado do céu para nutrir as almas humanas (Jo 6). Curou o cego, demonstrando
assim ser a Luz do Mundo, mas os fariseus hostis queriam apagar aquela Luz (Jo 9). Ressuscitou
Lázaro dentre os mortos, mostrando ser a Ressurreição e a Vida, e este milagre provocou no
Sinédrio o desejo de matar o Autor da Vida. Na ocasião aqui estudada, Jesus operou um milagre
que demonstrou ser Ele o que opera a vontade divina em restaurar a vida e a saúde, e os judeus
queriam matá-lo por operar uma cura no sábado! (v. 16).
"E aquele dia era sábado. Então os judeus disseram aquele que tinha curado: É sábado, não te é
lícito levar a cama". Estes judeus tinham apoio nas Escrituras, nas palavras de Jeremias:
"Guardai as vossas almas, e não tragais cargas no dia de sábado" (Jr 17.21). Naturalmente, a
proibição dizia respeito a cargas que faziam parte de empreendimentos comerciais, mas os
judeus, no seu exagerado literalismo, levaram o mandamento ao extremo.

2. A vindicação. O homem lançou a responsabilidade sobre Jesus, e respondeu: "Aquele que me


curou, ele próprio disse: Toma a tua cama, e anda." Noutras palavras: "Foi aquele que me deu as
minhas forças o mesmo que me mandou como empregá-las." Que lógica magnífica! Na sua
simplicidade, o homem acabou enunciando uma regra do discipulado cristão: aquele que nos
sarou e salvou tem o direito de dirigir a nossa vida. Se Cristo é a fonte da nossa vida, é também a
fonte da nossa lei.

Ensinamentos Práticos

1. Consolação no vale de lágrimas. Betesda, com os seus pavilhões cheios de enfermos de


toda espécie, onde ecoam os suspiros e gemidos de dor e desespero, é um exemplo deste vale
de lágrimas em que vivemos. No meio da vida, somos cercados pela morte; no meio da
segurança, podemos ser atingidos pela calamidade; no meio da fartura, podemos ser apanhados
pela miséria. "Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para
voar" (Jó 5.7).

Um provérbio de origem sérvia diz, com acerto: "Quem quisesse chorar todos os males do mundo
logo ficaria sem olhos".
Ilustração do mergulhador, que está na Bahia e desce até o fundo do mar.

Neste quadro triste, no entanto, brilha um raio de luz: há alguém passando no meio dos doentes,
perguntando a cada um: "Queres ser curado?" Deus enviou Cristo a este mundo para sarar
nossos pecados e enfermidades, e para nos mostrar o caminho de libertação, de vida e de
paz! Assim como o anjo agitava as águas para lhes dar poder para curar, também o Filho de
Deus oferece a fonte que foi aberta para a casa de Davi para remover o pecado e a impureza (Zc
13.1) "Naquele dia uma fonte jorrará para os descendentes de Davi e para os habitantes de
Jerusalém, para purificá-los do pecado e da impureza.". Estas águas se moviam somente em
certos momentos, mas a expiação de Cristo está disponível o tempo todo. Quanto às águas
agitadas pelo anjo, somente a pessoa que chegou primeiro teve a boa fortuna; na expiação de
Cristo, porém, o mundo inteiro está convidado a entrar de uma só vez.
2. A voz que transforma. O paralítico frequentava igrejas sem tanque de Betesda havia muitos
anos, e viu muitas pessoas receberem a cura enquanto ele permanecia tão doente como no dia
em que chegou pela primeira vez. Esta situação é típica de milhares de pessoas que frequentam
as igrejas e recebem bênçãos: ainda estão tão fracas espiritualmente como no dia em que
começaram a ir à igreja. Na teoria, crêem no poder da graça divina; na prática, não têm fé em
Deus suficiente para receberem milagres de transformação que fariam delas obreiros fortes e
vigorosos na causa de Deus.

3. A chamada à benevolência. "Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada,
me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." "Não tenho ninguém" -
estas palavras exprimem quanta solidão e egoísmo existem no mundo. De todos aqueles já
curados por meio daquela fonte, não sobrou nenhum que emprestasse ao seu antigo
companheiro de dores um pouco da sua força recém-adquirida, para colocá-lo na água na hora
certa. Quão triste seria este mundo se não existisse ninguém que sentisse prazer em ajudar ao
próximo! O egoísmo faz com que o mundo seja um lugar muito pequeno, um cantinho muito frio,
infrutífero e escuro. Não há dúvida de que este mundo é lugar de egoísmo, mas ainda há boa
quantidade de genuína bondade entre os homens.

Jesus Cristo veio ao mundo para lançar o saneamento que é o amor nas águas amargas do
egoísmo, sendo que "andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo" (At 10.38).
Os seguidores de Jesus seguem o seu exemplo, e têm compaixão do homem sozinho e
abandonado que não tem ninguém para ajudá-lo a chegar às águas que o saram. "Quando te
converteres, fortalece os teus irmãos". Quem já foi curado por Cristo se preocupará em cuidar
para que outras pessoas se dirijam à mesma fonte de bênçãos; não havendo esta vontade, é
porque lhe falta a energia sobrenatural que aquece e comove o coração com o divinal amor que
tem longo alcance.

4. "Queres ficar são?" É surpreendente o número de pessoas que não se interessam em obter
saúde, por falta de desejo de assumir as responsabilidades que a vida acarreta. Existem muitos
cristãos, também, que estão dispostos a permanecer espiritualmente paralíticos porque recuam
diante do serviço cristão árduo que se requer dos seguidores de Cristo. Muitos há que não
querem ser feitos espiritualmente sãos, porque se esquivam das obrigações da vida cristã; outros
hesitam em buscar uma experiência mais profunda por medo de surgirem, juntamente com ela,
novas exigências morais. Outros, ainda, não aceitam para si a consagração total, receando que o
Senhor os mande para o campo missionário. "Queres ficar são?" é uma pergunta que nos
perscruta, e que significa: "Queres ser capacitado para o que há de mais puro e nobre na vida?"
O Mestre continua falando ao nosso coração: "Queres ser santificado?" "Queres ser
espiritualmente forte?" "Queres ser plenamente consagrado?" O que é que nos der com um
eterno "sim"?

5. Quando Deus manda, Ele capacita. O homem junto ao tanque era totalmente incapacitado.
Porém, quando Jesus disse: "Levanta-te, toma a tua cama, e anda", ele obedeceu e andou. A
explicação é que ele tinha fé em Jesus, e o ponto de vista que a fé adota é que, por mais difícil ou
mesmo impossível que seja a tarefa, o Senhor nos capacitará a cumprir sua vontade. Quando
procuramos fazer aquilo que sabemos com certeza ser a vontade do Mestre, descobrimos que
nossa capacidade está à altura deste desejo, e que nossas forças bastam para o cumprimento do
dever. "Dá o que tu determinas, e manda o que tu desejas", disse um antigo pensador cristão.

Obedeça a Cristo, e você achará forças suficientes para isso. Creia que Ele tem poder para lhe
dar vida nova, e você a receberá. Mas não hesite, não questione, não protele.

6. "Toma a tua cama". Talvez o paralítico curado possa ter pensado: "Agora me sinto bem, mas
não sei por quanto tempo vou me sentir assim; seria melhor deixar o leito aqui, caso venha a
precisar dele mais tarde". Seja como for, tal pensamento foi rapidamente expulso mediante a
ordem: "Toma a tua cama", que significa que o homem não deveria prevenir-se contra uma
possível recaída! O Senhor, para dar mais força e clareza a esta instrução, disse-lhe, mais tarde,
ao encontrá-lo no templo: "Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda
alguma coisa pior".

Muitas pessoas ficam afastadas da graça e da misericórdia de Deus porque não vão se afastando
da cena das suas antigas derrotas e enfermidades. Em vez de avançarem, ficam olhando para
trás, prevendo fracassos e tomando as respectivas providências, e isto por falta de confiança total
no poder de Cristo. Na vida cristã, fazer os preparativos para o fracasso é convidar o fracasso.
"revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da
carne." (Rm 13.14). Há aqueles que se levantam do seu leito de fraqueza espiritual, avançam
alguns passos na vida cristã, e então voltam para preparar a sua cama no meio da vida diária
normal do mundo. Já levamos para longe o nosso leito de dores?

7. O nosso Redentor é o nosso Soberano. Quando os judeus protestaram que não era lícito
àquele homem carregar seu leito no sábado, ele respondeu: "Aquele que me curou, ele próprio
disse: Toma a tua cama, e anda." Quem nos salvou e nos deu vida e força tem autoridade para
nos dizer como empregar a vida que veio da parte dele. Tem absoluta autoridade de fazer o que
deseja com os nossos poderes espirituais restaurados, pois foi Ele quem nos concedeu. Seu
domínio decorre de seus benefícios; é nosso Rei porque é nosso Salvador. Rege aqueles que
redimiu. Quando o cristão recebe as críticas dos mundanos por ser tão consciencioso, por
recusar-se a participar das coisas do mundo e por agir de modo contrário às tradições e aos
costumes da sociedade, sua defesa deve ser: "Aquele que me curou, ele próprio disse". Para o
cristão, a palavra de Cristo é o argumento único e conclusivo.

O sábado foi feito para o homem.

5.10 - De acordo com os fariseus, carregar o leito no sábado era um trabalho, portanto, era
proibido. Isto não infringia a lei do AT mas infringia a interpretação dos fariseus em relação ao
mandamento de Deus que dizia: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”. (Ex 20.8). Esta
era apenas uma das centenas de regras que os fariseus haviam adicionado às leis do AT.

5.10- Um homem que não andava há 38 anos havia sido curado, mas os fariseus estavam mais
preocupados com a suas regras insignificantes do que com a vida e a saúde de um ser humano.
É fácil darmos excessiva atenção aos nossos sistemas e regras humanas, a ponto de nos
esquecermos das pessoas envolvidas. Suas diretrizes de vida são elaboradas por Deus ou por
homens? Ajudam as pessoas ou têm se tornado obstáculos desnecessários?

5.14 - Aquele homem coxo ou paralítico teve um encontro com Jesus e, de repente, podia andar.
Este era um grande milagre. Mas ele certamente necessitava de um maior: ter os seus pecados
perdoados. O homem estava muito contente por estar fisicamente curado, mas precisava
afastar-se de suas iniquidades e buscar o perdão de Deus, a fim de que fosse espiritualmente
curado. O perdão de Deus é o maior presente que você certamente receberá. Não negligencie a
sua dádiva bondosa!

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