Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lajes/RN
2021
2
BANCA EXAMINADORA
Lajes/RN
2021
3
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
aulas, colóquios, palestras, cursos, simpósios, dentre outros. Ter tido a liberdade
de interagir e a oportunidade de aprender com cada um deles foi realmente um
privilégio. Obrigado!
À coordenação do Departamento do Curso de Pedagogia – EaD
representada pelo professor Azemar dos Santos Soares Júnior pela colaboração
e simpatia.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sеυ corpo docente, direção
е administração qυе oportunizaram а janela a qual hoje vislumbro um horizonte
superior, eivado pеlа acendrada confiança no mérito е ética aqui presentes.
Aos amigos que o curso de Pedagogia – Polo de Lajes me deu, pelos
encontros, conversas, convívio, viagens, trabalhos, estudos e festas. A nova
jornada propiciou a ampliação de amigos, os quais jamais esquecerei. Joaquim
Azevedo, Ednara Alves e Alinice Matias. Foram momentos inesquecíveis!
À Escola Estadual Monsenhor Honório – Pendências/RN, meu local de
trabalho atualmente, pelo apoio a minha pesquisa e por me oportunizar o meu
afastamento para estudo.
Aos amigos, minha segunda família, que fortaleceram os laços e me
apoiaram nos momentos de dificuldades! Jamais lhes esquecerei!
E finalmente, agradeço a todos que me ajudaram direta ou indiretamente
para a conclusão dessa pesquisa. Um MUITO OBRIGADO a todos vocês.
O acolhimento, a palavra amiga, um texto sobre a diversidade étnico-racial,
uma instigação.... Por fim, cada rosto, cada face, cada Ser, com sua singularidade,
marcou minha trajetória.... Eu, agora, não tenho palavras... elas simplesmente
escapam-se pelas minhas mãos como grãos de areia... Mas, mesmo assim, tento
dizer o indizível: obrigado a todos pela singeleza do encontro nas travessias da vida
e por ajudar-me, de alguma maneira, concluir essa jornada.
7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 10
5. CONCLUSÃO ................................................................................................ 34
REFERÊNCIAS................................................................................................... 36
8
1
Graduado em Letras (UERN), licenciando em Pedagogia (UFRN), EEMH/Pendências,
cleberllima2012@gmail.com
2
Professor Doutor, DPEC/UFRN, Natal/RN
9
ABSTRACT
In this work, we discuss the theme of ethnic-racial diversity. The work was mediated
through Afro-Brazilian children's literature, as a means to overcome racial prejudice
and discrimination. In the present proposal, we propose to analyze how Afro-
Brazilian children's literature can be thought of and used as a tool in the fight against
racial discrimination and prejudice in favor of an anti-racist education. We chose the
book “O Menino Marrom”, by Brazilian author Ziraldo. For this, the following problem
question arose: How can Afro-Brazilian children's literature contribute to an anti-
racist education in a classroom in the early years of elementary school? We chose
to work with some authors that we consider central to discussions about ethnic-
racial relations and literature. The main theoretical bases come from the studies of:
Munanga (2005; 2006), Gomes (2006) and Guimarães (2004; 2008). Regarding
critical studies, we highlight the contributions of: Cavalleiro (2000), Garcia (2010),
Gonçalves and Silva (1996), Ramos-Lopes (2010; 2015). With regard to Afro-
Brazilian literature, we are guided by the studies and theoretical constructs of Fúlvia
Rosemberg (1985), Heloísa Pires Lima (2001), Fany Abramovich (1991), authors
who propose to study the literary text and its social implications in the context of
ethnic-racial discussions. Methodologically, we adopted bibliographical research
and analysis of children's literary works. With this, we also seek to work on the issue
of identity formation and use the Afro-Brazilian children's literature for such
reference in order to identify how the work can help us build a plural education
without reproducing the racist stereotypes of society. The data indicate that the work
with the referred theme, mediated by the Afro-Brazilian children's and youth
literature, may provoke a chain of positive and affirmative reactions, enabling the re-
signification of the subjects' posture regarding ethnic-racial relations. The proposals
presented have effective social relevance and indicate ways to favor a less
excluding society that respects and values diversity, especially ethnic-racial.
1. INTRODUÇÃO
sociedade mais justa e uma educação que valorize os seres sociais, inclusive o
negro. Este, na maioria das vezes excluído da história e da cultura desse país ou
muitas vezes incluído de forma negativa, estereotipada.
Discutir a temática do preconceito dentro da escola é interessante para ser
problematizada, pesquisada e debatida, apresentando o olhar do professor que
convive diretamente com uma problemática tão presente, recorrente e atual.
Nessa discussão, o papel da escola é essencial na formação de seu alunado
buscando um melhor caminho, para todos que fazem parte de uma instituição
educativa, que busca ser plural e inclusiva. Conforme Menezes (2008, p. 10) "A
escola é um espaço privilegiado para aprender a resolver conflitos e conviver com
a diferença”.
De acordo com Paulo Silva (2008 p.25):
3
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relatoriofinal.pdf
23
Essa afirmação nos faz refletir sobre o compromisso que deve ser assumido
pela educação e, consequentemente, pela escola na formação dos sujeitos
partícipes do processo educativo, principalmente, intervindo na mudança de
posturas e práticas preconceituosas, reconhecendo o valor das diferenças.
O preconceito na sociedade brasileira é um fato. É comportamento
impregnado e reproduzido, entretanto não pode continuar sendo acolhido ou
camuflado, por isso essa questão deve ser abordada explicitamente, sem
constrangimento, especialmente em âmbito escolar.
Faz-se necessário a descolonização do currículo, a democratização do
processo de formação na educação básica e no ensino superior e a garantia de
reflexividade e autonomia para a construção de espaços de intercâmbio, de diálogo
e de valorização da diversidade humana em sua plenitude.
Logo, acreditamos que a literatura é uma importante meio para identificar e
problematizar as questões étnico-raciais, assim, desmistificando imagens e
discursos estereotípicos que foram pedagogicamente construídos e introjetados no
imaginário coletivo. Nesse sentido, passamos a discutir as possibilidades da
literatura no combate ao racismo, com o intento de buscar um espaço de debate,
de inserção da leitura, em busca de uma identidade étnico-racial, de respeito aos
diretos e deveres, para acrescentar e fazer com que as pessoas/leitores reflitam as
condições de exclusão social que os negros foram submetidos.
Essa afirmação nos faz refletir sobre o compromisso que deve ser assumido
pela educação e, consequentemente, pela escola e o ensino da literatura na
formação dos sujeitos envolvidos no processo educativo, principalmente, intervindo
na mudança de posturas e práticas preconceituosas, reconhecendo-se o valor das
diferenças.
Outro aspecto que consideramos relevante é sobre a aplicabilidade da
legislação vigente, enquanto ação afirmativa, e a possibilidade de elaboração e
execução de projetos pedagógicos interdisciplinares no contexto escolar, como
também a utilização da literatura, contribuindo assim, para uma escola plural e que
privilegia a diversidade.
Nesse sentido, é importante destacar os estudos empreendidos pelos
pesquisadores que se debruçaram sobre a temática étnico-racial na literatura
infantojuvenil destacando-se: Rosemberg (1985), Abramovich (1991) e Saraiva
(2001), que dedicaram um pequeno capítulo de seus livros ao personagem negro,
embora não fosse este o principal objeto de estudo das pesquisadoras.
Rosemberg (1985, p. 86) evidencia que:
A obra já está na sua 40ª edição, voltado para faixa etária de leitores de 08
a 10 anos de idade, pertence à categoria Ficção Infantil e Juvenil. O personagem
age de maneira ativa em todas as decisões no decorrer da história. Trata-se de
uma descrição objetiva e não uma comparação. O menino é de origem humilde, é
curioso, estava sempre questionando. Quando fazia alguma arte, suas respostas
eram sempre inteligentes. Mesmo antes de ser alfabetizado já jogava damas com
o pai. Inventava seus próprios jogos, é claro que quem ganhava era ele, como toda
criança que inventa regras para não perder.
A amizade com o menino branco é intencional, não com intenção de reforçar
as diferenças, mas sim de reforçar a identidade étnica. É, pois, imprescindível
reconhecer suas próprias características, para identificar-se como pessoa. É
importante perceber que a etnia não interfere na condição de sujeito social. Nesse
sentido, leva o leitor a pensar na questão da etnia e na condição humana. A aula
com Disco de Newton4 deixa a oportunidade de trabalhar as misturas de cores e
demonstrar que todas as cores são importantes. O uso do Disco de Newton foi uma
experiência vivenciada pelo Menino marrom na escola, ao ser trabalhado por sua
professora no laboratório da escola. Ao tratar da mistura de raças, comum no Brasil,
deixar claro que a raça brasileira é na verdade a mistura de várias etnias. É
importante salientar que o menino sabia que era negro e isso não fazia diferença,
nunca houve preocupação por um ser negro e o outro branco. Cabe reforçar que
existem diferenças étnicas, porém há igualdade no aspecto humano.
A escolha pela obra possibilita que os alunos conheçam e se apropriem de
valores como o respeito a si próprios e ao outro e, ainda, resgatem a necessidade
de se desvincular de arraigados "pré-conceitos" em relação a outras culturas e
outros povos.
A história do Menino Marrom inicia-se pela voz de um narrador que se
assemelha à imagem de um contador de histórias. Este narrador interfere a todo
momento, com comentários pessoais, opiniões, digressões e um número
considerável de referências à cultura de massa.
Observe a primeira parte do texto da obra:
4
É um pequeno círculo de metal, plano como um disco comum, dividido em raios (como uma roda
de bicicleta). São sete espaços entre os raios, cada espaço com uma das cores do arco-íris. O disco
gira em pé, como uma pequena roda-gigante, tocado por uma manivela.
33
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
https://leiturinha.com.br/blog/como-a-literatura-infantil-pode-colaborar-no-
combate-ao-racismo/ Acesso em: 23/08/2021