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UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


PEDAGOGIA

CARLA JANINE DO CARMO

PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

BELO HORIZONTE
2023
CARLA JANINE DO CARMO

PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA

Projeto de Ensino apresentado à UNOPAR,


como requisito parcial à conclusão do Curso de
PEDAGOGIA.

Docente supervisor: Prof. Fabiana Menezes

BELO HORIZONTE
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
1 TEMA....................................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................5
3 PARTICIPANTES.................................................................................................6
4 OBJETIVOS......................................................................................................... 7
5 PROBLEMATIZAÇÃO..........................................................................................8
6 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................9
7 METODOLOGIA.................................................................................................10
8 CRONOGRAMA.................................................................................................11
9 RECURSOS....................................................................................................... 12
10 AVALIAÇÃO....................................................................................................... 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................14
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 15
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INTRODUÇÃO

Esse projeto analisa como os brinquedos influenciam a aprendizagem no ensino


fundamental (1° e 2° ano). A vantagem de se trabalhar com os brinquedos no processo de
educação é permitir à criança ação, afetividade, construção de representações mentais,
manipulações dos objetos que desenvolvem raciocínio, habilidade sensório-motor além das
trocas nas interações que estimulam múltiplas inteligências, contribuindo para o
desenvolvimento cognitivo infantil.
O brincar alegra, desperta sentimentos, contribui para o desenvolvimento global e para
a socialização, pois dificilmente brincamos sozinhos. O brinquedo torna-se objeto de
comunicação, meio pelo qual a criança sai de uma relação centralizada em um objeto, para
torná-lo um utensílio mediador entre ela e as outras crianças, entre ela e o mundo. O
brinquedo traduz o mundo para a realidade infantil possibilitando o desenvolvimento da
inteligência, sensibilizando, habilidade e criatividade, proporcionando a socialização entre
crianças e adultos.
Na teoria de Carr, citando por Barros (1988, pág.185), “admite-se que o brinquedo tem
a função de descarregar as tendências antissociais que são naturais na criança, mas que se
mostram incompatíveis com o estágio atual de nossa civilização. O brinquedo tem, portanto,
uma função catártica, isto é purificada”.
O lúdico é uma opção de trabalhar o conhecimento de forma prazerosa, pois é através
do brincar que a criança aprende a lidar com o mundo e contribui para formação de sua
personalidade, recriando situações vivenciadas por elas e por suas experiências. Dentro dessa
compreensão, Kishimoto (2003, p 18) afirma: “Admite-se que o brinquedo represente certas
realidades. O brinquedo coloca a criança na presença de reproduções: tudo o que existe no
cotidiano, na natureza e as construções humanas. Pode-se dizer que um dos objetivos do
brinquedo é dar à criança um substituto dos objetos reais, para que ela possa manipulá-los.
O lúdico em todas as suas dimensões deve proporcionar à criança situações que
desenvolvam a sua capacidade de deduzir e levantar questões através de tentativas do erro. Ao
serem trabalhados, os brinquedos facilitam a aprendizagem, o desenvolvimento e a
socialização da criança.
Estes pressupostos foram analisados e comprovados através do levantamento
bibliográfico com o qual obtivemos um estudo qualitativo descrevendo a importância do tema
desenvolvido.
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1 TEMA

O tema do projeto de ensino “A utilização de brinquedos como ferramentas


pedagógicas” está direcionado para o ensino em contextos educativos, de acordo com a
habilitação do curso de pedagogia, contemplando as principais questões que perpassam o
processo de ensino e aprendizagem.
É uma proposta de educação que pretende uma aprendizagem mais ativa e
participativa dos alunos.
Tem como proposta desenvolver habilidades e competências inerentes ao trabalho que
será realizado pelo docente que possibilita o domínio pedagógico do conteúdo.
Os brinquedos pedagógicos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento
infantil. Esses tipos de brinquedos, que são projetados especificamente para estimular o
aprendizado podem trazer uma série de benefícios para as crianças. O uso desses brinquedos
permite que as crianças aprendam de forma mais divertida e interativa, promovendo o
desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e motoras. Eles oferecem oportunidades
para a exploração, resolução de problemas, criatividade e interação, promovendo um
desenvolvimento saudável e integral.
Além disso, os brinquedos ajudam as crianças a adquirir diferentes conhecimentos e
competências, como coordenação motora, raciocínio lógico, linguagem, percepção espacial e
socialização. São ferramentas essenciais para auxiliar no desenvolvimento de habilidades para
a vida adulta.
Esse projeto tem como intenção contribuir para o meu crescimento profissional, me
motivando a desenvolver competências para proporcionar o desenvolvimento de futuros
alunos.
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1 JUSTIFICATIVA

Desde os séculos passados até os nossos dias, estudos têm se voltado para a
necessidade de explicar a necessidade do brinquedo, a atividade lúdica, ou simplesmente,
os jogos para as crianças tanto da educação infantil quanto para crianças do ensino
fundamental. Os brinquedos são de vital importância para a aprendizagem e para a
educação da criança por propiciar o desenvolvimento simbólico, estimular sua
imaginação a capacidade de raciocínio e a autoestima. Como o autor Moreira menciona
(1994, p. 53), “o brinquedo é o objeto real ou imaginário que antecipa os dados da
realidade. Normalmente visto pelos adultos como sinônimo de divertimento, de
entretenimento ou atividade de descarga de energia, o brinquedo oferece à criança algo,
além disso, pois representa uma fonte de conhecimento, satisfação e uma fonte de acesso
ao imaginário”.
Com a utilização dos brinquedos, as crianças enriquecem o processo de
aprendizagem e priorizam o desenvolvimento cognitivo. Quando o brinquedo é utilizado
de forma divertida, criativa estimulante, as crianças se interessam e se envolvem mais nas
suas atividades. Como Campos (1978, p 27) cita “aprendizagem envolve o uso de todos
os poderes, capacidades, potencializadas do homem, físicas quanto mentais e afetivas.
Isto significa que a aprendizagem não pode ser considerada somente como um processo
de memorização, o que emprega apenas o conjunto das funções mentais ou unicamente os
elementos físicos ou emocionais”.
Através do brinquedo, a criança exercita as capacidades de representar o mundo e de
distinguir as pessoas. Brincando, a criança passa a compreender as características dos
objetos, seus funcionamentos, os elementos da natureza e os acontecimentos sociais. A
criança experimenta, descobre, inventa, e confere suas habilidades no seu dia a dia,
buscando cada vez mais desenvolver-se diante das dificuldades encontradas.
De acordo com Kishimoto (1999), o brinquedo pode assumir duas funções principais:
• função lúdica: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando o
escolhido voluntariamente. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer
idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento pessoal,
sociocultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estudo interior fértil
e facilita no processo de socialização, comunicação, expressão e construção do
conhecimento.
A função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo
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em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. Na função educativa o


brinquedo é utilizado de forma prazerosa, porque as crianças aprendem brincando. Elas
descobrem, inventam, aprendem e desenvolvem inúmeras habilidades, como criatividade,
a autonomia, a socialização, a linguagem, curiosidade, a concentração e o raciocínio
lógico.
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2 PARTICIPANTES

Este projeto é destinado aos alunos da educação infantil no ensino fundamental


(1° e 2° ano), quando acontece o processo de continuidade de aquisição e
aprofundamento na aprendizagem do aluno. Nesse sentido, partindo-se das vivências do
aluno, o projeto pretende ampliar seu conhecimento por meio da interação com o
brinquedo.
Sendo assim, será aplicado brinquedo como uma ferramenta pedagógica para o
aprendizado dos alunos, com a intenção de ser um momento dinâmico e lúdico, com o
objetivo de aprender brincando.
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3 OBJETIVOS

O brinquedo como ferramenta pedagógica visa a estimular as crianças a brincar


livremente, pondo em prática a criatividade, a socialização e a imaginação em atividades
lúdicas. Por meio do brinquedo pode avaliar nas crianças o desenvolvimento, através do
acompanhamento e observação diária, do que se refere a socialização, à iniciativa a
linguagem.
Além disso o uso do brinquedo em sala de aula defende o direito de brincar da criança.
Será possível realizar diversos tipos de atividades voltadas ao aprendizado direcionado,
incluindo a alfabetização. Tudo de forma divertida e, ao mesmo tempo, criando novas
conexões neurais dentro do cérebro e estimulando o novo aprendizado.
Além disso, outros objetivos e ganhos adicionais, que ajudarão na alfabetização e no
letramento das crianças, também podem ser potencializados com esses recursos pedagógicos:

* Aumento da destreza;
* Ganho de confiança;
* Fortalecimento das habilidades motoras;
* Estímulo do processamento cognitivo.
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4 PROBLEMATIZAÇÃO

A criança de hoje vive em um mundo repleto de tecnologias e brinquedos que encantam


e fascinam a todos. Os atrativos oferecidos pela mídia despertam interesses que estão além do
simples fato de frequentarem a escola. No entanto, muitas vezes, não oferece os mesmos
atrativos, o que na maioria dos casos gera desinteresses e falta de motivação pelos estudos,
pois para uma criança, brincar é muito mais interessante do que estudar.
Pesquisas mostram que as crianças estão chegando às escolas mais desmotivadas com o
estudo, o que gera o desinteresse pela escola e a evasão escolar. São muitos os problemas
causados pela desmotivação, no entanto acredita que existe uma receita mágica para fazer as
aulas serem o foco da atenção das crianças. Essa receita são os brinquedos pedagógicos que
desempenham um papel fundamental no desenvolvimento infantil. Eles são muito mais do
que simples objetos de entretenimento, pois proporcionam experiências educativas que
contribuem para o aprendizado das crianças.
Desempenham um papel fundamental no desenvolvimento infantil. Esses brinquedos são
especialmente projetados para promover a aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades
em crianças em idade pré-escolar e na educação infantil. Através do jogo, elas podem
explorar, experimentar e aprender de forma divertida e estimulante.
A utilização dos brinquedos pedagógicos oferece uma série de benefícios, ajudam a
desenvolver habilidades cognitivas, como resolução de problemas, a lógica e o raciocínio.
Também estimulam a criatividade e a imaginação das crianças, permitindo que elas
expressem suas ideias e desenvolvam sua capacidade de inventar e criar.
Além disso, os brinquedos contribuem para o desenvolvimento das habilidades motoras das
crianças. Ao brincar com esses brinquedos, elas precisam manipular objetos, mover-se e
coordenar seus movimentos, o que auxilia no desenvolvimento da coordenação motora. Dessa
forma esses brinquedos são importantes no processo de amadurecimento motor da criança.
São projetados especificamente para estimular o aprendizado, podem trazer uma série de
benefícios para as crianças. Também têm um papel importante no desenvolvimento social e
emocional das crianças. Ao brincarem com os outros colegas ou em grupo, as crianças
aprendem a compartilhar, colaborar e resolver conflitos de forma adequada.
No entanto, a falta de interesse dos alunos para aprender o que é ensinado vem
representando uma dificuldade para muitas escolas.
Destaca se atualmente, um grande desinteresse por parte de muitos alunos, por qualquer
atividade escolar. Frequentam as aulas por obrigação, sem com tudo, participar das atividades
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básicas. Ficam apáticos diante de qualquer iniciativa dos professores, que confessam
frustrados por não conseguirem atingir totalmente em seus objetivos.

5 REFERENCIAL TEÓRICO

Considerando a sala de aula um ambiente de aprendizado, é possível, a partir de alguns


autores, repensar formas de tornar o conteúdo levado aos alunos cada vez mais atrativo. Na
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educação infantil, pode-se contar com atividades lúdicas pertinentes à idade das crianças
como um incremento aos materiais didáticos. Um exemplo, é a inclusão de brinquedos na
rotina, que podem, inclusive, serem criados com a participação dos aprendizes. Um estímulo à
criatividade e à participação, reconhecido por KUPPER (1995, p 79). “O processo de
aprendizagem depende da razão que motiva a busca de conhecimento”. Dessa forma, a
utilização dos brinquedos como ferramenta pedagógica é colocada como um atrativo, capaz
de favorecer o envolvimento das crianças, já que o ato de brincar é uma condição inerente à
infância.
A possibilidade de a criança “aprender brincando” também é considerada por
VYGOTSKY, citado por KISHIMOTO (1999, p51). Segundo o autor, “a imaginação em ação
ou o brinquedo é a primeira possibilidade de ação da criança numa esfera cognitiva que lhe
permite ultrapassar a dimensão perceptiva motora do comportamento”.
Na dimensão sociológica do brinquedo, a criança não é convidada a participar da
concepção e fabricação do brinquedo, mas, nem por isso, e nem sempre se conforma com seu
significado aparente. A criança reage de maneiras diferentes, recriando seus significados, ela
percebe no brinquedo a oportunidade de inserção no mundo e sua modificação como criança.
Com isso, um mesmo brinquedo pode ser apreciado de modo diferente por cada criança, que o
explora. a partir das individualidades. Isso confere vários significados ao recurso usado pelo
professor na sala de aula.
Segundo o referencial curricular para a educação, “o brincar apresenta-se de várias
categorias e experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos
predominantes implicados”.
Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes
essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas
propriedades físicas assim como a combinação e a associação entre eles; a linguagem oral e
gestual que oferecem várias níveis de organização a serem utilizadas para brincar; os
conteúdos sociais, como papéis e situações, valores e atitudes que se referem a forma como o
universo social se constroem; e, finalmente, os limites definidos pelas regras constituindo-se
em um recurso fundamental para o brincar. Essas categorias de experiências podem ser
agrupadas em três modalidades básicas quais sejam brincar de faz de conta ou com papéis,
considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras: brincar com
materiais de construção e brincar com regras”.
A utilização do brinquedo como uma estratégia a mais para aprendizagem trará
benefícios tanto para as crianças que terão mais condições facilitadoras para o seu
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desenvolvimento, quanto para os professores que poderão utilizar mais um recurso para
atingir seus objetivos escolares.
Em “O jogo e a educação infantil”, Kishimoto apresenta uma diferenciação entre jogo
e brincadeira, classificando o primeiro como um recurso educativo com regras pré-
determinadas que devem ser seguidas pelos participantes. Ele problematiza a ausência da
liberdade e do faz-de-conta no jogo, enquanto o brinquedo é aquele que favorece a
imaginação.
“...no jogo de xadrez, as regras externas padronizadas permitem a movimentação das peças.
Já a construção de um barquinho exige não só a representação mental do objeto a ser
construído mas também a habilidade manual para operacionalizá-lo”.
O autor demostra preocupação em manter a essência do divertimento ao incorporar esses
recursos no dia a dia das escolas. “Um tabuleiro com peões é um brinquedo quando usado
para fins de brincadeira. Teria o mesmo significado quando vira recurso de ensino, destinado
à aprendizagem de números? É brinquedo ou material pedagógico?”. Depois dessa reflexão,
Kishimoto lembra que, desde o século XVIII, o jogo passou a ser reconhecido como algo
sério e destinado a educar a criança.
Nesse sentido, ele destaca algumas características do jogo infantil que demonstram o
potencial deste recurso. Dentre elas, a característica chamada “efeito positivo”. Este pode ser
percebido pelos signos do prazer ou da alegria, entre quais o sorriso. O autor lembra que
quando brinca livremente e se satisfaz, a criança o demonstra por meio do sorriso. Segundo
ele, isso traz inúmeros efeitos positivos aos aspectos corporal, moral e social da criança.

Outra característica destacada é a “flexibilidade” permitida pelas situações de


brincadeiras.
“Estudos como os de Bruner (1976) demonstram a importância da brincadeira para a
exploração. A ausência de pressão do ambiente cria um clima propício para investigações
necessárias à solução de problemas. Assim, brincar leva a criança a tornar-se mais flexível e
buscar alternativas de ação”.
A preocupação em não restringir o novo recurso a uma mera ferramenta de ensino
parece ser afastada como a característica a seguir. É a chamada “prioridade do processo de
brincar”. O autor faz uma diferenciação entre “jogo infantil” e “jogo educativo” e conclui que,
enquanto brinca, a criança mantém a atenção voltada para a atividade em si e não em seus
resultados ou efeitos.
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“O jogo infantil só pode receber essa designação quando o objetivo da criança é


brincar. O jogo educativo, utilizado em sala de aula, muitas vezes desvirtua esse conceito ao
dar prioridade ao produto, à aprendizagem de noções e habilidades”.
Por fim, pontua as características de “livre escolha” e “controle interno” do jogo
infantil. Deve-se permitir que a criança tenha poder de escolha, que participe ativamente do
desenvolvimento dos acontecimentos. Com isso, é valorizada a espontaneidade no processo
de aprendizado, sem imposições por parte do professor.
Uma ajuda neste processo é considerar três concepções que relacionam o jogo infantil
à educação: 1 - recreação; 2 - uso de jogo para favorecer o ensino de conteúdos escolares e 3 -
diagnóstico da personalidade infantil e recurso para ajustar o ensino às necessidades infantis.
Ao falar dos brinquedos, o autor reafirma que eles carregaram um importante
potencial: a indeterminação quanto ao uso. “O brinquedo propõe um mundo imaginário da
criança e do adulto criador do objeto lúdico”. É um recurso que valoriza a criatividade desde a
sua origem. Ele pode ser criado em diferentes tamanhos, com formas simples ou complexas,
podendo ser estilizado, já que não há imposição de regras. É um universo rico para a
imaginação.
“O brinquedo coloca a criança na presença de reproduções: tudo o que existe no cotidiano,
a natureza e as construções humanas. Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar
à criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los”.
A partir desta experiência livre, o autor conclui que ao brincar, a criança “não está
preocupada com a aquisição de conhecimento ou desenvolvimento de qualquer habilidade
mental ou física” e que essa conduta livre favorece o desenvolvimento da inteligência e
facilita o estudo. Por isso, se justifica o emprego de recursos lúdicos nos conteúdos escolares.
No entanto, a falta de interesse dos alunos para aprender o que é ensinado vem
representando uma dificuldade para um grande número de escolas.
Destaca se atualmente, um grande desinteresse por parte de muitos alunos, por
qualquer atividade escolar. Frequentam as aulas por obrigação, sem com tudo, participar das
atividades básicas. Ficam apáticos diante de qualquer iniciativa dos professores, que
confessam frustrados por não conseguirem atingir totalmente em seus objetivos. Descobriu-se
que é o sentimento muito forte do querer. É querer tanto, a ponto de não medir as fotos para
conseguir o objetivo desejado. Segundo RUDEL (2007 p 35)
“Impulso não satisfeito em tempo leva ao surgimento de tensão-que caracteriza o
desejo”. E sempre que “... O indivíduo pensa nas coisas desejadas, está criando ou
aumentando tensão psíquica, ficando assim como o alvo de motivação que o levará a agir no
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sentido de satisfazer o desejo surgido” . O desejo é próprio de seres inacabados, pois um ser
que não carecesse de nada não desejaria nada.
Sendo próprio de seres inacabados, ele deveria fazer parte de todo ser humano-
incluindo, naturalmente, os alunos, que segundo Freud (1910) e (1990), deveriam fazer parte
dos “ desejantes do saber”, tal como as crianças e os cientistas.
Para KUPPER (1995, p 79) “... O processo de aprendizagem depende da razão que
motiva a busca de conhecimento”. E por isso que a utilização dos brinquedos como
ferramenta pedagógica é importante, porque os alunos terão uma razão para aprender, e irá
aprender brincando criando assim no aluno o interesse em aprender.
Para Vygotsky, citado por Kishimoto ( 1999, p51) “ a imaginação em ação ou o
brinquedo é a primeira possibilidade de ação da criança numa esfera cognitiva que lhe permite
ultrapassar a dimensão perceptiva motora do comportamento”.
Na dimensão sociológica do brinquedo, a criança não é convidada a participar da
concepção e fabricação do brinquedo, mas, nem por isso, e nem sempre se conforma com seu
significado aparente. A criança reage de maneiras diferentes, recriando seus significados, ela
percebe no brinquedo a oportunidade de inserção no mundo e sua modificação como criança.
Segundo o referencial curricular para a educação: “ ou brincar apresenta-se de várias
categorias e experiências que são diferenciadas pelo o uso do material ou dos recursos
predominantes implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da
percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças: a relação com os
objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e a associação entre eles: a
linguagem oral e gestual que oferecem várias níveis de organização a serem utilizadas para
brincar: os conteúdos sociais, como papéis e situações, valores e atitudes que se referem a
forma como o universo social se constroem: e, finalmente, os limites definidos pelas regras
constituindo-se em um recurso fundamental para o brincar. Essas categorias de experiências
podem ser agrupadas em três modalidades básicas quais sejam brincar de faz de conta ou com
papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras: brincar
com materiais de construção e brincar com regras”.
A utilização do brinquedo como uma estratégia a mais para aprendizagem trará
benefícios tanto para as crianças que terão mais condições facilitadoras para o seu
desenvolvimento, quanto para os professores que poderão utilizar mais um recurso para
atingir seus objetivos escolares.
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6 METODOLOGIA

Este projeto de ensino foi elaborado através de pesquisas qualitativas por meio de
análises bibliográficas documentais e observação de ambientes educacionais quanto fazer
educativo lúdico, fazendo assim uma revisão aprofundada sobre o tema “a utilização de
brinquedos como ferramentas pedagógicas”, apresentando quais são seus benefícios para
os docentes e profissionais que utilizam desses brinquedos como apoio para o pleno
desenvolvimento das crianças.
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7 CRONOGRAMA

CRONOGRAMA 1ª AULA 2ª AULA


ESCOLHER O BRINQUEDO QUE SERÁ
DESENVOLVIDO X

LEVANTAMENTO BIBIOGRÁFICO
UTILIZANDO RECURSOS DA MÍDIA X
EXPLICAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DE
UTILIZAÇÃO DO BRINQUEDO
COMO FERRAMENTA X
PEDAGÓGICA

CONVERSA COM OS ALUNOS


X

ELABORAÇÃO DE PESQUISA SOBRE O


TEMA X
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8 RECURSOS

Serão utilizados como recursos materiais como tampinhas de garrafas pets, imagens de
animais, objetos e sílabas das palavrinhas feitas de papelão, para desenvolver um
brinquedo de formar palavras e de números.
E temos que caprichar nas cores intensas, pois as crianças são estimuladas visualmente
com cores fortes, além de deixar o jogo ou brinquedo muito mais bonito.
No que se refere aos brinquedos, as professoras que executarão as ações propostas, o que
inclui uma parcela da comunidade escolar que estará
presente no projeto.
Não haverá gastos para comprar os materiais, pois têm disponível em casa e na escola.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste projeto foram elencados argumentos que evidenciam o


brinquedo como uma ferramenta para estimular o desenvolvimento infantil e
aprendizagem no contexto escolar. A pesquisa realizada oferece aos profissionais
de educação a oportunidade de reverem e se necessário reestruturarem seus planos
de ensino para deixá-los mais atrativos e eficazes no trabalho com as crianças.
Quanto a aprendizagem, utilizar o brinquedo como recurso é aproveitar a
motivação interna que as crianças têm e tornar a aprendizagem de conteúdo
escolares mais atraentes. Entretanto, de acordo com as pesquisas, o meio escolar
ainda não está conseguindo utilizar o brinquedo como facilitador para essa
aprendizagem. Muitas dificuldades e barreiras ainda serão encontradas, tais como a
falta de espaços adequados, recursos e principalmente, de capacitação profissional.
A utilização do brinquedo como uma estratégia a mais para aprendizagem para
benefícios tanto para as crianças, que terão as condições facilitadoras para o seu
desenvolvimento, quanto para os professores, que poderão utilizar mais um recurso
para atingir seus objetivos escolares. O brinquedo é fundamental na escola, nele, as
relações entre as crianças acontecem (troca, socialização, partilha) evitando
atitudes egocêntricas e promovendo o aprender para a vida, com aproximação entre
realidade, imaginação, criatividade e o saber.
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REFERÊNCIAS

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BOMTEMPO, E. A Brinquedoteca como espaço de observação da criança e do brinquedo.


São Paulo: USP, 1997.

BUENO. E. Jogos e Brincadeiras na educação infantil: ensinando de forma lúdica. Londrina –


PR, 2010.

COLE, M. et al. A formação Social da Mente. 4º Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

CUNHA, N.H.M. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 1ª ed. São Paulo: Maltese, 1994.

CUNHA, N.H.S. Brinquedoteca: definição, histórico no Brasil e no mundo. In:


FRIEDMANN, A. et al. O direito de brincar: a brinquedoteca. 4º. Ed. São Paulo: Edições
Sociais: Ed. Scritta: Abrinq,1998. p. 37-52.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.

GOMES, C. L. V. L. In: GOMES, C. L. (Org.). Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte:


Autêntica Editora, 2004. p.141-146.

KISHIMOTO, T. M. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneiro Thomson Learning,


2002.

KISHIMOTO, T. M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3ª Ed. São Paulo:


Cortez 1993.

KISHIMOTO, T.M. Diferentes tipos de brinquedotecas. In: FRIEDMANN, A. et al. (org). O


direito de brincar. 4. ed. São Paulo: Edições Sociais: Abrinq, 1998b, p.53-63.

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